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Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 1
BioenergiaInvestimento em pesquisa
busca descobrir novas rotas
tecnológicas para explorar
biomassa fl orestalpag. 19 a 22
Energias limpasEstudo do BID revela aumento da
participação dessas fontes na
matriz energética da América
Latina e Caribe
pag. 10
Rio Capital da EnergiaIniciativa estimula projetos de
efi ciência energética, redução de
emissões e inovação tecnológica
pag. 06 a 08
Movida a ventoParque eólico no Rio Grande do
Sul vai suprir toda a demanda de
energia da fábrica da Honda, na
cidade de Sumaré, em São Paulo
pag. 09
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REVI
STA
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Inovação
São Paulo tem 4 mil MW remanescentes de pequenas usinas pag. 5
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 20132
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 3
SUMÁRIO
4 EDITORIALBrasil no caminho certo
5 AE NEGÓCIOSSão Paulo tem mais 4 mil
MW de pequenas usinas
para explorar
6 a 8 ENTREVISTAPrograma Rio Capital da Energia tem uma lista com 55 projetos,
que, somados, totalizam investimentos da ordem de R$ 2 bilhões
9 ENERGIA EÓLICAHonda investe em eólica no Rio
Grande do Sul para suprir 100% da
energia de fábrica paulista
20 a 22 CAPAEmbrapa e instituições de ensino e pesquisa buscam novas
rotas para turbinar biomassa fl orestal
11 a 18 CATÁLOGO RENEX 2013 Conheça os expositores da Feira Internacional de
Energias Renováveis, que a Renex South America
realiza, de 27 a 29 de novembro, em Porto Alegre (RS)
10 ESTUDOEstudo do BID mostra que fatia das fontes limpas de
energia fi cou maior na América Latina e no Caribe
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 20134
Brasil no caminho certo
O leilão de energia de agosto, chamado de A-5 porque os
empreendimentos entram em operação cinco anos depois de
licitados, revelou que o país caminha fi rme para ter uma matriz
elétrica cada vez mais limpa.
A diversidade de fontes contratadas não deixou a menor dúvida,
com a negociação de hidrelétricas, pequenas usinas, biomassa e
energia eólica. Para os próximos leilões, a entrada de projetos de
energia solar fotovoltaica vai mostrar mais uma opção da qual
não se pode abrir mão.
E, para não haver dúvidas sobre a evolução desta marcha,
recente estudo do BID apontou crescimento das fontes limpas
de energia na matriz energética da América Latina e do Caribe.
A região fi cou, em 2012, com 6% dos investimentos mundiais, da
ordem de US$ 287 bilhões, com o Brasil na dianteira.
Por aqui, além dos leilões, existem outras iniciativas para
aproveitar o potencial de energias renováveis. Um exemplo é
o trabalho da Embrapa, junto com outras entidades de ensino
e pesquisa, para descortinar novas rotas tecnológicas para a
biomassa fl orestal.
Tudo, enfi m, aponta para uma matriz cada vez mais limpa, graças
ao aumento de escala e, consequente, redução de custos para
explorar este imenso potencial que temos, seja lá das águas, dos
ventos, do sol, da biomassa ou de dejetos de animais.
Boa leitura!
Fabbio Lobo
Diretor Executivo do Grupo Ambiente Energia
EDITORIAL EXPEDIENTERevista Ambiente Energia
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Inovação
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02- outubro/dezembro
www.ambienteenergia.com.br
Diretor Executivo
Fabbio Lobo
Redação
Fabbio Lobo
Programação Visual
Alan Barros
Normalização
Fernanda Fonseca - CRB 7 5665
Nadia Lobo - CRB 7 4574
Gabriela Ferreira - CRB 7 5521
Gráfi ca
Vida & Consciência
Publicidade
+55 (21) 3278-0355
Atendimento ao leitor
+55 (21) 3278-0355
Endereço
www.ambienteenergia.com.br
Tiragem
3.000 exemplares
*A Revista Ambiente Energia não se
responsabiliza pelas opiniões
emitidas pelos autores dos artigos publicados.
REVI
STA
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 5
Com a meta de chegar em 2020 com 69% de sua
matriz energética formada por fontes renováveis,
São Paulo tem mais um caminho para chegar
lá. O “Estudo do Potencial Hidroelétrico
Remanescente” apontou que o estado tem
potencial para gerar 4 mil MW por meio de
pequenas centrais hidrelétricas (PChs) ou
centrais geradoras hidrelétricas (CGHs).
“O estado tem quase 25% do que já produz
de hidreletricidade para ainda ser explorado”,
comentou Milton Flávio, subsecretário de
Energias Renováveis do estado, acrescentando
que o objetivo é atrair investidores para São
Paulo, o maior consumidor de energia do país.
Um acordo de cooperação tecnológica
entre Itaipu Binacional e a Renault prevê a
montagem de 32 Twizys no Centro de Pesquisa
Desenvolvimento de veículos elétricos de Itaipu
(CPDM-VE/IB), em Foz do Iguaçu (PR).
Os veículos, vendidos pela Renault, chegarão
ao país desmontados, em kits mecânicos, e
servirão para uso restrito da Itaipu e instituições
parceiras do Programa VE. Com o acordo,
a fabricante francesa passa a fazer parte do
programa.
A Editora Gen traz para as prateleiras o livro
“Energia Nova e Renovável”, escrito por Marco
Aurélio dos Santos. Com 216 páginas, a obra
aborda aspectos de diversas modalidades de
geração de energia como a fotovoltaica, a eólica,
por ondas oceânicas, elétrica e hidrelétrica.
A obra analisa ainda questões relativas à geração
de energia por novas fontes e aborda aspectos
ambientais, técnicos e econômicos no setor de
combustíveis, além de apontar os caminhos
para o melhor aproveitamento do potencial
energético do país. O livro custa R$ 126,00.
O Centro Técnico Científi co da PUC-Rio (CTC/
PUC-Rio) comemorou no mês de outubro 50
anos da sua pós-graduação em Engenharia
Elétrica, primeira pós-graduação em Engenharia
Elétrica do Brasil e a primeira na própria
universidade carioca. Os números mostram
a excelência do centro, que já formou 1.050
mestres e 250 doutores. Hoje, desenvolve 70
projetos de pesquisa, com investimentos de
cerca de R$ 65 milhões.
O programa de pós-graduação reúne
profi ssionais de grandes empresas e entidades
brasileiras. A lista inclui, por exemplo,
Petrobras, Light, Aneel, Cepel, CTEx e Ericsson
Telecomunicações. Cerca de 45% dos alunos são
estrangeiros, em sua maioria do Peru, Bolívia e
Colômbia. Até setembro, foram defendidas 1.300
teses de doutorado e dissertações de mestrado.
Energias Renováveis do Brasil assinou contrato
para cogeração de energia e vapor a partir de
biomassa de bagaço de cana, com a usina SVAA
- Santa Vitória Açúcar e Álcool, complexo
de produção de etanol que pertence a uma
joint venture entre Dow Chemical e Mitsui.
A empresa fará o investimento, instalação e
operação de uma unidade de cogeração movida
a biomassa do bagaço e da a palha de cana.
O empreendimento, localizado no município
de Santa Vitória, em Minas Gerais, terá
investimento de aproximadamente R$ 237
milhões, com início de operação previsto para
2014. A planta irá gerar 46 MW de energia e
230 toneladas de vapor por hora, consumindo
aproximadamente 108 toneladas de bagaço de
cana por hora.
