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ALFA-4 85015048 141 ANGLO VESTIBULARES Discurso direto e discurso indireto são duas formas dis- tintas escolhidas pelo narrador para reproduzir a fala das per- sonagens. O discurso direto consiste na reprodução literal da fala da personagem. No discurso indireto a fala da personagem é dada a conhe- cer pela “boca” do narrador. Para deixar mais clara essa explicação, tomemos como re- ferência uma relação triangular entre narrador, personagem e leitor (ouvinte). Quando a fala da personagem chega ao ouvido do leitor (ou- vinte) sem a interferência do narrador, trata-se de discurso di- reto; quando a mesma fala chega ao ouvido do leitor (ouvinte) pela “boca” do narrador, trata-se de discurso indireto. Eis, a seguir, a representação visual desse esquema: Exemplo: Discurso direto — Por telefone, ela me disse: “Eu estou fa- lando daqui da minha casa e agora são dez horas”. Discurso indireto — Por telefone, ela me disse que estava falando de lá da casa dela e naquele momento eram dez horas. Do ponto de vista da relação sintática, o discurso direto é independente da fala do narrador e a demarcação de limites é feita por meio de pontuação adequada (dois-pontos, travessão ou aspas). Do ponto de vista da relação sintática, o discurso indireto apresenta-se sob a forma de uma oração subordinada substan- tiva associada a um verbo “de dizer” (disse, falou, respondeu, garantiu, retrucou, prometeu, jurou…), introduzida pelas conjunções que ou se. CONVERSÃO DE UM DISCURSO EM OUTRO A conversão do discurso direto em discurso indireto ou vice-versa implica muitas alterações que se resolvem todas num dado básico: no discurso direto, o tempo verbal é mar- cado pelo momento em que fala a personagem, e não o nar- rador. A personagem se exprime por pronomes de 1ª - pessoa (eu, meu, este); o lugar é expresso pelo advérbio aqui (neste lugar); o tempo é marcado pelo advérbio agora (neste mo- mento). No discurso indireto, o tempo verbal é marcado pelo mo- mento em que fala o narrador, e não a personagem. Os prono- mes que se referem à personagem vão para a 3ª - pessoa (ele, seu, dele); o lugar é expresso pelos advérbios lá, ali, aí (nesse lugar, naquele lugar); o tempo é marcado pelo advérbio então (naquele momento). Esquematicamente temos: Discurso direto — o ponto de referência é o momento em que fala a personagem. Discurso indireto o ponto de referência é o momento em que fala o narrador. ELE LÁ, AÍ, ALI ENTÃO, NAQUELE MOMENTO NARRADOR EU AQUI AGORA PERSONAGEM NARRADOR dis c u rs o i n d ir e t o PERSONAGEM LEITOR (OUVINTE) DISCURSO DIRETO Aula 31 TIPOS DE DISCURSO setor 1501 15010408

REVISÃO 9º ANO

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Page 1: REVISÃO 9º ANO

ALFA-4 85015048 141 ANGLO VESTIBULARES

Discurso direto e discurso indireto são duas formas dis-tintas escolhidas pelo narrador para reproduzir a fala das per-sonagens.

O discurso direto consiste na reprodução literal da fala dapersonagem.

No discurso indireto a fala da personagem é dada a conhe-cer pela “boca” do narrador.

Para deixar mais clara essa explicação, tomemos como re-ferência uma relação triangular entre narrador, personageme leitor (ouvinte).

Quando a fala da personagem chega ao ouvido do leitor (ou-vinte) sem a interferência do narrador, trata-se de discurso di-reto; quando a mesma fala chega ao ouvido do leitor (ouvinte)pela “boca” do narrador, trata-se de discurso indireto.

Eis, a seguir, a representação visual desse esquema:

Exemplo:

Discurso direto — Por telefone, ela me disse: “Eu estou fa-lando daqui da minha casa e agora sãodez horas”.

Discurso indireto — Por telefone, ela me disse que estavafalando de lá da casa dela e naquelemomento eram dez horas.

Do ponto de vista da relação sintática, o discurso direto éindependente da fala do narrador e a demarcação de limites éfeita por meio de pontuação adequada (dois-pontos, travessãoou aspas).

Do ponto de vista da relação sintática, o discurso indiretoapresenta-se sob a forma de uma oração subordinada substan-tiva associada a um verbo “de dizer” (disse, falou, respondeu,garantiu, retrucou, prometeu, jurou…), introduzida pelasconjunções que ou se.

CONVERSÃO DE UM DISCURSO EM OUTROA conversão do discurso direto em discurso indireto

ou vice-versa implica muitas alterações que se resolvem todasnum dado básico: no discurso direto, o tempo verbal é mar-cado pelo momento em que fala a personagem, e não o nar-rador. A personagem se exprime por pronomes de 1ª- pessoa(eu, meu, este); o lugar é expresso pelo advérbio aqui (nestelugar); o tempo é marcado pelo advérbio agora (neste mo-mento).

