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Colégio de Nossa Senhora do Rosário - Porto Janeiro 2009 APRENDER Campanha Espaço Raiz atinge objectivo Campanhas de Natal Gala da Dança Jantar de Beneficência I Caminhada AJUDA Festa final de ano lectivo Concerto AJUDA Conseguimos!

Revista Aprender

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Revista Aprender Janeiro 2009

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Avenida da Boavista, 2856, 4100-120 Porto www.colegiodorosario.pt Colégio de Nossa Senhora do Rosário - Porto

Janeiro 2009

APRENDER

Campanha Espaço Raiz atinge objectivo

Campanhas de Natal

Gala da Dança

Jantar de Beneficência

I Caminhada AJUDA

Festa final de ano lectivo

Concerto AJUDA

Conseguimos!

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Ano VIII - N.º 8

Nova piscina e ginásiosaumentam parque desportivo

Grande Campanha Espaço Raiz atinge objectivos

PropriedadeInstituto das Religiosas do Sagrado

Coração de Maria em Portugal - Colégiode Nossa Senhora do Rosário - Porto

DirecçãoJoão Trigo

Coordenação EditorialJorge Teixeira

Telefone/Fax226197590/226197596

[email protected]

ImpressãoMultiponto, S.A. - Porto

Tiragem3000 exemplares

Depósito Legal 177340/02

É permitida a reprodução dos artigos

publicados nesta edição da revista

Aprender desde que seja citada a fonte.

Plataforma de aprendizagem liga em permanência alunos, professores e famílias

Colégio é parceiro de projecto das Nações Unidas

Voluntariado no Colégio em projectos do Programa AJUDA

MyTecC

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em ACÇÃO18

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Avenida da Boavista, 2856, 4100-120 Porto www.colegiodorosario.pt

Colégio de Nossa Senhora do Rosário - Porto

Janeiro 2009

APRENDER

Campanha Espaço Raiz atinge objectivo

Campanhas de Natal

Gala da Dança

Jantar de Beneficência

I Caminhada AJUDA

Festa final de ano lectivo

Concerto AJUDA

Conseguimos!

rosá

rio

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ual

AberturaNeste número da Revista Aprender apre-sentamos um conjunto alargado de temas da maior importância na actualidade do Colégio, pelo que convido todos os leitores a percorrer as suas páginas com a maior atenção. No curto espaço deste texto não me é possível fazer referência a todos eles, como tal vou centrar-me no tema da Capa, a Campanha Espaço Raiz, pois esta foi uma etapa, plenamente cumprida, de um percurso que se reveste de grande alcance para o nosso Projecto Edu-cativo e para o nosso futuro mais próximo.

“Ajude-nos a abrir as portas desta casa” foi o apelo que lançámos há cerca de um ano atrás. As portas que queremos abrir são as de um Centro Comunitário ao serviço das populações mais carenciadas dos bairros sociais de Ramalde e das Campinas. Por essas portas quere-mos ver entrar, em breve, as crianças, jovens e famílias de ambos os bairros. Ali, terão encontro marcado com os nossos alunos e professo-res, a equipa técnica do Projecto e todos os que estejam disponíveis para se encontrarem no terreno comum da Partilha do Ser.

E, com o entusiasmo e apoio de todos, conseguimos! O nosso repto foi bem acolhido e acarinhado por toda a Comunidade Educativa e por mais alguns amigos vindos de fora e que por isso passámos a consi-derar como sendo também dos nossos. O ambicioso objectivo de jun-tar, num tempo curto, cerca de 200.000 € foi atingido. Agora, vamos arrancar rapidamente para a construção, esperando que as portas se possam abrir até ao final deste ano.

Estes acontecimentos, em si próprios tão significativos, encerram um sentido bem mais profundo... Ao perspectivarmos, no curto prazo, este passo em frente no trabalho que temos vindo a realizar com o Projecto Raiz, passando para um novo patamar de compromisso com o funcionamento de uma Obra Social ao serviço dos mais desfavoreci-dos do meio envolvente, estamos a dar passos vertiginosos no concre-tizar de um “velho” sonho, tão velho como a história do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria. Também as primeiras obras do Instituto, no tempo da sua fundação, na cidade de Béziers, estive-ram voltadas para os mais desfavorecidos. Também uma escola que o Instituto abriu, para as classes sociais com mais recursos da cidade, permitiu a partilha de recursos entre uns e outros.

O nosso sonho, hoje, é educarmos os nossos alunos para a Justiça, para que sejam agentes de transformação de modo a termos uma so-ciedade futura mais Solidária. O nosso sonho, hoje, prende-se com a fidelidade à Identidade que herdámos dos nossos fundadores, actu-alizada pelo percurso histórico de inúmeras gerações. O nosso sonho, hoje, leva-nos ao encontro das Memórias das nossas origens neste ano Jubilar, em que celebramos os 200 anos do nascimento da co-fundadora do Instituto, Mère St. Jean. Daí o Tema que nos propuse-mos para este ano: Desafiados pelo SIM – Solidariedade, Identidade, Memória.

Acreditamos que estaremos todos à altura do Desafio e que esta Obra, cujo espaço contamos inaugurar no encerrar das comemorações do Jubileu, será a melhor homenagem que poderíamos fazer a Mère St. Jean, pois inspira-se na grandeza da sua Pessoa e da sua Obra.

João Trigo

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É neste terreno, cedido pela Câmara Munici-pal do Porto, que vão crescer as novas insta-lações para desenvolvimento das actividades do Projecto Raiz. Sedeado desde Outubro de 2004 num aparta-mento da Rua Ezequiel Campos, em Ramalde, este projecto de solidariedade social promovi-do e gerido pelo Colégio, prepara-se para entrar numa nova etapa com a criação deste espaço, enquadrado pelos mesmos Bairros onde habi-tam as crianças, jovens e famílias que acompa-nha: Ramalde e Campinas. .

PROJECTO RAIZGRANDE CAMPANHAGRANDE CAMPANHA

Av. de Vasco da Gama

Maqueta do novo Espaço Raiz

NOVO ESPAÇO SERÁ UMA REALIDADE

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ESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZ

Av. de Vasco da Gama Rua

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Jardim de Infância

Vasco da Gama

Maqueta do novo Espaço Raiz

NOVO ESPAÇO SERÁ UMA REALIDADE

GRANDE CAMPANHAGRANDE CAMPANHA

Iniciativas para angariação de fundos

As Campanhas de Natal

Há cerca de dois anos, no Natal de 2006, a comunidade educativa do Colégio dava mostras de estar sintonizada em absoluto com o lançamento deste Projecto. A construção da Casa do Menino Jesus, com cerca de 1200 tijolos, cada um representando um donativo, foi a primeira etapa desta grande campanha.

Em 2007, e na sequência da ideia do ano anterior, o objectivo central da Campanha de Natal foi dar cor à Casa do Menino Jesus. Com a mobilização viva e generosa dos alunos e famílias, de todas as turmas, do pré-escolar ao 12.º ano, os tijolos foram coloridos na totalidade, traduzindo um donativo até então sem precedentes para o Projecto.

2007

2006

O desafio foi lançado com a Campanha de Natal de 2006 e foi recentemente alcançado: conseguir meios financeiros para construir as novas instala-ções do Projecto Raiz.

O objectivo último é a melhoria das condições de apoio às crianças, jovens e famílias em mais caren-ciados dos bairros de habitação social de Ramalde e das Campinas, na cidade do Porto. Actualmente muitas acções do Projecto Raiz utilizam instalações alugadas que não oferecem as condições necessá-rias para fazer mais e melhor. Com o novo espaço outras oportunidades de trabalho se abrem criando caminho para etapas mais ambiciosas no futuro.

O pavilhão a ser construído (ver maquete) tem já o projecto definido e será erguido em terreno ce-dido pela Câmara Municipal do Porto, na Freguesia

2009Inauguração

O novo espaço Raiz

200.000€Orçamento

Ao longo do ano de 2008 um conjunto muito di-versificado de acções, que culminaram com a Cam-panha de Natal, mobilizaram de uma forma notável os alunos, pais, professores e outros colaboradores do Colégio, bem com outras pessoas e entidades que se quiseram associar a este grande Projecto. Com o contributo de todos, ultrapassámos o ob-jectivo inicialmente definido: angariar os 200.000€ necessários para a construção do edifício. Desde as Campanhas de Natal, passando pela Gala da Dança no Europarque, o Jantar de Beneficência no Palácio da Bolsa, a I Caminhada AJUDA, a Festa Final do ano lectivo 2007/2008, o Concerto de Natal AJUDA, a Campanha Empresas e outras iniciativas de me-nor dimensão, tudo convergiu para o sucesso desta Grande Campanha Espaço Raiz.

de Ramalde, entre a Avenida de Vasco da Gama e a Rua do Dr. Alberto de Macedo, enquadrado pelos dois bairros envolvidos no Projecto.

O orçamento previsto, de cerca de duzentos mil euros, dá uma ideia da dimensão da obra que se pretende implantar e do entusiasmo e dinamismo necessários para concretizar o objectivo. A obra vai ter início a curto prazo e a sua conclusão está pre-vista para finais de 2009.

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ESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZ

No Natal de 2008, tendo já à vista o sucesso no atingir do objectivo da campanha e a possibilidade de se iniciar a construção da Casa em Ramalde, começámos a desmontar a Casa do Menino Jesus. Com os tijolos, utilizados novamente na dinâmica da Campanha, construiu-se o painel onde surgiu o presépio, símbolo do contributo dos membros do Colégio, tendo todos inscrito os seus nomes nos diferentes tijolos. Também com os tijolos associados ao donativo, as famílias e alunos responsabilizaram-se pela construção de um painel por ciclo, contendo cada um a letra da palavra AJUDA correspondente ao ciclo e a palavra chave que lhe está associada, bem como um testemunho e o nome de cada uma das famílias. Todos estes painéis serão integrados nas paredes das novas instalações do Espaço Raiz como Memória para o futuro de toda a dinâmica da Comunidade Educativa na concretização deste Projecto.

Os donativos da Campanha

2008 foram colocados no

cofre junto ao Presépio.

Outra vertente da Campanha de Natal foi a recolha de géneros em dois hipermercados Continente para partilhar com as famílias mais carenciadas do projecto Raiz. Alguns números revelam o sucesso desta acção: - 2072 embalagens de massa - 1459 quilos de arroz - 1213 enlatados diversos - 1320 litros de leite - 515 pacotes de bolachas - 327 litros de óleo

Os tijolos do painel correspondentes a cada ciclo foram previamente pintados pelos alunos de Artes. Após esta fase, foram distribuídos pelos alunos para que, em família, fosse efectuada a respectiva personalização.

Recolha de Géneros

FOTO PRESÉPIO 2008

2008

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GRANDE CAMPANHAGRANDE CAMPANHA

A Gala da Dança foi outra das iniciativas inte-gradas na Campanha Espaço Raiz, tendo a recei-ta revertido totalmente para a mesma. Envol-veu mais de 160 alunas em palco das diferentes classes de Ballet e Dança Jazz. A primeira parte foi composta por um bailado intitulado “Os qua-

tro elementos”, da autoria de Joana Rodrigues - Ballet Clássico, e Joana Pinto - Ballet Moderno. A segunda parte foi preenchida pela apresentação da história “Far FarOeste”, da autoria do professor de Dança Jazz, Mário Gonçalves.

A Gala da Dança

O espectáculo era ansiado por muitos pais que espe-raram pelo levantar da cortina para se deliciarem com a participação dos seus e aferirem se valeu a pena todas aquelas idas e vindas extra-horários, colégio/casa, casa/colégio.

O que dizer como mãe? Foi um trabalho grandioso e senti-me imensamente orgulhosa. Como observadora “que tenta ser imparcial” apercebi-me do trabalho gigan-tesco que só não saberá avaliar quem se encontrar verda-deiramente alheio ao esforço, trabalho e força de vontade a todos exigido. Houve que harmonizar as mais petizas que, como elemento AR, podem fazer desaparecer, como a mais leve brisa, qualquer sinal de coreografia. Houve que moldar as infantas seguintes, ainda muito maleáveis, como quem trabalha o barro e se obriga a ajustar as do-ses correctas de ÁGUA no sentido de obter a consistência desejada. Houve que dosear os ímpetos da TERRA re-presentados por aquelas que já se sentem senhorinhas na arte de bem-fazer ballet, já mais firmes, mas quanto vulneráveis ao momento.

O ímpeto sobe, cresce a qualidade, aquece a emoção com o evoluir daquelas que, representando uma idade mais avançada, têm também noutras áreas, nomeada-mente nos estudos, exigências acrescidas e que sabem que também aqui o espectáculo é FOGO, um fogo que as impele para mais rigor na medida em que adoram o que fazem, porque dão valor ao trabalho e empenho que é exigido a todas.

Maria de Fátima Vieira,Encarregada de Educação

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ESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZ

Cocktail Party

Neste espectáculo representei o papel de fogo, um dos elementos da terra, quiçá o mais temível. As mú-sicas utilizadas reforçaram um ânimo e uma força que nos ajudaram a caracterizar este elemento, tão quente e imprevisível.

Para que tudo ficasse perfeito houve da nossa parte um grande investimento, com múltiplas sessões de ensaio que envolveram dias úteis, em que ficámos no colégio até mais tarde, e fins-de-semana, que dispensámos para treinar… Afinal, um esforço colectivo para apresentar algo que deixasse os nossos pais orgulhosos do nosso desem-penho. Embora muito tenha sido o tempo gasto, os en-saios representam, para além de momentos formativos, espaços de alegria e convívio. Ouvir as músicas, escolher as direcções, coordenar os passos… No ensaio, já no pal-co, as cadeiras iluminadas e vazias, as mesmas que, no momento decisivo e meias invisíveis no escuro da plateia, abraçam aqueles que nos “julgam” silenciosamente e nos põem com um inicial nervosismo que nos deixa um “friozi-nho na barriga” à medida que o tempo passa… Momentos de contraditórios sentimentos, uma “felicidade ansiosa”.

Penso que a realização destes espectáculos, sendo eles o clímax de um processo de aprendizagem e empe-nho, representam um ponto de motivação para a prática do ballet. Afinal, para além da execução de exercícios e exames, vivenciamos momentos de grande euforia e onde podemos apresentar, àqueles de quem gostamos e a toda a plateia, aquilo que nos dá gozo e vamos aprendendo de uma forma divertida e atraente.

Cláudia Ferreira Vieira, 12.º A

A Associação de Antigos Alunos do CNSR, ainda em fase de arranque, proporcionou em Abril de 2008 mais um mo-mento de convívio para antigos alunos escolhendo como local o espaço SHU. Esta iniciativa enquadrou-se no grande objectivo que é a construção do Espaço Raiz. Os presentes contribuíram para torná-la cada vez mais uma realidade enquanto reencontraram colegas e, certamente, partilha-ram memórias dos tempos do Colégio. Fica o nosso agra-decimento a todos os que participaram e a esperança que compreendam os nossos objectivos e se juntem a nós!

Joana Gomes,Associação dos Antigos Alunos do CNSR

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No passado mês de Junho, a convite do consórcio do Projecto Raiz, cerca de 500 pessoas reuniram-se no Pa-lácio da Bolsa, na cidade do Porto, num jantar de benefi-cência. O objectivo, a recolha de fundos para a Campanha Espaço Raiz, foi amplamente conseguido graças à entu-siasmada adesão da comunidade educativa do Colégio e

O Pátio das Nações serviu de cenário ao jantar.

O Palácio da Bolsa, emblemático edifício

da cidade invicta, foi gentilmente

cedido pela Associação Comercial do Porto,

que assim se associou a esta causa.

GRANDE CAMPANHAGRANDE CAMPANHA

Jantar de Beneficência

aos apoios das entidades que se prontificaram a patroci-nar o evento.

Durante o jantar houve ainda ocasião para efectuar um leilão de peças generosamente oferecidas por artistas e empresas, cujo produto reverteu na totalidade para a Campanha.

Todos nós, como comunidade que somos, temos uma grande responsabilidade social quanto ao bem estar dos que dela fazem parte!

Tantas vezes temos ao nosso alcance meios que per-mitem minimizar a falta de esperança e o sofrimentos de tantos Homens e de tantas Crianças!

Quão felizes podemos fazer Homens e Crianças ne-cessitados, das nossas comunidades, com tão pouco, mas afinal com tanto!

O jantar de beneficência que decorreu no Palácio da Bolsa, em Junho, foi bem exemplo disso!

Iniciativa benemérita e de grande magnificência, criou um ambiente fantástico entre os convivas, pais, alunos, docentes e discentes e assentou num objectivo da maior dignidade: obtenção de fundos para a construção de um espaço em Ramalde, no âmbito do projecto Raiz! E foi um exemplo maior (mais, um diga-se) no âmbito das diversas

iniciativas que o Colégio Nossa Senhora do Rosário tem desenvolvido ao longo destes anos para ajudar os meni-nos de Ramalde e Campinas!

Foi com bastante orgulho que, na qualidade de encar-regados de educação, participamos em mais uma iniciati-va de apoio ao projecto Raiz, em nome da solidariedade e da cooperação, sabendo que também nós somos parte in-tegrante de uma Instituição que se rege por elevados, no-bres e ponderosos valores de Solidariedade, Paz e Amor, valores que têm sido absorvidos pelos nossos filhos e que têm contribuído para que estes sejam, um dia, Homens e Mulheres de futuro: Homens Bons com o coração cheio de Humanidade!

Bem hajam por mais esta iniciativa!

Maria João Monteiro e João Mendonça,Encarregados de Educação

Iniciativa benemérita criou um ambiente fantástico

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Momento da assinatura do Protocolo. Na foto, o Presidente da Junta de Freguesia de Ramalde, Manuel Maio, a Vereadora da Acção Social e da Habitação da Câmara Municipal do Porto, Matilde Alves e o Director do Colégio, João Trigo.

ESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZ

Protocolo assinado

[...] Quero aqui enaltecer o excelente trabalho de-senvolvido pela equipa deste projecto e não podia deixar passar esta oportunidade para referir que o Colégio do Rosário, dirigido pelo Dr. João Trigo, tem uma actividade na vertente social que muito enobrece a cidade do Porto e muito enobrece também a Junta de Freguesia de Ra-malde.

Sendo o Colégio do Rosário a entidade promotora e gestora do Projecto Raiz, e com os outros parceiros que foram aqui citados, nós estamos plenamente convencidos de que em 2009 este equipamento vai ser inaugurado. E este é um exemplo paradigmático daquilo que deve ser, na minha concepção, a relação entre os poderes políticos instituídos e a sociedade civil, neste caso aqui representa-da pelo Colégio Nossa Senhora do Rosário. Nós, enquanto exercemos cargos na administração pública e enquanto políticos eleitos, temos uma Missão... É assim que eu en-tendo que devemos estar, criando as condições para que a sociedade civil se organize, para que a sociedade civil avance. [...]

Extracto da intervenção do Presidente da Junta de Freguesia de Ramalde, Manuel Maio

[...] É com honra e sentido de dever que a Câmara Municipal do Porto se associa a esta iniciativa.

[...] Falar em coesão social é fácil e politicamente cor-recto. Porém a expressão não tem sequer sentido quando pouco ou nada se fizer para a consolidar. Na cidade do Porto cerca de 20% da população vive em habitação so-cial. Dos 48 bairros existentes a grande maioria estava, até 2002, num completo estado de degradação. Inverter este processo, combater estas situações que cresciam e se desenvolveriam à margem da sociedade era urgente. Urgente até a necessidade de impedir que esta vida à margem, não acabasse por transformar em marginalida-de ou criminalidade. Ao investirmos prioritariamente nes-tes 20% da população, estamos evidentemente a investir nos restantes 80%.

O protocolo que hoje aqui assinamos, sr. Director João Trigo, é um exemplo da importância que damos aos fac-tores sociais. Crescimento e desenvolvimento não são a mesma coisa. E uma sociedade só se desenvolve e só é competitiva se as assimetrias sociais se esbaterem.

[...] À Obra do Sagrado Coração de Maria/Colégio de Nossa Senhora do Rosário e a todas as Instituições par-ceiras a cidade do Porto agradece. Muito Obrigada!

Extracto da intervenção da Vereadora da Acção Social e da Habitação da Câmara Municipal do Porto, Matilde Alves

[…]O Sonho comanda, de facto, a Vida! Vale a pena

acreditar e persistir…O sonho de Gailhac, há mais de 150 anos atrás, e

o nosso sonho hoje é acreditar que é possível fazermos algo… Que cada um de nós pode dar o seu pequeno contributo para termos um mundo mais justo.

As crianças e jovens, as famílias, nossos vizinhos próximos dos Bairros de Ramalde e das Campinas, são vítimas, muitas vezes de si próprios, mas essencialmente de uma sociedade que não sabe gerir e repartir os seus recursos. O nosso sonho é acreditarmos que não terá que ser sempre assim… Que é possível mudar alguma coisa e que isso diz respeito a todos nós!

O nosso sonho é acreditarmos que as famílias que optam pelo Colégio de Nossa Senhora do Rosário para a educação dos seus filhos e eles, as crianças, adolescentes e jovens nossos alunos, apesar de pertencerem a um “mundo” diferente do de Ramalde e das Campinas, podem ser sensíveis a essa outra realidade e empenharem-se diariamente no sentido de dar o seu contributo para mudar alguma coisa… E isto já não é um sonho – é uma realidade! No âmbito deste Projecto Raiz, diariamente, alunos e professores do Colégio vão até ao coração do Bairro e partilham o seu saber e, mais importante, as suas vidas com as crianças e jovens que ali vivem.

Para este trabalho precisamos de ter mais condições… de sair do pequeno andar em que juntámos computadores, tintas, papéis, vídeos, música, convívio, estudo… e passar para um espaço mais adequado a cativar as crianças e jovens destes bairros para este lado positivo da vida.

O protocolo que hoje assinamos, com a Junta de Freguesia de Ramalde e com a Câmara Municipal do Porto vai permitir-nos ter o terreno que se adequa ao pretendido. Muito obrigado aos responsáveis de ambas as

instituições por darem asas ao nosso sonho.A adesão que a comunidade educativa do CNSR e

outras pessoas, empresas e instituições amigas têm manifestado ao desafio lançado com esta Campanha Espaço Raiz permite-nos ter hoje a certeza de que o que à partida parecia difícil vai ser conseguido.

Muito obrigado a todos vós porque estais connosco, porque estais hoje aqui, porque nos fazeis ver e sentir, hoje e em tantas outras ocasiões, que não estamos sozinhos.

