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% sobre o total da amostra (N=3327)
consumos e estilos de vidados estudantes do ensino superior
ULisboa
introdução
Grupo de Trabalho Equipa CNJ: Rute Borrego (coord.), Sara SilvestreEquipa OPJ/ICS-UL: Vitor Sérgio Ferreira (coord.), Jussara Rowland, Mónica Truninger, Pedro Alcântara da SilvaEquipa SICAD: Elsa Lavado, Raul Melo
O estudo Consumos e Estilos de Vida dos Estudantes do Ensino Superior, iniciado em 2012, é resultado de uma parceria entre o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), o Observatório Permanente da Juventude do Instituto de Ciências Sociais (OPJ/ ICS-UL) e o Serviço de Interven-ção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), no âmbito do projeto de responsabilidade social ComSUMOS Académicos.
objetivo Retratar os estilos de vida dos estudantes da Universidade de Lisboa (ULisboa), nas áreas da saúde e bem-estar, práticas desportivas e de lazer, alimentação, consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas.
método Inquérito por questionário on-line autopreenchido pelos estudantes. Convite ao preenchimento enviado por correio eletrónico, em três datas distintas, pelas instituições e associações académi-cas e de estudantes. Participação voluntária e anónima.
amostra Amostra não representativa. Foram obtidos 3327 inquéritos válidos de estudantes do primeiro ciclo e mestrados integrados da ULisboa (N=17969). Taxa de resposta de 9.7% do total do universo de estudantes inscritos nesses graus no ano letivo 2012/13.
recolha de dados Semanas de 27 de novembro a 16 de dezembro de 2012.
Instituto Superior Técnico
Instituto Superior de Economia e Gestão
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
Instituto Superior de Agronomia
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território
Instituto de Educação
Faculdade de Psicologia
Faculdade de Motricidade Humana
Faculdade de Medicina Veterinária
Faculdade de Medicina Dentária
Faculdade de Medicina
Faculdade de Letras
Faculdade de Farmácia
Faculdade de Direito
Faculdade de Ciências
Faculdade de Belas-Artes
Faculdade de Arquitetura
Transversal UL
14,7
14,7
24,712,0
7,5
6,52,0
2,01,4
0,80,8
2,8
4,02,72,8
2,32,2
1,8
5,1
9,4
9,410,4
8,48,3
8,04,6
4,0
6,13,9
1,63,1
3,6 5,40,50,5
0 5 10 15 20 25
1,8
Gráf. 1: Distribuição de Faculdade/Instituto, segundo o total de estudantes inquiridos e o total de estudantes da ULisboa (%)
% sobre o total do universo (N=17969)
estudo sobre os consumos e estilos de vida dos estudantes do ensino superior | ULisboa 2
A maioria dos estudantes declara que o seu estado de saúde é bom (60.8%) ou mesmo excelente (12.3%). Os homens avaliam mais positivamente a sua saúde (17.0% referem que é excelente, contra 9.9% das mulheres), assim como os estudantes com idades até aos 22 anos (cerca de três quartos declaram que é bom ou excelente, situando-se os restantes grupos etários abaixo dos 68.0%). Quem frequenta os cursos de ciências da vida e da saúde também tende a avaliar mais positivamente a sua saúde, nomeadamente por relação aos estudantes de artes e letras.
A maioria dos estudantes considera que o seu estilo de vida piorou depois de ter entrado na universidade, em particular os que têm entre 25 e 29 anos (57.6% declara que é menos ou muito menos saudável). Os estudantes de ciências sociais e humanas são quem menos sentiu um impacto negativo da universidade no seu estilo de vida.
