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Renielly Casagrande
Reumatologia ISCMSP
Introdução: Bisfosfonatos reduzem o risco total de fx entre os pcts
com OP, com efeito duradouro benéfico. No entanto, uma vez que reduzem a remodelação óssea, eles podem "congelar" o esqueleto, permitindo acúmulo de microfissuras ao longo do tempo, e assim, causando fx de fadiga ou por estresse.
A radiografia da fx por estresse é caracterizada por uma linha reta perpendicular às forças tracionais. Essa fx é comum em atletas, e se não for deslocada, ela cura lentamente, com menorformação óssea externa, muitas vezes com aspecto de espessamento cortical.
Objetivo: Estudos mostram resultados conflitantes
sobre o possível risco excessivo de fraturas atípicas na diáfise do fêmur associadas ao uso de bifosfonatos.
Objetivo: avaliar o risco de fx com uso de bifosfonato.
Metodologia:
Estudo populacional realizado em 2008 Registro Nacional da Suecia 12.777 ♀ 55 anos = fratura do fêmur →
1.271 fx subtrocantérica ou diafisária, excluindo as secundárias a acidente automobilistico.
Rx digitalizado de 1.234 pcts foram obtidos (excluído 37 pacientes).
Metodologia: Swedish National Board of Health and
Welfare: dados sobre medicação, internação e consultas ambulatoriais.
The Swedish Prescribed Drug Register: todos os medicamentos dispensados desde julho 2005
The Swedish National Patient Register: dados dos dx das intrenações desde 1987 e dos atendimentos ambulatoriais desde 2001.
Metodologia:
Classificação das fx diafisarias ou subtrocantérica: 4 grandes grupos. Fx por estresse: 47 pcts (fx típicas = transversais,
sem fragmentos intermediários + espessamento do córtex lateral).
Suspeita de fx por estresse: 12 pcts (sem espessamento claro do córtex lateral ou com fragmentos de fx intermediários separados).
Metodologia:
Classificação das fx diafisarias ou subtrocantérica: 4 grandes grupos. Grupo controle: 263 pcts (relevantes para a
comparação. Nenhuma fx transversal e sem envolvimento trocantérico ou condilar).
Outras: 912 pcts (fraturas não relevantes para a comparação: trocânter maior, côndilo distal, associados com implantes, fx patológica, colo femoral ou nao femoral.
Metodologia: 1,5 milhões ♀ 55 anos residentes na Suécia em
2008;83.311 bifosfonatos 59 fraturas atípicas.
duração total de uso bifosfonatos foi estimado a partir de julho de 2005 até a data da fx, excluindo os períodos de não uso.
CE sistêmicos, TRH, moduladores seletivos de receptor de estrogênio, anticonvulsivantes, antidepressivos, ou inibidores de bomba de proton foram categorizados em variáveis separadas.
A no risco de fx atípica entre usuários e não usuários de bisfosfonatos foi5 casos (95% CI, 4-7) por 10.000 pct-ano, e o nº médio necessário para dano (ou seja, o nº de pct em uso de bisfosfonato necessário para ocorrer 1 caso de fx) é 2000usuários por ano. O risco foi maior naqueles com maior tempo de uso e uso recente.
Resultados: Pacientes com fx atípicas eram (após ajuste
para a idade): + jovens do que os pcts controle. < uso antidepressivos - provavel de fx osteoporótica ou fx de quadril
anterior. A maior proporção de pcts com bifosfonato
(ambos casos e controles) receberam CE sistêmicos e teve um dx de OP ou dça articular inflamatórias..
Resultados: Pcts CASO: 78% receberam bisfosfonatos em
comparação com 10% dos controles. O risco de fx atípica foi ~10 X maior nos primeiros 2
anos de uso e 50 X maior nos anos seguintes. A maioria das fx atípico associado ao bisfosfonato
ocorreram no prazo de 1 ano após a última prescrição. Houve uma redução de 70% no risco para cada ano sem uso.
A associação entre o risco de fx atípica e bisfosfonato não aumentou entre os usuários de CE ou inibidores da bomba de proton.
Discussão:
Esta análise populacional deve ser reconfortante para os usuários bifosfonato. Embora exista alta prevalência de uso recente de bisfosfonato entre pcts com fx atípicas, a magnitude do risco absoluto foi pequeno. Com uma indicação correta, os benefícios de prevenção da fx com a utilização de bifosfonatos será superior ao risco de fx femoral atípica (ou seja, o nº necessário para tratar será inferior ao nº necessário para causar dano).
Discussão:
O risco parece não estar relacionado com o uso CE sistêmicos e outros medicamentos com efeitos sobre o osso e foi independente de condições coexistentes e da idade.
O ↑ dos riscos de fx de fêmur, independentemente da localização, associados ao uso de bisfosfonato são, provavelmente, secundários a OP.
Conclusão:
O risco absoluto de fx atípica associada com bisfosfonatos em pcts com alto risco de fx osteoporotica é pequeno em comparação com os efeitos benefícosda droga.