[…]

Extracto da intervenção do Director do Colégio, João Trigo

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Numa iniciativa que contou com o apoio da Empresa Municipal Porto Lazer e com a organização da Runporto, mais de 6.000 pessoas caminharam e corre-ram pela causa Projecto Raiz, no pas-sado dia 22 de Junho. Destas, cerca de 1.650 pertenciam à nossa Comunidade Educativa e inscreveram-se através do Colégio, no que designámos por I Cami-nhada AJUDA.

Integrada na 9.ª Corrida das Festas da Cidade do Porto, a Caminhada de 5 Km contou com “atletas” das mais di-versas idades, transformando algumas das artérias percorridas numa verdadei-ra onda amarela - a cor das t-shirts dos participantes do Colégio nesta prova. Por cada inscrito na corrida e na Caminhada a organização contribuiu com 1€ para a Campanha Espaço Raiz. No caso das inscrições efectuadas no Colégio todo o valor da inscrição - 3€ - reverteu para a nossa causa, a que se somou outro tanto, dado como incentivo pelo Banco Espírito Santo, por cada inscrito.

As t-shirts amarelas do Projecto Raiz ressaltaram dentro do grande grupo dos participantes na iniciativa.

GRANDE CAMPANHAGRANDE CAMPANHA

A caminhada foi muito gira. Para além do exercício físico falamos imen-so com os nossos amigos e com outras pessoas que fomos encontrando pelo percurso. O cansaço que apareceu não importou para nada porque sabíamos que estávamos a ajudar um bocadi-nho.

Foi uma experiência fantástica e uma manhã muito bem passada que espero voltar a repetir.

Mafalda Correia, 7.º B

Num mundo conturbado, com o tempo super preenchido, muitas vezes esquece-mo-nos de que há uma realidade que, felizmente, desconhecemos. Os dias absorvidos pelo trabalho e pela lufa-lufa da nossa rotina, conduzem-nos a uma situação em que é mais cómodo e mais fácil, quando estamos com os nossos filhos, focar apenas os pontos mais “rosa” da vida e “viver os melhores momentos”.

A realidade social e económica é um factor importante e ter a sua noção é cru-cial para o desenvolvimento e crescimento harmonioso de qualquer indivíduo. Como contribuir para uma sociedade desenvolvida e mais justa se se desconhece a sua complexidade?

Actividades como a Caminhada permitem abrir um leque variado de experiências e oportunidades, entre outros, sobretudo porque sensibilizam toda a Comunidade Educativa para programas de solidariedade, dignificam a Instituição pela sua preocu-pação de carácter social, criam espírito de ajuda, entre-ajuda e identidade e mobili-zam vontades, incentivam o empreendedorismo e estimulam a criatividade.

Como Encarregados de Educação resta-nos felicitar a Direcção do Colégio pela iniciativa e pelo bem-estar que proporcionou a todas as famílias que participaram nesta Caminhada. Obrigados!

Teresa Dieguez e Mário Rui Correia, Encarregados de Educação

Experiênciafantástica

Espírito de ajuda

I Caminhada AJUDA

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A festa final de ano, em Junho, reuniu milhares de pessoas entre alu-nos e familiares, professores e colaboradores do Colégio. Também nesta iniciativa a Campanha Espaço Raiz foi lembrada, pois todas as receitas conseguidas em múltiplas iniciativas reverteram para esta causa.

Numa enorme fusão de cores, aromas e sons, as notas dominantes foram a boa disposição e o convívio, transformando o dia numa verdadei-ra jornada de alegria.

A tômbola, as barraquinhas de comes e bebes e os matraquilhos

foram algumas das formas de angariação de fundos que a festa

final de ano proporcionou.

O espectáculo, no gigantesco palco montado

no campo de jogos coberto, oferecido pelos

alunos a toda a comunidade educativa foi um

dos pontos altos do dia.

ESPAÇO RAIZESPAÇO RAIZ

Festa final de ano lectivo

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GRANDE CAMPANHAGRANDE CAMPANHA

Concerto de Natal AJUDAO concerto de Natal

AJUDA foi uma iniciativa da Associação de Estu-dantes que, com o apoio de várias empresas e en-tidades, montou um es-pectáculo musical onde foi possível reunir artistas com experiências mu-sicais muito diferentes, desde prestigiados músi-cos de âmbito nacional a alunos e ex-alunos mais talentosos dos colégios

do Rosário, OBS e CLIP. O concerto realizou-se no dia 18 de Dezembro, no Ci-

nema Batalha, e teve uma enorme adesão, não só por parte da comunidade educativa do Colégio, mas também dos colégios internacionais do Porto e de muitos outros amigos.

Com a sala de espectáculos cheia, conseguiu-se obter perto de oito mil euros com esta iniciativa, revertendo este valor totalmente para a Campanha Espaço Raiz.

Agora que a missão está cumprida e olhando para trás, podemos afirmar que o balanço foi extremamente positivo. Tendo em conta todos os recursos humanos e materiais envolvidos, o tempo e trabalho despendidos e o resultado final conseguido, não só a nível dos fundos angariados, mas também pelo espectáculo produzido, ficamos felizes por comunicar o sucesso deste nosso projecto.

Mafalda Carrington e Miguel Pais, Associação de Estudantes do Colégio de Nossa Senhora do Rosário

A apresentação do espectáculo esteve a cargo da aluna Marta Cardoso e de Marisa Cruz, mãe de um dos nossos alunos. Para além de alunos e ex-alunos do Colégio do Rosário e de de outros colégios, estiveram em palco vários outros artistas como as bandas Azeitonas, Lullabye e Souls of Fire.

A banda Souls of Fire foi uma das principais atracções

de uma noite bem animada no cinema Batalha.

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apoios institucionais:

apoios empresas:

Programa

Acção Justiça União Dadiva Amor

PROJECTO

CAMPANHA

Vejanove

rso

como

particip

ar

ESPAÇO RAIZ

Av. d

eVasco

daGama R

uado

Dr.AlbertodeMacedo

O EspaçoRaiz seráimplantadoemterreno cedidopara oefeito pelaCâmara MunicipaldoPorto

Inauguração

Fev. 2009

Orçamento

200.000 €

PROGRAMA ESCOLHAS

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Novas instalações desportivas do Colégio

Obras em bom ritmo

Está a nascer um novo complexo desportivo no perímetro do Colégio.

Tendo como objectivo a ampliação e a modernização das instalações já existentes para a prática de activida-des desportivas, iniciou-se em Setem-bro passado a construção de um novo edifício, que terá como elemento cen-tral uma piscina de 25mx12m.

Com uma arquitectura actual e en-quadrada nos restantes equipamentos desportivos do Colégio, o pavilhão em construção terá três pisos, mais um intermédio, todos servidos por um elevador. O piso -1 destina-se a uma área técnica, onde serão instalados os diferentes sistemas de apoio ao edifí-cio, que permitirá diferentes interven-ções de manutenção e monitorização. O piso 0 será o piso de entrada e inclui

O alçado sul, a vista principal do pavilhão,

terá um aspecto semelhante ao apresentado nesta

imagem, sendo o betão, o vidro e a madeira os

principais materiais a utilizar

As imagens virtuais, à direita e em cima, permitem antecipar diferentes perspectivas do edifício.

P17

o tanque da piscina e balneários femininos e masculinos. O piso 1 albergará três salas de activida-des, cada uma com 133m2. Duas delas serão polivalentes, transfor-mando-se numa grande sala com 266m2. Neste piso serão ainda implantados balneários femininos e masculinos. O piso intermédio será ocupado com uma zona de cafetaria e dará acesso a um es-paço, acessível a pais, com vista para a piscina e para uma das sa-las de actividades.

As obras continuarão ainda por mais algum tempo, estando prevista a inauguração para o iní-cio do ano lectivo 2009/2010.

Em cima, uma antevisão das salas de actividades situadas no piso 1. Os elementos fundamentais da estrutura serão as traves em madeira que configuram a forma elíptica característica da arquitectura do edifício.

A imagem ao lado dá uma perspectiva do enquadramento das novas instalações no conjunto dos outros edifícios já construídos.

A foto à direita documenta a construção do tanque

da piscina, uma das fases mais importantes da obra.

Preparado para ter dois níveis de altura de água, para

actividades com os alunos mais pequenos, esta foi a etapa

que obrigou a soluções mais complexas até ao momento.

À esquerda, em primeiro plano, vê-se o muro de betão do alçado nascente, cujo alinhamento contempla já o alargamento da via públicaque confina com o mesmo.

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MissãoMoçambique

Antes de ir para Moçambique a pergunta que fazia constantemente a mim própria era “ O que será que me espera?” Confesso que estava com algum receio de ir… não conhecendo ninguém do grupo e sem saber se iria conseguir enfrentar uma realidade tão diferente da qual eu estou habituada…

A primeira semana foi de uma mistura de sentimentos que nem sequer sei transmitir. Mal chegámos a Quelima-ne fomos visitar as casas nas quais iríamos trabalhar… A que mais me impressionou foi a “Casa Appollonie” onde viviam 11 rapazes abandonados em condições como nun-ca antes tinha visto… dormiam no chão…sem casa de ba-nho… só tinham a roupa que traziam vestida… descalços e com os pés roídos pelos ratos… Fiquei tão impressiona-da que olhei à minha volta e pensei : “O que é que eu vou conseguir fazer para os ajudar?”

No entanto, as semanas que se seguiram foram tão maravilhosas, tão intensas, tão surreais que num mês

senti que fiz algo de bom pelas crianças com o sorriso mais inacreditável que já vi e também por mim própria. Todos os dias foram uma constante lição de vida, naquele mundo esquecido onde há tanto para ajudar reina tam-bém a felicidade… não há uma única pessoa na rua que não esteja a sorrir, ou a dançar, ou a viver a vida como se os problemas não existissem.

A vontade que as crianças têm de aprender e conhe-cer coisas novas deixou-me sem palavras. De um objec-to tão pequeno como um simples lápis conseguem fazer uma canção… Algo que é tão banal para nós como ver um filme, para eles projectado num lençol é o maior presente que lhes podemos dar…

Todos os dias me levanto hoje e penso nas crianças e nas pessoas que deixei lá… O sentimento que prevalece em mim é sem dúvida a saudade… saudade dos cheiros, das cores, dos sorrisos, da paisagem, do pôr do sol…

Espero um dia poder voltar e rever todos os amigos que deixei para trás. Resta-me agradecer por me terem dado a oportunidade destes momentos terem existido na minha vida.

Mariana Lampreia, professora

Casa Appollonie. Através de jogos foram atingidos diversos objectivos de aprendizagem.

Grupo de alunos durante uma aula de inglês na Casa Família, uma das instituições apoiadas pelos voluntários da Missão Moçambique.

Para muitos alunos e colaboradores do

Colégio a chegada do Verão significa o apro-

ximar de experiências únicas de voluntaria-

do nos projectos sociais desenvolvidos no

âmbito do Programa AJUDA. Este programa

inclui projectos e actividades que, pela sua

natureza, só podem ser implementados du-

rante as férias grandes. É o caso dos Pro-

jectos Missão Moçambique e CAT Portalegre

ou da Colónia de Férias. Nestas páginas é

apresentada uma pequena retrospectiva

dos dias vividos nesses projectos pelos dife-

rentes grupos de voluntários.

emACÇÃO

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O forte espírito de grupo foi uma das características mais marcantes da equipa de voluntários.

Aprender o abecedário em inglês foi, para estes alunos da Casa Família, o princípio de uma etapa nova de comunicação com o mundo.

Os laços afectivos criados durante a missão perdurarão na memória dos voluntários. Na foto, alunos da Casa Família.

Muitas vezes foi necessário o apoio individual para ultrapassar as dificuldades. Aqui Filipe, aluno da Casa Esperança, é ajudado pelo Henrique Rios.

Sou uma aprendiz, um SER em construção que sonha e idealiza um mundo melhor, por esta razão cami-nho e tento reeducar-me para assim poder fazer algo por aquilo que me rodeia… nem sempre consigo fazer aquilo que desejo, no entanto, os “pés” continuam a pisar a ter-ra que anseio ver mais fértil…

Por sonhar e seguir o meu coração, fiz uma caminha-da de Viseu ao Porto a caminho de Moçambique para me levar ao “porto” que há muito ansiava conhecer. A viagem a Moçambique foi das viagens mais desejadas neste pe-ríodo da minha curta existência.

O mês que passei em Quelimane foi repleto de gran-des alegrias, tristezas…

Alegria por todos os sorrisos sinceros, puros que os meus olhos avistaram no rosto de cada uma daquelas crianças que expressavam uma sede de conhecimento, mas sobretudo de afecto, por não terem família que as apaziguasse das atrocidades da vida… uma realidade tris-te de ver, sobretudo quando me deparava com situações em que os meninos tinham fome e bebiam água de arroz, para enganar o estômago da fome que sentiam; a maioria das pessoas caminhava descalça, sentindo na pele o ardor da terra, um cheiro tão próprio e característico de lá…

As ruas são um caos: cheias de buracos, muita sujida-de… mas a alegria era uma constante naquelas pessoas, as danças e os cânticos ritmados com batuque invadiam o meu coração com um turbilhão de sentimentos.

O vírus do consumismo, que trás consigo o supérfluo e o efémero ainda não afectou os dias daquele povo, ali as razões de viver prendem-se ao que é prático e essen-cial para se poder ser feliz.

Os dias foram vividos de uma forma plena, feliz, no entanto muitas das vezes eram amachucados com lágri-mas, regados com alegria e encanto por tudo o que via. Ter estado em Moçambique foi um privilégio, principal-mente por experienciar de uma forma tão autêntica a fra-ternidade e o amor de Deus.

Aprendi a viver com mais alegria, paixão, a olhar para as pessoas que me rodeiam de uma forma mais “protec-tora” pois nada do que lhes sucede me é indiferente. Não devemos olhar só para o nosso umbigo, pois quem o faz, ainda não entendeu o essencial da vida.

Paula Gerardo, Lar Universitário do Sagrado Coração de Maria, Viseu

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MissãoMoçambique

Falar da Missão Moçambique é dar testemunho de uma experiência pessoal de humanidade única para a vida das pessoas que tiveram o privilégio de participar nesta Missão. É falar de uma experiência maravilhosa de crescimento interior e de crescimento enquanto Pessoa, tal foi o enriquecimento pessoal que cada um de nós teve por ter vivido esta Missão.

Mas, falar da Missão Moçambique, é sobretudo, falar de pessoas. Porque foram as pessoas com quem partilhámos este tempo que tornaram a Missão uma experiência única para nós. Pessoas que nos acolheram de alma e coração e sem pedir nada em troca, como fizeram as Irmãs do Lar do Sagrado Coração de Maria, onde ficámos tão bem instalados durante toda a Missão, na cidade de Quelimane, e nos trataram como se fossemos seus familiares. Ou as alunas internas do próprio Lar que nos contagiaram ao longo da Missão com os seus sorrisos, as suas músicas e a sua imensa alegria. Também as jovens alunas noviças, futuras Irmãs do Sagrado Coração de Maria, que com a sua humildade e simpatia nos deram a conhecer tantas tradições moçambicanas. E, finalmente, todas as crianças e jovens das instituições onde estivemos: a Casa Família Basilicata, a Casa Apollonie e a Casa Esperança. Estas crianças e jovens que nos deslumbraram durante toda a Missão com a sua incrível afectividade, os seus sorrisos

e olhares mágicos, a sua alegria de viver, a sua enorme “sede” de conhecimento e por aprender. E que nos fizeram sentir pessoas especiais desde o primeiro ao último dia da Missão, pois fomos para eles durante este tempo, seus professores, amigos, irmãos, pais e mães.

Falar da Missão Moçambique 2008 é falar de heróis. Em primeiro lugar, dos 10 heróis que se voluntariaram para participar nesta Missão – os 10 alunos que, com a alegria da sua juventude, fizeram este grupo. Heróis porque aceitaram estar afastados tanto tempo da sua família e dos seus amigos para darem o melhor de si em prol de outros. Heróis porque abdicaram do seu tempo de férias de Verão, do seu descanso e dos seus tempos livres, para irem trabalhar voluntariamente para tão longe, apenas pela vontade de ajudar e de ser solidário. Se todos os jovens do nosso país fossem assim, seríamos um país melhor, certamente.

Os outros “pequenos” grandes heróis, são as crianças e os jovens das Casas onde estivemos a trabalhar. Crianças e jovens que, apesar da precariedade das suas condições de vida, apesar da pobreza material em que vivem são tão felizes e tão ricas interiormente. Crianças e jovens para quem um balão, uma folha de papel A4, um lápis de cor, uma bola de futebol ou uma corda de saltar-à-corda, estes pequenos objectos tão banais no nosso quotidiano, eram pura magia que faziam brilhar os seus olhos. Crianças e jovens que vibraram de alegria por comer um pão, alimento tão raro nas suas vidas. Crianças e jovens que nos deixavam espantados quando nos pediam para, em vez de brincarem, estudarem mais, e mais, pois queriam aprender coisas novas. Crianças e jovens que são especiais por SER e não por TER. Crianças

Foto de grupo dos alunos da Casa Família e de todos os 14 voluntários da Missão Moçambique que prestaram serviço nesta instituição.

Casa Família: uma foto de grupo testemunha

sorrisos de futuro.

emACÇÃO

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Podia começar com frases cliché como “Recebi mais do que dei!”, ou então “Foi uma das melhores experiências da minha vida!”… A verdade é que recebi mais do que esperava e, sem dúvida alguma que foi a melhor experiência da minha vida mas essas “frases feitas” não traduzem metade do que este (maravilhoso!) grupo de catorze pessoas viveu naquele mês.

Se o ficar fora um mês sem a mãezinha e sem todos os confortos parecia um desafio, fomos aprendendo que o verdadeiro desafio se encontrava em tornar o nosso grupo na nossa “segunda família”. Sim, a verdade é que é uma experiência complicada! Outro país, outra cultura, outro clima, outra mentalidade, … Mas depois apercebemo-nos que é a oportunidade de sair do nosso mundinho e ir conhecer uma realidade completamente diferente…. uma realidade que apenas nos ajuda a dar mais valor às (pequeninas) coisas.

Podia acabar a dizer que os miúdos são incríveis, que tenho imensas imensas saudades, que não hesitaria em voltar e que nunca vou esquecer o que lá vivi, mas isso seria transmitir para o papel sentimentos e recordações que às vezes sabe bem guardar…

Vera Lencastre, 12.º C

e jovens que nos encantaram durante toda a Missão com a sua alegria de viver.

Demos tudo o que podíamos dar de nós àquelas crian-ças maravilhosas. Entregámo-nos, demo-nos totalmente, demos o nosso tempo, o nosso esforço, o nosso cansaço, o nosso suor, a nossa alegria, os nossos conhecimentos, a nossa sabedoria, e também as nossas lágrimas. Demos, também, todo o material que levámos de Portugal, e até demos todas as nossas roupas. Mas, apesar de termos deixado tudo de nós, o que trouxemos connosco, o que cada um de nós trouxe dentro de si, sei-o hoje, foi muito superior ao que deixámos, e encheu-nos o espírito para toda a nossa vida. E afinal, o que trouxemos dentro de nós, é o que de mais simples pode haver na vida, mas, é o mais essencial: o carinho, a felicidade e a alegria de cada um daqueles meninos e meninas, que estarão para sempre nas nossas vidas.

Rui Amado

Foto de grupo dos alunos da Casa Família e de todos os 14 voluntários da Missão Moçambique que prestaram serviço nesta instituição.

Casa Apollonie. A vontade de querer saber mais, a curiosidade e o interesse pelo estudo estiveram sempre presentes nos alunos.

Unidos pela vontade de crescer e fazer da vida um projecto com futuro.

Uma ida à praia da Zalala, a cerca de 20 Km de

Quelimane, constituiu uma pausa nas actividades da

equipa da Missão.

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Projecto CATPortalegre

O projecto Portalegre é passado num CAT (centro de acolhimento temporário) onde crianças, desde bebés com poucos meses de idade até adolescentes e mesmo adultos, vivem. Vivem aí por várias razões: os pais mor-reram, não têm condições para os criar ou abandonaram--nos. O que é certo é que não têm ninguém ao seu lado que os eduque, que os mime, que faça aquilo que os pais e só os pais podem fazer.

Estamos a falar de crianças cujo principal problema é a carência afectiva para além da marca de um passado violento e traumatizante. Deste modo, o nosso papel na vida delas é, apesar de curto e simbólico, extremamente importante para que aceitem e compreendam as pessoas com quem partilham um lar (outras crianças e irmãs). No entanto, não procuramos, numa semana, resolver estes problemas tão graves e profundos, preencher tantos es-paços vazios, dar-lhes o que não têm há tanto tempo, apagar tão recentes e pesadas memórias. Procuramos deixar nesses sete dias uma esperança, uma demonstra-ção daquilo que eles podem construir no resto do ano quando não estamos lá, e que exige da parte deles um

bem este projecto que decidimos repetir a experiência neste ano de 2008.

Para tal, formamos um grupo, incluindo um professor, e propusemos a criação de uma semana extra em Porta-legre que, para nossa imensa satisfação, foi aprovada e promovida.

E assim foi. Uma semana bem preenchida com activi-

esforço de união, um esforço por trabalharem e brinca-rem juntos, comportarem-se como uma família, que ape-sar de diferente, poderá ser sempre uma família. É este o objectivo da nossa semana em Portalegre.

A primeira das duas vezes que estivemos neste CAT foi em 2007. Foi por isso mesmo, por já conhecermos tão

dades organizadas por nós tais como torneios desportivos, jogos (gincana, caça ao tesouro, party and company), ofi-cinas de artes plásticas (desenho, pintura, barro), idas à piscina, ginástica matinal, reflexões e preparação e apre-sentação de um espectáculo musical com as crianças.

O pior de tudo é regressar e o medo de, quando vol-

União, companheirismo, cumplicidade, trabalho, diversão, amizade,... Alguns dos ingredientes que formaram este grupo de voluntários.

Não ouço, não falo, não vejo. Uma brincadeira com três dos meninos do Centro de Acolhimento Temporário de Portalegre.

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Este ano tive o prazer de acompanhar um grupo de alunos do ensino secundário numa jornada que quase finaliza o percurso de mais uma etapa das suas vidas.

Numa semana de muita preocupação pelo constante bem-estar dos nossos alunos e das nossas crianças, não posso deixar de dizer que esta responsabilidade reservou--me as melhores experiências, situações de muita partilha, envolvimento e emoção que me ficarão gravadas para sempre na memória. Não posso deixar de realçar a preocupação dos nossos alunos, em fazerem com que as nossas crianças se sentissem integradas e especiais neste momento tão importante para elas.