Este conjunto de indicadores indicia a propen-são para alguma forma de mal-estar físico e/ou psíquico quotidiano, e acomoda duas dimen-sões latentes com um elevado grau de consis-tência interna. A primeira dimensão agrega os cinco primeiros indicadores, reveladores de mal-estar emocional. Este tipo de mal-estar tende a ser mais frequentemente sentido entre as mulheres (64.1% destas declaram senti-lo algumas ou muitas vezes; os homens somam 50.1%), e entre os estudantes de artes e letras (70.7%) – por oposição aos estudantes de ciências da vida e da saúde, que são quem menos refere sentir este tipo de mal-estar (55.9%). O mal-estar físico, que agrega os quatro últimos indicadores, afeta também mais as mulheres (44.9%, mais do dobro da percenta-gem de homens, 20.6%); e os estudantes de artes e letras (53.8%, inversamente aos estudan-tes de ciências exatas, naturais e engenharias, com 29.3%).
Estado de Saúde Subjetivo
Gráf. 2: "Comparando com as pessoas da sua idade,como avalia a sua saúde?" (%) (N=3315)
Gráf. 4: Nos últimos três meses, com que frequência sentiu... (%)
Gráf. 3: "Comparado com o período antes de ter entrado na universidade, diria que o seu estilo de vida se tornou..." (%)
(N=3315)
12,3
60,8
24,5
2,0 0,4
ansiedade/em stress (n=3232)
dificuld. de concentração (n=3224)
dificuld. em adormecer (n=3222)
sozinho (n=3216)
triste/deprimido (n=3216)
dores de cabeça (n=3222)
dores de costas (n=3212)
dores de pescoço/ombros (n=3214)
dores de estômago (n=3213)
20% 40% 60% 80%0% 100%
Nunca Raramente
Algumas vezes Muitas vezes
100
80
60
40
20
0Excelente Boa Razoável Má Péssima
1,7
13,5
31,1
46,7
7,0
100
80
60
40
20
0Muito maissaudável
Mais saudável Tão saudávelquanto era
antes
Menossaudável
Muito menossaudável
2,7 45,916,0 35,4
3,0 22,1 49,3 25,6
33,2
12,0
14,1
29,3
16,5 32,5 17,8
28,137,022,9
15,9 39,0 33,5 11,6
34,636,514,8
16,0 35,4 19,3
16,832,730,120,5
36,3 39,3 18,6 5,8
Cerca de três quartos da população da ULisboa tem valores normais na relação peso-altura autorrelatada (IMC). A proporção de estudantes situados no índice de magreza, é mais elevada no sexo feminino (10.8%) do que no sexo masculino (3.5%). Já a percentagem de estudantes com excesso de peso acentua-se entre os homens (18.5%) relativa-mente às mulheres (9.9%). Denota-se ainda uma proporção mais elevada de estudantes com excesso de peso entre os �lhos de pais com menor escolaridade e nas faixas etárias mais velhas.
A avaliação que os estudantes fazem do estado atual da sua forma física é positiva, mas tende a decrescer à medida que se avança nos escalões etários: só 32.4% dos estudantes com mais de 29 anos escolhem a opção “bom”, sendo 48.9% os estudantes dessa faixa etária que declaram ter uma má forma física. Apenas 3.9% das estudantes do sexo feminino conside-ram a sua forma física “excelente”, percentagem que atinge os 9.5% entre os rapazes.
A vigilância do peso, bem como ter uma alimentação saudável e um consumo moderado de álcool, são as medidas mais adotadas pelos jovens para manter ou melhorar a sua saúde. Num segundo plano, mas ainda assim com relevân-cia, surge a vigilância médica e a adoção de comportamentos saudáveis como fazer exercício físico e dormir pelo menos 8 horas. As mulheres e os estudantes da área das ciências da vida e da saúde são quem tende a mais relevar a maioria destas preocupações. Os mais jovens, com idades até aos 22 anos, são quem mais refere moderar o consumo de bebidas alcoólicas e saídas à noite.
Estado Físico
Gráf. 5: Índice de Massa Corporal (%) (N=3163)
Gráf. 7: "Da seguinte lista de atividades assinale as que faz atualmentepara manter/melhorar a sua saúde:" (%) (N=3327)
Gráf. 6: Para alguém da sua idade, como avalia o estadoatual da sua forma física?" (%) (N=3206)
Tenho uma alimentação saudável
Vigio o meu peso de forma regular
Modero o meu consumo de bebidas alcoólicas
Saio à noite de forma moderada(1 ou 2 vezes/sem.)
