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MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO DE ATIVIDADES - 2014
AVEIRO – 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
1
Agrupamento de Centros de Saúde
do Baixo Vouga
RELATÓRIO DE ATIVIDADES - 2014
AVEIRO - 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1. Distribuição das Unidades Funcionais do ACeS BV em 2014, por Centro de Saúde ................. 16
Quadro 2. Mapa de Pessoal do ACeS BV - 2014 ......................................................................................... 18
Quadro 3. Entradas e Saídas de Pessoal do ACeS BV ................................................................................. 19
Quadro 4. População residente, por sexo e grupo etário, em Portugal, Região Centro e ACeS BV – 2013 .................................................................................................................................................................... 21
Quadro 5. Indicadores de População: Índice (Nº) de Envelhecimento, de Dependência de idosos, de Longevidade, Relação (Nº) de masculinidade, Idade (anos) média da mãe ao nascimento do primeiro filho, Esperança de vida (anos) à nascença, Esperança de vida (anos) aos 65 anos, em 2013 .................. 23
Quadro 6. Indicadores de População: Densidade populacional, Taxa (%) de crescimento efectivo, Taxa (%) de crescimento natural, Taxa (%) de crescimento migratório, Taxa (‰) Bruta de Natalidade, Taxa (‰) Bruta de mortalidade, Taxa (‰) Bruta de nupcialidade, Taxa (‰) de fecundidade geral (‰), Índice sintético (Nº) de fecundidade, Taxa (‰) de fecundidade na adolescência em 2013 ................................ 25
Quadro 7. Taxas de escolarização no ensino pré-escolar, básico, secundário e superior em Portugal, Continente, Região Centro e Região do Baixo Vouga, em 2013 ................................................................. 26
Quadro 8. Alunas/os matriculados/os (numero e %) em modalidades de educação/formação orientadas para jovens, por município, segundo o nível de ensino ministrado, 2012/2013 ....................................... 27
Quadro 9. Nados-vivos e Taxa de Natalidade (‰), no Continente, Região Centro e Baixo Vouga – 2010 a 2013 ............................................................................................................................................................ 27
Quadro 10. Distribuição do número de Nados vivos e óbitos, segundo o género, por áreas geográficas em 2013 ...................................................................................................................................................... 28
Quadro 11. Partos por município de residência da mãe, segundo o local do parto, 2013 ........................ 29
Quadro 12. Óbitos (O) e Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Continente, Região Centro e Baixo Vouga de 2008 a 2013 ....................................................................................................... 31
Quadro 13. Dados e indicadores de mortalidade (total), no Baixo Vouga em 2012 .................................. 33
Quadro 14. Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o grupo etário e sexo - 2012 ........................................................................................... 34
Quadro 15. Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), por Local de residência, segundo o grupo etário e sexo – 2012 ................................................................ 35
Quadro 16. Causas de Morte - Óbitos por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o sexo, Relação de masculinidade nos óbitos e a Idade média à morte (em anos) segundo o Sexo – 2012, na Região do Baixo Vouga .......................................................................................................................................................... 38
Quadro 17. Causas de Morte – Anos potenciais de vida perdidos e taxas, por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o sexo – 2012 .................................................................................................................... 40
Quadro 18. Distribuição dos registos dos problemas ativos das listas de problemas dos utentes pelos capítulos da ICPC-2, no ACeS BV – 2014 ..................................................................................................... 42
Quadro 19. Distribuição do valor, nº e %, das 30 componentes/problemas ICPC2, com mais registos, no ACeS BV- 2014 ............................................................................................................................................ 43
Quadro 20. Distribuição do Nº e %o de Utentes Inscritos com do Registo de ICPC por determinadas patologias patologias, no ACeS BV em 2014 .............................................................................................. 44
Quadro 21. Distribuição do número e taxa de utentes (%) dentro das 20 componentes ICPC2, com mais registos no ACeS BV- 2014 ......................................................................................................................... 45
Quadro 22. Proporção de utentes com registo ativo a 31/12/2014, de determinadas patologias ........... 46
Quadro 23. Distribuição do número e taxa de incidência (%) de utentes com algumas patologias, registadas a 31/12/2014 ............................................................................................................................ 47
Quadro 24. Nº de Consultas realizadas em 2013 e 2014, por área, e sua variação ................................... 48
Quadro 25. Total de consultas e Visitas domiciliárias realizadas, em 2013 e 2014, por outros profissionais do ACeS ...................................................................................................................................................... 49
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Quadro 26.. População Inscrita no ACeS BV, por Unidade Funcional, em 31-12-2014 ............................... 50
Quadro 27. Indicadores de Contratualização Externa – 2014 .................................................................... 52
Quadro 28. Indicadores de Acesso ............................................................................................................. 53
Quadro 29. Indicadores de Qualidade Técnica / Efectividade ................................................................... 54
Quadro 30. Indicadores de Qualidade Técnica / Efectividade ................................................................... 55
Quadro 31. Indicadores de Qualidade Percepcionada ............................................................................... 55
Quadro 32. Indicadores de Eficiência ......................................................................................................... 56
Quadro 33. Tema/Área de Observação, Carteira Adicional e Alargamento de Horário, por USF .............. 57
Quadro 34. Indicadores de Execução da área de Saúde Mulher/Planeamento Familiar ........................... 60
Quadro 35. Tipo de contraceptivos distribuídos no ACeS em 2014 ........................................................... 61
Quadro 36. Indicadores de Execução da área de Saúde Mulher/Saúde Materna ..................................... 63
Quadro 37. Evolução dos Indicadores de Resultado da área de Saúde Mulher/Saúde Materna – 2003 a 2012 ............................................................................................................................................................ 63
Quadro 38. Indicadores de Execução da área de Saúde Infantil e Juvenil ................................................. 66
Quadro 39. Mortalidade, por todas as causas, em pessoas com 65 e mais anos em 2012 no Baixo Vouga .................................................................................................................................................................... 68
Quadro 40. Indicadores de Execução da área da Saúde do Idoso .............................................................. 69
Quadro 41. Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório, no Baixo Vouga, em 2012 .................... 71
Quadro 42. Mortalidade por Doença Isquémica do Coração, no Baixo Vouga, em 2012 .......................... 71
Quadro 43. Mortalidade por Enfarte Agudo do Miocárdio, no Baixo Vouga, em 2012 ............................. 72
Quadro 44. Mortalidade por Doenças Cerebrovasculares, no Baixo Vouga, em 2012 .............................. 72
Quadro 45. Área ICPC (2) - Aparelho circulatório - Códigos/Problemas em 2014 .................................... 73
Quadro 46. Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares ............................................ 74
Quadro 47. Mortalidade por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, em 2012 no Baixo Vouga 77
Quadro 48. Mortalidade por diabetes, em 2012 no Baixo Vouga .............................................................. 77
Quadro 49. Morbilidade – Taxas de Incidência e Prevalência da diabetes tipo 1 e tipo 2 ......................... 78
Quadro 50. Indicadores de Execução na área da Diabetes ........................................................................ 78
Quadro 51. Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética ACeS BV em 2014 .................................... 81
Quadro 52. Número Total de Utentes Diabéticos rastreados a retinopatia diabética no ano 2014 .......... 81
Quadro 53. Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética no ACeS BV - Rastreio 2014 ..................... 82
Quadro 54. Mortalidade por doenças do aparelho respiratório, em 2012 no Baixo Vouga ...................... 83
Causa de Quadro 55. Mortalidade por DPOC, em 2012 no Baixo Vouga ................................................... 84
Quadro 56. Mortalidade por Asma, em 2012 no Baixo Vouga ................................................................... 84
Quadro 57. Mortalidade por Pneumonia, em 2012 no Baixo Vouga ......................................................... 85
Quadro 58. Mortalidade por Gripe, em 2012 no Baixo Vouga ................................................................... 85
Quadro 59. Indicadores de Resultado na área das Doenças Respiratórias ................................................ 86
Quadro 60. Mortalidade por Tumores malignos, em 2012 no Baixo Vouga .............................................. 87
Quadro 61. Tumor maligno - Óbitos por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o sexo, relação de masculinidade e idade média à morte segundo o sexo – 2012.................................................................. 88
Quadro 62. Mortalidade por Tumor maligno da mama, em 2012 no Baixo Vouga ................................... 89
Quadro 63. Mortalidade por Tumor maligno do colo do útero, em 2012 no Baixo Vouga........................ 89
Quadro 64. Mortalidade por Tumor maligno do cólon, reto e ânus, em 2012 no Baixo Vouga ................ 89
Quadro 65. Indicadores de Execução e Metas na área da Doença Oncológica.......................................... 90
Quadro 66. Taxa por mil inscritos com Códigos - ICPC 2 – de Neoplasias, em 2014 no ACeS BV ............. 91
Quadro 67. Indicadores de execução – PNV 2014 ..................................................................................... 93
Quadro 68. Casos notificados em 2014 no ACeS BV, por doença e centro de saúde ................................ 96
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Quadro 69. Atividades de Sanidade Marítima - Porto de Aveiro - em 2014 ............................................ 101
Quadro 70. Consulta de Medicina de Viagens – Procura por sexo .......................................................... 103
Quadro 71. Consulta de Medicina de Viagens – Procura por idade ......................................................... 103
Quadro 72. Consulta de Medicina de Viagens – Motivo da Procura ........................................................ 103
Quadro 73. Consulta de Medicina de Viagens – Procura por destino ...................................................... 104
Quadro 74. Distribuição do nº de inoculações segundo o tipo de vacinas .............................................. 104
Quadro 75. Mortalidade por VIH/SIDA, em 2012, no Baixo Vouga .......................................................... 105
Quadro 76. Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género e do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2014 ........................................ 109
Quadro 77. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014 ..................................................................................................... 110
Quadro 78. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2014 .............................................................................................. 111
Quadro 79. Evolução da distribuição do nº exames auxiliares de diagnóstico e terapêutica requisitados, recebidos e efetuados no CDP, 2013/2014 .............................................................................................. 112
Quadro 80. Taxa de cobertura dos alunos com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 ................................................................................................................................................ 113
Quadro 81. Taxa de cobertura do pessoal docente com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 ...................................................................................................................................... 114
Quadro 82. % de alunos com NSE acompanhamento pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE em relação ao total alunos com NEE no 1º CEB – ano letivo 2013/2014.......................................... 115
Quadro 83. Número absoluto e relativo (%) de alunos vítimas de acidentes Escolares – ano letivo 2013/2014 ................................................................................................................................................ 115
Quadro 84. Número absoluto e relativo (%) de alunos alvo de projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2013/2014 .......................................................... 116
Quadro 85. Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens .................................................................................................................................................................. 121
Quadro 86. Distribuição dos resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2014/2015 .............................................................................................. 122
Quadro 87. Distribuição dos resultados de utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 .............................................................................................. 123
Quadro 88. Distribuição dos resultados da utilização de consultas de higienista oral no âmbito da referenciação higienista oral em função da idade das crianças – ano letivo 2013/2014 ......................... 124
Quadro 89. Distribuição do Nº de cheques dentista emitidos por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014 ................................................................................................................................................ 124
Quadro 90. Taxa de utilização de cheques dentista, por grupos etários ................................................. 125
Quadro 91. Resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI ........................................ 126
Quadro 92. Consultas de Saúde oral realizadas por higienista oral e médico dentista ........................... 127
Quadro 93. Indicadores de morbilidade ................................................................................................... 128
Quadro 94. Indicadores de Execução - 2014 ............................................................................................ 129
Quadro 95. N.º de análises microbiológicas de alimentos e superfícies nas cantinas ............................. 130
Quadro 96. Nº de colheitas de águas para consumo humano previstas, realizadas e número de cumprimentos e não cumprimentos ........................................................................................................ 132
Quadro 97. Nº de piscinas do tipo I e do tipo II e total e n.º de tanques cobertos e descobertos na área geográfica do ACeS BV. ............................................................................................................................ 133
Quadro 98. Nº de colheitas de águas das piscinas previstas, realizadas e número de cumprimentos e não cumprimentos .......................................................................................................................................... 133
Quadro 99. Indicadores de Execução para o PVSP ................................................................................... 133
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Quadro 100. Número de colheitas previstas, realizadas, e número de análises que cumprem e não cumprem os valores de referência ........................................................................................................... 134
Quadro 101. N.º de colheitas de águas de estabelecimentos termais, realizadas e número de cumprimentos versos não cumprimentos ................................................................................................ 135
Quadro 102. Resultados da vertente analítica do PVSAB em 2014 ......................................................... 135
Quadro 103. Nº de assistentes operacionais abrangidos por formação, por Centro de Saúde ............... 137
Quadro 104. Produção de RH dos grupos III e IV (Kg) por concelho no ACeS, em 2014, e respectivo custo (€) ............................................................................................................................................................. 137
Quadro 105. Produção de banhos de revelação e de fixação no CS Ovar e respectivo custo (€), em 2014 .................................................................................................................................................................. 138
Quadro 106. Produção de RH dos grupos I e II, de acordo com o código LER. (Kg) por concelho no ACeS em2014 ..................................................................................................................................................... 138
Quadro 107. Indicadores de Execução ..................................................................................................... 140
Quadro 108. Identificação de equipamentos sem climatização e outras situações consideradas de risco .................................................................................................................................................................. 141
Quadro 109. Mortalidade por Acidentes e Sequelas - 2012 .................................................................... 143
Quadro 110. Mortalidade por Acidentes de transporte e sequelas - 2012 .............................................. 143
Quadro 111. Mortalidade por Acidentes fatais - 2012 ............................................................................. 144
Quadro 112. Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança .................................................................................................................................................................. 144
Quadro 113. Atividades sobre prevenção de acidentes – N.º de Alunos e Professores abrangidos ....... 145
Quadro 114. Mortalidade devido a abuso de álcool, em 2012, no Baixo Vouga ..................................... 146
Quadro 115. Distribuição das consultas de alcoologia efectuadas por Centro de Saúde do ACeS BV, 2014 .................................................................................................................................................................. 147
Quadro 116. Indicadores de Execução na área dos Problemas Ligados ao Álcool em 2013 e 2014 ........ 147
Quadro 117. Distribuição do número total de consultas de cessação tabágica, no ACeS em 2014 (primeiras e seguintes) ............................................................................................................................. 149
Quadro 118. Indicadores de Execução e Metas na área do Tabagismo ................................................... 149
Quadro 119. Perturbações mentais e do comportamento (CID-10: F00-F99) ......................................... 150
Quadro 120. Códigos/Problemas – ICPC (2) Psicológico, registados em 2014 ......................................... 151
Quadro 121. Projectos de Intervenção Comunitária - Grávidas, Puérperas e pais .................................. 154
Quadro 122. Projectos de Intervenção Comunitária – Saúde Escolar ...................................................... 156
Quadro 123. Projectos de Intervenção Comunitária – Saúde da Mulher; Saúde do Adulto e do Idoso .. 161
Quadro 124. Projectos de Intervenção Comunitária – Comunidade ....................................................... 167
Quadro 125. Projectos de Intervenção Comunitária – Saúde Infantil ...................................................... 168
Quadro 126. Distribuição do nº vagas de ECCI, por Centro de Saúde, em 2014 ...................................... 170
Quadro 127. Resultados de indicadores ECCI por Centro de Saúde ........................................................ 171
Quadro 128. Número de visitas domiciliárias realizadas segundo o grupo de profissional ..................... 174
Quadro 129. Atividades da Equipa de Referenciação .............................................................................. 174
Quadro 130. Aplicações informáticas em uso no ACeS, em 2014 ............................................................ 175
Quadro 131. Atividades desenvolvidas pelo Gabinete do Cidadão do ACeS, no ano 2014 ..................... 178
Quadro 132. Percentagem de exposições de acordo com o tipo de exposição e a sua origem, no ACeS BV, no ano 2014 ....................................................................................................................................... 178
Quadro 133. Número de exposições de acordo com o serviço visado, no ACeS BV, no ano 2014 .......... 179
Quadro 134. Número de exposições de acordo com o grupo visado, no ACeS BV, no ano 2014 ............ 179
Quadro 135. Número de exposições de acordo com o tipo de exposição e a área/problema apresentado pelo cidadão, no ACeS BV, no ano 2014 ................................................................................................... 180
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Quadro 136. Tipologia das medidas adoptadas na sequência da exposição apresentada pelo cidadão, no ACeS BV, no ano 2014 .............................................................................................................................. 180
Quadro 137. Proporção de exposições apresentadas pelo cidadão, de acordo com o tipo de exposição e o centro de saúde visado, no ACeS BV, no ano 2014 ............................................................................... 181
Quadro 138. Projeto de Melhoria dos Cuidados de Enfermagem ........................................................... 183
Quadro 139. Formação realizada no ACeS, em 2013 ............................................................................... 184
Quadro 140. Orientação de Estágios e de Internos, por áreas profissionais, no ACeS em 2013 ............. 185
Quadro 141. Orientação de Estágios e de Internos, por áreas e parcerias, no ACeS em 2013 ................ 185
Quadro 142. Trabalhos de Investigação ................................................................................................... 188
Quadro 143. Dados das juntas realizadas em 2014 ................................................................................. 196
Quadro 144. Execução económica – orçamento de 2014 ........................................................................ 197
Quadro 145. Execução económica 2014 versus execução económica 2013 ............................................ 199
Quadro 146. Proveitos ACeS BV ............................................................................................................... 200
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1.Organograma do ACeS BV ............................................................................................................ 17
Figura 2. Mapa dos Concelhos do ACeS BV ................................................................................................ 19
Figura 3. Mapa de Portugal Continental por Regiões ................................................................................. 20
Figura 4. ACeS que integram a ARSC .......................................................................................................... 20
Figura 5. Evolução da % de crianças e jovens e idosos, no ACeS BV 2006-2013 ........................................ 22
Figura 6. Índices (Nº) de Envelhecimento, de Dependência de Idosos, de Dependência dos Jovens, de Dependência Total e de longevidade, em 2013 ......................................................................................... 23
Figura 7. Taxas Brutas de Natalidade (‰), de Mortalidade, de Nupcialidade, e de Fecundidade Geral (‰), em 2013 ............................................................................................................................................. 25
Figura 8. Evolução da taxa de natalidade (%o) de 2010 a 2013 ................................................................. 28
Figura 9. Taxas de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2013 ....................................................... 29
Figura 10. Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Baixo Vouga de 2008 a 2013 ............ 32
Figura 11. Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), na Região do Baixo Vouga, em 2012 ............................................................................................................... 36
Figura 12. Distribuição do registo dos problemas ativos das listas de problemas dos utentes pelos capítulos da ICPC-2, no ACeS BV – 2014 ..................................................................................................... 42
Figura 13. Distribuição do valor (%) das 10 componentes ICPC2, com mais registos no ACeS BV- 2014 .. 44
Figura 14. Distribuição da taxa de utentes (%) dentro das 20 componentes ICPC2, com mais registos no ACeS BV- 2014 ............................................................................................................................................ 45
Figura 15. Distribuição da taxa de incidência (%) de patologias com registos ICPC2 nos utentes inscritos a 31/12/2014 ................................................................................................................................................. 47
Figura 16. Distribuição proporcional (%) dos Utentes inscritos, no ACeS BV em 31/12/2014, por grupo etário .......................................................................................................................................................... 49
Figura 17. Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV (2014) ........................................................ 51
Figura 18. Tipo de contraceptivos distribuídos no ACeS em 2014 ............................................................. 61
Figura 19. Evolução da Taxa de Mortalidade Fetal Tardia entre os anos 2009-2013 ................................. 62
Figura 20. Evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal entre os anos 2009-2013 ..................................... 65
Figura 21. Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil de 2009 a 2013 ....................................................... 65
Figura 22. Evolução da taxa bruta (%o) de mortalidade por Tumores, de 2003 a 2013, no Continente, Região Centro e Região BV ......................................................................................................................... 90
Figura 23. Número de casos de doença (agudos) notificados em 2014 no ACeS BV ................................. 97
Figura 24. Distribuição do nº de Kits de seringas trocadas por Concelhos do ACeS BV em 2014 ............ 107
Figura 25. Distribuição do nº de Kits de seringas trocadas ao longo dos meses do ano 2014 ................. 107
Figura 26. Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género, 2013/2014 ................................................................................................................................... 109
Figura 27. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014 ................................................................................................................... 110
Figura 28. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2014 ..................................................................................................... 111
Figura 29. Evolução da distribuição do nº exames auxiliares de diagnóstico e terapêutica requisitados, recebidos e efetuados no CDP, 2013/2014 .............................................................................................. 112
Figura 30. Taxa de cobertura dos alunos e professores com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 ............................................................................................................................... 114
Figura 31. (%) de alunos vítimas de acidentes Escolares – ano letivo 2013/2014 ................................... 116
Figura 32. Percentagem de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2013/2014 ............................................................................. 117
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Figura 33. Percentagem de alunos abrangidos por projetos que visam a melhoria dos comportamentos relacionados com os principais determinantes de saúde – ano letivo 2013/2014 .................................. 118
Figura 34. Percentagem de alunos abrangidos por projetos de promoção de ambientes seguros, educação sexual e promoção de saúde mental – ano letivo 2013/2014 ................................................. 119
Figura 35. Número absoluto e relativo (%) de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2013/2014 .............................................. 119
Figura 36. Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens .................................................................................................................................................................. 121
Figura 37. Distribuição dos resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2014/2015 .............................................................................................. 122
Figura 38. Distribuição dos resultados de utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 .............................................................................................. 123
Figura 39. Distribuição dos resultados da utilização de consultas de higienista oral no âmbito da referenciação higienista oral em função da idade das crianças – ano letivo 2013/2014 ......................... 124
Figura 40. Distribuição do Nº de cheques dentista emitidos por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014 ................................................................................................................................................ 125
Figura 41. Distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOG segundo o grupo etário da grávida ............................................................................................................................ 126
Figura 42. Resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI .......................................... 127
Figura 43. ECCI - Taxa de ocupação .......................................................................................................... 172
Figura 44. Taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão do Programa ECCI ................................. 172
Figura 45. % de pessoas com visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24 horas após admissão na ECCI ...................................................................................................................................... 173
Figura 46. Ganhos em independência nos autocuidados (%), no programa ECCI .................................... 173
Figura 47. Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%), no programa ECCI, por concelho do ACeS em 2014 ...................................................................................................................... 174
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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SIGLAS/ABREVIATURAS ACeS – Agrupamentos de Centros de Saúde
ACeS BV – Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga
ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.
ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.
ATL – Atividades dos tempos livres
AVC – Acidente Vascular Cerebral
BAS – Benefícios Adicionais Saúde
CAD – Centro de Aconselhamento e Detecção
CDP – Centro Diagnóstico Pneumológico
CHBV – Centro Hospitalar do Baixo Vouga
CS – Centro de Saúde
CV – Cardiovascular
CSP – Cuidados de Saúde Primários
DDO – Doença de Declaração Obrigatória
DGS – Direcção Geral da Saúde
DM – Diabetes Mellitus
DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crónica
DSP – Departamento de Saúde Pública
eagenda - Marcação Electrónica de Consultas
ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados
ECL – Equipa Coordenadora Local
ECR – Equipa Coordenadora Regional
EGA – Equipa de Gestão de Altas
ERA – Equipa Regional de Apoio
GDH´s – Grupos de Diagnóstico Homogéneos
HgbA1c – Hemoglobina Glicosilada
IACS – Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde
ICPC2 – Classificação Internacional de Cuidados Primários, 2ª Edição
IGAS – Inspecção Geral das Atividades em Saúde
IMC – Índice de Massa Corporal
INE – Instituto Nacional de Estatística
INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis
HPV – Vírus do Papiloma Humano
HTA – Hipertensão Arterial
MCDT – Meio Complementar de Diagnóstico e Terapêutica
MIM@UF – Módulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais
NES – Necessidades Educativas Especiais
NLI – Núcleo Local de Inserção
NOC – Norma de Orientação Clínica
NUTS – Nomenclatura de Unidades Territoriais
OMS – Organização Mundial de Saúde
PA – Pressão Arterial
PEM – Prescrição Electrónica de Medicamentos
PF – Planeamento Familiar
PLA – Problemas Ligados ao Álcool
PNPAS – Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável
PNSE – Programa Nacional de Saúde Escolar
PNPSO – Programa Nacional de Saúde Oral
PNV – Programa Nacional de Vacinação
PNSIJ – Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil
PGRH – Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares
PPCIRA - Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos
PVSACH – Programa Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano
PVSET – Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais
PVSOE - Programa Vigilância Sanitária de Oficinas de Engarrafamento
PVSP - Programa Vigilância Sanitária de Piscinas
PVSZB - Programa Vigilância Sanitária de Zonas Balneares
REVIVE - Rede de Vigilância de Vectores
RH – Resíduos Hospitalares
RHV - Sistema Informático de Recursos Humanos
RIVD – Rede de Intervenção a Vítimas de Violência Doméstica
RN – Recém-nascido
RNCI – Rede Nacional de Cuidados Integrados
RNU - Registo Nacional de Utentes
SA – Sistemas de Abastecimento
SAM – Sistema de Apoio ao Médico
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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SAPE - Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem
SAS – Síndrome de Apneia do Sono
SGSR - Sistema de Gestão de Sugestões e Reclamações
SGTD - Sistema de Gestão de Transporte de Doentes
SIARS - Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde
SICO – Sistema de Informação dos Certificados de Óbito
SICTH - Sistema de Informação da Consulta a Tempo e Horas ("Alert” P1)
SiiMA Rastreios - Sistema de Informação para Gestão de Programas de Rastreios
SINAVE- Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
SINUS - Sistema de Informação de Unidades de Saúde
SISO - Sistema Informático para a Saúde Oral
SNS – Serviço Nacional de Saúde
SOCJ - Saúde Oral em Crianças e Jovens
SOG - Saúde Oral nas grávidas
SOPI – Saúde Oral em Pessoas Idosas
SOSI - Saúde Oral em Saúde Infantil
TA - Tensão arterial
TAC – Toxinfeção Alimentar Colectiva
TOD – Toma observada Directa
UAG – Unidade de Apoio à Gestão
UCF - Unidade coordenadora funcional
ULS – Unidade Local de Saúde
USF – Unidade de Saúde Familiar
UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade
UCCI – Unidade de Cuidados Continuados Integrados
UF – Unidade Funcional
URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USP – Unidade de Saúde Pública
VE – Vigilância Epidemiológica
VIH/SIDA – Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 14
1 CARACTERIZAÇÃO DO ACES ......................................................................................................... 16
1.1 ORGANOGRAMA DO ACES ........................................................................................................ 16
1.2 RECURSOS HUMANOS .............................................................................................................. 18
1.3 ÁREA GEOGRÁFICA ................................................................................................................... 19
1.4 POPULAÇÃO – INDICADORES DE POPULAÇÃO ......................................................................... 21
1.4.1 População Residente ........................................................................................................ 21
1.5 DADOS E INDICADORES SOCIOECONÓMICOS E CULTURAIS ..................................................... 26
1.5.1 Indicadores de Educação .................................................................................................. 26
2 INDICADORES DE SAÚDE ............................................................................................................. 27
2.1 NATALIDADE ............................................................................................................................. 27
2.2 MORTALIDADE .......................................................................................................................... 30
2.3 MORBILIDADE ........................................................................................................................... 41
2.4 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE ........................................................................................... 48
2.5 POPULAÇÃO INSCRITA POR UNIDADE FUNCIONAL .................................................................. 49
2.5.1 Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV .......................................................... 51
3 CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS .......................................................................................... 52
3.1 INDICADORES DE CONTRATUIALIZAÇÃO EXTERNA: EIXO NACIONAL, REGIONAL E LOCAL ...... 52
3.2 OUTROS INDICADORES ............................................................................................................. 53
3.2.1 Indicadores de Acesso ...................................................................................................... 53
3.2.2 Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade .............................................................. 53
3.2.3 Indicadores de Qualidade Percepcionada ........................................................................ 55
3.2.4 Indicadores de Eficiência .................................................................................................. 56
3.2.5 Processo de Contratualização .......................................................................................... 56
4 AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ................................................................................................. 60
4.1 SAÚDE DA MULHER/PLANEAMENTO FAMILIAR ....................................................................... 60
4.2 SAÚDE DA MULHER/SAÚDE MATERNA .................................................................................... 62
4.3 SAÚDE INFANTIL E JUVENIL....................................................................................................... 64
4.4 SAÚDE DO IDOSO ...................................................................................................................... 68
4.5 VIGILÂNCIA DA DOENÇA CRÓNICA ........................................................................................... 70
4.5.1 Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares – Hipertensão ............................ 70
4.5.2 Programa de Vigilância da Diabetes Mellitus ................................................................... 76
4.5.3 Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma) ................................ 83
4.5.4 Programa de Vigilância Oncológica .................................................................................. 87
4.6 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS ........ 92
4.6.1 Programa Nacional de Vacinação ..................................................................................... 92
4.6.2 Doenças de Declaração Obrigatória ................................................................................. 95
4.6.3 Surto de Ébola .................................................................................................................. 97
4.6.4 Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos ........ 99
4.6.5 Sanidade Internacional ................................................................................................... 101
4.6.6 Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA ................................................................. 105
4.6.7 Tuberculose/CDP ............................................................................................................ 109
4.7 PROMOÇÃO DA SAÚDE ........................................................................................................... 113
4.7.1 Promoção da Saúde em Meio Escolar ............................................................................ 113
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
13
4.7.2 Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral ........................................................... 120
4.7.3 Programa para a Promoção da Alimentação Saudável .................................................. 128
4.7.4 Programas de Saúde Ambiental ..................................................................................... 131
4.7.5 Programa Nacional de Prevenção de Acidentes ............................................................ 142
4.7.6 Programa Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool .......................... 145
4.7.7 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ................................... 148
4.7.8 Programa Nacional para a Saúde Mental ....................................................................... 150
4.7.9 Projetos de Intervenção Comunitária – Prevenção, Promoção e Proteção da Saúde ... 153
4.8 REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS ............................................... 169
4.9 ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE ......................................................................................... 175
4.10 QUALIDADE ............................................................................................................................. 181
4.11 FORMAÇÃO ............................................................................................................................. 184
4.11.1 Formação no ACeS ......................................................................................................... 184
4.11.2 Formação pré e pós graduada ........................................................................................ 185
4.11.3 Atividades de Formação Relevantes .............................................................................. 186
4.12 ATIVIDADE CIENTIFICA/INVESTIGAÇÃO .................................................................................. 187
4.13 OUTRAS ATIVIDADES ............................................................................................................... 193
4.13.1 Parcerias de Promoção e Proteção da Saúde na Comunidade ...................................... 193
4.13.2 Juntas Médicas ............................................................................................................... 196
5 PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO ......................................................... 197
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 201
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
14
INTRODUÇÃO
No presente Relatório de Atividades de 2014, propõe-se sintetizar e fundamentar os
resultados das principais atividades desenvolvidas pelo ACeS BV, bem como avaliar o grau de
execução do Plano de Desempenho para 2014.
Os objetivos e metas alcançados em 2014 são o resultado do compromisso e trabalho de todos
os profissionais, contribuindo para garantir o cumprimento da sua missão e compromissos
institucionais, nomeadamente com a população que serve.
Após a caraterização do ACeS, dá-se evidência ao processo de contratualização e respetivos
resultados, seguindo-se uma análise detalhada do plano de ação pelas diversas áreas de
intervenção.
Posteriormente, faz-se ainda a análise da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados,
Acesso aos Cuidados de Saúde, Qualidade, Formação, Atividade Científica e Investigação, Plano
de Investimentos e Orçamento Económico e por último, tecem-se algumas considerações
finais tendo em consideração a análise dos resultados da execução global do Plano de
Desempenho.
Na caracterização, dá-se enfoque à análise da mortalidade como indicador de grande
relevância em demografia, de medida do nível de saúde da comunidade e de avaliação dos
programas de saúde.
Também a morbilidade é considerada uma medida indispensável para o estudo e vigilância da
saúde das populações, assim como para os processos de organização e intervenção dos
serviços de saúde, à qual também se deu relevo, essencialmente, através da análise dos
registos efectuados segundo a ICPC-2.
Uma vez que existem contextos que exigem uma intervenção mais global surge a preocupação
pela comunidade, enquanto cliente e recurso, de cuidados de saúde.
Conscientes de que a saúde não depende exclusivamente da prestação de cuidados, uma vez
que a influência do ambiente é determinante, o impacto das acções de vigilância, educação,
prevenção e promoção da saúde é indiscutível.
Para a melhoria do estado de saúde, a informação, a sensibilização, o comportamento e estilos
de vida, a gestão da doença crónica, a promoção de cuidados informais, o ACES desenvolve
diversos projetos de intervenção comunitária que se tornam pedras angulares para o
desenvolvimento da literacia em saúde e capacitação do cidadão de forma a contribuir para a
melhoria da saúde individual e coletiva.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
15
Os resultados positivos atingidos pelo ACeS e patentes no presente relatório atestam
inequivocamente uma vontade de melhorar a qualidade, eficiência, a produtividade dos
cuidados e serviços de saúde prestados ao cidadão, para os quais todos os profissionais,
representaram um factor importante, e a quem se manifesta o reconhecimento.
O Diretor Executivo
(Manuel Duarte Rezende Sebe, Dr.)
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
16
1 CARACTERIZAÇÃO DO ACeS
1.1 ORGANOGRAMA DO ACeS
O Decreto-Lei n.º28/2008, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 137/2009 de 7 de
Outubro, introduziu o novo modelo organizativo e de gestão da rede de prestação de cuidados
através da criação dos ACeS, que são serviços de saúde com autonomia administrativa,
constituídos por unidades funcionais.
Pode-se observar na Figura 1 o organograma do ACeS BV que está organizado em unidades
funcionais. De acordo com esta reorganização foram constituídas no ano de 2014 mais 3 USF,
designadamente a USF Laços (Ovar), USF Leme (Ílhavo) e a USF Atlântico Norte (Ílhavo) e mais
uma UCC - UCC Aveiro.
Assim, em 31-12-2014 estavam constituídas quarenta e nove unidades funcionais (45 em
2013), as quais traduzem um modelo organizativo baseado em equipas multiprofissionais e
que se encontram em diferentes fases de organização:
Uma Unidade de Saúde Pública que está formalizada e a funcionar;
Uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados que está formalizada e a funcionar;
Vinte e uma Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) que, estão a
funcionar. Destas, seis estão a organizar-se em Unidades de Saúde Familiar (USF);
Dezasseis Unidades de Saúde Familiar, homologadas (treze em 2013);
Dez Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), homologadas (nove em 2013). Está
em fase de candidatura a última UCC em Estarreja – UCC Nós.
O ACeS BV pretende continuar a acompanhar e a dinamizar/concretizar todo este processo de
reorganização dos Centros de Saúde em UF (Quadro 1).
Quadro 1. Distribuição das Unidades Funcionais do ACeS BV em 2014, por Centro de Saúde
ACeS/ Centro de Saúde
UCSP USF UCC USP URAP Total Futuras
USF Futuras
UCC
ACeS BV 1 1 2
Águeda 4 1 1 6 1
Albergaria-a-Velha 1 1 1 3
Anadia 3 0 1 4
Aveiro 3 4 1 8 3
Estarreja 2 1 0 3 1
Ílhavo 1 4 1 6
Murtosa 1 0 1 2
Oliveira do Bairro 2 0 1 3
Ovar 1 5 1 7
Sever do Vouga 1 0 1 2
Vagos 2 0 1 3 2
Total 21 16 10 1 1 49 6 1 Fonte: ACeS – 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
17
Figura 1.Organograma do ACeS BV
Organograma ACES BV * Em processo de formalização
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
18
1.2 RECURSOS HUMANOS
Nos quadros abaixo apresenta-se os recursos humanos do ACeS BV por grupo profissional, à
data de 31/12/2014.
Refere-se que, dos 929 trabalhadores afetos ao mapa de pessoal do ACES BV, a 31.12.2014,
estão incluídos 34 trabalhadores, ausentes do serviço, ainda que parcialmente, ao longo do
ano de 2014, designadamente:
6 trabalhadores ausentes ao serviço, por um período igual ou superior a 6 meses,
decorrente, maioritariamente, de situações de doença prolongada;
28 trabalhadores ausentes do serviço por motivo de licença parental (6 médicos de
MGF, 6 médicos internos, 13 enfermeiras, 2 Técnicas de Diagnóstico e Terapêutica
(fisioterapia) e 1 Assistente Técnica).
Acresce mencionar que, em 2014, 4 enfermeiros do mapa de pessoal do ACES BV solicitaram a
denúncia do contrato de trabalho em funções públicas, tendo-se procedido à cessação do
respectivo vínculo do emprego público.
Quadro 2. Mapa de Pessoal do ACeS BV - 2014
Carreira/Vínculo
MAPA do PESSOAL do ACES BV - Ano 2014
CT Funções Públicas Tempo
Indeterminado
CT Funções
Públicas a termo
resolutivo Certo
CT Funções
Públicas a termo
resolutivo Incerto
Avenças Mobilidade
para o ACES
CIT´s Totais
Assistente Operacional 87 31 118
Assistente Técnico 181 31 2 1 215
Enfermagem 257 2 2 8 5 274
Medicina Geral e Familiar 205 7 40 4 1 257
Medicina Saúde Pública 13 3 16
TDT 24 24
Técnico Superior 17 17
Técnico Superior Saúde 2 6 8
TOTAL 786 77 43 6 11 6 929
No quadro seguinte apresentam-se ainda outras situações que representaram saídas efectivas
ou com efectividade a curto prazo (no caso dos pedidos de aposentação) de profissionais, do
mapa de pessoal do ACeS, por carreira profissional, em 2014.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
19
Quadro 3. Entradas e Saídas de Pessoal do ACeS BV
Carreira Profissional Mobilidades para
fora do ACES Pedidos de
aposentação
Aposentações
Licenças sem vencimento
Assistente Operacional 2 8 2
Assistente Técnico 1 3 15 1
Enfermagem 2 3 4
Medicina Geral e Familiar 5 2 18 1
Medicina Saúde Pública 1 1
TDT 1 1
Técnico Superior 1
Técnico Superior Saúde
TOTAL 11 7 45 9 Fonte: ACeS BV – 31/12/2014
Em suma, como se pode constar, o total dos trabalhadores afetos ao mapa de pessoal deste
ACeS, está aquém do previsto no Anexo I da Portaria n.º 394-A/2012, de 29 de novembro, ou
seja, com um total de 1034.
Mais se informa que estes valores têm vindo a diminuir, ao contrário, das necessidades em
saúde da população que, com a constituição das diversas unidades funcionais tem sido cada
vez mais difícil assegurar o normal funcionamento das mesmas e a criação das restantes.
1.3 ÁREA GEOGRÁFICA
O Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga (ACeS BV), compreende a área
geográfica de onze Concelhos/Centros de Saúde: Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro,
Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos. Estes 11
concelhos integram a Unidade Territorial Estatística de Nível III -NUT III - Região do Baixo
Vouga (Figura 2).
Figura 2. Mapa dos Concelhos do ACeS BV
Fonte:http://www.regiaodeaveiro.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=27804
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
20
Faz parte da Região Centro e tem como limites, a Norte o Grande Porto e Entre Douro e Vouga,
a Este Dão Lafões, a Sul o Baixo Mondego e a Oeste o Oceano Atlântico (Figura 3). Distribui-se
numa área geográfica de 1.691,6 Km2 (INE, 2012).
Figura 3. Mapa de Portugal Continental por Regiões
Fonte: Relatório de Atividades 2012 da ARSC
É um dos seis ACeS que integram a Administração Regional de Saúde do Centro (Figura 4)
Figura 4. ACeS que integram a ARSC
Fonte: ARSC
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
21
1.4 POPULAÇÃO – INDICADORES DE POPULAÇÃO
1.4.1 População Residente
a) População residente por sexo e grupo etário
Em 2013 (INE, 2013), a população residente na área geográfica do ACeS BV situava-se em
366086 habitantes (367.764 em 2012). De facto verificou-se, em 2013, um decréscimo de
0,46% da população residente, o que corresponde a uma redução de 1.678 habitantes.
A distribuição da população residente, no ACeS, Região Centro e Portugal, por sexo e grupos
etários (nº e %) pode observar-se no Quadro 4.
Quadro 4. População residente, por sexo e grupo etário, em Portugal, Região Centro e ACeS BV – 2013
0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos 65 e + Anos Total
Sexo N % N % N % N % N %
Portugal
HM 1 521 854 14,6 1 110 874 10,7 5 724 730 54,9 2 069 843 19,9 10 427 301 100,00
H 779 303 15,7 563 890 11,4 2 757 195 55,6 857 632 17,3 4 958 020 47,5
M 742 551 13,6 546 984 10,0 2 967 535 54,3 1 212 211 22,2 5 469 281 52,5
Região Centro
HM 303 099 13,3 234 066 10,3 1 227 686 54,8 516 313 22,6 2 281 164 100,00
H 155 508 14,4 118 992 11,2 594 645 54,9 214 083 19,8 1 083 228 47,5
M 147 591 12,3 115 074 9,9 633 041 52,8 302 230 25,2 1 197 936 52,5
ACeS BV
HM 51429 14,0 39496 10,8 204597 55,9 74 948 19,4 366086 100,00
H 26146 15,0 19863 11,4 98382 56,5 31 477 17,1 174062 47,5
M 25283 13,2 19633 10,2 98382 55,3 43 471 21,5 192024 52,5
Fonte: INE 2014 – Anuário Estatístico Região Centro, 2013
Quanto à distribuição da população residente por grupo etário, no ACeS BV, verifica-se que, no
grupo etário dos 0-14 anos existem 51429 (14,0%) crianças, no grupo etário dos 15-24 anos
registam-se 39496 (10,8%) jovens, no que respeita ao grupo etário dos 25-64 anos a população
é de 204597 (55,9%) e no grupo etário de 65 e mais anos, existem 74.948 (19,4%) idosos.
Refere-se que dentro deste grupo etário, dos 65 e mais anos, existem 36.530 habitantes com
75 e mais anos o que corresponde a 48,7%, sendo 14.165 homens e 22.365 mulheres.
Em termos comparativos, a proporção da população do grupo etário de 0-14 anos no ACeS BV
(14,0%), é superior à da Região Centro (13,3%) mas ligeiramente inferior à de Portugal (14,6%).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
22
Quanto à população com 65 e mais anos verifica-se que a proporção no ACeS BV (19,4%), é
inferior à registada na Região Centro (22,6%) e em Portugal (19,9%).
Estes dados traduzem o envelhecimento da população, como se pode observar na Figura 5.
Figura 5. Evolução da % de crianças e jovens e idosos, no ACeS BV 2006-2013
1414,314,5
15,315,515,715,815,7
15,7 15,916,2 16,5
16,8
19,118,7
19,4
12
13
14
15
16
17
18
19
20
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Jovens Idosos
Fonte: INE, 2006-2013
b) População feminina residente
A proporção de população feminina residente no ACeS BV, em 2013 (INE), é de 52,5% o que
corresponde ao total de 202653 mulheres.
c) Índices de Dependência, de Envelhecimento e de Longevidade
A população da Região do Baixo Vouga é uma população envelhecida, à semelhança de
Portugal, Continente e Região Centro, constatando-se que o índice de envelhecimento é
superior a 100%. Refere-se também que o índice de dependência dos jovens é inferior ao de
dependência dos idosos (Quadro 5 e Figura 6).
Salienta-se que em todos os índices representados, a Região do Baixo Vouga posiciona-se
entre Portugal e a Região Centro. Relativamente ao índice de longevidade constata-se que
cerca de 50% da população de 65 e mais anos tem mais de 75 anos, o que traduz o aumento
da esperança de vida e o envelhecimento da população.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
23
Quadro 5. Indicadores de População: Índice (Nº) de Envelhecimento, de Dependência de idosos, de Longevidade, Relação (Nº) de masculinidade, Idade (anos) média da mãe ao nascimento do primeiro
filho, Esperança de vida (anos) à nascença, Esperança de vida (anos) aos 65 anos, em 2013
Fonte: INE, 2014 – Anuários Estatístico Região Centro, 2013
Da análise do Quadro 5, destaca-se a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho ser
aos 29,6 anos, o que é elevada, e a esperança de vida à nascença ser de cerca de 80 anos. No
entanto como a esperança de vida aos 65 anos é de cerca de 19 anos, isto reflecte a
possibilidade média das pessoas com 65 anos atingirem os 84 anos de vida.
Figura 6. Índices (Nº) de Envelhecimento, de Dependência de Idosos, de Dependência dos Jovens, de Dependência Total e de longevidade, em 2013
Fonte: INE 2014 – Anuário Estatístico Região Centro, 2013
Índice de envelhecimento
Índice de dependência de
idosos
Índice de longevidade
Relação de masculinidade
Idade média da mãe ao
nascimento do primeiro filho
Esperança de vida à nascença
Esperança de vida aos
65 anos
Nº Anos
Portugal 136,0 30,3 49,0 90,7 29,7 80,00 18,97
Continente 138,9 30,8 49,1 90,6 29,8 80,13 19,05
Centro 170,3 35,3 52,0 90,4 29,9 80,24 19,08
Baixo Vouga 138,4 29,1 48,7 90,6 29,6 80,26 19,01
Águeda 154,1 31,0 47,7 91,9 x x x
Alberg.-a-Velha 132,6 27,5 47,1 92,6 x x x
Anadia 204,2 38,5 51,9 91,1 x x x
Aveiro 123,2 26,5 47,0 88,2 x x x
Estarreja 143,9 30,1 49,0 91,9 x x x
Ílhavo 117,7 25,8 45,7 89,7 x x x
Mealhada 161,6 33,3 53,9 90,6 x x x
Murtosa 131,6 32,7 53,6 92,4 x x x
Oliveira Bairro 134,4 31,3 51,2 90,1 x x x
Ovar 117,7 24,2 45,9 91,5 x x x
Sever do Vouga 196,6 37,4 53,9 92,8 x x x
Vagos 140,5 30,5 49,9 90,7 x x x
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
24
d) Densidade Populacional (Nº/Km2), Taxa (%) de crescimento efetivo, Taxa (%) de
crescimento natural, Taxa (%) de crescimento migratório, Taxa (‰) Bruta de Natalidade,
Taxa (‰) Bruta de mortalidade, Taxa (‰) Bruta de nupcialidade, Taxa (‰) de
fecundidade geral (‰), Índice sintético (Nº) de fecundidade, Taxa (‰) de fecundidade
na adolescência - 2013
No que respeita às taxas de crescimento efectivo, estas apresentam todas valores negativos
com excepção dos Concelhos de Oliveira do Bairro e Vagos (Quadro 6). No Concelho de
Oliveira do Bairro, poderá estar relacionado com a taxa de crescimento migratório que
apresenta valor positivo, mas no Concelho de Vagos este crescimento teve a ver
essencialmente com o aumento da taxa de crescimento natural, ainda que continue negativa.