Mais de 4 mil MW de pequenas usinas
Parceria para veículos elétricos
Energia nova e renovável
Investimento em cogeração
Meio século de bons serviços
AE NEGÓCIOS
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 20136
investimentos da ordem de R$ 2
bilhões.
“A carteira de projetos é bastante
fl exível e a todo momento um
projeto é concluído e outro entra”,
conta Maria Paula Martins,
coordenadora do Rio Capital da
Energia. Entre os projetos estão a
implementação da primeira fase
para tornar Búzios uma “Cidade
Inteligente”, para a implantação do
carro elétrico e o de renovação da
frota de caminhões que circulam
pelo Rio de Janeiro. Nesta
entrevista exclusiva à Revista
Ambiente Energia, Maria Paula
mostra o que o programa já fez em
dois anos de existência.
Revista Ambiente Energia -
Como nasceu a ideia de criar o Rio
Capital da Energia?
Quando se fala em energia, logo
vem à cabeça o estado do Rio
de Janeiro com a produção de
petróleo. No entanto, o mundo
entrou nos últimos anos na rota
da economia limpa, com a busca
cada vez mais constante por fontes
energéticas renováveis. Usar a
tecnologia do século passado para
ampliar as bases das fontes do
século XXI é um dos caminhos
seguidos pelo Rio Capital da
Energia, programa criado pelo
governo do estado para chegar lá.
Estimular, viabilizar e fomentar
projetos que sejam sustentados
pelos pilares efi ciência energética,
redução de emissões e inovação
tecnológica estão na lista
dos principais objetivos. Na
sua carteira, o Rio Capital da
Energia tem uma lista com 55
projetos, que, somados, atingem
Maria Paula Martins - O
programa nasceu a partir da
vocação natural que o Rio
de Janeiro possui na área de
energia, e a fi m de estimular
novos projetos aproveitando as
oportunidades que o segmento
oferece no estado. Acreditamos
que o papel do governo do estado
como fomentador inicial desse
programa seja essencial para que
ele se torne autossustentável no
futuro. O governo estadual pode
intermediar as relações entre
universidades e investidores,
visando viabilizar projetos que
eventualmente poderiam não
sair do papel por difi culdades em
sua fi nanciabilidade. Além disso,
pode criar políticas públicas para
estimular determinados setores.
Revista Ambiente Energia -
Quais são os principais objetivos
do programa?
Maria Paula Martins - Estimular,
viabilizar e fomentar projetos
que sejam sustentados pelos
pilares efi ciência energética,
redução de emissões e inovação
tecnológica. Aproveitando que o
estado é rico na energia do século
XX – petróleo e gás natural, por
exemplo – acreditamos que essa
energia possa fi nanciar projetos
que pensam a energia do século
XXI. E podemos aproveitar que
os pensadores do setor de energia
estão concentrados aqui no estado
para transformar o Rio de Janeiro
Rio de Janeiro no mapa da energiaCom dois anos de existência, Programa Rio Capital da Energia tem
uma lista com 55 projetos, que, somados, totalizam investimentos da
ordem de R$ 2 bilhões
Maria Paula Martins: efi ciência
energética, redução das emissões e
inovação como pilares
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 7
do programa, como projetos das
distribuidoras Light e Ampla, que
pregam energia mais efi ciente em
comunidades. Há projetos que
já existiam, como a instalação
da energia solar na reforma do
Maracanã, mas que servem para
dar visibilidade ao programa,
torná-lo mais conhecido e atrair
novas iniciativas. Há ainda
ideias que estão nas gavetas das
universidades esperando por
investidores.
Revista Ambiente Energia -
Impulsionar as ações de inovação,
a efi ciência energética e a redução
de emissões é um dos objetivos do
programa. O que tem sido feito
nestes campos?
Maria Paula Martins -Temos uma
longa lista, com 55 projetos que,
somados atingem investimentos da
ordem de R$ 2 bilhões. Além dos já
citados acima, a lista completa está
disponível no site do programa:
www.riocapitaldaenergia.rj.gov.br
Revista Ambiente Energia -
Quais os resultados obtidos
“O programa busca
fazer uma ponte entre
a universidade e o
investidor, além de
criar alternativas
próprias, como o
caso já citado do
fi nanciamento dos
canaviais, feito pelo
governo do estado, via
seu banco de fomentos,
a AgeRio”
num centro de excelência mundial
no segmento.
Revista Ambiente Energia - Uma
série de empresas, associações e
entidades compõem o programa.
Qual o perfi l de quem pode
participar e como devem proceder
para fazer parte?
Maria Paula Martins - O
programa é composto por um
comitê estratégico e um comitê
executivo. O primeiro é presidido
pelo governador do estado e
composto pelos presidentes das
empresas, entidades, instituições
e organizações do setor de energia
com sede no Rio. O segundo é
composto pelos representantes
técnicos dessas empresas e
instituições, que realmente
“põem a mão na massa” e são
encarregados de tocar adiante os
projetos.
Mas o programa está aberto
a toda e qualquer iniciativa
que vise projetos de energia
sustentados pelos seus pilares
que passem pelas instituições
fl uminenses. Muitas vezes o
projeto nem mesmo é voltado
para ser implementado no estado,
mas sua tecnologia vem sendo
desenvolvida aqui, como é o caso
de projetos destinados à energia
eólica ou tecnologia desenvolvida
para geração de energia a partir
das ondas do mar, da Coppe, que
está sendo implementado em
Fortaleza, no Ceará.
Revista Ambiente Energia -
Como essas empresas vêm
participando desta iniciativa?
Maria Paula Martins - Há casos
de projetos mais participativos,
que envolvem a população e foram
desenvolvidos dentro dos pilares
até agora, nestes dois anos de
existência do programa?
Maria Paula Martins -A carteira
de projetos é bastante fl exível e
a todo momento um projeto é
concluído e outro entra. Tivemos
por exemplo a implementação da
primeira fase para tornar Búzios
uma “Cidade Inteligente”, dentro
dos padrões internacionais,
que consideram uma série de
requisitos, desde o tipo de asfalto,
a forma de geração de energia
alternativa. Mas mais do que
contabilizar um ou outro resultado
estamos buscando a formação
de um conceito, que é a busca da
conscientização da população para
a efi ciência energética e a atração
de investimentos para promover a
inovação tecnológica.
Revista Ambiente Energia -
Em termos de fomentar novos
investimentos, o que o programa
está fazendo?
Maria Paula Martins -Há ações
específi cas do governo do estado
como, por exemplo, a liberação
de um fi nanciamento de R$ 20
milhões para a modernização dos
canaviais do Norte Fluminense,
visando um aumento da produção
de etanol no estado e consequente
maior entrada desse combustível
limpo em nossa matriz energética.
Há também a intermediação
direta do governo para criar
alternativas para a energia no
futuro, como por exemplo a
criação do grupo de trabalho para
discutir a implantação do carro
elétrico. Nesse caso, coordenamos
um grupo que inclui a Nissan –
empresa interessada em instalar
uma fábrica de carros elétricos no
Rio – a Petrobras Distribuidora,
a Ampla e a Light, para vermos
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 20138
objetivo do programa é reduzir a
idade média da frota de caminhões
do estado, que hoje é de 17 anos –
maior do que a média nacional, de
16 anos – para pelo menos 12 anos
até 2017.
