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Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia Mestrado Intra-Corpus em Teologia Arqueologia Bíblica Professor: Dr. Elias Brasil de Souza Aluno: Isael Santos Souza Costa Resenha Crítica BRUCE, F. F. Merece confiança o novo testamento? São Paulo: Vida Nova, 2010. “Merece Confiança o Novo Testamento?” é um livro que se acha contido de um prefácio introdutório mais dez capítulos seguidos de um breve tópico disposto com quatro exposições sucintas de sugestões adicionais de leitura. O primeiro capítulo tematizado com a interrogativa: “É Realmente Importante?” trabalha a relevante confiabilidade histórica do conteúdo neotestamentário para a vida comum de cada pessoa. Seguindo-se “Os Documentos Neotestamentários: data e comprovação” segundo capítulo se elaboram quais são os documentos neotestamentários destacando preferencialmente os evangelhos e Atos por causa de seu gênero narrativo. Abordam-se as datas destes documentos e as evidencias da antiguidade destes tanto os códices quanto os papiros. O capítulo três é intitulado o “O cânon Neotestamentário”, nele se trabalha numa pesquisa histórica a origem do Novo Testamento, quais as listas inicialmente propostas e quais os critérios empregados para o estabelecimento do que hoje a coleção neotestamentária. No capítulo seguinte, “Os Evangelhos”, se reiteram, mais acentuadamente, aportes quanto às suas origem e confiabilidade. Ele se acha dividido basicamente em dois tópicos, inicialmente, portanto, consideram-se os

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Seminário Adventista Latino-Americano de TeologiaMestrado Intra-Corpus em Teologia

Arqueologia BíblicaProfessor: Dr. Elias Brasil de Souza

Aluno: Isael Santos Souza Costa

Resenha Crítica

BRUCE, F. F. Merece confiança o novo testamento? São Paulo: Vida Nova, 2010.

“Merece Confiança o Novo Testamento?” é um livro que se acha contido de um prefácio introdutório mais dez capítulos seguidos de um breve tópico disposto com quatro exposições sucintas de sugestões adicionais de leitura.

O primeiro capítulo tematizado com a interrogativa: “É Realmente Importante?” trabalha a relevante confiabilidade histórica do conteúdo neotestamentário para a vida comum de cada pessoa. Seguindo-se “Os Documentos Neotestamentários: data e comprovação” segundo capítulo se elaboram quais são os documentos neotestamentários destacando preferencialmente os evangelhos e Atos por causa de seu gênero narrativo. Abordam-se as datas destes documentos e as evidencias da antiguidade destes tanto os códices quanto os papiros.

O capítulo três é intitulado o “O cânon Neotestamentário”, nele se trabalha numa pesquisa histórica a origem do Novo Testamento, quais as listas inicialmente propostas e quais os critérios empregados para o estabelecimento do que hoje a coleção neotestamentária. No capítulo seguinte, “Os Evangelhos”, se reiteram, mais acentuadamente, aportes quanto às suas origem e confiabilidade. Ele se acha dividido basicamente em dois tópicos, inicialmente, portanto, consideram-se os evangelhos sinóticos e depois o chamado de João. Neste segmento pautam-se a crítica da forma, a chamada fonte Q como coletâneas das logias de Jesus. Segundo o autor, em suma, boa parte do material dos sinóticos transmitiu-se através de linhas independentes e confiáveis. Quanto ao quarto evangelho sinalizam-se as aparentes discrepâncias quando em comparação aos sinóticos, diz-se destas como sendo de gêneros geográfico, linguístico e cronológico, não alterando em nada sua canonicidade, sendo que evidenciam qual era a perspectiva da abordagem joanina.

“Os milagres nos evangelhos” quinto capítulos apresenta-se, de fato, como uma continuação do conteúdo anterior, nele o autor aponta o que

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constitui uma das áreas de maior sensibilidade no NT: os relatos de milagres. Menciona-se a sobrenaturalidade dos milagres deva-se a Jesus como ser sobrenatural. A ênfase se dá não na defesa em si destes milagres, mas no porque deles, i.e., no seu significado. Enfim é dito a maneira de ver os milagres depende do conceito que se tem de Cristo. Sob este viés os milagres se revelam plenos de profunda significação evangélica.