Assim, em 2013, comparativamente com 2012, houve mais um concelho com taxa de
crescimento efectivo positiva.
Quanto às taxas de crescimento natural, verifica-se que, todas, apresentam valores negativos.
No que se refere à taxa de fecundidade geral (‰), que corresponde ao número total de nados-
vivos relativamente às mulheres em idade fértil entre os 15 e os 49 anos de idade, constata-se
que os valores são muito similares, variando entre 25,2 (‰) e 36,6 (‰) - Quadro 6.
Assim, em média, em 2013, o número de nados - vivos por cada mulher em idade fértil, no
ACeS BV é de 0,0306 (0,034 em 2012).
Relativamente ao Índice sintético de fecundidade (Nº), este permite avaliar se o número de
nascimentos por mulher em idade fértil consegue garantir a substituição de gerações e, desta
forma, contribuir para a redução do envelhecimento populacional. Nos países desenvolvidos,
considera-se o número 2,1 como o nível mínimo para a efectiva substituição de gerações. Na
Região do Baixo Vouga o nível de fecundidade da população foi, em 2013 de 1,14 (em 2012 foi
de 1,23), valor este inferior a 2,1, não permitindo assim a efectiva substituição de gerações.
No que concerne à taxa (‰) de fecundidade na adolescência (15-19 anos) a Região do Baixo
Vouga é a que apresenta o valor mais elevado, relativamente à região Centro e do País.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
25
Quadro 6. Indicadores de População: Densidade populacional, Taxa (%) de crescimento efectivo, Taxa (%) de crescimento natural, Taxa (%) de crescimento migratório, Taxa (‰) Bruta de Natalidade, Taxa
(‰) Bruta de mortalidade, Taxa (‰) Bruta de nupcialidade, Taxa (‰) de fecundidade geral (‰), Índice sintético (Nº) de fecundidade, Taxa (‰) de fecundidade na adolescência em 2013
Densidade
populacional Tx cresc. efetivo
Tx cresc. natural
Tx cresci. migratório
Tx bruta natalidade
Tx bruta mortalidade
Tx bruta nupcialidade
Tx fecundidade
geral
Índice sintético de fecundidade
Tx fecundidade adolescência
N.º/km2 % ‰ N.º ‰
Portugal 113,1 - 0,57 - 0,23 - 0,35 7,9 10,2 3,1 33,9 1,21 10,6
Continente 111,3 - 0,58 - 0,23 - 0,35 7,9 10,2 3,1 34,1 1,21 10,2
Centro 80,9 - 0,78 - 0,51 - 0,27 6,9 12,0 3,0 30,8 1,11 8,3
Baixo Vouga 214,2 - 0,46 - 0,23 - 0,22 7,5 9,8 3,1 31,6 1,14 12,7
Águeda 140,6 - 0,52 - 0,35 - 0,17 6,9 10,4 2,9 30,4 x x
Albergaria-a-Velha 155,7
- 0,74 - 0,12 - 0,62 7,2 8,4 3,3 30,2 x x
Anadia 130,8 - 1,09 - 0,70 - 0,39 5,4 12,4 2,5 25,2 x x
Aveiro 390,9 - 0,58 - 0,01 - 0,57 9,1 9,1 3,8 36,6 x x
Estarreja 245,5 - 0,58 - 0,44 - 0,14 7,6 12,1 2,7 32,9 x x
Ílhavo 522,8 - 0,24 - 0,11 - 0,13 7,9 9,0 2,5 31,8 x x
Mealhada 183,0 - 0,43 - 0,45 0,01 6,2 10,7 3,0 26,9 x x
Murtosa 142,8 - 0,49 - 0,34 - 0,14 8,2 11,7 3,8 36,0 x x
Oliveira do Bairro 268,5
0,37 - 0,47 0,84 6,3 10,9 3,2 25,9 x x
Ovar 371,8 - 0,32 - 0,06 - 0,26 7,5 8,1 2,9 30,5 x x
Sever do Vouga 92,4
- 1,04 - 0,51 - 0,53 6,1 11,1 2,4 27,6 x x
Vagos 138,8 0,07 - 0,07 0,14 8,5 9,2 4,3 35,4 x x
Fonte: INE 2014 – Anuário Estatístico Região Centro, 2013
Na Figura 7, estão apresentadas as taxas brutas de natalidade geral, mortalidade geral, nupcialidade e fecundidade geral, relativamente a Portugal, ao Continente, Região Centro e Baixo Vouga.
Figura 7. Taxas Brutas de Natalidade (‰), de Mortalidade, de Nupcialidade, e de Fecundidade Geral (‰), em 2013
Fonte: INE 2014 – Anuário Estatístico Região Centro, 2013
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1.5 DADOS E INDICADORES SOCIOECONÓMICOS E CULTURAIS
1.5.1 Indicadores de Educação
No Quadro 7 encontra-se representada a distribuição relativa da população em Portugal,
Continente, Região Centro, Região do Baixo Vouga e respectivos Concelhos, segundo o nível de
escolaridade, em 2013.
Quadro 7. Taxas de escolarização no ensino pré-escolar, básico, secundário e superior em Portugal, Continente, Região Centro e Região do Baixo Vouga, em 2013
Taxa bruta de pré-escolarização
Taxa bruta de escolarização Tx Escolarização no ensino superior (alunas/os com idades entres 18 e 22 anos)
Ensino básico Ensino secundário
Portugal 90,6 112,6 121,0 32,4
Continente 90,4 112,6 122,0 33,9
Centro 96,4 110,2 118,8 35,9
Baixo Vouga 92,6 110,4 108,8 31,4
Águeda 99,6 115,4 110,2
Albergaria-a-Velha 90,6 111,1 108,6
Anadia 106,0 119,2 110,0
Aveiro 102,0 124,1 180,2
Estarreja 99,9 110,9 82,4
Ílhavo 81,3 93,4 62,9
Mealhada 89,4 92,4 87,6
Murtosa 84,0 101,5 22,8
Oliveira do Bairro 77,6 110,9 90,3
Ovar 87,6 104,9 85,2
Sever do Vouga 94,2 104,9 105,0
Vagos 84,3 110,5 125,4
Fonte: INE 2014 – Anuário Estatístico Região Centro, 2013
No quadro 8 pode observar-se a distribuição absoluta e relativa dos alunos matriculados
segundo o nível de ensino, em 2013. Assim salienta-se que, em termos proporcionais e
relativamente à Região Centro, a Região do Baixo Vouga apresenta valores superiores no
ensino pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclo e ensino secundário. No Ensino pós-secundário não
superior e ensino superior apresenta valores inferiores.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
27
Quadro 8. Alunas/os matriculados/os (numero e %) em modalidades de educação/formação orientadas para jovens, por município, segundo o nível de ensino ministrado, 2012/2013
Educação pré-escolar
Ensino básico Ensino secundário
Ensino pós-secundário
não superior
Ensino Superior Total 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo
Total
% Total % Total % Total % Total % Total % Total %
Portugal 266 666 12,9 438 699 21,2 247 663 12,0 381836
18,5 361 832 17,5 10 341 0,5 362200 17,5 2069 237
Continente 252 096 15,6 414 032 25,7 233 060 14,5 360 136
22,3 343 084 21,3 9 999 0,6 0,0 1612 407
Centro
54 716 12,7 87 364 20,3 49 107 11,4 78 688 18,3 76 234 17,7 3 775 0,9 79982 18,6 429 866
Baixo Vouga 9 520 12,8 15 336 20,7 8 845 11,9 13 878
18,7 12 800 17,3 221 0,3 13598 18,3 74 198
Águeda 1 126 15,7 1 801 25,1 1 049 14,6 1 576 21,9 1 474 20,5 156 2,2 7 182
Albergaria-a-Velha
607 15,2 1 012 25,3 618 15,4 899 22,5 866 21,6 0 0,0 4 002
Anadia 638 14,9 1 105 25,7 648 15,1 984 22,9 920 21,4 0 0,0 4 295
Aveiro 2 225 15,0 3 315 22,3 1 901 12,8 3 203 21,6 4 126 27,8 65 0,4 14 835
Estarreja 690 17,0 1 098 27,1 603 14,9 905 22,3 760 18,7 0 0,0 4 056
Ílhavo 906 18,3 1 497 30,2 756 15,3 1 118 22,6 672 13,6 0 0,0 4 949
Murtosa 262 17,8 461 31,4 278 18,9 379 25,8 89 6,1 0 0,0 1 469
Oliveira do Bairro
550 15,1 895 24,6 557 15,3 948 26,1 686 18,9 0 0,0 3 636
Ovar 1 245 15,3 2 197 27,0 1 280 15,7 1 991 24,4 1 431 17,6 0 0,0 8 144
Sever do Vouga
244 14,9 420 25,7 251 15,3 386 23,6 336 20,5 0 0,0 1 637
Vagos 532 13,8 863 22,4 541 14,0 930 24,1 992 25,7 0 0,0 1 858
Fonte: Anuário Estatístico Região Centro, 2013
2 INDICADORES DE SAÚDE
2.1 NATALIDADE
a) Nados Vivos e taxa de Natalidade
A taxa de Natalidade no Baixo Vouga, em 2010, foi de 9,14‰ (3.379 nados-vivos) e em 2013
de 7,93‰ (2.905 nados-vivos). Destes dados constata-se que, de 2010 para 2013, no Baixo
Vouga, o número absoluto de nados-vivos tem vindo a decrescer, apresentando uma taxa de
variação negativa de 14,02% (menos 474 nados-vivos) - Quadro 9.
Quadro 9. Nados-vivos e Taxa de Natalidade (‰), no Continente, Região Centro e Baixo Vouga – 2010 a 2013
NV = Nados-vivos no ano TN = Taxa de Natalidade (‰)
2010 2011 2012 2013
NV TN (‰) NV TN
(‰)
NV TN (‰) NV TN (‰)
CONTINENTE 96.133 9,58 91.701 9,13 85 306 8,5 78.607 7,86
REGIÃO CENTRO 13.906 7,99 13.514 7,78 17 195 7,5 11.659 7,20
BAIXO VOUGA 3.379 9,14 3.086 8,33 3 036 8,2 2.905 7,93
Fonte: INE, 2010, 2011, 2012, 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
28
No Baixo Vouga, as taxas de natalidade de 2010, 2011 e 2012 apresentam valores inferiores às
do Continente mas superiores às da Região Centro. No ano de 2013 regista-se valores
superiores no Continente e Região Centro.
Figura 8. Evolução da taxa de natalidade (%o) de 2010 a 2013
Fonte: INE, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013
No Quadro que se segue, apresenta-se a distribuição do número total de nados-vivos e óbitos
e óbitos com menos de um ano, em 2013. Salienta-se que em todos os locais representados o
saldo fisiológico é negativo.
Quadro 10. Distribuição do número de Nados vivos e óbitos, segundo o género, por áreas geográficas em 2013
Área Geográfica
Nados Vivos Óbitos
Total Total Com menos de 1 ano HM H M HM H M
Portugal 82 787 42 219 40 567 106 543 54 169 52 373 244
Continente 78 607 40 100 38 506 101 656 51 665 49 990 228
Centro 15 733 8 027 7 706 27 415 13 821 13 594 33
Baixo Vouga 2 905 1 477 1 428 3 809 1 968 1 841 6
Águeda 327 158 169 491 241 250 1
Albergaria-a-Velha 178 94 84 208 116 92 0
Anadia 153 86 67 353 173 180 0
Aveiro 703 359 344 707 377 330 0
Estarreja 203 98 105 321 179 142 1
Ílhavo 302 150 152 345 194 151 3
Mealhada 126 59 67 217 102 115 1
Murtosa 86 39 47 122 63 59 0
Oliveira do Bairro 147 80 67 256 123 133 0
Ovar 413 218 195 445 229 216 0
Sever do Vouga 73 40 33 134 71 63 0
Vagos 194 96 98 210 100 110 0
Fonte: INE 2014 – Anuário Estatístico Região Centro, 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
29
b) Taxa de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2013
Apresenta-se na Figura 9 as taxas de natalidade e mortalidade geral do Continente, Região
Centro e Baixo Vouga onde se observa que a taxa de mortalidade é sempre superior à de
natalidade o que se traduz num saldo fisiológico negativo (menos 904 indivíduos no Baixo
Vouga em 2013).
Figura 9. Taxas de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2013
Fonte: INE, 2014 - Anuário Estatístico Região Centro, 2013
No que respeita ao local de parto, verifica-se que ainda continuam a existir partos no
domicílio.
Na região do Baixo Vouga em 2013, existiram 17 partos no domicílio, o que corresponde a
0,6%.
Quadro 11. Partos por município de residência da mãe, segundo o local do parto, 2013
Partos por município de residência da mãe, segundo o local do parto, 2013
Total Domicílio Estabelecimento hospitalar
Outro local
Portugal 81 737 602 80 945 190
Continente 77 601 562 76 858 181
Centro 15 535 128 15 370 37
Baixo Vouga 2 877 17 2 857 3
Águeda 326 1 324 1
Albergaria-a-Velha 177 1 176 0
Anadia 152 1 151 0
Aveiro 697 5 692 0
Estarreja 199 0 198 1
Ílhavo 299 1 298 0
Mealhada 122 1 121 0
Murtosa 86 0 86 0
Oliveira do Bairro 147 2 144 1
Ovar 408 5 403 0
Sever do Vouga 71 0 71 0
Vagos 193 0 193 0
Fonte: INE 2014 – Anuário Estatístico Região Centro, 2013
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30
2.2 MORTALIDADE
a) Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal
No Quadro 12, apresenta-se o número de óbitos e respectivas taxas de mortalidade Infantil,
Fetal e Perinatal no Continente, Região Centro e Região do Baixo Vouga.
Da sua análise destaca-se que:
- A taxa de mortalidade infantil no Baixo Vouga, em 2013, foi de 2,07%o, o que corresponde a
6 óbitos com menos de 1 ano. Esta taxa é também inferior à registada na Região Centro
(2,23%o) e no Continente (2,9%o).
- A taxa de mortalidade neonatal, de 2008 a 2013, no Baixo Vouga apresentou os valores
sempre inferiores aos da Região Centro e do Continente, com excepção de 2011.
- A taxa de mortalidade neonatal precoce apresenta valores, no Baixo Vouga (1,38%o)
superiores ao da Região Centro (1,12%o) e do Continente (1,25%o), em 2013. Refere-se que,
entre 2008 e 2013, os valores mais baixos se verificaram em 2010, quer a nível da Região de
Baixo Vouga, quer na região Centro e Continente.
- A taxa de mortalidade perinatal, em 2013, no Baixo Vouga (4,46 %o) foi superior à da Região
Centro (4,10%o) e Continente (3,55%o).
- A taxa de mortalidade fetal, no Baixo Vouga, em 2013, foi de 3,43 %o, sendo superior à
registada na Região Centro (3,42%o) e no Continente (2,89%o).
- A taxa de mortalidade perinatal alargada (inclui o nº de óbitos fetais de 28 ou mais semanas
e óbitos de nados-vivos com menos de 28 dias), registou no Baixo Vouga o valor de 4,46 %o,
inferior ao da região Centro (4,53%o), mas superior ao do Continente (4,19%o).
- A taxa de mortalidade Pós-neonatal, no Baixo Vouga apresentou, em 2013, uma taxa de
0,69%o, igual à da Região Centro (0,69%o) e inferior à do Continente (1,00%o).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
31
Quadro 12. Óbitos (O) e Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Continente, Região Centro e Baixo Vouga de 2008 a 2013
2008 2009 2010 2011 2012 2013
O TM O TM O TM O TM O TM O TM
Óbitos e Taxa de Mortalidade Infantil (%o)
CONTINENTE 324 3,27 338 3,58 236 2,45 286 3,12 283 3,32 228 2,9
REGIÃO CENTRO 53 3,60 36 2,59 26 1,87 39 2,88 42 3,34 26 2,23
BAIXO VOUGA 12 3,42 9 2,62 5 1,40 10 3,09 10 3,14 6 2,07
Óbitos e Taxa de Mortalidade Neonatal (%o)
CONTINENTE 2,1 228 2,42 157 1,63 216 2,36 188 2,20 149 1,90
REGIÃO CENTRO 2,0 28 2,01 18 1,29 31 2,29 30 2,39 18 1,54 BAIXO VOUGA 1,4 5 1,45 4 1,12 8 2,47 6 1,88 4 1,38
Óbitos e Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce (%o)
CONTINENTE 1,7 151 1,6 108 1,12 137 1,49 128 1,50 98 1,25
REGIÃO CENTRO 1,5 19 1,37 12 0,86 23 1,70 20 1,59 13 1,12
BAIXO VOUGA 1,4 4 1,16 3 0,84 4 1,24 3 0,94 4 1,38
Óbitos e Taxa de Mortalidade Perinatal (%o)
CONTINENTE 4,0 422 4,45 337 3,49 346 3,76 355 4,14 280 3,55
REGIÃO CENTRO 3,5 60 4,29 49 3,50 51 3,75 54 4,28 48 4,10
BAIXO VOUGA 2,6 16 4,63 15 4,20 11 3,39 14 4,37 13 4,46
Óbitos e Taxa de Mortalidade Fetal (%o)
CONTINENTE 3,51 3,17 2,88 3,35 2,89
REGIÃO CENTRO 3,65 3,58 2,21 4,20 3,42
BAIXO VOUGA 4,63 4,20 2,77 4,68 3,43
Óbitos e Taxa de Mortalidade Perinatal alargada (%o)
CONTINENTE 499 5,26 386 4,00 425 4,61 415 4,84 331 4,19
REGIÃO CENTRO 69 4,93 55 3,93 59 4,33 64 5,07 53 4,53
BAIXO VOUGA 17 4,92 16 4,48 15 4,62 17 5,30 13 4,46
Óbitos e Taxa de Mortalidade Pós Neonatal (%o)
CONTINENTE 110 1,17 79 0,82 70 0,76 95 1,11 79 1,00
REGIÃO CENTRO 8 0,57 8 0,57 8 0,59 12 0,96 8 0,69
BAIXO VOUGA 4 1,16 1 0,28 2 0,62 4 1,25 2 0,69
Fonte: INE, 2008 a 2013
Na Figura 10, pode observar-se a variação da taxa de mortalidade Infantil e suas componentes,
Fetal e Perinatal no Baixo Vouga, no período de 2008 a 2013. Refere-se que estas taxas
representam pequenos números e qualquer pequena variação influencia a taxa. No entanto,
verifica-se que as taxas de mortalidade Perinatal e Neonatal Precoce, apresentam tendência
crescente, neste período.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
32
Figura 10. Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Baixo Vouga de 2008 a 2013
Fonte: DGS – Natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal, 2009/2013
b) Dados e indicadores de mortalidade - Mortalidade Geral
Da análise do Quadro 13 salienta-se:
- Na Região do Baixo Vouga em 2012, conforme os resultados obtidos por causa de morte,
verificaram-se 3.893 óbitos, dos quais 1.935 óbitos de homens e 1.958 de mulheres.
- A idade média à morte foi de 77,3 anos (74,4 para os homens e 80,1 para as mulheres) na
Região do Baixo Vouga, sendo superior à do país (76,8 anos).
- Do total de óbitos, 571 ocorreram em pessoas com menos de 65 anos, 3.322 em pessoas com
65 e mais anos, 793 com menos de 70 anos e 2.736 em pessoas com 75 e mais anos.
- Relativamente à taxa de mortalidade padronizada por todas as causas, constatou-se que a
Região do Baixo Vouga apresentou a taxa mais baixa de 556,5%000 comparativamente com a de
Portugal (567,6%000) e distanciando-se mesmo da taxa verificada na Região Centro (573,9%000).
- Refere-se que a taxa de mortalidade padronizada para pessoas com menos de 65 anos foi de
154,7%000 e de 3.807,7%000 para pessoas com 65 e mais anos.
Em 2012, o número total de anos potenciais de vida perdidos foi de 11.437 anos, na Região do
Baixo Vouga, sendo para os homens de 7.749 e para as mulheres 3.688 anos. Em média, no
Baixo Vouga o número de anos potenciais de vida perdidos foi de 14,4 anos, sem grande
diferença entre homens e mulheres, sendo este valor superior ao de Portugal (14,2 anos).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
33
Quadro 13. Dados e indicadores de mortalidade (total), no Baixo Vouga em 2012
Causa de morte: Total de causas (CID-10: A00-Y89) Total Homens Mulheres Total de óbitos (N.º) 3.893 1.935 1.958
Idade média à morte (N.º de anos) 77,3 74,4 80,1
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 571 394 177
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 3.322 1.541 1.781
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 793 533 260
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 2.736 1.188 1.548
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 556,5 689,0 448,6
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes)
154,7 220,6 93,7
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 3.807,7 4.479,0 3.319,8
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 1.001,0 1.043,1 962,7
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11.437 7.749 3.688
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3.404,5 4.725,4 2.144,8
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 14,4 14,5 14,2
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3.231,2 4.469,7 2.071,5
Fonte: INE 2014 Risco de morrer 2012
Mortalidade Padronizada
No Quadro 14, encontram-se elencadas as principais causas de morte padronizadas por ordem
decrescente, segundo o grupo etário e sexo.
Quanto ao sexo a taxa mais elevada, no global, foi no sexo masculino, sendo que esta situação
se verificou em todas as causas de morte dos grandes grupos representados, com excepção
das doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários e as
doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.
Relativamente à idade, como é natural, as taxas de mortalidade são mais elevadas nas pessoas
com 65 e mais anos.
No ano 2012 as doenças do aparelho circulatório constituíram a principal causa de morte, com
1.166 óbitos no Baixo Vouga, o que representa uma proporção de cerca de 30% (29,95%) dos
óbitos totais. Apresentam uma taxa de mortalidade padronizada de 149%ooo, que é inferior à
de Portugal, bem como à da Região Centro.
Os tumores representam a segunda causa de morte, com uma taxa de 149%ooo (886 óbitos),
salientando-se que a taxa de mortalidade em pessoas com menos de 65 anos é bastante
elevada (71,0%ooo).
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34
Quadro 14. Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o grupo etário e sexo - 2012
Local de residência
Total Com menos de 65 anos Com 65 e mais anos
HM H M HM H M HM H M
Portugal 567,6 724,4 442,0 178,2 254,0 108,5 3.717,7 4.530,8 3.140,2
Continente 561,5 715,0 438,3 175,6 249,7 107,3 3.684,3 4.479,5 3.116,8
Centro 573,9 726,5 450,2 171,0 243,0 103,4 3.833,6 4.637,6 3.256,2
Baixo Vouga 556,5 689,0 448,6 154,7 220,6 93,7 3.807,7 4.479,0 3.319,8
Doenças do aparelho circulatório (CID-10: I00-I99) Portugal 154,5 176,6 136,0 23,6 35,6 12,8 1.213,4 1.317,7 1.132,6
Continente 152,8 173,8 135,1 23,1 34,4 12,7 1.202,8 1.301,3 1.125,6
Centro 152,0 172,1 135,2 19,3 28,7 10,5 1.226,0 1.331,7 1.144,3
Baixo Vouga 149,0 165,8 135,7 15,1 22,9 8,0 1.232,3 1.321,7 1.169,0
Tumores (CID-10: C00-D48) Portugal 156,2 218,0 109,2 69,3 90,6 50,0 859,7 1.248,9 588,7
Continente 154,8 215,7 108,4 68,4 89,3 49,4 854,4 1.238,8 585,5
Centro 147,9 205,0 104,3 64,1 82,1 47,5 825,9 1.199,8 564,1
Baixo Vouga 141,5 193,3 101,6 54,9 71,0 40,2 842,3 1.182,7 598,1
Doenças do aparelho respiratório (CID-10: J00-J99) Portugal 62,8 82,1 49,3 6,1 9,1 3,3 522,0 672,6 421,2
Continente 61,3 80,3 48,0 5,9 8,8 3,2 509,8 658,1 410,3
Centro 65,5 81,8 53,9 4,3 6,7 2,1 561,1 690,2 472,9
Baixo Vouga 68,5 81,8 58,0 5,2 9,2 1,5 580,6 669,4 514,8
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (CID 10: E00-E90) Portugal 29,5 32,0 27,4 5,0 6,5 3,7 227,7 238,8 218,8
Continente 29,2 31,6 27,2 5,0 6,4 3,7 225,1 235,4 216,7
Centro 31,0 32,5 29,6 5,9 7,3 4,7 233,9 237,1 230,6
Baixo Vouga 34,3 31,1 36,0 7,3 9,1 5,5 253,0 208,7 282,4
Doenças do aparelho digestivo (CID-10: K00-K93) Portugal 26,0 36,4 17,3 11,2 17,7 5,2 145,6 187,3 114,7
Continente 25,7 36,0 17,1 11,0 17,4 5,1 145,0 186,1 114,4
Centro 26,4 26,4 18,0 10,3 15,6 5,3 157,3 205,7 121,2
Baixo Vouga 20,9 29,9 13,5 7,5 11,9 3,5 129,2 175,0 94,4
Doenças do aparelho geniturinário (CID-10: N00-N99) Portugal 13,0 14,8 11,7 1,3 1,6 1,0 107,6 122,0 98,1
Continente 12,9 14,8 11,5 1,3 1,6 0,9 106,8 121,1 97,3
Centro 14,3 17,3 12,2 0,9 1,2 0,6 122,9 147,9 106,4
Baixo Vouga 15,1 19,6 12,2 0,8 0,5 1,1 131,1 173,6 102,1
Algumas doenças infeciosas e parasitárias (CID-10: A00-B99) Portugal 14,0 19,1 9,4 7,4 11,8 3,4 66,6 78,8 57,6
Continente 13,9 19,3 9,2 7,5 11,9 3,3 66,2 79,2 56,6
Centro 10,7 13,8 7,9 4,7 7,1 2,5 59,1 68,3 52,1
Baixo Vouga 11,9 14,1 10,0 4,0 5,4 2,7 75,9 84,7 69,2
Acidentes de transporte e sequelas (CID-10: V01-V99,Y85) Portugal 6,0 10,1 2,3 5,5 9,2 1,9 10,3 17,0 5,5
Continente 6,1 10,3 2,3 5,6 9,4 1,9 10,5 17,1 5,6
Centro 7,8 13,5 2,6 7,1 12,0 2,4 13,2 25,4 4,3
Baixo Vouga 8,2 13,0 4,2 7,4 10,7 4,4 14,3 31,4 3,1
Perturbações mentais e do comportamento (CID-10: F00-F99) Portugal 1,4 2,1 0,7 1,1 1,8 0,5 3,3 5,2 1,9
Continente 1,3 2,1 0,6 1,1 1,8 0,5 3,2 5,0 1,9
Centro 1,8 2,9 0,9 1,4 2,2 0,6 4,8 8,1 2,7
Baixo Vouga 3,0 4,3 2,0 2,9 3,8 2,0 4,1 7,9 1,7
Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários (CID-10: D50-D89) Portugal 2,3 2,4 2,3 0,7 0,7 0,6 16,0 16,2 15,7
Continente 2,3 2,4 2,3 0,6 0,6 0,6 16,1 16,2 15,8
Centro 2,7 2,7 2,8 0,8 0,8 0,9 18,3 18,0 18,3
Baixo Vouga 2,3 2,2 2,4 0,8 0,6 1,0 14,0 14,4 13,4
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (CID-10: M00-M99) Portugal 2,0 1,9 2,2 0,7 0,6 0,9 12,5 12,6 12,5
Continente 2,0 1,9 2,2 0,7 0,6 0,9 12,5 12,6 12,5
Centro 2,2 2,4 2,1 0,7 0,6 0,7 14,7 16,9 13,2
Baixo Vouga 1,1 1,3 0,9 0,0 0,0 0,0 9,6 11,7 8,1
Fonte: INE 2014 Risco de morrer 2012
No quadro 15 e figura 11 apresentam-se, as taxas de mortalidade padronizadas pelos diversos
tumores malignos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
35
O total de óbitos, na Região do Baixo Vouga, por tumores foi de 886 e por tumores malignos
de 865 o que representa, respectivamente, uma taxa de mortalidade padronizada de
141,5%ooo e de 138,4%ooo.
Salienta-se que o tumor maligno que apresentou a taxa mais elevada foi o do cólon, reto e
ânus com 21,6%ooo, com um total de 142 óbitos, correspondendo a 16,4% do total de óbitos.
Quadro 15. Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes),
por Local de residência, segundo o grupo etário e sexo – 2012
Local de residência
(NUTS - 2002)
Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes) segundo o
Sexo
Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes) com menos
de 65 anos segundo o Sexo
Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes) com 65 e
mais anos segundo o Sexo
HM H M HM H M HM H M
Tumores (CID-10: C00-D48)
Portugal 156,2 218,0 109,2 69,3 90,6 50,0 859,7 1.248,9 588,7
Continente 154,8 215,7 108,4 68,4 89,3 49,4 854,4 1.238,8 585,5
Centro 147,9 205,0 104,3 64,1 82,1 47,5 825,9 1.199,8 564,1
Baixo Vouga 141,5 193,3 101,6 54,9 71,0 40,2 842,3 1.182,7 598,1
Tumores malignos (CID-10: C00-C97)
Portugal 153,5 214,5 106,9 68,6 89,8 49,3 840,3 1.223,6 573,1
Continente 152,1 212,2 106,1 67,7 88,5 48,8 834,8 1.213,2 569,8
Centro 144,9 200,9 101,9 63,4 81,3 46,7 804,2 1.167,9 549,2
Baixo Vouga 138,4 189,0 99,2 54,1 69,8 39,8 819,7 1.152,9 580,4
Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão (CID-10: C33-C34)
Portugal 23,8 42,3 9,1 12,7 21,2 5,0 113,8 212,8 42,1
Continente 23,2 41,0 9,0 12,4 20,5 5,0 111,0 206,4 41,6
Centro 16,8 29,4 6,4 9,1 15,5 3,2 78,5 141,4 32,2
Baixo Vouga 15,5 28,6 5,1 6,7 11,3 2,4 87,3 168,2 27,2
Tumor maligno do cólon, reto e ânus (CID-10: C18-C21)
Portugal 21,4 29,9 15,1 7,5 9,3 5,9 133,6 196,4 90,0
Continente 21,5 30,0 15,2 7,5 9,3 5,8 135,0 197,7 91,2
Centro 22,7 31,9 15,9 8,4 10,3 6,6 138,7 206,7 91,1
Baixo Vouga 21,6 31,5 14,4 6,8 8,6 5,1 141,4 217,0 89,2
Tumor maligno da mama (CID-10: C50)
Portugal 11,2 0,4 20,0 6,4 0,1 12,2 50,0 2,3 83,2
Continente 11,1 0,4 19,9 6,4 0,1 12,2 48,9 2,2 81,6
Centro 10,6 0,3 19,0 6,2 0,1 12,0 45,9 2,2 76,1
Baixo Vouga 9,7 0,0 17,6 5,0 0,0 9,6 48,1 0,0 82,5
Tumor maligno do estômago (CID-10: C16)
Portugal 14,0 20,0 9,3 6,1 8,6 3,8 77,8 112,2 53,4
Continente 14,2 20,3 9,4 6,2 8,8 3,9 78,7 113,3 53,9
Centro 13,2 18,9 8,6 5,5 7,9 3,3 75,4 107,9 51,6
Baixo Vouga 13,9 17,8 10,7 4,8 6,4 3,4 87,4 109,6 69,2
Tumor maligno do pâncreas (CID-10: C25)
Portugal 7,6 10,0 5,6 3,0 4,4 1,7 45,0 55,2 37,5
Continente 7,5 9,8 5,6 2,9 4,3 1,6 44,6 54,3 37,5
Centro 7,9 10,5 5,7 3,1 4,6 1,7 46,1 58,2 37,7
Baixo Vouga 6,4 9,0 4,2 2,3 3,8 1,0 38,9 50,7 30,8
Tumor maligno da próstata (CID-10: C61)
Portugal 0,0 21,5 0,0 0,0 2,3 0,0 0,0 176,5 0,0
Continente 0,0 21,4 0,0 0,0 2,3 0,0 0,0 175,8 0,0
Centro 0,0 24,5 0,0 0,0 2,6 0,0 0,0 201,5 0,0
Baixo Vouga 0,0 18,3 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 157,7 0,0
Tumor maligno do fígado e das vias biliares intra-hepática (CID-10: C22)
Portugal 6,1 10,1 2,8 3,0 5,1 1,0 31,1 51,0 16,9
Continente 6,1 10,2 2,8 3,0 5,1 1,0 31,3 51,3 16,8
Centro 5,9 10,3 2,4 2,2 4,0 0,5 35,9 61,2 17,6
Baixo Vouga 6,1 10,6 2,4 2,1 3,8 0,5 38,9 65,4 18,2
Tumor maligno do colo do útero (CID-10: C53)
Portugal 0,0 0,0 2,8 0,0 0,0 2,2 0,0 0,0 7,7
Continente 0,0 0,0 2,8 0,0 0,0 2,2 0,0 0,0 7,7
Centro 0,0 0,0 2,9 0,0 0,0 2,6 0,0 0,0 5,9
Baixo Vouga 0,0 0,0 3,0 0,0 0,0 1,5 0,0 0,0 14,6
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
36
Local de residência (NUTS - 2002)
Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes) segundo o
Sexo
Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes) com menos
de 65 anos segundo o Sexo
Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes) com 65 e
mais anos segundo o Sexo
HM H M HM H M HM H M
Tumor maligno do ovário (CID-10: C56)
Portugal 0,0 0,0 4,4 0,0 0,0 2,4 0,0 0,0 20,8
Continente 0,0 0,0 4,3 0,0 0,0 2,4 0,0 0,0 20,4
Centro 0,0 0,0 4,8 0,0 0,0 3,0 0,0 0,0 18,7
Baixo Vouga 0,0 0,0 5,6 0,0 0,0 2,5 0,0 0,0 30,3
Doença de Hodgkin (CID-10: C81)
Portugal 0,3 0,4 0,2 0,2 0,3 0,1 1,2 1,1 1,4
Continente 0,3 0,4 0,2 0,2 0,3 0,1 1,2 1,1 1,3
Centro 0,4 0,3 0,4 0,2 0,2 0,2 1,5 0,7 2,1
Baixo Vouga 0,5 0,6 0,4 0,3 0,6 0,0 2,1 0,0 3,4
Leucemia (CID-10: C91-C95)
Portugal 4,9 6,6 3,7 1,9 2,4 1,5 29,3 40,7 21,5
Continente 4,9 6,6 3,7 1,9 2,3 1,5 29,6 40,8 22,0
Centro 4,6 5,9 3,6 1,4 1,9 1,0 30,4 38,5 24,8
Baixo Vouga 4,6 6,4 3,3 2,3 2,9 1,8 23,2 35,2 15,7
Tumor maligno da bexiga (CID-10: C67)
Portugal 5,0 9,2 2,0 1,3 2,3 0,4 35,0 65,2 14,4
Continente 5,0 9,3 1,9 1,3 2,4 0,4 35,0 65,3 14,3
Centro 5,2 9,0 2,3 1,6 2,7 0,5 34,3 60,0 16,8
Baixo Vouga 5,6 7,9 3,7 2,6 3,8 1,5 29,7 41,6 21,3
Tumor maligno da pele (CID-10: C43)
Portugal 1,7 2,1 1,3 0,9 1,1 0,7 7,9 10,2 6,2
Continente 1,7 2,1 1,3 0,9 1,1 0,7 7,7 9,9 6,0
Centro 1,8 2,4 1,3 1,0 1,4 0,6 8,4 10,3 6,8
Baixo Vouga 1,8 2,8 1,0 1,1 1,7 0,5 7,9 11,7 5,0
Fonte: INE 2014 - Risco de Morrer 2012
Figura 11. Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes),
na Região do Baixo Vouga, em 2012
Fonte: INE 2014 - Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
37
Causas de Morte - Óbitos por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o sexo, Relação de masculinidade nos óbitos e a Idade média à morte (em anos) segundo o Sexo – 2012, na Região do Baixo Vouga No Quadro 16 pode observar-se que a relação de masculinidade dos óbitos para todas as
causas foi de 98,8 óbitos masculinos por cada 100 femininos.
No que respeita à relação de masculinidade por causa, o valor mais elevado verificou-se na
causa de morte devida a tumor maligno do pulmão, traqueia e brônquios (429,4) seguido da
doença crónica do fígado (400,0).
Quanto à idade média de morte, por todas as causas, foi de 77,3 anos. As causas de morte em
que a idade média foi mais baixa foram os acidentes de transporte e sequelas (51,4 anos),
seguido do abuso de álcool (57,5 anos). Estas duas causas de morte, são em grande parte
mortes prematuras e que poderiam ser prevenidas. A causa de morte cuja idade média à
morte foi mais elevada foi a pneumonia (83,9 anos).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
38
Quadro 16. Causas de Morte - Óbitos por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o sexo, Relação de masculinidade nos óbitos e a Idade média à morte (em anos) segundo o Sexo – 2012, na Região do
Baixo Vouga
Causas de morte Total de óbitos (N.º) segundo o Sexo
Relação de masculinidade nos óbitos
Idade média à morte (em anos) segundo o Sexo
HM H M HM H M
Todas as causas 3.893 1.935 1.958 98,8 77,3 74,4 80,1
Algumas doenças infeciosas e parasitárias
81 39 42 92,9 74,9 71,5 78,0
Tuberculose 4 2 2 100,0 72,5 65,0 80,0
Tumores Malignos 865 506 359 140,9 72,2 71,4 73,3
Pulmão, traqueia e bronqios 90 73 17 429,4 68,5 68,1 70,0
Colon, recto e anus 142 89 53 167,9 74,2 74,2 74,2
Mama 58 0 58 0,0 70,4 - 70,4
Estomago 91 47 44 106,8 73,7 71,3 76,4
Pancreas 41 24 17 141,2 74,0 72,0 76,8
Próstata 0 59 0 - - 81,4 -
Figado e Vias Biliares 38 27 11 245,5 72,3 69,9 78,2
Colo do útero 0 0 10 0,0 - - 70,5
Ovário 0 0 18 0,0 - - 68,1
Doença de Hodgkin 3 1 2 50,0 60,8 27,5 77,5
Leucemia 26 17 9 188,9 66,8 69,2 62,1
Bexiga 35 21 14 150,0 73,0 71,3 75,6
Pele 11 7 4 175,0 71,4 66,0 80,8
Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitário
16 6 10 60,0 77,6 72,8 80,6
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
246 88 158 55,7 78,1 74,7 79,9
Diabetes 189 71 118 60,2 79,9 77,2 81,6
Perturbações mentais e do comportamento
15 10 5 200,0 58,9 61,5 53,8
Abuso de álcool 12 8 4 200,0 57,5 63,8 45,0
Doenças do sistema nervoso e dos orgãos dos sentidos
114 50 64 78,1 75,8 73,1 77,9
Doença de Parkinson 22 6 16 37,5 83,4 81,1 84,3
D. Alzheimer 60 25 35 71,4 81,4 81,6 81,2
Doenças do aparelho circulatório
1.166 511 655 78,0 81,6 79,7 83,1
Doença isquémica do coração 159 91 68 133,8 79,3 77,8 81,3
Enfarte agudo do miocárdio 126 69 57 121,1 78,7 77,3 80,4
Doenças cerebrovasculares 527 227 300 75,7 81,4 79,0 83,2
Doenças do aparelho respiratório
551 254 297 85,5 83,0 80,7 84,9
Influenza [gripe] 5 2 3 66,7 82,4 78,3 85,2
Pneumonia 342 150 192 78,1 83,9 82,4 85,1
Doença pulmonar obstrutiva crónica
76 40 36 111,1 82,0 80,1 84,1
Asma 5 3 2 150,0 77,1 71,3 85,8
D. Aparelho Digestivo 139 80 59 135,6 75,0 71,5 79,8
Doença crónica do fígado 30 24 6 400,0 60,2 60,2 60,0
Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas
396 209 187 111,8 73,8 69,1 79,1
Causas externas de lesão e envenenamento
137 95 42 226,2 63,4 59,5 72,0
Acidentes de transporte e sequelas
37 29 8 362,5 51,4 54,4 40,6
Lesões autoprovocadas intencionalmente e sequelas
25 19 6 316,7 61,4 60,7 63,6
Fonte: INE 2014 - Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
39
Anos potenciais de vida perdidos e taxas, por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o
sexo em 2012 (Quadro 17).
O indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos quantifica o número de anos de vida não vividos
quando a morte ocorre em determinada idade abaixo da qual se considera a morte prematura.
O número de anos potenciais de vida perdidos, na região do Baixo Vouga, em 2012, foi de
11.437 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos de 3.404,5%ooo e o número médio de
anos de vida perdidos, de 14,4.
Salienta que o número médio de anos de vida perdidos no Baixo Vouga (14,4) foi superior ao
de Portugal (14,2) e Região Centro (14,0).
Quanto às taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos verifica-se que,
comparativamente com Portugal (3.606,4) e Região Centro (3.570,8), no do Baixo Vouga foi a
mais baixa com 3.231,2%ooo
Estes dados são indicadores de mortalidade prematura e, em algumas situações, poderiam não
ocorrer em idades mais precoces.
Refere-se que das causas de morte apresentadas as que registam o maior número de anos
potenciais de vida perdidos são os tumores; os sintomas, sinais, exames anormais, causas mal
definidas; as causas externas de lesão e envenenamento; as doenças do aparelho circulatório e
os acidentes de transporte e sequelas.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
40
Quadro 17. Causas de Morte – Anos potenciais de vida perdidos e taxas, por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o sexo – 2012
Local de residência (NUTS - 2002)/causas de morte
Anos potenciais de vida perdidos (N.º)
Taxa de Anos potenciais de vida perdidos (por 100 000
habitantes)
Número médio de Anos potenciais de vida perdidos (N.º)
Taxas padronizadas de Anos potenciais de vida perdidos
(por 100 000 habitantes)
HM H M HM H M HM H M HM H M
Total 346.614 235.101 111.514 3.831,7 5.311,6 2.413,8 14,2 14,2 14,2 3.646,3 5.014,1 2.371,1
Portugal 342.912 232.645 110.267 3.790,8 5.256,2 2.386,9 14,2 14,2 14,2 3.606,4 4.960,7 2.344,0
Continente 321.512 217.498 104.014 3.745,1 5.180,2 2.371,4 14,1 14,1 14,1 3.552,3 4.876,7 2.317,0
Centro 71.877 49.230 22.647 3.735,3 5.214,2 2.310,7 14,0 14,1 13,6 3.570,8 4.948,3 2.257,1
Baixo Vouga 11.437 7.749 3.688 3.404,5 4.725,4 2.144,8 14,4 14,5 14,2 3.231,2 4.469,7 2.071,5
Algumas doenças infeciosas e parasitárias
365 223 143 108,7 135,7 82,9 20,3 20,2 20,4 94,8 114,3 77,4
Tuberculose 10 10 0 3,0 6,1 0,0 5,0 5,0 - 2,2 4,8 0,0
VIH/SIDA 243 155 88 72,2 94,5 50,9 26,9 25,8 29,2 64,8 80,1 51,3
Tumores 3.540 2.190 1.350 1.053,8 1.335,5 785,1 11,5 11,3 11,8 895,9 1.153,5 659,8
T. Pulmão, Traqueia e Bronquios 453 375 78 134,7 228,7 45,1 10,1 9,9 11,1 110,7 192,5 36,0
Colon, recto e anus 423 248 175 125,8 150,9 101,8 10,3 10,8 9,7 106,1 129,0 85,3
Mama 355 0 355 105,7 0,0 206,5 13,7 - 13,7 89,4 0,0 172,0
Estomago 290 193 98 86,3 117,4 56,7 11,2 11,3 10,8 71,0 99,3 45,1
Pancreas 133 105 28 39,4 64,0 16,0 10,2 13,1 5,5 33,2 55,8 12,3
Prostata 0 23 0 0,0 13,7 0,0 - 4,5 - 0,0 10,7 0,0
Figado e Vias Biliares 128 120 8 38,0 73,2 4,4 9,8 10,0 7,5 31,6 62,6 3,3
Colo do útero 0 0 43 0,0 0,0 24,7 - - 14,2 0,0 0,0 21,2
Ovário 0 0 90 0,0 0,0 52,3 - - 11,3 0,0 0,0 44,0
D. Hodgkin 43 43 0 12,7 25,9 0,0 42,5 42,5 - 14,0 28,4 0,0
Leucemia 223 133 90 66,2 80,8 52,3 20,2 18,9 22,5 66,5 78,6 54,9
Bexiga 155 88 68 46,1 53,4 39,3 11,1 9,7 13,5 38,2 45,7 31,6
Pele 93 85 8 27,5 51,8 4,4 18,5 21,3 7,5 24,2 46,4 3,3
Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitário
73 38 35 21,6 22,9 20,4 24,2 37,5 17,5 19,3 21,5 17,0
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
577 320 257 171,8 195,1 149,5 16,0 17,8 14,3 179,5 196,0 163,0
Diabetes Melitus 138 105 33 40,9 64,0 18,9 7,2 10,5 3,6 32,6 53,2 13,5
Perturbações mentais e do comportamento
208 108 100 61,8 65,6 58,2 18,9 15,4 25,0 52,2 56,6 48,5
Abuso do Álcool 173 73 100 51,3 44,2 58,2 19,2 14,5 25,0 43,4 38,3 48,5
Doenças do sistema nervoso e dos orgãos dos sentido
335 220 115 122,4 165,8 81,6 12,0 11,0 14,4 113,7 149,7 82,8
D. Alzheimer 20 8 13 6,0 4,6 7,3 5,0 7,5 4,2 4,5 3,6 5,2
Doenças do aparelho circulatório 938 668 270 279,1 407,1 157,0 9,1 10,0 7,5 230,6 342,7 128,1
Doença isquémica do coração 218 195 23 64,7 118,9 13,1 10,4 10,8 7,5 52,9 99,4 10,3
Enfarte agudo do miocárdio 13 11 2 113 58 55 16 13 3 95 49 46
Doenças cerebrovasculares 518 335 183 154,0 204,3 106,1 10,6 9,9 12,2 129,6 172,8 90,8
Doenças do aparelho respiratório 353 290 63 104,9 176,8 36,3 9,5 9,7 8,9 87,5 151,4 29,1
Influenza [gripe] 3 3 0 0,7 1,5 0,0 2,5 2,5 - 0,5 1,2 0,0
Pneumonia 138 100 38 40,9 61,0 21,8 8,1 8,3 7,5 33,7 52,0 17,2
Doença pulmonar obstrutiva crónica
68 45 23 20,1 27,4 13,1 9,6 7,5 22,5 16,5 22,8 11,0
Asma 13 13 0 3,7 7,6 0,0 12,5 12,5 - 3,1 6,6 0,0
D. Aparelho Digestivo 485 380 105 144,4 231,7 61,1 11,5 11,9 10,5 120,2 197,5 49,1
Doença crónica do fígado 335 270 65 99,7 164,6 37,8 15,2 15,0 16,3 83,9 141,4 30,6
Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas
2.157 1.589 568 642 969,0 330,0 17,8 17,7 18,3 624,7 959,2 305,2
Causas externas de lesão e envenenamento
1.653 1.328 325 492 810 189 23 23 23 474 766 199
Acidentes de transporte e sequelas
773 538 235 230,0 327,8 136,7 28,6 28,3 29,4 236,8 324,6 154,6
Lesões autoprovocadas intencionalmente e sequelas
278 213 65 82,6 129,6 37,8 16,3 16,3 16,3 70,1 111,1 32,0
Fonte: INE 2014- Risco de morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
41
2.3 MORBILIDADE
Para a caracterização do estado de saúde duma população é imperativo também analisar para
além dos dados de mortalidade, já apresentados, os dados de morbilidade.
