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Casa-Grande e SenzalaGilberto Freire
o autor
Nasceu em 15 de maro de 1900, no Recife; Quando criana, apresentou dificuldade em aprender a ler e escrever; Formou-se pela Faculdade de Cincias e Letras em 1917 Estudou nos melhores colgios nacionais e na Universidade de Columbia; Escreveu diversos artigos e teses sobre sociologia;
Seu livro mais famoso Casa-grande e Senzala, publicado em 1933
Ao longo da vida recebeu vrios ttulos nacionais e estrangeiros
Morreu em 1987
O Brasil do futuro no vai ser o que os velhoshistoriadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre um dos gnios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antrticas ainda produziram.Monteiro Lobato
a obra
clssico da historiografia brasileira, tendo sido traduzido para muitos idiomas
Mesclando a linguagem das cincias sociais com o texto histrico-literrio, Gilberto Freyre, atendendo suas prprias expectativas, fez com que este livro - mesmo aps setenta anos de sua publicao - se mantivesse vivo, atual, sendo considerado uma das mais importantes obras que retrata o pensamento brasileiro e que continua encantando e seduzindo os leitores.
Na palavras do prprio autor, a obra um ensaio de Sociologia gentica e de Histria social, pretendo fixar e s vezes interpretar alguns dos aspectos mais significativos da formao da famlia brasileira.
um estudo do pr-brasileiro uma anlise com grande riqueza de detalhes sobre a formao da sociedade brasileira AGRCOLA, LATINFUDIRIA, ESCRAVOCRATA E PATRIARCAL
Ao escrever sobre as caractersticas gerais da colonizao portuguesa e a formao da famlia e da sociedade brasileira, Gilberto Freyre foi o primeiro socilogo a substituir a idia de raa pela de cultura. Democraticamente, valorizou as contribuies indgenas, africanas e europias, concedendo relevncia justa s influncias dessas culturas na formao da identidade brasileira
Uma das mais importantes referncias para o entendimento do passado e do presente da sociedade brasileira, Freyre compreendeu o Brasil em sua totalidade histrico-geogrfica e scio-antropolgica. Darcy Ribeiro confirma com uma declarao veemente: "Casa-Grande e Senzala o maior dos livros brasileiros e o mais brasileiro dos ensaios que escrevemos: livro que fundou o Brasil no plano cultural tal como Cervantes Espanha, Cames Lusitnia, Tolstoi Rssia, Sartre Frana.
Anlise de praticamente todos os aspectos dos antecedentes dos conquistadores e de sua terra, para explicar de que forma suas caractersticas nicas influenciaram na nossa formao Anlise do nativos e da terra brasileira, identificando os traos da sua cultura que no degeneraram ao contato com o europeu e mostrando de que forma ela atuou na constituio da nossa sociedadeAnlise dos negros e principalmente de como se deu a sua importncia no processo de colonizao e desenvolvimento do Brasil
segundo o estudioso francs Frederic Mauro, um estudo digno deste livro s seria possvel ser realizado a longo prazo
crticas feitas ao livro/autor: 1.preocupao excessiva com o elemento sexual; 2.excessiva importncia atribuda ao meio sobre a formao do brasileiro; 3.o livro se ocupa quase que exclusivamente do norte.
Contexto:
* sociedade patriarcal e aristocrtica * importncia da iniciativa privada * latifndio monocultor
Captulo 1 - caractersticas gerais dacolonizao portuguesa do Brasil: formao de uma sociedade agrria, escravocrata e hbrida
Captulo 1
Antecedentes do colonizador: povo de formao cosmopolita e heterognea A miscigenao - A miscigenao que largamente se praticou aqui corrigiu a distncia social que doutro modo se teria conservado enorme entre a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a senzala. A sifilizao A terra - "grandes excessos e grandes deficincias as da nova terra"
O regime alimentar
Captulo 1
Domnio da propriedade monocultora e latifundiria e do seu dono
Ruralismo no-espontneo
Formao brasileira: equilbrio de antagonismos
Captulo 2 o indgena na formaoda famlia brasileira
Captulo 2
Organizao da tribo Mito do ndio preguioso ndias grande importncia nos engenhos * rede * mandioca * utenslios * higiene * sobrecarga da mulher ndios * inaptido ao trabalho agrcola * substituio pelo africano
Captulo 2
Alguns traos da cultura indgena * nomes de animais, plantas e frutos * o vermelho * o medo dos bichos (as canes de ninar) * importncia dos animais * heranas
Unio de portugueses com ndias * poligamia X restries sexuais * a falta de mulher branca * o gosto pela mulher extica * o priapismo das ndias * a liberdade sexual * a poligamia
Captulo 2
Civilizao dos ndios Os jesutas * catequizao dos ndios * incorporao de elementos da cultura indgena * degradao do ndio (concentrao em aldeias, vestimenta europia, alterao do sistema de alimentao) o missionrio ideal para um povo comunista nas tendncias e rebelde ao ensino intelectual como o indgena da Amrica teria sido o franciscano. A importncia do curumin
Captulo 2
SISTEMA ESCRAVOCRATA + SISTEMA MISSIONRIO = DEGRADAO DA RAA INDGENA
Captulo 3 -
o colonizador portugus: antecedentes e predisposies
Captulo 3
A formao heterognea e mista do povo portugus* invases do territrio lusitano * o mercantilismo e as grandes navegaes
nenhum antecedente social mais importante a considerar no colonizador portugus que a sua extraordinria riqueza e variedade de antagonismos tnicos e de cultura; que o seu cosmopolitismo
/ invases em Portugal
Portugal
Invaso Celta (600a.C.)
Invaso moura (711)
Invaso dos Judeus (sc. XII)
Continente Africano
Captulo 3
Influncia moura (uma das mais importantes) * amolecimento das instituies (inclusive da religio) * experincia na sua escravizao * azulejo / arquitetura * comidas
/ territrios explorados por Portugal
Captulo 3
A ascenso mercantilista e imperialista em detrimento da agricultura * alimentao pobre * clima, pestes, guerras
A predisposio ao parasitismo * costume de explorar riqueza ao invs de produz-laPara a escravido, saliente-se mais uma vez que no necessitava o portugus de nenhum estmulo. Nenhum europeu mais predisposto ao regime de trabalho escravo do que ele. No caso brasileiro, porm, parece-nos injusto acusar o portugus de ter manchado, com instituio que tanto hoje nos repugna, sua obra grandiosa de colonizao tropical. O meio e as circunstncias exigiram o escravo. Tenhamos a honestidade de reconhecer que s a colonizao latifundiria e escravocrata teria sido capaz de resistir aos obstculos enormes que se levantaram civilizao do Brasil pelo europeu.
Captulos 4 e 5 o escravo negro navida sexual e de famlia do brasileiro
Captulos 4 e 5
A importncia da mediao africana para a aproximao dos extremos culturais na colnia:* o escravo responsvel pelo abrandamento cultural do portugus * a influncia da cultura africana na constituio do brasileiro
Os negros supostamente mais aptos que os ndios a contribuir para a formao social e econmica do Brasil
A escravido como justificativa para o comportamento imoral
Captulos 4 e 5
O sistema escravocrata: origem do sadismo no Brasil colonial
As amas de leite contadoras de histrias
A catequizao do escravo
Todo brasileiro traz na
alma e no corpo a sombra do indgena ou do negro.Gilberto Freyre