No discurso indireto, o tempo verbal é marcado pelo mo-mento em que fala o narrador, e não a personagem. Os prono-mes que se referem à personagem vão para a 3ª- pessoa (ele,seu, dele); o lugar é expresso pelos advérbios lá, ali, aí (nesselugar, naquele lugar); o tempo é marcado pelo advérbio então(naquele momento).

Esquematicamente temos:Discurso direto — o ponto de referência é o momento em

que fala a personagem.

Discurso indireto — o ponto de referência é o momento emque fala o narrador.

ELE LÁ, AÍ, ALIENTÃO,

NAQUELE MOMENTO

NARRADOR

EU AQUI AGORA

PERSONAGEM

NARRADOR

discurso indireto

PERSONAGEM LEITOR (OUVINTE)

DISCURSO DIRETO

Aula 31TIPOS DE DISCURSO

setor 150115010408

Page 2: REVISÃO 9º ANO

Exercícios1. No trecho que segue, o segmento transcrito em negrito está

em discurso direto. Transponha-o para o discurso indireto.O homenageado agradeceu a presença dos convidados, di-zendo: “Eu sei que vocês estão aqui porque sabem quehoje é o meu aniversário, que amanhã viajarei paraLondres e que esta data é muito especial para mim.”

O homenageado agradeceu a presença dos convida-

dos, dizendo que ele sabia que eles estavam lá porque sabiam que aquele dia era o seu aniversário (dele), que no dia seguinte viajaria para Londres e que aquela data era muito especial para ele.

2. (FUVEST/2001-adaptada) Observe este anúncio, com fotoque retrata um depósito de lixo.

Passe para o discurso indireto a frase “Filho, um dia issotudo será seu”.O pai disse que o filho um dia seria o dono de tudo

aquilo.

(UFPel-RS-adaptada) Texto para a questão 3

A imprensa nacional noticiou, com destaque, no dia 08 dejunho de 98, uma segunda-feira, o corte do jogador Romário,da Seleção Brasileira de Futebol. Na notícia abaixo, aparece umtrecho do telefonema feito da França pelo treinador Zagallo àesposa, que estava no Brasil, na véspera do dia em que esse cor-te foi anunciado. Esse trecho contém as palavras proferidas pelotreinador — colocadas entre aspas — em discurso direto.

Às 21h30min do dia 07 de junho, hora do Brasil, Zagallotelefonou a sua mulher para comunicar-lhe a notícia que seria

de domínio público na manhã seguinte: “Cortei o Romário.Esta decisão me amargurou muito, mas os médicos disseramque a dor renitente na sua perna não o deixará jogar. Escolhi,para substituí-lo, o meio-campo Émerson, que estará aqui aindanesta segunda-feira”.

(Veja, n. 23. 1998)

3. Se você relatasse agora o que foi dito por Zagallo, naque-la noite, ou seja, se você utilizasse o discurso indireto, aversão adequada à língua padrão seria:a) Zagallo comunicou à mulher que cortara Romário. Reve-

lou que essa decisão o amargurou muito, mas argumen-tou que os médicos disseram que a dor renitente na per-na do jogador não ia lhe deixar jogar. Contou à esposaque escolheu, para substituir Romário, o meio-campoÉmerson, que iria estar na França ainda naquele dia.

b) Zagallo comunicou à mulher que havia cortado Romário.Revelou que aquela decisão lhe amargurara muito, masargumentou que os médicos tinham dito a ele que a dorrenitente na sua perna não o deixaria jogar. Contou àesposa que escolhera, para substituir Romário, o meio-campo Émerson, que estaria lá ainda na segunda-feira.

c) Zagallo comunicou à mulher ter cortado Romário. Reve-lou que aquela decisão o tinha amargurado muito, masargumentou que os médicos haviam dito que a dor reni-tente na perna do jogador não o deixaria jogar. Contou àesposa que escolhera, para substituir Romário, o meio-campo Émerson, que estaria lá ainda naquela segunda-feira.

d) Zagallo comunicou à mulher haver cortado Romário.Revelou que essa decisão muito amargurara ele, masargumentou que os médicos haviam dito que a dor re-nitente na sua perna não iria deixá-lo jogar. Contou àesposa ter escolhido, para substituir Romário, o meio-campo Émerson, que lá estaria naquele dia.

e) Zagallo comunicou à mulher que cortara Romário. Re-velou ter-lhe amargurado muito essa decisão, mas argu-mentou que os médicos tinham dito que a dor renitentena perna do atleta não o deixaria jogar. Contou à esposaque escolheu, para substituir Romário, o meio-campoÉmerson, que estaria lá somente na segunda-feira.

(FUVEST/93-adaptada) Texto para a questão 4

Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bi-chos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender,o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava en-calacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.

Ora, daquela vez, como das outras. Fabiano ajustou o gado,arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foiconsultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o ba-nheiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chãosementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. Nodia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócionotou que as operações de sinha Vitória, como de costume, dife-riam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: adiferença era proveniente de juros.

Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, simsenhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha

(Adaptado de campanha publicitária — Instituto Ethos)

ALFA-4 85015048 142 ANGLO VESTIBULARES

Page 3: REVISÃO 9º ANO

miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não sedescobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vi-da inteira assim no toco, entregando o que era dele de mãobeijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nuncareceber carta de alforria!