A informação sobre dados de morbilidade é muito importante para a organização de serviços
bem como para a gestão da saúde/doença.
Apresenta-se, de seguida, alguns indicadores de morbilidade, relativos à população inscrita na
área geográfica do ACeS.
a) Prevalência de registo de morbilidades – ICPC2
A Classificação Internacional de Cuidados Primários – Segunda Edição (ICPC2) é uma
ferramenta vital para a normalização da informação nos cuidados de saúde primários.
Verifica-se a necessidade de melhorar a codificação de forma a termos um registo de
morbilidade o mais real e correcto possível.
Neste âmbito, o ACeS BV, realizou uma ação de formação sobre codificação dirigidas aos
Coordenadores das USF/UCSP com o objectivo desta ser replicada nas respectivas unidades.
Em 31/12/2014 contabilizaram-se 1.773.524 registos, de acordo com a ICPC2.
No Quadro 18 e Figura 12 pode observar-se a distribuição total, absoluta e proporcional, dos
registos dos problemas ativos das listas de problemas dos utentes pelos capítulos da ICPC-2.
Destaca-se com maior número de registos as doenças do sistema músculo-esquelético
(283.370) o que corresponde a 16,0% do total dos registos.
Seguem-se os registos relativos ao aparelho circulatório, endócrino, metabólico e nutricional,
aparelho respiratório e aparelho digestivo, respectivamente com 11,4%, 11,3%, 10,0% e 9,2%.
Estes cinco capítulos totalizam 57,9% do total dos registos nos 17 capítulos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
42
Quadro 18. Distribuição dos registos dos problemas ativos das listas de problemas dos utentes pelos capítulos da ICPC-2, no ACeS BV – 2014
Capítulo – ICPC2 Código Nº % Sistema músculo-esquelético L 283370 16,0
Aparelho circulatório K 202813 11,4
Endócrino, metabólico e nutricional T 199993 11,3
Aparelho respiratório R 178137 10,0
Aparelho digestivo D 163071 9,2
Geral e inespecífico A 152039 8,6
Psicológico P 150523 8,5
Pele S 111381 6,3
Aparelho genital feminino (incluindo mama) X 65484 3,7
Aparelho urinário U 61188 3,5
Olhos F 44903 2,5
Sistema nervoso N 41490 2,3
Ouvidos H 33087 1,9
Gravidez e planeamento familiar W 29281 1,7
Aparelho genital masculino Y 26189 1,5
Sangue, órgãos hematopoiéticos e linfáticos B 19165 1,1
Problemas sociais Z 11410 0,6
Total 1773524 100,00 Fonte: SIARS 31/12/2014
Figura 12. Distribuição do registo dos problemas ativos das listas de problemas dos utentes pelos capítulos da ICPC-2, no ACeS BV – 2014
Fonte: SIARS 31/12/2014
O Quadro 19 mostra os 30 problemas de saúde mais frequentes no ACeS BV a 31/12/2013 e
31/12/2014. Constata-se que os cinco problemas de saúde mais codificados, em ambos os
anos considerados, foram: alterações do metabolismo dos lípidos, a hipertensão sem
complicações, a medicina preventiva/de acompanhamento geral, as perturbações depressivas
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
43
e a síndrome vertebral com irradiação de dores. Salienta-se que de 2013 para 2014 houve
alguma alteração na ordenação. Refere-se que o abuso de tabaco subiu do 7º lugar para o
sexto, o que pode justificar-se com uma melhoria no registo, em virtude deste ser um dos
indicadores de contratualização.
Quadro 19. Distribuição do valor, nº e %, das 30 componentes/problemas ICPC2, com mais registos, no ACeS BV- 2014
Capitulo ICPC 2 Cod. Componente ICPC2
2013 2014
Valor % Total Capitulo
Valor % Total Capitulo
% Total
Endócrino, metabólico e nutricional T93 ALTERAÇÕES DO METABOLISMO DOS LÍPIDOS
86.971 47,0 93.502 46.7 5,27
Aparelho circulatório K86 HIPERTENSÃO SEM COMPLICAÇÕES 65.346 34,5 67.858 33.46 3,83
Geral e inespecífico A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL
62.811 44,0 66.148 43.51 3,73
Psicológico P76 PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS 37.409 28,4 41.971 27.88 2,37
Sistema musculo-esquelético L86 SÍNDROME VERTEBRAL COM IRRADIAÇÃO DE DORES
33.200 12,9 36.312 12.81. 2,05
Psicológico P17 ABUSO DO TABACO 25.122 19,1 29.967 19.90 1,69
Endócrino, metabólico e nutricional T90 DIABETES NÃO INSULINO-DEPENDENTE
25.363 13,7 26.236 13.11 1,48
Aparelho respiratório R74 INFEÇÃO AGUDA DO APARELHO RESPIRATÓRIO SUPERIOR
24.709 14,7 25.232 14.16 1,42
Endócrino, metabólico e nutricional T82 OBESIDADE 22.421 12,1 24.704 12.35 1,39
Psicológico P74 DISTÚRBIO ANSIOSO / ESTADO DE ANSIEDADE
21.461 16,3 23.857 15.85 1,35
Sistema musculo-esquelético L99 OUTRAS DOENÇAS DO APARELHO MÚSCULO-ESQUELÉTICO
21.160 8,2 22.542 7.95 1,27
Sistema musculo-esquelético L87 BURSITE / TENDINITE / SINOVITE, NE 18.036 7,0 20.745 7.32 1,17
Aparelho respiratório R76 AMIGDALITE AGUDA 20.062 11,9 20.453 11.48 1,15
Sistema musculo-esquelético L90 OSTEOARTROSE DO JOELHO 17.672 6,9 19.430 6.85 1,10
Aparelho circulatório K95 VEIAS VARICOSAS DA PERNA 17.504 9,2 19.286 9.5 1,09
Geral e inespecífico A97 SEM DOENÇA 18.267 12,8 18.919 12.44 1,07
Sistema musculo-esquelético L84 SÍNDROMES DA COLUNA SEM IRRADIAÇÃO DE DOR
15.381 6,0 17.076 6.02 0,96
Endócrino, metabólico e nutricional T83 EXCESSO DE PESO 15.021 8,1 16.260 8.13 0,92
Aparelho digestivo D99 OUTRAS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO
15.045 10,2 15.812 9.69 0,89
Sistema musculo-esquelético L91 OUTRAS OSTEOARTROSES 14513 5,6 15.752 5.55 0,89
Aparelho urinário U71 CISTITE / OUTRA INFEÇÃO URINÁRIA 14.884 26,4 15.615 25.50 0,88
Aparelho circulatório K87 HIPERTENSÂO COM COMPLICAÇÕES 14602 7,7 15.574 7.67 0,88
Aparelho urinário U95 CÁLCULO URINÁRIO 13285 23,6 14.453 23.6 0,81
Aparelho digestivo D87 ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DO ESTÔMAGO
12433 8,4 14.283 8.75 0,81
Aparelho circulatório K85 TENSÃO ARTERIAL ELEVADA 13541 7,1 13.914 6.86 0,78
Aparelho respiratório R80 GRIPE 13694 8,1 13.808 7.75 0,78
Sistema musculo-esquelético L81 TRAUMATISMOS DO APARELHO MÚSCULO-ESQUELÉTICO, NE
12646 4,9 13.297 4.69 0,75
Aparelho genital masculino Y85 HIPERTROFIA PROSTÁTICA BENIGNA 11715 49,8 12.865 49.12 0,73
Aparelho respiratório R75 SINUSITE CRÓNICA / AGUDA 11685 6,9 12.858 7.21 0,72
Aparelho digestivo D82 DOENÇAS DOS DENTES / GENGIVAS 11092 7,5 12.602 7.72 0,71
Fonte: SIARS, 31/12/2013 e 2014
Na Figura 13 está a representação gráfica, dos registos das 10 componentes/problemas, mais
frequentes no ACeS BV em 31/12/2014 ordenada da menor para a maior. Como se observa o
problema mais codificado é a alteração do metabolismo dos lípidos seguido da hipertensão
sem complicações. As perturbações depressivas situam-se no quarto lugar e o abuso do tabaco
em sexto.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
44
Figura 13. Distribuição do valor (%) das 10 componentes ICPC2, com mais registos no ACeS BV- 2014
Fonte: SIARS 2014
No Quadro 20 e Figura 14 apresenta-se a frequência relativa por mil inscritos de um conjunto
de patologias/problemas seleccionadas de acordo com as áreas apresentadas neste relatório.
Quadro 20. Distribuição do Nº e %o de Utentes Inscritos com do Registo de ICPC por determinadas patologias, no ACeS BV em 2014
Codigo ICPC2
Patologias/Problemas Nº %o
D74 NEOPLASIA MALIGNA DO ESTÔMAGO 484 1,26
D75 NEOPLASIA MALIGNA DO CÓLON / RECTO 1.798 4,67
K74 DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA COM ANGINA 4.177 10,86
K75 ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO 2.036 5,29
K76 DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA SEM ANGINA 3.181 8,27
K77 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 5.799 15,08
K85 TENSÃO ARTERIAL ELEVADA 13.914 36,18
K86 HIPERTENSÃO SEM COMPLICAÇÕES 67.858 176,43
K87 HIPERTENSÂO COM COMPLICAÇÕES 15.574 40,49
K90 TROMBOSE / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 5.140 13,36
L89 OSTEOARTROSE DA ANCA 11.964 31,11
L90 OSTEOARTROSE DO JOELHO 19.430 50,52
N87 PARKINSONISMO 1.307 3,40
P15 ABUSO CRÓNICO DO ÁLCOOL 4.737 12,32
P17 ABUSO DO TABACO 29.967 77,91
P19 ABUSO DE DROGAS 1.567 4,07
P70 DEMÊNCIA 2.178 5,66
P76 PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS 41.971 109,12
R79 BRONQUITE CRÓNICA 4.403 11,45
R84 NEOPLASIA MALIGNA DOS BRÔNQUIOS / PULMÃO 258 0,67
R95 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA 3.975 10,33
R96 ASMA 10.138 26,36
S77 NEOPLASIA MALIGNA DA PELE 1.489 3,87
T82 OBESIDADE 24.709 64,24
T83 EXCESSO DE PESO 16.260 42,27
T89 DIABETES INSULINO-DEPENDENTE 3.562 9,26
T90 DIABETES NÃO INSULINO-DEPENDENTE 26.236 68,21
X75 NEOPLASIA MALIGNA DO COLO 451 0,22
X76 NEOPLASIAS MALIGNAS DA MAMA 2.739 1,32
Y77 NEOPLASIA MALIGNA DA PRÓSTATA 2.020 1,06
Fonte: SIARS – 31/12/2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
45
No quadro 21 e figura 13 pode observar-se a taxa de utentes inscritos no ACeS, com maior
número de registos, dentro das vinte componentes ICPC. Constata-se, como já vimos a referir,
que 24,3 % dos utentes têm registo da componente alterações do metabolismo dos lípidos.
Quadro 21. Distribuição do número e taxa de utentes (%) dentro das 20 componentes ICPC2, com mais registos no ACeS BV- 2014
Capitulo Código Componente Nº Taxa (%)
Endócrino, metabólico e nutricional T93 ALTERAÇÕES DO METABOLISMO DOS LÍPIDOS 93502 24,3
Aparelho circulatório K86 HIPERTENSÃO SEM COMPLICAÇÕES 67858 17,6
Geral e inespecífico A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL
66148 17,2
Psicológico P76 PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS 41971 10,9
Sistema musculo-esquelético L86 SÍNDROME VERTEBRAL COM IRRADIAÇÃO DE DORES 36312 9,4
Psicológico P17 ABUSO DO TABACO 29967 7,8
Endócrino, metabólico e nutricional T90 DIABETES NÃO INSULINO-DEPENDENTE 26236 6,8
Aparelho respiratório R74 INFEÇÃO AGUDA DO APARELHO RESPIRATÓRIO SUPERIOR
25232 6,6
Endócrino, metabólico e nutricional T82 OBESIDADE 24704 6,4
Psicológico P74 DISTÚRBIO ANSIOSO / ESTADO DE ANSIEDADE 23857 6,2
Sistema musculo-esquelético L99 OUTRAS DOENÇAS DO APARELHO MÚSCULO-ESQUELÉTICO
22542 5,9
Sistema musculo-esquelético L87 BURSITE / TENDINITE / SINOVITE, NE 20745 5,4
Aparelho respiratório R76 AMIGDALITE AGUDA 20453 5,3
Sistema musculo-esquelético L90 OSTEOARTROSE DO JOELHO 19430 5,1
Aparelho circulatório K95 VEIAS VARICOSAS DA PERNA 19286 5,0
Geral e inespecífico A97 SEM DOENÇA 18919 4,9
Sistema musculo-esquelético L84 SÍNDROMES DA COLUNA SEM IRRADIAÇÃO DE DOR 17076 4,4
Endócrino, metabólico e nutricional T83 EXCESSO DE PESO 16260 4,2
Aparelho digestivo D99 OUTRAS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO 15812 4,1
Sistema musculo-esquelético L91 OUTRAS OSTEOARTROSES 15752 4,1
Fonte: SIARS – 31/12/2014
Figura 14. Distribuição da taxa de utentes (%) dentro das 20 componentes ICPC2, com mais registos no ACeS BV- 2014
Fonte: SIARS 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
46
No Quadro 22 apresenta-se o número e proporção de utentes com registo ativo de um
conjunto de morbilidades, por ordem decrescente, a 31/12/2014, no ACeS.
Quadro 22. Proporção de utentes com registo ativo a 31/12/2014, de determinadas patologias
Fonte: SIARS 31/12/2014
Indicador Métrica
2014-12 Dezembro
NUMERADOR ACES
DENOMINADOR ACES
VALOR ACES
MORB.202.01 FL Proporção de utentes c/ "alter. metab. lípidos" 93.221 386.667 24,11
MORB.205.01 FL Proporção de utentes com "hipertensão arterial" 82.058 386.667 21,22
MORB.206.01 FL Proporção de utentes c/ "perturb. depressivas" 39.126 386.667 10,12
MORB.200.01 FL Proporção de utentes com "abuso de tabaco" 29.778 386.667 7,70
MORB.198.01 FL Proporção de utentes com "diabetes mellitus" 29.564 386.667 7,65
MORB.211.01 FL Proporção utentes c/ "DM não insul. depend." 26.177 386.667 6,77
MORB.204.01 FL Proporção de utentes com "obesidade" 24.644 386.667 6,37
MORB.227.01 FL Proporção utentes com "distúrbio ansioso" 23.749 386.667 6,14
MORB.221.01 FL Proporção utentes com "osteoartrose do joelho" 19.408 386.667 5,02
MORB.203.01 FL Proporção de utentes com "excesso de peso" 16.231 386.667 4,20
MORB.235.01 FL Proporção utentes com "neoplasia maligna" 13.184 386.667 3,41
MORB.233.01 FL Proporção utentes com "HBP" 12.847 386.667 3,32
MORB.223.01 FL Proporção utentes com "doenças dentes e geng." 12.545 386.667 3,24
MORB.234.01 FL Proporção utentes com "osteoartrose da anca" 11.955 386.667 3,09
MORB.225.01 FL Proporção utentes com "rinite alérgica" 11.584 386.667 3,00
MORB.208.01 FL Proporção de utentes com "asma" 10.098 386.667 2,61
MORB.222.01 FL Proporção utentes com "osteoporose" 9.880 386.667 2,56
MORB.228.01 FL Proporção utentes com "sensação de ansiedade" 8.343 386.667 2,16
MORB.226.01 FL Proporção utentes com "doença do esófago" 5.618 386.667 1,45
MORB.199.01 FL Proporção de utentes com "abuso crónico álcool" 4.698 386.667 1,21
MORB.209.01 FL Proporção de utentes com "bronquite crónica" 4.393 386.667 1,14
MORB.214.01 FL Proporção utentes c/ "doença cardíaca isquémica" 4.172 386.667 1,08
MORB.210.01 FL Proporção de utentes com "DPOC" 3.965 386.667 1,03
MORB.212.01 FL Proporção utentes com "DM insulino depend." 3.539 386.667 0,92
MORB.218.01 FL Proporção utentes com "neoplasia mama feminina" 2.735 386.667 0,71
MORB.207.01 FL Proporção de utentes com "demência" 2.172 386.667 0,56
MORB.229.01 FL Proporção utentes com "depressão (P76.001)" 2.160 386.667 0,56
MORB.231.01 FL Proporção utentes c "depressão reativa P76.010" 2.119 386.667 0,55
MORB.215.01 FL Proporção utentes com "neoplasia da próstata" 2.017 386.667 0,52
MORB.217.01 FL Proporção utentes com "neoplasia cólon / recto" 1.793 386.667 0,46
MORB.201.01 FL Proporção de utentes com "abuso de drogas" 1.548 386.667 0,40
MORB.220.01 FL Proporção utentes com "neoplasia estômago" 483 386.667 0,12
MORB.232.01 FL Proporção utentes com "depressão endógena P76.016" 471 386.667 0,12
MORB.216.01 FL Proporção utentes com "neoplasia colo do útero" 449 386.667 0,12
MORB.252.01 FL Proporção de utentes com "Infeção VIH/Sida" 308 386.667 0,08
MORB.219.01 FL Proporção utentes c/ "neoplasia brônquio/pulmão" 255 386.667 0,07
MORB.230.01 FL Proporção utentes com "depressão pós-parto" 56 386.667 0,01
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
47
b) Incidência de registo de morbilidades - ICPC2
No quadro 23 e Figura 15 pode observar-se a taxa de incidência (%) de utentes com
registo de algumas patologias, por ordem decrescente, em que a taxa mais elevada
continua a ser a referente a “alteração do metabolismo dos lípidos”
Quadro 23. Distribuição do número e taxa de incidência (%) de utentes com algumas patologias, registadas a 31/12/2014
Indicador Numerador Denominador Taxa (%)
Incidência de "alteração metabolismo lípidos" 8.143 386.667 2,11
Incidência de "hipertensão arterial" 6.999 386.667 1,81
Incidência de "abuso de tabaco" 5.860 386.667 1,52
Incidência de "perturbação depressiva" 3.580 386.667 0,93
Incidência de "distúrbio ansioso" 2.988 386.667 0,77
Incidência de "obesidade" 2.740 386.667 0,71
Incidência de "diabetes mellitus" 2.498 386.667 0,65
Incidência de "osteoartrose do joelho" 2.184 386.667 0,56
Incidência de "neoplasia maligna" 1.939 386.667 0,5
Incidência de "osteoartrose da anca" 1.471 386.667 0,38
Incidência de "asma" 1.410 386.667 0,36
Incidência de "DPOC" 1.016 386.667 0,26
Incidência de "acidente vascular cerebral" 597 386.667 0,15
Incidência de "neoplasia maligna da mama" 284 386.667 0,07
Incidência de "neoplasia maligna do cólon / recto" 277 386.667 0,07
Incidência de "enfarte agudo do miocárdio" 230 386.667 0,06
Incidência de "acidente isquémico transitório" 138 386.667 0,04
Incidência de "neoplasia maligna do colo do útero" 28 386.667 0,01
Incidência de "Infeção VIH/Sida" 46 386.667 0,01
Fonte: SIARS 31/12/2014
Figura 15. Distribuição da taxa de incidência (%) de patologias com registos ICPC2 nos utentes inscritos
a 31/12/2014
Fonte SIARS 31/12/2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
48
2.4 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE
Apresenta-se no quadro 24 um resumo comparativo de consultas realizadas, por área, durante
os anos de 2013 e 2014, bem como a respectiva variação.
Constata-se que, no total, houve um aumento de 10.561 consultas de 2013 para 2014 o que
corresponde à taxa de variação de 0,69%. Regista-se também uma variação positiva de 0,65%
relativamente às primeiras consultas o que traduz um aumento da acessibilidade quer esta
seja por iniciativa do utente ou pelos profissionais de saúde.
Quadro 24. Nº de Consultas realizadas em 2013 e 2014, por área, e sua variação
Consultas 2013 2014 Variação 2013/2014
Área N.º 1ªs Consultas
N.º Cons. Subs.
Total de Consultas
N.º 1ªs Consultas
N.º Cons. Subs.
Total de Consultas
1ªs Cons.
N.º Cons. Subs.
Total de Consultas
1. Adultos 235.500 788.963 1.024.463 233.447 781.508 1.014.955 -0,87 -0,94 -0,93
2. Saúde Infantil 45.628 69.687 115.315 45.655 69.724 115.379 0,06 0,05 0,06
3. Saúde Materna 2.686 17.907 20.593 2.761 18.263 21.024 2,79 1,99 2,09
4.Planeamento Familiar 30.901 8.628 39.529 29.598 7.186 36.784 -4,22 -16,71 -6,94
5. Total Consultas de MGF (5 = 1+2+3+4 314.715 885.185 1.199.900 311.461 876.681 1.188.142 -1,03 -0,96 -0,98
6. Vigilância de Doentes Diabéticos 24.749 55.581 80.330 25.938 59.062 85.000 4,8 6,26 5,81
7. Vigilância de Doentes Hipertensos 56.935 89.297 146.232 61.954 99.864 161.818 8,82 11,83 10,66
8.Rastreio oncológico 29.656 11.226 40.882 29.567 9.062 38.629 -0,3 -19,3 -5,51
9. Consultas Médicas no Domicílio
5.797
5.430
-6,33
10. Consultas de Enfermagem no Domicílio
51.798
56.586
9,24
11 Outras Especialidades* 5.239 1.776 7.015 5.158 1.752 6.910 -1,55 -1,35 -1,5
Total 431.294 1.043.065 1.531.954 434.078 1.046.421 1.542.515 0,65 0,32 0,69
*Saúde Pública (6.240) e Medicina Dentária (670) Fonte: SIARS 31/12/2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
49
No Quadro 25 apresenta-se o total de consultas e de visitas domiciliárias, por área profissional,
realizadas, em 2014, por outros profissionais do ACeS. Salienta-se o aumento, no global, de
25,1% de consultas, relativamente a 2013, que se deve essencialmente aumento das consultas
de Serviço Social e Higiene Oral. O número total de visitas domiciliárias, em 2014, foi de 1.570.
Quadro 25. Total de consultas e Visitas domiciliárias realizadas, em 2013 e 2014, por outros
profissionais do ACeS
Consultas 2013 2014 Variação
(%)
Visitas Domiciliárias
em 2014
Higiene Oral 1.485 2.638 77,6 39
Psicologia 2.026 1.854 -8,5 141
Nutrição 1.400 1.436 2,6 44
Fisioterapia 1.857 1.279 -31,1 769
Serviço Social 2.037 3809 87,0 577
Total 8.805 11.016 25,1 1570
Fonte: SIARS 31/12/2014 e Relatório da URAP
2.5 POPULAÇÃO INSCRITA POR UNIDADE FUNCIONAL
Em 31/12/2014 estavam inscritos nas Unidades funcionais do ACeS 384.627 utentes. A figura
representa a distribuição proporcional dos utentes por grupo etário.
Figura 16. Distribuição proporcional (%) dos Utentes inscritos, no ACeS BV em 31/12/2014, por grupo etário
Fonte: SIARS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
50
Conforme se referiu, em 31/12/2014 estavam inscritos 384.627 utentes (381.930 em 2013), o
que representa, relativamente a 2013, uma taxa de variação de 0,7% (mais 2.697 Utentes).
Daquele total de utentes, 358.058 (93,1%) têm médico de família atribuído, 25.643 (6,7%)
estão inscritos mas sem médico de família atribuído e 976 (0,25%) utentes não têm médico
por opção do utente (Quadro 26).
Comparativamente com 2013, houve um aumento do número de utentes inscritos sem médico
de família atribuído.
Quadro 26.. População Inscrita no ACeS BV, por Unidade Funcional, em 31-12-2014
Local Nº Utentes
Inscritos C/ Med Fam
Nº Utentes Inscritos
S/ Méd. Fam.
Nº Utentes Inscritos
S/ por opção
Nº Utentes Inscritos
Total
Média Utentes por Médico
UCSP AGUEDA I 7.768 64 1 7.833 1554
UCSP AGUEDA II 6321 1467 47 7835 1580
UCSP AGUEDA III 9106 1777 1 10884 1741
UCSP AGUEDA V 10841 618 0 11459 1807
USF AGUEDA + SAUDE 10046 2 1 10049 1674
UCSP ALBERGARIA-a-VELHA 13198 648 47 13893 1650
USF RAINHA D.TEREZA 12135 19 1 12155 1734
UCSP ANADIA I 8419 48 6 8473 1403
UCSP ANADIA II 6772 3412 11 10195 1693
UCSP ANADIA III 10084 2463 31 12578 1680
UCSP AVEIRO I 17186 284 140 17610 1562
UCSP AVEIRO II 16045 2054 399 18498 1459
USF MOLICEIRO 15004 1 0 15005 1876
USF SANTA JOANA 11606 2 0 11608 1658
USF SALINAS 6961 3 0 6964 1740
USF FLOR DE SAL 13634 0 0 13634 1704
UCSP ESTARREJA I 8772 18 12 8802 1754
UCSP ESTARREJA II 10872 32 30 10934 1553
USF TERRAS DE ANTUA 8703 8 0 8711 1741
USF ATLÂNTICO NORTE 6951 2 7 6.960 1738
UCSP ILHAVO I 3238 7 1 3246 1619
USF LEME 10209 13 1 10223 1702
USF BEIRA RIA 12126 3 0 12129 1732
USF COSTA DE PRATA 8593 0 11 8604 1719
UCSP MURTOSA I 10954 39 60 11053 1826
UCSP OLIVEIRA DO BAIRRO I 8090 2867 2 10959 1618
UCSP OLIVEIRA DO BAIRRO II 7687 4062 22 11771 1921
UCSP Ovar (Furadouro) 1717 0 1 1718 1717
USF LAÇOS 9812 369 3 10184 1631
USF BARRINHA 10920 1609 0 12529 1820
USF JOAO SEMANA 16092 1 0 16093 2012
USF SAO JOAO DE OVAR 6755 1 0 6756 1689
USF ALPHA 9668 3 0 9671 1611
UCSP SEVER DO VOUGA 11712 1173 4 12889 1673
UCSP VAGOS I 12165 1477 117 13759 1738
UCSP VAGOS II 7846 1097 20 8963 1569
Total 358.008 25643 976 384.627 1806
Fonte: SIARS e ACeS BV
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
51
2.5.1 Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV
A pirâmide etária da população inscrita, em 2014, no ACeS BV, apresenta-se sob a forma de
“barril”, o que traduz a tendência que se verifica a nível nacional do progressivo
envelhecimento da população, conforme já foi referido anteriormente. No entanto, ressalta-se
que, apesar da tendência para o envelhecimento, a pirâmide etária apresenta uma base mais
alargada que o topo (Figura 17).
Figura 17. Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV (2014)
Fonte: SIARS, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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3 CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS
3.1 INDICADORES DE CONTRATUIALIZAÇÃO EXTERNA: EIXO NACIONAL, REGIONAL E LOCAL
Apresenta-se no Quadro 27 informação relativa aos indicadores de contratualização externa
dos eixos nacional, regional e local, referentes a 2014.
Quadro 27. Indicadores de Contratualização Externa – 2014
Contratualização Externa - Eixo Nacional Meta
Contratualizada 2014
Resultado 2014
ID Designação
2013.006.01 Taxa de utilização de consultas médicas - 3 anos 90,0% 87,29% 2013.004.01 Taxa de domicílios enfermagem por 1.000 inscritos 140,0‰ 143,87‰
2013.066.01 Proporção medicam. faturados, que são genéricos 45,0% 39,82%
2013.047.01 Proporção utentes >= 14 A, c/ reg. hábit. tabágic. 38,0% 39,16%
2013.074.01 Proporção cons. méd. presenciais, com ICPC-2 94,0% 94,16%
DGH (ID 087) Taxa de internamento por doença cerebro-vascular, entre residentes com menos de 65 anos
6,20 a)
2013.052.01 Proporção MIF, com acompanhamento adequado em PF 40,0% 33,27%
DGH (ID 086) Proporção de recem nascidos de termo, de baixo peso 2,20% a)
2013.064.01 Proporção jovens 14A, c/ cons. méd. vig. e PNV 62,0% 56,26%
DGH (ID 085) Incidência de amputação major de membro inferior em utentes com diabetes, entre utentes residentes
0,10 a)
2013.056.01 Proporção idosos, sem ansiol. / sedat. / hipnót. 67,0% 63,77%
___ Proporção de utilizadores satisfeitos ou muito satisfeitos
2013.068.01 Despesa medic. faturados, por utiliz. (PVP) 162,00 € 172,19 €
2013.069.01 Despesa MCDTs fatur., por utiliz. SNS (p. conv.) 57,00 € 63,16 €
Contratualização Externa - Eixo Regional Meta
Contratualizada 2014
Resultado 2014
ID Designação
2013.023.01 Proporção hipertensos com risco CV (3 A) 23,0% 32,53%
2013.043.01 Proporção DM c/ acompanham. adequado 40,0% 41,50%
2013.045.01 Proporção mulheres [25; 60[ A, c/ colpoc. (3 anos) 55,0% 45,05%
2013.078.01 Proporção de utentes com diagnóstico DPOC 2,0% 1,03%
Contratualização Externa – Eixo Local Meta
Contratualizada 2014
Resultado 2014
ID Designação
2013.037.01 Proporção DM c/ cons. enf. vigil. DM último ano 80,0% 73,44%
2013.077.01 Proporção de utentes com diagnóstico de asma 4,0% 2,61%
Fonte: SIARS a) Ainda não dispomos dos resultados de 2014 b) Estes dados foram retirados do SIARES a 19/03/2015.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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3.2 OUTROS INDICADORES
3.2.1 Indicadores de Acesso
No Quadro 28 pode observar-se a evolução, de 2012 a 2014, de alguns indicadores de acesso
que foram alvo de monitorização e acompanhamento pelo ACeS. Salienta-se que também
alguns destes indicadores foram alvo de contratualização.
Quadro 28. Indicadores de Acesso
ÁREA DE INTERVENÇÃO
ATIVIDADE/ CUIDADO PRESTADO
INDICADOR VALOR
(%) 2012
VALOR (%)
2013
Valor (%)
2014
Personalização de
cuidados
Cobertura do médico família
% utentes inscritos com médico de família 94 97,7 93,1
Prestação de cuidados pelo próprio médico
% consultas ao utente pelo seu próprio médico
81,7 79,2 80,33
Prestação de cuidados pelo enfermeiro familia
% consultas ao utente pelo enfermeiro familia
55,7 57,9 62,06
Utilização dos serviços
Utilização global de consultas médicas ano
Taxa de utilização global de consultas médicas ano
68,1 72,5 70,74
Utilização global de consultas médicas 3 anos
Taxa de utilização global de consultas médicas 3 anos
84,3 89,2 87,29
Utilização global de consultas enf. 3 anos
Taxa de utilização global de consultas enfermagem 3 anos
65,8 79,7 78,84
Utilização global de consultas (méd./enf.) 3 anos
Taxa de utilização global de consultas médicas/enf. 3 anos
94,7 93,03
Contexto domiciliário / comunidade
Taxa visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos
14,0 14,0 13,78
Taxa visitas domiciliárias enfermagem (%o) inscritos
126,7 125,1 143,87
Taxa vistas domiciliárias por outros grupos profissionais (serviço social, fisioterapia,
psicologia, saúde oral) por 1.000 inscritos 6,3
Fonte: SIARS - 2014
3.2.2 Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade
Nos Quadros 29 e 30 encontram-se, de forma resumida, e evolução dos resultados, de 2012 a
2014, de um conjunto de indicadores de qualidade técnica/efectividade que foram
monitorizados e avaliados pelo ACeS. Refere-se que estes indicadores se encontram agregados
por áreas e atividade/cuidado prestado e que são analisados dentro das respectivas áreas na
parte do plano de ação.
As áreas de intervenção são:
- Vigilância, promoção da saúde e prevenção da doença nas diversas fases da vida onde se
integram as atividades de Saúde da Mulher/ Planeamento Familiar, Saúde da
Mulher/Vigilância da Gravidez e Saúde do RN, da Criança e do Adolescente;
- Vigilância Oncológica/ rastreios com as atividades no âmbito do Cancro da mama, Cancro do
colo do útero e Cancro colo-rectal;
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Quadro 29. Indicadores de Qualidade Técnica / Efectividade
ÁREA DE INTERVENÇÃO
ATIVIDADE/ CUIDADO
PRESTADO INDICADOR
VALOR (%)
2012
VALOR (%) 2013
VALOR (%)
2014
Vigilância, promoção da
saúde e prevenção da
doença nas diversas fases da
vida
Saúde da Mulher/
Planeamento Familiar
Taxa de utilização de consultas de Planeamento Familiar (med/enf)
35,53 37,80 38,28
Taxa de utilização de consultas de Planeamento Familiar medicas
29,00 33,33 30,25
Taxa de utilização de cons. de enfermagem de P. F. 31,51 33,44 33,5
Saúde da Mulher/
Vigilância da Gravidez
% de grávidas com 1ªs cons. no 1º trimestre 81,49 83,03 89,69
Proporção de grávidas com 6 ou + consultas de enfermagem
67,52 66,02
% grávidas com revisão de puerpério efectuada 48,27 57,64
Saúde do RN, da Criança e do Adolescente
% de recém-nascidos, de termo, com peso baixo 2,33 2,9
% 1ªs consultas na vida efectuadas até aos 28 dias 87,56 85,96 88,34
% de RN com visitas dom. realizadas até 15 dias vida
20,44 31,72
% diagnóstico precoce (TSHPKU) realizadas até ao 7º dia
91,09 92,59
Proporção de crianças c/ 6+ consultas médicas vigil. 1º ano
54,61 69,7 68,12
Proporção de crianças c/ 3+ consultas médicas vigil. 2º ano
55,36 74,68 64,9
% inscritos c/ peso e altura regist. nos últimos 12 m (2 A)
52,10 74,49 78,26
% utentes com PNV actualizado aos 2 anos 94,08 92,75/98 93,11
% utentes com PNV actualizado aos 7 anos 95,10 95,67/97,8 94,32
% utentes com PNV actualizado aos 14 anos 85,99 87,67/96,5 90,53
% utentes com consulta médica de vigil. e PNV actualizado aos 14 anos
54,17 56,26
Programa de Vigilância
Oncológica/ rastreios
Cancro da mama % mulheres entre 50-70 anos c/ mamografia registada no últimos 2 anos
61,19 63,72 60,90
Cancro do colo do útero
% de mulheres entre 25-60 anos com colpocitologia actualizada (3 anos)
37,90 44,4 45,04
Cancro colo-rectal
% insc. entre 50-74 anos c/ rasteio de cancro colo-rectal efectuado
21,77 26,13 30,14
Fonte: SIARS - 2014
- Vigilância Clínica das situações de Doença Crónica é outra área de intervenção, com
indicadores relativos a atividades no âmbito dos Programas da Vigilância da Diabetes Mellitus,
Vigilância das Doenças Cardiovasculares, Vigilância das Doenças Respiratórias e Vigilância de
Saúde Mental (Quadro 30).
Salienta-se que, de 2012 para 2014, grande parte destes indicadores, aumentaram o seu valor.
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Quadro 30. Indicadores de Qualidade Técnica / Efectividade
ÁREA DE INTERVENÇÃO
ATIVIDADE/ CUIDADO
PRESTADO INDICADOR
% 2012
% 2013
% 2014
Vigilância Clinica das situações de Doença Crónica
Programa da Vigilância da
Diabetes Mellitus
Prevalência de Diabetes na Pop Inscrita 7,49 7,75
% utentes com diabetes tipo 2 c/ compromisso de vigilância
76,12 77 79,10
% Diabéticos c/ pelo menos 2 HbA1C no ano (2 semestre)
58,8 62,61
% Dabéticos c/ pelo menos 1 avaliação de microalbuminúria no ano
58,72 56,98 62,37
% Diabéticos c/ pelo menos 1 exame de pé regist no ano
62,86 61,84 65,12
% Diabéticos com cons de enfermagem 69,21 69,4 73,44
Incidência (%oo) de amputações major (m. inf.) em diabéticos na pop residente
0,2
Programa de Vigilância das
Doenças Cardiovasculares
% de inscritos com c/ idade >18 anos com diagnóstico de hipertensão
20,58 25,67
% de hipertensos vigiados c/ idade >18 anos s/ complicações
23,07
% de hipertensos vigiados c/ idade >18 anos c/ complicações
5,66
Proporção de hipertensos <65 anos, com PA <150/90
38,79 41,5 43,18
% hipertensos c/ registo pressão arterial em cada semestre
47,61 47,83 49,00
% hipertensos c/ pelo menos 1 registo de IMC nos últimos 12 m
57,85 58,64 62,50
% hipertensos c/ cons. Enf. e registo da gestão RT 0,81 5,25
Proporção de hipertensos (sem d. cardiovascular nem diabetes) com determinação do risco CV (3 anos)
6,25 12,10 32,53
Programa de Vigilância das
Doenças Respiratórias
Prevalência (%) de Asma na pop inscrita 2,3 2,6
Prevalência (%) da DPOC na pop inscrita 0,8 1,03
Programa de Vigilância de Saúde
Mental
Prevalência (%) da demência na pop inscrita 0,5 0,56
Prevalência (%) da depressão na pop inscrita 9,8 10,9
Fonte: SIARS 2014
3.2.3 Indicadores de Qualidade Percepcionada
Os indicadores da qualidade percepcionada referem-se apenas às reclamações apresentadas.
Salienta-se também, ainda que em pequenos números, a existência de 11 elogios e de 3
sugestões.
Quadro 31. Indicadores de Qualidade Percepcionada
ÁREA DE INTERVENÇÃO
ATIVIDADE/ CUIDADO
PRESTADO INDICADOR
Valor em 2013 Valor em 2014
na %o
inscritos n.a.
%o inscritos
%o utilizadores
Monitorização do grau de
satisfação do serviço
Sugestões Nº de sugestões escritas 8 0,02 3 0,007 0,01
Queixas no Livro Amarelo
Nº queixas registadas no Livro Amarelo
347 0,9 482 1,2 1,77
Elogios Nº de Elogios 8 0,021 11 0,028 0,04
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
56
3.2.4 Indicadores de Eficiência
Quadro 32. Indicadores de Eficiência
ÁREA DE INTERVENÇÃO ATIVIDADE/ CUIDADO PRESTADO
INDICADOR VALOR 2012
VALOR 2013
VALOR 2014
Adequação da prescrição de medicamentos
% de medicamentos faturados que são genéricos 37,23% 39,82%
Custo médio de medicamentos facturados por utilizador
179,92€ 174,54€ 172,19€
Adequação da prescrição de MCDT Custo médio de MCDT facturados por utilizador 58,73€ 60,483€ 63,16€
Fonte: SIARS
3.2.5 Processo de Contratualização
O Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de fevereiro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º
137/2013 de 7 de Outubro prevê, como instrumento de gestão do ACeS, o contrato-programa
que tem como objectivo definir instrumentos de acompanhamento e avaliação das atividades
assistenciais e económico-financeiras do ACeS.
O processo de contratualização com os cuidados de saúde primários já se encontra em
desenvolvimento desde 2010 e tem por base a contratação de cuidados de saúde, através do
Contratos-Programa celebrado entre o Conselho Diretivo da ARS e o Director Executivo do
ACeS Cartas e, posteriormente de Cartas de Compromisso estabelecidas entre o Director
Executivo e as unidades funcionais dos ACeS
O processo de contratualização externa e interna, para 2014, foi desenvolvido tardiamente e
em diversas etapas. Este processo desenrolou-se em dois momentos distintos que foram: a
contratualização externa e a contratualização interna. Este processo teve por base os
documentos da ACSS, nomeadamente a metodologia de contratualização e a
operacionalização da metodologia de contratualização, as orientações e estudos do
Departamento de Contratualização da ARSC e da ARSC.
a) Contratualização interna - realizada entre o ACeS e as 14 USF’s e 6 UCSP’s e formalizada
com a assinatura das respectivas Cartas de Compromisso.
Salienta-se que, neste, as equipas manifestaram-se relativamente às dificuldades existentes no
cumprimento das metas, nomeadamente:
- défice de recursos humanos,
- existência de taxas moderadoras em determinadas atividades/actos (ex.HTA), o que dificulta
o cativar dos utentes para a vinda aos serviços, nomeadamente quando se trata de situações
de prevenção e promoção da saúde,
- situação económica dos utentes relacionada com alguma precariedade no emprego e mesmo
de desemprego,
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
57
- sistemas de informação não integrados e ainda com muitos problemas o que dificulta a
gestão das atividades e da informação,
- dificuldade de percepção e interpretação dos bilhetes de identidade dos indicadores, o que
dificuldade o registo correcto de informação de modo esta ser lida pelo SIARS,
- existência de utentes emigrantes inscritos nos ficheiros, bem como utentes esporádicos que
procuram os serviços,
- metas (algumas) com valores de referência bastante elevados, tornando difícil e por vezes
impossível atingir e manter, nomeadamente quando se trata de pequenos números.
Plano de acompanhamento interno – No processo de contratualização interna, cada UF
apresentou um tema/área de observação para a implementação de um plano de
acompanhamento interno.
Carteira Adicional – Houve também a apresentação, por parte de 4 USF’s, carteiras adicionais
que foram aprovadas pelo ACeS.
Alargamento de horário – Foi apresentado por duas USF’s.
No Quadro 33 encontra-se mencionado o tema, a carteira adicional e o alargamento de
horário, por USF, que foi contratualizado em 2014.
Quadro 33. Tema/Área de Observação, Carteira Adicional e Alargamento de Horário, por USF
USF Tema/Área de Observação Carteira Adicional Alargamento de Horário
Rainha D. Tereza O Cidadão no Centro do Sistema
Moliceiro Qualidade dos Registos Clinicos Pequena Cirurgia Sábados – 4 horas (excepto feriados)
Flor de Sal Qualidade de Registos na USF – Avaliação Multidisciplinar
Sábados – 4 horas (excepto feriados)
Sta. Joana Consentimento informado escrito Desabituação Tabágica
Beira Ria Vigilância adequada em saúde materna
Alpha Qualidade de Registos em enfermagem em diagnóstico precoce
Barrinha Hipertensão
João Semana Rastreio do cancro do colo do útero Alcoologia e Pequena Cirurgia
S. João de Ovar Intervenção breve em cessação tabágica Preparação para o parto
Terras de Antuã Diabetes
Águeda + Saúde Diabetes
Salinas Obesidade infantil – diagnóstico e seguimento
Costa de Prata Registos de hábitos tabágicos nos utentes hipertensos
Leme Registos adequados em SAM, SAPE e SINUS
Fonte: ACeS BV
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
58
Refere-se que, este processo ainda não envolveu todas as UCSP’s, as UCC’s, a USP e a URAP
mas, vai iniciar-se em 2015. Salienta-se contudo, que com as UCSP’s já existe algum trabalho
uma vez que a sua atividade assistencial contribui para os resultados dos indicadores de
contratualização externa. Neste âmbito podem monitorizar a sua atividade, pois já têm acesso
ao MIM@UF, e é feita também, pelo ACeS, a divulgação periódica dos resultados dos
indicadores de contratualização externa bem como dos indicadores relativos aos custos com
medicamentos e MCDT’s.
b) Contratualização externa - realizada entre a ARSC e o ACeS BV e formalizada com a
assinatura do Contrato-Programa em 30/06/2014.
Neste processo foram contratualizados 13 indicadores definidos a nível nacional, 4
seleccionados a nível regional e 2 a nível local (Apêndice I do Anexo I).
Foi elaborado e apresentado à ARSC, o Plano de Desempenho do ACeS para 2014.
Refere-se que os processos de contratualização interna e externa não consistiram apenas nas
reuniões de contratualização e assinatura das cartas de compromisso e contrato programa
mas foi, um processo contínuo que decorreu ao longo do ano e que, em termos operacionais,
pode dividir-se em 3 fases:
1. Negociação – fase que vai desde os trabalhos preparatórios da negociação até à assinatura
do Contrato-Programa entre a ARS e o ACeS e das Cartas de Compromisso entre o ACeS e as
USF’s. Nesta fase, elaborou-se a proposta para cada USF tendo em conta a análise do histórico,
com estudo e elaboração de propostas de metas, de carteiras adicionais e de alargamento de
horário com recurso a horas extraordinárias. Nesta fase, foi sempre tido em conta o
preconizado pela política de saúde em vigor para o período, as restrições orçamentais e outros
condicionalismos associados à negociação e à partilha do risco em saúde.
