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7/23/2019 #Resumo sensações#
http://slidepdf.com/reader/full/resumo-sensacoes 1/9
Texto elaborado pela monitoria de Fisiologia Humana da UFPE 2015.2
Sistema Sensorial
O sistema nervoso é único, em relação à vasta complexidade dos processos
cognitivos e das ações de controle que pode executar. Ele recebe, a cada segundo
milhões de inormações provenientes de meio externo e então as integra paradeterminar as respostas a serem executadas pelo corpo !"igura #$.
%odo sistema sensorial possui tr&s elementos undamentais'
Receptores: estruturas respons(veis pela captação do est)mulo e sua conversão
em um sinal biol*gico+
Vias sensoriais: ou aerentes, por onde o sinal biol*gico traega+
Áreas sensoriais centrais: onde o sinal biol*gico é interpretado,gerando as
sensações.
1.
Vias sensoriais
Os sistemas sensoriais recebem inormações do ambiente por meio de receptores
especialiados na perieria, e transmitem as inormações por uma série de neur-nios e
retransmissões sin(pticas para o istema /ervoso 0entral !/0$. 1 transmissão destas
inormações acontece nas seguintes etapas'
Figura 1 – Sistema Sensorial. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAf-isAC/sistema-sensorial
7/23/2019 #Resumo sensações#
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#. Receptores sensoriais: são ativados por est)mulos do meio ambiente e possui o
ob2etivo de converter um est)mulo !por ex. ondas sonoras, ondas eletromagnéticas
ou pressão$ em energia eletroqu)mica.
3. Neurônios sensoriais aferente de primeira ordem' também é denominado neur-nio
sensorial aerente prim(rio+ em alguns casos !somatossensorial, olativo$, ele
também é a célula receptora. Esses neur-nios t&m seu corpo celular no g4nglio da
rai dorsal da medula espinhal.
5. Neurônios sensoriais aferentes de segunda ordem' os neur-nios de primeira ordem
aem sinapse com neur-nios de segunda ordem nos núcleos de relé
!retransmissão$, localiados na medula espinhal ou no tronco ence(lico. Os ax-nios
dos neur-nios de segunda ordem deixam os núcleos e ascendem para o pr*ximo
núcleo, localiado no t(lamo, onde aem sinapses com neur-nios de terceira
ordem. /o tra2eto para o t(lamo, os ax-nios desses neur-nios de segunda ordemcruam a linha média. O cruamento ou a decussação pode ocorrer na medula
espinhal ou no tronco ence(lico.
6. Neurônios sensoriais aferentes de terceira ordem' estão situados nos núcleos do
t(lamo. 7a mesma orma, muitos neur-nios de segunda ordem aem sinapse com
um mesmo neur-nio de terceira ordem.
8. Neurônios sensoriais aferentes de quarta ordem: estão localiados na (rea sensorial
espec)ica do c*rtex cerebral. Exemplo' /a via auditiva, os neur-nios de quarta
ordem são encontrados no c*rtex auditivo prim(rio+ na via visual, eles são
encontrados no c*rtex visual prim(rio, e assim por diante !"igura 3$.
Figura 2 – Diagrama
esquemático das vias
sensoriais do sistema
nervoso. inda Costan!o"
p#g. $%. &' edi()o.
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2.
Receptores Sensoriais
Os receptores são classiicados pelo tipo de est)mulo que os ativa. Os cinco tipos
de receptores são' mecanorreceptores, otorreceptores, quimiorreceptores,
termorreceptores, nociceptores !%abela #$.
%ransdução sensorial e potencial receptor
1 transdução sensorial é o processo pelo qual o est)mulo do ambiente ! ex.,
pressão, lu$ ativa o receptor e é convertido em atividade elétrica. Ocorrem as
seguintes etapas'
Tipo de Receptor odalidade Receptor !ocali"a#$o
9ecanorreceptores
%ato
1udição
:estibular
;ressão 1rterial
0orpúsculo de ;acini
0élulas 0iliadas
0élulas 0iliadas
<arorreceptores
;ele
=rgão de 0orti
0úpula, ducto
semicircular
eio 0arot)deo
"otorreceptores :isão <astonetes e cones >etina
?uimiorreceptores
Olato
;aladar
;O3 arterial
p@ do A0>
>eceptor olat*rio
<otões gustat*rios
9ucosa olat*ria
A)ngua
0orpos
cart)deoBa*rtico
<ulbo ventrolateral
%ermorreceptores %emperatura>eceptores de rio
>eceptores de calor
;ele
;ele
/ociceptoresExtremos de dor e
temperatura
/ociceptores
térmicos
/ociceptores
polimodais
;ele
;ele
Ta%ela 1 – Tipos e &'emplos de receptores sensoriais. inda Costan!o" p#g. $*. &' edi()o.