O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bomque o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.

(Graciliano Ramos, Vidas secas.)

4. O texto, assim como todo o livro de que foi extraído, estáescrito em terceira pessoa. No entanto, o recurso freqüen-te ao discurso indireto livre, com a ambigüidade que lhe écaracterística, permite ao autor explorar o filete da es-cavação interior, na expressão de Antônio Cândido.Assinalar a alternativa em que a passagem é nitidamentediscurso indireto livre.a) Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das

contas davam-lhe uma ninharia.b) Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bi-

chos de Fabiano.c) Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.d) Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era

dele de mão beijada!e) O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom

que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.

• Leia os itens 1 a 5, cap. 14.

• Resolva os exercícios 1, 2, 3, 9, 11 e 12, série 14.

• Leia o item 6, cap. 14.• Resolva os exercícios 4 a 8, 14 e 15, série 14.

Tarefa Complementar

Tarefa Mínima

� Livro 1 — Interpretação de textos

Caderno de Exercícios — Unidade II

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-4 85015048 143 ANGLO VESTIBULARES

Aulas 32 e 33ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

— Chama-se subordinada adjetiva a oração que desempenhafunção sintática própria do adjetivo. Note o que segue:

1. Procurávamos um exemplo esclarecedor.

A B

2. Procurávamos um exemplo que esclarecesse.

A B

Os elementos do eixo B funcionam como adjunto adno-minal do nome que ocorre em A.

No exemplo 1, o adjunto adnominal é constituído por umadjetivo. No exemplo 2, por uma oração.

Essa oração, porque desempenha função sintática própria doadjetivo, classifica-se como oração subordinada adjetiva.

Há dois tipos de oração subordinada adjetiva:

1. ORAÇÃO SUBORDINADAADJETIVA RESTRITIVA

— Aquela que indica uma propriedade pertencente apenas aum subconjunto do conjunto a que se refere.

Exemplo:

Os cidadãos americanos que apoiaram a guerra contra oIraque ficaram eufóricos com as primeiras notícias sobre ocombate.

Parte-se do pressuposto de que apenas uma parte doscidadãos americanos apoiou a guerra contra o Iraque.Obs.: A oração subordinada adjetiva restritiva não é separadada principal por nenhum sinal de pontuação.

Page 4: REVISÃO 9º ANO

ALFA-4 85015048 144 ANGLO VESTIBULARES

2. ORAÇÃO SUBORDINADAADJETIVA EXPLICATIVA

— Aquela que indica uma propriedade pertencente a todos oselementos do conjunto a que se refere.

Exemplo:Os cidadãos americanos, que apoiaram a guerra contra o Iraque,ficaram eufóricos com as primeiras notícias sobre o combate.

Nesse caso, o pressuposto é que todos os cidadãos ameri-canos apoiaram a guerra contra o Iraque.Obs.: A oração subordinada adjetiva explicativa é separada daprincipal por algum sinal de pontuação (vírgula, travessão).

Exercícios1. Como pronome relativo, o que introduz orações subordina-

das adjetivas; como conjunção integrante, introduz oraçõessubordinadas substantivas.Observe o trecho que segue:

Às pessoas que eu detestoDiga sempre que eu não presto,Que meu lar é o botequim,Que eu arruinei a sua vida,Que eu não mereço a comidaQue você pagou pra mim.

(Último desejo. In João Máximo e Carlos Didier, Noel Rosa: umabiografia. Brasília: Editora Universidade de Brasília/

Linha Gráfica Editora, 1990, p. 446.)

a) No trecho, o que é pronome relativo em duas orações,que são adjetivas. Transcreva-as.

“... que eu detesto...”

“... que você pagou pra mim.”

b) Nas demais orações, qual a classificação do que e quetipo de oração ele está introduzindo?

Em todos os versos, excetuados o primeiro e o

último, o que é conjunção integrante e está introdu-

zindo orações subordinadas substantivas.

2. Leia com atenção os dois segmentos que vêm a seguir:a) Os latifúndios que são improdutivos estarão sujeitos à

desapropriação.b) Os latifúndios, que são improdutivos, estarão sujeitos à

desapropriação.

Os dois trechos acima não possuem o mesmo significado.Suponha que existam apenas essas duas opções para in-cluir num projeto de reforma agrária.

a) Qual delas contaria com o apoio dos latifundiários?

A

b) Qual seria apoiada pelos sem-terra?

B

c) Explique suas respostas.Em A, parte-se do pressuposto de que nem todos

os latifúndios são improdutivos. Apenas os que o

forem, portanto, serão desapropriados. Em B, o

pressuposto é que todos os latifúndios são im-

produtivos. Todos, portanto, serão desapropriados.

3. (FUVEST/96) “Os meninos de rua que procuram trabalhosão repelidos pela população.”a) Reescreva a frase, alternando-lhe o sentido apenas com

o emprego de vírgulas.b) Explique a alteração de sentido ocorrida.a) Os meninos de rua, que procuram trabalho, são

repelidos pela população.

b) Sem as vírgulas, a oração “que procuram trabalho”

estabelece o pressuposto de que o ato de procurar

trabalho não se refere a todos os meninos de rua:

apenas uma parcela deles é repelida pela população.