2. Monitorização e acompanhamento – decorreu ao longo do ano em que se efectuou a
recolha e análise sistemática da informação e respectiva divulgação às unidades funcionais
para análise em equipa, para que em tempo útil fosse possível introduzir medidas que
permitissem corrigir eventuais desvios em relação ao contratualizado. Foi também feita
formação às UF sobre os BI dos indicadores bem como foram elaborados, apresentados e
divulgados às UF dois documentos sobre “ Indicadores de Contratualização-Particularidades
relacionadas com o registo no SAM/SAPE/SINUS” e “Indicadores de Contratualização –
Aspectos relevantes no registo”. Foram ainda elaboradas respostas às questões postas pelas
unidades funcionais.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
59
Refere-se que as atividades de monitorização e acompanhamento ficaram prejudicadas com o
facto da informação do SIARS não ter estado disponível de Maio a Setembro.
3. Avaliação – fase em que se fez a análise e reflexão global do desempenho e em que termina
o processo de contratualização. Esta fase é de extrema importância pelo grande potencial de
transformação e de mudança de comportamentos, de atitudes e de práticas de gestão,
contribuindo para a melhoria da prestação de cuidados.
O ACeS pretende consolidar a reforma organizacional dos cuidados de saúde primários e
contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de compromisso e de responsabilidade na
prestação de cuidados, sendo a contratualização uma das principais estratégias.
O ACeS teve sempre presente, a necessidade de uma gestão cada vez mais eficiente no que
respeita aos recursos disponíveis e de acompanhamento e controlo dos custos,
essencialmente com medicamentos e MCDT’s.
É importante continuar a melhorar os registos pois, sem eles não é possível garantir cuidados
adequados e muito menos monitorizar e avaliar o trabalho realizado e os cuidados prestados.
Refere-se, entre outros, a necessidade de reforçar os registos de morbilidade nos cuidados de
saúde primários, através de uma codificação sistemática e rigorosa pelos profissionais.
É também importante a interoperabilidade entre os diversos sistemas informáticos para que a
recolha de dados seja cada vez mais completa e integrada de forma a dar visibilidade a o
trabalho desenvolvido pelos profissionais/equipas.
Salienta-se também a necessidade de uma definição cada vez mais objectiva dos indicadores.
Refere-se, no entanto que, a descrição e definição do BI dos indicadores tem vindo a ser
bastante melhorada chegando mesmo à alteração de alguns indicadores. Os documentos de
apoio têm sido também muito melhorados. A existência de racional de metas e clusters, que
estabelecem percentis, têm contribuído para uniformizar critérios de negociação e
contratualização.
Refere-se a necessidade de poder extrair atempadamente os dados anuais do SIARS, pois
também foram disponibilizados com algum atraso.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
60
4 AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
4.1 SAÚDE DA MULHER/PLANEAMENTO FAMILIAR
Objectivos:
Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;
Reduzir a incidência das infecções de transmissão sexual ;
Reduzir a morbimortalidade por cancro do colo do útero e mama.
Quadro 34. Indicadores de Execução da área de Saúde Mulher/Planeamento Familiar
Código SIARS
Indicadores Atingido em 2013
(%) Numerador Denominador
Atingido em 2014 (%)
2013.008.01 FX
Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar (médicas ou de enfermagem)
37,80 34728 90715 38,28
2013.009.01 FX
Taxa de utilização de consultas de enfermagem de planeamento familiar
33,44 30392 90715 33,5
2013.010.01 FX
Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar
30,33 27444 90715 30,25
2013.052.01 FX
Proporção de mulheres em idade fértil, com acompanhamento adequado na área do planeamento familiar
31,32 30183 90715 33,27
Fonte: SIARS
A Taxa de utilização de consultas de Planeamento Familiar (médicas ou de enfermagem), a
nível do ACeS BV, foi de 38,28% (34.728 mulheres), superior ao verificado em 2013 que foi de
37,80% (34.302 mulheres), com uma taxa de variação de 1,24.
No que se refere à Taxa de Utilização de consultas de enfermagem de Planeamento Familiar
esta foi de 33,5% (30392 mulheres) que apresentou um aumento de 50 mulheres em relação a
2013.
A taxa de utilização de consultas médicas foi de 30,25%, este valor foi ligeiramente inferior ao
registado em 2013, que foi de 30,33%.
Salienta-se que a proporção de mulheres em idade fértil, com acompanhamento adequado na
área do planeamento familiar foi de 33,27%, o que traduz um aumento de 1.763 mulheres
acompanhadas adequadamente em planeamento familiar, com uma taxa de variação de
6,20%, o que traduz uma melhoria na qualidade nos serviços prestados a esta população alvo.
No quadro e Gráfico que se seguem pode observar-se os contraceptivos que foram
distribuídos nas unidades funcionais do ACeS, nos 2 anos em análise. Registaram-se aumentos
em todos os contraceptivos distribuídos, com excepção de DESOGESTREL 0,15mg+EE 0,03mg,
GEST0DENO 0,075mg+EE 0,03, CIPROTERONA 2mg+EE 0,035mg e DIU C/COBRE E PRATA T 380.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
61
No global o aumento verificado, de 2013 para 2014, foi de 19239 unidades (taxa de variação
de 6,47%).
Quadro 35. Tipo de contraceptivos distribuídos no ACeS em 2014
Descrição Quantidade
2013 Quantidade
2014
DESOGESTREL 0,15MG+EE 0,03MG 15372 14199 ETONOGESTREL 68MG,IMPLANTE SUB-CUTANEO 605 725
DESOGESTREL 0,15MG+EE 0,02MG 35033 36382 GEST0DENO 0,075MG+EE 0,03 45407 42806 GESTODENO 0,075MG+EE 0,02 81117 96705
DESOGESTREL 0,075MG 20351 23502 LEVONORGESTREL 52MG,SISTEMA INTRA-UTERINO (SIU) 68 110 LEVONORGESTREL 1,5MG/PILULA DIA SEGUINTE 80 114 LEVONORGESTREL 0,1MG+EE 0,02MG 10300 11892 CIPROTERONA 2MG+EE 0,035MG 14649 12276 EE 0,015 MG/24H+ETONOGESTREL 0,12 MG/24H ANEL VAGINAL 118 2297 DIU C/COBRE E PRATA T 380 124 121
DIU C/COBRE U 375 173 113 PRESERVATIVO MASCULINO 69440 70834
Fonte: ACeS BV
Figura 18. Tipo de contraceptivos distribuídos no ACeS em 2014
Fonte: ACeS
Relativamente às atividades desenvolvidas no âmbito da Saude da Mulher/PF integra-se ainda
a análise da morbimortalidade por cancro do colo do útero e mama, que será apresentada e
analisada no Programa de Vigilância Oncológica.
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62
4.2 SAÚDE DA MULHER/SAÚDE MATERNA
Objectivos:
Manter nula a mortalidade materna;
Reduzir a mortalidade fetal tardia
Reduzir a proporção de recém-nascidos de termo com baixo peso à nascença;
Reduzir a proporção de recém-nascidos de pré-termo;
Reduzir a proporção de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos;
Identificar e acompanhar as situações de risco clínico ou social;
Cumprir as orientações técnicas da DGS para a vigilância da gravidez e puerpério;
Promover a visita domiciliária às puérperas.
No que respeita à evolução da Taxa de Mortalidade Fetal Tardia, verifica-se que os valores
no Baixo Vouga foram superiores, aos do Continente e Região Centro, com excepção do
ano de 2011, em que apresentou um valor mais baixo. Em 2013 a taxa foi de 3,09%o, com 9
fetos-mortos (figura 19).
Figura 19. Evolução da Taxa de Mortalidade Fetal Tardia entre os anos 2009-2013
Fonte: DGS
No Quadro 36 apresenta-se os resultados de 2013 e 2014 de um conjunto de
indicadores desta área.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
63
Quadro 36. Indicadores de Execução da área de Saúde Mulher/Saúde Materna
Código SIARS
Indicadores 2013 (%)
Atingido em 2014
Numerador Denominador (%)
2013.050.01 Proporção de grávidas com consulta de revisão de puerpério efetuada
48,27 1309 2271 57,64
2013.011.01
Proporção de grávidas com 1ª consulta médica de vigilância da gravidez, realizada no 1º trimestre
83,03 2296 2560 89,69
2013.012.01
Proporção de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em saúde materna
67,52 1284 1945 66,02
2013.051.01 Proporção de grávidas, com acompanhamento adequado
9,54 337 1945 17,33
6.40-ID 86 Proporção de recém-nascidos de termo, de baixo peso
2,9 - - -
2013.013.01 Proporção de puérperas com consulta domiciliária de enfermagem
22,47 714 2271 31,44
Fonte: SIARS
Da análise da informação do quadro regista-se uma melhoria em todos os indicadores, com
excepção da proporção de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em saúde
materna.
A proporção de grávidas com consulta de revisão de puerpério efectuada foi de 57,64%.
É de salientar que a proporção de grávidas com 1ª consulta médica de vigilância da gravidez,
realizada no 1º trimestre foi de 89,69%. Refere-se também que, a proporção de grávidas com 6
ou mais consultas de enfermagem em saúde materna foi de 66,02%.
Quanto à proporção de puérperas com consulta domiciliária de enfermagem o valor foi de
31,44%.
A proporção de grávidas, com acompanhamento adequado foi de 17,33%.
No Quadro abaixo apresentam-se os dados disponíveis, com evolução de 2003 a 2012 no ACeS
BV, que podem ser influenciados pela qualidade da vigilância de saúde da grávida.
Quadro 37. Evolução dos Indicadores de Resultado da área de Saúde Mulher/Saúde Materna – 2003 a 2012
Indicadores 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Proporção (%) de crianças com baixo peso à nascença
6,9 6,7 6,7 7,2 7,0 7,4 7,9 8,3 8,7 8,1
Proporção (%) de nascimentos pré-termo
7,2 7,2 6,8 9,1 10,1 9,5 8,6 8,1 7,7 7,3
Proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos
6,7 6,5 5,4 5,4 5,1 4,5 4,8 5,1 3,5 4,2
Fonte: INE
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
64
Da análise dos indicadores constata-se que a evolução da proporção (%) de nascimentos em
mulheres com idade inferior a 20 anos, desde 2003, revelou uma tendência decrescente no
ACeS BV, o que significa que se tem verificado uma tendência para a diminuição da gravidez na
adolescência.
- No que respeita à proporção (%) de nascimentos de pré-termo, no ACeS BV, verifica-se um
decréscimo desde o ano 2008.
- Relativamente à evolução da proporção de RN com baixo peso à nascença, constata-se uma
tendência crescente. Este dado pode ser resultante, em grande parte, dos nascimentos de Pré-
Termo. Salienta-se que estas duas situações alertam para a necessidade de um reforço da
vigilância da gravidez.
No âmbito do Programa Nacional de Saúde da Mulher/ Saúde Materna são desenvolvidos
vários projetos de intervenção comunitária dirigidos a esta população alvo, destacando-se os
de:
- Parentalidade, com cursos de preparação para o parto, pós-parto, com um total de 462
grávidas e322 puérperas abrangidas.
4.3 SAÚDE INFANTIL E JUVENIL
Objectivos
Reduzir a mortalidade, perinatal e infantil;
Detectar precocemente, tratar/encaminhar situações que possam afectar
negativamente a vida ou a qualidade de vida da família, da criança e do adolescente;
Identificar crianças e jovens em risco ou com necessidades especiais;
Apoiar e estimular a função parental e promover o bem-estar familiar;
Monitorizar e avaliar o cumprimento dos parâmetros definidos para a vigilância;
Adequar a prestação de cuidados com o mínimo de deslocações aos serviços de saúde;
Articular as consultas com o esquema cronológico preconizado no Programa
Nacional de Vacinação;
Promover a visitação domiciliária ao recém-nascido;
Promover e reforçar o trabalho em equipa intra e interinstitucional;
Prevenir/reduzir o excesso de peso e obesidade nas crianças e jovens.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
65
Quanto à evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal, de 2009 para 2013, constata-se que os
valores no Baixo Vouga foram superiores, aos do Continente e Região Centro, com excepção
do ano de 2011, em que apresentou um valor mais baixo. Em 2013 a taxa foi de 4,46%o, com
13 óbitos perinatais (figura 20).
Figura 20. Evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal entre os anos 2009-2013
Fonte: DGS
- No que respeita à taxa de mortalidade infantil, no Baixo Vouga de 2009 a 2013, os valores
oscilaram de 0,74%o em 2010 a 3,14%o em 2012. Em 2013 a taxa situou-se em 2,07%o com 6
óbitos infantis (Fig. 21)
Figura 21. Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil de 2009 a 2013
Fonte: DGS
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
66
- Indicadores de Execução da área de Saúde Infantil e Juvenil – Apresenta-se no quadro
abaixo os resultados de 2013 e 2014 de um conjunto de indicadores desta área. É de salientar
que em todos os indicadores de saúde infantil apresentados, o ACeS BV apresentou em 2014
resultados superiores aos de 2013, com excepção do indicador proporção de crianças com 7
anos, com peso e altura registados no intervalo [5; 7[ anos.
Quadro 38. Indicadores de Execução da área de Saúde Infantil e Juvenil
Código SIARS Indicadores 2013
%
Atingido em 2014
Numerador Denominador
%
2013.057.01
Proporção de recém-nascidos, com diagnóstico precoce (TSHPKU) realizado até ao sexto dia de vida
91,09 2425 2619 92,59
2013.015.01
Proporção de recém-nascidos com consulta domiciliária de enfermagem realizada até ao 15º dia de vida
20,44 801 2525 31,72
2013.014.01
Proporção de recém-nascidos com pelo menos uma consulta médica de vigilância realizada até aos 28 dias de vida
85,96 2311 2616 88,34
2013.016.01
Proporção de crianças com pelo menos 6 consultas médicas de vigilância de saúde infantil no 1º ano de vida
58,64 1421 2084 68,19
2013.058.01
Proporção de crianças com 1 ano de vida com acompanhamento adequado na área da saúde infantil durante o 1º ano de vida
49,29 1311 2110 62,13
2013.017.01
Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas médicas de vigilância de saúde infantil no 2º ano de vida
59,59 1625 2504 64,90
2013.060.01
Proporção de crianças com 2 anos de vida, com acompanhamento adequado na área da saúde infantil durante o 2º ano de vida
55,39 1549 2504 61,86
2013.059.01 Proporção de crianças com 2 anos, com peso e altura registado no último ano
74,8 2430 3105 78,26
2013.031.01 Proporção de crianças com 7 anos, com peso e altura registados no intervalo [5; 7[ anos
78,17 2696 3452 78,10
2013.032.01 Proporção de jovens com 14 anos, com peso e altura registados no intervalo [11; 14[ anos
60,93 2790 4383 63,66
Fonte: SIARS
Da análise do quadro anterior, por indicador, salienta-se que, em 2014:
- A proporção de recém-nascidos, com diagnóstico precoce (TSHPKU) realizado até ao sexto dia
de vida (salienta-se que o dia do nascimento é considerado o primeiro dia), foi de 92,59%,
valor que superou o registado em 2013 (91,09%).
- Também a proporção de recém-nascidos com consulta domiciliária de enfermagem realizada
até ao 15º dia de vida, apresentado pelo ACeS BV, foi de 31,72%, superior à registada em
2013, que foi de 20,44%.
- Mais uma vez se regista um aumento do ano 2013 para 2014, relativamente à proporção de
recém-nascidos com pelo menos uma consulta médica de vigilância realizada até aos 28 dias
de vida, em que o ACeS apresentou um valor de 88,34%.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
67
- No que concerne à proporção de crianças com pelo menos 6 consultas médicas de vigilância
de saúde infantil no 1º ano de vida, o valor apresentado foi de 68,19%, o que em termos
relativos este valor é superior ao de 2013, mas em termos absolutos, é inferior (-1012 crianças
registadas com um ano, em 2013) representa um aumento de 58,64%.
- Em relação à proporção de crianças com 1 ano de vida com acompanhamento adequado na
área da saúde infantil durante o 1º ano de vida o valor atingido foi de 62,13%. Esta taxa
apresenta um valor superior ao do ano 2013, que foi de 49,29%, à custa de uma redução do
denominador.
- Quanto à proporção de crianças com pelo menos 3 consultas médicas de vigilância de saúde
infantil no 2º ano de vida, o valor em 2014, foi de 64,90%, mais uma vez superior à registada
em 2013 (59,59%), devendo-se também a uma redução no denominador.
- No que respeita à proporção de crianças com 2 anos de vida, com acompanhamento
adequado na área da saúde infantil durante o 2º ano de vida, o valor alcançado em 2014 foi de
61,86%, representando um aumento de 25 crianças com acompanhamento adequado ao 2º
ano de vida comparativamente a 2013 (55,39%).
- A proporção de crianças com 2 anos, com peso e altura registado no último ano, no ACeS BV
foi de 78,26%, superior ao de 2013.
- Relativamente à proporção de crianças com 7 anos, com peso e altura registados no intervalo
[5; 7[ anos, o seu valor foi de 78,10%, ligeiramente inferior ao registado em 2013 (78,17%). -
Quanto à proporção de jovens com 14 anos, com peso e altura registados no intervalo [11; 14[
anos o valor apresentado pelo ACeS BV foi de 63,66%, portanto também superior ao de 2013
(60,93%).
- Estão a ser desenvolvidos nesta população-alvo, diversos projectos em diferentes áreas das
quais se destaca: segurança rodoviária e prevenção de acidentes, prevenção da violência
doméstica, alimentação saudável, promoção da saúde mental, prevenção de consumos,
sexualidade, estilos de vida saudáveis, que estão apresentados no capítulo respectivo.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
68
4.4 SAÚDE DO IDOSO
Objectivos
Promover o envelhecimento ativo e saudável ao longo de toda a vida;
Criar respostas adequadas às novas necessidades da população idosa;
Estimular as capacidades das pessoas idosas;
Estimular a participação activa na promoção da sua própria saúde, autonomia e
independência;
Melhor adequação dos cuidados de saúde às necessidades das pessoas idosas;
Promover ambientes seguros;
Fomentar dinâmicas de participação, parcerias e articulação entre as famílias,
autarquias, empresas, instituições, redes formais e informais.
Pode observar-se no Quadro 39 alguns dados de mortalidade referente ao ano de 2012
em, pessoas com 65 e mais anos, no Baixo Vouga. Refere-se que o número total de óbitos
em pessoas com 65 e mais anos foi de 3.322 óbitos o que corresponde a 85,35% do total
de óbitos (3893), sendo que a maior proporção (82,4%) se verifica em pessoas com 75 e
mais anos.
Quadro 39. Mortalidade, por todas as causas, em pessoas com 65 e mais anos em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Total de causas (CID-10: A00-Y89) Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 3.893 1.935 1.958
Idade média à morte (N.º de anos) 77,3 74,4 80,1
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 3.322 1.541 1.781
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 793 533 260
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 2.736 1.188 1.548
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 3.807,7 4.479,0 3.319,8 Fonte: INE 2014 - Risco de Morrer 2012
No Quadro 40 pode observar-se os resultados de alguns indicadores, relativos a 2013 e
2014, assim:
- A proporção de utentes com idade igual ou superior a 75 anos, com prescrição crónica
inferior a cinco fármacos foi de 43,39% em 2014, o que representa uma redução relativa a
2013 (45,18%).
- Em relação à proporção de utentes com idade igual ou superior a 65 anos, sem nenhuma
prescrição de trimetazidina, no último ano, o valor apresentado pelo ACeS foi de 97,6,%,
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
69
portanto superior à registada em 2013 (96,16%),o que traduz um aumento de 3646 pessoas
com 65 e mais anos sem trimetazidina.
- Quanto à proporção de inscritos com idade igual ou superior a 65 anos, a quem não foram
prescritos ansiolíticos, nem sedativos, nem hipnóticos, foi de 63,67%, ligeiramente superior ao
verificado em 2013 (63,27%), o que em termos absolutos representa um aumento de 2049
pessoas com 65 e mais anos sem ansiolíticos, sedativos e hipnóticos.
Quadro 40. Indicadores de Execução da área da Saúde do Idoso
Código SIARS
Indicadores 2013 (%)
Atingido em 2014
Numerador Denominador (%) 2013.065.01 Proporção de utentes com idade igual ou superior a
75 anos, com prescrição crónica inferior a cinco fármacos
45,18 16794 38703 43,39
2013.067.01 Proporção de utentes com idade igual ou superior a 65 anos, sem nenhuma prescrição de trimetazidina no último ano
96,16 76898 78790 97,6
2013.056.01
Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, nem sedativos, nem hipnóticos
63,27 50246 78790 63,67
2011.027.01 % de mulheres com idade ≥65 anos com terapêutica de osteoporose
6.804 44.123 15,42
Fonte: SIARS
São desenvolvidos, no ACeS BV, um conjunto de projectos de intervenção comunitária, com
vista a promover o envelhecimento ativo, através da estimulação das suas capacidades e da
capacitação e participação activa na promoção da sua própria saúde, autonomia e
independência.
São igualmente desenvolvidos projectos com os cuidadores formais e informais.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
70
4.5 VIGILÂNCIA DA DOENÇA CRÓNICA
4.5.1 Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares – Hipertensão
Relativamente a esta área tinham sido definidos, para 2014, os seguintes objectivos:
Monitorizar o acompanhamento dos utentes hipertensos, de acordo com as NOCs;
Melhorar o controlo dos parâmetros relativos à HTA e avaliar o risco CV a todos os
utentes hipertensos;
Melhorar a organização de prestação de cuidados;
Uniformizar metodologias e procedimentos pelos profissionais;
Garantir eficácia dos circuitos de informação;
Prevenir o aparecimento precoce das doenças cardiovasculares;
Reduzir a morbimortalidade por doenças cardiovasculares, nomeadamente em idade
<65 anos.
Em termos da avaliação de impacto sabemos que as doenças cardiovasculares são a primeira
causa de mortalidade e morbilidade no nosso país e também no ACeS.
Mortalidade
No ano de 2012 na Região do Baixo Vouga, as doenças do aparelho circulatório constituíram a
primeira causa de morte, com 1.166 óbitos que representaram 29,95% do total da
mortalidade. A relação de masculinidade ao óbito, para estas causas de morte, foi de 78,0
óbitos masculinos por cada 100 femininos e a idade média ao óbito foi de 81,6 anos. A taxa
bruta de mortalidade foi de 299,8 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada para as
mulheres (322,1) do que para os homens (275,5). A taxa de mortalidade padronizada para
todas as idades foi de 149,0 óbitos por 100 000 habitantes, tendo sido significativamente mais
elevada para as idades de 65 e mais anos (1 232,3). O número de anos potenciais de vida
perdidos foi de 938 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos, de 279,1 por 100 000
habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 9,1 (Quadro 41).
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Quadro 41. Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório, no Baixo Vouga, em 2012
Doenças do aparelho circulatório Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 1.166 511 655
Idade média à morte (N.º de anos) 81,6 79,7 83,1
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 59 43 16
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 1.107 468 639
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 103 67 36
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 966 395 571
Relação de masculinidade 78
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 149 165,8 135,7
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 15,1 22,9 8
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 1.232,3 1.321,7 1.169,0
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 299,80 275,50 322,1
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 938 668 270
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 279,1 407,1 157,0
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 9,1 10,0 7,5
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 230,6 342,7 128,1
Fonte: INE 2014-Risco de Morrer 2012
Dentro das mortes por doenças relativas ao aparelho circulatório salientam-se, no ano em
análise, as que foram devidas a doenças cerebrovasculares, com 527 mortes, por doença
isquémica do coração, com 159 mortes e o enfarte com 126 óbitos. A taxa bruta de
mortalidade calculada para as doenças cerebrovasculares foi de 12,7%oo óbitos e de 40,9%oo
na doença isquémica do coração e de 32,4%oo no enfarte agudo do miocárdio. O indicador da
relação de masculinidade apresenta valores diferentes para estas causas, sendo de 75,7 óbitos
masculinos nas doenças cerebrovasculares e de 133,8 na doença isquémica do coração e de
121,1 para o enfarte agudo do miocárdio – Quadros 42, 43 e 44.
Quadro 42. Mortalidade por Doença Isquémica do Coração, no Baixo Vouga, em 2012
Doença isquémica do coração Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 159 91 68
Idade média à morte (N.º de anos) 79,3 77,8 91,3
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 15 13 2
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 144 78 66
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 21 18 3
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 122 65 57
Relação de masculinidade 133,8
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 21,3 30,5 14,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 3,8 6,9 1
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 162,8 221,2 123,5
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 40,9 49,1 33,4
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 218 195 23
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 64,7 118,9 13,1
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 10,4 10,8 7,5
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 52,9 99,4 10,3
Fonte: INE 2014-Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Quadro 43. Mortalidade por Enfarte Agudo do Miocárdio, no Baixo Vouga, em 2012
Enfarte agudo do miocárdio Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 126 69 57
Idade média à morte (N.º de anos) 78,7 77,3 80,4
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 13 11 2
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 113 58 55
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 16 13 3
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 95 49 46
Relação de masculinidade 121,1
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 17,1 23,2 12,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 3,3 5,9 1
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 128,2 163,7 105,1
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 3,20 3,60 2,9
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 195 173 23
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 58,0 105,2 13,1
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 12,2 13,3 7,5
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 47,9 88,6 10,3
Fonte: INE 2014-Risco de Morrer 2012
Quadro 44. Mortalidade por Doenças Cerebrovasculares, no Baixo Vouga, em 2012
Doenças cerebrovasculares (CID-10: I60-I69) Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 527 227 350
Idade média à morte (N.º de anos) 81,4 78,9 83,2
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 30 20 10
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 497 207 290
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 49 34 15
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 429 168 261
Relação de masculinidade 76
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 68,1 74,6 62,7
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 7,8 10,6 5,1
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 556,4 592,2 527,9
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 12,70 10,80 14,6
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 518 335 183
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 154,0 204,3 106,1
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 10,6 9,9 12,2
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 129,6 172,8 90,8
Fonte: INE 2014-Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
73
Morbilidade
No quadro 45 pode observar-se, por ordem decrescente, a taxa de utentes por problemas
(ICPC2) registados, a 31/12/2014, relativamente ao aparelho circulatório. O total de registos
nesta área, em 31/12/2013, era de 202.813 (189.407 em 2013), o que significa que houve mais
6,81% registos que em 2013. No global, representou 11,4% do total de problemas codificados.
Salienta-se que a hipertensão (sem e com complicações) aparece nos primeiros lugares com
83.432 registos.
Quadro 45. Área ICPC (2) - Aparelho circulatório - Códigos/Problemas em 2014
Códigos ICPC(2)
Problemas Total %o Utentes
K86 HIPERTENSÃO SEM COMPLICAÇÕES 67858 176,4
K95 VEIAS VARICOSAS DA PERNA 19286 50,1
K87 HIPERTENSÃO COM COMPLICAÇÕES 15574 40,5
K85 TENSÃO ARTERIAL ELEVADA 13914 36,2
K96 HEMORRÓIDAS 8798 22,9
K80 ARRITMIA CARDÍACA, NE 8073 21,0
K83 DOENÇA VALVULAR CARDÍACA, NE 6880 17,9
K99 OUTRAS DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO 6784 17,6
K77 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 5799 15,1
K78 FIBRILHAÇÃO / FLUTTER AURICULAR 5151 13,4
K90 TROMBOSE / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 5140 13,4
K94 FLEBITE E TROMBOFLEBITE 4594 11,9
K92 ATEROSCLEROSE / DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA 4433 11,5
K74 DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA COM ANGINA 4177 10,9
K84 OUTRAS DOENÇAS CARDÍACAS 3298 8,6
K76 DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA SEM ANGINA 3181 8,3
K75 ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO 2036 5,3
K04 PALPITAÇÕES / PERCEPÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS 1980 5,1
K91 DOENÇA VASCULAR CEREBRAL 1808 4,7
K79 TAQUICARDIA PAROXÍSTICA 1640 4,3
K81 SOPRO CARDÍACO / ARTERIAL, NE 1397 3,6
K01 DOR ATRIBUIDA AO CORAÇÃO 1207 3,1
K29 OUTROS SINAIS / SINTOMAS CARDIOVASCULARES 1166 3,0
K07 TORNOZELOS INCHADOS / EDEMA 1113 2,9
K89 ISQUÉMIA CEREBRAL TRANSITÓRIA 1002 2,6
K88 HIPOTENSÃO POSTURAL 923 2,4
K02 SENSAÇÃO DE PRESSÃO / APERTO ATRIBUIDO AO CORAÇÃO 891 2,3
K06 VEIAS PROEMINENTES 798 2,1
K73 MALFORMAÇÕES CONGÉNITAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO 612 1,6
K82 DOENÇA CARDIO-PULMONAR 497 1,3
Outros Outros 2803 7,3
Total 202813 527,3
Fonte: SIARS – 31/12/2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
74
- Quanto à avaliação da atividade apresenta-se no quadro que se segue um conjunto de
indicadores e respectivos resultados atingidos em 2014.
Quadro 46. Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares
Código SIARS
Indicadores 2013 (%)
Atingido em 2014
Numerador Denominador (%)
2013.076.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com compromisso de vigilância
70,8 59778 82058 72.85
2013.019.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com registo de pressão arterial em cada semestre
47,8 38802 79180 49,00
2013.089.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com registo de pressão arterial no último semestre
59,2 49806 82058 60,70
2013.018.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com pelo menos um registo de IMC nos últimos 12 meses
58,6 51283 82058 62,50
2013.026.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com 25 ou mais anos, que têm a vacina antitetânica atualizada
91,5 75696 81946 92,37
2013.024.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com consulta de enfermagem de vigilância e registo da gestão do regime terapêutico (3 itens) no último ano
5,3 10.084 82058 12,29
2013.020.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com idade inferior a 65 anos, com pressão arterial inferior a 150/90 mmHg
41,5 14393 33333 43,18
2013.023.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial (sem doença cardiovascular nem diabetes), com determinação de risco cardiovascular nos últimos 3 anos
12,1 16585 50976 32,53
2013.025.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com acompanhamento adequado
6,5 20316 82058 24,76
2011.020.01 % de inscritos com idade ≥18 anos com diagnóstico de hipertensão
85966 334908 25,67
2011.020.02 % de hipertensos vigiados com idade ≥18 anos sem complicações com TA controlada
19833 85966 23,07
2011.020.03 % de hipertensos vigiados com idade ≥18 anos com complicações com TA controlada
4864 85966 5,66
2011.020.04 % de hipertensos vigiados com idade ≥18 anos com TA controlada 24208 85966 28,16
2011.026.01 % de hipertensos sob medidas terapêuticas não farmacológicas
14.797 84786 17,45
2011.026.07 % de hipertensos com história de AVC e/ou EAM (nos últimos 12 meses)
617 84786 0,73
Fonte: SIARS
Da análise dos dados do Quadro refere-se que, no ACeS: - 72,85 (59.778) dos hipertensos têm compromisso de vigilância, valor este superior ao
registado em 2013 (70,8%);
- 49,0% (33880) dos utentes com hipertensão arterial, têm registo de pressão arterial em cada
semestre, também este valor superior ao de 2013 (47,8%);
- A proporção de utentes hipertensos com pelo menos um registo de IMC nos últimos 12
meses foi de 62,5% (51.283), valor superior ao de 2013 (58,6%);
- A percentagem de utentes com hipertensão arterial, com 25 ou mais anos, com a vacina
antitetânica actualizada foi de 92,37 (75696) valor superior ao de 2013 (91,5%);
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
75
- A taxa de utentes com hipertensão arterial com consulta de enfermagem de vigilância e
registo da gestão do regime terapêutico (3 itens) no último ano foi de 12,29% (10.084). Alerta-
se que, para se considerar o diagnóstico de Gestão de Regime Terapêutico (GRT), é necessário
que o enfermeiro avalie e registe também como diagnósticos, 3 grupos de status da GRT:
Conhecimentos sobre exercício físico;
Conhecimentos sobre hábitos alimentares;
Conhecimentos sobre regime medicamentoso.
- 43,18% (14393) dos utentes com hipertensão arterial, com idade inferior a 65 anos, têm
pressão arterial inferior a 150/90 mmHg. Esta taxa também é superior à de 2013 (5,3%).
- A proporção de utentes hipertensos com “acompanhamento adequado” foi de 24,76 %
(20.316) valor este superior ao de 2013 (6,54%). É importante conhecer o BI do indicador.
Do conjunto de indicadores apresentados realça-se o facto dos resultados em 2014 serem
superiores aos de 2013. Esta situação tem decerto muito a ver com a qualidade dos registos,
baseado no melhor conhecimento dos bilhetes de identidade dos indicadores, bem como na
sensibilização efectuada para estes aspectos.
Projectos de intervenção comunitária - Estão a ser desenvolvidos, no ACeS BV, projetos que
visam diminuir o consumo de sal pela população, reduzindo o sal adicionado na confecção dos
alimentos.
Oportunidades de Melhoria
Neste programa consideram-se as seguintes oportunidades de melhoria:
- Aperfeiçoar os registos, de uma forma geral;
- Ter atenção aos registos ativos de hipertensão, nas diversas rubricas, uma vez que há dados
incongruentes.
- Conhecer os bilhetes de identidade dos indicadores;
- Disponibilização atempada dos indicadores de mortalidade e alguns no âmbito dos GDH’s.
- Actualizar procedimentos técnicos na orientação de doentes com risco CV (NOCs e partilha
de estratégias de estruturação da consulta de HTA;
- Replicar formações (Dislipidemia, HTA secundária, Hipocoagulação, Antiagregração
plaquetar);
- Organização de uma consulta de HTA.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
76
4.5.2 Programa de Vigilância da Diabetes Mellitus
Relativamente a esta área foram definidos, para 2014, os seguintes objectivos:
- Melhorar a organização na prestação de cuidados;
- Uniformizar metodologias e procedimentos pelos profissionais;
- Garantir eficácia dos circuitos de informação;
- Reduzir a morbilidade por diabetes;
- Diminuir a taxa de mortalidade específica por diabetes;
- Conhecer a prevalência da diabetes;
- Diagnosticar precocemente a diabetes;
- Detectar precocemente as complicações da diabetes;
- Monitorizar o acompanhamento dos utentes diabéticos em vigilância;
- Avaliar o cumprimento dos parâmetros definidos para vigilância.
Dados e Indicadores de mortalidade
No que respeita à mortalidade as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, em 2012 no
Baixo Vouga, constituíram a 4ª causa de morte com 246 óbitos (dos quais 88 de homens e de
158 mulheres) o que corresponde a 6,31% da mortalidade do Baixo Vouga.
No que respeita a estas causas, a relação de masculinidade ao óbito foi de 55,7 óbitos
masculinos por cada 100 femininos e a idade média ao óbito, de 78,1 anos.
A taxa bruta de mortalidade foi de 63,3 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada nas
mulheres (77,7) do que nos homens (47,4). A taxa de mortalidade padronizada para todas as
idades foi de 34,3 óbitos por 100 000 habitantes, inferior à registada para as idades de 65 e
mais anos (253,0). O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 577 anos, a taxa de
anos potenciais de vida perdidos, de 171,80 por 100 000 habitantes e o número médio de anos
de vida perdidos de 16 (quadro 47).
Salienta-se que os dados apresentados no Baixo Vouga são, na generalidade, superiores aos
verificados no país.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
77
Quadro 47. Mortalidade por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Doenças Endocrinas Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 246 88 158
Idade média à morte (N.º de anos) 78,1 74,7 79,9
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 26 16 10
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 220 72 148
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 36 18 180
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 180 56 124
Relação de masculinidade 55,7
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 34,3 31,1 36
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes)
7,3 9,1 5,5
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 253,00 208,70 282,40
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 63,30 47,40 77,7
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 577 320 257
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 171,80 195,10 149,50
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 16 17,8 14,3
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 179,50 196,00 163,00
Fonte: INE 2014-Risco de Morrer 2012
No grupo das doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas destaca-se a diabetes. Foram
registados, por esta causa de morte, 189 óbitos (dos quais 62,4 foram em mulheres), que
representam 4,85% do total de óbitos. A idade média ao óbito foi de 79,9 anos, mais elevada
nas mulheres (81,6). A taxa bruta de mortalidade foi de 48,6 óbitos por 100 000 habitantes e a
taxa de mortalidade padronizada de 25,1. O número de anos potenciais de vida perdidos foi de
138,0 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos, de 40,9 por 100 000 habitantes e o
número médio de anos de vida perdidos, de 7,2 (superior nos homens com 10,5 anos).
Quadro 48. Mortalidade por diabetes, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Diabetes Mellitus Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 189 71 118
Idade média à morte (N.º de anos) 79,9 77,2 81,6
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 10 8 2
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 179 63 116
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 19 10 9
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 144 48 96
Relação de masculinidade 60,2
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 25,1 24,0 25,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 2,5 4,3 1,0
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 207,5 183,8 223,0
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 48,6 38,3 58,0
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 138,0 105,0 33,0
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 40,90 64,00 18,90
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 7,2 10,5 3,6
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 32,60 53,20 13,50
Fonte: INE 2014-Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
78
Quadro 49. Morbilidade – Taxas de Incidência e Prevalência da diabetes tipo 1 e tipo 2
Código Indicador Numerador Denominador Taxa
2011.002.07 Incidência de diabetes tipo 1 108 401.901 0,03
2011.002.08 Incidência de diabetes tipo 2 2.129 401901 0,53
2011.002.01 % inscritos com diagnóstico diabetes tipo 1 2.807 401.901 0,70
2011.002.02 % inscritos com diagnóstico diabetes tipo 2 28.064 401.901 6,98
Fonte: SIARS
Indicadores de Execução
Observa-se no quadro abaixo um conjunto de dados e indicadores relativos à diabetes.
Quadro 50. Indicadores de Execução na área da Diabetes
Código SIARS
INDICADORES 2013 (%)
Atingido 2014
Numerador Denominador (%)
2013.075.01 Proporção de utentes com diabetes tipo 2 com compromisso de vigilância
77,0 20705 26177 79,10
2013.038.01
Proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 2 HgbA1c no último ano, desde que abranjam os 2 semestres
58,8 17757 28361 62,61
2013.088.01 Proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 1 HgbA1c no último semestre
65,7 20785 29564 70,31
2013.035.01 Proporção de utentes com diabetes, com pelo menos um exame dos pés registado no último ano
61,8 19253 29564 65,12
2013.040.01
Proporção de utentes com diabetes, com pelo menos uma referenciação ou pelo menos um registo de realização de exame à retina, no último ano
32,0 9770 29564 33,05
2013.041.01 Proporção de utentes com diabetes tipo 2, em terapêutica com insulina
6,0 1683 26177 6,43
2013.042.01 Proporção de utentes com diabetes tipo 2 com terapêutica com metformina
47,6 13700 26177 52,34
2013.097.01 Proporção de utentes com diabetes, com microalbuminúria no último ano
57,0 18439 29564 62,37
2013.039.01 Proporção de utentes com diabetes, com o último registo de HgbA1c inferior ou igual a 8,0 %
58,8 18600 29564 62,91
2013.091.01
Proporção de utentes com diabetes, com idade inferior a 65 anos, com o último registo de HgbA1c inferior ou igual a 6,5%
28,7 4001 11890 33,65
2013.036.01
Proporção de utentes com diabetes, com consulta de enfermagem de vigilância e registo de gestão do regime terapêutico (3 itens) no último ano
8,6 5524 29564 18,68
2013.037.01 Proporção de utentes com diabetes, com consulta de enfermagem de vigilância em diabetes no último ano
69,4 21712 29564 73,44
2013.043.01 Proporção de utentes com diabetes, com acompanhamento adequado
19,5 12268 29564 41,50
2013.096.01
Rácio entre a despesa facturada (€) com inibidores DPP-4 e a faturada com antidiabéticos orais, em doentes com diabetes mellitus tipo 2
83,2 5.358.125€ 6.396.934€ 83,76
Fonte: SIARS
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
79
Da análise dos dados do Quadro 50 refere-se que, no ACeS:
- A proporção de utentes com diabetes tipo 2 com compromisso de vigilância foi de 79,10%,
valor superior ao registado em 2013 (77,0%).
- Quanto à proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 2 registos de HgbA1c no
último ano, desde que abranjam os 2 semestres o valor apresentado pelo ACeS de 62,61 % que
foi superior ao de 2013 (58,8%).
- Relativamente à proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 1 HgbA1c no último
semestre o valor apresentado pelo ACeS de 70,31 %, também este valor superior ao observado
em 2013 (65,7%).
- No que respeita à proporção de utentes com diabetes, com pelo menos um exame dos pés
registado no último ano, o valor apresentado pelo ACeS foi de 65,12 %, enquanto em 2013 se
registou 61,8%.
- A proporção de utentes com diabetes, com pelo menos uma referenciação ou pelo menos
um registo de realização de exame à retina, no último ano no ACeS foi de 33,05% (32,0% em
2013).
- No que se refere à proporção de utentes com diabetes tipo 2, em terapêutica com insulina, o
valor apresentado pelo ACeS foi de 6,43% (6,0% em 2013).
- Quanto à proporção de utentes com diabetes tipo 2 com terapêutica com metformina o ACeS
apresentou um valor de 52,34% enquanto em 2013 o valor foi de 47,6%.
- Relativamente à proporção de utentes com diabetes, com micro albuminúria no último ano,
o valor do ACeS de 62,37%, valor este superior ao atingido em 2013 (57,0%).
- A proporção de utentes com diabetes, com o último registo de HgbA1c inferior ou igual a 8,0
% foi de 62,91%, no ACeS, tendo sido superior ao de 2013 (58,8%).
- No que respeita à proporção de utentes com diabetes, com idade inferior a 65 anos, com o
último registo de HgbA1c inferior ou igual a 6,5 % o valor foi de 33,65%, mais elevado que em
2013 (28,7%).
- A proporção de utentes com diabetes, com consulta de enfermagem de vigilância e registo de
gestão do regime terapêutico (conhecimentos sobre exercício físico; conhecimentos sobre
hábitos alimentares; conhecimentos sobre regime medicamentoso) no último ano foi de
18,68%, enquanto em 2013 o valor se situou em 8,6%.
- Quanto à proporção de utentes com diabetes, com consulta de enfermagem de vigilância em
diabetes no último ano, o valor apresentado pelo ACeS foi de 73,44%, valor superior ao de
2013 (69,4%).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
80
- No que se refere à proporção de utentes com diabetes, com acompanhamento adequado, o
valor apresentado pelo ACeS foi de 41,50%, valor bastante superior ao verificado em 2013
(19,5%).
Salienta-se que os valores atingidos em 2014 são na totalidade mais elevados que os de 2013 o
que traduz um esforço quer do ACeS em termos de organização quer das UF no que respeita à
organização e ao empenho dos profissionais quer na qualidade dos cuidados prestados bem
como na qualidade dos registos.
Vários estudos têm demonstrado que os programas de prevenção que promovem a mudança
do estilo de vida podem reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2, uma
vez que uma das suas causas está relacionada com os hábitos alimentares e com o
sedentarismo. Neste contexto, é importante desenvolver uma estratégia de intervenção eficaz
que promova estilos de vida saudáveis (prática regular de atividade física e promoção de uma
alimentação saudável).
Estão também, e à semelhança de outras áreas, a ser desenvolvidos projectos no âmbito da
promoção de estilos de vida saudáveis (atividade física e alimentação saudável).
Também foram implementados projectos dirigidos a utentes diabéticos (176) com o objectivo
de os capacitar para a gestão da sua diabetes.
Oportunidades de Melhoria
Neste programa regista-se as seguintes oportunidades de melhoria:
- Melhorar os registos, de uma forma geral;
- Registar atempadamente os diagnósticos de diabetes ativos (rubricas da ICPC-2 T89 ou T90);
- Conhecer os bilhetes de identidade dos indicadores;
- Disponibilização atempada da informação no SIARS e GDH’s, (neste caso a incidência de
amputações major).
Rastreio da Retinopatia Diabética
O rastreio da retinopatia diabética é efectuado, por uma Técnica Ortoptista, aos utentes
diabéticos do ACeS, com critérios de inclusão. Este rastreio é de extrema importância a nível
da prevenção e tratamento atempado das lesões de retinopatia diabética existentes,
possibilitando um acréscimo em saúde da visão e qualidade de vida dos Utentes Diabéticos da
área de influência do ACeS. Sabe-se que a retinopatia diabética é a primeira causa de cegueira
na idade activa. Muitas vezes é assintomática até atingir estadios graves. Cerca de 90% dos
casos de perda de visão ou cegueira pode ser evitado se existir um bom controlo metabólico,
um diagnóstico precoce das lesões de retinopatia diabética e um tratamento atempado.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
81
Em 2014 foram realizadas 9991 retinografias, sendo 4506 ao olho direito e 4485 ao olho
esquerdo a 4556 utentes.
Da análise do quadro seguinte, em 2014, efectuou-se rastreio a utentes diabéticos dos Centros
de Saúde de Águeda, Estarreja, Murtosa, Sever do Vouga, Oliveira do Bairro. Albergaria-a-
Velha, Anadia, Vagos e Ílhavo, num total de 4556. Refere-se que dos utentes contactados, quer
por carta, quer via telefone apenas foram receptivos ao rastreio (total de inscritos no rastreio),
5472 utentes e destes ainda faltaram 916 (16,7%). Alguns dos motivos para este valor são o
facto de andarem a ser seguidos no hospital (critério de exclusão), utentes ausentes no
estrangeiro, não resposta às convocatórias (carta e, ou telefone), utentes acamados, utentes
que referem não ter transporte.
Quadro 51. Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética ACeS BV em 2014
PROGRAMAÇÃO DO R.R.D.