Vou ao médico regularm.(pelo menos 1 vez por ano)
Faço exercício físico regularm.(ginást.,corr.,bicic.,etc.)
Durmo pelo menos 8 horas por noite
Tenho um ritmo de estudo equilibrado
Tomo suplementos alimentares vitamínicos
Faço algum tipo de psicoterapia
Opto por tomar medic. Homeop. sempre que possível
Tomo suplem.alim.(aum.massa musc. ou dim.m.gorda)
Outra
100
80
60
40
20
0Magreza
(<18.5kg/m2)Pré-obesidade
(25.0kg/m2-29.9kg/m2)
Obesidade(>30.0kg/m2)
100
80
60
40
20
0Excelente Bom Razoável Mau Péssimo
Normoponderal(18.5kg/m2-24.9kg/m2)
8,4
76,2
12,8
2,6 5,8
41,4 42,5
9,2
1,1
Práticas de Prevenção
20 40 60 800 100
58,2
53,1
51,4
48,0
45,3
41,1
38,2
28,0
15,3
5,1
4,3
3,0
2,7
estudo sobre os consumos e estilos de vida dos estudantes do ensino superior | ULisboa 3
estudo sobre os consumos e estilos de vida dos estudantes do ensino superior | ULisboa 4
O dé�ce de sono é relativamente comum no quotidiano dos estudantes durante a semana, sendo que estes tendem a compensá-lo ao �m de semana. Apenas um terço dos estudantes declara dormir as 8 horas mínimas aconselhadas. 33.2% dorme 6 ou menos horas, em particular aqueles com mais de 29 anos (51.4%; descendo para 30.0% nos que têm até 24 anos), assim como os estudantes de artes e letras e de ciências da vida e da saúde.
A atividade física encontra-se substancialmente mais disse-minada entre os homens (50.1%) do que entre as mulheres (34.5%). Tende também a ser mais praticada à medida que os estudantes se vão inserindo na vida estudantil, sendo mais escassa no 1º ano do curso (33.9%) e atingindo o seu máximo entre os estudantes do 5º ano (49.7%). Os estudantes da área de Ciências da Vida e da Saúde são os que declaram praticar uma atividade física em mais elevada proporção (45.0%).
Descanso e Atividade Física
Gráf. 8: "Quantas horas em média costuma dormir durante a semana e ao fim de semana?" (%)
Gráf. 9: "Pratica atualmente alguma atividade física,desportiva ou radical?" (%) (N= 3148)
100
80
60
40
20
05 horas
ou menos6 horas 7 horas 8 horas 9 horas
ou mais
Dia de semana (n=3193) Fim de semana (n=3185)
26,325,6
8,41,5
24,8
3,2
35,5
8,0 5,7
61,0
Não60,3
Sim39,7
As atividades mais praticadas são as modalidades de manu-tenção individual em ginásio, bem como vários tipos de combinações de atividades. Os estudantes do sexo masculi-no praticam mais modalidades desportivas de equipa que as mulheres (18.5% vs 9.0%), assim como mais combinações de modalidades (28.9% vs 17.0%). As estudantes do sexo femini-no são mais disponíveis à prática de atividades de manuten-ção individual em ginásio do que os homens (38.0% vs 20.7%).
A associação entre prática de atividade física e saúde é acen-tuada: “ser saudável e manter a forma” é a razão mais escolhi-da pelos inquiridos (84.9%). A maioria dos que invocam a “manutenção da linha ou a melhoria do aspeto físico” praticam atividades de manutenção individuais em ginásios (40.0%); do mesmo modo, os que indicam praticar atividades físicas ou desportivas “por indicação médica” são praticantes de atividades de manutenção individual em ginásio (35.0%) e modalidades desportivas individuais (20.7%).