As siderúrgicas Votorantim e
Gerdau já se habilitaram a sucatear
os caminhões antigos. É preciso
destacar que o caminhão deverá
estar plenamente regularizado de
acordo com as normas vigentes
do Detran. O caminhão antigo
será comprado por um valor
superior ao do mercado. O
proprietário poderá, então, optar
por receber o valor em dinheiro
ou um certifi cado que o habilita a
participar do programa.
A isenção do ICMS, hoje de 12%,
na compra de caminhões novos
é uma das medidas adotadas
pelo programa, desde que seja
comprovada a destruição em
sucata de um caminhão com idade
superior a dois anos.
Além disso, o governo vai conceder
um segundo benef ício ao
comprador: um crédito dividido
em 48 parcelas, equivalente aos
12% do valor do caminhão novo,
para ser abatido do ICMS a ser
pago pelo contribuinte sobre as
atividades do caminhão. Entre os
principais benef ícios que o estado
terá com a adoção desse programa
está a redução das emissões de
gases nocivos à saúde humana.
Os caminhões zero km emitem 20
vezes menos partículas do que os
como vai fi car o abastecimento
desses veículos, além do BNDES,
que pode criar programas
específi cos para fi nanciar essa
alternativa.
Revista Ambiente Energia -
Sabe-se que o fi nanciamento
é um dos gargalos para o
desenvolvimento de projetos
nestas áreas. Que alternativas o
programa busca para superar isso?
Maria Paula Martins - A
fi nanciabilidade dos projetos
é sempre uma difi culdade,
principalmente para alguns que
ainda estão em estágio acadêmico.
O programa busca fazer uma
ponte entre a universidade
e o investidor, além de criar
alternativas próprias, como o caso
já citado do fi nanciamento dos
canaviais, feito pelo governo do
estado, via seu banco de fomentos,
a AgeRio. Além disso, também
buscamos agentes fi nanciadores
para determinados projetos,
como é o caso do BNDES, que
participa do grupo de trabalho do
carro elétrico, ou mesmo bancos
chineses, que avaliam um centro
de estudos em parceria com a
Coppe.
Revista Ambiente Energia - O
que o estado do Rio tem feito para
reduzir as emissões de gases do
efeito estufa?
Maria Paula Martins - O
principal programa nessa linha
é o que envolve a renovação da
frota de caminhões. O projeto
de lei do Programa de Incentivo
à Modernização, Renovação e
Sustentabilidade da Frota de
Caminhões do Estado do Rio de
Janeiro foi aprovado pela Alerj e
agora está só passando por acertos
para sua regulamentação. O
antigos.
Revista Ambiente Energia - Um
dos caminhos, hoje, é investir em
energias limpas. O que o Rio está
fazendo em termos de eólica e
solar? Existe algum mapeamento
do potencial?
Maria Paula Martins - O Rio
de Janeiro foi o primeiro estado
brasileiro a realizar um atlas
eólico, mostrando o nosso
potencial e melhores áreas para
esse tipo de geração de energia.
Também somos o primeiro estado
da região Sudeste a ter implantada
uma fazenda eólica, localizada no
município de São Francisco de
Itaboapoana, o Parque Eólico de
Gargaú, com capacidade de gerar
27 MW.
Entretanto, o sistema elétrico
brasileiro ainda não faz leilões
regionais e as condições de vento
no Rio de Janeiro são menos
favoráveis à geração de energia
do que na região Nordeste do
país, o que signifi ca que, para
ampliarmos a geração com essa
fonte de energia, será necessário
o esgotamento dos potenciais
nordestinos ou alteração nos
mecanismos de leilão de energia
nova.
Quanto à energia solar, estamos
trabalhando em diversas frentes.
Já implantamos projetos de
energia fotovoltaica no Maracanã
e na Biblioteca Pública Estadual.
Além destes, outros projetos de
pequena geração se encontram em
curso. Adicionalmente, está sendo
elaborado o atlas de energia solar
do estado e um estudo detalhado
do potencial de aproveitamento
dos telhados das duas maiores
cidades fl uminenses, Rio de
Janeiro e Niterói, com vista à
microgeração fotovoltaica.
“Os caminhões zero km
emitem 20 vezes menos
partículas do que os
antigos”
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 9Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 9
ENERGIA EÓLICA
ambiental de seus produtos e
operações até 2020. Isto inclui
a redução de 30% das emissões
de CO2 de seus automóveis,
motocicletas e produtos de força,
e também de seus processos
produtivos, comparado com os
níveis de 2000.
A cidade de Xangri-lá foi esco-
lhida pela equipe de sustenta-
bilidade da HAB, após visitas a
quase 30 locais, por sua logís-
tica privilegiada, disponibili-
dade de ventos, infraestrutura
já instalada, além de rede de
transmissão e subestação a 1
km do parque eólico.
Com investimento de R$ 100
milhões e início de operação
em setembro de 2014, a Honda
Automóveis do Brasil anunciou,
em outubro, a construção de
um parque eólico na cidade
de Xangri-lá, no Rio Grande
do Sul. A usina vai suprir toda
a demanda de energia de sua
fábrica de automóveis, localizada
na cidade de Sumaré (SP).
O projeto torna a empresa a
primeira fabricante de veículos
a investir em energia eólica no
país. A energia será produzida
por nove turbinas de 3 MW,
com capacidade instalada de
27 MW. Isto representará a
geração de 95.000 MWh/ano,
o equivalente ao consumo de cidades como Aparecida e Barra
Bonita (SP), com população
estimada em 35 mil pessoas.
Após a entrada em operação do
parque eólico, a Honda deixará
de emitir cerca de 2,2 mil
toneladas de CO2 por ano, o que
representa aproximadamente
30% do total gerado pela fábrica,
que possui capacidade instalada
para a produção de 150 mil
carros por ano.
A Honda estabeleceu, no
mundo todo, metas voluntárias
para reduzir o impacto
A iniciativa representa
o primeiro investimento
da Honda no mundo em
uma estrutura para suprir
a demanda de energia de
toda uma unidade fabril.
Recentemente a Honda
Transmission Mfg. Of America,
Inc. (EUA) anunciou planos
para instalação de duas
turbinas para geração de
energia eólica até o fi nal de
2013 em sua unidade localizada
em Russells Point, Ohio, porém
as turbinas deverão suprir 10%
da energia elétrica consumida
pela fábrica.
Para cuidar da operação da usi-
na gaúcha, foi criada a Honda
Energy do Brasil, que será sub-
sidiária da HAB e cujo presi-
dente será Carlos Eigi Miyaku-
chi, atual diretor executivo da
fábrica de automóveis.
Honda acelera com eólicaParque eólico da Honda Automóveis no RS, com 27 MW, terá
investimento de R$ 100 milhões. Início de operação está previsto
para setembro de 2014
“O projeto torna a
empresa a primeira
fabricante de veículos
a investir em energia
eólica no país”
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 201310 Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 201310
Dos US$ 268,7 bilhões
investidos no mundo em
energia limpa em 2012, os
países da América Latina e do
Caribe responderam por 6%,
contra os 5,7% registrados em
2011. O investimento dos 26
países da região, no entanto,
caiu 3,8% entre 2011 e 2012,
queda muito menor que o
recuo global de 11% registrado
no mesmo período.