CENTRO DE SAÚDE TOTAL DE
DIABÉTICOS
TOTAL INSCRITOS no
RASTREIO REALIZARAM FALTAS
02-01-2014 A 09-01-2014 ÁGUEDA Continuação de 2013
154 123 31
13-01-2014 A 07-02-2014 ESTARREJA 1499 589 522 67
10-02-2014 A 28-02-2014 MURTOSA 738 388 345 43
03-03-2014 A 23-03-2014 SEVER DO VOUGA 742 492 428 64
24-03-2014 A 07-04-2014 OLIVEIRA DO BAIRRO
1414 412 337 75
14-04-2014 A 04-07-2014 ALBERGARIA- A- VELHA
1808 1277 1114 163
01-09-2014 A 01-10-2014 ANADIA 1895 540 483 57
06-10-2014 A 30-11-2014 VAGOS 1435 1282 935 347
01-12-2014 A A DECORRER ILHAVO 2502 338 269 69
TOTAIS 9 12033 5472 4556 916
Fonte: URAP 2014
Relativamente aos utentes rastreados, em 2014, a maior proporção (74,2%) tinha idade
superior a 60 anos, e era do sexo masculino (52,0%), como pode ser observado no quadro
seguinte.
Quadro 52. Número Total de Utentes Diabéticos rastreados a retinopatia diabética no ano 2014
ACeS BV Nº
Utentes
Idade (anos) Sexo Nº utentes c/Insulina
0-30 31-60 >60 M F
Total (n.a) 4556 18 11.157 3.381 2.369 22.187 661
Total (%) 0,4 % 25,4 % 74,2 % 52,0 % 48,0 % 14,5 %
Fonte: Relatório de atividades da URAP, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
82
Salienta-se que relativamente aos resultados do rastreio, foi diagnosticado maculopatia no
olho direito a 160 utentes, o que representa 3,5% (102 em 2013) e no olho esquerdo a 150
utentes o que corresponde a 3,3% (94 em 2013). Este diagnóstico implica referenciação para
consulta e tratamento logo que possível. Foi também diagnosticado retinopatia diabética
proliferativa no olho direito a 15 utentes (4 em 2013) e no olho esquerdo a 12 utentes (5 em
2013), o que corresponde, no total, a 0,3%. Esta situação é de referenciação para consulta e
tratamento urgente.
Refere-se que em 2014 foram enviados 195 utentes a consulta hospitalar com maculopatia e
retinopatia diabética proliferativa, tendo concluído tratamento 32 destes utentes.
Quadro 53. Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética no ACeS BV - Rastreio 2014
CS Utente SEMANAS TOTAL DE UTENTES
RESULTADOS
OD OE
R0 Rastreio
Anual
RL Rastreio
Anual
M C
ASAP
RP C
Urgente
R0 Rastreio
Anual
RL Rastreio
Anual
M C ASAP
RP C
Urgente
ÁGUEDA 2 123 89 20 9 0 89 27 4 0
ESTARREJA 4 529 411 62 24 0 411 65 26 0
MURTOSA 3 345 265 46 16 1 254 60 11 1
SEVER DO VOUGA
3 428 336 59 13 2 333 57 15 3
OLIVEIRA DO BAIRRO
2 268 204 45 7 1 208 38 6 1
ALBERGARIA A VELHA
12 1162 867 196 36 3 867 185 38 2
ANADIA 5 469 360 69 12 2 357 66 16 0
VAGOS 8 967 731 147 35 6 702 166 25 5
ÍLHAVO 3 265 201 38 8 209 31 9 0
TOTAIS 4556 3464 682 160 15 3430 695 150 12
4146 4125
Legenda: RO - Sem retinopatia; RL – Retinopatia não proliferativa ligeira; M – maculopatia; RP – Retinopatia proliferativa
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
83
4.5.3 Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma)
No que concerne a esta área foram definidos, para 2014, os seguintes objectivos:
Melhorar a qualidade de vida e o bem-estar do doente com DPOC ou asma;
Diminuir a morbimortalidade por DPOC e Asma;
Identificar utentes em risco e diagnosticar precocemente os utentes com DPOC ou
asma;
Contribuir para a diminuição do absentismo escolar/laboral.
Apresenta-se de seguida um conjunto de dados e indicadores de mortalidade, em 2012, por
doenças do aparelho respiratório, no global, salientando-se que em 2012, as mortes causadas
por doenças do aparelho respiratório constituíram a 3ª causa de morte, tendo-se registado
551 óbitos (dos quais 254 homens e 297 mulheres), o que equivale a 14,15% da mortalidade
na Região.
A relação de masculinidade destes óbitos foi de 85,5 óbitos masculinos e a idade média ao
óbito, de 83 anos. A taxa bruta de mortalidade foi de 141,7%ooo óbitos, mais elevada nas
mulheres (146,0) do que nos homens (136,9). A taxa de mortalidade padronizada para as
idades de 65 e mais anos foi de 580,6%ooo óbitos. O número de anos potenciais de vida
perdidos foi de 353 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos, de 104,9 anos por 100
000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 9,5 (Quadro 54).
Quadro 54. Mortalidade por doenças do aparelho respiratório, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Doenças do aparelho respiratório Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 551 254 297
Idade média à morte (N.º de anos) 83 80,7 84,9
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 20 17 3
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 531 237 294
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 37 30 7
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 479 200 279
Relação de masculinidade 86
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 68,5 81,8 58
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 5,5 9,2 1,5
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 580,6 669,4 514,8
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 141,7 136,9 146,0
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 353 290 63
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 104,9 176,8 36,3
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 9,5 9,7 8,9
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 87,5 151,4 29,1
Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
84
No conjunto de doenças do aparelho respiratório, em 2012, salientam-se as mortes motivadas
por pneumonia com 342, por DPOC com 76, gripe e asma com 5 óbitos cada.
Quanto à relação de masculinidade nestes óbitos apenas se verificou um valor superior para os
homens na DPOC.
No que respeita ao número de anos potenciais de vida perdidos, esta oscilou de 138 para a
pneumonia e 3 para a gripe.
Nos quadros abaixo apresentam-se dados de mortalidade, referentes a 2012, relativos a
algumas doenças na área: DPOC, asma, pneumonia e gripe.
Causa de Quadro 55. Mortalidade por DPOC, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: DPOC Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 76 40 36
Idade média à morte (N.º de anos) 82 80,1 84,1
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 5 4 3
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 71 36 35
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 7 6 1
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 65 31 34
Relação de masculinidade 111,1
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 9,6 13 7,1
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes)
1,3 2,1 0,5
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 77,0 101,0 60,2
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 439,2 579,3 370,8
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 68 45 23
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 20,1 27,4 13,1
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 9,6 7,5 22,5
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 16,5 22,8 11,0
Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
Quadro 56. Mortalidade por Asma, em 2012 no Baixo Vouga
Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
Causa de morte: Asma Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 5 3 2
Idade média à morte (N.º de anos) 77,1 71,3 85,8
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 1 1 0
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 4 2 2
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 1 1 0
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 3 1 2
Relação de masculinidade 150,0
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 0,7 1,2 0,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0,3 0,5 0
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 4,8 6,4 3,4
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 1,3 1,6 1,0
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 13 13 0
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3,7 7,6 0,0
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 12,5 12,5 0,0
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3,1 6,6 0,0
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
85
Quadro 57. Mortalidade por Pneumonia, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Pneumonia Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 342 150 192
Idade média à morte (N.º de anos) 83,9 82,4 85,1
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 8 6 2
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 334 144 190
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 17 12 5
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 304 126 178
Relação de masculinidade 79
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 41,8 47,1 37,8
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes)
2,1 3,2 1
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 363,4 401,6 336,0
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 2.409,5 2.860,2 2.189,7
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 138 100 38
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 40,9 61,0 21,8
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 8,1 8,3 7,5
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 33,7 52,0 17,2
Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
Quadro 58. Mortalidade por Gripe, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Gripe Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 5 2 3
Idade média à morte (N.º de anos) 82,4 78,3 85,2
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 0 0 0
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 5 2 3
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 1 1 0
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 4 1 3
Relação de masculinidade 67
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 0,6 0,7 0,6
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0 0 0
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 5,8 6,4 5,0
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 1,3 1,1 1,5
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 3 3 0
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 0,7 1,5 0,0
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 2,5 2,5 0,0
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 0,5 1,2 0,0
Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
86
Indicadores de resultado
Quanto à proporção de inscritos com diagnóstico de asma, o ACeS apresentou um valor de
2,61% (10.098 utentes), sendo este valor mais elevado que em 2013 (2,31%).
Relativamente à proporção de inscritos com diagnóstico (ICPC2) de doença pulmonar
obstrutiva crónica (DPOC) o valor que se verificou no ACeS foi de 1,03% (3.965 utentes)
também superior ao de 2013 (0,8%).
A percentagem de inscritos com agudização de DPOC, no total de inscritos com DPOC, foi de
10,92 o que corresponde a 466 utentes.
Quadro 59. Indicadores de Resultado na área das Doenças Respiratórias
Código SIARS/ICPC2
Indicadores Atingido 2013 (%)
Atingido 2014 (%)
2013.077.01 FL Proporção de inscritos com diagnóstico de asma 2,31 2,61
2013.078.01 FL Proporção de inscritos com diagnóstico (ICPC2) de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)
0,8 1,03
2011.028.04.02 % de inscritos com agudização de DPOC no total de inscritos com DPOC
10,92
2011.028.02 % de inscritos com DPOC confirmada por espirometria 9,77
2013.049.01 Proporção de inscritos com diagnóstico de DPOC, com FeV1 em 3 anos
23,76
Fonte: SIARS 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
87
4.5.4 Programa de Vigilância Oncológica
Relativamente a esta área foram definidos, para 2014, os seguintes objectivos:
Avaliar o cumprimento dos parâmetros definidos para a vigilância oncológica;
Reduzir a morbimortalidade por cancro da mama, do colo do útero e, cólon e recto;
Aumentar a taxa de cobertura do rastreio oncológico da mama e colo útero,
garantindo mais de 60% de cobertura em toda a área geográfica do ACeS.
No quadro abaixo estão os resultados de dados e indicadores de mortalidade por tumores
malignos, que é a segunda causa de morte no Baixo Vouga, com um total de 865 óbitos, dos
quais 506 foram homens e 359 mulheres. Este total de óbitos corresponde a 22,22% da
mortalidade.
A relação de masculinidade desses óbitos foi de 140,90 óbitos masculinos por cada 100
femininos e a idade média ao óbito devido a estas causas situou-se nos 72,2 anos.
A taxa bruta de mortalidade foi de 254,0 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada nos
homens (332,3) do que nas mulheres (184,6).
A taxa de mortalidade padronizada para idade de menos de 65 anos foi de 54,1 óbitos por 100
000 habitantes para idades de 65 e mais anos foi de 819,7%o.ooo óbitos valor
significativamente superior ao observado para o mesmo indicador de todas as idades (138,4).
O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 3.540 anos, a taxa de anos potenciais de
vida perdidos, de 1 053,8 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos,
de 11,5 (Quadro 60).
Quadro 60. Mortalidade por Tumores malignos, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Tumores malignos Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 865 506 359
Idade média à morte (N.º de anos) 72,2 71,4 73,3
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 208 129 79
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 657 377 280
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 308 194 114
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 442 240 202
Relação de masculinidade 140,9
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 138,4 189,0 99,2
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes)
54,1 69,8 39,8
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 819,7 1.152,9 580,4
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 254,0 332,3 184,6
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 3.540 2.190 1.350
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 1.053,8 1.335,5 785,1
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11,5 11,3 11,8
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 895,9 1.153,5 659,8 Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
88
No conjunto das mortes motivadas por tumores malignos (865), em 2012, foram relevantes as
ocorridas por tumor maligno do cólon, reto e ânus (142 mortes), tumor maligno do estômago
(91), tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão (90), tumor maligno da próstata (59),
tumor maligno da mama (58, todos da mama feminina), tumor maligno do pâncreas (41) e
tumor maligno do fígado e das vias biliares intra-hepática (38).
Refere-se que a relação de masculinidade nos óbitos por tumores, abaixo descriminados, é
sempre superior nos homens, apenas com excepção do de Hodgkin que é inferior.
Quadro 61. Tumor maligno - Óbitos por Local de residência (NUTS - 2002), segundo o sexo, relação de
masculinidade e idade média à morte segundo o sexo – 2012
Tumores Total de óbitos (N.º) segundo o Sexo
Relação de masculinidade
nos óbitos
Idade média à morte (em anos) segundo o
Sexo
HM H M HM H M
traqueia, brônquios e pulmão (CID-10: C33-C34)
90 73 17 429,4 68,5 68,1 70,0
cólon, reto e ânus (CID-10: C18-C21) 142 89 53 167,9 74,2 74,2 74,2
mama (CID-10: C50) 58 0 58 0,0 70,4 - 70,4
estômago (CID-10: C16) 91 47 44 106,8 73,7 71,3 76,4
pâncreas (CID-10: C25) 41 24 17 141,2 74,0 72,0 76,8
próstata (CID-10: C61) 0 59 0 - - 81,4 -
fígado e das vias biliares intra-hepática (CID-10: C22)
38 27 11 245,5 72,3 69,9 78,2
colo do útero (CID-10: C53) 0 0 10 0,0 - - 70,5
ovário (CID-10: C56) 0 0 18 0,0 - - 68,1
Hodgkin (CID-10: C81) 3 1 2 50,0 60,8 27,5 77,5
Leucemia (CID-10: C91-C95) 26 17 9 188,9 66,8 69,2 62,1
bexiga (CID-10: C67) 35 21 14 150,0 73,0 71,3 75,6
pele (CID-10: C43) 11 7 4 175,0 71,4 66,0 80,8
Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
Nos quadros 62, 63 e 64 apresentam-se dados sobre a mortalidade por tumores malignos da
mama feminina, do colo do útero e do cólon, reto e ânus.
Desta informação destaca-se, a existência ainda de um número significativo de óbitos com
idade inferior a 65 anos, sendo estas situações, pelo menos em parte, preveníveis com rastreio
e diagnóstico precoce. Destaca-se também o número elevado de anos potenciais de vida
perdidos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
89
Quadro 62. Mortalidade por Tumor maligno da mama, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Tumores da mama Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 58 0 58
Idade média à morte (N.º de anos) 70,4 - 70,4
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 19 - 19
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 39 - 39
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 26 - 26
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 27 - 27
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 9,7 0,0 17,6
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 5,0 0,0 9,6
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 48,1 0,0 82,5
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 14,5 0,0 28,5
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 355 - 355
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 105,7 0,0 206,5
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 13,7 - 13,7
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 89,4 0,0 172,0 Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
Quadro 63. Mortalidade por Tumor maligno do colo do útero, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Tumores malignos do colo do útero Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 0 0 10
Idade média à morte (N.º de anos) - - 70,5
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 0 0 3
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 0 0 7
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 0 0 3
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 0 0 5
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 0 0 3,0
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0 0 1,5
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 0 0 14,6
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 0 0 4,9
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 0 0 43
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 0 0 24,7
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 0 0 14,2
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 0 0 21,2 Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
Quadro 64. Mortalidade por Tumor maligno do cólon, reto e ânus, em 2012 no Baixo Vouga
Causa de morte: Tumor maligno do cólon, reto e ânus Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 142 89 53
Idade média à morte (N.º de anos) 74,2 74,2 74,2
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 26 16 10
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 116 73 43
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 41 23 18
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 83 52 31
Relação de masculinidade 167,9
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 21,6 31,5 14,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habit.) 6,8 8,6 5,1
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 141,4 217,0 89,2
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 36,5 48,0 26,1
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 423 248 175
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 125,8 150,9 101,8
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 10,3 10,8 9,7
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 106,1 029,0 85,3 Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
90
Na figura abaixo apresenta-se a evolução da taxa bruta (‰) de mortalidade por Tumores, de
2003 a 2013, no Continente, Região Centro e Região do BV, onde se constata uma tendência
crescente.
Figura 22. Evolução da taxa bruta (%o) de mortalidade por Tumores, de 2003 a 2013, no Continente, Região Centro e Região BV
Fonte: INE
Indicadores de execução
Quadro 65. Indicadores de Execução e Metas na área da Doença Oncológica
Código SIARS
Indicadores Atingido 2013 (%)
Numerador Denomi nador
Atingido 2014 (%)
2013.044.01 FX
Proporção de mulheres entre [50; 70[ anos, com mamografia registada nos últimos 2 anos
63,72 31996 52538 60,90
2013.045.01 FX
Proporção de mulheres entre [25; 60[ anos, com colpocitologia nos últimos 3 anos
44,4 44251 98240 45,04
2013.046.01 FX
Proporção de inscritos com idade entre [50; 75[ anos, com rastreio de cancro do colon e reto efectuado
26,13 35448 117603 30,14
Fonte: SIARS
Da análise dos dados do quadro refere-se que:
- Relativamente à proporção de mulheres entre [50; 70[ anos, com mamografia registada nos
últimos dois anos o valor alcançado pelo ACeS foi de 60,90%, que foi inferior ao atingido em
2013 (63,72%).
- Quanto à proporção de mulheres entre [25; 60[ anos, com colpocitologia nos últimos 3 anos,
o ACeS apresentou um valor de 45,04%, superior ao de 2013 (44,4%).
- Salienta-se que, em 2014, no âmbito do SIIMA Rastreio foram rastreadas 15.930 mulheres, o
que corresponde à taxa de rastreio de 44,1%. Destas 490 (3,2%) apresentaram testes positivos.
- No que respeita à proporção de inscritos com idade entre [50; 75[ anos, com rastreio de
cancro do cólon e reto efectuado verificou-se um valor de 30,14%, valor mais elevado que o de
2013 (26,13%).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Problemas registados (ICPC2) e com diagnóstico ativo a 31/12/2014, relativamente às
doenças oncológicas – No quadro abaixo observam-se, por ordem decrescente, o número de
utentes e taxa (por mil utentes) com registos, de neoplasias. Houve, no total, 15.978 (14.726
em 2013) problemas registados. Salienta-se que a neoplasia maligna da mama aparece em
primeiro lugar com 2.739 registos (2.526 em 2013), seguida pela neoplasia maligna da próstata
com 2020 registos (1.897 em 2013), pela neoplasia maligna do cólon/reto 1.798 registos (1.640
em 2013) e pela neoplasia maligna da pele com 1489 registos (1.295 em 2013).
Quadro 66. Taxa por mil inscritos com Códigos - ICPC 2 – de Neoplasias, em 2014 no ACeS BV
Tumores Número registos %o Utentes NEOPLASIAS MALIGNAS DA MAMA 2739 7,12 NEOPLASIA MALIGNA DA PRÓSTATA 2020 5,25 NEOPLASIA MALIGNA DO CÓLON / RECTO 1798 4,67 NEOPLASIA MALIGNA DA PELE 1489 3,87 NEOPLASIA GENITAL DE NATUREZA INCERTA 1087 2,83 NEOPLASIA MALIGNA DA TIRÓIDE 1043 2,71 OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS DO APARELHO DIGESTIVO, NE 538 1,40 NEOPLASIA MALIGNA DO ESTÔMAGO 484 1,26 OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS GENITAIS 465 1,21 NEOPLASIAS DO APARELHO URINÁRIO, NE 453 1,18 NEOPLASIA MALIGNA DO COLO 451 1,17 DOENÇA DE HODGKIN / LINFOMAS 423 1,10 NEOPLASIA MALIGNA DA BEXIGA 408 1,06 OUTRAS NEOPLASIAS ENDÓCRINAS, NE 366 0,95 NEOPLASIA MALIGNA DO RIM 316 0,82 LEUCEMIA 264 0,69 NEOPLASIA MALIGNA DOS BRÔNQUIOS / PULMÃO 258 0,67 OUTRAS NEOPLASIAS RESPIRATÓRIAS MALIGNAS 252 0,66 OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS DO APARELHO URINÁRIO 182 0,47 NEOPLASIA MALIGNA Ap. Mus. Esquel 145 0,38 NEOPLASIA RESPIRATÓRIA DE NATUREZA DESCONHECIDA 139 0,36 OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS GENITAIS 139 0,36 NEOPLASIA DO SISTEMA NEUROLÓGICO DE NATUREZA INCERTA 125 0,32 NEOPLASIA MALIGNA DO SISTEMA NEUROLÓGICO 112 0,29 NEOPLASIA DO OLHO / ANEXOS 84 0,22 NEOPLASIA MALIGNA DO PÂNCREAS 62 0,16 NEOPLASIA DO OUVIDO 62 0,16 CARCINOMATOSE (LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA DESCONHECIDA), NE 43 0,11 NEOPLASIA DO APARELHO CIRCULATÓRIO 25 0,06 NEOPLASIA MALIGNA RELACIONADA COM A GRAVIDEZ 6 0,02
Total 15978 41,54
Fonte: SIARS 31/12/2014
Salienta-se a ação de formação sobre Oncologia nos Cuidados de Saúde Primários, dirigida a
médicos, realizada com o apoio do IPO Coimbra que foram os formadores.
Oportunidades de Melhoria
- Aperfeiçoar os registos, de uma forma geral
- Divulgar os rastreios junto da população e sensibilizar os utentes para a adesão aos rastreios
e diagnóstico precoce.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
92
4.6 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS
A epidemiologia estuda os fenómenos de saúde e dos seus determinantes. A vigilância
epidemiológica consiste num conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a deteção
e prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controlo das doenças transmissíveis e não transmissíveis.
O carácter cada vez mais abrangente da vigilância epidemiológica é hoje testemunhado pela
enorme diversidade de fenómenos que podem constituir o seu objecto, que vão desde os
fenómenos da própria saúde humana, a outros que a influenciam directa ou indirectamente,
como é o caso de certas doenças animais ou de factores ambiental.
As doenças infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e mundial. O
aparecimento de novas doenças transmissíveis e a re-emergência de outras que se supunham
controladas representam um desafio para a saúde pública.
4.6.1 Programa Nacional de Vacinação
A aplicação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) permite controlar as doenças alvo de
vacinação. A incidência de algumas doenças transmissíveis e o seu impacto em termos de
saúde pública está a diminuir, graças às elevadas taxas de cobertura. É necessário, no entanto,
considerar e identificar assimetrias geográficas, resultantes da existência de bolsas
populacionais com características que possam determinar níveis mais baixos de protecção.
Em 2014, foi elaborado o Programa Nacional de Eliminação do Sarampo (Norma nº 6 da DGS
de 2/04/2013) cuja finalidade é manter a ausência de circulação do vírus do sarampo em
Portugal e obter o estatuto nacional de eliminação do sarampo, segundo os critérios da OMS.
Este Programa define a vacinação como uma das suas estratégias visando colmatar assimetrias
nas coberturas vacinais.
A vacinação contra a gripe sazonal decorre de 1 outubro a 28 fevereiro, é gratuita para pessoas
com idade igual ou superior a 65 anos, para os profissionais de saúde e outros grupos, de
acordo com orientações emanadas pela DGS. Está disponível nos centros de saúde, não
necessitando de receita médica ou guia de tratamento para ser administrada.
A situação na área geográfica do ACeS relativamente às doenças preveníveis pela Vacinação
resume-se a seguir:
A incidência de casos declarados de Tétano em 2014 foi de zero casos, sendo também de
zero em relação à Difteria e de 0,52 por 100.000 habitantes, em relação à Tosse Convulsa
(dois casos).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
93
As doenças prevenidas pela VASPR/MMR tiveram, em 2014, incidência de zero casos de
Sarampo e de Rubéola e 1 caso de Parotidite (taxa de incidência de 0,26 por 100.000
habitantes).
Não houve casos de Poliomielite, o que vem de encontro ao Programa de Erradicação da
Poliomielite em curso. A Poliomielite foi considerada eliminada da Europa em Junho de
2002.
A incidência de casos declarados de Hepatite B foi de zero. Provavelmente estes valores
não representam a realidade do ACeS, porque a sub-notificação é uma realidade que
necessita ser corrigida.
Quadro 67. Indicadores de execução – PNV 2014
INDICADORES META
2014 (%) Valor Atingido
2014 (%)/SIARS
Proporção de crianças com 2 anos, com PNV cumprido até ao 2º aniversário >97 96,7/93,1
Proporção de crianças com 7 anos, com PNV cumprido até ao 7º aniversário >97 97,0/94,3
Proporção de jovens com 14 anos, com PNV cumprido até ao 14º aniversário >96 97,8/90,5
Proporção de crianças com 3 meses, com DTPaHibVIP (vacinação atempada) >96 97,1
Proporção de crianças com 3 meses, com VHB (vacinação atempada) >97 97,7
Proporção de crianças com 13 meses, com VASPR (vacinação atempada) >86 89,4
Proporção de crianças com 13 meses, com Men C (vacinação atempada) >86 90,6
Proporção de raparigas com 13 anos, com 3 doses de vacina HPV >75 71,6
Proporção de adultos com 25 anos com vacina tétano actualizada >85 90,5
Proporção de adultos com 65 anos com vacina tétano actualizada >90 89,9
Proporção de jovens com 18 anos com vacina VASPR actualizada >95 98,9
Proporção de profissionais de saúde com vacina VASPR (ou VAS) actualizada 95 91,8
Proporção dos utentes com 65 ou mais anos com vacina anti-gripe sazonal >30 45,4*
* De acordo com os dados disponíveis (data de 04/02/2014)
A avaliação do PNV através do SINUS vacinação, do esquema “cumprido”, mostra que os
resultados de cobertura vacinal se situam acima dos 95%, para os grupos etários dos 2, 7, 14 e
18 anos, o que vem demonstrar a qualidade do trabalho realizado em todas as Unidades
Funcionais.
Em relação à vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), verifica-se que a meta não foi
atingida, mas salienta-se que o indicador se refere às 3 doses e há jovens ainda em processo
de vacinação.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
94
No que respeita à vacinação atempada constata-se que os valores são elevados e superiores à
meta.
Outras Atividades desenvolvidas no âmbito do programa
Reuniões com os interlocutores da vacinação - Foi realizada uma reunião (em duas
sessões) do Núcleo Coordenador da Vacinação com os Enfermeiros de Saúde Pública e os
Interlocutores de Vacinação de todas as Unidades funcionais do ACeS. A agenda destas
reuniões foi: início da vacinação contra a Gripe Sazonal, Programa de erradicação do
Sarampo, Avaliação do PNV (1º semestre) e novo esquema vacinal da HPV.
Envio de documentação pelos meios de comunicação disponíveis - Toda a documentação
recebida foi disponibilizada por e-mail para os destinatários.
Tratamentos de dados - os suportes de colheita de informação foram disponibilizados após
terem sido alterados pelo Núcleo, a fim de facilitar a sua colheita e posterior tratamento.
Todos os dados recebidos foram tratados e enviados aos diferentes interlocutores de
acordo com fluxograma definido.
Recurso à comunicação social e outros recursos comunitários para sensibilização e
divulgação. Foram publicados artigos na comunicação social: jornais locais e institucionais
(ex: publicações camarárias) relativamente à vacinação nomeadamente a da gripe.
Sensibilização dos profissionais de saúde para a sua vacinação contra a Gripe Sazonal.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
95
4.6.2 Doenças de Declaração Obrigatória
O regime das doenças de declaração obrigatória, em vigor desde 1949, constitui um reflexo,
ainda que parcelar, do conceito de necessidade de vigiar a saúde das populações e os factores
que a influenciam.
Em Portugal a vigilância epidemiológica tem sido dirigida essencialmente às doenças
transmissíveis.
Neste âmbito foi criado um sistema de vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória (DDO)
que é o SINAVE.
O SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) é um sistema de vigilância em saúde
pública, que identifica situações de risco, recolhe, atualiza, analisa e divulga os dados relativos
a doenças transmissíveis e outros riscos em saúde pública, bem como prepara planos de
contingência face a situações de emergência ou tão graves como de calamidade pública.
Envolve os médicos, os serviços de saúde pública, os laboratórios, as autoridades de saúde e
outras entidades dos sectores público, privado e social. Desmaterializa a notificação
obrigatória de doenças transmissíveis, permitindo ao médico notificar em tempo real a
ocorrência de uma doença transmissível e é um instrumento de monitorização das doenças
transmissíveis de declaração obrigatória em Portugal.
Até 31 de Maio de 2014, a notificação dos casos de DDO foi realiza através do modelo 1536 da
Imprensa Nacional da Casa da Moeda (INCM).
O Despacho nº 5855/2014 de 5 de Maio determinou a obrigatoriedade, a partir de 31 de Maio
de 2014, de utilização da aplicação informática de suporte ao SINAVE para notificação de
doenças transmissíveis e outros riscos em saúde pública, e o Despacho nº 5681-A-2014 de 29
de Abril publicou a lista de doenças de notificação obrigatória actualizada. A nova legislação
prevê a notificação de DDO de carácter crónico.
Atividades desenvolvidas
- Foram realizadas acções de formação dirigidas aos coordenadores das UF sobre a temática
bem como sobre a aplicação do SINAVE, para a respectiva replicação nas equipas.
- Foram igualmente realizadas acções de formação dirigidas aos profissionais de saúde
pública.
Doenças Notificadas
- Até 31 de Maio de 2014, foram notificados 37 casos, através do modelo 1536 da Imprensa
Nacional da Casa da Moeda (INCM).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
96
- Depois daquela data e através do SINAVE foram notificadas 350 casos de doenças crónicas e
74 novos casos.
- Assim em 2014 foram notificados, no total, 462 casos de doenças dos quais 122 foram novos
casos.
- Foram validadas, no SINAVE, todas as doenças.
-Foram realizados inquéritos epidemiológicos
Indicador Resultado (na ou %)
% Notificações validadas no SINAVE 100%
% Inquéritos epidemiológicos realizados 100%
% Coordenadores de USF /UCSP alvo de formação “SINAVE” 100%
Nº notificações até 31/05/2014 38
Nº notificações depois de 31/05/2014, através do SINAVE 424
Nº total de notificações 462
Fonte: Fonte: Relatório USP 2014
No quadro 68 encontra-se a distribuição do número de casos por doença notificados no
SINAVE, o número de casos crónicos e agudos.
Destaca-se em 2014, à semelhança de 2013, a tuberculose respiratória com o maior número
de casos (43).
Quadro 68. Casos notificados em 2014 no ACeS BV, por doença e centro de saúde
Doenças de Declaração Obrigatória
N.º casos até 31/5 (agudos)
Nº Casos SINAVE Nº Total de
DDO Casos
Crónicos Casos agudos n.º total DDO
SINAVE
Brucelose 0 1 1 1
Doença dos legionários 3 5 5 8
Doença invasiva meningocócica 1 2 2 3
Febre escaro-nodular 0 12 12 12
Gonorreia 0 2 3 5 5
Hepatite B* 0 128* 1 129 129
Hepatite C* 1 206* 1 207 208
Leptospirose 1 3 3 4
Malária 4 5 5 9
Parotidite 1 0 0 1
Rubéola 0 1 1 1
Salmoneloses 4 5 5 9
Sífilis 3 8 8 11
Sífilis congénita 1 0 0 1
Tosse convulsa 1 1 1 2
Tuberculose 18 25 25 43
VIH* 0 14* 1 15 15
Total 38 350 74 424 462
*Doenças crónicas anteriores a 2014
Fonte: Relatório USP 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
97
Em termos de notificações de doença aguda o maior número de casos contínua a ser a
tuberculose (43 casos) seguida da febre escaro-nodular (12 casos) e da sífilis (11).
Figura 23. Número de casos de doença (agudos) notificados em 2014 no ACeS BV
Fonte: Relatório USP 2014
4.6.3 Surto de Ébola
Em 2014, surgiu um surto de Ébola na África Ocidental que levou a OMS a decretar o estado de
emergência de Saúde Pública de âmbito internacional, uma vez que as consequências de
eventual agravamento da propagação internacional da doença poderiam ter sérias implicações
face às características do vírus.
Neste contexto, a nível nacional, foi criada uma Plataforma de Resposta à Doença por Vírus
Ébola, cujo objetivo é detetar precocemente casos importados, impedir ou minimizar a
ocorrência de casos secundários e de cadeias de transmissão da doença em Portugal, bem
como definir, divulgar e operacionalizar um Plano de Resposta/ Contingência, com Orientações
e Protocolos de atuação.
No âmbito dos Centros de Saúde/Unidades funcionais, a USP assumiu a divulgação e
operacionalização do Plano de Resposta/ Contingência em todos os centros de saúde do ACeS
BV, tendo nesse âmbito realizado várias atividades, nomeadamente:
Formação aos Coordenadores das UF do ACeS. Esta formação foi replicada aos profissionais
de todos os Centros de Saúde.
Criação de uma sala de isolamento nas sedes dos centros de saúde e em algumas unidades
de maior dimensão.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
98
Divulgação de toda a informação emanada pela DGS aos profissionais.
Definição de circuitos.
Organização e distribuição de Kits com EPI para os profissionais de saúde.
Afixação de cartazes com orientações e informações alusivas ao Ébola.
Divulgação de informação através da Rede Social, meios de comunicação social locais e
outras entidades da comunidade.
Em 2014 não foi detectado qualquer caso suspeito.
No âmbito da Sanidade Marítima foi operacionalizado um plano de resposta no Porto de
Aveiro, tendo sido necessário reforçar a articulação com as entidades competentes,
procedimentos de atuação, no caso de suspeita de doentes a bordo. Assim foram realizadas as
seguintes atividades:
Formação em serviço dos profissionais
Reuniões com o Comandante do Porto.
Divulgação de informação aos agentes de navegação: situação epidemiológica e
procedimentos.
Afixação de cartazes com orientações e informações alusivas ao Ébola.
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99
4.6.4 Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos
O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos
(PPCIRA) foi considerado um programa de saúde prioritário, pelo Despacho n.° 2902/2013 de
22 de Fevereiro, tendo resultado da fusão do Programa Nacional de Controlo de Infeção com o
Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos.
Através do Despacho n.º 15423/2013 de 26 de novembro são criados os grupos de
coordenação regional e local do PPCIRA, substituindo os primeiros os Grupos Coordenadores
Regionais de Prevenção e Controlo de Infeção e os segundos, as Comissões de Controlo de
Infeção e as Comissões de Antibióticos. No ACeS está constituído o grupo de coordenação
local do PPCIRA.
Pretendeu-se, com as atividades desenvolvidas em 2014, alcançar uma uniformização,
adequação e implementação de procedimentos, a respeitar pelos profissionais de saúde do
ACeS BV, no sentido de assegurar a qualidade dos serviços prestados e consequentemente
contribuir para a prevenção e o controlo da infeção nas Unidades Funcionais.
Nesse sentido o GCL-PPCIRA elaborou e divulgou a todas as UFs do ACES BV um Manual de
Procedimentos de Higienização de Instalações e Equipamentos.
Para complementar esta vertente da Campanha “Precauções Básicas em Controlo de
Infeção” foi construído material formativo dirigido ás assistentes operacionais, baseado no
Manual de Procedimentos.
O GCL-PPCIRA pretendeu realizar o diagnóstico da situação, no que se refere a instalações e
equipamentos, procedimentos e circuitos, (relativamente aos requisitos considerados
necessários em termos de prevenção do controlo da infeção) através de aplicação de cheklist
diagnóstica nas unidades funcionais constituídas.
Essa chek-list foi respondida por 63% das unidades funcionais, tendo sido feito relatório
conciso a apresentar ao órgão de gestão.
O conhecimento destes requisitos deve constituir uma orientação clara das necessárias
medidas correctoras a adoptar pelo órgão de gestão. Priorização dos riscos,
identificação das medidas adequadas de controlo e eliminação dos mesmos. Implementação
de acções concretas de prevenção e controlo das IACS e sua avaliação.
Atividades desenvolvidas em 2014:
1. Reuniões com os elos de ligação de modo a dar cumprimento ao Programa;
2. Reuniões periódicas com o Núcleo Técnico e Consultivo;
3. Reuniões de trabalho com os elementos constituintes de equipas com áreas de
intervenção relevantes para a prevenção e controlo da infeção;
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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4. Elaboração do Manual de Procedimentos de higienização de Instalações e
Equipamentos;
5. Divulgação do Manual de Procedimentos a todas as UFs do ACES BV e sensibilização
para a sua aplicação;
6. Elaboração e divulgação pelas unidades funcionais de material formativo;
7. Elaboração de chek-list diagnóstica;
8. Realização em 63% das unidades funcionais o diagnóstico de situação de instalações
e equipamentos, circuitos e procedimentos;
9. Sensibilização dos coordenadores e dos elos de ligação das UFs para a necessidade
de implementar as Normas de Higienização das Mãos emanadas da DGS;
10. Adesão do ACES à Campanha de Precauções Básicas do Controlo da Infeção (CPBCI).
Dado que adesão se efectuou no final do ano de 2014, o convite ás unidades
funcionais aconteceu já no ano de 2015. Aderiram 8 unidades, tendo sido as mesmas
alvo de auditorias de acordo com as normas CPBCI. Esses resultados foram lançados
na plataforma nacional e as restantes atividades desenvolver-se-ão ao longo de 2015
e 2016.
11. Auditorias a todos os locais do ACeS onde se procede à esterilização. O relatório com
as conclusões dessas auditorias será concluído em 2015.
12. Informação à população em geral e aos utentes sobre temas relevantes para o
controlo da infeção nos cuidados de saúde (ex: toma correcta de antibióticos):
elaboração de flyers, cartazes, artigos na comunicação social.
13. Avaliação anual do Programa.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
101
4.6.5 Sanidade Internacional
O Serviço de Sanidade Internacional compreende a Sanidade de Fronteiras nos portos de mar
e aeroportos da região e a Consulta do Viajante.
- Sanidade Marítima - Porto de Aveiro
A sanidade marítima consiste em prevenir, proteger, controlar e dar resposta em termos de
saúde pública a uma propagação internacional de doenças, utilizando meios proporcionados e
limitados aos riscos de saúde pública e evitando, em simultâneo, interferências desnecessárias
com o tráfego e o comércio internacional. Na área da Sanidade Internacional, o ACeS assegura
a Sanidade Marítima do Porto de Aveiro.
Pretende-se com a execução do programa dar cumprimento ao disposto no Regulamento
Sanitário Internacional (RSI), publicado no Diário da Republica I Série n.º 16 de 23 de Janeiro
de 2008, e Manual de Sanidade Marítima da Direcção Geral da Saúde de 3 de Novembro de
2011, visando o controlo dos factores de risco ambientais e vigilância epidemiológica das
doenças transmissíveis nas fronteiras portuárias, e assim diminuir o risco de importação e/ ou
exportação de doenças transmissíveis.
No quadro abaixo encontra-se discriminado os resultados doe indicadores de execução
relativos às atividades desenvolvidas, neste âmbito.
Quadro 69. Atividades de Sanidade Marítima - Porto de Aveiro - em 2014
INDICADORES META (%) ATINGIDO EM 2014
Nº TAXA (%)
% Livres práticas concedidas 100 1013 100
% Desembaraços concedidos 100 1436 100
% Execução de vistorias a navios 100 80 100
% Execução de prorrogações 100 3 100
% Execução de notas de débito emitidas 100 1029 100
% Execução de vistorias ambientais 70 13 70
% Execução de colheitas de água para consumo humano
90 14 87,5
Fonte: Relatório USP 2014
Salienta-se que o programa de sanidade marítima tem especificidades próprias. Esta situação
obriga a que algumas das atividades tenham metas de 100%. Se estas metas não fossem
atingidas, os navios tinham que atrasar a entrada e ou permanecer em Porto mais do que o
tempo necessário às operações de carga e descarga, situação que seria de todo incomportável.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Trata-se de uma atividade que exige disponibilidade permanente, 24h por dia, incluindo
feriados e fins-de-semana.
A resposta dada às solicitações foi adequada. Não houve reclamações, nem nenhum navio
sofreu atrasos decorrentes das atividades dos serviços de Sanidade Marítima.
Dos certificados sanitários emitidos 34 foram de isenção de controlo sanitário e 46 de controlo
sanitário (contemplam medidas de correcção).
O número de desembaraços concedidos foi superior ao número de livres práticas, uma vez que
o desembaraço caduca ao final de 24 horas. Se o navio é colocado nas saídas é concedido o
desembaraço, se por razões operacionais não sair em 24horas necessita de novo
desembaraço.
Realça-se a necessidade de adquirir equipamento de protecção individual para a realização das
vistorias, nomeadamente: casaco impermeável (um de verão e outro de inverno), com a
identificação “Sanidade Marítima” em Português e Inglês, dois pares de botas de protecção
(um de inverno e um de verão) e capacete de protecção. Na ausência deste equipamento,
houve situações em que foi o responsável pelo navio a fornecer equipamento de protecção
para possibilitar a entrada a bordo.
Assim, considera-se que deveria ser assegurado material exclusivo para a execução destas
atividades.
Para a vistoria à cozinha do navio, tem sido utilizado o material afeto à vigilância dos
estabelecimentos do ramo alimentar (bata e protecção para o cabelo). Quando é necessário
medir o cloro e o pH da água, utiliza-se o equipamento usado para a ACH e piscinas, o qual
requer substituição.
A intervenção dos serviços de sanidade marítima implica custos para os agentes portuários. No
ano de 2014 foram cobrados taxas sanitárias no valor 234.550 € (duzentos e trinta e quatro
mil, quinhentos e cinquenta euros).
- Medicina de Viagens e Centro de Vacinação internacional de Aveiro
A Consulta de Medicina de Viagens é desenvolvida no Centro de Vacinação Internacional de
Aveiro, sediado no Laboratório Distrital de Saúde Pública de Aveiro.
Anualmente, milhões de pessoas cruzam o globo em viagens de negócios, lazer ou integrados
em equipas de solidariedade internacional. Esta realidade define os objetivos da consulta nas
vertentes de minimização dos riscos a que os viajantes estão expostos quando integrados em
ambientes adversos, na importação de doenças infeciosas tropicais no seu regresso assim
como contribuir para a consolidação do PNV.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
103
A consulta do viajante é desenvolvida em duas vertentes. Por um lado os utentes são
atendidos em consulta médica com avaliação do risco clínico, educação e informação para a
saúde e/ou prescrição medicamentosa e vacinal. Em complemento os utentes são atendidos
em consulta de enfermagem, numa perspectiva de educação para saúde e de terapeutica
vacinal. As inoculações efetuadas na consulta resultam de prescrições vacinais da consulta do
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, da consulta efetuada por médicos particulares, que tem
registado um acréscimo, e da vacinação internacional.
Atividades
Em 2014, foram realizadas, na Consulta de Medicina de Viagens, 1794 consultas médicas.
Durante este ano a procura da consulta confirmou a tendência de crescimento dos últimos
anos. A consulta é desenvolvida em três períodos semanais com um ratio médio 14
consultas/período.
A procura verifica-se maioritariamente para o sexo masculino (66,4%).
Quadro 70. Consulta de Medicina de Viagens – Procura por sexo
SEXO Frequência %
Sexo Feminino 603 33,6
Sexo Masculino 1191 66,4
Total 1794 100,0
Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2014
- Quanto à idade dos utentes que procuram a consulta pode observar-se no quadro seguinte
Quadro 71. Consulta de Medicina de Viagens – Procura por idade
Idade Frequência Percentagem
Não referiu 11 ,6
<10 anos 56 3,1
10 a 20 anos 73 4,1
21 a 40 anos 812 45,3
41 a 60 anos 698 38,9
>60 anos 144 8,0
Total 1794 100,0
Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2014
- Relativamente ao motivo da viagem, é principalmente o motivo profissional (60,6%)
Quadro 72. Consulta de Medicina de Viagens – Motivo da Procura
Motivo da viagem Frequência Percentagem
Não referiu 55 3,1
Turistico 652 36,3
Profissional 1087 60,6
Total 1794 100,0
Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
104
No que respeita à procura da Consulta - verifica-se naturalmente que é maioritariamente
pelos utentes do Distrito de Aveiro. No entanto, os Distritos do Porto, Viseu e de Coimbra
continuam a apresentar um registo significativo.
- Quanto ao destino, é o Continente Africano que é mais procurado (78,4%)
Quadro 73. Consulta de Medicina de Viagens – Procura por destino
Destino - Continentes
Frequência Percentagem
Africa 1406 78,4
Europa 1 ,1
Asia 241 13,4
Oceania 4 ,2
America 142 7,9
Total 1794 100,0 Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2014
Vacinação – Foram administradas, no total, 2.614 inoculações.
Quadro 74. Distribuição do nº de inoculações segundo o tipo de vacinas
Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2014
Outras atividades
- Manuais de Procedimentos - foram elaborados os procedimentos relativos à área
administrativa
- Foram efetuados, nos sistemas informáticos (SAM/SAPE/SINUS) e bases de dados estatísticos
para avaliação da atividade do serviço, registos nos programas informáticos respetivos
(administrativos, médicos e enfermeiros).
- Foram divulgados documentos de apoio via e-mail (orientações e normas da DGS; RONDA)
- Foi apoiada a formação de médicos do internato ano comum e de médicos internos de
especialidade, em articulação com os respectivos orientadores de formação.
Vacinas N.º de Inoculações
Febre Amarela 914
Febre Tifóide 1172
Poliomielite 527
Encefalite Japonesa 1
TOTAL 2.614
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
105
4.6.6 Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA
O Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH/SIDA assume uma visão
coincidente com a da ONUSIDA que prevê zero novas infeções, zero mortes relacionadas com
a SIDA e zero casos de discriminação. Para concretizar esta visão é necessário, uma estratégia
de prevenção e controlo da infeção por VIH e coordenar o contributo de múltiplos setores e
instituições numa perspetiva de garantir uma abordagem multissetorial à infeção.
Mortalidade
No que respeita à mortalidade por VIH/SIDA, em 2012 no Baixo Vouga, houve 10 óbitos (dos
quais 7 homens e 3 mulheres) o que corresponde a 0,26% da mortalidade do Baixo Vouga.
No que respeita a estas causas, a relação de masculinidade ao óbito foi de 233 óbitos
masculinos por cada 100 femininos e a idade média ao óbito, de 45,5 anos, o que é
preocupante.
A taxa bruta de mortalidade foi de 2,6 óbitos por 100 000 habitantes. A taxa de mortalidade
padronizada para todas as idades foi de 2,4 óbitos por 100 000 habitantes, inferior à registada
para as idades de 65 e mais anos (1,7). O número de anos potenciais de vida perdidos foi de
243 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos, de 72,2 por 100 000 habitantes e o
número médio de anos de vida perdidos de 26,9 (quadro 75).