# C O est)mulo do ambiente interage com o receptor sensorial, causando alteração de suas
propriedades+
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0ampos receptivos
O campo receptivo é a (rea do corpo que, quando estimulada, resulta em uma
variação da requ&ncia de disparo de um neur-nio sensorial. ;ortanto, podem ser
excitat*rios !↑$ ou inibit*rios !↓$ da requ&ncia de disparo do neur-nio sensorial.
Os campos receptivos variam em tamanho. ?uanto menor o campo receptor, maior
o grau de precisão na localiação ou na caracteriação da sensação presente.
%ipicamente, quanto mais alta a ordem do neur-nio no /0, mais complexo ser( seu
campo receptivo, uma ve que mais neur-nios convergem para os núcleos em cada
n)vel. 1ssim, neur-nios sensoriais de primeira ordem possuem campos receptivos mais
simples, e neur-nios sensoriais de quarta ordem t&m os campos receptivos mais
complexos.
1 inibição lateral é o en-meno que existe em campos receptivos da pele, quando o
neur-nio tem uma região central de excitação limitada a cada lado por regiões de
3 D Essas alterações levam os canais i-nicos da membrana do receptor sensorial a se
abrirem ou echarem, resultando em alteração do potencial elétrico, que pode gerar
despolariação ou hiperpolariação. O potencial receptor é o nome designado ao aumento
ou diminuição da probabilidade de um potencial de ação ocorrer, dependendo da
ocorr&ncia de despolariação ou hiperpolariação+
5 D Os potenciais receptores são graduados em amplitude, e a amplitude est( relacionada à
intensidade do est)mulo. e o potencial receptor se despolaria, ele desloca o potencial de
membrana em direção ao limiar e aumenta a probabilidade de ocorrer um potencial de
ação. m potencial receptor pouco despolariado, um est)mulo sublimiar ser( insuiciente
para produir um potencial de ação !"igura 5$. 1inda, se o potencial receptor se
hiperpolariar, ele move o potencial da membrana para longe do limiar, diminuindo a
probabilidade da ocorr&ncia do mesmo.
Figura ( – )otenciais de receptores nas c*lulas receptoras sensoriais. inda Costan!o" p#g. $+. &' edi()o.
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inibição. Este evento auxilia na localiação precisa do est)mulo, pela deinição de seus
limites e dandoClhes bordas de contraste.
0*digo sensorial
Os neur-nios sensoriais são respons(veis pela codiicação dos est)mulos doambiente. 1 codiicação começa quando o est)mulo é traduido pelos receptores
sensoriais e continua com a inormação sendo transmitida progressivamente para
n)veis mais elevados do /0. ma ou mais caracter)sticas do est)mulo são codiicadas
e interpretadas. Elas incluem' modalidade sensorial, localiação espacial, requ&ncia,
intensidade, limiar e duração do est)mulo.
o 1 modalidade do est)mulo é com requ&ncia codiicada pelas vias rotuladas, que
consistem em vias neuronais sensoriais dedicadas a essa modalidade. 1ssim, a via
neuronal dedicada à visão se inicia nos otorreceptores na retina. Essa via não éativada por est)mulos somatossensoriais, auditivos ou olativos.
o 1 locali"a#$o do est)mulo é codiicada pelo campo receptivo dos neur-nios
sensoriais e podem ser aprimorada por inibição lateral.
o O limiar é o est)mulo m)nimo que pode ser detectado. e um est)mulo or intenso o
suiciente para produir um potencial receptor de despolariação que atin2a o limiar,
ele ser( detectado. Est)mulos menores, como os sublimiares, não serão detectados.
o 1 intensidade do est)mulo é codiicada de 5 ormas'
C /úmero de receptores que são ativados. 7essa orma, um est)mulo intenso ativar(
mais receptores e produir( respostas maiores que um est)mulo menor.
C 7ierenças entre as requ&ncias de disparo dos neur-nios sensoriais na via
aerente.
C 1tivação de dierentes receptores. 1ssim, um leve toque na pele pode ativar
somente mecanorreceptores, enquanto um est)mulo intenso e nocivo na pele
poder( ativar mecanorreceptores e nociceptores. O est)mulo intenso seria
detectado não apenas como mais orte, mas, também, como uma modalidadedierente.
F despeito do ato, de que experienciamos essas dierentes modalidades de sensação, as
ibras nervosas transmitem apenas impulsos. ;ortanto, como as dierentes ibras nervosas
transmitem as dierentes modalidades sensoriaisG
1 resposta é que cada trato nervoso termina em (rea espec)ica no /0 e o tipo de sensação
percebida, quando a ibra nervosa é estimulada, é determinado pela região no sistema
nervoso para onde as ibras se dirigem.