Fico muito feliz por sentir que os nossos alunos aproveitaram esta experiência não só para fortalecerem os laços de amizade como também para se enriquecerem com valores que a vida nos reserva, e estou convencido que foi para todos eles uma experiência marcante.

Nunca me esquecerei dos sorrisos, a alegria, a dedicação e a boa disposição de todos e de todo o amor que os nossos alunos dedicaram a estas crianças que têm a sorte de terem ao seu lado uma instituição que é para eles uma casa, um lar ou simplesmente uma família.

Parabéns a todos nós por tornarmos esta lição de vida tão especial e inesquecível.

Eduardo Santos, Professor

tamos, deixarmos de poder contribuir para que estas crianças tenham dias mais alegres e mais felizes... Por-que eles são felizes durante estes momentos que passam connosco. Vemos isso na maneira como nos acolhem e como se despedem, na forma como participam nas activi-dades, no entusiasmo e alegria de cada dia, sem nunca se cansarem, querendo sempre mais. São estes momentos que lhes permitem começar a perceber qual o caminho que podem seguir para alcançar a tal felicidade. É para isso que estamos lá durante estes dias - para os ajudar a perceber como poderão ser uma família, mostrando-lhes o tal caminho. E mostrar de uma forma prática, juntando--os, fazendo com que se conheçam melhor, com que con-fiem mais uns nos outros, dando-lhes a conhecer o que podem fazer no futuro, o que podem fazer para mudar, para sair daquele estado tão marcado pelos traumas, pe-las saudades, pela revolta.

O projecto de Portalegre, assim como todos os outros, é para nós uma ponte para um mundo diferente daquele em que fomos criados e educados, para um mundo de desigualdade, de injustiças e de pessoas que não têm as oportunidades que nós temos. Esta ponte foi cons-truída pelo colégio e nós podemos atravessá-la e passar para esse mundo. E agora que já estamos nele, podemos dar oportunidades aos outros tal como nos deram a nós, continuando o trabalho que até aqui foi feito, tornando-o cada vez mais forte e consistente. Miguel Pais, 12.º A

Foram expressões como as da foto que cativaram a equipa de alunos e professores do Colégio que estiveram no CAT de Portalegre.

Laços de ternura: impossível ficar indiferente ao mais pequenino da casa.

No Verão nada melhor que uma pequena batalha de balões de água.

À descoberta da guitarra.

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Projecto RaizColónia de Férias

Quando falamos com alguém que tenha estado nas Colónias de Férias, o mais certo é depararmo-nos com um brilhozinho nos olhos. É o que fica de uma se-mana que deixa sempre marcas em todos quantos nela participam.

À partida, poder-se-ia pensar que a gestão de pessoas de origens tão diferentes como são os nossos estudantes e os miúdos dos bairros sociais seria uma coisa compli-cadíssima de se fazer. Puro engano. O trabalho realizado diariamente pelos alunos nos bairros de Ramalde e das Campinas, tendo como pretexto acompanhar e incentivar a sua aprendizagem, serve antes de mais para que ambos os grupos criem laços, contactem com realidades diferen-tes, vivenciem um mundo que ambos apenas vêem nas te-lenovelas mas protagonizando papéis opostos. O facto de se encontrarem e trabalharem juntos todos os dias acaba por derrubar as barreiras que existem entre si permitindo- -se o encontro dos olhares. Desta forma, paulatinamente, os modelos estereotipados com que catalogamos o Outro passam a dar lugar a pessoas concretas, com um nome concreto e um rosto perfeitamente identificado.

O brilhozinho nos olhos acima referenciado vem jus-tamente daí: dos laços que se criam, das relações que se estabelecem, da oportunidade de passarem uma semana das suas férias com pessoas de quem gostam e com as quais se sentem bem. Aquela luz no olhar nasce da cer-teza que a vida ganha um outro sentido quando nos dis-pomos a viver em função de alguém que precisa de nós. E da alegria de descobrir que, afinal, até eu mereço que gostem de mim sem ter que me impor a ninguém.

E o sorriso, esse mesmo sorriso que se encontra nuns e noutros, vem da alegria da partilha. Vem da falta de condições, do muito trabalho, da imensidão de loiça la-vada à mão e de cócoras, das noites mal dormidas, das aranhas e mosquitos, da música, das canções… vem da Vida, vivida, assim mesmo: com letra grande.

José Pinho,Responsável do Centro de Recursos do CNSR e monitor da Colónia de Férias

A formação de pequenos grupos é constante ao longo da semana o que permite o fortalecimento dos laços.

A excelente relação que existe entre os monitores é um dos esteios da Colónia de Férias.Para algumas destas crianças esta é uma das poucas oportunidades de par tilhar experiências fora do ambiente do seu bairro social. Para além da componente lúdica, as actividades desenvolvidas durante a Colónia proporci onam muitas ocasiões de aprendizagem, nomeadamente de saber estar em grupo e viver em comunidade.

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Poucas horas de sono, confusão dentro de uma casa, escassez de água quente… estas são as partes me-nos boas das colónias de férias de Ramalde. Os únicos defeitos de uma semana espectacular recheada de boa disposição. Diversão, muitos abraços e momentos únicos que me marcaram para sempre.

Mas afinal o que são as colónias? Cerca de dez dias onde inspiramos e demos esperanças a crianças desfavo-recidas através de um simples abraço, sorriso, brincadei-ra, e onde exploramos, todos juntos, o mundo de uma forma diferente.

A verdade é que sou repetente e este já é o meu se-gundo ano... mas sinceramente já não sei o que seriam as férias de Verão sem este momento tão especial.

Inês Pinto, 12.º A

Foi uma semana maravilhosa! Aquilo que foi vi-venciado por cada um de nós, ao proporcionarmos tal se-mana àquelas crianças, é indescritível. Uma sensação de realização pessoal e orgulho no trabalho concretizado que nos preenche quando, durante uma semana, convivemos com sorrisos puros e genuínos de imensa felicidade.

Sentimos uma enorme evolução desde o primeiro ao último dia. Ligamo-nos a eles e criamos uma relação de afecto e carinho que torna a despedida num momento difícil.

Todo o cansaço acumulado ao longo da semana vale a pena por aquele abraço, sorriso ou desenho que nos é oferecido.

São estes gestos que nos garantem a certeza de que, naquela semana, nós mudámos o mundo!

Isabel Rodrigues, 11.º B

Na Colónia há um tempo e um lugar para tudo. Também para encontrar gestos de carinho.

Na Colónia as estrelas são as crianças...

Para algumas destas crianças esta é uma das poucas oportunidades de par tilhar experiências fora do ambiente do seu bairro social. Para além da componente lúdica, as actividades desenvolvidas durante a Colónia proporci onam muitas ocasiões de aprendizagem, nomeadamente de saber estar em grupo e viver em comunidade.

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rosário virtualAtravés de uma parceria com a Porto-Editora, o Colégio entrou a fundo, no ano lectivo 2008/2009, no mundo dos conteúdos digitais para todos os níveis de ensino, do 1.º ao 12.º anos de escolaridade.

www.escolavirtual.pt

O protocolo Rosário Virtual, assinado em Abril, prevê um conjunto alargado de possibilidades

às duas instituições. Desde logo o Colégio pode disponibilizar aos seus alunos, pro-

fessores e encarregados de educação a plataforma de e-learning Escola Vir-

tual, concebida pela Porto Editora para complementar o estudo e o processo de aprendizagem. Esta plataforma inclui conteúdos do 1.º ao 12.º anos de escolarida-de, suportados nos programas disciplinares do Ministério da Educação, sob a forma de aulas interactivas, dinâmicas e inovadoras. Essas aulas, animações, vídeos, imagens e locuções explicam os con-teúdos e conceitos funda-mentais, tornando este ins-trumento um forte incentivo à curiosidade e gosto pelo saber.

Para além das aulas no Colé-gio, os alunos podem explorar

a qualquer momento, através da Internet, os recursos existentes

e interagir com as funcionalidades disponíveis, permitindo a cada um

evoluir ao seu ritmo e desenvolvendo um maior grau de autonomia no estudo

Ao longo deste processo os alunos dis-põem de diversos tipos de exercícios, todos

com soluções e avaliação imediata, que permi-tem consolidar os conhecimentos adquiridos. Para

cada disciplina está também disponível uma área de Testes e Exercícios com centenas de questões.As aulas e todos os conteúdos já existentes na plataforma constituem apenas uma das componentes do Projecto, já que cada professor pode personalizar as suas aulas, acrescentando fichas de trabalho, documentos, apresen-tações e testes, totalmente adaptados à sua turma ou grupo de alunos.

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Ocasião em que João Trigo, Director do Colégio de Nossa Senhora do Rosário, e Vasco Teixeira, Administrador da Porto Editora, assinam o protocolo entre as duas instituições.

As Tecnologias de Informação e Comunicação estão a transformar muitos aspectos da vida económica e so-cial, com impactos consideráveis nos métodos e relações de trabalho, na ciência, na educação, na saúde, no lazer, na forma como as pessoas comunicam entre si, assim como em todo o tipo de relações existentes na nossa sociedade.

Para que, no futuro, os alunos se sintam parte inte-grante da sociedade dita “do Conhecimento” é necessá-rio que lhes sejam proporcionadas, de forma adequada, experiências de aprendizagem com vista ao desenvolvi-mento de competências neste domínio, onde o saber, o saber-fazer e o saber-ser estejam presentes e sejam mo-bilizados, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, autónoma e auto-regulada.

Esta visão da aprendizagem multidimensional acarreta consigo a necessidade da renovação das práticas educa-

tivas, que tendem a distanciar-se cada vez mais da mera e exclusiva transmissão de saberes pela própria escola e que colocam o aluno como sujeito activo na construção das suas próprias aprendizagens.

É desta forma que encaro este projecto do Rosário Virtual. Um desafio, uma oportunidade.

Desafio porque implica que os professores se pre-parem técnica e pedagogicamente para dar resposta às exigências de um ambiente de aprendizagem digital que integra novas tecnologias, como o quadro interactivo ou a plataforma de aprendizagem da Escola Virtual. Nesta fase de implementação, tenho constatado o forte contri-buto que a utilização de ambas as tecnologias referidas tem dado para um acréscimo motivacional dos alunos, fazendo paulatinamente parte das rotinas e dinâmicas da sala de aula. Neste momento, tanto os professores como os alunos (e os pais) contam com um instrumento que lhes permite aceder a recursos educativos que se situam para além dos muros da própria escola. Para além disso, verifico que ambas as tecnologias se constituem, neste seguimento, como um instrumento pedagógico poderoso, bem como um auxiliar relevante no desenvolvimento das actividades lectivas e um meio eficaz de comunicar com pais e/ou encarregados de educação.

Oportunidade porque creio que, a longo prazo, possi-bilitará a alunos, pais e professores o acompanhamento das transformações que vão ocorrendo na “Sociedade do Conhecimento”, onde as novas tecnologias não são um fim em si mesmo, mas um meio de acesso à informação e ao conhecimento, um novo meio de comunicação edu-cacional.

Filipe Cardoso, professor do 1.º Ciclo

instrumento pedagógico poderoso e um auxiliar relevante no desenvolvimento das actividades lectivas

A utilização de quadros interactivos potencia a aplicação dos conteúdos digitais disponíveis na plataforma, centrando toda a atenção no assunto que está a ser projectado. Ao ficarem “independentes” do computador, o professor e os alunos executam todas as acções necessárias e solicitadas actuando exclusivamente no quadro interactivo, como se de um vulgar quadro branco se tratasse.

O início deste ano lectivo trou-xe consigo muito mais do que novas turmas e novos rostos. Trouxe tam-bém um inovador método de estudo que pretende facilitar e enriquecer a aprendizagem de todos os alunos: o Rosário Virtual.

Trata-se de uma plataforma que permite a consulta de manuais inte-ractivos e outros recursos disponibili-zados pelos professores, a realização de exercícios, a comunicação com os docentes e outras actividades. “Abre janelas” para um estudo que não se enquadra nos padrões tradicionais e se torna mais atractivo para nós alu-nos, constituindo, assim, uma mais-

valia para a nossa formação.Espero que o seu sucesso continue a ser tão notório

como o que se verificou após o seu lançamento e que cada vez mais nos motive para o aprofundamento dos nossos conhecimentos.

Nuno Neto, 11.º B

rosário virtual

“Abre janelas para um estudo que não se enquadra nos padrões

tradicionais”

Os conteúdos multimédia disponíveis nas diferentes disciplinas e níveis de escolaridade assumem formas tão diversas como fotografias, textos, clips de vídeo, clips de som, jogos, exercícios, etc, para além da multiplicidade de recursos que podem ser acrescentados pelos próprios professores.

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Prestígio, eficácia e simplicidade. A sua escola só tem a ganhar.

manuais interactivos | personalização de recursos multimédia | atribuição de tarefas | monitorização do progresso dos alunos | gestão de turmas e avaliação | criação de relatórios e classificações | comunicação com alunos e pais | agendas e horários

A Escola Virtual é a única plataforma de ensino comprovada que permite, simultaneamente, modernizar a aprendizagem e agilizar a gestão do ensino. Os recursos interactivos permitem diminuir o tempo despendido na preparação de aulas, testes e exercícios, enquanto as funcionalidades da plataforma permitem gerir todo o processo educativo, favorecendo a comunicação entre docentes, alunos e pais.Por tudo isto, a Escola Virtual é um instrumento essencial para as instituições que, como o Colégio do Rosário, procuram marcar a diferença a nível pedagógico e organizacional.

Solicite uma demonstração na sua escola.

Serviço ComercialTelefone: (+351) 22 608 83 28Fax: (+351) 22 608 83 29Email: [email protected]

GeralPorto Editora, Lda.Rua da Restauração, n.º 3654099-023 Porto www.escolavirtual.pt

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A Internet é hoje uma das prin-cipais fontes de informação de uma organização, seja qual for a sua natureza. O seu website desempe-nha, muitas vezes, o primeiro con-tacto com a comunidade e é, sem dúvida, um excelente meio de co-municação com todos aqueles com quem se relaciona.

Por outro lado a dinâmica de um Colégio como o Rosário introduz quase todos os dias acontecimen-tos novos que, contudo, é frequen-te não chegarem ao conhecimento de partes significativas da comuni-dade educativa (e da comunidade em geral), porque muitos dos seus membros - alunos, pais e colabora-dores - não dispõem de tempo ou oportunidade para absorver essas informações por meio de correio, revistas, e-mails, boletins, jornais, painéis, etc.

Foi com base nestes pressupos-tos que o sítio do Colégio na inter-net foi alvo de uma profunda alte-ração, passando a disponibilizar um conjunto diversificado de funciona-lidades e informações aos utiliza-dores. O objectivo foi transformar uma página, que até ao final do ano lectivo passado continha ape-nas informação institucional, num canal efectivo de comunicação com a comunidade. Mais ideias para en-riquecer o site estão já planeadas, outras com certeza surgirão e, con-tudo, será sempre um trabalho ina-cabado. Conscientes dessa perma-nente necessidade de actualização, que fará da plataforma do Colégio o que dela se pretende, ficam des-de já aqui algumas das funcionali-dades implementadas.

Notícias

A zona central da página de entrada do site é dedicada exclusivamente a notí-cias sobre os acontecimentos, iniciativas ou resultados mais relevantes da vida do Colégio. Pretende-se traduzir em notícias actualizadas o dinamismo das diferentes equipas.

Web Page do Colégio com novasfuncionalidades

Destaques

Na coluna esquerda da página de entra-da surge agora um destaque sobre uma temática, projecto ou acontecimento especialmente dinamizado no Colégio. Actualmente é a comemoração do bicen-tenário do nascimento da co-fundadora do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, Mère Saint Jean, que ocupa este espaço.

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Acesso ao Rosário Virtual

O acesso à plataforma Rosário Virtual, um projecto de e-learning entre o Colégio e a Porto Editora, permite o acesso de alunos, encarregados de educação e professores a conteúdos digitais inovadores (ver peça em separado nesta revista).

Calendário de eventos

As actividades desenvolvidas são todas registadas no Calendário de Eventos. A partir de um click num dia específico, poder-se-á saber quais as actividades a realizar ao longo desse dia.

Web Page do Colégio com novasfuncionalidades Movimentos Cartão

A opção movimentos de cartão dá acesso a um conjun-to de informações sobre transacções efectuadas com o cartão do Colégio. Saber diariamente o que foi consumi-do no Bar ou na Papelaria, aceder à lista das refeições efectuadas no Self Service, conhecer o saldo ou os car-regamentos efectuados, são dados agora disponíveis a cada encarregado de educação (para cada um dos seus educandos) e a cada membro do Colégio. Nesta área os Encarregados de Educação poderão também efectuar carregamentos no cartão de cada um dos seus filhos.

Compras on-lineComprar no site do Colégio é, a partir do início do ano lectivo, uma realidade. Nesta fase é já possível encomen-dar uniformes e equipamentos de educação física (em conjuntos ou por peças) e efectuar o seguimento das en-comendas, sendo disponibilizadas informações detalha-das do estado de cada encomenda. Brevemente outras compras, nomeadamente manuais escolares, poderão, igualmente, ser realizadas por este meio.

Envio de mensagens com função de avisoA área de mensagens é uma das componentes mais poderosas do site, tendo em atenção a interactividade pretendida com os utilizadores, principalmente com os Encarregados de Educação. Ainda em fase de melhoria, esta funcionalidade possibilita a comunicação directa e personalizada com cada um. Após login, é visualizada de imediato, na mesma área, a informação de existência de mensagens novas. Em caso afirmativo basta clicar em cima do número indicado para aceder aos assuntos das mensagens e consultá-las se se desejar.Sempre que forem enviadas mensagens, o sistema noti-fica, em simultâneo, os destinatários, através do respec-tivo e-mail, avisando por esta via a existência de novas informações.

Alteração de dadosApós login os utilizadores poderão actualizar o seu e-mail e outros dados, com informação automática para correc-ção na base de dados do Colégio. A alteração da senha e a recuperação da mesma (desde que exista um e-mail válido) são outras possibilidades.

Outras consultasBrevemente outros dados poderão ser consultados na área reservada na página do Colégio na Internet. São dis-so exemplos a conta corrente, os resultados de avaliações dos alunos, o resumo de faltas, etc.

Colégio na imprensa

As referências ao Colégio nos meios de comunicação social po-dem agora ser consultadas num espaço próprio, assumindo di-versos formatos: texto, fotogra-fias, registos audio, vídeos,...O link de acesso surge na página de entrada imediatamente antes do calendário de eventos.

Menu Principal

O menu principal apresenta os acessos às principais áreas de informação de acesso generalizado. A existência de uma área reservada permite que seja disponibili-zado aos Encarregados de Educação um outro conjunto de opções com acesso a documentos específicos de que são exem-plos o Plano de Actividades detalhado, os Planos Curriculares de cada Turma, os Critérios de Avaliação no Ensino Básico e Secundário, etc.

www.colegiodorosario.pt

Pesquisa

A procura de documentos e outras in-formações alojadas na página do Colé-gio será simplificada a partir da área de pesquisa. Digitando aqui uma palavra ou expressão, o sistema apresentará o conjunto de links com esse conteúdo fa-cilitando a busca de informação.

Para além da informação pública, o site permite o acesso a diferentes áreas de informação específica conforme o perfil do utilizador (encarregado de educação, docente, não docente, administrador...).

ÁREA RESERVADA

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Todos os anos, aproveitando o maior período de pa-ragem escolar, no Verão, são efectuadas diversas me-

lhorias no Colégio, quer ao nível da requalificação dos espaços quer ao nível da modernização dos diferentes

equipamentos. O Verão passado não fugiu à regra. Algumas das intervenções mais significativas são aqui apresentadas.

Equipamentos novosEspaços requalificadosAcessibilidades melhoradas

Novo relvadoRecreio exterior

Rampas de acessoOnde antes eram escadas

As escadas de acesso ao piso 0, uma das entradas mais movimen-tadas do edifício do Colégio e que comunicam directamente com as salas de Artes, foram transforma-das num rampa cuja suave inclina-ção permite a utilização autónoma de uma cadeira de rodas. Os materiais utilizados e o desenho desta rampa resultou numa inser-ção discreta e bem enquadrada com a arquitectura anterior.

A anterior ligação, através de escadas, do re-creio aos campos de jogos, deu também lugar a uma rampa, tendo ainda sido colocadas flo-reiras e instalada nova iluminação. A repintura deste espaço concluiu a requalificação.

A instalação de um elevador, ligando todos os pisos do edifí-cio, completou o conjunto de intervenções para a melhoria das acessibilidades no Colégio. Equipado com tecnologia moderna, quer em termos de funcionalidade e conforto, quer em termos de segurança, o novo ascensor desloca-se numa estrutura construída em vidro e aço, o que lhe confere um aspecto mais leve e mais bonito.

ElevadorLigação dos 4 pisos

Nova rampa de acesso ao Piso 0

Rampa de ligação entre o recreio e a zona desportiva.

Uma boa parte dos paralelipípedos que co-briam o recreio exterior deram lugar a um recinto relvado. Até agora só os alunos mais pequenos puderam pisar a relva mas, logo que o tapete verde o permita, todos pode-rão usufruir do espaço. Propositadamente dotado de alguns acidentes de relevo, o novo relvado é um desafio à imaginação de novas brincadeiras ao ar livre.

Elevador de ligação entre todos os pisos do Colégio

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Novos parques infantis

Pré-Escolar e 1.º Ciclo

Sistemas multimédia em todas as salas de aulas

Do 1.º ciclo ao secundário

O parque-infantil do Pré-Escolar foi completamente remodelado. O novo re-cinto conta agora com equipamentos novos e que cumprem integralmente as normas de segurança mais recentes para este tipo de espaços. O chão, constituído por placas à base de borracha e também de relva artificial, oferece todas as garantias de protecção para as brincadeiras mais atrevidas e confere ao recreio um aspecto colorido e atractivo.

A intervenção no parque infantil do Pré-Escolar realizou-se na

sequência da que já havia sido efectuada no ano passado, no

parque infantil do 1.º ciclo, destinado a uma faixa etária

dos 4 aos 10 anos. A prática de exercício físico ao ar livre e, principalmente,

a garantia de momentos bem divertidos, são razões para o êxito destes equipamentos.