Os dados fazem parte do
Climatescope 2013, relatório
recém-lançado pelo Fundo
Multilateral de Investimentos
(FUMIN), membro
do Banco
Interamericano
de Desenvolvimento (BID),
em parceria com a Bloomberg
New Energy Finance (BNEF).
A evolução refl ete o trabalho
dos governos na promoção
do uso de energia renovável e
do fortalecimento de políticas
específi cas. Responsável pela
pesquisa do Climatescope,
a Bloomberg New Energy
Finance acompanhou políticas
de energia limpa em toda a
América Latina e o Caribe.
No fi nal de 2012, a BNEF
identifi cou 110 políticas, contra
80 que existiam ao fi nal de
2011.
O Brasil teve a maior
pontuação
geral do
Climatescope, com a
força de sua classifi cação nos
parâmetros de “Mercado de
Baixo Carbono e Cadeias de
Valor da Energia Limpa” e
“Atividades de Gerenciamento
da Emissão de Gases de Efeito
Estufa”. Este é o segundo
ano em que o Brasil fi ca no
primeiro lugar do ranking geral
Na trilha das fontes limpasAmérica Latina e Caribe ampliam participação no
uso de alternativas renováveis. Dos US$ 268,7 bilhões
investidos no mundo, em 2012, países da região
responderam por uma fatia de 6%
88% e trree 20 ee 20112,2,
mumuiti ooo menon r quq e o o
gllglobobobalaa de 11% regigistradodo
momom pperríodo.
osos fffazazemm ppara te ddo
esescocopepe 22010 3, relattório
lalançnçadado o oo pepeloolo FFunundo
ateralal dde e InInvevevv ststimimenenntotos s
N), memmbrb o
co
memeriricac no
eneneeneee vovollllvllvlvllvlvlvimimimimimimimimimimimimeneneneneneneneneenenenee tototottottttttt (BID),
rcrcererreriiiiaiiiaiaiaiaiaiaia ccccccccccomomomomommomomomo aaaaaaaaa BBBBBBBBBlolololololl omommmmmmmmombbebebebebebebebebebebeergrgrgrgrgrgrgrgrgrgrgrggggggggg
nnnererergygygy Financec (((((((BNBNBNBNBNNBNBNBNBNEFEFEFEFEFFFFEFFEFEFEFFE ))))).).).)))).).).)
O O BrBrasil teve a maior
popontuauação
gegeraral l dod
Climatescope, com a
fofofofoforçççça dee ssuaua cclalassifi cação nos
papapapapapapapaapapapapapapapapapapap rârârârârârârârârârârârârârârr mememmmmmmm trt osos ddddeeee “M“MMMerererercacac dodo ddee
BaBaBBBaBaBaBaiiixixixixixixi oooooooo CaCaCaCCCaCaCaCCC rbbbrbrbrbrbrbbrbrbrrbbonononononononnonononoonono ooooooo eeee CaC dedd iaiaaiassssss dedededddede
ENERGIA RENOVÁVEL
do Climatescope.
O Chile subiu três posições,
conquistando a segunda
posição do ranking geral,
depois que seus investimentos
em energia renovável mais do
que quadruplicaram, atingindo
US$ 2,1 bilhões, entre 2011 e
2012. A Nicarágua terminou
com a terceira colocação.
O relatório classifi ca
os países da
América Latina
e do Caribe
conforme sua
capacidade
de atrair
investimentos
em energia de
baixo carbono.
Neste ano, os países
foram classifi cados
segundo 39 indicadores
categorizados em quatro
parâmetros gerais: (i) “Cenário
Favorável”, (II) “Investimento
em Energia Limpa e Clima”,
(III) “Mercado de Baixo
Carbono e Cadeias de Valor
da Energia Limpa” e (IV)
“Atividades de Gerenciamento
da Emissão de Gases de Efeito
Estufa”.
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 11Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 11
FEIRA INTERNACIONAL
DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
CATÁLOGO
de 27 a 29 de novembro de 2013
Centro de Eventos Fiergs
Porto Alegre - RS
Uma plataforma multissetorial com o objetivo de apresentar as novidades da indústria, tendências, inovação, ideias e atração de investimentos para o mercado brasileiro e latino-americano de energias renováveis. Esta é a RENEX SOUTH AMERICA (Renewable Energy Exhibition), feira internacional que tem sua primeira edição em Porto Alegre (RS), de 27 a 29 de novembro, reunindo segmentos de energia eólica, fotovoltaica, solar térmica, biocombustíveis, biogás, biomassa e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas).
A RENEX tem origem no setor de energias renováveis da feira Industrial de Hannover, na Alemanha, e já possui duas edições de sucesso na Eurásia. Devido ao grande potencial de uso de energia renovável na América do Sul, especialmente no Brasil, a Deutsche Messe AG, maior promotora de feiras do mundo, está apostando nesta primeira edição da RENEX South America, ampliando seu portfólio de negócios e expandindo o engajamento em feiras na América do Sul.
Contribuíram para a vinda da feira ao Brasil o grande potencial do país em energias renováveis e os planos do governo brasileiro de investimento de cerca de U$S 63 bilhões para a expansão de energias renováveis até 2020, aumentando a demanda por produ-tos internacionais e know-how.
A feira é promovida pela Hannover Fairs Sulamérica com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul (SPDI), Agência Gaúcha de Desenvolvi-mento e Promoção do Investimento (AGDI), Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica), Federação Alemã de Engenharia (VDMA) e Associação Alemã de Energia Eólica (BWE).
A RENEX SOUTH AMERICA conta com o patrocínio na categoria Gigawatt do Sebrae Nacional; Quilowatt do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, Tractebel Energia e Ecossis Soluções Ambientais; e patrocínio Watt da Força Eólica do Brasil (joint venture formada pelas empresas Iberdrola e Neoener-gia), BADESUL Desenvolvimento – Agência de Fomento/RS, Sa-
gres, Grupo Cuello, Transversátil, SULGÁS e Petrobrás 60 anos.
Atividades paralelas diversifi cadas são atrativo
Junto a área de exposição da RENEX ocorrem uma série de atividades paralelas que visam atrair um publico diversifi cado e interessado em aprofundar conhecimentos no setor de energias renováveis:
Congresso RENEX SOUTH AMERICA - Realizado nos três dias de evento, das 14h às 19h, paralelamente à exposição. Conta com palestras nacionais e internacionais em que os participantes terão a oportunidade de acompanhar apresentações de autoridades governamentais, investidores públicos e privados, associações, além de especialistas do setor de energias renováveis.
Conferência Energia Solar Brasil 2013 - O dia 28 será espe-cialmente destinado à energia fotovoltaica e solar térmica, com palestras organizadas pelo EuPD Research (www.eupd-research.com), Instituto alemão de pesquisas.
RENEX Business Matchmaking - Rodada de negócios organizada pelo Centro Internacional de Negócios – CIN-RS, da FIERGS, em parceria com o Programa AL-INVEST IV e com a Apex-Brasil. O evento ocorrerá durante a feira, nos dias 27 e 28 de novembro, das 15h às 19h, no Centro de Eventos da FIERGS.
Painel - No dia 29 de novembro, o Instituto IDEAL promove o Pai-nel: Cases de Sucesso de Geração Fotovoltaica em edifi cações no Brasil, das 14h às 16h, com entrada gratuita. O objetivo é apresen-tar casos de sucesso de implantação de energia solar fotovoltaica no Brasil com conexão à rede em diferentes setores.