Gráf. 10: Atividades físicas, desportivas ou radicais praticadas (%) (N=1251)
Gráf. 11: "Indique os principais motivos pelos quais praticauma atividade física, desportiva ou radical" (%) (N=1249)
Ativ. manutenção ind. ginásio
Modal. desportivas de equipa
Ativ. físicas de manutenção
Modal. desportivas individuais
Ativ. desportivas de combate
Atividades radicais
Atividades mind & body
Outras modalidades
Combinações de modal.
30,8
12,9
12,0
11,4
4,3
3,5
1,8
1,3
22,0
0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100
Ser saudável e manter a forma
Escapar rotina/aliviar stress dia-a-dia
Pelo prazer que dá
Manter a linha/melhorar aspeto físico
Gosto das sensações físicas que dá
Boa maneira de passar o tempo
Boa maneira de estar com os amigos
Desenvolve espírito competição
Indicação médica
Outro motivo
84,9
83,3
75,1
63,0
43,9
28,7
27,1
20,7
8,9
3,3
estudo sobre os consumos e estilos de vida dos estudantes do ensino superior | ULisboa 5
Mais de metade dos estudantes a�rma que a sua alimentação é “razoavelmente boa” para a saúde (68.7%). Os homens tendem a ter uma opinião mais negativa. Os estudantes com uma atitude mais positiva tendem a estar mais representados entre os que vivem com a família de origem, com mães de escolaridade elevada e pais com pro�ssões mais quali�cadas. Quanto mais elevado o IMC, mais negativa é a autoavaliação dos estudantes sobre os seus hábitos alimentares.
Almoçar em casa durante a semana (38.7%) e a cantina (22.8%) constituem os locais privilegiados de consumo alimentar dos estudantes. A cantina tende a ser um contexto mais frequentado entre os homens, os mais jovens, os que estudam a tempo inteiro, os deslocados da sua área de residência e os que vivem sozinhos ou com amigos (e.g. residência universitária ou partilha de casa). As mulheres e os mais velhos a�rmam mais raramente comer em restaurantes de comida rápida.
A maioria dos estudantes consome com maior frequência lacticínios (86.6%), batatas, arroz, massa (83.5%) e carne (79.4%). Mais de metade a�rmou ingerir com grande frequência fruta (64.8%), sopa (58.3%) e saladas/legumes (53.9%). Os mais jovens, os homens, os que vivem com a família de origem, e os estudantes cujas mães têm escolaridade elevada, são os que mais a�rmam consumir carne; arroz, batatas, massas e refrigerantes. As mulheres, os mais jovens, e os que vivem com a família de origem, tendem a assinalar o consumo de sopa e lacticínios mais vezes. Legumes e saladas seguem a mesma tendência, sendo também mais frequente entre os estudantes com pais especialistas das pro�ssões intelectuais e cientí�cas. O consumo frequente de fruta é mais elevado entre os mais velhos (> 29 anos).
Alimentação
Gráf. 12: "Considera a sua alimentação habitual boa para a suasaúde?" (%) (N=3106)
Gráf. 14: Frequência de consumo de alimentos e bebidas nos últimos 30 dias (%)
Gráf. 13: Frequência com que come nos seguintes locais (%)
100
80
60
40
20
0Sim, muito boa Sim, razoavelmente
boaNão, não muito
boaNão, nada boa
17,3
68,7
12,6
1,4
Almoçar casa--durante semana
(n=3066)
Restaurantecomida rápida
(n=3074)
Casa amigos,família (n=3058)
Cantina (n=3070)
Restaurante,café, bar (n=3071)
20% 40% 60% 80%0% 100%
Nunca < 1 vez por semana
1 a 2 vezes por semana 3 ou mais vezes por semana
17,1 47,2 26,1 9,6
31,4 22,0 23,7 22,9
28,2 46,3 20,6 4,8
29,7 57,9 10,8 1,5
19,0 14,5 27,8 38,7
Água (n=3098)
Bebidas Energéticas (n=3076)
Refrigerantes, néctares (n=3086)
Batatas fritas (n=3092)
Doces (n=3087)
Salgados (n=3092)
Fruta (n=3098)
Saladas, legumes (n=3093)
Feijão, grão, lentilhas (n=3085)
Batata, Arroz, Massa (n=3098)
Peixe (n=3095)
Carne (n=3100)
Sopa (n=3095)
Leite, iogurte, queijo (n=3091)
1,3
19,7
2,0
3,5
0,8
1,4
94,43,80,31,5
82,8 13,4 2,5
22,324,333,7
25,7 47,8 20,6 5,9
24,141,830,13,9
4,619,854,321,3
64,823,210,0
53,930,712,2
14,134,537,813,5
83,513,02,6
37,444,615,12,9
79,414,92,92,8
58,326,111,74,0
86,68,63,2
20% 40% 60% 80%0% 100%
Nunca < 1 vez por semana 1 a 2 vezes por semana 3 ou mais vezes por semana
Os jogos de suporte eletrónico (online, de computador/consola) são os jogados mais frequentemente (17.2% e 12.4% pelo menos 3 dias por semana respetivamente). Nos restan-tes jogos, importa salientar que os de cartas/dados são jogados semanalmente por 16.9%.