Depois de, em anos anteriores, ter sido instalado um sistema multimédia em cada sala do Secundário e do 3.º Ciclo, chegou a vez das salas do 1.º e 2.º

Ciclos serem também equipadas com sistema semelhantes.No 1.º Ciclo o conjunto de equipamentos multimédia inclui um computador

portátil, distribuido a cada um dos professores, um quadro interactivo, um projector multimédia e um sistema de som. No 2.º Ciclo a diferença reside no computador. Em lugar do portátil optou-se por uma secretária multimédia, tal como já havia sido testado anteriormente nas salas do secundário e 3.º Ciclo.

Vista geral do parque infantil do Pré-Escolar

Perspectiva do parque infantil do 1.º CicloPerspectiva do parque infantil do 1.º Ciclo

No 1.º Ciclo cada professor dispõe de um portátil que, na sala, é conectado ao quadro interactivo, ao projector multimédia e ao sistema de som .

Os quadros inte-ractivos entraram no quotidiano das aulas do 1.º e 2.º ciclos. A flexibilidade que oferece tornou este equipamento numa ferramenta de uso diário para muitos professores.

Para utilizar as mesas multimédia, instaladas em cada sala do 2.º Ciclo ao Secundário, basta abrir a tampa (com chave) e ligar.

O castelo é um dos equipamentos mais utilizados pelas crianças

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Colégio envolvido em projecto das Nações Unidas

Foi há quase um ano que o Programa MYTecC se es-treou em Portugal. Esta iniciativa, inédita no país, é pro-movida pelo Programa Escolhas e tem como parceiro fun-damental o CNSR – Colégio Nossa Senhora do Rosário.

Originalmente concebido por uma parceria entre a CISCO e o ICTDAR (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Regiões Árabes), o MYTecC tem como finalidade proporcionar a jovens entre os 14 e 16 anos uma aprendizagem nas novas tecnologias da informação, ampliar os seus conhecimentos da língua inglesa e desen-volver as suas competências pessoais e sociais, criando uma rede de jovens de países e de culturas diferentes. Entre os países aderentes contam-se o Chipre, Egipto, Iémen, Israel, Jordânia, Marrocos, Palestina, Portugal e Turquia.

Esta singular aliança entre os conhecimentos da in-formática e do inglês e a aquisição de competências so-ciais proveniente do know-how dos parceiros fundadores, a Cisco e as Nações Unidas, irá permitir ao jovem ado-lescente, por um lado, obter ferramentas para ser bem sucedido na vida pessoal e profissional futura e, por ou-tro, viver uma experiência única, e que certamente não conseguiria viver em outras circunstâncias. Deste modo, o MYTecC propõe-se formar novos líderes e por isso está também orientado para a definição de perspectivas de emprego aliciantes num mercado globalizante e onde predominam as novas tecnologias.

Todos os candidatos foram sujeitos a um rigoroso processo de selecção, constituído por três fases impor-tantíssimas: realização de um teste diagnóstico de inglês, participação num workshop de grupo, e acesso a uma entrevista individual. No final, os pais dos alunos/as selec-cionados/as foram convidados a participar numa sessão de esclarecimento. Pretendeu-se não só informar, mas sobretudo comprometer as famílias dos jovens escolhidos nesta oportunidade única de aprendizagem. Na Zona Nor-te, esta selecção foi realizada pela Equipa do MYTecC em estreita colaboração com os Projectos Raiz, Saber Viver e Terço em Movimento. O Programa tem lugar no CNSR, sendo assim possível o recurso a excelentes instalações, nomedamente ao laboratório informático, apetrechado com equipamento inovador e moderno, essencial à imple-mentação deste curso.

Embora não seja de entrada livre e directa (devido aos requisitos que um jovem aluno do MYTecC deverá preen-cher), este curso não tem quaiquer custos para os alunos,

Criado para desenvolver competências de inglês e informática em jovens socialmente carenciados, o MYTecC (Mediterranean Youth Technology Club) contou, desde o seu arranque em Portugal, com o apoio do Colégio. Um pouco da história desta ini-ciativa e dos seus objectivos são aqui relatados pela coordenadora do Projecto no nosso país.

PROGRAMA ESCOLHAS

O Projecto MyTecC é implementado em Portugal pelo Programa Escolhas

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Colégio envolvido em projecto das Nações Unidas

MediterraneanYouthTechnologyClub

já que foi pensado sobretudo para jovens socialmente desfavorecidos. Os custos e as despesas de implemen-tação do projecto são suportados pelas Nações Unidas e pelos parceiros locais, sendo que existe, em todos os países aderentes, um enorme apoio das entidades locais públicas e também financiamento privado.

O curso de MYTecC tem a duração de dois anos. Os alunos recebem formação, em horário extracurricular, du-rante 8 horas semanais, nas seguintes vertentes: Infor-mática (Currículo da Cisco IT Essentials – PC Software and Hardware,) em Inglês (English Proficency and Web Literacy) e no Currículo Social (Social Empowerment). No final, os alunos do MYTecC estarão qualificados a fre-quentar o exame CompTIA A+ e serem certificados como Técnicos Profissionais de Informática (IT Professional Technicians), que é um dos mais conceituados diplomas nesta área, e reconhecido internacionalmente.

As actividades sociais assentam nos valores da auto-estima, da confiança, da responsabilidade e do trabalho em equipa. O voluntariado está inserido no currículo so-

por Joana Barbosa*

Os alunos recebem formação 8 horas por semana em ITE (Information Tecnology Essentials), em Inglês (English Proficency and Web Literacy) e no Currículo Social (Social Empowerment). No final, os alunos do MYTecC estarão qualificados para frequentar o exame CompTIA A+ (certificação internacional em manutenção avançada de hardware e redes) e serem certificados como Técnicos Profissionais de Informática (IT Professional Technicians), que é um diploma dos mais conceituados nesta área e reconhecido internacionalmente.Para além das tarefas realizadas em sala, os formandos envolvidos no projecto desenvolvem outros tipos de actividades que incluem visitas de estudo e outras de carácter lúdico-pedagógico.

cial do MYTecC e é condição essencial para ser bem suce-dido no final do Curso.

O MYTecC promove ainda a criação de uma comuni-dade internacional e virtual em que, recorrendo às fer-ramentas da Web 2.0, se pretende construir um diálo-go intercultural, baseado nos princípios do respeito, da compreensão e da coexistência entre os jovens da região mediterrânica.

A parceria local estabelecida entre o Programa Esco-lhas e o CNSR, acredita que o MYTecC pode mudar o percurso pessoal e profissional de muitos jovens portuen-ses. Ao muni-los de competências de liderança e de com-promisso, ao incentivá-los a auto-responsabilizarem-se, ao sensibilizá-los para os valores da solidariedade social, o MYTecC conduzi-los-á para a excelência, tornando-os mestres em tecnologia e líderes das suas comunidades.

* Coordenadora Nacional do Projecto MytecC

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Celebração do Bicentenário do nascimento da Mère Saint Jean

1809-2009

No dia 2 de Fevereiro de 1809, em Murviel, vila medie-val situada no sul de França, perto de Béziers, vem à luz do dia uma linda menina que, ao ser baptizada, recebe o nome de Marie Appollonie.

Seus pais, Etienne Baptiste Pélissier e Marie Durand, são cristãos convictos e assíduos na prática religiosa. Dos quatro filhos que têm, os três primeiros são rapazes, sen-do Appollonie a mais nova. Como é a única menina, vem a ser o enlevo de toda a família, que lhe proporciona uma infância feliz e tranquila. Tudo isto muito a ajuda a desen-

volver a sua personalidade e a crescer na compreensão e respeito pela dignidade das pessoas que a rodeiam, so-bretudo pelos mais necessitados e infelizes, sensibilidade que ela aprendeu de sua mãe.

O facto de pertencer a uma família afortunada e bur-guesa dá-lhe a possibilidade de desenvolver os seus ta-lentos e de ter uma educação esmerada.

Aos onze anos vai frequentar um colégio de Béziers, o pensionato Mathon. Ali prossegue os seus estudos com entusiasmo e forte desejo de aprender e de se cultivar, mas também de dar alegria a seus pais. É sempre consi-derada pelos professores, uma aluna aplicada, cuidadosa e inteligente.

Durante este tempo Appollonie pôde aprofundar a sua instrução e formação cristã, preparando-se para a primei-ra comunhão, realizada a 17 de Julho de 1821. Dois anos mais tarde, a 25 de Outubro de 1823, recebe o sacramen-to da confirmação.

A qualidade de vida e os valores cristãos que lhe são transmitidos, preparam-na para enfrentar uma série de dificuldades que o futuro lhe trará.

Aos dezoito anos apaixona-se por Eugène Cure, vindo a casar aos vinte e dois anos, no dia 12 de Abril de 1931. Vivem juntos dezassete anos, numa grande paz e felici-dade. Este tempo de vida familiar é marcado pelo facto de não terem filhos. Mas, ainda antes do matrimónio, Ap-pollonie perde a sua mãe, que morre repentinamente e, num curto espaço de tempo, vê partir o pai. Appollonie sente-se só e encontra em Nossa Senhora a fé e a cora-gem para enfrentar esta dolorosa situação.

Eugène é advogado e pertence a uma classe social elevada. Os seus pais deixam-lhe uma fortuna colossal.

Após o casamento, o jovem casal vai viver para Au-tignac, numa parte da grande casa que o pai de Eugène lhes concede.

Eugène bem depressa transfere para Béziers o seu escritório de advogado, visto ter ali mais clientes e mais trabalho. Cristãos como são e não tendo filhos, não é a riqueza nem a ambição que os move mas o desejo de trabalhar mais para melhor poderem ajudar os pobres e desprotegidos. Dotados de uma grande sensibilidade, encarnam profundamente as desgraças alheias como se fossem suas.

Eugène tinha uma grande admiração pelo P. Jean Gai-lhac, sentimento que vai crescendo à medida que conhe-ce os seus projectos e as suas obras de beneficência. Então apresenta-lhe Appollonie e o casal fica de tal modo entusiasmado com a obra, que todos os dias se encon-tram nas Allées de Paul Riquet, n.º 42, onde reside o jovem casal.

O clima que se respira em França é de instabilidade e agitação. Atravessa-se uma grande crise económica devi-do ao desemprego, baixos salários e lutas partidárias. A 24 de Fevereiro 1848 é instaurada a República. Eugène Cure preocupa-se demasiado com o momento político que se vive e partilha com Appolonie as suas preocupações, na certeza de nela encontrar ajuda, pois sabe que é uma

Celebra-se no presente ano de 2009 o bicente-nário do nascimento de Mère Saint Jean Pélissier Cure, co-fundadora e primeira Superiora Geral das Religiosas do Sagrado Coração de Maria. Nas vés-peras do início das comemorações, que se desen-volverão ao longo do ano, publicamos nesta edição uma pequena síntese biográfica desta figura tão marcante da vida do Instituto.

Por Maria de Lurdes Rito, rscm*

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1809-2009 mulher corajosa, de grande fé e confiança em Deus. Nas dificuldades, Appollonie repetia frequentemente:

“Deus assim o quer”. E, receosa do que possa acontecer, pois conhece bem o seu marido, encoraja-o, dizendo-lhe, cheia duma fé profunda: “Deus e Nossa Senhora estão connosco e, como boa mãe, transformará as nossas pre-ocupações em rosas do seu rosário para as oferecer a Deus”.

No dia 2 de Novembro de 1848, durante a noite, Eu-gène começa a sentir-se mal e pede que lhe chamem o Padre Jean Gailhac. Este vem e acompanha-o nos últimos momentos da sua vida.

A morte de Eugène, que era para ela toda a sua vida, faz parte integrante da obra de Deus nela.

Sempre serena e corajosa, renova muitas vezes a sua confiança em Deus, dizendo: “Deus assim o quer”.

Após a sua morte, sabendo Appollonie que o Padre Jean Gailhac deseja fundar uma congregação, decide ir ter com ele para fazer parte da primeira Comunidade, colocando a sua vida ao serviço das jovens do Refúgio e das crianças do Bom Pastor. Está certa de que aquela era a vontade de Deus. O Padre Gailhac não aceita logo a proposta, pensando que era uma decisão precipitada. Porém, Appollonie não desiste e, confiante, diz-lhe: “Pa-dre Jean Gailhac, nada me prende a este mundo. A minha determinação vem de Deus e, pela Sua graça, não me falta coragem. Estou plenamente convencida que é isto o que Ele quer de mim”.

Passados apenas pouco mais de três meses, depois da morte do seu marido, esta mulher de 40 anos e de grande fé não descansa enquanto não faz de si mesma uma entrega radical a Deus. Não hesita em deixar tudo e dispor de todos os seus bens, renunciando ao conforto em que sempre vivera, para se dedicar aos mais pobres e desprotegidos da sociedade.

Como o Padre Jean Gailhac acha que é muito cedo para tomar tal decisão, Appollonie recorre a Monseigneur Thi-baut, bispo da diocese de Montpellier, que não só a apoia como, pouco tempo depois, comunica ao Padre Gailhac a data da Fundação do Instituto. No dia 24 de Fevereiro de 1849, pelas 16 horas, Appollonie e mais quatros senhoras - Eulalie Vidal, Rosalie Gibal, Cécile Cambon, Rose Jean-tet e, uns dias mais tarde, Marie Roques - são recebidas pelo Padre Jean Gailhac, no Bom Pastor. Numa celebração simples, admite-as ao serviço de Deus, confiando-lhes a Missão de lançarem os alicerces do Instituto.

No fim do dia 24 de Fevereiro de 1849, o Padre Gai-lhac reúne a pequena Comunidade, entregando-lhe a grande missão de “amar e glorificar a Deus e levar aque-las raparigas e crianças a amá-l’O e glorificá-l’O”. Depois dá-lhes orientações práticas, atribuindo a cada uma as suas funções. Appollonie é nomeada Superiora Geral e Administradora do Instituto, trabalho que ela desempe-nha com todas as suas forças, no seguimento de Jesus Cristo. Confia inteiramente em Maria, à qual implora a sua protecção e, como sua filha, lança-se para sempre nos seus braços maternais. Desde logo se entrega ao serviço das pessoas que lhe são confiadas - irmãs, jovens e crian-ças - tratando cada uma como se fosse única.

Evidentemente que o início de uma fundação é sem-pre difícil, mas aquelas seis mulheres trazem consigo um grande potencial de força e energia para enfrentarem as dificuldades inerentes.

A obra do Bom Pastor é colocada sob a direcção de Appollonie. Reúne todas as qualidades necessárias para assumir esta Missão. É uma mulher activa, corajosa, firme nas decisões, não recua perante as dificuldades mas en-

contra nelas fonte de nova energia. Dotada de iniciativa, disponível, sensível às necessidades dos outros, atencio-sa, amável, procura aceitar e respeitar as diferenças. Está sempre pronta a construir a unidade na diversidade.

Perante a nova realidade que abraça, Appollonie tem a certeza de que este é o projecto que Deus tem para ela, ao qual ela quer ser fiel e vivê-lo em grande amor e ge-nerosidade. Está na força da vida e apta para gerar vida em abundância, dedicando-se como uma mãe à pequena comunidade fundadora da qual é responsável, e sobretu-do às jovens e crianças do Bom Pastor.

Apesar das saudades do seu querido Eugène, mostra-se sempre uma mulher forte e determinada, humilde e corajosa, disponível para concretizar o projecto que Deus lhe confia. Por isso, vai trabalhar com todas as suas forças para se identificar com Jesus Cristo.

Dotada de uma grande intuição, está atenta a que nada falte. Percorre os dormitórios e os guarda-fatos, para verificar se todas têm a roupa necessária, pois não quer que ninguém passe frio; melhora as refeições, es-tando atenta às crianças mal nutridas; acompanha os seus estudos e ajuda a resolver as dificuldades que vão encontrando; ocupa-se dos cuidados de higiene das que vêm dos bairros mais pobres.

Às vezes Appollonie estava muito atarefada com a administração e a Irmã da recepção vinha dizer-lhe que tinha chegado mais uma órfã. Appollonie respondia-lhe: “Leva-a à Irmã S. Félix e depois fala com a Irmã Inês. Elas já estão avisadas e sabem o que devem fazer”. Mas se a irmã acrescentasse “Se visse em que estado ela che-gou…” a Mère Saint Jean largava tudo e ninguém mais

Convite do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria para a celebração do bicentenário do nascimento da Mère Saint Jean.

podia tratar da menina. Enfim, trata a todas com grande amor e carinho.

Além de toda esta responsabilidade, partilhada com as outras cinco Irmãs, procura melhorar as condições da casa, de modo a que todas se sintam bem. É o dom do coração, a cada momento. Sabe e sente que pertence a Deus. Por isso, escreve: “Dou graças a Deus por me dar um coração que só aspira a viver para Ele e a ser um com a Sua vontade”. E ainda: “Como é bom fazer tudo por Ele e para Sua glória”.

Tem uma consciência muito viva de que Jesus se lhe entrega diariamente quando O comunga na Eucaristia, e que isso vai transformando em divino tudo o que nela é humano.

Nesta caminhada espiritual, recebe o hábito religioso e o nome de Mère Saint Jean Évangéliste, no dia 13 de Abril de 1850. Assim, fortalecida pelo dom da Eucaristia e sob a protecção de Maria, vai crescendo nesta intimidade com Deus, que a prepara para o dia da sua entrega total pela Profissão Religiosa, realizada no dia 4 de Maio de 1851, Domingo do Bom Pastor. Neste momento, recebe uma cruz com as palavras “Para que tenham vida”. Um hino de louvor e de acção de graças brota do coração da Mère Saint Jean, que tem plenamente consciência de que “Deus olhou para a pobreza da sua serva”. Foi nesta atitude de pequenez e hu-mildade diante de Deus que a vida da Mère Saint Jean foi gerando VIDA, através de uma presença amável, acolhedora e dinâmica, tendo sempre a preocupação de criar unidade, congregar e orien-tar numa direcção comum. Era este o seu caris-ma.

Perante as dificuldades dum Instituto nascen-te, nunca desanima. A sua bondade e paciência nunca se alteram. No entanto, a sua saúde vai-se tornando cada vez mais frágil. Tenta encobrir e vai continuando a ocupar-se de tudo.

O seu zelo infatigável, bondade, delicadeza de sentimentos e a preocupação de consolar e aliviar todos os que sofrem é a sua missão. Sa-bendo que o Padre Jean Gailhac está a sofrer, diz-lhe, numa carta: “Farei tudo o que depen-der de mim para o aliviar e consolar”. É sua característica ser amiga e estar presente nos momentos difíceis. A Mère Saint Jean consi-dera isto uma missão, pois ela é realmente a Fundadora e Superiora Geral do Instituto. Por isso, é sempre com muito carinho que o seu coração está aberto a todos os que sofrem e são infelizes.

Entretanto, a saúde da Mère Saint Jean agrava-se; porém, mais do que o seu sofri-mento, arde nela o zelo pela expansão do Instituto, sonho que não chega a concreti-zar. Vários acontecimentos impedem esta realização. Mas o seu refrão constante nas adversidades era “Deus assim o quer”, conti-nuando sempre a esperar. Nada a perturba, porque só quer o que Deus quer.

Consciente de que o seu fim está pró-ximo, comunica-o ao Padre Jean Gailhac e à comunidade das Irmãs: “Não esperava deixá-los tão cedo, mas Deus assim o quer. Que a Sua vontade seja feita”.

A 4 de Março de 1869, lá fora, o sol está prestes a apagar-se. Toda a Comuni-dade está reunida. O olhar da Mère Saint

Jean envolve todas as Irmãs. Apercebendo-se da sua tris-teza, assume pela última vez a sua missão de consolado-ra, dizendo-lhes: “Então! Deviam dar-me coragem e sou eu que tenho de as consolar?”

Às dezoito horas, a Mère Saint Jean, cheia de paz e confiança, deixa-se acolher nos braços de Deus Pai. A sua morte causou grande tristeza às religiosas, às alunas e a todos quantos a conheciam. Após a sua morte o corpo da Mère Saint Jean ficou na Capela e foram muitos os pobres que compareceram para ver mais uma vez aquela que foi o seu amparo. E comentavam: “É uma santa”.

As últimas palavras que dirigiu ao Padre Jean Gailhac revelam o tom da sua vida: “Tenha coragem! Deus estará consigo. Sim, as nossas obras vão prosperar”.

A Mère Saint Jean partiu para Deus mas a sua vida continua a gerar Vida: “Para que todos tenham vida em abundância”.

* Condensado do livro “Força e Liberdade - Appollonie Cure”,de Ir. Margarida Maria Gonçalves (Editora Apostolado da Oração).

 

 

Data

Actividade

02/02/2009 a

06/02/2009

Semana da Mère Saint Jean - Exposição de Retratos ilustrados da Mère Saint Jean; - Inauguração de Painel sobre Origem e datas marcantes da História do IRSCM; - Começar o dia com Mère Saint Jean (leituras/reflexões do livro “Mulher de Coragem e Ternura”)

07/02/2009 Celebração de Abertura das comemorações do Jubileu dos 200 anos do nascimento da Mère Saint Jean - Fátima

09/02/2009 a

13/02/2009

Exposição de trabalhos escritos sobre Mère St. Jean (disciplina de Francês)

11/03/2009

Festival da Canção IRSCM – letras das músicas com o tema “Mère St. Jean – Uma Vida, um Desafio” (participação de Colégios, Lares e Obras Sociais IRSCM)

04/05/2009 a

08/05/2009 Semana das Vocações

07/10/2009 Dia do Colégio

Colocação de um vitral com motivos marianos na Capela do Colégio, como memória para o futuro da comemoração do Jubileu ano lectivo 2008/2009

Elaboração/exposição de cartazes alusivos ao bicentenário do Nascimento de Mère Saint Jean ano lectivo 2008/2009

Participação no Concurso de Bandas Desenhadas sobre episódios da vida de Mère Saint Jean, proposto pelo Grupo da Pastoral com Jovens do IRSCM ano lectivo 2008/2009

Elaboração/apresentação de pequenas animações sobre episódios da vida de Mère Saint Jean 02/02/2010 Encerramento das comemorações do Jubileu: Celebração / inauguração do Espaço Raiz 17/02/2010

a 20/02/2010

Peregrinação a Béziers: Ao encontro das nossas Raízes – a influência da Fundadora no Espírito e Missão do Instituto

Iniciativas a desenvolver no Colégio no âmbito das comemorações

P40

Rosário Verde

Bateu o recorde mundial de velocidade de circum-navegação do globo

Antes de partir para a conquista do record mundial de velocidade de circum-navegação do globo, que havia de conseguir, o Skipper Pete Bethune, da Nova Zelândia, esteve no Colégio, no âmbito do Projecto Eco-Escolas. O barco que comandou, o Earthrace, é um trimarã total-mente ecológico, movido a biodiesel, peça central de um projecto que, acima de tudo, pretendeu chamar a atenção para os problemas ambientais que o planeta atravessa.

