Argumentos a Favor do Evolucionismo

Argumentos a Favor do EvolucionismoOs argumentos a favor do evolucionismo so:

argumentos de anatomia comparada;

argumentos paleontolgicos;

argumentos da embriologia;

argumentos biogeogrficos;

argumentos citolgicos;

argumentos bioqumicos.

Argumentos de anatomia comparada.

Anatomia comparada = grau de semelhana dos caracteres morfolgicos.

H a considerar a existncia de estruturas (rgos):

homlogos;

anlogos;

rudimentares ou vestigiais.

Estruturas homlogas apresentam a mesma estrutura bsica, a mesma posio relativa no organismo, a mesma origem embrionria, mas podem apresentar formas e funes diferentes.

Exemplos: membros anteriores dos Vertebrados, peas bucais dos Insetos, sistema nervoso dos Vertebrados, corao dos Vertebrados.

A sua existncia explica-se pela teoria evolucionista, atravs da evoluo divergente seres com um ancestral comum estiveram sujeitos a presses seletivas diferentes, apresentando adaptaes diferentes. As diferenas entre os seres vivos explicam-se pela seleo de estruturas j existentes que melhor respondem s exigncias do meio.O sentido da evoluo pode ser:

Progressivo de um rgo mais simples para o mais complexo;

Regressivo do rgo mais complexo para o mais simples.

Assim, teremos sries filogenticas (conjunto seriado de rgo homlogos de diferentes organismos):

progressiva a evoluo verificou-se do rgo mais simples para o mais complexo (sistema nervoso e corao dos Vertebrados);

regressiva a evoluo verificou-se do rgo mais complexo para o mais simples (membros de alguns Rpteis, os quais foram reduzindo, evoluo dos membros dos cavalo, esqueleto das diferentes Aves corredoras e arcos artico nos Vertebrados).

Estruturas anlogas apresentam a estrutura bsica diferente, posio relativa no organismo diferente, diferente origem embrionria, mas desempenham funes semelhantes e podem apresentar formas semelhantes.

Exemplos: membrana alar do morcego e asa de um inseto, as eufrbias e os catos.

A sua existncia explica-se pela teoria evolucionista, atravs da evoluo convergente seres com ancestrais diferentes estiveram sujeitos a presses seletivas semelhantes, apresentando adaptaes semelhantes.

Estruturas vestigiais rgos ou partes de rgos com dimenses reduzidas e aparentemente no funcionais (devem ter sido teis a um ancestral).

Exemplos: plvis e ossos vestigiais dos membros posteriores nos Rpteis.

Homem apndice, membrana nictitante e msculos que fazem mover as orelhas.

Argumentos paleontolgicos.

H a considerar as formas fsseis extintas contrariam a imutabilidade das espcies apoiam o evolucionismo (ex: dinossurios);

Os fsseis existentes podem permitir acompanhar a histria evolutiva de grupos de seres vivos desde o seu aparecimento at atualidade. A histria evolutiva dos grupos de seres vivos pode ser representada por rvores filogenticas (diagrama que representa a origem e evoluo de um grupo de seres vivos ou de uma espcie a partir de um ancestral comum). Um caso bem estudado o da evoluo do cavalo, em que o cavalo, o burro e a zebra evoluram a partir de um ancestral comum, Gnero Eohippus, tendo-se verificado que a evoluo ocorreu com o aumento do porte do animal, diminuio do nmero de dedos que apoiam no solo e o desenvolvimento da coroa dos dentes molares.

Existem tambm formas fsseis designadas formas fsseis intermdias ou sintticas formas fsseis de seres que possuam caractersticas que correspondem, na atualidade, a mais do que um grupo de organismos.

Exemplos:

Archaeopterix possua asas e penas, caractersticas das Aves e longa cauda com vrtebras, escamas nos membros posteriores e dentes, caractersticas dos Rpteis; Pteridosprmicas folhas semelhantes s dos fetos atuais e a presena de sementes nuas.

H algumas formas sintticas que efetuaram a transio de um grupo para novos grupos de indivduos formas fsseis de transio. Exemplo: Gnero Ichtyostega, apresenta caractersticas dos Peixes (barbatana dorsal) e dos Anfbios atuais (pulmes reduzidos e membros) e que ter feito a transio dos Peixes para os Anfbios.

Argumentos embriolgicos.

O estudo comparado de embries de diferentes seres vivos permite estabelecer graus de parentesco entre eles que no estado definitivo no so visveis.