Considerando o jogo a dinheiro, na sua maioria os estudantes não têm o hábito de jogar a dinheiro (86.0%). No entanto importa destacar que 1.4% o fazem pelo menos uma vez por semana em apostas na net enquanto 1.1% o fazem em jogos de cartas ou dados.
Jogo
Gráf. 15: "Com que frequência costuma jogar os seguintes jogos?" Jogos sem ser a dinheiro (%)
Substâncias Lícitas e Ilícitas
estudo sobre os consumos e estilos de vida dos estudantes do ensino superior | ULisboa 6
cartas/dados (N=3133)
tabuleiro (N=3121)
comp./consol.(N=3125)
online (N=3120)
30,8 45,1 9,5 4,9 2,5
54,5 41,5 3,1 0,7 0,3
46,0 29,8 11,8 7,7 4,7
46,3 24,7 11,8 8,6 8,6
20% 40% 60% 80%0% 100%
20% 40% 60% 80%0% 100%
Nunca
1-2 dias/sem.
Diariamente
3-6 dias/sem.
No que se refere à perceção de comportamentos de risco para a saúde, os estudantes destacam o “fumar cigarros regularmente” (83.0%), “tomar 4/5 bebidas alcoólicas quase todos os dias” (82.4%), seguindo-se o consumo ocasional de smart drugs (70.7%) como “muito prejudicial”. Por outro lado, 25.1% destes estudantes consideram ser “pouco” ou “nada prejudicial” fumar marijuana/haxixe ocasionalmente, enquanto 17.1% fazem a mesma apreciação em relação a tomar medicamentos sem receita médica e 15.2% consideram “pouco” ou “nada prejudicial” conduzir depois de beber 3 cervejas.
Relativamente às substâncias ilícitas, 40% dos estudantes já consumiram alguma vez na vida cannabis, seguindo-se o consumo de smart drugs (5.4%) e de anfetaminas / metanfe-taminas (3.3%).Quanto ao consumo atual (Últimos 30 Dias), cerca de 11.3% declararam ter consumido cannabis, sendo residual o consumo das restantes substâncias ilícitas (<1.0%).
Gráf. 16: Perceção de comportamentos prejudiciais para a saúde (%)
Gráf. 17: Prevalências de Consumo ao Longo da Vida: Droga (%)
fumar cig. regularmente(N=3038)
tom. med. s/rec. médica(N=3031)
cons. mar./hax.ocasional(N=3035)
tom. 4/5 beb. alc. quase todosos dias (N=3034)
conduz. depois de 3 cervejas(N=3033)
cons. smart drogas ocas.(N=3024)
0,41,0
1,7
1,3 6,2
83,015,6
1,3 15,8 43,3 39,6
48,126,819,75,4
0,5 15,4 82,4
2,4 12,8 34,9 49,9
21,8 70,7
nada prej. pouco prej. prejudicial muito prej. N=3053 N=3053N=3043
100
80
60
40
20
0DRG cann smart
drugsanf. coca. LSD ket. her. ester. GHB
N=3049
40,3 40,0
5,4 3,3 2,5 1,6 0,4 0,3 0,2 0,2
Menos 1 vez/sem.