Recebido por alunos do secundário, Pete Bethun abor-dou os diferentes objectivos da iniciativa de que foi fun-dador e contou algumas das aventuras que a sua tripula-ção já tinha vivido a bordo do Earthrace.

Continua dinâmico no Colégio o Programa Eco-Esco-las, implementado em vários países pela Fundação para a Educação Ambiental e promovido em Portugal pela Asso-ciação Bandeira Azul da Europa.

Este projecto, ao qual o Colégio aderiu a partir de 2004/2005, promove a participação dos alunos na iden-tificação, formulação e resolução de problemas no domí-nio ambiental, encorajando o desenvolvimento de acções concretas, desenvolvidas pelos alunos e por toda a Comu-nidade Educativa.

São vários os temas que têm vindo a ser abordados, nomeadamente a Água, a Energia, os Resíduos, os Trans-portes e Alterações Climáticas, sendo estabelecidas, em cada ano, novas iniciativas, abrangendo os diferentes ci-clos e dando corpo ao Plano de Acções.

Quarta Bandeira consecutivaNo Colégio, este plano anual tem a vindo a ser di-

namizado com sucesso, sendo disso sinal mais visível a obtenção do galardão Bandeira Verde Eco-Escola, certifi-cando que foi cumprido o Plano de Acção proposto e que o seu desenvolvimento foi um instrumento promotor da educação para o ambiente.

Em Novembro passado, numa cerimónia nacional re-alizada em Torres Vedras, foi atribuída ao Colégio, pela quarta vez consecutiva, a Bandeira Verde referente ao ano lectivo 2007/2008. Entretanto, também em Novem-bro, o nosso Eco-Conselho, constituído por alunos, repre-sentantes de docentes, de pais, de auxiliares, da Câmara Municipal, da Deco e de outras instituições, já reuniu, ten-do sido delineadas as acções para o presente ano lectivo, porque há muito para fazer em prol do ambiente...

e-mail

Wanted to thank you for all the help. Rosário has been a great experience. Irene(1) helped us so much and made us feel like home. I’m sure you know what I mean. We did relive the wonderful experience after the visit to the school a couple of times, when telling about it to the other crew members.

Thank you Margarida(2), Irene and Rosário! All the kids - they are so mature and fun at the same time - were wonderful and this visit will definitely remain a memorable one!

Cheers,Karolina Romanek(3)

(1) - Irene Santa Comba, professora responsável pelo Projecto Eco-Escolas no Colégio(2) - Dr.ª Margarida Gomes, representante da ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa) (3) - Elemento da tripulação do Earthrace

Skipper do Earthrace no Colégio

Representantes do CNSR na cerimónia de entrega da Bandeira Verde.

Da direita para a esquerda: Roberto Costa, do 8.º A, Irene Santa Comba, Responsável

do Projecto Eco-Escolas e Purificação Rodrigues, Coordenadora do 2.º e 3.º Ciclos.

P41

Rosário VerdeA Água e o DesenvolvimentoSustentável

Um grupo de três alunos do Colégio conquistou o 1.º Prémio, no escalão Ensino Secundário, no concurso de trabalhos subordinados ao tema “A ÁGUA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”, promovido pelo Instituto Nacional da Água – INAG – no âmbito do SNIRH, Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos.

A competição tinha como objectivos aumentar o

Alunos do secundário ganham 1.º prémio em concurso do INAG

Na foto os alunos do 11.º D, Ricardo Norton, Nuno Alexandre e João Couto, durante a viagem ao Rio Mondego, oferecida aos vencedores do concurso “A água e o desenvolvimento sustentável”.

As instalações da barragem da Aguieira, no Mondego, foram um dos locais visitados pelo grupo de alunos participantes na viagem dos vencedores.

conhecimento quanto à utilização racional dos recursos hídricos, respondendo simultaneamente às necessidades do quotidiano diário, propondo-se, também, promover na sociedade a eco-eficiência, a inovação e a responsabilidade social.

Esta iniciativa foi apresentada, no âmbito dos conteúdos da disciplina de Geografia A e do Programa Eco-Escolas, às turmas do 10.º C e 10.º D, que se organizaram em grupos e elaboraram propostas sob diferentes perspectivas do tema em causa. Destes trabalhos, três foram seleccionados para candidatura ao concurso do INAG, tendo um deles obtido o 1.º prémio após avaliação por um júri constituído por um elemento da Presidência do Instituto da Água e por dois elementos do Departamento de Monitorização e Sistemas de Informação do Domínio Hídrico.

Na sequência do resultado conseguido, os alunos do Colégio ganharam o direito a participar na Viagem dos Vencedores, onde realizaram diversas actividades de campo e contactaram com o SNIRH.

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A procrastinação cunha,

habitualmente, comportamentos

que implicam atraso no início

ou término das tarefas, ou ainda delonga nos processos de tomada de

decisão.

“You may delay, but time will not”Benjamin Franklin

Recentemente uma professora amiga usou numa das suas aulas o termo procrastinação a propósito de um dado comportamento de um aluno. Sempre com o instinto de participação afivelado, mesmo se errático, alguns alunos recusaram enfaticamente comer tal coisa, afinal zelavam pela sua higiene alimentar… De facto, procrastinar não é um termo demasiado familiar. Deve o seu berço ao latim procrastinare e literalmente significa “deixar para o dia de amanhã”, “adiar”, “protelar”, “demorar”, “espaçar”, “dife-rir”, como qualquer dicionário de Língua Portuguesa pode confirmar.

A procrastinação cunha, habitualmente, comporta-mentos que implicam atraso no início - ou término das tarefas -, ou ainda delonga nos processos de tomada de decisão, independentemente de o prazo final ter sido esta-belecido pelo próprio. Afunilando para o contexto escolar, a procrastinação académica subsume quer a realização de tarefas escolares (e.g., apresentar trabalhos escritos ou preparar-se para testes/exames) no último momento possível, quer a não conclusão de uma tarefa escolar na moldura temporal definida.

A procrastinação é, visivelmente, um problema bas-tante frequente nos tempos que correm, mais nas so-ciedades orientadas para a realização e para o sucesso. Estudos americanos da área – relativamente à procrasti-nação em tarefas não académicas – referem, entre outros dados, que cerca de 20% das pessoas adultas relatam comportamentos procrastinatórios em tarefas rotineiras tais como pagar contas ou marcar exames médicos, e en-caram a procrastinação como um problema significativo nas suas vidas (e.g., em 40% dos casos este adiamento “desregrado” tinha dado origem a perdas financeiras no ano precedente à investigação realizada).

No entanto, a demasiada proximidade do conceito à vivência diária, se por um lado cativa a atenção face ao fenómeno, por outro, pode banalizar a análise, pelo que convém clarificá-lo. Procrastinar implica realizar uma acti-vidade alternativa à pretendida, o que não é sinónimo de ócio. A procrastinação pode ainda ser distinguida do adia-mento intencional, porque não é planeada, assim como do adiamento lógico e necessário, motivado por razões óbvias tais como doenças inesperadas ou problemas téc-nicos. Em contexto escolar, a procrastinação manifesta-se, sobretudo, através do adiamento do comportamento de estudo. Os atrasos na realização de tarefas escolares podem reclamar diferentes causas, por exemplo, dificul-dades na formulação de objectivos de aprendizagem. Se estes forem vagos, irrealistas, ou pouco assumidos pelo próprio, quando for necessário proteger a actividade de estudo dos distractores que têm por missão afastar-nos da tarefa escolar (e.g., toques, sms, imaginação errática, “Sonhar acordado”, convites inopinados para brincar ou sair) não o vão conseguir.

Objectivos com fronteiras balizadas, claros e exequí-veis guiam a acção dos alunos no sentido da sua conclu-são; o avesso, obviamente, também é verdade. Os pro-crastinadores militantes, sobretudo estudantes, cedem facilmente a estímulos distractores. Os pais, a montante, podem ajudar na construção de metas concretas, realis-tas, faseadas no tempo, e avaliáveis. “Estudar 45 minutos de História na quarta às 17,30h”, “realizar 4 exercícios de Matemática para entregar na sexta, depois do lan-che”, “ler o 2.º capítulo do romance… entre as 17 e as

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por Pedro RosárioDocente do Departamento

de Psicologia da Universidade do Minho

19,30h”… são exemplos que concretizam a ideia descrita, por oposição a “estudar mais”, “esforçar-me por…”, “me-lhorar a …”, inconcretos e intangíveis. Bons propósitos, não objectivos. A jusante, os pais podem ajudar os filhos a controlar os seus distractores (e.g., desordem no quarto ou na secretária, sms, jogos de computador) discutindo a sua responsabilidade pessoal na condução do processo de aprendizagem.

O que sabemos do comportamento procrastinatório dos jovens portugueses?

Existem poucos estudos publicados sobre o comporta-mento procrastinatório de adolescentes. Resumidamente, apresentamos dados de um estudo português com 2800 alunos do 3.º Ciclo - muitos deles do colégio -, que nos podem ajudar a pensar e a tomar algumas decisões edu-cativas a partir da realidade: (i) as raparigas, comparati-vamente aos colegas, dedicam mais tempo ao seu estudo pessoal e, consequentemente, procrastinam menos no estudo diário; (ii) os alunos aumentam os seus comporta-mentos de procrastinação ao longo do 3.º Ciclo do Ensino

Básico (7.º, 8.º e 9.º anos); (iii) um menor número de reprovações está associado a menor procrastinação no estudo; (iv) a procrastinação no estudo tende a aumentar à medida que o nível instrutivo dos pais diminui, sendo esta constatação particularmente expressiva, tomando o nível instrutivo das mães; (v) a procrastinação no estudo aumenta em espelho com as notas a Português e, particu-larmente, a Matemática; (vi) os alunos mais procrastina-dores no seu estudo apresentam perfis de auto-regulação mais deprimidos. Estes dados parecem, são, importantes e merecem reflexão apurada, uma vez que quer a baixa procrastinação quer a elevada auto-regulação apresen-tam relações íntimas com o sucesso escolar. Dificuldades na gestão do tempo, aversão à tarefa e medo do fracasso são as principais razões apontadas por estes alunos para procrastinar o seu comportamento de estudo. Unindo os esforços, pais e professores, devemos fazer algo para os ajudar, procrastinar esta tarefa, certamente, não resolve-rá os problemas.

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VOCAÇÕES

Alunos do Rosário - Como descobriu a sua vocação?Padre Prior - O “descobrimento” da vocação reveste inúmeras formas, consoante a advertência primeira. Sente-se algo assim como um “desejo”; ou como se te fizessem uma pergunta, e tu respondes que “Sim!”; ou como quando te fazem um “convite” e tu aceitas. A seguir indaga-se sobre o “desejo”; se reflecte sobre a “pergunta”; pensa-se no alcance

Cartuxa de Évora

Aos alunos do Terceiro Ciclo.

Colégio de N. Senhora do Rosário - Porto.

Caros amigos e irmãos em Cristo: Paz e alegria no Senhor

Ressuscitado! É muito à vontade que venho responder às questões apresentadas

por vocês, por ocasião da vossa Semana Vocacional.

Antes de dar a resposta particular a cada uma delas, acho

oportuno fazer duas advertências que ajudarão para a compreensão

das mesmas:

1ª. No mundo das almas, Deus é infinitamente rico e fecundo.

Quer dizer, cada alma, cada indivíduo é para ele como um Mundo”;

como um “filho único”, distinto e diverso dos outros. E sobre cada um

Deus forja o Seu plano, o Seu programa de santificação e salvação.

Nesse plano ou programa, entra em cheio o “caminho” a seguir; a

vocação a viver. Cada um, porém, tem o “seu”. Daí que as formas ou

modos ou meios com que Deus faz sentir a Sua “vocação”, “chamada”,

sejam tantos quantos os homens “chamados”.

2ª. Para realizar esse “programa de amor” que Deus traça a cada

filho, quer contar absolutamente com a colaboração de cada um

em particular. Em termos da “economia” diríamos: Deus forma com

cada “vocacionado” uma “Companhia Limitada”: Ele é o principal

“accionista” com um capital de 99.99 %; mas cada alma deve colocar

em “activo” o seu capital de 0.01 %. E só quando este pequeno capital

trabalha honestamente com o capital de Deus, é que a “Companhia”

marcha bem; quer dizer, realiza-se o plano de Deus sobre a alma e

esta alcança a sua “realização pessoal” segundo o querer de Deus.

É assim que escrevemos a “nossa história pessoal”, o “poema” da

nossa vida.

Trás estas advertências, entramos nas vossas interessantes

questões.

Pe. Prior

do “convite” e da resposta que queremos dar em liberdade. Porque Deus sempre respeita a “nossa liberdade”! Somos filhos e não escravos! AR - Têm orgulho na vida que têm?PP - Se este “orgulho” quer dizer “satisfação”, “conformidade”, “felicidade” no caminho esco-lhido, devo dizer que “SIM! graças a Deus.

AR - O que os levou a fazer essa opção? Foi uma decisão difícil?PP - Levou-me a fazer essa opção o desejo sentido de me consagrar, dedicar totalmente a Deus. No meu caso não foi muito difícil. Ou-tros meus colegas sentiram maior dificuldade. Nisso pode influir muito a idade, a formação, a posição tida, a família. Cada um tem a sua dificuldade, maior ou menor, tal como aconte-ce em todos os estados da vida. É superando essas dificuldades que mostramos a Deus a nossa estima pela Sua chamada.

AR - Às vezes pensam em deixar o Mosteiro e ter uma vida com a maioria das pessoas?PP - Uma vez feita a opção definitiva por amor a Deus, depois de sete anos de prévia experiência, Deus nos ajuda para a levarmos a cabo até o fim da vida; é como um “matrimónio”, mas sem “separação” nem “divórcio”. Lembre-se a 2a. Advertência!

AR - São felizes? Onde encontram essa felicidade?PP - Somos felizes com a graça de Deus. E como Deus Se não deixa ganhar em generosidade por ninguém, comunica-nos

a Sua felicidade, paz e alegria. S. Bruno dizia:”Nada é tão bom como Deus. Só Deus é bom!”. A alegria é um dom do Espírito para os filhos de Deus e se converte em “doença crónica” dos mesmos.

AR - Falam uns com os outros? PP - O nosso silêncio não é absoluto, senão relativo; não é um “fim em si mesmo” senão um “meio”. Por isso temos

várias respostas, todas dadas com cuidado e pormenor. Para este artigo seleccionamos a carta enviada pelo Prior da co-munidade dos Monges da Cartuxa de Évora que publicamos nesta página.

Ao longo deste tempo procurámos ajudar toda a co-munidade educativa, e em particular os nossos alunos, a reflectir com seriedade a questão de Vocação na linha da profundidade do Ser, para que a opção de vida não se faça num instante mas seja fruto de um processo continuado de pequenas opções que conduzam à autonomia e a uma vida plena e fecunda.

Departamento de EMRC

Tendo como enquadramento as diferentes vocações cristãs, o Departamento de EMRC promoveu uma reflexão subordinada ao tema “Vocação e Interioridade”. Com este tema, procurou-se despertar os alunos para realidades como o silêncio, o auto-conhecimento, a meditação, a capacidade de auto-análise, a reflexão ou a abertura ao Transcendente.

Em cada ciclo decorreram actividades diferenciadas, ten-do em atenção as idades dos destinatários. No terceiro ciclo, os alunos escreveram uma carta modelo que foi enviada a várias comunidades monásticas, procurando encontrar res-postas às dúvidas colocadas em sala de aula. Chegaram-nos

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Vocaçãoe interioridade

tempos de silêncio e tempos para falar com nossos irmãos. Não somos “bichos raros”.

AR - O que significa o silêncio para vós?PP - Significa um “meio óptimo” para podermos viver a nossa total dedicação a Deus e um precioso ambiente para a oração, o estudo, a leitura sagrada e a reflexão. No silêncio sente-se melhor a presença de Deus.

AR - Como encaram e vivem a solidão que possam sentir? PP - Encaramos a solidão e vivemos nela como um meio que nos facilita o recolhimento interior e exterior, e como ajuda para manter vivas as nossas relações com Deus, através do Ofício divino, da oração, estudo, trabalho, etc.

AR - Encontram outras formas de comunicação para além da palavra? PP - As três reuniões diárias da Comunidade: na meia-noite, na parte da manhã e na tardinha. São também uma forma viva e eficaz de comunicarmos com os nossos irmãos e de manter vivos os laços afectivos da família monástica. Alem disso, a ajuda mútua e fraterna e os serviços que nós prestamos são também uma forma de comunicação, mesmo sendo silenciosa.

AR - Como fazem para estar a par das notícias do mundo? PP - O Prior tem a obrigação de manter informados os seus monges de tudo aquilo que pertence à Igreja, ao mundo, à Pátria, etc., para que possam encomendar tudo na sua oração. Aliás, temos diversas revistas religiosas e de espiritua-lidade.

AR - Porque usam uma roupa diferente (hábito)?PP - Desde os começos do monaquismo o “hábito” foi considerado como distintivo ou sinal de “dedicação” a Deus. Sim, o “hábito não faz o monge”, mas ajuda a fazê-lo e a viver como tal. É uma constante “recordação” da opção voluntariamente aceite.

AR - Podem sair à rua? Quantas vezes e porquê?PP - Podemos sair sempre que a necessidade ou a obrigação impõem essas saídas, como as visitas a médicos, obrigações civis, etc.

AR - Como é um dia no Mosteiro? Porque não há mosteiros mistos?PP - As ocupações são as diversas tarefas que reclama a marcha material do mosteiro e duma vida familiar e comunitária. Visto que a vida monástica é uma vida de “consagração” a Deus, evitou-se sempre tudo aquilo que poderia, dalgum modo, “limitar” essa dedicação. No entanto, ao presente existem alguns mosteiros constituídos por duas comunidades mistas, onde as reuniões são comunitárias na igreja e ofícios divinos. Mas não para viverem maritalmente!

AR - Como conseguem viver em conjunto, sendo tão diferentes uns dos outros?PP - O mosteiro é uma família cujos membros foram “chamados”, “convocados” e “reunidos” por Deus para viverem um mesmo ideal. Essa família tem a Cristo por Cabeça e está vivificada pela presença do Espírito Santo. A caridade fraterna vem a ser como que “o cimento” que solidifica e unifica os

diversos materiais que entram numa construção; no nosso caso “construção espiritual”, ou “família” unida pelos laços do amor, da amizade e da alegria.

AR - Têm os vossos bens pessoais ou partilham o que têm?PP - Somos uma “família comunista”, com o comunismo cristão, porque tudo é comum e onde cada membro recebe tudo o que precisar para se realizar em Deus, consoante as regras de vida que aceitamos voluntariamente. A vida comunitária de Jesus em Nazaré e com os seus discípulos é o primeiro modelo do nosso viver.

AR - A vida de pobreza não vos causa dificuldades?PP - A vida de pobreza não consiste em carecer de coisas desejadas, senão em saber renunciar a elas, sobretudo quando desnecessárias. Podemos dizer com S. Paulo:”Tendo que comer e vestir, estamos contentes”. Deus vela por nós e não nos falta o necessário. Nenhum cartuxo morreu de fome.

AR - Divertem-se? Como?PP - Temos como “diversão” os recreios fraternos no mosteiro e o passeio semanal fora do mosteiro, pelos campos circundantes. Uma vez ao ano temos um dia completo de campo.

AR - Porque não podem casar?PP - Não podemos casar-nos, entregarmo-nos a uma mulher, porque já estamos entregues a Deus; pertencemos-Lhe pelos, votos perpétuos. A Ele consagramos todos os nossos amores e “a todo o tempo”. Aliás, na essência da vida consagrada está o desejo de imitarmos a vida pobre, obediente e casta de Jesus. Enfim, nenhum amor humano pode satisfazer a sede de absoluto que sente o coração, só Deus.

AR - O que acontece quando se infringem regras?PP - Não acontece nada do outro mundo. Se for preciso, pede-se humildemente desculpa ou perdão.

AR - Com que frequência vêem a família? Como conseguem ver a família de longe a longe?PP - Nossos familiares podem visitar-nos uma ou duas vezes por ano. É evidente que isto supõe um sacrifício; mas aceitamo-lo por amor de Deus, plenamente merecedor de esse obséquio. Mas se as visitas são poucas, sempre estão presentes no nosso coração, no nosso amor e nas nossas orações. Para o amor não há distâncias. Sempre estamos fortemente unidos em Deus.

AR - Como reagiu a família à vossa decisão de entrar no mosteiro?PP - A reacção familiar perante a vocação cartusiana de um dos seus membros é diversa; No meu caso não houve problema; no entanto, outros colegas experimentaram alguma oposição ou desgosto; mas logo que os familiares conhecem a Cartuxa, ficam contentes e amigos. Deus ajuda também os familiares daqueles que por Ele os deixaram. Mas, como dissemos acima, deixa-se a companhia corporal e visível, mas se estabelece uma presença e união invisível, espiritual, de amor entranhável.

Com isto, caros amigos, acho que as vossas perguntas tiveram as suas respostas.

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Um olhar...O ano lectivo iniciou-se com o movimento habitual dos regressos à escola depois de algumas semanas de férias. Contudo, se para uns é o reencontro com os rostos familiares dos colegas e professores, com os espaços já bem “dominados”, com um ambiente que tão bem conhecem, para outros, por se tratar do primeiro ano no Colégio, o início do ano representa um novo mundo ainda por descobrir. Como serão os novos colegas? e as salas de aulas? Será que me vou perder nos corredores?

A Aprender foi à procura de algumas respostas para estas perguntas e inquietações dos novos alunos, colocando-lhes as quatro questões abaixo reproduzidas. Fica aqui uma breve síntese destes olhares.

1. Como foi o teu primeiro dia no Colégio?

2. Tinhas algum conhecimento sobre o Colégio?Se sim, quem te tinha falado sobre ele? Qual eraa imagem que tinhas e o que esperavas encontrar?

3. Se tivesses de escolher o aspecto que mais te agrada no Colégio, qual seria?

4. E o que menos te agrada?

... sobre a minha nova escola

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Gostei muito do Colégio, em especial do campo de voleibol e do ginásio que era muito maior que o do meu antigo colégio. Tive que me adaptar a um espaço muito maior do que aquele a que estava habituada.

Ana Luísa, 7.º B

O aspecto que mais me agrada no Colégio é o recreio ser bem organizado.