Visitas Técnicas – Duas visitas técnicas são oferecidas pela organização da feira junto a empresas parcerias para o Parque Eólico de Osório e a Planta Piloto de Biometano, em Montenegro. Informe-se no credenciamento.
RENEX reúne todos os segmentos de energias renováveis
PARTICIPANTES
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Como inovar?
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E o melhor de tudo: é grátis.
2013PARTICIPANTES
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi criada pelo
governo federal em 2004 com o objetivo de promover a execução da política
industrial, em consonância com as políticas de ciência, tecnologia, inovação e
de comércio exterior.
A Alstom é líder global em infraestrutura ferroviária e geração e transmissão
de energia, e está na vanguarda de tecnologias inovadoras e amigáveis ao
meio ambiente.
A Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre tem como objetivo fomentar a
economia de mercado promovendo o intercâmbio de investimento, comércio
e serviço entre os dois países.
A Associação Brasileira de Energia Eólica - ABEEólica, pessoa jurídica de
direito privado sem fi ns lucrativos, congrega, em todo o Brasil, empresas
pertencentes à cadeia geradora de energia eólica no País. Seu objetivo é
promover a produção de energia elétrica a partir da força dos ventos como
fonte complementar da matriz energética nacional; e defender a consolidação
e competitividade do setor eólico, principalmente por meio de um programa
governamental de longo prazo.
Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) expressa a
nova política de desenvolvimento pretendida pelo governo do Estado, voltada
à captação de investimentos, sobretudo nos setores considerados estratégicos
para o desenvolvimento do Estado.
A Temporada “Alemanha + Brasil - Quando ideias se encontram” promove até
maio de 2014 mais de 700 eventos para fortalecer as relações entre os dois
países.
ABDI Brasíliawww.abdi.com.br(61) 3962-8700
Alstom Brasil Energia e Transporte LtdaSão Paulo www.alstom.com.br(11) 3612-7000
ABRAPCHASSOCIAÇÃO B RASILEIRA DE F OMENTO
ÀS PEQUENAS
CENTRAIS E CENTRAIS GERADORAS HIDROELÉTRICAS
A ABRAPCH, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fi ns lucrativos,
constituída por cooperativas, órgãos e empresas públicas e privadas,
desenvolvedoras de projetos, fornecedores de serviços e equipamentos,
geradores de energia, associações, entidades de defesa do meio ambiente,
entidades estudantis, instituições de ensino e pesquisa, profi ssionais
autônomos, veículos de divulgação e estudantes universitários que apoiem o
aumento sustentável da utilização pelo Brasil de geração de energia elétrica
através das Pequenas Centrais Hidrelétricas–PCHs.
ABRAPCHCuritibawww.abrapch.blogspot.com.br(41) 3088-5444
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha - Porto Alegrewww.ahkpoa.com.br(51) 3222-5566
Associação Brasileira de Energia EólicaABEEólica - São Paulo
www.abeeolica.org.br(11) 2368-0680
AGDIPorto Alegre
www.agdi.rs.gov.br(51) 3288-1000
Alemanha e Brasil 2013-2014São Paulo
www.alemanha-brasil.org(11) 3061-9401
Portal de notícias, cursos e eventos sobre meio ambiente, sustentabilidade e
inovação com foco em energias alternativas.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-
Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e
atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia
brasileira.
Associação de Energia Eólica Alemã
AMBIENTE ENERGIARio de Janeirowww.ambienteenergia.com.br(21) 3872-0355
Apex BrasilBrasília
www2.apexbrasil.com.br(61) 3426-0202
Bundesverband WindEnergieBERLIN
www.wind-energie.de49 30 212341-210
PARTICIPANTES
2013
Serviços: Linhas de Crédito de longo prazo para investimentos produtivos.
Produtos: Financiamento de Longo Prazo.
Expectativa da Ecossis é desenvolver parcerias com fornecedores e clientes
para fortalecer o posicionamento no setor energético.
BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo SulPorto Alegrewww.brde.com.br - (51) 3215-5211
Ecossis Soluções AmbientaisPorto Alegre
www.ecossis.com(51) 3022-7795
A Eletrosul Centrais Elétricas S.A. é uma empresa subsidiária da Centrais
Elétricas Brasileiras S.A. Eletrobrás e vinculada ao Ministério de Minas e
Energia. Foi constituída em 23/12/1968 e autorizada a funcionar pelo Decreto
nº. 64.395, de 23/04/1969. É uma sociedade de economia mista de capital
fechado, e atua nas áreas de geração e transmissão de energia elétrica.
ELINSA é uma empresa dedicada a realização de engenharia de todo tipo de
obra elétrica, geração e fabricação de paineis, manutenção de instalações
elétricas, designe e fabricação de quadros elétricos e de eletronica de
potência.
EletrosulFlorianópoliswww.eletrosul.gov.br(48) 3231-7000
Elinsa do BrasilMacapá
www.elinsa.org(96) 3223-9113
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Criação de negócios, gestão ambiental e gestão operacional de
empreendimentos de energia renovável.
EmbrapaBrasíliawww.embrapa.br(61) 3448-4433
Enerbio EnergiaPorto Alegre
www.enerbioenergia.com.br(51) 3029-4133
Aranda é um grupo dedicado a publicações técnicas, para a indústria.
Fundada em 1977, responsável pelas revistas: Máquinas e Metais, Eletricidade
Moderna, Plástico Industrial, RTI – Redes e Telecom, Corte & Conformação de
Metais, Fundição & Serviços, e Hydro.
Revista Eletricidade ModernaSão paulowww.arandanet.com.br/revistas.html(51) 3322-3231
Empresa de marketing e Mídiadirecionada ao setor de biomassa e energia
renováveis.
Mídia BrasilPonta Grossa
www.biomassabrasil2012(42) 3025-7825
A Badesul atua como agente de fomento do estado do Rio Grande do Sul.
Badesul Desenvolvimento RSPorto Alegre
www.caixars.com.br(51) 3284 5826
Empresa experiente, líder no mercado de biogás italiano, aproximando o
Brasil a realizar (design, engenharia e manufatura) de biogás.
Biological BrasBolognawww.biologicalcare.it39 (0)510253212
2013PARTICIPANTES
A Engebasa atua na fabricação de Torres Eólicas. Também realiza a
manutenção e modernização de equipamentos em indústrias
ENERPRO oferece soluções completas em e projetos de geração de energia
elétrica, efi ciência energética e projetos elétricos
Engebasa Guaíbawww.engebasa.com.br (51) 3106-5580
ENERPRO - Soluções em Energia LTDALajeado
www.enerpro.com.br(51) 3748-4695 ou (51) 3729-6686
Fabricante de equipamentos e serviços para Usinas Hidrelétricas: (Geradores,
painéis, automação, montagem e assistência técnica)
A Fockink é especializada no setor elétrico, o que lhe confere o status de
pioneirismo no projeto, fabricação e montagem de equipamentos de controle,
proteção e distribuição de processos industriais e agro-industriais.
FlessakFrancisco Beltrãowww.fl essak.com.br(46) 3520-1060
FockinkPanambi
www.fockink.ind.br(55) 3375-9500
R
Trabalhando com energia!
A Força Eólica do Brasil é uma Joint Venture da Neoenergia com a empresa
espanhola Iberdrola, sua acionista e líder mundial em energia eólica.
Empresa especializada na fabricação de peças seriadas, personalizadas e
soluções para energia limpa.