Trata-se de uma oração adjetiva restritiva.

A presença das vírgulas estabelece o pressuposto

de que o ato de procurar trabalho se refere a todos

os meninos de rua, ou seja, todos eles procuram

trabalho, portanto todos são repelidos pela popula-

ção. Trata-se de uma oração adjetiva explicativa.

4. O encadeamento de várias orações adjetivas não produz, emgeral, bom resultado estilístico. Para evitar a inconveniência,pode-se substituir a oração por um adjetivo.Leia o período que segue:

O candidato do partido que defende o meio ambienteprometeu que vai desativar as indústrias que poluem os riosque se localizam na cidade de São Paulo.

Reescreva o período, substituindo cada parte destacada porum adjetivo que mantenha o sentido inicial e fazendo as adap-tações necessárias.O candidato do partido ecológico prometeu que vai de-

sativar as indústrias poluidoras dos rios paulistanos.

Questões 5 e 6Observe o que vem a seguir:I. As palavras são armas. Delas os homens têm medo.

II. As palavras são armas de que os homens têm medo.Reescreva I de acordo com o modelo II.

5. I. As palavras são armas. Com elas os homens lutam.II. As palavras são armas com que os homens

lutam.

Page 5: REVISÃO 9º ANO

6. I. As palavras são armas. Nelas os homens não confiam.

II. As palavras são armas em que os homens não

confiam.

7. (FGV-SP) Reescreva os dois períodos abaixo, articulando--os por meio de pronomes relativos. Faça as alterações deacréscimo ou supressão, se necessárias.1. Ouvimos com atenção o orador. Apreciamos suas pa-

lavras.Ouvimos com atenção o orador (,) cujas palavras

apreciamos.

Ouvimos com atenção o orador (,) de quem apre-

ciamos as palavras.

2. É preciso prestigiar o evento. Dele poderão resultarexcelentes frutos.

É preciso prestigiar o evento (,) do qual poderão

resultar excelentes frutos.

É preciso prestigiar o evento (,) de que poderão

resultar excelentes frutos.

8. (UNICAMP)A organização sintática dada a certos trechos exige do lei-tor um esforço desnecessário de interpretação. A seguir vo-cê tem um exemplo disso.Ao chegar ao ancoradouro, recebeu Alzira Alves Filha umcolar indígena feito de escamas de pirarucu e frutos do mar,que estava acompanhada de um grupo de adeptos do Movi-mento Evangélico Unido.

(Folha de S. Paulo, 12/02/92)

a) Reescreva o trecho, apenas alterando a ordem, de formaa tornar a leitura mais simples.

Ao chegar ao ancoradouro, Alzira Alves Filha, que

estava acompanhada de um grupo de adeptos do

Movimento Evangélico Unido, recebeu um colar in-

dígena feito de escamas de pirarucu e frutos do mar.

b) Com base na solução que você propôs, explique por que,do ponto de vista da estrutura sintática do Português, otrecho lido oferece dificuldade desnecessária para a com-preensão.

A dificuldade de compreensão decorre do dis-

tanciamento de termos diretamente relacionados: a

oração adjetiva (“que estava acompanhada...”) de

seu antecedente (“Alzira Alves Filha”), e o verbo

(“recebeu”) do seu objeto direto (“um colarindígena...”).

• Leia os itens 1 a 3, cap. 7.• Resolva os exercícios 1, 3, 4, 8 e 10, série 7.

• Resolva os exercícios 5, 9 e 11 a 14, série 7.

• Resolva os exercícios 2, 6, 7 e 15 a 18, série 7.

AULA 33

Tarefa Complementar

AULA 33

AULA 32

Tarefa Mínima

� Livro 1 — Gramática

Caderno de Exercícios — Unidade I

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-4 85015048 145 ANGLO VESTIBULARES

Page 6: REVISÃO 9º ANO

ALFA-4 85015048 146 ANGLO VESTIBULARES

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAISChama-se subordinada adverbial a oração que desem-

penha função sintática própria de advérbio. Note o que segue:

1. O trem partiu agora.

A B

2. O trem partiu quando eram dez horas.

A B

Os elementos do eixo B funcionam como adjunto adverbialdo verbo que ocorre em A.

No exemplo 1, o adjunto adverbial é constituído por um ad-vérbio. No exemplo 2, por uma oração.

Essa oração, por desempenhar função sintática própria deum advérbio, denomina-se oração subordinada adverbial.

De acordo com a circunstância que exprimem, as subordi-nadas adverbiais classificam-se em:

1. SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL— Indica a causa pela qual ocorreu a ação do verbo da oração

principal. Exemplo:O carro trombou porque perdeu o freio.

— Principais conjunções subordinativas causais: porque, vistoque, como, que.

2. SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA— Indica uma conseqüência decorrente da ação do verbo da

principal. Exemplo:Houve tanta reclamação que anularam o exame.

— Conjunção subordinativa consecutiva: que (precedida de pala-vras intensificadoras como: tão… que, tal… que, tanto…que).

3. SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA— Estabelece uma comparação com a oração principal.

Exemplo:Falava mais do que todos (falam).