estudo sobre os consumos e estilos de vida dos estudantes do ensino superior | ULisboa 7
No que respeita aos policonsumos incluídos no questionário (tranquilizantes / antidepressivos ou sedativos com álcool, anfetaminas com álcool, bebidas energéticas com álcool e outras substâncias psicoativas com álcool), é de salientar o consumo pelo menos uma vez na vida de bebidas energéti-cas com álcool (26.0% dos respondentes).Nos Últimos 30 Dias veri�ca-se que 6.5% consumiu bebidas alcoólicas com energéticas, e, no álcool com anfetaminas encontrou-se um valor residual de 0.3%.
Diferenciando o consumo nos Últimos 30 Dias por tipos de bebidas alcoólicas, veri�ca-se que os resultados oscilam entre 47.8% (cerveja) e 42.7% (vinho), sendo exceção os alcopops (20.7%). É de destacar que 37.0% dos estudantes assumem ter bebido 5 ou mais copos (se é mulher) ou 6 ou mais copos (se é homem) numa mesma ocasião (binge drinking) – e que 9.4% dos respondentes indicam ter-se embriagado pelo menos uma vez nos Últimos 30 Dias.
Em relação às idades de início - entre os estudantes que assumiram já ter consumido algum tipo de substâncias psicoativas – maiori-tariamente, as primeiras experiências ocorre-ram entre os 15 anos e os 19 anos, sendo contu-do de destacar a percentagem de estudantes que declaram o início do consumo de qualquer bebida alcoólica antes dessa idade (36.2%) veri�cando-se um início mais tardio (após os 19 anos) para as substâncias estimulantes (43.8%), ketamina/LSD/GHB/esteroides ou heroína (37.5%) e tranquilizantes (35.6%).
Gráf. 18: Prevalências de Consumo ao Longo da Vida:Policonsumos (%) (N=3039)
Gráf. 20: Idades de início dos consumos (%)
Gráf. 19: Prevalências de Consumo nos Últimos 30 Dias:Álcool (%) (N=3066)
100
80
60
40
20
0POLICONS. beb. energ.
+ álcooloutras SPA+
álcooltrq., antid.,
sed. + álcoolanfet.
+ álcool
100
80
60
40
20
0ÁLCOOL cerveja espirit. vinho binge
drinkingembriag.
28,0 26,0
4,3 3,5 1,1
alcop.
72,6
47,8 45,942,7
20,7
37,0
9,4
pelo menos 1 beb.alc. (N=2915)
binge drinking (N=1129)
embriag. (N=296)
cannabis (N=1188)
anf/met/coca/ smart (N=201)
ket/LSD/GHB/est/her (N=56)
tranquilizantes (N=578)
36,2 61,8 2,0
13,7 81,8 6,6
12,9 78,3 8,8
7,2 77,6 15,1
4,0 52,2 43,8
9,0 53,5 37,5
6,6 57,7 35,6
20% 40% 60% 80%0% 100%
<15anos 15-19 anos >19 anos
Substâncias Lícitas e Ilícitas
coo
rde
na
ção
pa
rce
iro
s
�����
"Ao Longo da Vida, alguma vezconsumiu alguma das seguintes
substâncias em qualquer uma destas ocasiões?"
Festas Tecno//Raves
FestasTrance
Festasacadémicas
Saídas ànoite
P. Ano,Carnaval,
etc.