Força Eólica do BrasilRio de Janeirowww.neoenergia.com(21) 3820-1510
Metalúrgica Fratelli LtdaSanta Rosa
www.fratelli.ind.br(55) 3511-1999
GIZ oferece soluções personalizadas para desafi os complexos. Nós somos um
fornecedor de serviços com experiência e ajudar o Governo alemão a alcançar
os seus objectivos em matéria de cooperação internacional. Oferecemos
serviços de procura, tailor-made e efi caz para o desenvolvimento sustentável.
Goracon é um especialista em assistências subir, elevador de serviço e
plataformas especiais que superam os padrões industriais para a segurança e
confi abilidade.
Deutsche Gesellschaft Für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GMBHBonnwww.giz.de - 49 228 44 60-0
Goracon windpower access systems lpLawrenceville
www.goracon.com1 (770) 543-0770
O Grupo CEEE atua no setor energético nos segmentos de geração,
transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, além de
serviços correlatos.
O Ideal é uma organização sem fi ns lucrativos com projetos voltados para a
promoção de energias renováveis na América Latina.
Grupo CEEEPorto Alegrewww.ceee.com.br(51) 3382-4660
Instituto IdealFlorianópolis
www.institutoideal.org(48) 3234-1757
A IEM oferece soluções completas para medições eólicas e solarimétricas, e é
representante exclusiva dos loggers Ammonit e distribuidora autorizada da
SMA.
IMPSA é uma empresa centenária dedicada ao fornecimento de soluções para
a geração de eletricidade a partir de recursos renováveis, equipamentos para
a indústria de processo e serviços ambientais.
Intercâmbio Eletro MecânicoPorto Alegrewww.iem.com.br(51) 3343-4455
IMPSACabo de Sto. Agostinho - Suape
www.Impsa.Com(81) 3087-9300
PARTICIPANTES
2013
Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Prefeitura Municipal de Porto AlegrePorto Alegrewww.portoalegre.rs.gov.br(51) 3289-7300
A Is Industria Metalúrgica especializada em Estações Anemométricas, e irá
participar da RENEX divulgando seu seguimento no ramo de torres estaiadas
e autoportantes para medições eólicas. Também irá lançar seu novo produto ,
torre Solarimétrica utilizada para medir a energia solar.
IS IndústriaPinhais
www.isindustria.com.br(41) 3033-0148
Montana S.p.A. é uma empresa de engenharia especializada em projetos e
assessoria nos setores meio ambiente e energia, que há mais de 20 anos é
conhecida pelo profi ssionalismo e independência.
Montana AmbienteMilanowww.montanambiente.com39 02 54 118 173
PROGECO lida com a concepção, fabricação, fornecimento e instalação de
equipamentos e sistemas para tratamento de combustão e utilização de
biogás a partir de resíduos de tratamento de água plantas, biomassa e
indústria alimentar digestores anaeróbios.
Ofi cialmente fundada em 2000, antes dessa data PROGECO foi a marca de
todos os produtos oferecidos nos mesmos mercados pela empresa mãe
CONVECO Srl, já está ativo desde 1990 no setor de aterro, o biogás.
Progeco BrasilVila Velha
www.progecosrl.com(27) 3063-4338
A NAPEIA presta serviços especializados de consultoria, auditoria,
monitoramento e gerenciamento ambiental de obras.
Napeia Consultoria e Projetos Ltda.Caxias do Sulwww.napeia.com.br(54) 3223.9188 | (54) 3223.9106
Atuamos em toda a cadeia produtiva de petróleo e gás, e na produção de
biocombustíveis e outras energias alternativas.
Petróleo Brasileiro S.A. - PetrobrasRio de Janeirowww.petrobras.com(21) 3224-4477
A Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) foi
criada em janeiro de 2011 e marca a nova política do Governo do Estado
voltada à promoção do desenvolvimento econômico e, em consequência,
à melhoria da condição social do nosso Estado. Sua missão é levar o Rio
Grande do Sul ao desenvolvimento sustentável, incrementando os setores
econômicos tradicionais, atraindo novos investimentos, adensando cadeias
produtivas e superando desigualdades regionais.
SDPIPorto Alegre
www.sdpi.rs.gov.br(51) 3288-1000
A Sulgás é a estatal responsável pela distribuição do Gás Natural canalizado
no estado do Rio Grande do Sul.
SULGÁSPorto Alegrewww.sulgas.rs.gov.br(51) 3287-2200
2013PARTICIPANTES
Prestadora de serviços que atua nos segmentos de Agenciamentos
Comerciais, Agenciamentos Marítimos, Operações Portuárias, Operações
Logísticas e Armazenagem/ THC.
A Sagres opera principalmente nos portos do Rio Grande/RS (Matriz),
Imbituba/SC, Pelotas/RS e Porto Alegre/RS (Filiais), tem como principais
clientes exportadores e importadores, bem como, armadores de embarcações
de navegação de longo curso.
Sagre Agenciamentos Marítimos LtdaRio Grande do Sul(53) 3233-1133www.sagresrg.com.br
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é
uma entidade privada sem fi ns lucrativos. É um agente de capacitação e de
promoção do desenvolvimento, criado para dar apoio aos pequenos negócios
de todo o país. Desde 1972, trabalha para estimular o empreendedorismo e
possibilitar a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos de
micro e pequeno porte.
SEBRAE NacionalBrasíliawww.sebrae.com.br(61) 3348-7253
Sindicato das Empresas de Energia Eólica do RS.
Sindieólica RSPorto Alegre
www.sindieolicars.com.br(51) 9156-7904
A Tractebel Energia é a maior geradora privada de energia do Brasil com
capacidade instalada de 8.630 MW, 22 Usinas, em 12 Estados, em todas
regiões brasileiras.
Tractebel EnergiaFlorianópolis
www.tractebelenergia.com.br(48) 3221-7000
Uma empresa Líder de Transporte e Logística a nível Mercosul.A VDMA (Verband Deutscher Maschinen-und Anlagenbau - Federação Alemã
de Engenharia) é um dos principais provedores de serviços de associação na
Europa e oferece a maior indústria de engenharia de rede na Europa.
Transportes CuelloSantana do Livramentowww.transportescuello.com(55) 3241-5453
Verband Deutscher Maschinen- und Anlagenbau
Frankfurthttp://www.vdma.org/ - 49 69 6603-1411
Uma empresa Líder de Transporte e Logística a nível Mercosul.
TransversatilCanoas
www.transversatil.com(51) 3344-3344
Ziatech, empresa de engenharia no ramo de desenvolvimento,
gerenciamento e consultoria de projetos focado em energia renováveis.