— Principais conjunções subordinativas comparativas: como,que/ do que (precedido de mais, menos, menor, me-lhor), qual, quanto.

4. SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA— Exprime sempre uma circunstância que está em concordân-

cia com a oração principal. Exemplo:Tudo aconteceu como foi previsto.

— Principais conjunções subordinativas conformativas: con-forme, segundo, consoante, como.

5. SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA— Exprime uma condição contrária à ação do verbo da oração

principal. Exemplo:Chegou tarde, embora tenha corrido.

— Principais conjunções subordinativas concessivas: embora,ainda que, conquanto, mesmo que, se bem que (= aindaque).

6. SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL— Exprime uma circunstância de condição imposta à ação do

verbo da principal. Exemplo:Somente iremos se recebermos convite.

— Principais conjunções subordinativas condicionais: se, caso,desde que, contanto que, sem que (= se não).

7. SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL— Indica uma circunstância de finalidade em função da qual

ocorre a ação do verbo da principal. Exemplo:Lutou para que fosse reconhecido.

— Principais conjunções subordinativas finais: para que, afim de que, porque.

8. SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL— Indica o tempo em que ocorre a ação do verbo da principal.

Exemplo:Começou a prova, quando bateu o sinal.

— Principais conjunções subordinativas temporais: quando,antes que, logo que, até que, depois que.

9. SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL— Estabelece uma relação de proporcionalidade com o verbo

da oração principal. Exemplo:Aprendemos à medida que envelhecemos.

— Principais conjunções subordinativas proporcionais: à medi-da que, ao passo que, enquanto, quanto mais… (tantomais), quanto menos… (tanto menos).

ORAÇÕES REDUZIDASAs orações subordinadas podem-se apresentar sob a forma

de reduzidas.

Oração reduzida é aquela que:— não se inicia por conjunção ou pronome relativo;— apresenta o verbo numa das formas nominais (infinitivo,

particípio ou gerúndio). Exemplo:

Todos diziam confiar na sorte.

Or. principal Or. sub. reduzida

Aulas 34 a 36ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS. ORAÇÕES REDUZIDAS

Page 7: REVISÃO 9º ANO

ALFA-4 85015048 147 ANGLO VESTIBULARES

ANÁLISE DA ORAÇÃO REDUZIDAPara analisar uma oração reduzida, convém usar os se-

guintes artifícios:1. desdobrar a oração reduzida (o que significa transformá-la

numa oração iniciada por conjunção ou pronome relativo);2. analisar a oração desdobrada;3. aplicar à reduzida a mesma análise da oração desdobrada.

Exemplo:

Acabada a aula, iremos embora.

Or. sub. reduzida Or. principal

Desdobrando a oração reduzida, teremos:

Quando acabar a aula, iremos embora.

Or. sub. adv. temporal Or. principal

Então, a oração reduzida desse exemplo classifica-se como:oração subordinada adverbial temporal reduzida de par-ticípio.

ExercíciosInstrução para as questões 1 a 4

Nestas questões, por meio de certas mudanças, sobretudoda conjunção (ou locução conjuntiva), estabelecem-se dife-rentes relações de sentido entre duas orações.Nas orações destacadas, assinale a alternativa que descre-va o sentido sinalizado pela conjunção inicial:a) causa c) condiçãob) conseqüência d) finalidade

1. ( ) O governo está adotando medidas severas para que oscontribuintes não soneguem mais impostos.

2. ( ) O governo está adotando medidas tão severas, que oscontribuintes não sonegam mais impostos.

3. ( ) O governo adotará medidas severas, se os contribuin-tes continuarem sonegando impostos.

4. ( ) O governo adotou medidas severas, porque os contri-buintes estão sonegando impostos.

5. Leia com atenção a charge a seguir:

a) Que relação existe entre a oração iniciada pela conjun-ção que e a oração anterior?

Relação de conseqüência

b) Suponha que a legenda anterior tenha o seguinte início:Até um adulto pode usar o computador…Complete o período, fazendo as adaptações necessáriase procurando manter a mesma relação de sentido do e-nunciado original.

porque isso o tornou muito fácil.

c) Que tipo de relação passa a existir entre a segunda e aprimeira oração, após a alteração ocorrida no item b?

Relação de causa.

Questões 6 a 9Indique a circunstância expressa pela oração destacada,utilizando-se do seguinte código:a) comparaçãob) proporcionalidadec) concessãod) conformidade

6. ( ) Os automóveis modernos são mais seguros do queos antigos.

7. ( ) Quanto mais moderno é o automóvel, mais segu-rança ele proporciona.

8. ( ) O novo modelo lançado no mercado é muito seguro,como anuncia a propaganda.

9. ( ) Embora seja um automóvel de última geração,segurança não é o seu forte.

10. As conjunções não só ligam uma oração a outra, mas tambémservem para criar diferentes relações de sentido entre elas.Compare os dois enunciados que seguem:

I — Quando você chegar aos cinqüenta anos, vai me darinteira razão.

II — Se você chegar aos cinqüenta anos, vai me dar in-teira razão.