Concertos,Festivais
Casa ppou de
amigos
Consumidores de:(Prevalências aoLongo da Vida)
Cannabis(N=1220)
Anf./Metanfet.(N=102)
Cocaína(N=75)
Smart Drugs(N=165)
8.5 7.5 33.6 60.8 45.6 41.9 72.1
41.2 40.2 8.8 49.0 31.4 35.3 24.5
33.3 24.0 9.3 56.0 41.3 22.6 56.0
13.3 8.5 12.1 48.5 23.6 16.4 60.6
Em termos de contextos de consumo, e considerando o grupo de consumidores das respetivas substâncias, destaca-se a “casa própria ou de amigos” como o local onde mais frequentemente ocorrem consumos de cannabis (72.1%), estando igual-mente associado ao consumo de smart drugs e cocaína. A “saída noturna” é igualmente um contexto transversal onde para além das substâncias anteriormente referidas ganham destaque igualmente o consumo de anfetaminas / metanfetaminas. As Festas em torno de estilos especí�cos de música, (“Tecno/Raves” e “Trance”) ganham expressão no consumo destas últimas (anf./met.) (41.2% e 40.2% respetivamente), e também da cocaína (33% e 24%). As “festas académicas” surgem entre os contextos menos referidos para o consumo de substâncias ilegais, sendo de destacar, no entanto, a cannabis (33.6%) e as smart drugs (12.1%).
Considerando o grupo de consumidores, é baixa a percentagem de estudantes que assumem a experiência de consequências negativas devido ao consumo de substâncias psicoativas. No entanto, é de destacar a atribuição de mais consequências negati-vas ao consumo de álcool do que ao consumo de outras substâncias psicoativas.No caso do álcool as consequências que apresentam maior expressão prendem-se com: “ter problemas com os amigos” (6.3%), “envolver-se em atos violentos ou lutas” (5.8%) e com igual expressão (5.4%) “envolver-se em relações sexuais desprotegidas” e “baixar o rendimento escolar/trabalho”. Em relação às outras substâncias psicoativas, esta última consequência é a que mais se destaca em 5.1% dos respondentes.Finalmente no que diz respeito às motivações que levam ao consumo, é interessante veri�car que - considerando o grupo de consumidores - elas são mais variadas para o álcool do que para outras substâncias psicoativas, uma vez que no caso do álcool as motivações distribuem-se entre o “bem-estar”, e o “relaxar”, mas também pela procura da sociabilidade e a procura de ultrapassar as barreiras da inibição; por outro lado, no caso das restantes substâncias as respostas concentram-se sobretudo na procura de se “sentirem bem” (27.5%) e de “relaxar” (23.4%).
0 2 4 6 8 10 0 5 10 15 20 3025
Gráf. 21: "Ao Longo da Vida, por causa do seu consumo deÁlcool/Outras Substâncias Psicoativas, que situações já lhe
aconteceram?" (%)(cons. álc.-PLV N=2990 / cons. outras sub. psic.-PLV N=1231)
hosp./urg.
atos ilícit.
atos viol./lutas
prob. saúde
prob. fac.
acid.rod.
vit.roubo/furto
r.sex.não cons.
prob. r. esc./trab.
prob. fam.
prob. c/amig.
rel. sex. s/prot.
1,13,1
0,71,3
1,8
0,42,2
0,61,2
5,15,4
0,95,8
1,92,2
2,21,7
0,3
2,61,8
2,96,3
1,55,4
Cons. outras sub. psic. Cons. Álcool
Gráf. 22: "De entre as motivações para consumir Álcool/OutrasSubstâncias Psicoativas, indique razões para o fazer/ter feito?" (%)
(cons. álc.-PLV N=2990 / cons. outras sub. psic.-PLV N=1231)
Cons. outras sub. psic. Cons. Álcool
ajudar estudar
sociável
speedar
reduzir timidez
sentir bem
dimens.espirit.
dar energia fisica
pq amigos consom.
melhorar cont.fis.
esquecer probl.
sentir "alterado"
relaxar
1,9
5,98,9
7,16,0
3,24,3
8,5
10,115,3
10,08,7
23,421,1
5,20,5
7,220,0
4,92,4
7,022,7
27,524,0
Substâncias Lícitas e Ilícitas
ficha técnica design e paginaçãoJoana MeiraDepartamento de Comunicação / FADU
impressãoEditorial do Ministério da Educação e Ciência200 exemplares
publicaçãosetembro 2013