Quadro 75. Mortalidade por VIH/SIDA, em 2012, no Baixo Vouga
VIH/SIDA Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 10 7 3
Idade média à morte (N.º de anos) 45,5 47,5 40,8
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 9 6 3
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 1 1 0
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 9 6 3
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 0 0 0
Relação de masculinidade 233
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 2,4 3,3 1,5
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 2,4 3,2 1,7
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 1,7 3,8 0,0
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 2,6 3,8 1,5
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 243 155 88
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 72,2 94,5 50,9
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 26,9 25,8 29,2
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 64,8 80,1 51,3
Fonte: INE 2014-Risco de morrer 2012
No sentido de contribuir para a diminuição do risco de infeção por VIH, bem como da
vulnerabilidade à infeção e do impacto da epidemia, foram desenvolvidas, pelo ACeS, diversas
atividades:
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
106
- Realização de testes rápidos de VIH – Estão a ser realizados em cinco concelhos: Águeda,
Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo e Ovar testes rápidos de VIH para a pesquisa do VIH. Estes
estão disponíveis aos utentes, sendo especialmente dirigidos aos utentes que recorrem às
consultas de CDP.
- “Programa diz Não a uma Seringa em Segunda Mão” - tem como objetivos:
Prevenir a transmissão endovenosa do VIH na população utilizadora de drogas injetáveis;
Evitar a partilha de seringas facilitando o acesso a seringas estéreis;
Evitar o abandono e reutilização de seringas recolhendo-as para destruição;
No âmbito deste programa, foram desenvolvidas diversas atividades: - Estão criadas equipas locais em cada Centro de Saúde, da área geográfica do ACeS, para a sua
operacionalização, no entanto, apenas em seis foram efectuadas trocas de seringas,
- É disponibilizado gratuitamente, em cada Centro de Saúde, Kits de material de injeção estéril
para a troca, aos utilizadores de drogas injectáveis,
- A troca do material é feita, em horário próprio definido para o efeito,
- É feita a recolha das seringas usadas, evitando assim a troca de seringas entre utilizadores e
permitindo a diminuição do tempo de retenção de seringas contaminadas pelos utilizadores.
- No ano 2014, no ACeS BV foram trocadas, 2511 seringas nos concelhos de Albergaria-a-Velha,
Aveiro, Ílhavo, Oliveira do Bairro, Ovar e Vagos.
- Grande parte das seringas foram trocadas nos Centros de Saúde de Ílhavo (36,6%) e Vagos
(33%), seguidas dos Centros de Saúde de Ovar (16,4%) e de Aveiro (13,1%), onde se verificou
trocas de seringas em todos os meses (Figura 24).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
107
Figura 24. Distribuição do nº de Kits de seringas trocadas por Concelhos do ACeS BV em 2014
Fonte: Relatório da USP – 2014
O mês de Julho foi onde se registou o maior número de trocas de seringas (276), seguido do
mês de Março (264) e depois de Outubro (242), Dezembro foi o mês onde se registou o menor
número de trocas de seringas (115) – Figura 25
Figura 25. Distribuição do nº de Kits de seringas trocadas ao longo dos meses do ano 2014
Fonte: Relatório da USP - 2014
Fazendo uma análise comparativa relativamente ao número de seringas trocadas em 2013
(1920) face a 2014, verifica-se um aumento de 591 seringas trocadas, o que demonstra uma
certa fidelização dos utilizadores de drogas injectáveis nos Centros de Saúde, apesar de o
programa ter-se iniciado em março de 2013.
Considera-se que este programa contribui para minimizar riscos associados à utilização de
drogas injetáveis, nomeadamente no que se refere à redução do risco associado a partilha de
seringas entre utilizadores e a redução do número de seringas abandonadas (dado que para a
entrega de Kits de seringas é necessário entregar as seringas usadas).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
108
- Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do HIV/SIDA de Aveiro (CAD)
No âmbito do Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do HIV/SIDA de Aveiro (CAD)
foram atendidos 247 utentes (205 em 2013) a quem foi efectuado o teste.
Em todos os atendimentos foi realizado aconselhamento pré e pós teste (após resultado do
teste).
Houve 5 utentes com resultado reativo ao HIV/SIDA, 2 dos quais foram acompanhados em
consulta no CAD.
- Oportunidades de melhoria
- Tornar os profissionais de saúde mais conscientes da importância de identificar as
características clínicas e epidemiológicas da infeção viral aguda por VIH, bem como dos fatores
de risco, sinais e sintomas que alertam para a possibilidade de existência subjacente da infeção
por VIH, tal como de outras IST (particularmente a sífilis);
- Informar a população geral para fatores de risco, sinais e sintomas que caracterizam a
infeção.
Total de Atendimentos 247
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
109
4.6.7 Tuberculose/CDP
No âmbito do Centro de Diagnóstico e Tratamento Pneumológico no ano de 2014 foram
realizadas 3.826 consultas, mais 1.508 consultas que o ano 2013, representando um aumento
de 65%, das quais 757 foram primeiras consultas (mais 120 que o ano anterior). O género
masculino, foi o que apresentou uma maior frequência do número total de consultas e de
primeiras consultas (Quadro 76 e Figura26).
No ano 2014 foram realizadas 1.361 provas tuberculinas (mais 265 que no ano 2013) e 471
inoculações de BCG (menos 166 inoculações face a 2013).
Quadro 76. Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género e do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2014
Nº Total de
Consultas
Nº Total de 1ªs
Consultas
Inoculações com
BCG
Provas
Tuberculinas
2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014
Feminino 1135 1890 310 293 - - - -
Masculino 1183 1933 286 460 - - - -
Total 2318 3823 596 757 637 471 1096 1361
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
Figura 26. Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género, 2013/2014
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
Indivíduos Inscritos
Foram 54, o número de indivíduos doentes inscritos no CDP no ano de 2014, dos quais 20 são
do género masculino. Em 2014, estiveram em vigilância 256 indivíduos, dos quais 145 são do
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
110
género masculino. Foram acompanhados 670 indivíduos identificados como contactos, sendo
a sua maioria do género masculino (383) - Quadro 77 e Figura 27.
Da análise comparativa entre o ano 2013 e 2014, podemos concluir que se verificou uma
ligeira redução do número de doentes, e por outro lado, um aumento do número de utentes
em vigilância, assim como um aumento no número de contactos de doentes com tuberculose
acompanhados (Quadro 77 e Figura 27).
Quadro 77. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014
Doentes Vigilância Contactos
2013 2014 2013 2014 2013 2014
Feminino 22 34 76 111 209 287
Masculino 47 20 81 145 175 383
Total 69 54 157 256 384 670
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
Figura 27. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
Altas
Em 2014 houve 69 doentes com alta de CDP, na sua maioria do género feminino (43). Tiveram
também alta, 123 Indivíduos que estavam em vigilância e 583 contactos, conforme se pode
observar no quadro 78.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
111
Quadro 78. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2014
Doentes Vigilância Contactos
2013 2014 2013 2014 2013 2014
Feminino 13 43 105 56 343 262
Masculino 40 26 144 68 327 321
Total 53 69 249 123 670 583
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
Relativamente à comparação das altas dadas aos utentes em vigilância no CDP, podemos
concluir que em 2014 foram mais os doentes com alta do que os registados no ano anterior,
por outro lado foram menos os que tiveram alta, resultantes de processo de vigilância e dos
contactos.
Figura 28. Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2014
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
Elementos de Diagnóstico e Acompanhamento de Terapêutica
No Serviço de CDP, no ano 2014, foram requisitados mais exames diretos e mais culturas que
em 2013, no entanto verificou-se uma redução de mais de 50% no nº de requisições de T.S.A.
(30).
Em ambos os anos considerados, foram requisitados igual número de exames diretos e
culturas: 619 em 2013 e 673 em 2014.
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112
Quadro 79. Evolução da distribuição do nº exames auxiliares de diagnóstico e terapêutica requisitados, recebidos e efetuados no CDP, 2013/2014
Requisitadas Recebidas
2013 2014 2013 2014
Exames Diretos 619 673 672 724
Culturas 619 673 641 666
Teste Sens. Antibioticos. 66 30 84 30
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
Da análise do Quadro 79 e da Figura 29, podemos concluir que foram requisitados menos
exames diretos e culturas, face ao número de resultados recebidos. No entanto, em ambos os
anos considerados o número de testes de sensibilidade aos antibióticos recebidos,
correspondem em número, ao número de exames requisitados.
Figura 29. Evolução da distribuição do nº exames auxiliares de diagnóstico e terapêutica requisitados, recebidos e efetuados no CDP, 2013/2014
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2014
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113
4.7 PROMOÇÃO DA SAÚDE
4.7.1 Promoção da Saúde em Meio Escolar
O PNSE no ano letivo 2013/2014 abrangeu as 4 áreas de intervenção, conforme o preconizado
pelo programa: a Saúde Individual e Coletiva; a Inclusão Escolar; o Ambiente Escolar e os
Estilos de Vida. Foram abrangidas 100% das escolas nos diferentes níveis de escolaridade
incluindo as escolas profissionais e privadas.
- Saúde Individual e Coletiva - No que se refere à saúde individual e coletiva, em todos os
Agrupamentos de Escolas/Estabelecimentos de Ensino foi apresentado o Programa de Saúde
Escolar para o ano letivo 2013/2014, tendo em todos eles sido realizada pelo menos uma
Atividade de Saúde Escolar.
No Quadro seguinte apresentam-se as taxas de cobertura atingidas, face às metas propostas,
dos alunos abrangidos com pelo menos uma atividade no âmbito do Programa Nacional de
Saúde Escolar.
Quadro 80. Taxa de cobertura dos alunos com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014
Nível de Ensino Meta 2014
(%) Nº total de
alunos
Nº Total de alunos abrangidos pelo
PNPSE
Taxa de Cobertura PNPSE
(%)
Pré-escolar 67 6915
4645 67,2
1º Ciclo do Ensino Básico 80
14247 11837 83,1
2º Ciclo do Ensino Básico 70 7840 5586
71,3
3º Ciclo do Ensino Básico 73 11709 8633
73,7
Ensino Secundário 57
9920 6070 61,2
Fonte: Relatório da USP, 2014
Da análise do Quadro 80 podemos concluir, que a taxa de cobertura mais elevada dos alunos
com pelo menos uma atividade de PNPSE foi a nível do 1º Ciclo de Ensino Básico, seguida do 3º
Ciclo do Ensino Básico, do 2º Ciclo, do pré-escolar e finalmente do Ensino Secundário. Salienta-
se que as metas propostas para o ano letivo 2013/2014 foram superadas.
No Quadro seguinte apresentam-se as taxas de cobertura atingidas, face às metas propostas,
dos professores abrangidos com pelo menos uma atividade no âmbito do Programa Nacional
de Saúde Escolar.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
114
Quadro 81. Taxa de cobertura do pessoal docente com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014
Nível de Ensino Nº pessoal
docente Nº Total de alunos
abrangidos pelo PNPSE
Taxa de Cobertura PNPSE (%)
Meta 2014 (%)
Pré-escolar 389
204 52,4 50
1º Ciclo do Ensino Básico 855 563 65,8 64
2º Ciclo do Ensino Básico 1199 734 61,2 58
3º Ciclo do Ensino Básico 1148 477 41,6 40
Ensino Secundário 1292 757 58,6 55
Fonte: Relatório da USP, 2014
Da análise do Quadro 81 podemos concluir, que a taxa de cobertura mais elevada do pessoal
docente, com pelo menos uma atividade de PNPSE, foi a dos docentes que leccionam o 1º
Ciclo de Ensino Básico, seguida da do 2º Ciclo do Ensino Básico, do Ensino Secundário do pré-
escolar e finalmente, do 3º Ciclo do Ensino Básico. Salienta-se que as metas propostas para o
ano letivo 2013/2014 foram, igualmente superadas.
Da análise da Figura 30, podemos concluir que as taxas de cobertura em todos os ciclos de
estudos foram maiores nos alunos do que nos professores. O Ensino Secundário apresentou
uma taxa de cobertura de alunos e de docentes mais homogénea. No 3º ciclo do Ensino Básico,
os alunos apresentaram uma taxa de cobertura do PNPSE superior aos dos professores (30%).
Figura 30. Taxa de cobertura dos alunos e professores com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório da USP, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
115
- Inclusão escolar - Pela análise do Quadro seguinte, verifica-se que dos 14.247 de alunos do 1º
Ciclo do Ensino Básico, 178 (1,2%) são alunos com Necessidades de Saúde Especiais, dos quais
40 tiveram acompanhamento em Saúde Escolar (22%), sendo a meta superada.
Registaram-se ainda 406 alunos com necessidades educativas especiais, dos quais 246 eram
simultaneamente alunos com necessidades de saúde especiais (60,6%).
Quadro 82. % de alunos com NSE acompanhamento pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE em relação ao total alunos com NEE no 1º CEB – ano letivo 2013/2014
Alunos do 1º Ciclo do
Ensino Básico
% de alunos com NSE alvo de acompanhamento pela SE, no 1º CEB
% de alunos com NEE e simultaneamente NSE em relação ao
total alunos com NEE, no 1ºCEB
Nº total de Nº alunos
Nº alunos NSE
Nº de alunos NSE acompanhados
% Meta 2014
Nº de alunos NEE
Nº de alunos NEE e NSE
%
14247 178 40 22,5 20 406 246 60,6
Fonte: Relatório da USP, 2014
- Ambiente escolar - Pela análise do Quadro 83 e Figura 31, podemos concluir que é no 2º
Ciclo do Ensino Básico onde ocorre uma maior percentagem de acidentes escolares e peri-
escolares. No ano letivo 2013/2014, registaram-se aproximadamente 6 vítimas de acidentes
escolares por cada 100 alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico.
No 3º Ciclo do Ensino Básico registaram-se 2,6 vítimas de acidentes escolares por cada 100
crianças. Nos restantes ciclos (Pré-escolar, 1º Ciclo e Ensino Secundário), registaram-se
aproximadamente 2 vítimas de acidentes escolares por cada 100 crianças escolarizadas.
Quadro 83. Número absoluto e relativo (%) de alunos vítimas de acidentes Escolares – ano letivo 2013/2014
Nível de Ensino Nº total de alunos Nº Total de acidentes
escolares % de alunos com
acidentes escolares
Pré-escolar 6915
147 2,1
1º Ciclo do Ensino Básico 14247 294 2,1
2º Ciclo do Ensino Básico 7840 497
6,3
3º Ciclo do Ensino Básico 11709 306
2,6
Ensino Secundário 9920 202 2,0
Fonte: Relatório da USP, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
116
Figura 31. (%) de alunos vítimas de acidentes Escolares – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório da USP, 2014
No que se refere à área dos estilos de vida e quanto à percentagem de alunos alvo de
projetos de promoção da saúde e/ou projetos de prevenção de comportamentos de risco, da
análise do Quadro 84 e Figura 32, pode-se concluir que foi no ensino secundário onde se
verificou um maior investimento em Saúde Escolar, seguido do 3º Ciclo do Ensino Básico.
Quadro 84. Número absoluto e relativo (%) de alunos alvo de projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2013/2014
Projetos nas áreas de…
Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino Básico
2º Ciclo do Ensino Básico
3º Ciclo do Ensino Básico
Ensino Secundário
N % N % N % N % N %
Promoção de Ambientes Seguros e Saudáveis
2438 35,3 6530 45,8 3303 42,1 5122 43,7 4978 50,2
Prevenção do Consumo de Tabaco
0 0 0 0 1320 16,8 2219 19 4978 50,2
Promoção da Alimentação Saudável
2768 40 6621 46,5 3096 39,5 3800 32,5 3763 37,9
Educação Sexual 0 0 568 4 618 7,9 2025 17,3 2312 23,3
Prevenção Consumo de Álcool
0 0 0 0 767 9,8 1414 12,1 905 9,1
Prevenção Consumo de Substância Ilícitas
0 0 0 0 336 4,3 832 7,1 905 9,1
Promoção da Saúde Mental
0 0 57 0,4 152 1,9 835 7,1 0 0
Promoção de escovagem de dentes em ambiente escolar
1778 33,8 427 4,2 98 1,8 0 0 0 0
Promoção da realização de bochechos com fluoreto de sódio
0 0 7560 74,3 0 0 0 0 0 0
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
117
Analisando a Figura 32, salienta-se que os projetos de promoção de ambientes seguros e
saudáveis e os projetos de promoção da alimentação saudável, são transversais a todos os
níveis de ensino.
Os projetos de promoção de saúde oral, estão implementados no Ensino Pré-escolar, 1º e 2º
Ciclo do Ensino Básico, com projetos de promoção da escovagem de dentes em ambiente
escolar em ambos os ciclos e com o projeto de promoção dos bochechos de flúor, no 1º Ciclo
do Ensino Básico.
No que se refere ao programa de educação sexual, existe em todos os níveis de ensino com
excepção do pré-escolar.
Os projetos de promoção de saúde mental foram implementados apenas no 2º e 3º Ciclos do
Ensino Básico. Os projetos de prevenção do consumo de tabaco, de prevenção do consumo de
álcool e das drogas ilícitas foram aplicados desde o 2º Ciclo do Ensino Básico até ao Ensino
Secundário.
Figura 32. Percentagem de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório da USP, 2014
No que se refere aos projetos que visam a melhoria dos comportamentos relacionados com os
principais determinantes de saúde, para além do exercício físico, foram considerados as áreas
da prática da alimentação saudável e a higiene oral.
Nos projetos de promoção da alimentação saudável, podemos concluir que a taxa de
cobertura é relativamente homogénea em todos os ciclos de estudos. O 1º Ciclo do Ensino
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
118
Básico, tem a maior percentagem com 46,5. O 3º Ciclo do Ensino Básico, tem a percentagem
mais baixa com 32,5.
Relativamente aos projetos de promoção da escovagem de dentes em ambiente escolar,
podemos concluir da análise da Figura 33, que existe alguma heterogeneidade na
implementação do mesmo nos níveis de ensino. Aproximadamente 34% das crianças do ensino
pré-escolar escovam os dentes nas escolas, seguindo-se o grupo do 1º e 2º Ciclos de Estudos,
com 4,2% e 1,8%, respetivamente.
No que se refere aos projeto de implementação dos bochechos de fluoreto de sódio, ele está
preconizado para o 1º Ciclo de Ensino Básico, abrangendo 74,3% das crianças, sendo que este
projeto é, o que no PNPSE, abrange maior percentagem de população.
Figura 33. Percentagem de alunos abrangidos por projetos que visam a melhoria dos comportamentos relacionados com os principais determinantes de saúde – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório da USP, 2014
Ao analisar a Figura 34, pode-se verificar que os projetos de promoção de ambientes seguros
existem em todos os níveis de ensino, sendo o ensino secundário oque abrange maior número
percentual de jovens (50,2%), seguido do 1º Ciclo do Ensino Básico (45,8%), do 3º Ciclo do
Ensino Básico (43,7%), do 2º Ciclo do Ensino Básico (42,1%) e finalmente do ensino pré-escolar
(35,3%). Este programa apresenta menor taxa de cobertura no ensino pré-escolar, justificado
pela dispersão deste nível de ensino nas escolas públicas integradas nos agrupamentos
escolares e nas IPSS´s.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
119
Figura 34. Percentagem de alunos abrangidos por projetos de promoção de ambientes seguros, educação sexual e promoção de saúde mental – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório da USP, 2014
Os projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco, foram
desenvolvidos maioritariamente no ensino secundário sendo a prevenção do consumo de
tabaco a principal temática.
Figura 35. Número absoluto e relativo (%) de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório da USP, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
120
No âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar o ACeS BV desenvolveu um conjunto de
projetos relacionados com diversas áreas, dos quais se destacam:
- Alimentação saudável - “Projeto Conta Peso e Medida” (Águeda, Anadia e Oliveira do Bairro),
“A história do Zé Valentão” (Águeda), “O que levar para a merenda na escola” (Estarreja e
Murtosa), “Sopas Cremes e Caldinhos” (Ílhavo), “Saudável.come no intervalo ” (Albergaria-a-
Velha, Aveiro), “Lanches Saudáveis” (Ílhavo e Albergaria-a-Velha), “Projeto na Medida Certa”
(Vagos).
- Promoção das posturas corporais adequadas - “Projeto de Promoção de Atitudes Posturais
Corretas” (Aveiro), “Cuidar as tuas costas” (Ílhavo).
- Saúde mental, no que se inclui a promoção de comportamentos aditivos - “Ser protegido”
(Aveiro), “Programa Escolhas” (Ovar), “Crescer Feliz” (Aveiro), “Projeto + contigo” (Anadia,
Oliveira do Bairro), “(Re) criar a brincar” (Ílhavo), “In-dependências” (Águeda, Anadia), “Eu e os
outros” (Águeda), “Projeto ASAS” (Albergaria-a-Velha, Aveiro, Vagos), “Projeto saber para ser
mais” (Ílhavo, Vagos), “Inclusão Escolar” (Aveiro) e o “Apeadeiro da Saúde” (Águeda).
4.7.2 Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral
O Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral está incluído no Plano Nacional de Saúde
2012-2016 e aprovado por Despacho nº 153/2005 2.ª Serie de 5 de janeiro de 2005.
Desempenha uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde, prevenção
e tratamento das doenças orais.
O Programa tem como objetivos: reduzir a incidência e a prevalência das doenças orais nas
crianças e adolescentes; melhorar conhecimentos e comportamentos sobre saúde oral;
promover a equidade na prestação de cuidados de saúde oral às crianças e jovens com
Necessidades de Saúde Especiais. Como finalidade visa melhorar os conhecimentos e
comportamentos sobre alimentação e higiene oral; diminuir a incidência e a prevalência da
cárie dentária; aumentar a percentagem de crianças livres de cárie; criar uma base de dados
nacional sobre saúde oral e; prestar especial atenção à saúde oral das crianças e dos jovens
com Necessidades de Saúde Especiais, assim como dos grupos economicamente débeis e
socialmente excluídos, que frequentam a escola do ensino regular ou instituições.
Desenvolve-se um conjunto de atividades na área da promoção e proteção da saúde oral em
crianças e jovens no âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar, das quais se destaca: o
bochecho de flúor em soluto, e a escovagem dos dentes na escola. Assim, foram 7560 alunos
abrangidos pelo bochecho com fluoreto de sódio nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
121
(74,3%), tendo-se registado um aumento de 1748 crianças alvo de aplicação de bochechos de
flúor (5812-no ano letivo 2013/2014) - Quadro 85 e Figura 36. Relativamente à escovagem de
dentes na escola, foram 2303 alunos, tendo-se registado um aumento de 1095 relativamente
ao ano letivo anterior (1208 – no ano letivo), justificado fundamentalmente pelo aumento
registado no ensino pré-escolar. Destes 2303 alunos, 1778 alunos são do ensino pré-escolar
(794 alunos do jardim-de-infância – ano letivo 2013/2014), 427 do 1º Ciclo do Ensino Básico
(414 alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico – ano letivo 2013/2014.
Quadro 85. Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens
Nível de ensino
Nº Total de
Alunos
Nº de Alunos do 1.º CEB a Fazer Bochechos c/
Fluoreto de Sódio
% de Alunos do 1.º CEB a Fazer
Bochechos c/ Fluoreto de Sódio
Nº de alunos que escovam os dentes
nos estabelecimentos de educação
% de Alunos que escovam os dentes
nos estabelecimentos de educação
Ensino Pré-escolar
5256 0 0,0 1778 33,8
1º Ciclo do Ensino Básico
10172 7560 74,3 427 4,2
2.º Ciclo do Ensino Básico
5439 0 0,0 98 1,8
3.º Ciclo do Ensino Básico
7434 0 0,0 0 0,0
Ensino Secundário
4290 0 0,0 0 0,0
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
Figura 36. Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
Foram ainda realizadas atividades na prestação de cuidados personalizados, preventivos e
curativos a grupos vulneráveis como a Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) e a Saúde Oral em
Crianças e Jovens (SOCJ).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
122
No âmbito da SOSI foram emitidos 1541 cheques na Consulta de SI a crianças com menos de 7
anos de idade (Quadro 86 e Figura 37), para tratamento de 2 dentes temporários com cáries,
mediante avaliação segundo dois critérios: grau de infeção e dor, tendo sido utilizados 778,
mais 152 cheques utilizados face ao ano letivo anterior (626 cheques dentistas – ano letivo
2013/2014), sendo que no seu total a taxa de utilização dos cheques dentista foi de 50,5%
(inferior à do ano letivo anterior 61%).
Quadro 86. Distribuição dos resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2014/2015
<5 anos 5 Anos 6 anos Total
Nº de Cheques Utilizados 233 304 251 778
Nº de Cheques Emitidos 517 609 415 1541
Taxa de Utilização dos cheques dentistas 45% 50% 60,5% 50,5%
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
Figura 37. Distribuição dos resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2014/2015
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
No âmbito da SOCJ - Saúde Oral em Crianças e Jovens foram rastreadas as crianças dos 7, 10 e
13 anos das escolas públicas e IPSS´s, tendo sido emitidos 15820 cheques dentistas sendo que,
foram utilizados 12.158 cheques, portanto mais do dobro do ano passado (mais 6346 cheques
– que o ano anterior; n=5812), o que corresponde a uma taxa de utilização de 77%. Salienta-se
a homogeneidade nas idades chave previstas: 7, 10 e 13 anos, no que se refere quer à emissão
de cheques, quer à taxa de utilização dos mesmos. Apesar desta homogeneidade, é aos 7 e 10
anos onde a taxa de utilização de cheques dentista é mais alta de quase 81% (Quadro 87 e
Figura 38).
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123
Quadro 87. Distribuição dos resultados de utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014
7 anos 10 Anos 13 anos Total
Nº de Cheques Utilizados 3116 3227 5815 12158
Nº de Cheques Emitidos 3855 4750 7215 15820
Taxa de utilização dos cheques dentistas 81% 68% 81% 77%
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
Figura 38. Distribuição dos resultados de utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
Foram ainda referenciadas para higienista oral 1535 crianças, que não apresentavam cáries
dentárias em dentes permanentes. Assim, neste ano letivo foram feitas para higienista oral
mais 885 referenciações do que no ano letivo anterior (650 referenciações – ano letivo
2012/2013). Destas referenciações emitidas foram utilizadas 733 referenciações higienista, o
que corresponde a 48% de utilização das mesmas (Figura 39). No que se refere à referenciação
para higienista oral verifica-se alguma heterogeneidade quer no número de referenciações
utilizadas, quer na sua taxa de utilização. No que se refere à frequência de crianças com
requisitos para higienista oral, é aos 7 anos onde se verifica um maior número, sendo que este
dado poderá ser justificado pela maior predisposição para a ocorrência de dentes sem cáries
nesta idade uma vez que os dentes permanentes são recentes. Da análise do Quadro 88,
podemos concluir que à medida que as crianças e jovens vão tendo mais idade, utilizam menos
as referenciações higienistas emitidas.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
124
Quadro 88. Distribuição dos resultados da utilização de consultas de higienista oral no âmbito da referenciação higienista oral em função da idade das crianças – ano letivo 2013/2014
7 anos 10 Anos 13 anos Total
Nº de Referenciações Higienistas Orais Utilizados 426 129 178 733
Nº de Referenciações Higienistas Orais Emitidos 737 320 478 1535
Taxa de Utilização referenciação higienista oral 58% 40% 37% 48% Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
Figura 39. Distribuição dos resultados da utilização de consultas de higienista oral no âmbito da referenciação higienista oral em função da idade das crianças – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
No que se refere à emissão de cheque dentista para tratamento de 2 dentes permanentes com
cárie a crianças de 8, 9, 11,12,14 e 15 anos, que tiveram acesso ao PNPSO no ano anterior e
que terminaram os planos de tratamento no ano 2013/2014, obtivemos um total de 497
cheques emitidos, sendo que destes foram utilizados 305 cheques (61%), tendo sido emitidos
na sua maioria até aos 12 anos de idade (Quadro 89 e Figura 40).
Quadro 89. Distribuição do Nº de cheques dentista emitidos por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014
8 Anos 9 Anos 11 Anos 12 Anos 14 Anos 15 Anos Total
Nº de Cheques Utilizados 75 89 44 80 17 0 305
Nº de Cheques Emitidos 137 148 72 107 33 0 497
Taxa de Utilização dos cheques dentistas
55% 60% 61% 75% 13% 0% 61%
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Figura 40. Distribuição do Nº de cheques dentista emitidos por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
Relativamente à emissão de cheque dentista às grávidas que aceitem a referenciação e a
possibilidade de emissão até mais de dois cheques para tratamento de todas as cáries, nas
grávidas cuja situação clínica o justifique, verifica-se que foram emitidos 3449 cheques (mais
339 face ao ano anterior, em que foram emitidos 3110 cheques) e utilizados 2526 cheques
(mais 248 face ao ano anterior, em que foram utilizados 2278), o que corresponde a uma taxa
de utilização de 73% (Figura 41). Conclui-se ainda que é nas idades inferiores a 19 anos e
superiores a 40 anos onde se regista uma maior taxa de utilização de cheques dentista.
Quadro 90. Taxa de utilização de cheques dentista, por grupos etários
<15 Anos
15-19 Anos
20-24 Anos
25-29 Anos
30-34 Anos
35-39 Anos
>=40 Anos
TOTAL
Cheques emitidos 7 165 439 906 1202 623 107 3449
Cheques utilizados 6 135 311 665 890 436 83 2526
Taxa de Utilização 86% 82% 71% 73% 74% 70% 78% 73%
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
126
Figura 41. Distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOG segundo o
grupo etário da grávida
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
No que se refere à Saúde Oral em Pessoas Idosas (SOPI) com emissão de dois cheques no
máximo, num período de 12 meses, aos utentes do SNS beneficiários do Completo Solidário
verificamos que, foram emitidos 374 cheques dentistas (mais 14 cheques que no ano anterior -
360 cheques dentistas) e utilizados 330 cheques dentista (mais 8 cheques que no ano anterior
-322 cheques dentista, o que traduz uma taxa de utilização de 88% (Quadro 91 e Figura 42). De
facto, este grupo etário foi o que apresentou uma maior taxa de cobertura de utilização de
cheques dentista.
Quadro 91. Resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI
< 65 Anos
65-69 Anos
70-74 Anos 75-79 Anos >=80 Anos
TOTAL
Cheques emitidos 10 99 106 92 67 374
Cheques utilizados 8 85 95 82 60 330
Taxa de Utilização 80% 86% 90% 89% 90% 88%
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
127
Figura 42. Resultados da utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2014
No que se refere às consultas de Saúde Oral, por profissionais da URAP do ACeS BV, foram
realizadas no ano 2014, 3670 consultas de medicina dentária. No que se refere às consultas de
higiene oral no ano 2014, foram feitas 2638 consultas.
Quadro 92. Consultas de Saúde oral realizadas por higienista oral e médico dentista
Consulta Medicina
Dentária Higiene Oral Total
Nº Consultas 670 2638 3308
Fonte: Relatório da URAP, 2014
A Saúde Oral integra vários projetos de promoção de saúde entre os quais: “Escovar e reciclar
é o que está a dar” (Ovar), “Saúde Oral nas Bibliotecas Escolares” Ovar, “Sorrisos na Escola”
(Águeda), “Sr. Dente” (Oliveira do Bairro), “De pequenino se trata o dentinho” (Vagos),
Projecto “Boca Saudável no Idoso” (Albergaria-a-Velha), ”Carrinha Directa” (Aveiro) e o
Projecto “Saúde Oral no Idoso” (Vagos). Para além da participação em projetos direta ou
indiretamente relacionados com a Saúde Oral, o ACeS deu ainda resposta, com ações de
educação para a saúde, a necessidades de procura por parte de grupos.
As atividades de saúde Oral no âmbito dos Cuidados Continuados Integrados, estão descritas
no respetivo capítulo.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
128
4.7.3 Programa para a Promoção da Alimentação Saudável
O Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem como finalidade
melhorar o estado nutricional da população, incentivando a disponibilidade física e económica
dos alimentos constituintes de um padrão alimentar saudável e criar as condições para que a
população os valorize, aprecie e consuma, integrando-os nas suas rotinas diárias. Um consumo
alimentar adequado e a consequente melhoria do estado nutricional dos cidadãos tem um
impacto direto na prevenção e controlo das doenças mais prevalentes a nível nacional
(cardiovasculares, oncológicas, diabetes, obesidade…) mas também deve permitir,
simultaneamente, o crescimento e a competitividade económica do país em outros setores
como os ligados à agricultura, ambiente, turismo, emprego ou qualificação profissional.
Mortalidade
Salienta-se que, no que respeita à mortalidade as doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas, em 2012 no Baixo Vouga, constituíram a 4ª causa de morte com 246 óbitos (dos
quais 88 de homens e de 158 mulheres) o que corresponde a 6,31% da mortalidade do Baixo
Vouga. A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 34,3 óbitos por 100 000
habitantes, inferior à registada para as idades de 65 e mais anos (253,0). O número de anos
potenciais de vida perdidos foi de 577 anos.
Morbilidade
No Quadro 93 pode observar-se que, em 2014, 24,1% (93.221) utentes tinham alteração do
metabolismo dos lípidos dos quais, 2,11% (8.143) foi-lhes diagnosticado no ano.
Quanto à obesidade, houve 2.740 (0,71%) novos doentes.
Quadro 93. Indicadores de morbilidade
Fonte: SIARS, 2014
Código ICPC2
Problema Prevalência Incidência
Número %
Utentes Número
% Utentes
T93 Alterações do metabolismo dos Lípidos 93.221 24,1 8.143 2,11
T82 Obesidade 24.704 6,4 2.740 0,71
T83 Excesso de Peso 16.260 4,2
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
129
Indicadores de Execução
Apresenta-se no Quadro 94 alguns indicadores de execução relacionados com esta área.
Refere-se que 78,10% das crianças com 7 anos têm registo de peso e altura e 49,23% utentes
com mais de 14 anos têm registo de peso e altura nos últimos 3 anos, o que é significativo em
termos de avaliação e de intervenção, quando necessário.
A proporção de obesos com mais de 14 anos, que tiveram consulta de vigilância de obesidade
nos últimos 2 anos, foi de 40,89%.
Quadro 94. Indicadores de Execução - 2014
Código SIARS
Indicadores Numerador Denomi
nador Atingido 2014 (%)
2013.018.01 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 51.283 82.058 62,50
2013.031.01 Proporção de crianças 7 A, com peso e altura 2.696 3.452 78,10
2013.033.01 Proporção utentes>14 A, com peso e altura últimos 3 anos
166.655 338.527 49,23
2013.034.01 Proporção obesos ≥14 A com consulta vigilância obesidade 2 A
9.797 23.958 40,89
Fonte: SIARS
O ACeS dispõe de três nutricionistas, que desenvolvem a sua atividade em duas vertentes
principais: nutrição clínica e nutrição comunitária, em articulação com todas as Unidades
funcionais. Realizam consultas de nutrição clínica em ambulatório e no domicílio e consultas
de nutrição clínica em grupo. No ano 2014 foram realizadas 1.414 consultas e 44 domicílios.
Desenvolvem também projectos de intervenção comunitária, de forma autónoma ou em
parceria com outras unidades funcionais.
Subprograma Segurança Alimentar em Cantinas
Com este programa pretende-se assegurar a identificação dos perigos para a saúde dos
consumidores e promover a implementação das medidas e condições necessárias para
controlar os perigos e assegurar que os géneros alimentícios sejam próprios para consumo
humano tendo em conta a sua utilização.
Atividades desenvolvidas
- Actualização do cadastro das cantinas no âmbito geográfico do ACeS, que são, no total, 287
(cantinas das escolas, creches, infantários e instituições particulares de solidariedade social).
- Elaboração de uma ficha de diagnóstico para avaliação das condições estruturais e de
funcionamento nas cantinas colectivas.
- Foram realizadas vistorias a 267 cantinas.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
130
- Foram realizadas, no total, 479 análises microbiológicas a alimentos, utensílios,
equipamentos e superfícies, em cantinas e manipuladores (mãos).
Quadro 95. N.º de análises microbiológicas de alimentos e superfícies nas cantinas
Concelhos N.º Colheitas
Previstas N.º Colheitas
Realizadas
ÁGUEDA 82 86
ALBERGARIA 21 22
ANADIA 76 77
AVEIRO 56 58
ESTARREJA 45 47
ÍLHAVO 18 20
MURTOSA 17 17
O. BAIRRO 29 34
OVAR 46 54
SEVER VOUGA 25 25
VAGOS 34 39
TOTAIS 449 479
Fonte: Relatório da USP 2014
No cumprimento do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável o ACeS
Baixo Vouga desenvolve vários projetos, dirigidos a vários stakeholders e em diversos settings,
que se encontram devidamente descritos no respectivo capítulo.
- Projecto Sopa.come - O ACeS integra também, com o Departamento de Saúde Pública, um
programa de saúde que é o Programa Minor Sal.Saúde, no projeto sopa.come.
Como a sopa é considerada o segundo alimento, a seguir ao pão, foi criado o projeto
sopa.come com o objetivo de reduzir a proporção de sal ingerido na alimentação. Este
projecto não teve desenvolvimento, em 2014, porque o equipamento para o doseamento de
sal na sopa só se concretizou em Setembro de 2014 e a entrega de reagentes e cuvetes para
colheita, transporte e armazenamento da sopa, em Janeiro de 2015. O projeto será
desenvolvido, em quatro fases, até 2017.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
131
4.7.4 Programas de Saúde Ambiental
A Saúde Ambiental pode ser definida como uma área da saúde pública que estuda os fatores de
risco ambientais e avalia a sua repercussão na saúde humana. A sua intervenção é feita através
do desenvolvimento e implementação de planos, programas e projetos, nomeadamente:
Programa Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano (PVSACH), Programa Vigilância
Sanitária de Piscinas (PVSP), Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais
(PVSET), Programa Vigilância Sanitária de Oficinas de Engarrafamento (PVSOE), Programa
Vigilância Sanitária de Águas Balneares (PVSZB), Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares
(PGRH), REVIVE e Programa – Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Frio.
4.7.4.1 - Os programas implementados para os vários tipos de águas têm como característica
comum a complementaridade de intervenção com outras entidades, de acordo com as
responsabilidades tuteladas em conformidade com as politicas nacionais e comunitárias. Para
além disso, todos eles se desenvolvem em três vertentes: tecnológica, analítica e
epidemiológica
4.7.4.1 a) No Programa de Vigilância Sanitária de Águas para Consumo Humano (PVSACH)
procurou-se integrar as directrizes do n.º 2 do artigo 30.º Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de
Agosto, o qual sublinha que as acções de vigilância sanitária devem ter em conta o
conhecimento do sistema de abastecimento (SA) e do seu funcionamento e as características
da água e das zonas de abastecimento consideradas mais problemáticas.
Atividades desenvolvidas
Foram realizadas reuniões periódicas da equipa de apoio técnico ao programa (elaboração,
actualização e/ou revisão da documentação e monitorização do programa), com uma
periodicidade mensal
Foram realizadas reuniões com os profissionais da USP do ACeS para
apresentação/discussão/ acompanhamento do programa e actualização contínua da
documentação/ orientações internas
Foi elaborado, divulgado e discutido o documento: –“ Programa Vigilância Sanitária Agua
Consumo Humano – Orientações para a operacionalização da vertente analítica”
Foram realizadas reuniões de trabalho com a Águas da Região de Aveiro, SA (AdRA) -
entidade que gere e explora, em regime de parceria pública os serviços de água (e
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
132
saneamento) relativos aos municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja,
Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.
Nessas reuniões foi recolhida e analisada informação sobre os SA, a qual permitiu o
preenchimento da “Ficha de identificação e caracterização dos SA de ACH – modelo
divulgado pelo DSP da ARSC, IP”. Esta metodologia permitiu atualizar o levantamento
técnico dos SA da área geográfica do ACeS cuja EG é a AdRA. Para os restantes SA já tinha
sido efetuado o levantamento técnico em anos anteriores.
Foi feita actualização do cadastro dos SA existentes no âmbito geográfico do ACeS BV
Foi feita a programação das colheitas e elaborado o mapa anual
Foram realizadas 593 análises bacteriológicas e 257 análises Físico-químicas. Das análises
efectuadas verifica-se que 506 (85,3%) cumprem os requisitos necessários e 87 (14,7%) não
cumprem. Todos os incumprimentos obtidos no âmbito da vertente analítica do PVSACH
foram divulgados, em tempo útil – Quadro 96.
Não foi notificada nenhuma situação de doença associada ao consumo deste tipo de água.
Quadro 96. Nº de colheitas de águas para consumo humano previstas, realizadas e número de cumprimentos e não cumprimentos
Área Previstas Realizadas
Indicador (Nº previstas/n.º
realizadas*100) Cumpre
Não Cumpre
Bac. F.Q. Bac. F.Q. % Bac. % F.Q.
ACeS 587 247 593 257 101,02%* 104,05%* 506 87
*Foram obtidos valores superiores a 100%, uma vez que houve necessidade de efectuar um número de colheitas superior ao previsto Fonte: Relatório USP, 2014
4.7.4.1 b) No que se refere ao Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas (PVSP), atendendo
à multiplicidade de riscos em termos de Saúde Pública associados à frequência ou à laboração
em piscinas, e tendo em conta o disposto na Circular Normativa (CN) nº 14/DA 21 de Agosto
de 2008 são desenvolvidas acções de Vigilância Sanitária a piscinas e elaborados planos de
identificação, monitorização e controlo dos riscos, de modo a que a saúde e segurança dos
utilizadores e trabalhadores seja assegurada.
Atividades desenvolvidas
Foi actualizado o cadastro das piscinas do tipo 1 e 2 existentes no âmbito geográfico do
ACeS BV. Estão identificadas 66 piscinas: 33 tipo 1 e 33 tipo 2. Nestas piscinas temos 121
tanques, 48 dos quais são descobertos e 73 cobertos. Existem 16 tanques de
hidromassagem (Quadro 97).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
133
Quadro 97. Nº de piscinas do tipo I e do tipo II e total e n.º de tanques cobertos e descobertos na área geográfica do ACeS BV.
Tipo 1 Tipo 2 Total Piscinas Descobertos Cobertos
33 33 66 48 73
Fonte: Relatório da USP 2014
No âmbito da vertente tecnológica do programa e com o objectivo de melhorar o
conhecimento das condições de instalação e funcionamento das piscinas do tipo 1 e 2
cadastradas foram realizadas acções inspectivas anuais, para avaliação das condições de
segurança, higio-sanitárias e de funcionamento, mediante a aplicação do questionário de
avaliação do Anexo II-B da CN nº 14/DA 21 de Agosto de 2008, a 36 piscinas (54,5%).
Foram realizadas 747 análises bacteriológicas e 280 análises Físico-químicas. Das análises
efectuadas verifica-se que 635 (85%) cumprem os requisitos necessários e 112 (15%)
colheitas não cumprem.
Quadro 98. Nº de colheitas de águas das piscinas previstas, realizadas e número de cumprimentos e não cumprimentos
Área Previstas Realizadas
Indicador (Nº previstas/n.º
realizadas*100) Cumpre
Não Cumpre
Bac. F.Q. Bac. F.Q. % Bac. % F.Q.
ACeS 745 283 747 280 100,27 98,94 635 112
*Valores superiores a 100%, uma vez que houve necessidade de efectuar um número de colheitas superior ao previsto. Fonte: Relatório USP, 2014
Quadro 99. Indicadores de Execução para o PVSP
INDICADORES META 2014
(%)
ATINGIDO EM 2014
NUMERADOR DENOMINADOR %
% vistorias realizadas (Anexo II - A da CN nº 14/DA 21 de Agosto de 2008)
55 26 44 59,1
% vistorias realizadas (Anexo II - B da CN nº 14/DA 21 de Agosto de 2008)
55 36 66 54,5
% piscinas com LRS implementado 50 47 66 71
% piscinas que efectuam o controlo da qualidade da água de acordo com a CN
50 57 66 83*
% piscinas com circuito de comunicação com a USP implementado
40 38 66 58
% colheitas realizadas 95 747 745 100
% amostras próprias 80 635 747 85
% piscinas com trabalhadores que receberam formação
20 8 66 12
Fonte: Relatório da USP 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
134
4.7.4.1 c) Relativamente ao Programa de Vigilância Sanitária de Oficinas de Engarrafamento
(PVSOE), refere-se que na área geográfica abrangida pelo ACeS BV está identificada a água de
nascente Serrana, a qual é utilizada para efeitos de engarrafamento pela Empresa Central
Serrana de Águas, S. A., localizada em Cabril, Agadão, concelho de Águeda, distrito de Aveiro.
Atividades
Foi realizada uma ação inspectiva, no âmbito da vertente tecnológica do programa, com o
objectivo de melhorar o conhecimento relativo às condições de instalação e funcionamento
das Oficinas de Engarrafamento (OE), como meio de identificação de situações que possam
interferir com a qualidade da água.
Refere-se que não foi notificada nenhuma situação de doença relacionada com a ingestão
de água de nascente.
Em relação à vertente analítica, os dados referentes a 2014 poderão ser consultados no
quadro 100. Refere-se que, para além da realização de colheita de amostras de água para
análise microbiológica, se pretende também a avaliação da implementação do programa de
controlo de qualidade da água de nascente e análise dos resultados obtidos no âmbito
desse programa.
Quadro 100. Número de colheitas previstas, realizadas, e número de análises que cumprem e não cumprem os valores de referência
Concelho Bacteriológica
Indicador (Nº previstas/n.º
realizadas*100) Cumpre
Não Cumpre
Previstas Realizadas
Águeda 48 48 100% 47 1
Fonte: Relatório USP, 2014
4.7.4.1 d) O Programa de Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais (PVSET) é
operacionalizado no Concelho de Anadia onde estão identificados 2 estabelecimentos termais
– Termas da Curia e Termas do Vale da Mó.
Foi realizada uma ação inspectiva a cada ET, no âmbito da vertente tecnológica do
programa, com o objectivo de melhorar o conhecimento relativo às condições de instalação
e funcionamento dos ET, como meio de identificação de situações que possam interferir
com a qualidade da água.
