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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Curso Superior de Tecnologia em Alimentos Discente: Andson da Silva Rodrigues Docente: Verônica Plácido Disciplina: Toxicologia CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA. Transgênicos - você tem o direito de conhecer. Disponível em: <http://www.cib.org.br/cartilha_cib. php>. Acesso em: 29 mar. 2011. MARIANO, C. O. Alimentos Transgênicos – sim ou não?. Revista de Ciência & Tecnologia. Piracicaba, SP, v. 8, n. 18, p. 119-128, dez. 2001. Disponível em: < http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/rct18art11.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2011. GOLDIM, J. R. Ética e Alimentos Transgênicos: notas para reflexão. Rio Grande do Sul, UFRGS, 2003. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/bioetica/transg1.htm>. Acesso em: 01 abr. 2011. AMBIENTE BRASIL. Artigos de Biotecnologia: Transgênicos. Disponível em: < http://ambientes.ambientebrasil.com.br/biotecnologia/artigos_de_ biotecnologia/transgenicos.html>. Acesso em: 01 abr. 2011.

resenha crítica

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Page 1: resenha crítica

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano

Curso Superior de Tecnologia em Alimentos

Discente: Andson da Silva Rodrigues

Docente: Verônica Plácido

Disciplina: Toxicologia

CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA. Transgênicos - você tem o

direito de conhecer. Disponível em: <http://www.cib.org.br/cartilha_cib. php>. Acesso em: 29

mar. 2011.

MARIANO, C. O. Alimentos Transgênicos – sim ou não?. Revista de Ciência &

Tecnologia. Piracicaba, SP, v. 8, n. 18, p. 119-128, dez. 2001. Disponível em: <

http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/rct18art11.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2011.

GOLDIM, J. R. Ética e Alimentos Transgênicos: notas para reflexão. Rio Grande do Sul,

UFRGS, 2003. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/bioetica/transg1.htm>. Acesso em: 01 abr.

2011.

AMBIENTE BRASIL. Artigos de Biotecnologia: Transgênicos. Disponível em: <

http://ambientes.ambientebrasil.com.br/biotecnologia/artigos_de_biotecnologia/

transgenicos.html>. Acesso em: 01 abr. 2011.

“Transgênicos – você tem o direito de conhecer” sem aversões aos alimentos

geneticamente modificados.

A cartilha “Transgênicos - você tem o direito de conhecer” sobre os Organismos

Geneticamente modificados (OGM) ou Transgênicos elaborada pelo Conselho Informações

sobre Biotecnologia (CIB) reúne aspectos científicos, jurídicos, econômicos e sociais relativos a

este ramo da biotecnologia, apenas em única vertente sem aversões aos alimentos

transgênicos.

Este material é dividido em dez categorias. A primeira, o ramo da ciência, apresenta os

transgênicos como uma das infinitas aplicações da tecnologia que contribui significativamente

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na melhoria da qualidade de vida, pelo desenvolvimento de produtos mais nutritivos e em

longo prazo irá reduzir a quantidade de substâncias indesejáveis aos alimentos, capazes

também de provocar reações alérgicas.

Os transgênicos ou organismos geneticamente modificados são aqueles que recebem

um ou mais genes de outro organismo e passam a expressar uma nova característica de

especial interesse. Um exemplo seria uma planta que terá sua qualidade nutricional melhorada

com gene de outro organismo.

A segunda categoria, envolvendo a história, refere-se a biotecnologia é um

conhecimento milenar pelas técnicas primitivas envolvendo plantas, animais e

microrganismos. Não revela a atual realidade de que somente poucos laboratórios têm os

dispendiosos equipamentos e pesquisadores capazes de obter organismos transgênicos com

segurança necessária.

O terceiro aborda a segurança salientando a liberação de um alimento desenvolvido

pela biotecnologia moderna para consumo é realizado após diversos testes de avaliação de

segurança. Afirma “Em mais de dez anos de uso em todo o mundo, período em que, estima-se,

cerca de 350 milhões de toneladas de alimentos transgênicos foram consumidos, nunca se

registrou um único caso de impacto negativo na saúde humana ou animal.”