Ziatech - Desenvolvimento, Gerenciamen-to e Consultoria de ProjetosFortalezawww.ziatech.com.br - (85) 3244-3948
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 201318
PARTICIPANTES
RENEX SOUTH AMERICA 2013
Bussiness Matchmaking
• 4SUCESSO • AMBIENTE SEGURO • BAUHAUS • BN UMWELT GMBH• ARCHEA BIOGASTECHNOLOGIE GMBH• ELEVEN SOLAR DEUTSCHLAND GMBH• CARBONE&VICENZI CONSULTING• CELTES• CETA SENAIRS• CONBRAS• CONDORMETAL• DMS • ENERGIA DIRETA• ENERGIA PRÓPRIA• ETHER CHILE• EUPD RESEARCH• EVONIK DEGUSSA • FLUENGE • FRAUNHOFER • GERALUX ELETRO • GRAKO ENGENHARIA• GREEN SOCIAL BIOETHANOL• HGX • INTERNATIONAL SOLAR ENERGY RESEARCH CEN-TER KONSTANZ
• KACO NEWENERGY GMBH• METALÚRGICA CTMC • LOEWE • METROPAR• MKS • NORDEX SE• NSK BRASIL • PAULO DOMINONNI• PROGECO BRASIL• PROVOLT TECNOLOGIA ELETRÔNICA • PSI ENERGIA TÉRMICA LIMPA• RDS ENERGIAS RENOVÁVEIS • RGM AMBIENTAL • ROXTEC LATIN AMERICA • SCHMID GROUP• SENAI • SIMBIOTA CONSULTORIA AMBIENTAL• SOLAR CLUSTER BADEN-WÜRTTEMBERG• STUDIOEFFI ENERGIA• SULTECH • TOPOCON • TROPICAL ENERGIA• VERTIGO • VINEMA BIOREFINARIAS DO SUL
Apoio:
RENEX SOUTH AMERICA 2013
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 19
Atualmente, há uma forte ten-
dência mundial em se priorizar
P&D&I na direção de tecnologias
que contribuam para conferir
maior sustentabilidade ambiental
e melhor qualidade e seguran-
ça no fornecimento de energia.
Com a perspectiva de aumento
na demanda de combustíveis em
vários países do mundo, estão
sendo promovidas ações para que
as energias renováveis tenham
participação signifi cativa nas
respectivas matrizes energéticas. E
a integração fóssil/renovável é uma
solução energética que se apresen-
ta cada vez mais próxima da nossa
realidade.
Os biocombustíveis, além de
promover uma série de vanta-
gens ambientais, são renováveis e
geram impactos socioeconômicos
positivos. Nesse sentido, o Brasil
está empenhado num ambicioso
programa de incentivo a fontes
renováveis de energia com base
em biomassa. Esse tipo de maté-
ria-prima representa alternativa
importante, por ser abundante,
sustentável e não competir com
a cadeia alimentar. A biomassa é
composta basicamente por três
principais frações: lignina, hemi-
celulose e celulose, que podem ser
convertidas em combustíveis sóli-
dos, líquidos e gasosos, produtos
químicos, materiais, rações, fertili-
zantes e bioeletricidade, dentro do
conceito de biorrefi naria.
Essa matéria-prima pode ampliar
o suprimento renovável de energia,
especialmente no Brasil, que pos-
sui grandes áreas para plantação e
degradadas para serem recupera-
das e condições climáticas e am-
bientais favoráveis. Uma biomassa
com grande potencial e que já é
utilizada no Brasil é a proveniente
das fl orestas plantadas.
O país tem investido, nos últimos
40 anos, em aumentar o estoque
de fl orestas plantadas. Segundo o
Anuário Estatístico 2013 da Asso-
ciação Brasileira de Produtores de
Florestas Plantadas (ABAF), havia
6.664.812 ha desse tipo de fl ores-
tas com eucalipto (76,6%) e pinus
(23,4%) no Brasil, em 2012. A ma-
deira proveniente dessas planta-
ções é utilizada para a produção de
celulose e papel, para siderurgia,
para lenha e carvão e para outras
aplicações, como construção civil,
movelaria etc.
A área de fl orestas tem concentra-
do grande interesse pela possibi-
lidade, cada vez mais evidente, de
utilização em aplicações bioener-
géticas. Nesse setor, o Brasil apre-
Pesquisa para turbinar biomassa fl orestal*Embrapa e instituições de ensino e pesquisa desenvolvem Projeto
“Florestas energéticas – produção e conversão sustentável de biomassa
em energia”. Trabalho concentra-se na área de produção de bio-óleo, gás
de síntese, hidrogênio e etanol
“Essa matéria-
prima pode ampliar
o suprimento
renovável de
energia,
especialmente
no Brasil”
ARTIGO
Biomassa fl orestal: cresce percentual de fl orestas plantadas no Brasil
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 201320
senta grande potencial competiti-
vo por possuir uma das melhores
tecnologias do mundo para a
implantação, manejo e exploração
de fl oresta de eucaliptos. A dispo-
nibilidade de áreas para expansão
fl orestal brasileira e os avanços nas
técnicas silviculturais de fl orestas
plantadas ampliam o potencial de
sua participação como fonte de
biomassa no mercado de agroe-
nergia. Com base neste panorama
e no aumento da demanda por
energia, têm sido intensifi cadas as
pesquisas com biocombustíveis,
tanto com aqueles já bem estabe-
lecidos, como a lenha e o carvão,
quanto com outros que podem
ser obtidos a partir da biomassa
fl orestal.
Pesquisas - Uma das linhas de
pesquisa em que a Embrapa e
outras instituições de ensino e pes-
quisa estão atuando concentra-se
na área de produção de bio-óleo,
gás de síntese, hidrogênio e etanol
a partir de biomassa fl orestal,
baseada no conceito de biorrefi -
narias.
Estas ações fazem parte do Projeto
“Florestas Energéticas – Produ-
ção e conversão sustentável de
biomassa em energia” fi nanciado
principalmente pela Embrapa.Os
trabalhos dessa linha de pesquisa
visam à conversão da biomassa
fl orestal em energia por meio de
rotas termoquímicas (pirólise
e gaseifi cação) ou bioquímicas
(hidrólise enzimática e fermenta-
ção). Para desenvolver essas ações,
o projeto conta com a parceria das
unidades da Embrapa (Agroener-
gia, Florestas, Agroindústria de
Alimentos, Agroindústria Tropical
e Instrumentação) e das Univer-
sidades (Escola de Engenharia de
Lorena e Escola Superior de Agri-
cultura Luiz de Queiroz, ambas da
Universidade de São Paulo, Uni-
versidade Regional de Blumenau e
Universidade Federal do Paraná),
integrando mais de 33 pesquisado-
res e analistas e diversos bolsistas e
estagiários.
Produtos e processos
Etanol de madeira - O país
tornou-se referência mundial na
produção de etanol combustí-
vel derivado da matéria-prima
sacarina cana-de-açúcar. Porém, a
diversifi cação das matérias-primas
utilizadas para geração de diversos
produtos agroenergéticos é essen-
cial para ampliar a oferta de ener-
gia. Neste contexto, pretende-se
avaliar a qualidade tecnológica de
madeira pré-tratada para obtenção
de etanol, por rota biotecnológi-
ca, testando diferentes espécies
fl orestais.
Dois processos de pré-tratamento
da biomassa estão sendo avaliados:
explosão a vapor e um tratamento
alcalino baseado no conceito de
polpação Kraft, cujas condições
serão otimizadas para propor-
cionar maior disponibilidade de
carboidratos e menor formação de
inibidores para a hidrólise enzimá-
tica e fermentação.
As enzimas utilizadas no processo
de hidrólise estão sendo produzi-
das por diferentes grupos da Em-
brapa que trabalham com o tema
e os resultados serão comparados
aos obtidos com enzima comer-
cial. A etapa de fermentação será
realizada com levedura comercial
e, para o melhor sistema biomassa/
pré-tratamento/hidrólise enzimá-
tica, também será utilizada uma
levedura geneticamente modifi -
cada, fermentadora de pentoses e
hexoses.