(Palavras de um médico ao seu paciente)a) Supondo que você fosse o paciente, a qual dos dois

enunciados daria preferência?Ao primeiro enunciado.

b) Explique sua escolha.Em I, a oração introduzida por quando é temporal e

estabelece o pressuposto de que o paciente vai

chegar aos cinqüenta anos.

Em II, a oração introduzida por se é condicional e

inclui o pressuposto de que o paciente pode não che-

gar aos cinqüenta anos.

Como, em princípio, todos almejam longa vida, a I é

preferível à II.ISSO TORNOU O COMPUTADOR TÃO FÁCIL QUE ATÉ UM ADULTOPODE USÁ-LO.

D

B

C

A

A

B

D

C

Page 8: REVISÃO 9º ANO

ALFA-4 85015048 148 ANGLO VESTIBULARES

Questões 11 a 13Costuma-se dizer que a avaliação de um ato humano de-pende muito da circunstância que o envolve.Nas questões que seguem, um mesmo fato vem associado acircunstâncias variadas. Procure avaliá-lo de acordo com o se-guinte código:a) se tudo indica que seja fingimento.b) se tudo indica que seja uma tentativa de comover os

jurados.c) se parece expressar uma emoção sincera.

Além disso, descreva a circunstância que induziu a cadaavaliação.

11. ( ) O acusado começou a chorar alto, embora não der-ramasse uma lágrima.

— concessão

12. ( ) O acusado começou a chorar alto, porque viu a mu-lher e o filho presentes ao julgamento.

— causa

13. ( ) O acusado começou a chorar alto, para que os jura-dos ouvissem o seu choro.

— finalidade

14. (UFUberlândia-MG) Dois meninos falam de suas aspirações eum deles diz:— Eu sonho ganhar 20 mil por mês, como meu pai.— Teu pai ganha 20 mil por mês?— Não, ele também sonha ganhar.Na anedota acima, o humor se estabelece pela ocorrênciade uma sentença que permite duas interpretações.a) Transcreva a sentença em que ocorre a possibilidade de

dupla interpretação.Como meu pai.

b) Dê as duas interpretações possíveis.1) O sonho do menino é idêntico ao do pai: ganhar

20 mil por mês.

2) O sonho do menino é ganhar a mesma quantia

que o pai: 20 mil por mês.

c) Reescreva a sentença, desfazendo a dupla interpretação.Eu sonho ganhar 20 mil por mês, como meu pai

sonha.

Questões 15 a 17Nas questões que seguem, desdobre a oração subordinadareduzida, de acordo com o modelo.Concluídos os trabalhos, a mesa suspendeu a reunião.Desdobramento: Logo que concluíram os trabalhos, amesa suspendeu a reunião.

15. Fazendo perfeitamente a sua parte, ficará livre de culpas.(Folha de S. Paulo)

Desdobramento:

Se (quando) fizer perfeitamente a sua parte, fica-

rá livre de culpas.

16. Bernardo contemplou, lá fora, as pedras faiscando aosol.

(Osman Lins)

Desdobramento:

Bernardo contemplou, lá fora, as pedras que fais-cavam ao sol.

17. Se eu demorar uns meses,Convém às vezes você sofrer.Mas, depois de um ano, eu não vindo,Ponha a roupa de domingoE pode me esquecer.

(Chico Buarque)

Desdobramento:

Se eu demorar uns meses,

Convém às vezes que você sofra.Mas, depois de um ano, se eu não vier,Ponha a roupa de domingo

E pode me esquecer.

(FUVEST/2002) Texto para a questão 18

Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardoalgibebe1 em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do ne-gócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se saber por pro-teção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado,e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas vieracom ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Mariada Hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia2 rechon-chuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não eranesse tempo de sua mocidade mal-apessoado, e sobretudo eramaganão3.

(Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)

Glossário:1algibebe: mascate, vendedor ambulante.2saloia: aldeã das imediações de Lisboa.3maganão: brincalhão, jovial, divertido.

18. O trecho “fazendo-se-lhe justiça” mantém com o restantedo período em que aparece uma relação de:a) causa.b) conseqüência.c) tempo.d) contradição.e) condição.

A

C

B

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• Leia os itens 1 a 10, cap. 8.• Resolva os exercícios 1, 2, 14, 15, 16 e 21, série 8.

• Resolva os exercícios 17, 19, 22, 25 e 27, série 8.

• Leia os itens 11 a 15, cap. 8.• Resolva os exercícios 4, 5, 7, 8, 13 e 20, série 8.

• Resolva os exercícios 3, 6, 9 a 12, 18 e 23, série 8.

AULA 36

Tarefa Complementar

AULA 36

AULA 35

AULA 34

Tarefa Mínima

� Livro 1 — Gramática

Caderno de Exercícios — Unidade I

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

Aulas 37 e 38ORAÇÕES COORDENADAS

Oração coordenada é aquela que simplesmente se colocaao lado de outra, sem desempenhar nenhuma função sintática.Exemplo:

Chegamos ao local e preparamos as mesas.Or. coordenada Or. coordenada

As orações coordenadas se subdividem em duas classes:

1. ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA— Aquela que não vem introduzida por conjunção.