Pedro Monteiro, 5.º C

Já tinha alguns conhecimentos sobre o Colégio porque os meus primos já o frequentam há alguns anos. Mas é completamente diferente quando somos nós a ver com os nossos próprios olhos.

Inês Martinho, 10.º C

Não consigo encontrar nada que possa dizer que me desagrada no Colégio. Tudo, até agora tem sido muito bom.

Pedro Rocha, 6.º D

Uma das coisas que mais me agrada no Colégio é o espaço. Os recreios, os corredores, o pavilhão, o auditório, são lugares onde andamos à vontade sem problemas nenhuns.

Afonso Soares, 5.º A

Eu já conhecia o Colégio, devido aos meus amigos e aos meus pais. Já tinha uma ideia dos espaços e do ambiente do Colégio e, de facto, não me enganei. O que vim encontrar foi muito semelhante às expectativas que tinha.

Diogo Beirão, 10.º B

O meu primeiro dia no Colégio foi bastante divertido. Durante o dia falei com muitos dos meus novos colegas e ficamo-nos a conhecer um pouco melhor. Aconteceu tudo de forma muito natural o que nos deixou a todos muito à vontade.

Carolina Pires de Matos, 10.º C

Tinha poucas informações sobre o Colégio, sobretudo sobre o ciclo que eu frequento, o 3.º Ciclo. Sabia apenas que era um Colégio que preparava bem os alunos, já que estes tinham bons resultados nos exames nacionais.

Ana Teresa Tavares, 7.º B

Fiz uma caminhada espectacular no meu primeiro dia no Colégio. Foi mesmo muito bom. Quando regressamos fomos para um dos campos de jogos jogar futebol. Correu mesmo bem!

Afonso Soares, 5.º A

Adorei o meu primeiro dia no Colégio. Não sabia muito bem como seria... uma nova escola, colegas que não conhecia e muitos professores novos. Mas correu muito bem.

Gonçalo Freitas, 5.º D

Gostei imenso do meu primeiro dia no Colégio. Conheci novos colegas que me receberam bem e, de um modo geral, me tentaram integrar nos seus grupos de amigos.

Ana Teresa Tavares, 7.º B

Para além do ambiente do Colégio, se tivesse de escolher o aspecto que mais me agrada talvez escolhesse os campos de jogos. Lá podemos correr à vontade e brincar...

Inês Beirão, 5.º B

Não sei bem. Talvez haja pouca vigilância em alguns locais.

Pedro Monteiro, 5.º C

Sim, já tinha ouvido falar muito sobre o Colégio. A ideia que tinha acabou por ser muito parecida com a realidade. Muita gente, tudo muito alegre.

Tiago Meireles, 5.º B

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Foi uma boa experiência. Gostei muito do ambiente e das pessoas em geral.

Inês Bertão, 12.º C

Já conhecia o Colégio porque o meu irmão já cá andava e também porque moro mesmo por trás e até consigo ver o recreio. Também tinha lá uma amiga que me falava bastante do Colégio. Do que vi até agora tudo acabou por corresponder à ideia que tinha.

Ana Luísa, 7.º B

No primeiro dia o meu pai levou-me ao Colégio. Fui para a sala onde vimos um PowerPoint muito giro. Conhecemos os novos professores e novos colegas e fizemos uma visita ao Colégio. Foi divertido.

Pedro Filipe Moás, 5.º A

Já tinha bastante conhecimento sobre o Colégio. Todos os meus amigos do Rosário sempre me falaram bastante do Colégio e todos gostavam muito dele. A imagem que tinha era a de uma escola com muito bom ensino, óptimo ambiente e excelentes condições.

Carolina Pires de Matos, 10.º C

É difícil encontrar coisas de que eu não tenha gostado. Talvez ainda não me tenha habituado à ideia de os testes não serem marcados.

Ana Luísa, 7.º B

O que talvez seja diferente de outras escolas e mais marcante são os projectos de solidariedade que o Colégio oferece. Gosto muito de todas estas iniciativas e irei ter muito gosto em participar no máximo que puder.

Carolina Pires de Matos, 10.º C

Para mim um dos principais aspectos positivos do Colégio é a entrada: aqueles espaços verdes são fantásticos. Agradam-me também as salas de aula, com a imagem de Jesus Cristo.

Maria Inês Bertão, 12.º C

A saída à serra de Arouca logo no primeiro dia proporcionou muitas conversas e o início de novas amizades. Conheci muita gente e acho que a minha integração foi muito boa. Para ajudar tinha uma amiga que já cá andava e me apresentou às suas amigas. Tudo acabou por ser muito fácil.

Ana Luísa, 7.º B

Do que mais gosto é da comida...

Leonor Ferreira, 5.º CO que menos me agrada é provavelmente a falta de toques para os intervalos, pois sempre os ouvi em todos os colégios que frequentei. Mas é só uma questão de me habituar. Se calhar seria mais confuso se houvesse toques, pois os intervalos são diferentes em cada ciclo.

Miguela Pavão Caldeira, 6.º D

Foi um dia diferente,

Nova etapa já apareceu!

Mas que Colégio tão grande,

O 1.º ciclo já fiz eu!

O meu irmão que eu admiro,

No Colégio já andava

Deste, boa imagem tinha

Suas histórias eu adorava.

Esperava encontrar,

Um mundo fascinante

O 5.º ano é uma surpresa

Que nos assalta de rompante!

Nunca vi o Rosário mal,

Por isso nada mudou.

No Colégio sinto-me feliz

A minha vida melhorou!

Não tenho preferências,

Tudo é espectacular.

Claro, é mais exigente

Mas eu tenho de estudar.

Fico desapontado

Se não há justiça do professor.

Alguém se porta mal

E “paga o justo pelo pecador!”

Henrique Cardoso, 6.º E

Na minha opinião, o aspecto que mais me agrada é o Colégio ter professores qualificados e preparados e que ensinam bem.

Ana Teresa Tavares, 7.º B

Um olhar sobre a minha nova escola

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A ideia de construir um carro à vela nasceu nas pri-meiras aulas de Área de Projecto e a passagem do papel à prática não teria sido possível sem a ajuda fundamental da uma empresa matalomecânica de Marco de Canave-ses, a João Monteiro e Filhos. O projecto que começou como fruto de uma imaginação fértil educada para a eco-

A Área de Projecto é uma área não disciplinar, inscrita no currículo do ensino secundário, com uma natureza interdisciplinar e transdisciplinar, visando a realização de projectos concretos por parte dos alu-nos. Como objectivo último pretende-se que seja de-senvolvida uma visão integrada do saber, promovendo a orientação escolar e profissional e facilitando a apro-ximação ao mundo do trabalho. Embora a face mais vi-sível dos projectos seja muitas vezes o resultado final,

ÁREA de PROJECTOAP 12.º Ano

o que verdadeiramente importa é o caminho percorrido em cada trabalho, os procedimentos didácticos, os mé-todos colocados em jogo pelos alunos apoiados pelos professores.

Em oportunidades anteriores a Aprender já deu a conhecer alguns dos trabalhos que os alunos do Co-légio desenvolveram no âmbito da Área de Projecto. Nesta edição dão-se a conhecer mais algumas das ideias desenvolvidas.

Movido pelo vento

logia terminou com um produto capaz de proporcionar a quem o observa e, principalmente, a quem o construiu, a sensação de que afinal as pequenas acções podem mes-mo fazer a diferença. Acima de tudo, o nosso carro prova que, como tudo, a sobrevivência deste planeta depende apenas de nós.

Uma boa parte do tempo passamo-lo a definir com clareza o tipo de veículo a construir. Chegamos ao concei-to de um veículo de estrutura simples (em ferro com dois por dois metros), cujo sistema de direcção seria contro-lado pelos nossos pés através de um sistema de cabos, libertando deste modo as mãos para controlar o mastro com cerca de seis metros de altura.

Este foi um projecto que envolveu grandes esforços, não só dentro do nosso grupo como também do professor Eduardo Santos, auxiliares de acção educativa do Colé-gio, que ajudaram a resolver vários problemas durante a pintura do carro e também dos nossos colegas de outros grupos. A todos os nossos agradecimentos.

António Francisco, Filipe Maia, João Diogo Barros, Ivo Relvas e Simão Azevedo

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Conceber e desenvolver

experiências concretas, de

qualidade, relacionadas com as

suas áreas de interesse pessoal

e/ou vocacional;

Utilizar a metodologia do

trabalho de projecto –

recolhendo, analisando,

seleccionando informação,

resolvendo problemas,

tomando decisões adequadas,

articulando, numa dimensão

inter e transdisciplinar, os

saberes teóricos e práticos;

Desenvolver projectos em

grupo, nomeadamente

cooperando com e respeitando

o outro, organizando o

trabalho e responsabilizando-se

individualmente pelas tarefas

atribuídas;

Desenvolver ou aprofundar

individualmente projectos.

Competênciasa desenvolver naÁrea de Projecto

Aproveitando as energias renováveis, foi construído um carro telecomandado que se move exclusivamente à custa da energia solar. É um carro que funciona também com luz artificial, já que foi construído com painéis fotovoltaicos. Esta experiência foi um sucesso pois o carro foi construído na íntegra pelo grupo de alunos que constituia o grupo de trabalho, à excepção dos dois motores, da direcção e das rodas, que foram adquiridos.

Gonçalo Lages, Nuno Neves e Rui Seabra

Carro Fotovoltaico

A história relata que Arquimedes foi a primeira pessoa que construiu e usou um sistema de roldanas. Assim, ele podia deslocar grandes pesos exercendo pequenas forças. Para mostrar a eficiência deste dispositivo, ele preparou uma espectacular demonstração experimental: um navio da frota real grega foi tirado da água, com grande esforço, por um grupo de soldados e colocado sobre a areia da praia. Ligando o sistema de rolda-nas ao navio, Arquimedes convidou o Rei Hieron para puxar a extremida-de livre da corda, o qual conseguiu sozinho e sem grande esforço arrastar o navio sobre a areia, causando surpresa geral e fazendo aumentar ainda mais o prestígio de Arquimedes junto ao Rei.

O objectivo do trabalho era a construção de vários sistemas, com di-ferente número de roldanas, no recreio do 1.º ciclo do Colégio, para que os alunos pudessem comprovar que é possível uma pessoa elevar o seu próprio peso. Quantas mais roldanas tiver o sistema, mais fácil é elevar o seu peso, pois menor é a força que é necessário exercer.

António Moreira, Joana Bastos, Miguel Oliveira e Sofia Santos

Sistema de Roldanas

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ÁREA de PROJECTO

A ideia base do nosso projecto consistiu em sensibi-lizar os alunos do 1.º ciclo, nomeadamente do 1.º e 3.º anos, para a necessidade de manter uma elevada higiene das mãos. Apesar de ser um gesto tão simples e bási-co ele não é, de facto, aplicado no dia-a-dia, por muitas pessoas, o que pode conduzir ao aparecimento dos mais diversos problemas de saúde. Pensamos que, se conse-guíssemos mostrar esta realidade aos mais novos talvez fosse mais fácil lembrarem-se da higiene das mãos.

A planificação que efectuamos incluiu diversas acções: sessões de esclarecimento sobre os microrganismos que podem existir nas nossas mãos, os perigos daí decorren-tes e a necessidade de manter uma elevada higiene das mãos; sessões para ensinar os alunos a lavar correcta-mente as mãos; desenvolvimento diversos antibiogramas para provar de forma científica a existência de micror-ganismos nas nossas mãos; apresentação das principais conclusões obtidas e entrega de certificados aos alunos participantes.

O grupo de trabalho organizou ainda uma exposição no átrio do colégio de modo a dar a conhecer à comuni-

dade educativa o nosso projecto e a sua im-portância. Esperamos, com o nosso projec-to, ter contribuido para alertar uma parte significativa da comunidade escolar para um problema real, mas que pode ser mui-to reduzido com o simples gesto de lavar as mãos.

Ana Oliveira, Ana Dionísio, André Azevedo, Maria Teresa Saraiva, Mariana Granado e Sérgio Borges

Higiene das mãos: Muitos problemas resolvidos

Um barco especialO projecto consistiu na construção de um barco de

madeira, propulsionado a motor e telecomandado.Todo o planeamento foi desenvolvido pelo grupo com

muito rigor. Foram muitas as etapas que compuseram o trabalho final mas a construção do casco assumiu uma importância crítica e foi a etapa que mais tempo consumiu. A ideia foi obter o casco partindo de diferentes camadas de madeira que seriam depois trabalhadas para definição da forma final. Foram elaborados vinte moldes em papel que serviram para desenhar 20 peças em madeira prensada. Estas peças foram serradas na carpintaria, aplainadas, rectificadas e coladas uma a uma. O Bloco assim obtido foi todo betumado e lixado para ficar com uma aerodinâmica perfeita. Outra importante fase do projecto foi a montagem dos componentes mecânicos e electrónicos no casco do barco

João Pedro Gonçalves, Maria Magalhães, Margarida Linhares e Pedro Biscaia.

Exposição sobre a importância da higiene das mãos.Em cima, um elemento do grupo numa sessão de esclarecimento.

Aspecto do barco concebido e construído por um grupo de alunos do 12.º ano durante as aulas de Área de Projecto

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Construir um Colégio

Avião: o sonho de voar

Programa AJUDA: feito de muitos momentosDetalhe do painel AJUDA

Foram diversas as razões que nos levaram a optar pela realização deste projecto. Por um lado alguns elementos do grupo estavam interessados em seguir a área de engenharia civil, por outro, havia muita curiosidade e interesse acerca das técnicas utilizadas na construção de maquetas, finalmente o facto de este modelo ser uma representação de um edifício familiar que no fundo retrata uma parte muito importante das nossas vidas.

Num primeiro momento foi necessário esboçar o Projecto e recolher todas as informações e materiais necessários. Só mais tarde passamos à construção propriamente dita. Começamos por obter fotografias do edifício, plantas, alçados. Depois escolhemos uma escala e definimos os materiais a utilizar. Numa fase posterior

O interesse pelo projecto surgiu de forma quase natural. O aeromodelismo era um interesse comum e a maior parte de nós ponderava seguir engenharia.

Após várias visitas à LIPA (Liga de Iniciação e Propaganda ao Aeromodelismo) e ao campo de aviação em S. Romão do Coronado, onde contactamos com vários

começamos a simular o projecto final utilizando para isso um programa de computador, Finalmente, a construção da maquete. Foi um trabalho minucioso e muito exigente mas o resultado final deixou-nos orgulhosos.

Bernardo Correia, Filipa Guimarães, Gonçalo Santos, Inês Aguiar e Ricardo Couto

aeromodelistas que forneceram dicas preciosas, começamos finalmente a fazer um inventário do

material necessário – essencialmente madeira de balsa.

Começamos por construir as asas do avião (nervuras) e depois o revestimento das mesmas. Em paralelo alguns elementos do grupo faziam as “cavernas”

para o interior da fuselagem do avião. Por último foi montado o motor e o trem de aterragem para pôr o avião a funcionar.

É de realçar que a LIPA se mostrou sempre que possível disponível para esclarecimento de dúvidas e resolução de alguns problemas de ordem técnica que foram surgindo com o decorrer do desenvolvimento do trabalho.

André Salvador, Gonçalo Monteiro, João Castro, José Rodrigues e Ricardo Morgado

O objectivo deste trabalho foi condensar, num único painel, muitos dos momentos que representam as expe-riências vividas pelos diferentes protagonistas dos pro-jectos sociais que o Rosário desenvolve. Pensamos nas crianças, mas também nos voluntários do Colégio. Pen-samos nas actividades que são realizadas e em tantos sorrisos, gestos genuínos e emoções sentidas.

Após uma selecção morosa, entre as centenas de fo-tografias digitais que nos foram disponibilizadas, as ima-gens foram organizadas segundo as suas cores predomi-nantes (tonalidades) e guardadas.

A fase final foi a mais crítica: a montagem das fotos em mosaico sobre cada letra da palavra AJUDA, fazendo

corresponder a tonalidade das ima-gens à cor definida para cada uma das letras. Usamos para isso o programa de desenho vectorial Corel Draw, com o qual tivemos de apren-der a trabalhar.

Ana Nunes, António Pires, Catarina Barros, Francisca Jesus e Manuel Santos

Maquete do Colégio de Nossa Senhora do Rosário

Painel alusivo às diferentes actividades desenvolvidas nos projectos sociais do Programa AJUDA

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Incursões Literárias

Rasurada, riscada,Sonhando à toaNos olhos amargurada,A vida voa

Correndo por mãos cansadas,Perduram no vento,Vidas vividas, magoadas,Como num suspiro lento.

Haverá neste mundo, Inspirações, milagresPara adoçar no fundo,Esta vida rascunhada.

Corações rasgados,Almas partidas,Sonhos inacabados,Promessas diluídas.

Mas o brilho desta vida,Brilha mais alto,Sara a feridaComo o sol no asfalto

Uma palavra de alento,Um sorriso de criança,Um gesto, um olharUm sentimento de esperança.

E em tudo,Uma voz de amor,Não, a vida não era a mesmaSe não tivesse esta cor.

Ana Rita Moura da Silva, 3.º Ciclo

Um caminho que se traça; uma vida que se constrói…Por onde andas vida perdida?Por entre sombras escuras, trilhos esquecidos, telhados desfeitos, tecidos rasgados…Onde vives? Onde habitas dentro de mim?Será injusto pensar que vivo sem nunca te encontrar!Percorro a estrada, aquela vazia e sem margem, aquela onde a Luz há muito se apagou!Vou desfolhando a flor, deixando um rasto, esperando que me encontres.Vou ouvindo a melodia do pássaro, vozes longínquas, o teu sussurrar…Onde te encontrar? Perco as forças, vou desfalecendo pelo caminho, pelo trilho de terra suja e fria.Se ao menos me mostrasses uma luz, um caminho, uma estrada ou quem sabe um sinal!Sinto a vida escorrer entre lágrimas, entre as pedras da calçada…Sinto e nada sinto…Procuro um trilho que me leve de volta.As pétalas foram dançando com o vento, estou perdida e não te encontro.Vou andando, percorrendo o trilho que me leve até ti.Um novo trilho, uma nova vida… uma nova esperança!

Sónia Azevedo, Encarregada de Educação e funcionária da Papelaria do Colégio

Trilhos de Vida

Mãos são mãos,Tamanho é tamanho,e mundo é mundo.Mas mãos do tamanho do mundo é diferente.Mãos do tamanho do mundo são mãos generosas,são mãos solidárias,que gostam de ajudar.Mãos do tamanho do mundosão mãos que constroem a felicidade,que constroem a amizade,e os sorrisos dos outros que vivem à nossa volta,à volta dessas mãos.Essas mãos estão sempre prontas,prontas a ajudarquer os conhecidos,quer os desconhecidos.

Maria Beatriz Xavier, 2.º Ciclo

Mão

s do

Tam

anh

o

do Mundo

Ras

cun

hos

Como resultado de um concur-so de criação literária lançado pelo Departamento de Língua Portuguesa a toda a Comuni-dade Educativa, foram selec-cionados pelo júri os melho-res trabalhos apresentados. Nestas páginas publicamos os textos dos vencedores de cada escalão.

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Eram sete da tarde de mais uma tarde que passara indiferente, discreta, desenxabida. Sentado na poltrona de pele velha e gasta, espelhando outras tantas tardes de descanso, estava um homem. Cada ruga era uma experiência, cada veia uma memória. Enter-rado naquela poltrona, com o gato aos pés, olhava para tudo com ar saudoso de quem parece sofrer por cada prateleira percorrida. A

estante alta, repleta de tudo e de nada, ilustrava quem era Manuel: um magnate insofrido a quem a vida tinha ensinado que é possível

fazer de pouco muito e do muito, muito mais!O seu olhar fixara-se então. Era uma fotografia…na verdade um seu

retrato de rapaz. E como lhe doía olhá-la, como estava patente o sofri-mento no seu rosto de pele amarelada, doente. Arrependia-se de tudo. De

tudo o que fizera mas sobretudo do que não fizera. Talvez…se…quiçá, eram pa-l a v r a s que martelavam constantemente a sua cabeça, percorrendo incessantemente o seu pensamento. A consciência pesava-lhe.

Desviou o olhar, protegendo-se em si, isolando-se na sua já eterna carapaça. Deslizara na poltrona até alcançar a secretária de madeira maciça e de forro verde velho. Tomara uma decisão. Escolhera abrir as gavetas da mortal memória e contar a todos os que o quisessem ler a história da sua vida enquanto homem egoísta e presunçoso. Desviou livros, guardou papéis e ligou o candeeiro de luz dourada. O rosto iluminara-se-lhe finalmente! Em cima da secretária permanecia, apenas, uma folha de papel reciclado e uma caneta. Ah a caneta! A companheira que nunca o abandonara e que assinara tantos documentos malditos e tantas injustiças impiedosas. Agora, ali, a partir daquele momento, também o papel passaria a ser testemunha, ouvinte, confidente fiel.

Respirou fundo…fora um respirar de alívio e, em simultâneo, um encher de responsabilidade. Porque a vida enquanto momento deve ser ensinada, aprendida, vivida e corrigida. Manuel tinha nas suas mãos, nas suas palavras, a tremenda responsabilidade de não deixar os mais jovens cair nos mesmos erros. Pelo contrário queria transmitir-lhes preciosos ensinamentos que, infelizmente, lamentara não os ter recebido mais cedo.

E, então, a tinta começara a correr, a letra a desenhar-se, lenta e vagarosamente, como se fosse uma ameaça incontrolável. Iniciara: “Se, como dizem as Sagradas Escrituras, fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, é meio caminho andado para se chegar aos objectivos e progredirmos como ser humanos. Eu, infeliz e erroneamente, não o percebi.”. Só Manuel sabia como lhe custara iniciar e descrever todo o desprezo que sentia por si. Só ele sabia o quanto se odiara por quem fora, pelo que fizera e pelo que não respeitara enquanto cidadão católico.

Os minutos foram passando e dos minutos passámos para as horas…horas infindáveis de recordações, de memórias que deviam permanecer ardidas, queimadas, apagadas para nunca mais se acenderem. E continuava: “Fui responsável por muita desgraça, por misérias irremediáveis, por mortes avassaladoras. Sim, fui e assumo. Eu, Manuel Lemos Barreto, fui um assassino.”. Que silêncio perturbador se fizera então naquele escritório. Parecia que tudo desaparecera em redor…até o constante bater do relógio parara! Estava ali a verdade, somente a verdade. E como fazia a diferença…como a verdade consegue mudar ambientes, expressões e ati-tudes. Como doera. Doera a Manuel e parecera doer também ao papel, que de um branco sujo se inundara de vermelho. Vermelho de sangue, de morte, de assassínio. Mas não. Era mera ilusão.