O sexto capítulo tematizado “A Importância da Evidência Paulina”, diz-se de seus escritos como os documentos neotestamentários cronologicamente mais antigos, menciona-se sua conversão como evidência relevante da veracidade do cristianismo. Acentua-se que a ênfase paulina seja a preexistência de Cristo, sua ascendência biológica como abraâmica e davídica, sua submissão à lei judaica dentre outros. Reitera-se, portanto, que mesmo quando Paulo afirma sua independência dos demais apóstolos quanto aos seus escritos, estes patenteiam acentuada familiaridade com os ensinos do Senhor.

Em “Os Escritos de Lucas” sétimo capítulo, informa-se sua origem, i.e., de Lucas e qual o seu destinatário imediato, Teófilo. Aponta-se a maneira hábil como Lucas relaciona sua própria narrativa com o contexto mais amplo da história secular ao indicar nomes de imperadores, reis, governadores quanto referenciais históricos do seu relato. É dito que os dois volumes lucanos (Lucas e Atos) unificam o Novo Testamento num todo articulado, com o tratado de Atos provendo o background histórico para as epístolas paulinas. Em seguindo-se “A Evidência Arqueológica”, capítulo oito, sinaliza tais evidências neotestamentárias, embora que bem menores quanto ao Antigo Testamento são de considerável relevância. Menciona-se a inscrição em grego descoberta em 1871 em Jerusalém que informa a não permissão de estrangeiros no pátio interior do Templo e a penalidade devida à desconsideração de tal comando, ênfase referida em At. 21:27 e Ef. 2:14. São referidos ainda a localização do tanque de Betesda, a inscrição concernente a Erasmo nas escavações de Corinto, provavelmente o mesmo Erasmo informado por Paulo e semelhantemente um provável mercado de carnes também mencionados pelo apóstolo.

Intitulado “a evidência dos escritos judaicos antigos” este penúltimo capítulo se dispõe de duas partes básicas: os escritos rabínicos e os de Flávio Josefo. O primeiro com sublinho na relevante contribuição do rabino Akiba seguido por seu discípulo Meir e concluindo-se com o rabino Judá por volta de 200 D.C. estes escritos foram a Mishná e o Guemará conhecidos como Talmude de Jerusalém. Estes de fato embora que, em muitos casos, tecendo comentários desfavoráveis a Jesus de Nazaré, de fato, testificam sua historicidade. Seguindo-se, Flávio Josefo em seus escritos, apresentando de forma histórica os eventos dos tempos de Cristo com citações de personagens e fatos também descritos no NT: imperadores como Augusto, Tibério, Cláudio,

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e Nero; também cita Quirino, Pilatos, Félix e Festo, as famílias dos sumo-sacerdotes Anás e Caifás, fala da fome ocorrida nos tempos de Cláudio, conforme descrito em Atos 11:28; o falecimento súbito de Herodes Agripa I, além informar a pessoa de Jesus dentre muitos outros relatos que podem ser comprovados no NT.

Por fim “A evidência dos escritores não judeus da antiguidade” capítulo último são referidos pessoas, locais ou situações que remontam aos escritos do NT. Cita-se Talo que aponta o escurecimento do Sol por ocasião da morte de Jesus referindo-se como a um eclipse solar. Entretanto os escritos de Talo pereceram e eles são informados indiretamente noutros autores. Outros escritos de expoentes posteriores são apresentados aludindo a escritos neotestamentários como tendo existido, exemplo: Justino e Tertuliano afirmam os registros do censo citado em Lucas 2:1 de Maria e José “poderiam ser encontrados nos arquivos oficiais do reinado de Augusto”, embora não se confirme eles tenham tido acesso a esta informação. Mencionam-se Cornélio Tácito, sinalizando o incêndio em Roma que foi feito por Nero, o que semelhantemente citado por Seuetônio. Concluindo se diz deste capítulo e, de modo semelhante, dos anteriores a este, é inequívoca a historicidade de Jesus diante de diversos aportes à sua vida e obra como referidos nas consideráveis fontes informativas canônicas e mesmo imediatamente posteriores.