Exemplo:

Chegou ao local, observou a paisagem, instalou-se.Or. coord. assind. Or. coord. assind. Or. coord.

assind.

2. ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA— Aquela que vem introduzida por uma conjunção.

Exemplo:

Ofereceram-nos o produto, mas o recusamos.

Or. coord. assindética Or. coord. sindética

As orações coordenadas assindéticas não se subclassificam;as coordenadas sindéticas subdividem-se em:

1. COORDENADA SINDÉTICA ADITIVA— Aquela que se coloca numa relação de soma com a ante-

rior. Exemplo:

Trouxeram-me a notícia e foram embora.

Or. coord. assind. Or. coord. sind. aditiva

— Principais conjunções coordenativas aditivas: e, nem.

2. COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA— Aquela que se coloca numa relação de oposição, de con-

traste com a anterior. Exemplo:

Havia muita gente, mas poucos eram os lugares.

Or. coord. assind. Or. coord. sind. adversativa

— Principais conjunções coordenativas adversativas: mas, po-rém, todavia, contudo.

3. COORDENADA SINDÉTICA ALTERNATIVA— Aquela que se coloca numa relação de alternância com a

anterior. Alternância é uma relação tal, que a inclusão de umimplica a exclusão do outro. Exemplo:

Aceite as condições, ou desista do projeto.

Or. coord. assind. Or. coord. sind. alternativa

— Principais conjunções coordenativas alternativas: ou (quetanto pode estar no início das duas orações, como somente naúltima), ora...ora, quer...quer, seja...seja (estas últimasvêm sempre repetidas).

4. COORDENADA SINDÉTICA CONCLUSIVA— Aquela que se coloca numa relação de conclusão com a an-

terior. Conclusão é a explicitação de algo já contido num fa-to anterior. Exemplo:

Desistiu do curso, portanto não estava interessado.

Or. coord. assind. Or. coord. sind. conclusiva

— Principais conjunções coordenativas conclusivas: logo, por-tanto, por isso, pois (sempre posposto ao verbo).

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5. COORDENADA SINDÉTICA EXPLICATIVA— Aquela que justifica ou confirma o que foi dito na oração

anterior. Exemplo:

Não choverá, pois o tempo está seco.

Or. coord. Or. coord. sind. explicativaassind.

— Principais conjunções coordenativas explicativas: que, pois,porque.

ExercíciosQuestões 1 a 4

Classifique as orações destacadas, de acordo com o seguin-te código:

A) Coordenada sindética aditivaB) Coordenada sindética adversativaC) Coordenada sindética alternativaD) Coordenada assindética

1. ( ) Só há duas maneiras de administrar uma cidade: ouvocê pisa no pescoço das pessoas, diz dois palavrões eresolve a questão, ou você fica despachando papéis.

Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo (Veja, 03/01/96)

2. ( ) Governo é como violino. Você o toma com a esquerdae toca com a direita.

José Sarney, senador (Veja, 03/01/96)

3. ( ) Sérgio Motta é amigo do rei, eu não sou amigo do rei.Eu elegi o rei, sei quantos votos eu valho.

Antônio Carlos Magalhães, senador (Veja, 03/01/96)

4. ( ) Ser presidente é como administrar um cemitério: há ummonte de gente embaixo de você, mas ninguém es-cuta.

Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos(Veja, 03/01/96)

5. Uma flor nasceu na rua!(...)

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,garanto que uma flor nasceu.

(...)

É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio,[o nojo e o ódio.

(Carlos Drummond de Andrade. “A flor e a náusea”,In Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.

1992, p. 98)

a) Qual das três conjunções seria apropriada para explicitara relação entre garanto e a oração anterior: mas, poisou portanto? Que relação é essa?

A conjunção pois. Trata-se de uma relação de

explicação ou de justificativa. A oração introduzida

por pois agrega um argumento para reforçar o que

se disse na oração anterior.

b) Que tipo de relação a conjunção mas está estabelecendoentre a oração introduzida por ela e a oração anterior?

Relação de adversidade, de oposição.

c) Se o poeta dissesse: É uma flor. Mas é feia, o efeitode sentido continuaria o mesmo? Explique sua resposta.

De modo algum. No caso, em vez de enaltecer, es-

taria depreciando a flor, pois daria mais destaque

ao fato de ela ser feia. Essa inversão produziria até

mesmo um sentido incoerente com o resto do

poema.

6. Roubava dos pobres e enchia a mão dos ricos: o povo ape-lidou-o de Hood Robin.Em vez dos dois-pontos, teria cabimento o uso de umadestas conjunções:a) masb) entretantoc) poisd) portantoe) já que

Para responder a essa questão, é necessário saber

que era Robin Hood o nome da personagem lendária

conhecida por roubar dos ricos e dar para os pobres.

7. O adultério não é um grande pecado, pois Deus dotou oshomens do gene da promiscuidade. Para a espécie huma-na sobreviver, nós devemos sair e espalhar nossas sementes.

Richard Halloway, bispo da Igreja Anglicanana Escócia (Veja, 03/01/96.)