E então ali, no obscuro vazio, o escritório de Manuel parecia uma prisão, onde o prisioneiro se confessa sem fim à vista e sempre com medo de continuar. Contribuir para um bem maior, para um mundo melhor, para uma comunidade de princípios e com princí-pios, foi algo que não fizera…porque construir comunidade é dar a hipótese de escolher, é ter a liberdade de viver em paz, de sorrir, de amar. Manuel cortara sonhos, iludira mentalidades, prometera impossíveis e matara liberdades. Solidariedade era uma noção que não conhecera e que nunca do alto da sua folhagem fora capaz de cometer.

Mas ali, naquele momento, erros depois, vira-se finalmente confrontado com a dura realidade. E os olhos verdes, grandes como dois peixes num aquário de sabedoria tardia, continuavam a relembrar, a escrever, montando, peça a peça, o puzzle da antiga rea-lidade, da antiga vida! Um puzzle diferente, indiscreto…um puzzle incompleto e que jamais estaria provido de felicidade. Porque há puzzles eternamente inacabados, aos quais lhes falta a peça da ajuda, da solidariedade, da comunidade.

Eram sete da tarde de mais uma tarde. Aquelas sete da tarde repetir-se-ão por todas as tardes do resto da sua vida…

Mariana Figueiredo, Secundário

O puzzle da Vida

Incursões Literárias

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Alguns resultados escolares 07/08

Num registo semelhante ao dos últimos anos, o Colégio surge colocado no grupo das escolas que melhores resultados conseguiram nos exames do ensino secundário, relativos ao ano lectivo 2007/2008. Independentemente do tipo de critérios utilizado pelos diversos órgãos de comunicação social que publicaram rankings, a média obtida pelos alunos do Colégio aparece sempre nos três primeiros lugares da tabela, ocupando mesmo a posição cimeira nos Semanários Expresso e Sol e na Agência Lusa, na lista das escolas com mais de cem exames, uma vez que no critério usado consideraram um número mais alargado de disciplinas.

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Em 2007/2008 apenas resultados da 1.ª fase

13,22

13,47

12,87

13,8013,96

13,68

13,83

13,76

14,53

14,13

13,18

15,08

12

12

13

13

14

14

15

15

16

96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08

Exames - Evolução

Exames secundário - resultados 2007/2008

Em cima, o quadro de resultados das disciplinas do secundário sujeitas a exame, dá uma perspectiva global do desempenho dos alunos do Colégio.O gráfico à esquerda apresenta os valores anuais da média de todos os exames do ensino secundário, expressa em valores. A tendência crescente dos resultados culminou, em 2008, com o registo da melhor média de sempre, 15,08 valores.

Os resultados incluem a 1.ª e 2.ª fases de exames. As Médias Globais CIF, CE e CFD são médias ponderadas, representando como tal um retrato mais fiel da realidade. As restantes Médias Globais são simples.

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - ANO LECTIVO 2007/2008RESULTADOS DOS EXAMES DO ENSINO SECUNDÁRIO

ALUNOS INTERNOS - 1.ª E 2.ª FASES DE EXAMES

% Positivas

% Negativas

Nota Máxima

Nota Mínima

Classific. Exames

Média (CE)

Matemática A 66 15,58 98,48 1,52 20 8 17,27 12,30 16,14 -1,70 4,97

Matemática B 10 15,70 100,00 0,00 20 13 17,00 12,05 16,10 -1,30 4,95

Física e Quimica A 81 16,28 97,53 2,47 20 5 16,25 9,35 16,28 0,04 6,90

Espanhol 13 16,15 100,00 0,00 19 13 15,85 15,15 16,15 0,31 0,70

Economia A 16 17,94 100,00 0,00 18 10 15,75 13,10 17,50 2,19 2,65

Desenho A 16 16,38 93,75 6,25 19 6 15,00 11,50 16,06 1,38 3,50

Geografia A 33 17,33 96,97 3,03 19 9 14,76 10,85 16,42 2,58 3,91

Biologia-Geologia 56 17,34 89,29 10,71 20 6 14,73 11,00 16,52 2,61 3,73

História e Cult. Artes 11 15,92 81,82 18,18 20 6 14,00 9,80 15,82 1,92 4,20

GDA 29 17,90 72,41 27,59 20 4 13,62 9,00 16,66 4,28 4,62

Português 97 15,38 88,66 11,34 20 0 13,37 11,20 14,78 2,01 2,17

História 9 15,56 77,78 22,22 19 6 12,11 10,20 14,67 3,44 1,91

Médias Globais 16,32 93,03 6,97 19,50 8,00 15,08 11,29 15,98 1,24 3,79

Média Nacional de

Exames

Class. Final Disciplina

(CFD) Média

Diferença CIF -

Classif. Exame

Colégio (CE)

Diferença Class.

Exame (CE) Colégio -

Média Nacional

DISCIPLINANº Alunos

por disciplina

Class. Interna

Frequência (CIF) Média

RESULTADOS DOS EXAMES NACIONAIS - COLÉGIO

21-01-2009 Mapa 7 - Igual a Mapa 6 Nostas nacionais duas fases

P57

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIODISTRIBUIÇÃO DAS COLOCAÇÕES NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO POR CURSOS - 1.ª FASE 2007

Engenharia19,0%

(16 alunos)

Medicina17,9%

(15 alunos)

Gestão e economia11,9%

(10 alunos)

Arquitectura8,3%

(7 alunos)

Veterinária7,1%

(6 alunos)

Direito2,4%

(2 alunos)Enfermagem

4,8% (4 alunos)

Design da Comunicação6,0%

(5 alunos)

Outros22,6%

(19 alunos) Colocações no Ensino Superior

Exames do 9.º ano Português e Matemática

Provas de aferição 4.º e 6.º anos de escolaridade

02-12-2008

57,0%60,0%

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOProvas de Aferição do 4.º ano - 2007/2008 - Língua Portuguesa

TOTAL - 79 Alunos

33,3%

50,6%

40,0%

50,0%

25,3%

17,7%

,

20,0%

30,0%

0,0% 0,0%

5,6%9,8%

0,8%0,0%

10,0%

A Muito Bom B Bom C Satisfaz D Não Satisfaz E Não SatisfazA - Muito Bom B - Bom C - Satisfaz D - Não Satisfaz E - Não Satisfaz

CNSR Nacional

02-12-2008

21-01-2009

41,8%45,6%

11,4%

1,3% 0,0%

15,4%

34,5%

40,9%

8,4%

0,4%0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

A - Muito Bom B - Bom C - Satisfaz D - Não Satisfaz E - Não Satisfaz

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOProvas de Aferição do 4.º ano - 2007/2008 - Matemática

TOTAL - 79 Alunos

CNSR Nacional

Na primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior público de 2008 ficaram colocados 92% dos alunos do Colégio, que se candidataram, 63% dos quais na 1.ª opção. Medicina, cujos cursos exigem as notas de acesso mais elevadas, surge com 17,9% das colocações, mas foram as engenharias (19%) que estiveram no topo das preferências dos alunos. Ao lado está o gráfico da distribuição das colocações por cursos, no ensino público - 1.ª fase.

12-01-2009

Nível 2Colégio: 2,8%Nível 5

lé (Nacional: 16,4 %) Nível 3Colégio: 20,2%(Nacional: 47,2%)

Colégio: 21,1%(Nacional : 4,1%)

Nível 4Nível 4Colégio: 56,0%(Nacional: 31,9 %)

12-01-2009 12-01-2009

Nível 2Colégio: 1,9%Nacional: 41,6%

Nível 3Colégio: 16,7%

Nacional: 25,5%

Nível 4Colégio: 42,6%

Nacional: 21,4%

Nível 5Colégio: 38,9%

Nacional: 8,3%

Exames do 9.º ano a Matemática - 2007/2008Exames do 9.º ano a Língua Portuguesa - 2007/2008 Exames do 9.º ano a Matemática - 2007/2008

19-01-2009

31,2%

63,0%

5,8%0,0% 0,0%

4,6%

34,2%

54,6%

6,1%0,4%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

A - Muito Bom B - Bom C - Satisfaz D - Não Satisfaz E - Não Satisfaz

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOProvas de Aferição do 6.º ano - 2007/2008 - Classificações a Língua Portuguesa

TOTAL - 138 Alunos

CNSR Nacional

19-01-2009

31,2%

40,6%

27,5%

0,7% 0,0%

8,9%

24,0%

48,90%

16,5%

1,8%0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

A - Muito Bom B - Bom C - Satisfaz D - Não Satisfaz E - Não Satisfaz

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOProvas de Aferição do 6.º ano - 2007/2008 - Classificações a Matemática

TOTAL - 138 Alunos

CNSR Nacional

CNSR Nacional

No exame de Língua Portuguesa mais de 75% dos alunos conseguiram obter uma classificação de nível 4 ou 5. Na disciplina de Matemática este valor ultrapassa mesmo os 80%. A taxa de sucesso no conjunto das duas provas situa-se nos 97,6%.

Os resultados das provas de aferição do 4.º ano revelam um comportamento muito positivo dos alunos, com 82% e 87% das classificações nos níveis Muito Bom e Bom, respectivamente a Língua Portuguesa e Matemática. No conjunto das duas provas apenas um aluno não conseguiu nota positiva.No 6.º ano os indicadores são igualmente muito bons, destacando-se a Matemática com mais de 94% de níveis Muito Bom e Bom.

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Notícias do Pré-Escolar

Na Quinta da Eira

Vindimas e magustoA Quinta da Eira, situada mesmo em frente ao Mos-

teiro de Bustelo, em Penafiel, foi já duas vezes visitada pelos alunos do Pré-Escolar. A primeira visita ocorreu em Outubro, no dia 10, tendo as salas de 5 anos oportunida-de para conhecer todo o processo das vindimas. Do corte das uvas ao transporte para os lagares, passando pelo processo de prensagem, até a prova do sumo de uva, tudo foi experimentado pelos pequenos “operários” que com grande entusiasmo participaram nas tarefas propos-tas. A segunda visita, no passado dia 14 de Novembro, contou com a participação de todas as crianças para co-memorar o S. Martinho neste espaço magnífico. A alegria e o entusiasmo foram visíveis e, apesar do tempo fresco dos últimos dias, o grupo foi contemplado com um perfei-to “Verão de S. Martinho”. Decorar os cartuchos das cas-tanhas, ver os diferentes animais da quinta, participar em diferentes jogos tradicionais, desfolhar as espigas, assistir à representação da lenda de S. Martinho, participar no “gigantesco” pic-nic e saborear as deliciosas e quentinhas castanhas assadas, tornaram este dia inesquecível!

Maria José Freitas, Coordenadora do Pré-escolar

A construção da identidade de cada criança e a aceitação da diferença começa em cada casa, em cada escola, em cada momento de interacção que se vive dia após dia.

Assim, durante este ano lectivo, as crianças das salas de 4 anos irão descobrir-se e descobrir aqueles que lhes estão mais próximos, vivenciando o nosso projecto.

Como a nossa sala é o nosso “mundo”, todos fazemos parte dele, e o nosso caminho é conhecermo-nos a nós próprios e compreendermos o outro e as suas características individuais, que nos tornam a todos tão DIFERENTES e ESPECIAIS.

Este é o nosso desafio… e o desafio de TODOS NÓS!

Salas dos 4 anos,Ana Cristina Carvalho e Maria João Mesquita, Educadoras

No início deste ano tivemos uma agradável surpresa… um recreio novo! Lá, é possível brincar, explorar, saltar, correr, partilhando e fazendo grandes descobertas…

O recreio é um local que pode proporcionar momen-tos educativos intencionais, um espaço aberto a um sem número de experiências indispensáveis ao crescimento saudável de cada uma das nossas crianças.

Salas dos 5 anos,Laura Reid e Patrícia Serra, Educadoras

O nosso recreio está diferente

Eu e Tu igual a Nós

Os equipamentos do renovado recreio abrem outras oportunidades no imaginário dos alunos do Pré-Escolar.

O contacto com a natureza permite outras aprendizagens e absorver sensações que não são possíveis na sala de actividades.

Projecto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro para fazer, um futuro a construir, uma ideia a transformar em acto. Jean Barbier

Um dos nossos projectos para este ano intitula-se “Vamos Viajar pelo Mundo” que irá envolver crianças, educadoras e famílias, procurando despertar nas crianças o gosto de aprender, conhecendo diferentes continentes e oceanos que fazem parte do nosso mundo, através de pe-quenas “viagens”. Para cada criança foi lançado um desa-fio: no dia do seu aniversário, cada uma, com a ajuda pre-ciosa da família, é claro, irá fazer um trabalho relacionado com um continente, país ou oceano, que posteriormente será apresentado aos amigos e educadoras das salas de 5 anos. Alguns destes trabalhos já se encontram expostos no corredor do Pré-Escolar. Todos os interessados estão convidados a apreciarem as “obras” dos pequenos gran-des artistas.

Salas dos 5 anos,Educadoras Laura Reid e Patrícia Serra, Educadoras

Notícias do P

ré-EscolarProjecto

Vamos viajar pelo mundo

Pais ajudam na sala, Pais participam nas actividades...

Realidade ou ficção?

Aulas de inglês todos os dias

Nos 4 e 5 anos

Este ano houve grande expectativa no Pré-Escolar com a chegada das aulas de inglês nos grupos de 4 e 5 anos, todos os dias. As aulas começaram com muito entu-siasmo por parte das professoras e dos alunos que, desde o primeiro dia, se mostraram ávidos de aprender pala-vras, ouvir histórias e cantar canções numa língua nova. A alegria e a vontade de aprender sempre mais, continua e é contagiante estendendo-se, até, fora das aulas de inglês. Quem passa pelos corredores do Pré-Escolar ouve frequentemente: how are you?, ou esta cor é blue, ou ainda, good morning, good afternoon, bye-bye... É para nós um privilégio ensinar crianças de tão tenra idade, mas é sobretudo uma enorme satisfação ouvi-los a falar em English.

Mariana Lampreia e Lúcia Maia, professoras de inglês

ORANGE

BLUE

RED

GREEN

GREYYELLOW

Realidade…Exemplo disso são os Pais das salas dos

3 anos que, com muita dedicação, procuram em casa imagens relacionadas com a cor azul para, com os seus filhos, as colarem num painel dedicado ao tema. É com muita satisfação que se observam no corredor do Pré-Escolar Pais atarefados e, por vezes, apressados, a tentar satisfazer a vontade dos filhos: “só mais este...”

Também na sala se verificou este entusiasmo onde, respondendo ao apelo das educadoras, os Pais se ofereceram para participar numa actividade enquadrada nas vivências dos filhos. O desejo de entrar “no nosso mundo” começou com a visita da “mãe” do Capuchinho Vermelho que, com as crianças, fez biscoitos que depois levaram para casa no respectivo cestinho. Sobre o tema do S. Martinho, uma Mãe ajudou-nos a realizar um painel onde as crianças realizaram diversas colagens com folhas de Outono, nuvens, pássaros, meninos… retratando as suas vivências da “Festa das Castanhas”. Mais actividades estão já agendadas….

Salas dos 3 anos,Emília Ribeiro e Flipa Marques, Educadoras

P60

Not

ícia

s do

1.º

Cic

lo

Assim foi o primeiro dia de aulas dos alunos do 3.º e 4.º anos do 1.º Ciclo. Nem houve tempo para cumpri-mentar colegas e professores, pois a melhor maneira de entrar num novo ano lectivo é… sair.

Os alunos do 3.º ano foram até ao Museu do Carro Eléctrico onde fizeram uma visita guiada que terminou com um passeio de eléctrico. O Parque de Avioso, na Maia, foi o local escolhido para o almoço piquenique e para uma tarde de alegre convívio com muitos jogos, recordações do ano anterior e muitas ideias para o novo ano.

Os alunos do 4.º ano foram até à Quinta de S. Inácio para um momento de convívio e de interacção com a na-tureza. Aí, ficaram a conhecer melhor as aves de rapina, identificaram algumas das suas principais características e assistiram a demonstrações de voo acompanhadas por pequenas prelecções do tratador das aves. Depois do almoço/piquenique e de algumas brincadeiras, tiveram contacto directo com o mundo dos répteis podendo mes-mo tocar em alguns espécimes destes animais.

Regressados ao Colégio todos eles sentiram que estes momentos são a melhor forma de unir e de reavivar ami-zades que durante as férias ficam à espera do momento do reencontro.

Chegar e... partir

Integrado no Projecto de Transição do Pré-Escolar para o 1.º Ciclo, realizou-se no arranque do ano lectivo a “Festa dos Padrinhos”, um momento de interacção entre os alunos do 4.º ano - os finalistas - que são os padrinhos e os alunos do 1.º ano, os afilhados, que iniciam uma nova etapa.

Este é um momento de partilha de experiências que leva a uma melhor integração dos novos alunos na dinâ-mica do sector do 1.º Ciclo e que ajuda à identificação e adaptação aos novos espaços.

Recepção aos alunos do 1.º ano

Fomos à Estação da Casa da Música e à estação da Trindade e fizemos gravações e jogos com gestos e fala. Depois, fomos almoçar aos Jardins do Palácio de Cristal e brincámos no parque infantil. À tarde, fomos à Estação do Bolhão, onde fizemos a “Guerra dos Coros”, e acabamos na Estação de São Bento onde ouvimos o 1.º Andamento da 5.ª Sinfonia de Beethoven.”

Bernardo Moreira,3.º ano - Sala do Professor Filipe Cardoso

Dia mundial da músicaO Dia Mundial da Música é sempre um óptimo pretexto para activida-

des diferentes na área das música. Foi o que aconteceu em Outubro com os alunos do 3.º ano que foram experimentar a sonoridade das estações de metro, quer cantando canções quer ouvindo música gravada.

Para começar bem o ano lectivo

nada melhor do que uma viagem de

eléctrico (3.º ano) ou dar um belo

passeio na Quinta de S. Inácio (4.º ano).

P61

Notícias do 1.º Ciclo

Letras à solta

Uma actividade inovadora e cativante para

os alunos que os ajudou a compreender

melhor o mundo das plantas e a

importância de uma alimentação saudável.

Pág. 10

çã º

Esta tradição de reunir

os alunos do primeiro e

quarto ano cumpriu-se

mais uma vez com

grande êxito. A

responsabilidade de ser

um padrinho ou um

afilhado foi encarada de

forma muito séria…

Pág.3

Início do ano lectivo pág.4 / 5

Dia Mundial da

Musica

pág.6 / 7

Dia Mundial da

Alimentação

pág.10

à

º

Parabéns a todos os alu-

nos que realizaram com

muito sucesso os exa-

mes da Universidade de

Cambridge “Starters” e

“Movers”.

Pág. 17

Halloween

Este ano tivemos a ilustre visita

de uma bruxa internacionalmente

conhecida: “Winnie”. Mais uma

vez foi um assombroso HALLO-

WEEN (Dia das Bruxas)!

Págs. 8 / 9 O Carnaval do primeiro ciclo foi, mais uma

vez, uma festa de arromba, onde não faltou

a banda mundialmente conhecida “

Sunshine Girls!”…

Pág. 20 / 21

S

Passeios Final de Ano - 1.º CEB

Págs.12 / 15

çã º

Visita ao Farol de Leça Pág.

4

Festa do Ambiente Pág.

6

Eucaristia de Finalistas Pág.

7

à

ºS

é

Peregrinação a Fátima

“Eu senti que Maria esteve e sempre

estará no meu coração. Esta visita

foi muito bonita e espero voltar a

repeti-la!” Tiago Prista - 4ºAno

Sala Prof.Maria Arminda

Pág. 5

Visita a Serralves Nos dias 5, 7 e 8 de Maio, os alunos do 1.º ano do 1.º CEB, foram visitar os jardins de Serralves. Nesta visita foram implementadas três vertentes diferentes e cada turma teve contacto com cada uma delas.

çã º

Encontro com

Ana Vicente

pág.3/4

Semana do

Desporto

pág.9

Provas de Aferição pág.12

à

º

Música em Família…

“Hoje tivemos a aula de música com os pais. Primeiro, a avó da Matilde mostrou-nos o gira-discos e o disco que tinha a canção “Dragão Tristão”. Cantámos todos juntos. O pai da Sara tocou-nos outra música: “A linda maçã”.

Diogo Oliveira Pinto – Sala da Prof. Cristiana

S

Concurso MiniMat 2008 Um grupo de alunos do 3º e 4ºano andou, ao longo de algumas semanas, a treinar para participar no concurso “MiniMat”. Esta iniciativa tinha como objecti-vo desenvolver competências matemáticas, linguísticas, sociais…sendo deter-minante a rapidez com que concluíam o jogo. O grupo estava entusiasmado e deu o seu melhor ao representar o colégio. Os alunos em questão cumpriram todos os objectivos previstos, merecendo PARABÉNS!

Para além da actividade do MiniMat, tiveram a oportunidade de visitar um labo-ratório de Engenharia Civil, no qual contactaram com experiências enriquecedo-ras…

As professoras do 4ºano

Parque Biológico “Eu fui visitar o Parque Biológico de Gaia porque, na escola, estudei

as plantas e os animais e queria estudar mais com esta visita. No Parque Biológico de Gaia vi uma raposa, a coruja-do-mato, os corços, a coruja-da-torre, javalis, vacas, galinhas, perús e pássaros variados.”

Carolina Santos 2ºAno - Sala do Prof. Filipe

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Os alunos do 4.ºano continuaram a

dedicar-se, este período, à leitura.

S o n h a r a m , f a n t a s i a r a m e

imaginaram… Com alguma criatividade, trabalho e

um certo dinamismo apareceu o

Jardim da Imaginação.

Pág. 22

çã º

Bombeiros à Solta pág.19

Citânia da Sanfins pág.20

Educação para a Sexualidade pág.

26

à

º

A PAZ É TAMBÉM UM COMPROMISSO…

“Uma corrente quisera formar

com as crianças que povoam a terra,

reunidos em torno da paz

e esquecendo que existe a guerra.”

Pág. 25

S

Visita à cidade do Porto Actividade muito enriquecedora,

que deu a conhecer aos alunos

a sua cidade permitindo-lhes

valorizar o seu património histó-

rico.

(...)“Quando eu era pequenina,

tinha uns seis anos de idade,

achava que o Porto era uma

cidade horrível e tinha inveja de

Lisboa e do Algarve. Agora

aprendi a gostar e a admirar o

Porto.” “O Porto é uma cidade

fantástica!