Encobre fatos alarmantes, tais como pesquisas recentes na Inglaterra revelaram

aumento de alergias com o consumo de soja transgênica. Acredita-se que os transgênicos

podem diminuir ou anular o efeito dos antibióticos no organismo, impedindo assim o

tratamento e agravando as doenças infecciosas. Alergias alimentares também podem

acontecer, pois o organismo pode reagir da mesma forma que diante de uma toxina. Outros

efeitos, desconhecidos, em longo prazo poderão ocorrer, inclusive o câncer.

Logo, vem a questão ambiental, ao abordar os transgênicos como alternativos para o

desenvolvimento com preservação ambiental, pois a biotecnologia é uma ferramenta no

contexto do manejo integrado de pragas e plantas daninhas, conseqüentemente, reduz o uso

de máquinas e combustíveis , ou seja , na emissão de gases poluentes.

Este aspecto é o principal gerador de inúmeras preocupações, o contexto supracitado

pode provocar um desequilíbrio irreversível ao ecossistema. A partir da resistência a

agrotóxicos pode levar ao aumento das doses de pesticidas aplicadas nas plantações. As

pragas ao se alimentarem da planta transgênica também poderiam adquirir resistência ao

pesticida. Para combatê-las seriam usadas doses ainda maiores de veneno, o que provocaria

uma reação em cadeia desastrosa para o meio ambiente (maior quantidade de poluição nos

rios e solos) e para a saúde dos consumidores. Uma vez introduzida uma planta transgênica

Page 3: resenha crítica

não consegue recuperá-la, pois a propagação da mesma é incontrolável e não se pode prever

as alterações no ecossistema que isso pode acarretar.

A biotecnologia está presente em diversas áreas, principalmente levando-se em conta

a agricultura e os produtos das indústrias farmacêutica, alimentícia e química. A perspectiva é

de a engenharia genética poderá contribuir para o combate à fome e à desnutrição no mundo.

A rotulagem em produtos que contenham uma parcela mínima de matéria prima

geneticamente modificada deve ocorrer como em qualquer outro produto, assim garante ao

consumidor o direito à informação e a escolha na hora da compra.

Diversas instituições internacionais de renome apóiam a biotecnologia e os produtos

derivados do uso dessa técnica. Entre elas, a Organização das Nações Unidas para Alimentação

e Agricultura (FAO/ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Academia de Ciências do

Vaticano, a Agência de Biotecnologia da Austrália e a Agência de Controle de Alimentos do

Canadá. O royalty (compensação financeira pelo uso autorizado de determinada tecnologia) é

uma prática comumente utilizada e serve de fonte de recursos para retroalimentar a pesquisa.

Aproximadamente 81 milhões de hectares foram plantados em 2004 com transgênicos

em 17 países, de acordo com dados do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações

em Agrobiotecnologia. Os Estados Unidos respondem por cerca de 59% da plantação mundial,

seguidos de Argentina (20%), Canadá(6%), Brasil (6%), China (5%), Paraguai (2%), Índia (1%) e

África do Sul (1%). Ainda é concentrada e representa uma quantidade pouco considerável de

países.

Além disto, não revela questionamentos pendentes levantados por cientistas,

organizações e universidades envolvendo as mesmas áreas: na saúde, a toxicidade em grande

populações e a dificuldade de execução de estudos de monitoramento; Na ecologia, o risco de

transmissão de resistência a substâncias químicas (herbicidas), podendo gerar novas pragas

resistentes; Na economia, a dependência dos pequenos produtores , e por conseqüência, da

própria sociedade, de um pequeno número de empresas que produzem sementes

patenteadas, com replantio impedido por contrato ou por geração de pagamento de royalties.

Portanto, a cartilha deveria tratar o assunto de alimentos transgênicos em

neutralidade, caracterizando as vantagens e desvantagens, benefícios e riscos da biotecnologia

aplicada aos alimentos, não apenas adotando uma vertente totalmente favorável, sem

aversões, questionamentos e discussões sobre este tema.