No interior desse trecho, o bispo anglicano encaixou um ar-gumento que, admitido como verdadeiro, torna irrefutávela afirmação de que o adultério não é um grande pecado.a) Transcreva a oração em que se localiza esse argumento.

“pois Deus dotou os homens do gene da promis-

cuidade.”

b) Como se classifica essa mesma oração?

Oração coordenada sindética explicativa.

8. Nós do PFL não temos de nos sentir mal no governo. Essegoverno é nosso.

Antônio Carlos Magalhães, senador (Veja, 03/01/96.)

Nesse trecho, o segundo período contém um argumento fa-vorável ao que foi afirmado no primeiro.a) Usando o conector adequado, ligue o segundo período

ao primeiro, deixando explícita a relação que está im-plícita.

Nós do PFL não temos de nos sentir mal no governo,

pois (já que, visto que) esse governo é nosso.

A

C

D

B

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b) Inicie agora a declaração do senador baiano pelo segundoperíodo e use um conectivo que ligue um período aooutro mantendo o mesmo significado obtido no itemanterior.

Esse governo é nosso, portanto (logo, então) nós

do PFL não temos de nos sentir mal no governo.

9. (FUVEST) “Transforma-se o amador na cousa amada,por virtude do muito imaginar;não tenho, logo, mais que desejar,pois em mim tenho a parte desejada.”

(Camões, ed. A. J. da Costa Pimpão)

A relação semântica expressa pelo termo logo no verso: nãotenho, logo, mais que desejar ocorre igualmente em:a) Não se lembrou de ter um retrato do menino. E logo o

retrato que tanto desejara.b) Acendia, tão logo anoitecia, um candeeiro de querosene.c) É um ser humano, logo merece nosso respeito.d) E era logo ele que chegava a esta conclusão.e) Adoeceu, e logo naquele mês, quando estava cheio de

compromissos.

10. (UFPel-RS) A questão da incoerência em um texto quasesempre se liga a aspectos que ferem o raciocínio lógico, acontradições entre uma passagem e outra do texto ou en-tre o texto e o conhecimento estabelecido das coisas.O fragmento da entrevista concedida pela atriz e empresá-ria Íris Brüzzi, descartada a hipótese de utilização da iro-nia, apresenta esse problema.R. — Qual é o segredo para conservar a beleza atravésdos tempos?Íris — Acredito muito na beleza interior, a de fora acaba. Anatureza tem sido generosa comigo. Desculpe a modéstia,mas continuo bonita.a) Transcreva a frase que apresenta a incoerência.“Desculpe a modéstia”

b) Reescreva essa frase, eliminando a incoerência.Desculpe a imodéstiaDesculpe a falta de modéstia

11. Muitas vezes, as conjunções estabelecem relações inespera-das entre certas orações, como ocorre no trecho transcritoa seguir:Eu fiz faculdade, mas aprendi muita coisa útil...a) Levando em conta o papel que uma faculdade deve de-

sempenhar dentro da nossa cultura, qual seria o conec-tor esperado no lugar do mas?

Seria um conector de caráter conclusivo:

logo / portanto / então…

b) Que tipo de efeito provoca o conector mas em lugar deoutro mais previsível?

Provoca o efeito de humor e de sátira, induzindo-nos

a pressupor que as faculdades em geral só ensinam

inutilidades.

12. (UNICAMP) L. F. Veríssimo certamente ficaria satisfeito sevocê, mesmo nesta situação um pouco tensa, achassegraça na tira abaixo:

Para achar graça, você precisa perceber que a tira traz im-plícitas duas opiniões opostas relativas a uma prática insti-tucional de nossa sociedade.a) Quais as duas opiniões contidas na tira?Uma opinião implícita: o casamento é uma prática

valorizada positivamente; outra opinião implícita: o

casamento é uma prática valorizada negativamente.

Essas opiniões são depreendidas a partir do se-

guinte programa de leitura:

• Num primeiro momento, o interlocutor de Felipe

manifesta-lhe dois desejos simultâneos: que se

case/ seja feliz. Como ambos os desejos se arti-

culam aditivamente, instauram o pressuposto de

que o casamento é positivo: casar e ser feliz são

coisas que se implicam.

• Num segundo momento, ao dizer “uma das duas

coisas”, estabelece uma relação de exclusão en-

tre elas, instaurando o pressuposto de que o ca-

samento não pode ter valor positivo, já que sua

presença implica a ausência da felicidade.

AS COBRAS/LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

TCHAU,FELIPE

QUE VOCÊ ENCONTRE UMAMULHER DISPOSTA A

CASAR COM VOCÊ.

QUE VOCÊSEJAFELIZ!

UMA DASDUAS COISAS!

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b) Qual dessas duas opiniões pode ser considerada um argu-mento favorável à manutenção dessa prática institucional?

O argumento favorável à continuidade dessa prática

está, evidentemente, na vinculação entre casamento

e felicidade.

• Leia os itens 1 a 8, cap. 9.• Resolva os exercícios 1, 11, 12, 16 e 18, série 9.

• Resolva os exercícios 3, 4, 9, 10 e 15, série 9.

• Resolva os exercícios 2, 5 a 8, 13, 14 e 17, série 9.

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