Maria Francisca— 3ºano Sala da Prof. Susana

Pág. 4

Semana das Línguas Incentivar à leitura e à des-

coberta de novas línguas e

culturas diferentes, assim

como contactar com autores

e ilustradores da literatura

infantil portuguesa, foram

alguns dos objectivos desta

semana. Pág. 11

Recepção aos alunos do 1.ºAno

Numa linda tarde de Outono, os alunos do quarto ano acolheram os novos alunos do 1.ºCEB. Realizaram várias actividades juntos e trocaram presentes!

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Exames STARTERS Pág.10

Dia Mundial da Música Pág.13

Dia Mundial da Alimentação

Pág.15

à

º

S

Passeios de Início de ano

Bichinhos, eléctricos e muita brincadeira...assim se resume o inicio de ano lectivo para os alunos dos 3.ºs e 4º.s anos. Que divertido! Págs. 8 / 9

çã º

Foram já publicados os dois primeiros número do “Letras à Solta” deste ano lec-tivo. Depois da experiência de sucesso do ano passado, a ideia de disponibilizar à co-munidade educativca do Colégio um jornal com as iniciativas desenvolvidas no 1.º Ciclo, volta a concretizar-se este ano.

Esta publicação, que conta com o envol-vimento activo dos alunos, é construída em suporte digital, utilizando as ferramentas in-troduzidas na disciplina de informática, sendo distribuida por via electrónica. Ficam assim garantidos desde logo vários objectivos: le-var informação às famílias, observar princípios ecológicos, poupando papel e tinta, e pôr em prática as competências desenvolvidas na área das TIC. Mas o Letras à Solta pretende, também, ser mais uma forma de potenciar o gosto pela escrita e desen-volver a criatividade, já que são os alunos os redactores principais dos artigos publicados.

Levar as famílias a colaborar de forma regular com material para o jornal é uma ambição a perseguir durante o presente ano.

Dia mundial da alimentação

No dia 16 de Outubro, quinta-feira, celebramos o Dia Mundial da Alimentação.

Pensamos , então, que fazer um bolo em conjunto seria uma óptima ideia para assinalar este dia. Partimos à descoberta dos ingredientes mais saudáveis que poderiam fazer parte dessa re-ceita. A Maria lembrou o iogurte; a Matilde a fruta; a Mariana os ovos; o João, que é muito lambareiro, não se esqueceu do açúcar e por aí fora…”E a farinha?” Lembrou a professora. Surgiu assim, a receita do bolo de iogurte.

Alunos do 2.º ano

O Letras à Solta está disponível para a Comunidade Educativa no site do Colégio em Centro de Documentação, no menu da página inicial.

O Dia Mundial da Alimentação foi celebrado no 1.º Ciclo, tendo como ideia chave que a nossa saúde depende muito daquilo que comemos. Mas foi também um dia de muita diver-são, porque houve oportunidade para testar os dotes culiná-rios de alguns dos alunos do 2.º ano na confecção de bolos.

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notíciasoutras

O IV International Sports Festival, em Roma, decorreu já no 3.º período do ano lectivo passado. O nosso Colégio foi convidado a participar, sendo representado por vinte alunos das diversas turmas do 8.º ano. Acompanharam-nos os professores Mariana Delgado e José Eiró, e tam-bém a Irmã Casimira.

IV InternationalSports Festival

Roma

Para mim esta viagem foi uma grande experiência que certamente nunca esquecerei. Durou pouco tempo mas aqueles quatro dias foram vividos com grande intensida-de, diversão e responsabilidade.

Podemos dizer que tudo esteve excelente e planeado ao pormenor. Houve espaço para tudo: brincar, conviver, jogar e descansar. Fomos tratados muito atenciosamente para que não nos faltasse nada, o que nos motivou ainda mais.

Em termos desportivos adorei representar o Colégio e o nosso país e penso que alcançámos bons resultados. Quanto a mim esforcei-me ao máximo e acho que todos nós demos o nosso melhor. Os espaços onde jogámos e o ambiente que se viveu foram fantásticos.

A comitiva daqui do Porto, que participou, foi espec-tacular. Houve seriedade, responsabilidade mas também muita diversão. A irmã Casimira, o Prof. Eiró e a Prof. Ma-riana foram “cinco estrelas” connosco. Aprendemos algo com eles nestes dias o que também foi importante.

Foram uns dias inesquecíveis e espero noutra opor-tunidade voltar a participar numa destas iniciativas. Pa-rabéns Roma!

Mário Cunha, 8.º A

Comitiva do Colégio que participou no IV Sports Festival, numa fotografia de grupo, na praça de S. Pedro, em Roma.

Ficámos alojados na Fraterna Domus, um complexo de acolhimento a peregrinos, situado nos arredores da cidade de Roma. Neste local, estavam também instaladas as restantes equipas participantes, o que permitiu promo-ver um excelente convívio entre todos os atletas.

Durante a estadia tivemos a oportunidade de visitar o Vaticano e a Basílica de S. Pedro e também o Coliseu de Roma, a Praça de Veneza e algumas ruínas do período romano. Numa das noites decorreu um jantar de convívio, no qual todas as escolas estiveram presentes.

As equipas participantes, para além da nossa, eram: de Portugal, o Colégio do Sagrado Coração de Maria de Lisboa e o Colégio do Sagrado Coração de Maria de Fá-tima; de Inglaterra, Marymount Kingston; dos Estados Unidos, Marymount New York; do México, Marymount Cuernavaca; de França, Marymount Paris; da Colômbia,

Marymount Barranquilla; e de Itália, Marymount Rome e Marymount International School of Rome, as escolas onde foram realizados os jogos. As modalidades pratica-das neste torneio foram futebol, basquetebol e voleibol.

Tanto a equipa masculina como a feminina da nossa escola tiveram boas prestações no torneio nas três mo-dalidades: 3.º lugar em futebol, 4.º em basquetebol e 1.º em voleibol.

Este evento revelou-se uma experiência enriquecedo-ra, não só a nível desportivo como a nível humano, social e cultural. Foi algo que nos marcou a todos e ficará para sempre na nossa memória. Ficámos com saudades desta viagem e com o desejo de poder vir a poder um dia repetir a experiência. Foi com enorme orgulho que representá-mos a nossa escola e devemos todos ter consciência que o fizemos conseguindo uma boa prestação, dignificando o Colégio da Nossa Senhora do Rosário, do Porto. Diogo Cardoso, 8.º D

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Finalistas 2007/2008

A Eucaristia e o Jantar de Finalistas são já uma tradi-ção no Rosário e constituem momentos sempre marcan-tes para todos os alunos de 12.º ano. Estes acontecimen-tos são vivências inesquecíveis no caminho de cada aluno dentro do Colégio e é assinalável a ansiedade com que são aguardados.

Os preparativos começaram com muita antecedên-cia. Era necessário ensaiar e preparar tudo ao pormenor, comprar fatos e vestidos e todas as conversas desagua-vam inevitavelmente no tema Eucaristia e Jantar de Fi-nalistas, nas quais todas as preocupações e expectativas eram partilhadas.

E, de facto, as expectativas não foram defraudadas. Todo o 12.º ano se engalanou para a tão ansiada cerimó-nia. Da Eucaristia só se pode dizer que foi perfeita. Tudo correu ainda melhor que o esperado, com alguns momen-tos de emoção que não deixaram ninguém indiferente. No final, à saída da capela, era bem evidente um brilhozinho nos olhos e um sorriso no rosto de cada um. Seguiu-se o jantar, na Alfândega do Porto, onde o convívio e a boa disposição se prolongaram pela noite dentro.

A diversão reinou e a emoção voltou a destacar-se, principalmente quando os alunos homenagearam as res-pectivas Directoras de Turma ou quando os finalistas fo-ram chamados um a um para receberem as medalhas alusivas ao seu percurso no Rosário.

Foi um dia especial e que perdurará na memória de todos os alunos que puderam, assim, celebrar da melhor forma a sua passagem e todos os momentos únicos que viveram no nosso Colégio.

José Hipólito, 12.º B

Momentosinesquecíveis

Visitar Florença e Roma é percorrer um museu ao ar livre – em cada canto esbarramos com obras-primas e ruínas. Na cidade de Dante, a torre do Duomo e a Piazza della Signoria, com as suas inúmeras esculturas que en-cantam qualquer estudante de arte, abrem caminho para a Ponte Vecchio. A Fontana di Trevi, a Piazza Navona, o Coliseu e a Pietá fazem esquecer a chuva na cidade dos Fiat 500 e do trânsito caótico. Também em Nápoles a con-dução desenfreada é imagem de marca, tal como o lixo e a desorganização. Não houve visita ao monte Vesúvio nem às ruínas de Pompeia, mas houve (boas) compras, apesar da chuva intensa. Malta é uma aguarela viva: as macilentas ruelas de Medina lembram-nos tempos idos e em La Valleta céu e mar fundem-se num azul intenso que arrebata qualquer um. Azul é também a cor da quente Tunísia, com o seu chá de menta e, claro, o artesanato, que fez as delícias de todos aqueles que há muito aguar-davam a oportunidade de regatear e gastar os (muitos) euros.

Susana Nunes, Professora

Viagem de finalistas do 12.º ano há só uma e o que mais se destaca nesta é, verdadeiramente, o facto de termos usufruído de fantásticos mo-mentos junto de pessoas com as quais convivemos no quotidiano, outras com quem fizemos amizade em alto mar, além dos professores que tiveram a oportunidade de conhecer o nosso lado mais espirituoso. Sem dúvida, uma semana profundamente enriquecedora, tanto a nível cultural, como social. Lá, permanece o rasto da nossa inconfundível presença, ao passo que cá restam enormes saudades… É o culminar de uma etapa de apren-dizagem recheada de escolhas, daí a sua singularidade.

E, assim, deixo as asas aos futuros finalistas, asas essas que deverão utilizar para voarem rumo ao, não Grand, mas Gigant Mistral. Jamais es-quecerei a viagem com que sempre sonhei.

À noite trocavam-se opiniões, vestidos, maquilhagem e preparava-se o

Grand Mistral,

o navio de cruzeiro que

proporcionou momentos de

sonho aos finalistas do 12.º ano.

espírito para a folia, ainda que o vento Mistral marcasse presença e nos levasse a ingerir maçãs e “pepperoni”. No Casino, no Salón Formentera ou no Club Banderas, entre apostas ganhas, eleições de Miss e Mr. Mistral (hilariante surpresa!), festas de 18 anos, coreografias e muita alegria, revelaram-se personalidades, nasceram afinidades e houve um saudável convívio entre professores e alunos, mesmo quando o cansaço era laten-te e todo o nosso ser suplicava por um sono reparador (sem roncos!)

De novo em Barcelona, muitos suspiros: uns de nostalgia, pelo findar de uma semana inolvidável, outros de alívio, por pisar terra firme, mas em todos os rostos um sorriso cúmplice de quem partilhou vivências e soube estreitar laços.

Catarina Barros, 12.º B

Grupo de finalistas do 12.º ano 2007/2008

Euca

rist

ia e

Jan

tar

Cruzeiro no Mediterrâneo

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notíciasoutrasProjecto de Inglês Avançado Entrega de diplomasAlunos pioneiros (9.º ano

em 2007/2008) recebem First Certificate in English

Vinte e um alunos do Colégio receberam em Dezem-bro o diploma da Universidade de Cambridge comprova-tivo do nível First Certificate in English alcançado. Estes alunos, a totalidade dos que efectuaram as respectivas provas, fazem parte do grupo que estreou a parceria que em 2003/2004 foi estabelecida com o British Council. O ensino da língua inglesa no Colégio, uma aposta que vai já no seu décimo ano, conheceu, com esta parceria, um novo impulso, sendo o resultado mais visível a certifica-ção das aprendizagens de acordo com o esquema da Uni-versidade de Cambridge.

O diploma agora obtido pelos alunos do Colégio - com todas as classificações a situar-se no A (muito bom, 32%) e B (bom, 62%) - é amplamente reconhecido como prova de um nível intermédio em inglês, quer nas áreas de comércio e indústria, quer nas instituições educativas, tanto no Reino Unido como em todo o mundo. Para atingir este nível os alu-nos fazem uma preparação que decorre entre o 8.º e o 9.º ano, sendo o exame realizado no final do 9.º ano.

Diplomas Movers e PET também entregues

Na mesma cerimónia de entrega de diplomas de Cam-bridge aos alunos pioneiros, também os alunos que pres-taram provas para os níveis Movers e Preliminary English Test (PET) receberam os seus certificados. Os diplomas Starters haviam sido já entregues no início deste ano lec-tivo.

Tal como no caso do FCE, também nestes níveis foram alcançadas boas classificações. Nos Starters e Movers, a média das três competências avaliadas foi, respectiva-mente, 4,68 e 3,80, numa escala de 1 a 5.

Nos exames PET, dos 64 alunos que prestaram pro-vas, a grande maioria (76,6%) passou com Merit, o nível mais alto e os restantes com Pass.

Exames Cambridge 2007/2008Níveis Starters e Movers - Médias por competência

0

1

2

3

4

5

Reading and Writing

Listening Speaking Global

2,86

3,80

4,63

3,764,04

4,68 4,59 4,44

Starters Movers

15 alunos passaram no nível P (Pass) -

23,4%

49 alunos passaram no nível M (Merit) -

76,6%

Fizeram exame PET 64 alunos

Exames de Cambridge 2007/2008Nível PET - Classificações

Grupo de alunos pioneiros do Projecto de Inglês Avançado na cerimónia de entrega de diplomas

FCE - First Certificate in English

Alunos do 5.º ano exibem com orgulho o diploma Movers como reconhecimento do sucesso nas provas efectuadas no ano lectivo passado,

para este nível de certificação da Universidade de Cambridge

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Fátima voltou a acolher a Família Alargada do Sagrado Coração de Maria (FA), nos dias 14 e 15 de Novembro, para mais um Encontro Nacional. Na iniciativa, que incluiu

também o II Encontro Nacional de Jo-vens da Família Alargada, participa-

ram 26 alunos do Colégio, todos do secundário.

A FA nasceu há já vários anos, oferecendo um espaço e oportunidade para aqueles que, estando de alguma for-

ma ligados ao Instituto das Religiosas do Sagrado Cora-

ção de Maria (IRSCM), desejam aprofundar esta relação.

O Encontro deste ano teve como ob-jectivo trabalhar o tema do ano lançado pelo IRSCM - Re-forçar a Identidade, Construir Comunidade - a partir das cartas de S. Paulo, tendo como desafios o aprofundamen-to do conhecimento bíblico de comunidade, a reflexão sobre o contributo da FA para a Comunidade Global, o envolvimento dos Jovens na FA e a celebração da Fé.

Como pano de fundo do Encontro esteve ainda o facto

A primeira pergunta que nos assaltou a mente quando fomos convidadas a participar foi “Mas afinal o que é a Família Alarga-da?”

Antes de mais convém esclarecer o que foi para nós este retiro. Este fim-de-semana foi um espaço onde pudemos reflec-tir, conviver, escutar, pensar em nós mas, acima de tudo, nesta comunidade. Fomos desafiados a partilhar tudo: a refeição, a oração, experiências e opiniões, seguindo sempre o modelo de vida do Padre Jean Gaillac.

Agora que passou algum tempo do encontro conseguimos responder à questão inicial: sabemos que, tal como numa família tradicional, na Família Alargada há momentos para rir, meditar, dar, momentos que nos fizeram sentir acolhidos numa casa que inicialmente desconhecíamos, mas que agora nos atrevemo a considerar nossa.

Joana Ribeiro e Mafalda Carrington 12.º A

Jornadas Pedagógicas dos Colégios do IRSCM

Em Fátima

Bioética na Reprodução Medicamente AssistidaNo passado dia 24 de Novembro, foi dinamizada uma pa-

lestra subordinada ao tema “Bioética na Reprodução Medica-mente Assistida”, uma unidade do programa de Biologia do 12.º ano. A organização do evento foi da responsabilidade dos alunos desta disciplina, que teve como orador convidado o Prof. Dr. Rui Nunes, professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto e presidente da Associação Portuguesa de Bioética desde 2002.

Alunos do Colégio no Encontro Nacional da Família Alargada do SCM

Numa organização conjunta dos colégios pertencentes ao Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria (Fátima, Lisboa e Porto), realizaram-se, nos dias 4 e 5 de Se-tembro, as Jornadas Pedagógicas dos Colégios do IRSCM.

O encontro, em que participaram 74 colaboradores do Colégio, decor-reu em Fátima sob o lema “Um de-safio a criar redes de esperança” e centrou-se no flagelo do Tráfico Hu-mano, uma problemática para a qual o IRSCM tem focalizado muita da sua atenção e preocupação.

No lançamento do ano lectivo em que se comemora o Jubileu dos 200 anos do nascimen-to da Mère St. Jean, o primeiro momento foi dedicado a reavivar memórias e a história da sua vida, relembrando os desafios que nos deixou com a sua visão, preocupação e exemplo vivo do envolvimento com os mais desfavore-

cidos. A temática do Tráfico Humano foi então perspec-tivada à luz da sua visão missionária, desafiando cada um de nós à participação activa na sociedade. Embuídos deste espírito foram partilhados testemunhos pessoais de vivências de quem passou pela Casa Mãe.

O visionamento de excertos de vídeos, com o objec-tivo de sensibilizar para as diferentes formas de Tráfico Humano, constituiu outro dos pontos chave das Jornadas. As impressionantes imagens, documentários e conteúdos serviram de base de discussão ao painel de comunicações que se seguiu, com contributos sobre valores e ética pro-fissional, moral e social.

No segundo dia foram dinamizados workshops te-máticos, tendo como objectivo apresentar a missão e o trabalho desenvolvido por diferentes organizações gover-namentais e não governamentais de apoio a sectores da população mais vulneráveis. No âmbito destes trabalhos, foram discutidas acções de prevenção e de intervenção social que poderão ser desenvolvidas em contexto esco-lar. O encontro terminou com um painel/debate sobre as apresentações anteriores.

Colégios do Instituto das Religiosas

do Sagrado Coração de Maria

Fátima,

4 e 5 de Setembro de 2008

JORNADAS PEDAGÓGICAS

Colégios do Instituto das Religiosas do

Sagrado Coração de Maria

Cada Instituto que Jesus criou na Igreja é

como um ramo novo desta árvore que deve

abarcar o mundo inteiro e sob a qual se

devem acolher as aves do céu.

Pe. Jean Gaillac

Se Deus está connosco, quem estará contra

nós? Ninguém. Então, coragem!

Mère Saint Jean

Foram abordadas as várias técnicas de procriação medica-mente assistida e os problemas éticos associados, seguindo-se um pequeno debate e esclarecimento de dúvidas. A discussão foi muito interessante, tendo aprofundado questões antigas e despertado outras.

Isabel Rodrigues, Cláudia Vieira e Ana Rosa, 12.º A

de ser este um ano em que se comemoram o Ano Pau-lino e o Bicentenário do nascimento da Mère Saint-Jean, co-fundadora do Instituto. É com base no exemplo de vida destas duas grandes figuras que muitos dos jovens e adultos participantes no Encontro procuram orientar as suas vidas, tendo alguns dado o seu testemunho.

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notíciasoutras

Às boas Irmãs do Colégio do Rosário e queridos alu-nos:

É com o maior reconhecimento que vimos agradecer as generosas ofertas dos alunos, realçando os mais pequeni-nos, que apreciamos imenso. Felizes os pais que têm assim uns filhos com coração cheio de amor para os idosos pobres, com tanta bondade e renúncia que muito nos sensibilizou.

Todos os dias estão na nossa Oração os benfeitores deste Lar. A recompensa virá do céu e desejamos as maio-res felicidades e bênçãos de Deus e de nossa Mãe, Maria Santíssima, a todos esses queridos alunos e seus bondosos pais.

Vai um xi-coração muito grato de todos os residentes daqui do Lar do Pinheiro Manso.

Porto, 5 Novembro de 2008

No seguimento do Harvest Festi-val, os alunos do 7.º ano mostraram vontade de conhecer e apoiar os re-sidentes do Lar das Irmãzinhas dos Pobres. Assim, grupos de alunos têm efectuado visitas ao Lar, às segundas feiras, onde ajudam a dar de jantar; também contam histórias e ouvem as histórias que estes velhinhos têm para contar.

Sente-se um clima de avós/netos o que se tem tornado numa experiência muito enriquecedora para os alunos e dá uma alegria imensa aos idosos.

9.º Fórum AEEPColégio participa no

O Colégio marcou presença no 9.º Fórum da Associa-ção de Estabelecimentos de Ensino Particular e Coopera-tivo, que se realizou no Centro de Congressos da Alfân-dega do Porto, já perto do final do ano lectivo anterior. A iniciativa visou debater a situação do sistema educativo e a liberdade de escolha, tendo como tema «Dinâmica Pri-

No final de Outubro, no âmbito do departamento de Línguas Estrangeiras, os alunos do 5.º e 7.º anos prepa-raram e realizaram o Harvest Festival. Celebrado anual-mente em muitos países do mundo, o evento tem por ob-jectivo criar uma oportunidade de acção de graças a Deus pelas colheitas, sendo uma tradição já muito antiga no Reino Unido. Nas igrejas, capelas e escolas Britânicas as pessoas recolhem géneros alimentares e distribuem-nos pelos mais carenciados e pelos anciãos da comunidade ou usam-nos para angariação de fundos para obras sociais. Foi também assim que procederam os alunos envolvidos nesta iniciativa: os mais novos venderam doces, fruta e flores, revertendo o dinheiro a favor do Programa Ajuda; os mais velhos, trouxeram géneros alimentares para o Lar das Irmãzinhas dos Pobres, na cidade do Porto, que acolhe cerca de 60 idosos.

Uma celebração de acção de graças, no auditório do Colégio, encerrou as actividades do Harvest Festival, ten-do incluído orações e canções em língua inglesa.

Harvest Festival

Do Lar das Irmãzinhas dos Pobres recebe-mos a seguinte mensagem:

vada, Serviço Público de Qualidade». Além de simpósios, conferências e painéis de discussão, o encontro contou ainda com uma mostra de colégios, oficinas de animação e actividades de palco, como música, dança, ballet e tea-tro, entre outras.

Para além da participação nos painéis, a representação do Colégio incluiu um espaço de cerca de 18 m2 onde os visitantes tiveram oportunidade de contactar com alguns dos principais projectos desenvolvidos nos últimos anos.

Aspecto do interior do Pavilhão do Colégio no 9.º Fórum AEEP

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