Exemplo: em todos os Vertebrados os embries so muito semelhantes nas primeiras etapas do desenvolvimento e vo-se afastando nas etapas seguintes, o que nos leva a pensar que tiveram um ancestral comum. Assim, nos primeiros estdios de desenvolvimento todos os embries apresentam cauda, que no Homem no se desenvolve e se torna vestigial. H ainda a considerar a presena de fossetas branquiais, que nos Peixes se desenvolvem como rgos respiratrios e que nos Vertebrados terrestres desaparecem ou modificam-se, sendo difcil identific-las (Homem - trompa de Eustquio e canal auditivo externo).

Lei da Recapitulao formulada por Haeckel a ontogenia recapitula a filogenia.

Ontogenia histria do desenvolvimento de um indivduo ao longo da sua vida e que compreende a embriologia.

Filogenia histria evolutiva de um grupo de seres vivos.

Esta lei foi mais tarde conhecida como lei biogentica, a qual tem actualmente apenas um valor histrico.

Atualmente consideramos que os embries dos animais tendem a reproduzir estdios do desenvolvimento que se assemelham aos dos embries dos seus antepassados.

O estudo dos embries permite estabelecer relaes de parentesco entre os seres vivos.

Argumentos biogeogrficos.

Baseiam-se na anlise da distribuio geogrfica dos seres vivos.

Quanto mais afastadas esto duas regies, maiores sero as diferenas encontradas entre a fauna e a flora, mesmo que o clima seja semelhante, o que explicado pelo facto dos ancestrais que povoaram estas regies terem sido diferentes.

Outra situao a considerar refere-se aos Mamferos do continente australiano. Sabendo que no passado a Austrlia esteve ligada Amrica e frica, s possvel compreender as diferenas encontradas nos Mamferos australianos se considerarmos que, depois da separao dos continentes, os Mamferos evoluram de forma independente.

Argumentos citolgicos.

Todos os seres vivos so constitudos por clulas, verificando-se que os processos metablicos so idnticos.

Argumentos bioqumicos.Os argumentos bioqumicos so:

anlise e comparao de protenas;

hibridao do DNA;

testes serolgicos.

Anlise e comparao de protenas.

As protenas diferem umas das outras quanto ao nmero, tipo e ordem ou sequncia dos aminocidos que as constituem. A protenas diferentes correspondem caractersticas diferentes nos seres vivos.Quanto menor for o nmero de diferenas de uma protena em dois seres vivos mais relacionados filogeneticamente os seres se encontram, maiores so as relaes de parentesco entre os mesmos, divergiram, isto , afastaram-se em termos evolutivos, h menos tempo.

Exemplos: insulina nos Vertebrados, citocromos e anlise da distncia eletrofortica.

Hibridao do DNA.A evoluo reflete as alteraes hereditrias que ocorreram nas espcies ao longo do tempo.

Nos seres divergiram a partir de um ancestral comum, constituindo espcies diferentes, pode avaliar-se o grau de divergncia utilizando a tcnica de hibridao do DNA.

Quanto maior for a percentagem de hibridao do DNA de dois seres vivos diferentes mais relacionados filogeneticamente os seres se encontram, maiores so as relaes de parentesco entre os mesmos, divergiram, isto , afastaram-se em termos evolutivos, h menos tempo.

Testes serolgicos.Baseiam-se nas reaes antignio - anticorpo. O sistema imunolgico do indivduo reconhece como estranhas quaisquer protenas diferentes das suas que entrem no seu meio interno, podendo responder com a produo de anticorpos.O nmero de protenas estranhas entre dois seres vivos ser tanto menor quanto menos afastados filogeneticamente se encontrarem esses seres.

Quantificando a intensidade das reaes imunolgicas entre dois indivduos, pode inferir-se da percentagem de protenas comuns, determinando-se o grau de parentesco entre os seres.Exemplo: Injetando soro humano no coelho este produz anticorpos para as protenas presentes no soro humano soro anti-humano. Se colocarmos o soro obtido em contacto com o sangue humano, as protenas do sangue humano precipitaro, aglutinaro (coagularo) devido ao dos anticorpos presentes no soro anti-humano. Misturando o soro anti-humano com o soro de outros animais, quanto maior for a percentagem de aglutinao, maior a percentagem de protenas em comum entre o Homem e esses animais, mais relacionados filogeneticamente os seres se encontram, maiores so as relaes de parentesco entre os mesmos, divergiram h menos tempo.PAGE 3