Etanol de resíduo da indústria
de papel - Diversos resíduos sóli-
dos gerados pela indústria de papel
e celulose apresentam potencial de
conversão em etanol, por apresen-
tarem elevado teor de celulose e
maior susceptibilidade à liberação
dos açúcares, pelo fato de já terem
sido submetidos a um tratamento
prévio das fi bras. Um exemplo
são os lodos gerados no proces-
so de reciclagem de papel, cuja
quantidade gerada pode chegar a
uma tonelada de lodo úmido por
tonelada de papel produzido. Uma
vantagem desse tipo de matéria-
-prima seria o custo relativamente
baixo, considerando que se trata
Biomassa e planta de pirólise
Polpa de papel, polpa branqueada e resíduo da indústria de papel
“Diversos resíduos
sólidos gerados
pela indústria de
papel e celulose
apresentam potencial
de conversão
em etanol”
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 21
de resíduo que tem sido normal-
mente depositado em aterros,
demandando grandes investimen-
tos e áreas de estocagem.
Neste sentido, pretende-se ava-
liar a viabilidade de produção
de etanol a partir de resíduo da
indústria de papel, com o objetivo
de minimizar custos e impactos
ambientais associados à destina-
ção do mesmo, bem como ampliar
a possibilidade de produção do
bioetanol. Estão sendo realizadas
atividades de caracterização f ísico-
-química das matérias-primas,
produtos e subprodutos, incluindo
o desenvolvimento de um método
mais prático para a determinação
de etanol e açúcares utilizan-
do espectroscopia na região do
infravermelho próximo (NIRS) e
quimiometria.
Para a produção de etanol serão
avaliadas tecnologias de Hidrólise
e Fermentação Separadas (SHF) e
de Hidrólise e Fermentação Simul-
tâneas (SSF) utilizando enzimas
e leveduras comerciais, além de
serem estudadas aplicações para
resíduos gerados nos processos de
hidrólise e fermentação. Com base
nos dados obtidos será feita análise
econômica preliminar do processo
proposto de produção de etanol a
partir do lodo.
Bio-óleo e gás de síntese - O
uso das tecnologias de pirólise
e gaseifi cação de biomassa tem
ganho destaque no mundo, em
termos de pesquisa, atualmente
ainda limitada a plantas piloto e
plantas demonstrativas. A pirólise
é estudada sob a perspectiva de
adensamento energético, na forma
dos produtos, o bio-óleo (óleo de
pirólise) e o resíduo sólido carbo-
noso (biocarvão ou biochar), este
último com aplicação no cultivo
como condicionador do solo.
Ambos os produtos da pirólise
podem ser empregados como
matéria-prima no processo de ga-
seifi cação, obtendo como produto
fi nal o gás de síntese, constituído,
principalmente por monóxido de
carbono e hidrogênio. Esse gás é
um intermediário na produção de
combustíveis líquidos: gasolina,
diesel, querosene de aviação e
metanol e de outros produtos de
maior valor agregado.
As tecnologias de pirólise e gaseifi -
cação estão amplamente desenvol-
vidas na petroquímica, no entanto,
atualmente se encontram em
estágio demonstrativo para o uso
de biomassa. Os estudos estão sen-
do desenvolvidos em planta piloto
de leito fl uidizado com capacidade
de processamento, em diferentes
condições de reação e atmosferas
modifi cadas - ar, dióxido de car-
bono, vapor d’água e misturas dos
mesmos.
Metodologias de planejamento
experimental serão utilizadas para
avaliar o impacto das diferentes
características da biomassa e das
condições operacionais sobre a
conversão em produtos de interes-
se com vistas à posterior otimiza-
ção desses processos. Os resulta-
dos obtidos serão utilizados para
o desenvolvimento de modelos
matemáticos dos processos, que
por sua vez servirão como base
para estudos de viabilidade técnica
e econômica.
Hidrogênio - A possibilidade
de obtenção de H2 a partir de
biomassa, competitiva quando
comparada com matérias-primas
“As pilhas atuarão
também como
segurança energética,
pois podem ser
acionadas para serem
transformadas em
combustível”
Biomassa bruta e pré-tratada
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 201322
fósseis, consiste em grande
oportunidade para obtenção de
produtos substitutos dos derivados
de petróleo, promovendo o atendi-
mento ao mercado e a integração
petróleo/biomassa. Isso permite a
retenção do CO2 na capa fl orestal
para crescimento da biomassa e
em pilhas de peletas torrifi cadas
compactadas, resultando em pro-
cessos mais sustentáveis.
As pilhas atuarão também como
segurança energética, pois podem
ser acionadas para serem transfor-
madas em combustível de acordo
com a necessidade de geração de
energia elétrica.
A tecnologia de produção de H2
por gaseifi cação de biomassa em
água supercrítica integrada a uma
unidade termoelétrica,
denominada H2-GBASC/UTE,
destaca-se das convencionais de
aproveitamento energético de
biomassa devido às seguintes
características: maior conteúdo
tecnológico cogeração de dois
produtos; integração das tecno-
logias das fontes principais de
energia e os setores que conso-
mem a energia, visando a um meio
ambiente limpo com sustentabi-
lidade total e rentabilidade de até
US$ 12.000,00/ha.ano; instalação
de usinas regionais permitem uso
de qualquer tipo de biomassa (le-
nhosa, herbácea, lixo urbano), sem
necessidade de secagem e com
baixo custo do frete da biomassa
e da logística de distribuição do
H2, além da geração de emprego e
renda locais.
Neste projeto está sendo feito
um estudo teórico para elaborar
projetos conceituais de unidades
laboratorial e piloto para pro-
dução de H2 por gaseifi cação de
biomassa em água supercrítica,
integrando esse processo com a
geração de energia termoelétrica
(H2-GBASC/UTE), realizando
balanço energético e econômico
preliminar.
Considerações fi nais - A utilização
de combustíveis sólidos, líquidos
e gasosos obtidos da biomassa,
promovendo substituição parcial
de combustíveis fósseis, tem a
vantagem de apresentar um ciclo
renovável de geração e consumo
de CO2, sendo vista, atualmente,
como uma alternativa promissora
para mitigar a emissão de gases de
efeito estufa.
A ampliação da cadeia fl orestal, a
abundância e o custo relativamen-
te baixo de resíduos com potencial
energético sugerem que a conver-
são dos mesmos em energia pode
ser uma alternativa realista e atra-
tiva para a obtenção de produtos
de maior valor agregado.
O aproveitamento mais racional
dos recursos de fl orestas planta-
das, dentro do conceito de biorre-
fi naria, possibilitará satisfazer os
pressupostos do desenvolvimento
sustentável, com maior estímulo à
economia local e regional, geração
de empregos e inclusão social e
mitigação da emissão dos gases do
efeito estufa.
* Autores: Mônica Caramez Tri-
ches Damaso (Embrapa Agroe-
nergia), Cristiane Vieira Helm,
Patrícia Raquel Silva (Embrapa
Florestas), Rosa Ana Conte (Escola
de Engenharia de Lorena –USP),
Rossano Gambetta (Embrapa
Agroenergia)
“O aproveitamento
mais racional
dos recursos de
fl orestas plantadas,
dentro do conceito
de biorrefi naria,
possibilitará
satisfazer os
pressupostos do
desenvolvimento
sustentável”
Bio-óleo
Edição 01 - Ano 01 - Nº 02 - outubro/dezembro - 2013 23
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