Refere-se que não foi identificada nenhuma situação de doença relacionada com a
utilização de águas minerais naturais utilizadas para efeitos de termalismo.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
135
Quadro 101. N.º de colheitas de águas de estabelecimentos termais, realizadas e número de cumprimentos versos não cumprimentos
Concelho Bacteriológica
Indicador (Nº previstas/n.º
realizadas*100) Cumpre
Não Cumpre
Previstas Realizadas
Anadia 15 22 146,67* 17 5 *valores superiores a 100%, por haver necessidade de efectuar um número de colheitas superior ao previsto.
Fonte: Relatório USP, 2014
4.7.4.1 e) Programa de Vigilância Sanitária de Zonas Balneares (PVSZAB)
A prática balnear coloca vários riscos para a saúde, os quais dependem da natureza da fonte
de contaminação, das características da massa de água e da condição imunológica do
banhista.
Foram desenvolvidas atividades integradas no PVSZB, com o objectivo de proteger/ promover
a saúde da população exposta, através da monitorização, correcção ou anulação dos factores
de risco ambiental existentes. O Programa desenvolvido decorreu de acordo com o período da
época balnear estabelecido e publicado em Diário da República para os diferentes municípios.
No âmbito da vertente tecnológica foram efectuadas 45 vistorias às ZB, com vista à
Avaliação das Áreas Envolventes, através do preenchimento do Modelo C da DGS. No
Modelo C da DGS os aspectos em avaliação encontram-se divididos em três áreas:
salubridade, segurança e estruturas de apoio.
Em relação à vertente analítica, os dados referentes a 2014 poderão ser consultados no
quadro 102. Constata-se que 83,2% das análises cumpriam o previsto e 17,8% não
cumpriam.
Quadro 102. Resultados da vertente analítica do PVSAB em 2014
CONCELHO PREVISTAS REALIZADAS
CUMPRE NÃO
CUMPREM
BACTERIOLÓGICAS
ÁGUEDA 35 35 35
AVEIRO 4 4 4
ÍLHAVO 12 17 11 6
MURTOSA 8 19 10 9
OVAR 24 25 24 1
S. VOUGA 7 18 13 5
VAGOS 17 19 17 2
ACeS 107 137 114 23
Fonte: Relatório USP, 2014
Refere-se que, relativamente a interdições do uso da água para fins balneares, estiveram
interditas temporariamente (pelo Delegado Regional de Saúde do Centro) 3 zonas
balneares.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
136
4.7.4.2 Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH);
“A gestão de resíduos é entendida como a recolha, o transporte, a valorização e a eliminação
de resíduos, incluindo a supervisão destas operações, …” conforme alínea p do artigo 3º do
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei
n.º 73/2011, de 17 de Junho.
O regime geral da gestão dos resíduos consagra o princípio da responsabilidade pela gestão,
atribuída ao produtor, seja este pessoa singular ou colectiva, agindo em nome próprio ou
prestando serviço a terceiro, cuja atividade produza resíduos ou que efectue operações de
tratamento, de mistura ou outras que alterem a natureza ou a composição de resíduos.
O PGRH da USP do ACeSBV tem como objectivo prevenir perigos para a saúde dos profissionais
de saúde, dos utentes e do ambiente associados a uma gestão inadequada dos RH e aposta nas
seguintes estratégias de intervenção:
Normalização de procedimentos associados à gestão de RH nas várias Unidades
Funcionais do ACeS;
Realização e promoção de ações de formação/ sensibilização junto dos profissionais de
saúde com intervenção na gestão de RH.
Atividades
Foram efectuadas reuniões periódicas da equipa de apoio técnico ao programa para
elaboração, actualização, revisão da documentação e monitorização do programa
Foi elaborada e divulgada informação e procedeu-se à sensibilização dos profissionais com
intervenção em matéria de gestão de RH:
Em reuniões da USP;
Através da elaboração e divulgação de informação escrita (via e-mail) para
profissionais das unidades funcionais, sobre:
o Gestão de RH dos grupos III e IV produzidos por outras entidades (IPSS e
outros);
o Monitorização da implementação dos procedimentos, definidos
anteriormente, para a recolha e transporte de RH dos grupos III e IV no ACeS
nomeadamente: Fornecimento de contentores (de transporte) em número e
de capacidade adequada às produções RH dos grupos III e IV, periodicidade de
recolha de RH dos grupos III e IV; Pesagem de RH dos grupos III e IV, na altura
da recolha e entrega de guia de transporte onde consta o nome do produtor, o
peso dos contentores removidos e a data de remoção.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
137
Foram realizadas acções de formação dirigidas as assistentes operacionais em todos os
Centros de Saúde num total de 12 sessões (duas no CS Aveiro). Estiveram presentes nestas
acções, no total, 208 profissionais, com a distribuição que se apresenta no quadro seguinte:
Quadro 103. Nº de assistentes operacionais abrangidos por formação, por Centro de Saúde
Centro de Saúde Nº Profissionais
Águeda 22
Albergaria 15
Anadia 18
Aveiro 37
Estarreja 15
Ílhavo 18
Murtosa 9
Oliveira do Bairro 16
Ovar 31
Sever do Vouga 9
Vagos 18
Total 208 Fonte: Relatório da USP 2014
Foram produzidos, em 2014, no ACeS, 26.664,88 Kg de resíduos do grupo III, com um custo,
associado à recolha, transporte e tratamento, de 40.288,62 € e 2916,95 Kg de resíduos do
grupo IV com um custo de 5.751,49 €. A sua distribuição, por concelho pode observar-se no
Quadro 104.
Quadro 104. Produção de RH dos grupos III e IV (Kg) por concelho no ACeS, em 2014, e respectivo custo (€)
CONCELHO
RH III LER - 18 01 03* Resíduos cujas recolha e eliminação estão sujeitas a requisitos específicos, tendo em vista a prevenção
de infecções
RH IV LER - 18 01 01
Objectos cortantes e perfurantes (excepto o 18 01 03*)
PRODUÇÃO (KG)
CUSTO PRODUÇÃO (KG)
CUSTO
(€) (€)
ÁGUEDA 2953,75 4462,89 348,85 687,84
ALBERGARIA 1472,85 2225,36 116,10 228,92
ANADIA 2567,95 3879,98 277,95 548,05
AVEIRO 4555,98 6883,74 540,95 1066,62
ESTARREJA 3000,00 4532,77 292,40 576,54
ÍLHAVO 2712,65 4098,61 369,90 729,35
MURTOSA 1126,55 1702,13 91,45 180,32
O. BAIRRO 1357,85 2051,61 166,60 328,49
OVAR 4358,35 6585,14 453,25 893,69
SEVER VOUGA 771,15 1165,15 61,60 121,46
VAGOS 1787,80 2701,23 197,90 390,21
ACeS 26664,88 40288,62 2916,95 5751,49
Fonte: Relatório da USP 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
138
No Centro de Saúde de Ovar regista-se ainda a produção de banhos de revelação de chapas
litográficas de impressão de base aquosa e de banhos de fixação, apresentando-se no quadro
seguinte a produção e os custos associados a esses resíduos.
Quadro 105. Produção de banhos de revelação e de fixação no CS Ovar e respectivo custo (€), em 2014
Tipo RH PRODUÇÃO (Kg) CUSTO
(€)
Banhos de revelação de chapas litográficas de base aquosa – 09 01 02 *
48,6 24,37
Banhos de fixação – 09 01 04 * 78,5 39,36
Fonte: Relatório da USP 2014
Gestão de resíduos dos grupos I e II
Foi dado relevo especial aos resíduos dos grupos I e II que têm possibilidade de valorização
pelo que foi feita sensibilização dos profissionais para a pesagem e registos dos RH dos
grupos I e II e enviados, a cada CS, os mapas, para registo. Todo este procedimento foi
reforçado ao longo do ano.
Quadro 106. Produção de RH dos grupos I e II, de acordo com o código LER. (Kg) por concelho no ACeS em2014
CONCELHO
20 03 01 - Mistura de
resíduos urbanos e
equiparados
20 01 01 - Papel e cartão
20 01 02 - Vidro
20 01 39 - Plástico
16 02 16 - Componentes retirados de equipamento fora de uso não abrangidos em 16 02 15 - ex: tonners e
tinteiros
16 06 04 - Pilhas
alcalinas excepto o 16 03 03*
20 01 21* - Lâmpadas
fluorescentes e outros resíduos
contendo mercúrio
ÁGUEDA 2336,97 1811,27 10,39 272,325 69,1 60,4 0
ALBERGARIA 137,77 587,265 23,7 98,97 55 40 0
ANADIA 1485,24 1277,155 10,51 219,005 87,15 248,6 0
AVEIRO 480 72 43
ESTARREJA 667,35 606,28 17,88 139,86 8,59 90,53 38,3
ÍLHAVO 1726,54 1113,5 398,55 13,94 75 51,51
MURTOSA 350 564,72 60,58 50 0
OLIVEIRA BAIRRO 1111,14 504,32 30,61 128,03 125,74 55
OVAR 7131,77 2905,38 68,7 312,83 125,69 0 10
SEVER VOUGA 821,5 354,7 3 31,7 27 76,16 0
VAGOS 1041,55 19 286,465 45 0 0
ACeS 15768,28 11246,14 183,79 2020,315 431,47 766,43 197,81
Fonte: Relatório da USP 2014
- Foram introduzidos, no SILIAMB, os dados de produção referentes a 2013.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
139
Relativamente à gestão dos resíduos pertencentes aos fluxos especiais, foi efectuada a
triagem deste tipo de resíduos. Assim, no que respeita a:
Pilhas – Foi feito o levantamento da quantidade de pilhas existentes em cada CS e
posteriormente efectuadas as diligências no sentido de operacionalizar a sua recolha.
Lâmpadas – foram definidos procedimentos e efectuadas as respectivas diligências para o
transporte das lâmpadas até ao centro de recolha de resíduos de equipamentos elétricos e
eletrónicos mais próximo.
Oportunidades de melhoria
- Informação e sensibilização dos profissionais para esta temática.
- Realizar auditorias aos procedimentos
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140
4.7.4.3 Programa da Rede de Vigilância de Vectores – REVIVE
A resposta positiva dos Serviços de Saúde Pública à Rede de Vigilância de Vetores e a
necessidade de vigiar os Portos e Aeroportos, conduziram à criação do programa REVIVE,
sediado no CEVDI – Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas, que se iniciou em
2008, e que responde à necessidade de melhorar o conhecimento sobre as espécies de
vectores presentes no país, a sua distribuição e abundância, contribuindo para o
esclarecimento do seu papel como agentes de transmissão de doença, assim como detectar
atempadamente introduções de espécies invasoras com importância em Saúde Pública.
Desta forma, privilegiando a prevenção, em detrimento da resposta à emergência, a vigilância
permite detectar atempadamente qualquer alteração na abundância, na diversidade e papel
do vector.
Com estreita ligação internacional, o REVIVE contribui regularmente para a rede de vigilância de
vectores a nível de toda a Europa.
Quadro 107. Indicadores de Execução
ATIVIDADES PRINCIPAIS RESULTADOS EM 2014 META
2014 Nº %
Nº de armadilhas colocadas nos locais previamente seleccionados como mais susceptíveis para captura de vectores adultos
50 92,6 80
Nº de criadouros (“ovitraps”) aplicados nos terminais do Porto de Aveiro para a pesquisa de vectores no estado larvar.
216 80 80
Nº de vistorias realizadas aos locais susceptíveis de serem criadouros naturais
158 100 80
Nº de amostras enviadas ao CEVDI para posterior análise e classificação. 18 100 100
Nº de comunicação dos resultados das análises feitas às entidades envolvidas
3 100 100
Fonte: Relatório da USP 2014
No Porto de Aveiro foram capturados 28 vectores adultos das seguintes espécies: Cs.
longiareolata, Cx. pipiens, Cx. Theileri. As espécies (adultos e imaturos) capturadas fora do Porto
de Aveiro, mas na área de intervenção do programa, foram contabilizadas em conjunto com as
da ARS centro.
Nenhuma das espécies capturadas foi considerada de risco de transmissão de doença. Todas as
espécies identificadas fazem parte da fauna de culicídeos de Portugal, não se tendo identificado
espécies não autóctones.
A armadilhas de captura de adultos necessitam de substituição, pois atendendo ao tempo de
utilização já apresentam alguma degradação que lhe reduz a eficácia.
Refere-se que os ovitraps não foram fornecidos pelos serviços, foram construídos pelos TSA de
Aveiro e Ílhavo (utilizando garrafas e vasos de plantas).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
141
4.7.4.4. Programa – Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Frio.
O Programa é constituído por dois módulos: MÓDULO CALOR que incide na época Primavera-
Verão (15 de Maio a 30 de Setembro) e o MÓDULO FRIO no período de Outono-Inverno (15
Novembro e 31 Março).
Tem como finalidade minimizar os efeitos negativos da exposição a temperaturas extremas
sobre a população (e em particular os grupos vulneráveis).
No âmbito deste programa procedeu-se à divulgação dos planos de contingência (módulo
calor e módulo frio) e do material informativo, particularmente aos grupos mais vulneráveis,
sobre os cuidados a adotar.
Foi ainda promovida a realização de vistorias às instituições, com caracterização dos
sistemas de climatização, estando os dados recolhidos compilados no Quadro 108.
Quadro 108. Identificação de equipamentos sem climatização e outras situações consideradas de risco
Fonte: Relatório da USP 2014
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142
4.7.4.5. Plano Estratégico do Baixo Carbono e Programa de Eficiência Energética
Este programa visa a promoção da eficiência energética e tem como principais objetivos a
redução das emissões de gases com efeito de estufa e o aumento da eficiência nos consumos
dos edifícios das unidades de saúde, através de medidas que resultem simultaneamente em
benefícios económicos e na melhoria da prestação de serviço.
Por outro lado, a implementação das medidas nele propostas asseguram a redução dos custos
com eletricidade, combustíveis e água das entidades públicas do sector da saúde, e também a
redução da produção de resíduos.
Atividades desenvolvidas
Estruturação duma base de dados para registo dos dados constantes nas facturas
Implementação de circuito de informação inter-serviços no ACeS
Registo na base de dados dos consumos/ custos associados a energia elétrica, gás (natural,
propano ou butano), água e recolha, transporte e tratamento de RH dos grupos III e IV dos
edifícios do ACeS BV
Envio trimestral dos dados, por mail, à ARSC
4.7.5 Programa Nacional de Prevenção de Acidentes
A nível mundial, os acidentes constituem um grave problema de saúde pública. Em Portugal,
os acidentes em geral são a principal causa de morte e incapacidade nas crianças, jovens e
adultos até aos 44 anos, sendo os acidentes de viação os mais frequentes. Prevê-se que em
2030, estes sejam a 5.ª causa de morte no mundo e a 7.ª causa de anos de vida perdidos,
gerando um grande número de jovens com deficiência, com os consequentes custos
económicos e psicossociais.
No ano de 2012 na Região do Baixo Vouga, os acidentes e sequelas provocaram 62 óbitos, dos
quais 45 homens e 17 mulheres, que representaram 1,2% do total da mortalidade. A relação
de masculinidade ao óbito, para esta causa de morte, foi de 264,7 óbitos masculinos por cada
100 femininos e a idade média à morte foi de 58,5 anos. A taxa bruta de mortalidade foi de
15,9 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada para os homens (24,3) do que para as
mulheres (8,4). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 12,4 óbitos por
100 000 habitantes, tendo sido significativamente mais elevada para as idades de 65 e mais
anos (36,6). O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 26,3 anos, a taxa de anos
potenciais de vida perdidos, de 285,7 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de
vida perdidos, de 26,3 anos (Quadro 109).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
143
Quadro 109. Mortalidade por Acidentes e Sequelas - 2012
Óbitos por Acidentes e sequelas (CID-10: V01-X59,Y85-Y86) - 2012 Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 62 45 17
Idade média à morte (N.º de anos) 58,5 57,3 61,6
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 31 24 7
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 31 21 10
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 36 27 9
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 21 14 7
Relação de masculinidade 264,7
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 12,4 19,4 6,2
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 9,1 14,2 4,4
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 36,6 63,5 21,0
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 15,9 24,3 8,4
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 945 708 238
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 281,3 431,4 138,1
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 26,3 26,2 26,4
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 285,7 423,7 155,6
Fonte: INE2014-Risco de Morrer 2012
Os acidentes de transporte e sequelas constituem um problema de saúde pública. No Baixo
Vouga em 2012, por esta causa houve 37 óbitos dos quais 29 eram homens e 8 mulheres
correspondendo a 1% da mortalidade. Mais do que esta proporção é o facto da idade média à
morte ser de 51,4 anos, no total, e de 40,6 anos para as mulheres. Também 67,6% dos óbitos,
por esta causa, ocorreram antes dos 65 anos. Acresce a isto o facto de ter havido 773 anos
potenciais de vida perdidos. A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 8,2
óbitos por 100 000 habitantes, sendo esta taxa superior à registada no País (6,0) e na Região
Centro (7,8).
Quadro 110. Mortalidade por Acidentes de transporte e sequelas - 2012
Óbitos por Acidentes de transporte e sequelas (CID-10: V01-V99,Y85) - Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 37 29 8
Idade média à morte (N.º de anos) 51,4 54,4 40,6
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 25 18 7
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 12 11 1
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 27 19 8
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 9 9 0
Relação de masculinidade 362,5
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 8,2 13,0 4,2
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 7,4 10,7 4,4
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 14,3 31,4 3,1
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 9,5 15,6 3,9
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 773 538 235
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 230,0 327,8 136,7
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 28,6 28,3 29,4
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 236,8 324,6 154,6
Fonte: INE2014-Risco de Morrer 2012
Quanto aos óbitos por acidentes fatais, os dados podem ser observados no quadro abaixo.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
144
Quadro 111. Mortalidade por Acidentes fatais - 2012
Óbitos por Acidentes fatais (CID-10: W00-W20) - 2012 Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 11 5 6
Idade média à morte (N.º de anos) 77,8 75,8 79,4
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 1 1 0
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 10 4 6
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 2 2 0
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 8 3 5
Relação de masculinidade 83,3
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 1,5 1,8 1,3
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0,3 0,5 0
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 11,6 11,7 11,5
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 2,8 2,7 3,0
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 15 15 0
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 4,5 9,1 0
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 7,5 7,5 0
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3,7 7,8 0
Fonte: INE2014-Risco de Morrer 2012
Tendo em conta a magnitude e transcendência dos acidentes de viação, é fundamental que
haja um trabalho global, intersectorial e sustentável de promoção da segurança e de
prevenção dos acidentes.
Neste âmbito, iniciou-se a implementação e execução do Programa através da formalização da
candidatura ao Projeto “Bebés, Crianças e Jovens em Segurança” da Direção Geral da Saúde
(DGS). Com a entrega do equipamento iniciou-se (pela equipa de prevenção de acidentes do
ACeS BV) a formação e treino (12-14 elementos/sessão) sobre transporte seguro e utilização
de Sistema de Retenção de Criança (SRC) a equipas de saúde no âmbito da: saúde materno-
infantil; b) dos projetos de preparação para o parto e parentalidade e de Saúde Escolar
(quadro abaixo).
Quadro 112. Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança
Centro Saúde
Nº Sessões
A quem se destinou Nº Formandos
Ovar 1
7 UF (USF São João de Ovar, USF João Semana, USF Laços, USF Alpha, Extensão de Furadouro, UCC de Ovar, ULSP Ovar).
10
3 Grávidas da USF São João de Ovar 26
Aveiro
3 8 UF (USF Moliceiro, USF Santa Joana, USF Flor de Sal, USF Salinas,
UCSP Aveiro 1, UCSP Aveiro 2, ULSP Aveiro, URAP, ) e o CH BV – Serviço de Pediatria.
41 (20 Médicos, 26 Enfermeiros e 5 outros Técnicos)
12 Grávidas do projeto “Construindo Famílias” 194
9 Puérperas do projeto “Construindo Famílias” – Aveiro 50
Vagos* 1 1UF (UCSP Vagos 1) 7
Grávidas CS Vagos 67 * Sessão de formação e treino realizada pela equipa do projeto “vidasobrerodas” do Centro de Saúde de Vagos.
- Disponibilização de material informativo de apoio às sessões de formação e/ou consultas de
saúde materno-infantil: fichas informativas, Livros “Consultas de Saúde Infantil – Orientações
técnicas para a prevenção de acidentes” e brochuras do “Projeto Missão Sorriso 2012 da APSI.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
145
Os equipamentos deverão ser dinamizados de forma a abranger profissionais de outros
concelhos, para além de Aveiro, Ovar e Vagos. Como estratégia, a equipa propõe integrar o
plano de formação do ACeS, com proposta específica nesta temática, tendo como alvo equipas
(médico e enfermeiro) convocadas para o efeito, de modo a alargar o número de profissionais
sensibilizados.
- No âmbito da Saúde Escolar foram realizadas diversas atividades, no âmbito da prevenção de
acidentes, no ano letivo 2013/2014. Foram efectuadas 198 sessões que abrangeram 3.748
alunos e 211 professores.
Quadro 113. Atividades sobre prevenção de acidentes – N.º de Alunos e Professores abrangidos
Centro Saúde
N.º Sessões N.º Alunos/Professores/Nível de Ensino
Pré-escolar
1º Ciclo
Secundário Pré-escolar 1º Ciclo Secundário
Alunos Professores Alunos Professores Alunos Professores Albergaria
36 50 680 31 999 50
Anadia 20 40 250 20 619 48
Aveiro 52 1200 62
Fonte: Relatório da USP 2014
4.7.6 Programa Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool
O abuso de álcool constitui no Baixo Vouga um problema de saúde pois, em 2012, por esta
causa houve 12 óbitos dos quais 8 eram e 4 mulheres correspondendo a 0,3% da mortalidade.
Mais do que esta proporção é o facto da idade média à morte ser de 57,5 anos, no total, e de
45 anos para as mulheres. Também 75% dos óbitos, por esta causa, ocorreram antes dos 65
anos. Acresce a isto o facto de ter havido 173 anos potenciais de vida perdidos (100 para as
mulheres). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 2,4 óbitos por 100
000 habitantes, sendo esta taxa superior à registada no País (0,8) e na Região Centro (1,1).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
146
Quadro 114. Mortalidade devido a abuso de álcool, em 2012, no Baixo Vouga
Mortalidade - Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica) (CID-10: F10)
Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 12 8 4
Idade média à morte (N.º de anos) 57,5 63,8 45
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 9 5 4
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 3 3 0
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 9 5 4
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 3 3 0
Relação de masculinidade 200
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 2,4 3,3 1,8
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes)
2,3 2,7 2
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 3,1 7,9 0,0
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 1,50 2,40 0,7
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 173 73 100
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 51,3 44,2 58,2
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 19,2 14,5 25,0
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 43,4 38,3 48,5
Fonte: INE 2014-Risco de morrer 2012
No âmbito deste programa e com o objectivo de reduzir os problemas ligados ao álcool são
desenvolvidas, pelos profissionais do ACeS diversas atividades. Estas atividades integram-se na
prevenção, promoção, educação, tratamento e referenciação. São desenvolvidas quer a nível
das consultas de MGF, de desabituação alcoólica, quer a nível da comunidade, nomeadamente
a escolar.
Os profissionais dos Cuidados de Saúde Primários, nomeadamente os médicos de família,
enquanto pedra basilar do sistema de saúde, devem constituir-se como um elo fundamental
para a abordagem dos problemas ligados ao álcool, contribuindo na identificação das
repercussões físicas, psico-lógicas e sociais ligadas ao consumo excessivo, devendo informar o
utente sobre a doença e as suas consequências, implementando as boas práticas e propondo
soluções ajustadas, ao significado individual e ao contexto situacional.
A nível das consultas de MGF são de extrema importância e com evidência científica, as
intervenções breves.
No Quadro seguinte apresenta-se a quantificação de dados relativos à utilização das consultas
de alcoologia, por CS, no ACeS Baixo Vouga.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
147
Quadro 115. Distribuição das consultas de alcoologia efectuadas por Centro de Saúde do ACeS BV, 2014
Centro Saúde
Mulheres Homem Total Nº 1ª consultas Nº Consultas
seguintes Nº 1ª consultas Nº Consultas
seguintes
ALBERGARIA 13 17 58 99 187
ANADIA 9 37 57 188 291
AVEIRO 31 75 11 21 138
Total 53 129 126 308 616
Fonte: ACeS 2014
Da análise dos dados verifica-se que foram realizadas, no total, 616 consultas a 179 utentes,
pelo, em média, foram realizadas 3,44 consultas por utente. Refere-se que das 616 consultas
realizadas, 182 (29,5%) foram a mulheres.
Foram realizadas pelos Técnicos de Serviço Social 218 consultas e 3 visitas domiciliárias, nesta
área.
Apresenta-se no quadro que se segue os indicadores e respectivos resultados obtidos em 2013
e 2014 (dados SIARS).
Quadro 116. Indicadores de Execução na área dos Problemas Ligados ao Álcool em 2013 e 2014
Código SIARS
INDICADORES
Atingido 2013
Atingido 2014
Taxa Numerador Denominador Taxa
2013.053.01 FX
% de inscritos com idade ≥14 anos, com quantificação dos hábitos alcoólicos nos últimos 3 anos
26,3 % 132.598 338.527 39,17%
2013.054.01 FX
% de inscritos com idade ≥14 anos e com hábitos alcoólicos, a quem foi realizada consulta relacionada com alcoolismo nos últimos 3 anos
60,6% 2.856 4.887 58,44
P15 ‰ Utentes com codificação ICPC2 de Abuso Crónico de álcool
3‰ 4737 358.008 2,7%o
P16 ‰ Utentes com codificação ICPC2 de Abuso Agudo de álcool
0,2‰ 360 358.008 0,2%o
Fonte: SiARS
Da análise da informação do quadro verifica-se que:
- A proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos no ACeS BV, com
quantificação dos hábitos alcoólicos nos últimos 3 anos foi de 39,17% (26,29% em 2013).
- Quanto à proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos e com hábitos
alcoólicos, a quem foi realizada consulta relacionada com alcoolismo nos últimos 3 anos, o
ACeS apresenta uma taxa de 58,44%, inferior à registada em 2013 (60,59%).
- No que respeita à taxa de utentes por mil inscritos, com registo de abuso crónico de álcool
(código P15 da ICPC2), foi de 2,7%o utentes e com registo de abuso agudo de álcool foi de
0,2%o utentes.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
148
Foram registados 1.457 fenómenos de enfermagem com código CIPE “Uso de Álcool”, em
2014.
- No âmbito da prevenção, formação, comunicação e educação, foram desenvolvidos,
nomeadamente nos estabelecimentos de ensino/escolas, vários projetos e/ou atividades com
o objetivo de promover estilos de vida saudáveis, retardar e/ou evitar a experimentação e
iniciação do álcool por parte dos adolescentes.
Oportunidades de melhoria:
- Investimento nos registos de quantificação de hábitos alcoólicos;
- Conhecimento dos bilhetes de identidade dos indicadores para melhoria dos registos;
- Investimento na formação de profissionais da saúde na área da prevenção primária,
secundária e terciária dos Problemas ligados ao álcool;
- Organização de consultas de alcoologia em todos os CS.
- Favorecer o acesso simples e rápido dos utentes e seus familiares aos serviços.
4.7.7 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo
Devido à multiplicidade e gravidade das doenças que provoca e à elevada proporção de
pessoas expostas, o consumo de tabaco constitui, presentemente, a primeira causa evitável de
doença e de morte prematura nos países desenvolvidos, contribuindo para seis das oito
primeiras causas de morte a nível mundial.
A prevenção e controlo do tabagismo requer uma abordagem global, integrada por múltiplas
medidas e iniciativas, centradas na prevenção da iniciação do consumo, na promoção da
cessação tabágica, na proteção da exposição ao fumo ambiental e na criação de um clima
social, cultural e económico favorável à adoção de estilos de vida conducentes à saúde.
As abordagens de âmbito populacional são importantes para a prevenção da iniciação do
consumo de tabaco assim como para promover e apoiar a cessação tabágica.
Atividades desenvolvidas:
- A prevenção do consumo de tabaco em meio escolar carece de um investimento consistente
e continuado, devendo contar com o apoio do Programa de Saúde Escolar, em articulação com
a Medicina Geral e Familiar e restantes unidades funcionais do ACES. Assim No âmbito da
intervenção primária nomeadamente nos estabelecimentos de ensino/escolas realizam-se
vários projetos e/ou atividades com o objetivo de retardar e/ou evitar a experimentação e
iniciação do consumo de tabaco nos jovens.
- O ACeS dispõe de uma política de ambiente interior nas instituições de saúde isenta de
tabaco.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
149
- No âmbito das UF são realizadas intervenções breves pelos profissionais de saúde ao
fumador, no sentido de os aconselhar e apoiar na cessação tabágica.
- No que se refere às consultas de cessação tabágica estas têm como objectivos ajudar o
fumador a deixar de fumar, prevenir a recaída do antigo fumador e promover a qualidade de
vida. No Quadro abaixo apresenta-se a quantificação de dados relativos à utilização das
consultas de cessação tabágica no ACeS BV.
- Da análise dos dados verifica-se que foram realizadas, no total, 695 consultas a 179 utentes,
pelo, em média, foram realizadas 3,88 consultas por utente. Refere-se que das 695 consultas
realizadas, 223 (32,08%) foram a mulheres.
Quadro 117. Distribuição do número total de consultas de cessação tabágica, no ACeS em 2014 (primeiras e seguintes)
Centro Saúde
Mulheres Homem
Total Nº 1ª consultas
Nº Consultas seguintes
Nº 1ª consultas Nº Consultas
seguintes
AGUEDA 5 12 12 56 85
ALBERGARIA 12 7 26 50 95
ANADIA 7 19 24 60 110
AVEIRO 37 99 44 144 324
O BAIRRO 8 17 4 52 81
Total 69 154 110 362 695
Fonte: ACeS, 2014
No quadro seguinte apresenta-se dados relativos a esta área do tabagismo
Quadro 118. Indicadores de Execução e Metas na área do Tabagismo
Fonte: SIARS, 2014
Da análise do quadro apresentado, verifica-se que no ano 2014:
- A proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos
hábitos tabágicos nos últimos 3 anos no ACeS, foi de 39,16% (132.575), valor superior ao
atingido em 2013 (27,98%).
- Relativamente à proporção de fumadores a quem foi realizada consulta relacionada com
tabagismo, em 2014, no ACeS foi de 13,66%.
Código INDICADORES Atingido em 2013
Atingido em 2014
Numerador Denominador Taxa
2013.047.01 Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos hábitos tabágicos nos últimos 3 anos
27,98% 132.575 338.527 39,16%
2013.277.01 Proporção de fumadores, com consulta relacionada com tabaco, no último ano
4.116 30.140 13,66%
P17 ‰ de Utentes com codificação ICPC2 de Abuso crónico do tabaco
65,78%o 29.967 384627 77,91%o
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
150
- No que respeita à taxa de utentes por mil inscritos, com registo de abuso crónico do tabaco
(código P17 da ICPC2), foi de 77,91%o utentes com 29.967 registos.
Foram registados 2.165 fenómenos de enfermagem com código CIPE “Uso de Tabaco”, em
2014.
Oportunidades de melhoria:
- Investimento nos registos de quantificação de hábitos tabágicos;
- Conhecimento dos bilhetes de identidade dos indicadores para melhoria dos registos;
- Investimento na formação de profissionais da saúde, na área do tabagismo, a nível da
prevenção primária, secundária e terciária;
- Organização de consultas de cessação tabágica em todos os CS.
4.7.8 Programa Nacional para a Saúde Mental
As perturbações mentais e do comportamento foram a 9ª causa de morte no Baixo Vouga, em
2012, com 15 óbitos (dos quais 10 homens e 5 mulheres), correspondendo a 0,4% da
mortalidade. Para estas causas, a relação de masculinidade ao óbito foi de 200 óbitos
masculinos por cada 100 femininos e a idade média ao óbito, de 58,9 anos. A taxa bruta de
mortalidade foi de 3,9 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada nos homens (5,4) do que
nas mulheres (2,5). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 3 óbitos por
100 000 habitantes, inferior à registada para as idades de 65 e mais anos (4,1). O número de
anos potenciais de vida perdidos foi de 208 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos,
de 61,8 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 18,9 (Quadro
118).
Quadro 119. Perturbações mentais e do comportamento (CID-10: F00-F99)
Perturbações mentais e do comportamento (CID-10: F00-F99) Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 15 10 5
Idade média à morte (N.º de anos) 58,9 61,5 53,8
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 11 7 4
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 4 3 1
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 11 7 4
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 4 3 1
Relação de masculinidade 200
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 3 4,3 2
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 2,9 3,8 2
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 4,1 7,9 1,7
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 3,90 5,40 2,5
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 208 108 100
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 61,8 65,6 58,2
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 18,9 15,4 25,0
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 52,2 56,6 48,5
Fonte: INE 2014 – Risco de Morrer 2012
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
151
- Problemas registados (ICPC2) e com diagnóstico ativo a 31/12/2014, relativamente ao
capitulo psicológico – No quadro abaixo pode observar-se, por ordem decrescente, alguns dos
registos, em número e taxa por mil utentes com registos, relativos ao sistema psicológico. Em
31/12/2014 havia 150.523 (131662 em 2013) problemas registados neste capítulo o que, no
global, representa 8,5% de registos ICPC2. As perturbações depressivas aparecem em primeiro
lugar com 10,91%o utentes.
Para uma melhor percepção sobre a dimensão dos problemas, agregaram-se alguns por
afinidade. Assim, no que respeita à depressão e perturbações depressivas (P76 e P03), houve
44.929 registos, que representam 11,7%o (10,5% em 2013) de utentes. Quanto ao abuso de
substâncias (P15, P16, P17, P18 e P19), registaram-se 31.260 registos, o que corresponde a
8,2%o. No que se refere ao distúrbio ansioso/estados de ansiedade (P01, P74), registaram-se
36721 registos, o que equivale a 9,5 %o (7,6% em 2013) utentes.
Salienta-se, pela sua transcendência, o número de registos para a demência, que são de 2.178
(1.921 em 2013) utentes, e de suicídios/tentativa de suicídio de 521 utentes.
Quadro 120. Códigos/Problemas – ICPC (2) Psicológico, registados em 2014
Códigos ICPC(2) - Psicológico Total
Registos %o
Utentes
P76 PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS 41971 10,91
P17 ABUSO DO TABACO 29967 7,79
P74 DISTÚRBIO ANSIOSO / ESTADO DE ANSIEDADE 23857 6,20
P06 PERTURBAÇÃO DO SONO 9834 2,56
P01 SENSAÇÃO DE ANSIEDADE / NERVOSISMO / TENSÃO 8383 2,18
P15 ABUSO CRÓNICO DO ÁLCOOL 4737 1,23
P75 SOMATIZAÇÃO 3329 0,87
P03 SENSAÇÃO DE DEPRESSÃO 2958 0,77
P20 ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA 2634 0,68
P70 DEMÊNCIA 2178 0,57
P19 ABUSO DE DROGAS 1567 0,41
P79 NEURASTENIA, "SURMENAGE" 1471 0,38
P82 PERTURBAÇÃO HIPERCINÉTICA 1246 0,32
P86 ATRASO MENTAL 1210 0,31
P22 SINAIS / SINTOMAS DO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA 1035 0,27
P72 ESQUIZOFRENIA 1035 0,27
P73 PSICOSE AFECTIVA 1002 0,26
P24 DIFICULDADES ESPECÍFICAS DE APRENDIZAGEM 997 0,26
P81 ALTERAÇÕES DA PERSONALIDADE 755 0,20
P71 OUTRAS PSICOSES ORGÂNICAS 553 0,14
P80 FOBIA, PERTURBAÇÃO COMPULSIVA 531 0,14
P77 SUICÍDIO / TENTATIVA DE SUICÍDIO 525 0,14
P99 OUTRAS PSICOSES, NE 462 0,12
P16 ABUSO AGUDO DO ÁLCOOL 360 0,09
P85 STRESS PÓS-TRAUMÁTICO 316 0,08
P98 ANOREXIA, NERVOSA, BULIMIA 255 0,07
P18 ABUSO DE MEDICAÇÃO 90 0,02
P11 PROBLEMAS COM A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA 47 0,01
Fonte: SIARS 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
152
Parcerias com o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Hospitalar de
Infante D. Pedro (Aveiro) do Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV):
Articulação com o Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital de Aveiro e os Centros de
saúde de Águeda, Aveiro e Ovar, com o objectivo de desenvolver uma consultoria de
pedopsiquiatria: Todas as situações de encaminhamento de menores para a
Pedopsiquiatria, são, primeiro, avaliadas pela equipa multidisciplinar do Centro de
Saúde (Psicóloga, Enfermeira, Técnica de Serviço Social e Médica) e depois são
discutidos os casos em reuniões mensais com a equipa de Pedopsiquiatria, sendo
delineado o acompanhamento mais adequado para cada situação.
Nº total de Reuniões com Pedopsiquiatria
Nº total de casos discutidos Nº respostas às referenciações
25 122 20
Fonte: Relatório URAP
Articulação com departamento de Saúde Mental Comunitária do Departamento de
Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Hospitalar de Infante D. Pedro (Aveiro) do Centro
Hospitalar Baixo Vouga (CHBV), e o Centro de Saúde de Águeda com o objectivo geral de
criar um serviço de consultoria, em que a Equipa de Saúde Mental Comunitária do CHBV
ajuda as equipas de Saúde das Unidades Funcionais do Centro de Saúde de Águeda a
analisar e discutir casos do foro da Saúde Mental e Psiquiátrica. Neste sentido, é
privilegiado um maior controlo do doente do foro da Saúde Mental /Psiquiatria em
situação de agudização do doente crónico ou de situações agudas que surjam, com vista à
redução/minimização do número de internamentos, melhoria dos cuidados de saúde e
melhoria da qualidade de vida dos doentes e familiares.
- O ACeS tem quatro psicólogas que realizam consultas de psicologia dirigidas às crianças até
aos 10 anos de idade, em situação de depressão, medos/fobias, problemas comportamentais e
de desenvolvimento, práticas educativas inadequadas e outras (excluem-se dificuldades de
aprendizagem), nos centros de Saúde do ACeS. Em 2014 foram efectuadas 1.607 consultas.
- Salienta-se o envio para avaliação psiquiátrica de urgência, através da emissão de mandados
de condução a 77 utentes.
- Nesta área da saúde mental estão a ser desenvolvidos diversos projectos com o objectivo de
promover a saúde mental, abordando diversas temáticas e abrangendo diversas faixas etárias.
A descrição destes projectos encontra-se no capítulo que se segue.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
153
4.7.9 Projetos de Intervenção Comunitária – Prevenção, Promoção e Proteção da Saúde
Nos Quadros 120 a 124, apresenta-se uma súmula de projetos de intervenção comunitária que
visam a prevenção, promoção e proteção da Saúde.
Os projetos estão agregados por áreas e dentro de cada área, por temas.
Identificam-se as parcerias e a população abrangida e faz-se uma breve descrição dos
objectivos, por projectos.
Integra-se esta área no eixo estratégico – Cidadania em Saúde do PNS 2012-2016, que se
considera de primordial importância.
São relevantes para a melhoria do estado de saúde, a informação, a sensibilização, a educação,
o comportamento e estilos de vida, a gestão da doença crónica, a promoção de cuidados
informais, entre outros.
Com o desenvolvimento destes projectos pretende-se desenvolver literacia em saúde e
capacitar o cidadão de forma a contribuir para a melhoria da saúde individual e coletiva.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
154
Quadro 121. Projectos de Intervenção Comunitária - Grávidas, Puérperas e pais
Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Grávidas, Puérperas e pais
Preparação para o parto e parentalidade positiva
Águeda – UCC UCC, URAP “Laços de Ternura”: * “Grupos de Apoio a recém-papás” *Grupos de Apoio ao Nascimento e Maternidade;
Sensibilizar e educar para a importância de uma gravidez ativa e saudável, de um parto consciente e de um puerpério saudável, através da promoção de aquisição de hábitos de vida saudáveis, da prática regular e segura de exercício físico, da promoção da continência urinária, higiene oral e da preparação para o nascimento. - Nº de sessões para grávidas – 72 - Nº de sessões para puérperas – 43 - Nº de reuniões - 2
Grávidas, puérperas e Recém-papás residentes no concelho de Águeda - Grávidas - 56 - Puérperas - 20 - Recém-papás- 20
Águeda – URAP UF’s do CS Águeda Terapia Aquática – Grávidas e puérperas
Preparar para um parto saudável Recuperar de forma saudável no pós-parto - Nº de sessões – 8 - Nº de reuniões - 3
Grávidas e puérperas residentes no concelho de Águeda
Albergaria – UCC UCC, Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, Juntas de freguesia de Albergaria-a-Velha
“Preparação para o parto e parentalidade” e IV Encontro de Mamãs
- 16 Sessões - IV Encontro das Mamãs – 6 horas
Puérperas residentes no concelho de Albergaria-a-Velha - Puérperas a frequentar o curso de parentalidade; n = 44 - IV Encontro das Mamãs ; n= 300
Vagos UCC
USP, UF’s do CS “Preparação para a maternidade e parentalidade – Aprender até crescer”
Sensibilizar e educar para a importância de uma gravidez ativa e saudável, de um parto consciente e de um puerpério saudável, através da promoção de aquisição de hábitos de vida saudáveis, da prática regular e segura de exercício físico, da promoção da continência urinária, higiene oral e da preparação para o nascimento. - Frequência de participação – 44%, - Taxa de satisfação – 100%
Casais grávidos residentes no concelho de Vagos n = 151
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Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Grávidas, Puérperas e pais
Preparação para o parto e parentalidade positiva
Vagos UCC
UF do CS, URAP, USP
“Preparação para o parto e para a parentalidade – Encontro com Mamãs”
Promover uma adequada preparação para o parto e para a parentalidade. - % de participantes – 18,5% das puérperas; - % de satisfação – 100%
Puérperas residentes no concelho de Vagos n = 151
Anadia - UCSP III (Anadia)
URAP Preparação para o parto e parentalidade
Promover uma adequada preparação para o parto e para a parentalidade.
Grávidas e pais
Aveiro USP, URAP “Construindo famílias” Sensibilizar e educar para a importância de uma gravidez ativa e saudável, de um parto consciente e do puerpério saudável através da promoção e aquisição de hábitos de vida saudável e da prática regular de atividade física, da promoção da continência urinária, higiene oral e da preparação para o nascimento Educação para o parto e parentalidade - Nº de Cursos – 12 - Nº de sessões – 70 Nº de reuniões – 10 Espaço de parentalidade 1 - Nº de Cursos – 9 - Nº de sessões – 52 - Organização e gestão de blogue www.construindofamilias.blogspot.com
Grávidas e pais residentes no concelho de Aveiro - Grávidas – 194 - Puérperas – 50 - Nº de visitas Blogue = 8937
Ílhavo UCC URAP “Preparação para o parto e parentalidade” e
Sensibilizar e educar para a importância de uma gravidez ativa e saudável, de um parto consciente e do puerpério saudável através da promoção e aquisição de hábitos de vida saudável e da prática regular de atividade física, da promoção da continência urinária, higiene oral e da preparação para o nascimento - Nº de Sessões Grávidas - 25 - Nº de Sessões Puérperas - 51
Grávidas, puérperas e pais residentes no concelho de Ílhavo - Grávidas – 61 - Puérperas e pais - 57
Amamentação Albergaria – UCC UCC “Criando Laços” Promover a amamentação Puérperas do concelho de Albergaria-a-Velha
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Quadro 122. Projectos de Intervenção Comunitária – Saúde Escolar
Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde Escolar Comportamentos Saudáveis
Águeda – UCC URAP “Apeadeiro da saúde” Elaboração, no blogue, de artigos e de flyers com vários temas relacionados com a saúde - Nº de artigos publicados – 10 - Nº de visitas ao blogue - 554
Parque escolar de Águeda
Promoção de atitudes posturais correctas em meio escolar
Aveiro - USP/URAP
USP/URAP Projeto Promoção de Atitudes Posturais Corretas
Sensibilizar/Educar para a promoção de atitudes posturais corretas - Nº de Agrupamentos de Escolas – 7, - Nº de sessões a professores – 2 - Nº de artigos publicados - 1
Alunos, pais e professores
Ílhavo – URAP/USP
USP/URAP Cuida as tuas costas Informar sobre as características da mochila, gestão do peso e organização do material - Nº de sessões – 5 - Nº de alunos – 94 - Nº de docentes – 7 - Nº de pessoal auxiliar – 2 - Nº de folhetos realizados - 1
Alunos do 4º Ano do EB das Escolas do concelho de Ílhavo
Ovar – URAP/USP USP/URAP Mochilas saudáveis Informar sobre as características da mochila, gestão do peso e organização do material
Alunos do 5º Ano EB n=270
Prevenção de Acidentes Rodoviários
Anadia – UCC Agrupamento de Escolas de Anadia, GNR de Anadia, Bombeiros Voluntários de Anadia
Ser Protegido Contribuir para ganhos em saúde através da redução dos fatores de risco dos acidentes rodoviários nas crianças. Promover a capacitação das crianças, dos pais/e.e. e dos profissionaois da educação para fazer face à prevenção de acidentes rodoviários
Comunidade Escolar
Saúde Escolar SaúdeOral Oliveira do Bairro USP/URAP Projeto Senhor Dente Reduzir o risco de cárie dentária na população pré-escolar Implementar a escovagem de dentes no Ensino Pré-escolar - Nº de sessões aos alunos – 56 - Nº de sessões a pais e professores – 12 - Nº de reuniões - 16
Alunos do Ensino Pré-escolar n = 354; - Nº de pais e professores – 113 - Nº utentes consultados pela HO – 73
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Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde Escolar Saúde Oral Águeda - UCC
URAP Sorrisos na Escola Promover a Saúde Oral - % de crianças das escolas aderentes ao projeto abrangidas por sessões de educação para a saúde – 100% - % de pais e encarregados de educação abrangidos por sessões – 31,3% - % de alunos que fazem a escovagem de dentes na escola todos os dias – 99,2% - % de alunos que fazem bochecho quinzenal na escola – 99,2% - % de alunos a quem foi aplicado o revelador de placa – 100% % de crianças cárie dentária do 1º e 2º Ano – 2%
Alunos 1º Ciclo do Ensino Básico n = 137
Vagos – USP USP Projeto “De Pequenino se trata o dentinho”
Promover a saúde oral Promover hábitos de higiene orais
Alunos do Ensino Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico
Ovar – UCC/URAP UCC/URAP Programa Escolhas Aumentar os níveis de conhecimento sobre saúde oral em 2 escolas do concelho de Ovar - Nº de sessões - 2
Escola EB1 da Ribeira e Centro Escolar da Regedoura n = 145
Ovar – URAP Agrupamento de Escolas
O Dentão Sabichão Promover a saúde oral Alunos do 1º Ciclo do EB
Oliveira do Bairro - USP
URAP, Centro de Atividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro
“Por um Sorriso Especial” Contribuir para a redução das desigualdades em saúde oral - Taxa de cobertura nas instituições com dos jovens e adultos com necessidades de saúde especiais – 33,3% - % jovens a quem foi feita destartarização, com alisamento radicular, polimento e aplicação de flúor, com critério – 100%
10 jovens adultos com necessidades de saúde especiais que frequentam a instituição parceira
Alimentação Saudável
Águeda – UCC UCC/USP/URAP/UCSP, Câmara Municipal de Águeda, Centro Municipal de Marcha e Corrida de Águeda
“Conta, Peso e Medida” Promover alimentação saudável e a prática de atividade física regular - Taxa de cobertura - 50,3%
Alunos e pais e encarregados de educação do 2º Ciclo do Ensino Básico do concelho de Águeda n = 216
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Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde Escolar Alimentação Saudável
Oliveira do Bairro UCC
URAP, UCSP 1, UCSP 2, ARSC, USP, Agrupamento de Escolas do Concelho de Oliveira do Bairro, Escolas Cooperativas
“Conta, Peso e Medida” Promover alimentação saudável e a prática de atividade física regular - Taxa de efectividade – 100%, - % de fóruns realizados – 50%, - % de Workshops – 100%, - Taxa de adesão – 70%.
