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V Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da UFSCar, 2013, São Carlos, SP. Anais de Eventos da UFSCar INDICADORES AMBIENTAIS NA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS COM SISTEMAS AGROFLORESTAIS Coevas, Caetana A. 1 (IC); Silva, Rafael, J. N. 1 (O) [email protected] 1 Faculdade de Tecnologia de Capão Bonito O Código Florestal prevê o uso sustentável das áreas de preservação nas propriedades rurais, porém não havia parâmetros técnicos para o uso das mesmas. Assim, em 2008, a Secretaria de Meio ambiente do Estado de São Paulo através da Resolução SMA 44/2008 fixou orientações para a recuperação de áreas de preservação com sistemas agroflorestais, permitindo atividades de manejo agroflorestal sustentável na pequena propriedade, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área. Os sistemas agroflorestais são sistemas de uso e ocupação do solo em que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas e forrageiras em uma mesma unidade de manejo, de acordo com um arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de espécies e interações entre estes componentes. Neste processo há necessidade de avaliar as funções ecológicas do sistema, a fim de verificar se os métodos adotados estão promovendo a recuperação da área, sendo de extrema importância a definição de indicadores ambientais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de indicadores ambientais na recuperação de áreas degradadas com sistema agroflorestal. O trabalho foi desenvolvido em uma pequena propriedade rural, no município de Ribeirão Grande/SP, pertencente a Bacia do Alto Paranapanema. A área de 1 hectare está em processo de recuperação há 4 anos. As análises foram realizadas em três parcelas e foram levantados os seguintes parâmetros: identificação das espécies e grupo sucessional; circunferência; altura; taxa de herbivoria; taxa de mortalidade; sombreamento e cobertura do solo; espessura de serapilheira. O delineamento experimental utilizado no estudo foi o inteiramente casualizado e os resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste “F”, sendo as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As diferenças significativas foram maiores nas parcelas com maior número de indivíduos, sendo os indicadores sombreamento do solo e espessura de serapilheira os que melhor evidenciaram a recuperação da área. A altura e circunferência não apresentaram diferenças significativas. Conclui-se que os indicadores sombreamento do solo e espessura de serapilheira são os que mais evidenciam o estado de recuperação de áreas degradadas.

Resumo UC UFSCar Caetana

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TRABALHO DE GRADUAÇÃO FATEC CAPÃO BONITO "INDICADORES AMBIENTAIS NA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS COM SISTEMAS AGROFLORESTAIS"

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Page 1: Resumo UC UFSCar Caetana

V Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da UFSCar, 2013, São Carlos, SP.

Anais de Eventos da UFSCar

INDICADORES AMBIENTAIS NA AVALIAÇÃO DE

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS COM SISTEMAS

AGROFLORESTAIS Coevas, Caetana A.

1(IC); Silva, Rafael, J. N.

1(O)

[email protected] 1Faculdade de Tecnologia de Capão Bonito

O Código Florestal prevê o uso sustentável das áreas de preservação nas

propriedades rurais, porém não havia parâmetros técnicos para o uso das mesmas. Assim,

em 2008, a Secretaria de Meio ambiente do Estado de São Paulo através da Resolução

SMA 44/2008 fixou orientações para a recuperação de áreas de preservação com sistemas

agroflorestais, permitindo atividades de manejo agroflorestal sustentável na pequena

propriedade, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função

ambiental da área. Os sistemas agroflorestais são sistemas de uso e ocupação do solo em

que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas,

arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas e forrageiras em uma mesma unidade de manejo, de

acordo com um arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de espécies e interações

entre estes componentes. Neste processo há necessidade de avaliar as funções ecológicas

do sistema, a fim de verificar se os métodos adotados estão promovendo a recuperação da

área, sendo de extrema importância a definição de indicadores ambientais. Desta forma, o

objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de indicadores ambientais na recuperação de áreas

degradadas com sistema agroflorestal. O trabalho foi desenvolvido em uma pequena

propriedade rural, no município de Ribeirão Grande/SP, pertencente a Bacia do Alto

Paranapanema. A área de 1 hectare está em processo de recuperação há 4 anos. As análises

foram realizadas em três parcelas e foram levantados os seguintes parâmetros:

identificação das espécies e grupo sucessional; circunferência; altura; taxa de herbivoria;

taxa de mortalidade; sombreamento e cobertura do solo; espessura de serapilheira. O

delineamento experimental utilizado no estudo foi o inteiramente casualizado e os

resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste “F”, sendo as médias dos

tratamentos comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As diferenças

significativas foram maiores nas parcelas com maior número de indivíduos, sendo os

indicadores sombreamento do solo e espessura de serapilheira os que melhor evidenciaram

a recuperação da área. A altura e circunferência não apresentaram diferenças significativas.

Conclui-se que os indicadores sombreamento do solo e espessura de serapilheira são os

que mais evidenciam o estado de recuperação de áreas degradadas.