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o apa neural é ormado por grupos de neur-nios que recebe inormações de
diversos locais do corpo.
o )adr$o dos impulsos nervosos, a requ&ncia do est)mulo pode ser codiicada
diretamente nos intervalos entre os disparos dos neur-nios sensoriais !chamados de
intervalos entre picos$ ou em múltiplos desses intervalos.
o 1 dura#$o do est)mulo é codiicada pela duração do disparo dos neur-nios
sensoriais. /o entanto, durante um est)mulo prolongado, os receptores Hse adaptamI
e mudam suas requ&ncias de disparo. Os neur-nios sensoriais podem ser de
adaptação r(pida ou lenta.
1daptação dos receptores sensoriais
>eceptores sensoriais Hse adaptamI ao est)mulo. 1 adaptação é observada quando
um est)mulo constante é aplicado por certo per)odo de tempo. Jnicialmente, a
requ&ncia dos potenciais de ação é alta, mas com o passar do tempo, a requ&ncia
diminui mesmo que o est)mulo continue. O padrão da adaptação diere entre os
dierentes tipos de receptores'
o Receptores +ásicos' se adaptam rapidamente a um est)mulo constante e
primariamente detectam a aplicação e a retirada do est)mulo e a variação do est)mulo.
O receptor (sico responde de imediato à aplicação do est)mulo com um potencial
receptor despolariante, que leva o potencial de membrana além do limiar. Ocorrebreve salva de disparos de potenciais de ação. 1p*s essa salva, o potencial receptor
diminui abaixo do limiar e, mesmo que o est)mulo continue a ser aplicado, não haver(
mais potencial de ação !ocorre um per)odo de sil&ncio elétrico$. ?uando o est)mulo é
removido, o receptor é novamente ativado e o potencial receptor se despolaria até o
limiar, causando uma segunda salva breve de potenciais de ação. Exemplo'
corpúsculos de ;acini.
o Receptores t,nicos' se adaptam de orma mais lenta ao est)mulo. Eles codiicam'
C 1 intensidade do est)mulo' quando maior a intensidade, maior o potencialreceptor despolariante, e, maior probabilidade de ocorrerem potenciais de
ação+
C E a duração do est)mulo' quanto mais longo o est)mulo, mais longo ser( o
per)odo no qual o potencial receptor exceder( o limiar.
O receptor t-nico responde ao in)cio do est)mulo com um potencial receptor
despolariante, que leva a membrana ao limiar, resultando em longa série de
potenciais de ação. O potencial receptor permanece despolariado por um longo
tempo de duração do est)mulo, e os potenciais de ação continuam ocorrendo. ma ve
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que o potencial receptor comece a se repolariar, a requ&ncia de potenciais de ação
diminui e, por im, ocorre sil&ncio elétrico. Exemplo' receptores de 9erKel !"igura 6$.
Figura - – dapta#$o dos receptores sensoriais. 1$ >eceptor t-nico D com adaptação lenta. <$>eceptor (sico D com adaptação r(pida. ,isponel em http://www.uff.br/fisioet/Conteudos/adap0receptores.htm1
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&squemati"ando...
J%E91 E/O>J1A
:ias ensoriais
→ >eceptores sensoriais
→ /eur-nios ensoriais aerentes de #L ordem
→
/eur-nios ensoriais aerentes de 3L ordem
→ /eur-nios ensoriais aerentes de 5L ordem
→
/eur-nios ensoriais aerentes de 6L ordem
>eceptores ensoriais
→ 9ecanorreceptores
→
"otorreceptores
→ ?uimiorreceptores
→ %ermorreceptores
→
/ociceptores
%ransdução sensorial e potencial receptor
0ampos receptivos→ Jnibição Aateral
0*digo ensorial9odalidade Aocalia ão Aimiar
Jntensidade 9a a /eural 7ura ão
;adrão dos Jm ulsos /ervosos
1daptação dos receptores sensoriais→ >eceptores (sicos
→
>eceptores t-nicos
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Re+er/ncias 0i%liográ+icas
• 0O%1/MO, Ainda. Fisiologia. 5L edição. Elsevier, 3NN. 0apitulo 5 D /euroisiologia.
• PQ%O/, 1rthur 0+ @1AA, Rohn E. Tratado de +isiologia *dica. #3L edição. Elsevier,
3N##. 0ap)tulo 6S D >eceptores ensoriais e 0ircuitos /euronais para o
processamento das inormações.