Alunos e pais e encarregados de educação do 2º Ciclo do Ensino Básico do concelho de Oliveira do Bairro n = 268
Anadia – USP URAP, UCC “Conta Peso e Medida” Promover alimentação saudável e a prática de atividade física regular
Alunos e pais e encarregados de educação do 2º Ciclo do Ensino Básico do concelho de Anadia n = 130
Águeda – UCC
Agrupamento de Escolas
A história do Zé Valentão Promover a alimentação saudável - % de pré-escolas aderentes – 76,4% - % de crianças de pré-escolas aderentes ao projeto abrangidas por sessões de educação para a saúde – 78,7%
Alunos do pré-escolar do concelho n = 362
Murtosa USP, URAP “O que levar para a merenda da escola”
Promover a qualidade nutricional das merendas realizadas pelas crianças e jovens na escola Nº de turmas – 6 Nº de sessões para pais - 1
Alunos Pré-escolar e EB1 do concelho da Murtosa
Estarreja USP, URAP “O que levar para a merenda da escola”
Promover a qualidade nutricional das merendas realizadas pelas crianças e jovens na escola
Alunos JI e EB1 do concelho de Estarreja
ACeS BV – USP URAP e Agrupamento de Escolas, IPSS´s
Sopa.come Reduzir o sal na sopa Comunidade Escolar e Utentes de IPSS´s da área geográfica do ACeS BV
Ílhavo USP, URAP Sopas, cremes e caldinhos Promover o consumo de sopa de legumes - N.º de JI – 6 - Nº de relatórios de resultados – 6 - Nª de receitas de sopa distribuídas – 11
Crianças do Ensino pré-escolar n = 224
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Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde Escolar Alimentação Saudável
Albergaria, Aveiro USP, URAP [email protected] no intervalo Melhorar a qualidade nutricional dos alimentos disponibilizados nos bufetes escolares e nas máquinas de venda automática
Comunidade Escolar
Ílhavo – USP URAP [email protected] no intervalo Promover a oferta de alimentos saudáveis nos bufetes escolares e MVA - Nº de bufetes sujeitos a avaliação – 5 - Nº de relatórios com sugestões de melhoria elaborados - 3
Alunos do 2º, 3º CEB e Secundário
Ílhavo – USP URAP Lanches saudáveis Promover a qualidade nutricional dos lanches realizados pelas crianças na escola - Nº de Jardins de Infância (JI) – 16, - Nº de EB 1 – 18 - Nº de ciclos de avaliação dos lanches – 3 - Nº de sessões de EPS nos JI – 13
Crianças do ensino Pré-escolar e 1º Ciclo do Ens. Básico do concelho: Nº de alunos do pré-escolar – 307; Nº de alunos do 1º CEB – 854
Vagos USP Na Medida Certa Prevenir a obesidade infantil Promover de hábitos alimentares saudáveis
Alunos do ensino Pré-escolar e EB1 do concelho de Vagos
Saúde Mental Aveiro – USP/URAP
USP/ URAP “Crescer Feliz” Desenvolver competências pessoais e sociais - Nº de sessões com alunos – 11 - Nº de sessões com pais – 5 - Nº de reuniões - 6
Alunos 1º ciclo EB
Anadia – USP USP Projeto “+ Contigo” Promover a saúde na área da saúde mental Prevenir o suicídio - % de agrupamentos de escolas aderentes ao projeto – 100% - % de reuniões realizadas – 75% - % de alunos aderentes ao projeto – 100% - % de questionários preenchidos – 100%
Alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário n = 215
Oliveira do Bairro - UCC
UCC Projeto “+ Contigo” Promover a saúde na área da saúde mental Prevenir o suicídio - Aplicados 633 questionários; - Taxa de efectividade das sessões – 100% (28 sessões) - 6 crianças referenciadas à UCSP/ pedopsiquiatria do CHBV
Alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário n = 211 alunos
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Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde Escolar Saúde Mental Ílhavo – URAP Não aplicável (Re) criar a brincar
Promover a aquisição e o desenvolvimento de estratégias de coping, Prevenir situações de ansiedade patológica e violência física e/ou psicológica, sinalizando os casos existentes - Nº de Escolas abrangidas – 1; - Nº de turmas – 2 - Nº de sessões - 6
Alunos do 4ºAno da EB da Chave do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré
Comportamentos aditivos
Águeda – UCC Instituto Duarte Lemos (IDL)
“In-dependências” - Melhorar a literacia em saúde, nas áreas do consumo do tabaco e do álcool
Alunos do 2º e 3º Ciclos do IDL. Alunos - n=331; Docentes – n=36; Não Docentes – n=14
Anadia – USP URAP “In-dependências” - Sensibilizar para a importância da prevenção /tratamento dos hábitos alcoólicos e tabágicos na comunidade educativa, de modo a contribuir para a tomada de decisão consciente e responsável
Alunos do 2º e 3º Ciclos do Agrupamento de Escolas de Anadia
Águeda – USP URAP Eu e os Outros - Promover e educar para a saúde em meio escolar com impacto nas competências pessoais e no estado de saúde global dos adolescentes - Nº de Turmas abrangidas – 28 - Nº de formandos creditados (professores) – 29 - Nº de formandos não creditados (outros técnicos) - 4
Diretores de turma das turmas abrangidas e população-alvo final: adolescentes e jovens que frequentam o 5º e 6º anos nos Agrupamentos de Escolas de Águeda
Sexualidade Albergaria-a-Velha, Aveiro, Vagos
USP Projeto “ASAS” – Aprender a Sexualidade e os afetos para a saúde
Promover a adoção de atitudes e comportamentos adequados face à sexualidade
Alunos do 1º, 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário
Ílhavo e Vagos USP Projeto Saber para Ser + Promover comportamentos saudáveis no âmbito da sexualidade nos adolescentes
Alunos do Ensino Secundário
Inclusão Escolar Aveiro - URAP/USP
URAP/USP Centro de Recursos TIC para Educação Especial (CRTIC)-Eixo
Inclusão Escolar Avaliar os alunos com NEE de caráter prolongado para fins de adequação das tecnologias de apoio às suas necessidades específicas:- Nº de Relatórios – 18; - Nº de alunos monitorizados - 4
Alunos com NEE da área de abrangência do CRTIC Nº de alunos avaliados – 18
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Quadro 123. Projectos de Intervenção Comunitária – Saúde da Mulher; Saúde do Adulto e do Idoso
Área Tema CS e UF
Responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde da Mulher
Cancro da mama Aveiro - URAP USF de Aveiro MultiMAMA - Group Promover a reabilitação da mulher com cancro da mama - Nº de sessões – 8 - Nº de reuniões – 5
Nº de mulheres com cancro de mama - 20
Incontinência Urinária
Águeda e Aveiro - URAP
UF’s dos CS “Promoção da Continência Urinária”
Aumentar a literacia em saúde das mulheres com incontinência urinária de esforço, com mais de 50 anos, no sentido da sua prevenção, promoção da continência e melhoria da qualidade de vida. Reuniões preparatórias para a implementação do projeto - Nº sessões – 1 sessão/grupo - Nº de consultas 14 (a 4 mulheres) - Nº de reuniões – 4
Mulheres com incontinência urinária de esforço n = 254
Saúde do Adulto e do Idoso
Atividade Física Oliveira do Bairro - UCC
Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Juntas de Freguesia
“Não fiques parado” Promover a prática de atividade física regular. Este projeto oferece a possibilidade dos utentes realizarem atividade física, com vista a aumentar a flexibilidade, a força muscular e a coordenação motora e ainda a autonomia e independência das AVD´s. Fomenta a comunicação intergeracional e perspectiva os estilos de vida saudáveis. - Taxa de efetividade do projeto de 100% - Taxa de adesão de 54% - Taxa cobertura do projeto por freguesia – 100%
n = 129
Saúde Mental Albergaria-a-Velha - URAP
UCSP, Junta de Freguesia de Alquerubim, ASSA
“Conhecer para intervir/ Saúde e ação social”
Identificar utentes em risco de saúde ou social, Facilitar a acessibilidade aos CSP Supervisionar a adesão à medicação, Agilizar a atribuição de ajudas técnicas em parceria com a ESF e a Segurança Social
Utentes do Pólo de Saúde e freguesia de Alquerubim
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Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde do Adulto e do Idoso
Saúde Sexual Aveiro USP Aveiro Intervenção Comunitária com “Trabalhadores do Sexo” Unidade Móvel
Reduzir riscos e minimizar danos - Taxa de cobertura vacinal – 70%
- Taxa de cobertura de utentes rastreadas para VIH/Sida – 100% - % de utentes a quem foram distribuídos preservativos – 100% - % de utentes a quem se realizou educação para a saúde – 100% - N.º de contactos realizados por ano pela Equipa de saúde - 120
Trabalhadoras do Sexo n = 36
Hipertensão Arterial
Oliveira do Bairro - UCC
UCSP 1, UCSP2 Oliveira do Bairro, URAP, Instituto de Educação e cidadania da Mamarrosa
“Coração Saudável” Reduzir os riscos e complicações relacionadas com a Hipertensão Arterial - Taxa de adesão dos hipertensos – 64% - Taxa de satisfação com o projeto – 100% - Nº de sessões – 4 (URAP)
Hipertensos do Concelho de Oliveira do Bairro n = 25
Sever do Vouga - UCC
UCC, UCSP Sever do Vouga
“Menos sal mais sabor à vida”
Reduzir os riscos e complicações relacionadas com os fatores de risco cardiovasculares Aumentar os conhecimentos sobre estilos de vida saudáveis
População inscrita no CS de Sever do Vouga com fatores de risco cardiovasculares N = 2743
Diabetes
Albergaria-a-Velha - UCC
USF D. Tereza Diabetes – Comemoração do Dia Mundial da Diabetes
Promover estilos de vida saudáveis 50 participantes da comunidade adulta residente no concelho
Ílhavo – UCC URAP
“Caminhar para o Equilíbrio” Capacitar um grupo de diabéticos para obterem um melhor controlo da sua doença - Nº de sessões – 13; - Nº de reuniões – 3 - Nº de folhetos realizados - 1
Diabéticos tipo 2 - Nº de utentes – 17
Oliv. Bairro – UCC UCSP1, UCSP2, URAP, Instituto da Educação e Cidadania da Mamarrosa, Laboratório Lilly , CM Oliv. Bairro e Juntas de freguesia
“Caminhar para o Equilíbrio” Capacitar um grupo de diabéticos para obterem um melhor controlo da sua doença - Taxa de efetividade – 100%, Nº de diabéticos abrangidos pelo projeto “CPoE” – 45 diabéticos; Taxa de adesão dos diabéticos ao projeto “CPoE”- 75,6%; Taxa de satisfação – 100%
Diabéticos tipo 2
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163
Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde do Adulto e do Idoso
Diabetes
Águeda – UCC USF Águeda + Saúde, UCSP Águeda 5, URAP, CM Águeda, Centro Municipal de Marcha e Corrida de Águeda
“Caminhar para o Equilíbrio” - Capacitar um grupo de diabéticos para obterem um melhor controlo da sua doença - Taxa de Cobertura do Programa – 1,8% - Taxa de Adesão – 69,2% - Taxa de efetividade – 94,4% Taxa de efetividade após o follow-up – 80%
Diabéticos tipo 2 residentes no concelho de Águeda n=18
Sever Vouga - UCC
UCC, UCSP; Fundação Edite Matos “Mão Amiga”
“Caminhar para o Equilíbrio” Capacitar um grupo de diabéticos para obterem um melhor controlo da sua doença % de cursos realizados – 100% Taxa de adesão ao programa – 85%; Taxa de cobertura – 11%
Diabéticos do concelho de Sever do Vouga n = 80
Aveiro USP/URAP “Mexer com a Diabetes” Educação para saúde e capacitação em doentes com Diabetes Mellitus tipo 2 Nº de grupos – 4 Nº de sessões – 20 Nº de sessões de avaliação dos parâmetros biométricos – 8 Nº de reuniões – 6
Diabéticos tipo 2 n = 33
Autonomia/Independência
Sever do Vouga - UCC
UCSP/Juntas de Freguesia
“Capacitar para bem-fazer” Formações, de prevenção de quedas e alterações específicas do domicílio, ensino de postura correcta, para minimizar lesões osteoarticulares. Educação para a Saúde - Alimentação. - % de utentes dependentes/cuidadores com Escala de Barthel e Zarit aplicadas – 60%; % de cuidadores principais que participaram nas sessões de Educação para a saúde – 80%
Cuidadores principais das pessoas em situação de dependência em contexto domiciliário no concelho de Sever do Vouga
Albergaria-a-Velha - UCC
UCC, URAP e CM Albergaria-a-Velha e Cine - Teatro Alba
Semana Idade Maior – À Conversa sobre Saúde com a UCC
Promover o envelhecimento ativo 500 participantes seniores da comunidade residente do concelho
Albergaria-a-Velha - UCC
UCC Formar para Capacitar – Cuidar e Saber Cuidar-se
Capacitar os cuidadores informais de dependentes
Cuidadores da freguesia de Alquerubim n = 10
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Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde do Adulto e do Idoso
Autonomia/Independência
Ílhavo – UCC URAP Cuidar Melhor Sensibilizar para a postura corporal e prevenção de lesões Estimular funcional e multissensorialmente Informar sobre os cuidados com a alimentação - Nº de sessões - 2
Cuidadores formais dependentes n = 13
Anadia – UCC IPSS´s do concelho Exercitar para não esquecer Melhorar o nível de cognição dos idosos Idosos residentes co concelho de Anadia
Vagos – UCC UCC Formar para melhor cuidar Capacitar os cuidadores informais de dependentes - % de participação dos cuidadores – 66,67% - Taxa de satisfação – 100% Nº de reuniões – 4 - Nº de sessões – 8 - Nº de Grupos - 2
8 cuidadores informais de doentes dependentes
Ovar UCC
URAP/UCC “Juntos no Cuidar” Capacitar para cuidar de pessoas em situação de dependência: cuidadores formais e informais/familiares de pessoas dependentes
Cuidadores formais e informais de pessoas dependentes
Oliveira Bairro - UCC
URAP, USP, UCSPI, UCSPII e Universidade Sénior de Oliveira do Bairro
“Sol Poente” Promover um envelhecimento ativo, com vista à melhoria dos conhecimentos os mesmos e uma reflexão afetiva sobre as atitudes com vista a estilos de vida saudáveis. - Realizadas 17 sessões, com uma taxa de cobertura de 100%. - Grau de satisfação com o projeto pelos utilizadores de 95%.
Idosos e alunos Universidade Sénior n = 16
Saúde Oral Ílhavo - USP/URAP
USP/URAP Saúde oral para ASI/RSI Sensibilizar, melhorar conhecimentos e comportamentos sobre higiene oral - Nº sessões - 2
Nº de participantes - 26
Albergaria – USP USP, URAP, APPACDM, ASSA, PROBRANCA e Santa Casa da Misericórdia
“Boca saudável no Idoso” Sensibilizar para as principais patologias orais, fatores causais e principais medidas preventivas - Nº de Rastreados – 130; Nº IPSS- 4
Utentes Seniores de lares ou Centros de dia de IPSS´s - 130
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Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde do Adulto e do Idoso
Saúde Oral
Oliveira Bairro URAP “Sorrisos Séniores”
Sensibilizar para a importância da saúde oral no idoso; - Nº de sessões – 8;- Nº de reuniões – 5 - Nº utentes consultados pela higienista oral - 25
Idosos n = 48
Estarreja – URAP USF, Universidade Sénior de Estarreja
Saúde Oral no Sénior Sensibilizar e educar para a saúde oral no sénior Alunos da Univ. Sénior de
Estarreja; n = 12
Ovar URAP “Saúde Oral no Idoso” Capacitar os idosos para a Saúde Oral Utentes Centro de Dia de
Maceda e Habitovar
Obesidade Ovar e Estarreja URAP 100 Obesidade
Corrigir hábitos alimentares, através da adoção de hábitos alimentares saudáveis e do aumento da motivação, para promover a consequente perda de peso. - Nº sessões – Ovar – 15; - Nº sessões – Estarreja – 17
Adultos com obesidade
Violência Doméstica
Anadia – UCC
CM Anadia, GNR, Segurança Social, CPCJ, IPSS´s; Hospital da Misericórdia José Luciano Castro
Voz em Rede – Rede Integrada Concelhia de Luta Contra a Violência doméstica
Promover ações e colaborar com as entidades competentes tendo em vista a deteção dos fatos e situações que afectam os direitos e interesses da vítima, ponham em perigo a sua segurança, saúde, formação ou educação ou se mostrem desfavoráveis ao seu desenvolvimento e inserção social; Definir um plano de intervenção concelhio de luta contra a violência doméstica
População residente no concelho de Anadia e profissionais da área da saúde e social
Águeda – URAP USP “Escutar os silêncios”
Criar uma rede de parceiros de intervenção local contra a violência doméstica - Nº de parceiros envolvidos - 16
Instituições envolvidas na prevenção da violência doméstica
Demência
Anadia – UCC Rede Social de Anadia
Doente Mental na Comunidade
Promover maior adesão à terapêutica, melhorar o funcionamento social e bem-estar do doente e das suas famílias, contribuindo também para a redução de recaídas e consequentes internamentos
Doente mental e família do concelho de Anadia
Aveiro – URAP USF Salinas “Pró-Famílias-Demência”
- Facilitar uma adequada adaptação da família à doença crónica de um dos seus membros, promovendo a sua qualidade de vida. Promove igualmente a comunicação entre a família, os profissionais e os sistemas formais de apoio. Nº Sessões - 8
Grupo de cuidadores informais de pessoas com demência
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166
Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Adultos e Idosos
Comunidades Vulneráveis
Aveiro USP Projeto “Entresendas”
Dotar as comunidades ciganas de Ervideiros de competências pessoais, sociais, escolares e/ou profissionais que permitam a sua inserção social, num contexto de interculturalidade e de desenvolvimento da consciência e pertença cívica.
Comunidade cigana em Ervideiros n = 110 alunos
Ovar - UCC
UCC, NLI de Ovar, Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Ovar
Grupos Étnicos
Capacitar os alunos de etnia cigana beneficiários do RSI para a inclusão escolar e cidadania na escola Capacitar para a adopção de estilos de vida saudáveis % de alunos presentes nas Sessões de Educação para a Saúde (SES) – 90% % de encarregados de educação presentes nas SES – 14% % de SES realizadas nas escolas – 100%
Grupos Étnicos a frequentar as escolas
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
167
Quadro 124. Projectos de Intervenção Comunitária – Comunidade
Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Comunidade
Espaços Envolventes
Aveiro USP/URAP Câmara Municipal de Aveiro e ESSA
Parque da sustentabilidade- CM
Colaborar no desenho de circuitos de manutenção e a sua dinamização
Comunidade
Promoção de estilos de vida saudáveis
Águeda – UCC
USF Águeda + Saúde, UCSP Águeda 5, IEFP Águeda
Olha pela tua Saúde - Capacitar os jovens/adultos para adquirir comportamentos salutogénicos - % de população abrangida – 67,8%
Alunos, Pessoal docente e não Docente do IEFP n = 164
Águeda – UCC
USF Águeda + Saúde, UCSP Águeda 5, IEFP Águeda
Ser mais Ativo Promover estilos de vida saudáveis - % de utentes convocados para o aconselhamento – 31,9% - % de utentes aderentes ao aconselhamento – 92,1% - % de utentes com aconselhamento em saúde – 80%
Todos os utentes inscritos no Centro Municipal de Marcha e Corrida de Águeda
Comunidade Promoção de estilos de vida saudáveis
Águeda – UCC USF Águeda + Saúde, URAP,UCSP Águeda 5, CERCIAG
Saúde em Movimento
- Promover estilos de vida saudáveis - % da população abrangida – 0,05%
Utentes da CERCIAG n = 51
Águeda – UCC
USF Águeda + Saúde, UCSP Águeda 5, URAP, CM Águeda, Centro Municipal de Marcha e Corrida de Águeda, GICA
Feira da Saúde - Promover estilos de vida saudáveis, através das seguintes atividades: - Vamos saber mais sobre alimentação saudável para a pequenada; - Conversas com a saúde: Diabetes e HTA; - Show Cooking: venha aprender a cozinhar de forma saudável, e merendas saudáveis para a pequenada, - Desporto no Verão com boa protecção, - Cãominhada; - Hora do conto: Brinca e aprenda com o Zé Pintas; - Rastreio da pele; - Sessão sobre cancro da pele; - Alimentação saudável na praia; - Ateliê da saúde; Slide show; Viva saudável
População frequentadora do evento AGITÁGUEDA
Albergaria-a-Velha - UCC
Centro Municipal de Marcha e Corrida; CMl
Comemorações do Dia Mundial do Coração
Promover estilos de vida saudáveis 500 participantes da comunidade residente ou trabalhadora do concelho
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
168
Quadro 125. Projectos de Intervenção Comunitária – Saúde Infantil
Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Sever do Vouga - UCC
UCSP
“Menos sal mais sabor a vida”
Promover estilos de vida saudáveis % de utentes com fator de risco que aderiram ao programa – 68% - % de utentes que no final de cada ano tenham aumentado o grau de conhecimentos sobre doenças cardiovasculares – 100%
População inscrita no CS com fatores de risco cardiovascular
CS Murtosa – UCC
URAP, UCSP, Santa Casa da Misericórdia da Murtosa
“Saúde em Movimento”
Integrado no projeto e no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Diabetes, foi realizada uma atividade com vista à sensibilização para estilos de vida saudáveis na Comunidade.
138 utentes da comunidade
Área Tema CS e UF
responsável UF/ Parcerias Projetos Objectivo/Descrição População
Saúde Infantil Apoio Social Murtosa e Estarreja
URAP, UCSP I e UCSP II e USF
Juntos vamos oferecer 100.000 refeições
Apoiar a nível das refeições para crianças carenciadas
Famílias carenciadas com crianças entre os 0 e os 3 anos. N.º de agregados familiares – 22. Nº. de crianças - 25
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
169
4.8 REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
São objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma
continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em
situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na
recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua
funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra.
O desenvolvimento orgânico - funcional da Rede tem por base a equipa coordenadora local
(ECL) e a equipa prestadora local (ECCI), em articulação com a equipa coordenadora regional
(ECR).
Equipa Coordenadora Local
No ACeS estão criadas 3 ECL, respectivamente em Águeda, Ílhavo e Ovar, e desenvolvem as
seguintes atividades:
- Asseguram e promovem os fluxos de referenciação dos utentes da rede, sob prévia
autorização da ECR (Equipa Coordenadora Regional) sobre o ingresso e mobilidade dos
utentes da sua área de actuação;
- Fazem a articulação com as unidades da rede após aprovação da ECR;
- Fazem a articulação com as equipas da rede a nível local sobre o ingresso e mobilidade
dos utentes;
- Fazem a avaliação dos critérios de referenciação constantes das propostas de
admissão elaboradas pela EGA, pelos elementos sinalizadores do domicílio da sua área
de modo a determinar, num período não superior a 48 horas, a admissão ou
readmissão do utente numa das unidades ou equipas da rede, sob prévia autorização
da ECR;
- Fazem os cálculos de custos e assegura o consentimento informado do utente quando
referenciado para uma unidade de média ou longa duração num prazo não superior a
48 horas;
- Sob prévia autorização da ECR, asseguram, sempre que excedido o período de
internamento máximo previsto do utente na unidade, a sua continuidade ou
transferência na respectiva unidade ou outra;
- Após a alta do utente, promovem, consoante os casos, a sua admissão em outra
unidade ou equipa da rede, ou a preparação do seu regresso ao domicílio;
- Elaboram os relatórios de execução e planos anuais e submetem-nos nos à aprovação
da ECR;
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
170
- Informam as estruturas dos Centros de Saúde da sua área sobre os recursos da rede;
- Promovem o estabelecimento de parcerias para a prestação de cuidados continuados
de proximidade;
- Asseguram o sistema de informação, tendo criado suportes informáticos específicos
que permitem de forma célere aceder à informação de cada utente. Todo o
encaminhamento, integração, internamento e alta do utente é registado e analisado
no aplicativo GestCare®;
- Analisam e aprovam as solicitações de transporte através do sistema SGTD;
- Reúnem mensalmente com as EGA’s e equipas prestadoras da sua área de influência;
- Promovem trimestralmente uma auditoria (através duma grelha fornecida pela ECR) às
Unidades Prestadoras da sua área de influência.
• Equipas de Cuidados Continuados Integrados
As Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) são de âmbito concelhio e integram-se
nas Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), direccionam a sua intervenção
multidisciplinar a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal, ou em
processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não requer
internamento.
Estão constituídas 9 ECCI, com 100 vagas em que 9 são de cuidados paliativos, que dão
resposta aos concelhos de Águeda, Albergaria -a- Velha, Anadia, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do
Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.
Quadro 126. Distribuição do nº vagas de ECCI, por Centro de Saúde, em 2014
Águeda Albergaria Anadia Ílhavo Murtosa O. Bairro Ovar Sever Vagos Total
vagas
15(2)* 10 20(5)* 5 10(2)* 10 10 10 10 100(9)
*Vagas cuidados paliativos
No quadro 126 apresenta-se um conjunto de resultados dos indicadores de atividade das
ECCI’s.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
171
Quadro 127. Resultados de indicadores ECCI por Centro de Saúde
Numerador/Denominador/Indicador Águeda
Alb-a-Velha
Anadia Ílhavo Murtosa Oliveira
do Bairro Ovar
Sever Vouga
Vagos
N Nº de pessoas admitidas no Programa ECCI, no período em análise - - - - - - - - -
D Nº de pessoas definidas no compromisso assistencial no Programa ECCI, no período em análise
- - - - - - - - -
I Taxa de Ocupação 84,7 75 35 71,9 95 80,5 70 59 60
N Nº de pessoas com pelo menos um contacto no serviço UCC, com programa ECCI associado, no período em análise a quem não foi documentado o diagnóstico de enfermagem UP presente com origem no domicílio com data posterior à data de início do DE Risco de UP em que exista pelo menos uma intervenção no âmbito da Prevenção de UP
27 SD 2
19
15 25 30 SD 17
D Nº de pessoas com pelo menos um contacto no serviço UCC, com programa ECCI associado, no período em análise a quem foi documentado o DE Risco de UP
27 SD 19 19 18 25 30 SD 19
I Taxa de eficácia na prevenção de UP 100 100 10,5 100 83,3 100 100 95 89,5
N Nº de pessoas com pelo menos um contacto no local domicílio, no serviço UCC, com Programa ECCI associado, realizado nas primeiras 24 horas após admissão no programa
37 21 20 19 17 18 30 19 24
D Nº de pessoas admitidas na ECCI no período em análise 37 21 21 19 18 19 30 20 36
I % de pessoas com visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24 horas após admissão na ECCI
100 100 95,2 100 94,4 94,7 100 95 66,7
N Nº de pessoas admitidas no programa ECCI e no serviço UCC, a quem foi documentada uma modificação positiva na opinião clínica em elo menos um autocuidado no período em análise comparativamente ao grau de dependência documentado no momento inicial da identificação do fenómeno de enfermagem
16 SD 21 3 13 8 SD 4 12
D Nº de pessoas admitidas na ECCI, no período em análise, a quem foi identificada dependência em algum autocuidado
34 SD 21 19 18 20 SD 20 36
I Ganhos em independência nos autocuidados 47 100 15,8 72,2 40 20 20 33,3
N Nº de pessoas admitidos no serviço UCC, num determinado período de tempo, em que foi documentado o DE papel de prestador de cuidados adequado, com data posterior à data de inicio do DE papel de prestador de cuidados não adequado, e que exista pelo menos uma intervenção realizada que contribua para a resolução do diagnóstico
21 SD 21 6 1 6 SD 15 2
D Nº de pessoas admitidas na ECCI, no período em análise, a quem foi documentado o DE papel de prestador de cuidados não adequado, no período em análise
31 SD 21 6 2 10 SD 18 6
I Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado 67,7 - 100 100 50 60 60 83 33,3
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
172
Apresenta-se de seguida uma análise mais detalhada dos indicadores.
No Quadro 127 e Figura 43, verifica-se que o Concelho da Murtosa, seguido do de Águeda, são
os que apresentam uma taxa de ocupação mais elevada.
Figura 43. ECCI - Taxa de ocupação
Fonte: UCC
Relativamente à taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão, pode-se constatar que
Águeda, Albergaria-a-Velha, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Ovar apresentam neste indicador uma
taxa de 100% de eficácia - Figura 44
Figura 44. Taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão do Programa ECCI
Fonte: UCC
Na Figura 45, relativa à proporção de pessoas com visitação domiciliária de enfermagem nas
primeiras 24 horas após admissão na ECCI, verifica-se que em todos os concelhos a taxa ou é
de 100% ou aproxima -se dela, com excepção do concelho de Vagos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
173
Figura 45. % de pessoas com visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24 horas após admissão na ECCI
Fonte: UCC
No que se refere aos ganhos em independência nos autocuidados (%), no âmbito das ECCI
constata-se que existe grande disparidade entre os concelhos. Destaca-se neste indicador o
concelho de Anadia com um resultado de 100% (Figura 46).
Figura 46. Ganhos em independência nos autocuidados (%), no programa ECCI
Fonte: UCC
A taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado, apresenta também
alguma heterogeneidade, destacando-se os concelhos de Anadia e Ílhavo com melhores
resultados.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
174
Figura 47. Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%), no programa ECCI, por concelho do ACeS em 2014
Fonte: UCC
As ECCI integram profissionais da URAP pelo se apresentam algumas das atividades, por área
profissional (Quadro 128).
Quadro 128. Número de visitas domiciliárias realizadas segundo o grupo de profissional
Área Visitas domiciliárias
Fisioterapia 769
Higiene oral 39
Nutrição 44
Psicologia 141
Serviço Social Atendimentos 281
Visitas domiciliárias 577 Fonte: Relatório URAP 2014
Equipa de Referenciação/Equipa de Gestão de Altas (EGA) - Rede Nacional de Cuidados
Continuados: Esta equipa que é multiprofissional participa nas reuniões da Equipa
Coordenadora Local, faz o diagnóstico inicial da situação, elabora informações. Sempre que
solicitado, presta apoio e informação sobre os procedimentos para encaminhamento para a
RNCCI, aos profissionais de saúde. Estes profissionais fazem avaliações e encaminhamento.
No quadro seguinte apresenta-se um resumo das principais atividades desenvolvidas.
Quadro 129. Atividades da Equipa de Referenciação
Atividades Nº
Atendimento de Utentes 828
Visitas Domiciliárias 526
Informações Sociais/ Pareceres 457
Reuniões ECL 66 Fonte: ACeS, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
175
4.9 ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE
O acesso aos cuidados de saúde define-se como a obtenção de cuidados de qualidade
necessários e oportunos, no local apropriado e no momento adequado.
A reforma dos cuidados de saúde primários, formalmente desencadeado com a Resolução do
Concelho de Ministros n.º 157/2005, publicada no Diário da Republica – 1.ª Serie B, de 12 de
Outubro de 2005, e a que foi, depois, dada sequência legislativa e operacionalização prática, é
um factor determinante da modernização do Serviço Nacional de Saúde com vista a uma maior
cidadania, equidade e acesso, qualidade e baseada numa aposta assente em políticas
saudáveis (Eixos do Plano Nacional de Saúde).
Esta reforma centra-se na reorganização dos centros de saúde de modo a prestarem cuidados
personalizados e em continuidade. Pretende-se aproximar a prestação de cuidados de saúde à
população, promovendo a resposta às necessidades preferencialmente pelo próprio médico de
família e de forma a rentabilizar os recursos físicos e humanos, tendo como objectivo não só
ganhos mas também valor em saúde.
- Foram constituídas em 2014 3 USF, concretamente a USF Laços (Ovar), USF Leme (Ílhavo) e a
USF Atlântico Norte (Ílhavo). Quanto às UCC foi constituída mais uma a UCC Aveiro.
O ACeS dispõe de um conjunto de aplicações informáticas fornecidas pelo Ministério da
Saúde/Administração Central do Sistema de Saúde, IP que estão identificadas no quadro.
Quadro 130. Aplicações informáticas em uso no ACeS, em 2014
1. BAS - Benefícios Adicionais Saúde
2. eagenda - Marcação Eletrónica de Consultas
3. MARTA
4. MIM@UF - Módulo de Informação e Monitorização das UF
5. RHV - Sistema Informático de Recursos Humanos
6. GESTCARE - Rede Nacional Cuidados Continuados Integrados
7. PEM – Prescrição Eletrónica de Medicamentos
8. RNU - Registo Nacional de Utentes
9. SAM - Sistema de Apoio ao Médico
10. SAPE - Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem
11. SGSR (SIM-CIDADÃO) - Sistema de Gestão de Sugestões e Reclamações
12. SGTD - Sistema de Gestão de Transporte de Doentes
13. SIARS - Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde
14. SICA - Sistema de Informação para a Contratualização e Acompanhamento
15. SICO – Sistema de Informação dos Certificados de Óbito
16. SICTH - Sistema de Informação da Consulta a Tempo e Horas ("Alert P1)
17. SINUS - Sistema de Informação de Unidades de Saúde
18. SISO - Sistema Informático para a Saúde Oral
19. SINAVE – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
20. CENTRALGEST - Sistema Informático de Cobranças de Taxas Moderadoras
21. SGR - Sistema de Gestão de Reembolsos
22. SIIMA RASTREIOS
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
176
- O ACeS tem alguns edifícios e equipamentos com elevado estado de degradação e algum
equipamento obsoleto. Destaca-se, nomeadamente os equipamentos informáticos e viaturas,
que são insuficientes para as atividades desenvolvidas pelas unidades funcionais,
nomeadamente nas visitas domiciliárias.
Salienta-se que, actualmente os sistemas de informação são imprescindíveis mas, não
permitem a interoperabilidade entre eles o que provoca menor eficácia, por parte das
equipas profissionais.
- Segurança e salvaguarda da confidencialidade da informação - No que se refere aos
métodos e parâmetros de segurança e salvaguarda da confidencialidade da informação
respeitante aos utentes, existem procedimentos de segurança:
- Cada utilizador pode alterar a sua senha sempre que o entender;
- São feitos backups diários e semanais, conforme padronização, e existe sistema antivírus
devidamente actualizados nos postos de trabalho e nos servidores.
- Existe um sistema de permissões diferenciado por profissionais e cargos, onde cada
utilizador, só pode aceder à informação que lhe for permitida. Este acesso a informação fica
sujeita a registo, sendo possível identificar o acesso à informação através da chave do
utilizador.
- Acesso - Em 2014, os tempos máximos de resposta, os tempos de resposta garantidos e os
tempos de resposta em função do tipo de cuidados ou níveis de acesso, foram sempre que
possível cumpridos. Salienta-se que nas USF estes tempos foram cumpridos e por vezes
antecipados, estando definidos em Regulamento Interno das mesmas.
Foi divulgada informação para as UF sobre a afixação dos Tempos de Resposta Garantidos,
conforme o previsto na Portaria n.º 1529/2008 de 26 de Dezembro.
Existem guias de acolhimento do utente, em todas as USF.
- REGULAÇÃO INTERNA, ORGANIZAÇÃO E CONTROLO INTERNO –
De seguida apresenta-se alguns aspectos de regulação interna, organização e controlo interno
com reflexo no acesso aos cuidados de saúde:
- O Regulamento Interno do ACeS;
- Plano e Relatório de Atividades que incluem pontos relacionados com a matéria do acesso;
- Existência de documentos (Regulamentos/Manuais de Procedimentos) com afinidade
temática com o acesso:
Gestão de doentes – Orientação,
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
177
Serviço Social – Orientação,
Serviço Financeiro – Manual de procedimentos,
Aprovisionamento - Manual de procedimentos,
Gestão de Recursos Humanos - Manual de procedimentos,
Regulamento Interno,
Manual de articulação inter-unidades e ACeS
Higienização de instalações e equipamentos - Manual de procedimentos
Gestão de Resíduos Hospitalares - Manual de procedimentos e glossário.
Carta Dos Direitos De Acesso - Quanto à Carta Dos Direitos De Acesso estão implementadas
diversas medidas:
- Estão definidos pelo ACeS e de acordo com o departamento de contratualização, indicadores
de resultado nas componentes do acesso, qualidade, eficiência e produção.
- Os indicadores de resultado direccionados ao acesso são utilizados em todas as Unidades
Funcionais e dentro de cada uma a todos os profissionais.
- O ACeS faz a monitorização dos indicadores e respectiva análise e divulgação às unidades
funcionais.
- Existem reuniões do Diretor Executivo, Conselho Clínico e da Saúde e UAG com as Unidades
Funcionais para apresentação e análise da informação sobre os indicadores. Existem também
reuniões e contactos com o Departamento de Contratualização da ARSC sobre questões
relacionadas com os indicadores e sistemas de informação.
- As reclamações e/ou sugestões relativas ao acesso são objecto de tratamento próprio.
- As sugestões e reclamações ou outras formas de participação dos utentes/cidadãos na
melhoria do acesso são integradas na avaliação e medidas de correcção.
- As reclamações, sugestões e comentários foram comunicados à Direcção Geral da Saúde, no
âmbito do projecto “SIM Cidadão”.
Seguidamente apresenta-se alguns resultados do trabalho desenvolvido no âmbito do
Gabinete do Cidadão, que em muito contribui para melhorar a equidade, o acesso e a
qualidade dos serviços.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
178
Gabinete do Cidadão
O Gabinete do Cidadão insere-se nos serviços de apoio ao ACeS e funciona na dependência do
Diretor Executivo do ACeS Baixo Vouga.
O Gabinete do Cidadão é composto por uma equipa multidisciplinar constituída por Técnicos
Superiores de Serviço Social e outros profissionais de saúde que possam vir a ser cooptados. A
equipa é coordenada por um dos seus elementos, nomeado pelo Diretor Executivo do ACeS.
São os profissionais responsáveis do Gabinete do Cidadão em cada Centro de Saúde, a quem
cabe receber as Sugestões, Reclamações e Elogios/Agradecimentos dos utentes do SNS,
devendo igualmente prestar-lhes informações sobre os seus direitos e deveres. O tratamento
das exposições foi efectuado através do registo no Sistema de Gestão de Sugestões e
Reclamações (SGSR) do programa “Sim-Cidadão”.
O gabinete do cidadão em si dá resposta aos três dos quatro eixos estratégicos do Plano
Nacional de Saúde 2012/2016, que são o acesso, a qualidade e a cidadania.
No âmbito do Gabinete do Cidadão do ACeS BV, em 2014, foram atendidos 784 utentes e
recebidas 496 exposições, das quais 424 foram reclamações. Das 482 exposições formalizadas
no ano, 390 foram resolvidas até ao final do ano avaliado e ficaram pendentes 92. O Tempo
médio de todas as reclamações do ano, resolvidas/respondidas foi de 30 dias.
Quadro 131. Atividades desenvolvidas pelo Gabinete do Cidadão do ACeS, no ano 2014
Fonte: Gabinetedo Cidadão, 2014
Conforme se pode verificar no Quadro 132, a maior percentagem das exposições deu entrada
através do livro de reclamações com 88% (424), seguida de carta/e-mail com 8,9% (43) e com a
menor percentagem pela caixa de sugestões com 3,1% (15).
Do total de exposições (496), 482 foram reclamações, 3 foram sugestões e 11 elogios.
Quadro 132. Percentagem de exposições de acordo com o tipo de exposição e a sua origem, no ACeS BV, no ano 2014
Tipo de exposição
Origem da Exposição
Livro Reclamações
Caixa sugestões
Carta/Email Total
Reclamações 424 15 43 482
Sugestões 0 3 0 3
Elogios 0 0 11 11
Total 424 18 54 496
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2014
Gabinete Cidadão do
ACeS
Atividades N
Atendimento de Utentes 784
Número de Exposições 496
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
179
Verifica-se que as reclamações são, em maior número, relativas às consultas médicas com 294
(205 em 2013) seguidas dos órgãos de Direcção com 90 e dos serviços administrativos com 54
(90 em 2013).
Salienta-se a existência de 9 elogios para os serviços administrativos, 3 para as consultas
médicas e 1 para outros serviços (Quadro 133).
Quadro 133. Número de exposições de acordo com o serviço visado, no ACeS BV, no ano 2014
Tipo de exposição
Serviço Visado
SAP / AC Consultas Médicas
Cuidados Enfermagem
Órgãos de Direcção
Serviços Administrativos
Outros Total
Reclamações 24 290 13 90 54 11 482
Sugestões 0 1 0 0 1 1 3
Elogios 0 3 0 0 9 1 11*
Total 24 294 13 90 64 13 496
*O(s) elogio(s) foram dirigidos a mais do que um serviço Fonte: Gabinete do Cidadão, 2014
Constata-se que o grupo profissional mais visado, foi o dos médicos (215), seguido do grupo
dos dirigentes (157), dos assistentes técnicos (79), dos enfermeiros (34) e com um valor
residual os assistentes operacionais (1) - Quadro 134.
Foram recebidos 11 elogios em que alguns foram referentes a mais do que um grupo
profissional, sendo o grupo profissional dos assistentes técnicos os que receberam mais
elogios.
Registaram-se três sugestões, duas atribuídas aos dirigentes e uma aos assistentes técnicos.
Quadro 134. Número de exposições de acordo com o grupo visado, no ACeS BV, no ano 2014
Tipo de exposição
Grupo Profissional Visado
Dirigentes Médicos Enfermeiros Assistentes
Operacionais Assistentes
Técnicos Outros
Total
Reclamações 157 212 33 0 69 11 482
Sugestões 2 0 0 0 1 0 3
Elogios 3 1 1 9 0 11*
Total 159 215 34 1 79 11 496
*O(s) elogio(s) foram dirigidos a mais do que um grupo profissional Fonte: Gabinete do Cidadão, 2014
No que concerne à área/problema apresentado pelo cidadão, como se pode verificar no
quadro abaixo, a área mais reportada pelos cidadãos foi a relacionada com a prestação de
cuidados de saúde, seguida dos actos administrativos/gestão, e a relacional/comportamental e
das infraestruturas/Amenidades.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
180
Quadro 135. Número de exposições de acordo com o tipo de exposição e a área/problema apresentado pelo cidadão, no ACeS BV, no ano 2014
4. Área/Problema apresentado pelo cidadão Tipo de Exposição
Reclamação Sugestão Elogio
Prestação de cuidados de Saúde 4
Cuidados desadequados 24 0
Doentes sem Cuidados 207
Tempo de espera para cuidados 49
Total 280 0 4
Actos Administrativos/Gestão 3
Procedimentos 76 1
Sistema de Informação 23
Leis,regras e normas 29
Total 128 1 3
Relacionais/Comportamentais 4
Atendimento 55
Total 54 0 4
Infraestruturas/Amenidades
Cuidados hoteleiros 0
Instalações e equipamentos 21 2
Total 21 0 0
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2014
No quadro seguinte apresenta-se as medidas que foram adoptadas na sequência da
apresentação das exposições. A medida adoptada mais utilizada foi o pedido de desculpas
(283). Em 81 reclamações não havia irregularidades no serviço, pelo que se pode concluir que
não se justificavam.
Quadro 136. Tipologia das medidas adoptadas na sequência da exposição apresentada pelo cidadão, no ACeS BV, no ano 2014
Medidas adoptadas (Consequências) Tipo de Exposição
Reclamação Sugestão Elogio Total
Anulada pelo utente 9 0 0 9
Pedido de desculpas 283 0 0 283
Bom desempenho profissional (Elogios) 0 0 11 11
Inexistência de comportamento incorrecto - profissionais 6 0 0 6
Inexistência de irregularidades no serviço 81 0 0 81
Recomendações aos profissionais visados 5 0 0 5
Introdução de alterações nos serviços visados 6 0 0 6
Envio ao Conselho Clínico do ACeS 4 0 0 4
Envio à UAG do ACeS 3 0 0 3
Envio à DIE da ARS Centro 0 0 0 0
Envio ao Gabinete Jurídico e do Cidadão da ARS Centro 1 0 0 1
Envio ao Presidente do Conselho Diretivo da ARS Centro 0 0 0 0
Inconclusiva por falta de provas 0 0 0 0
Outro 0 0 0 0
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2014
A média de reclamações no ACeS foi de 1,2%o utentes inscritos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
181
O Centro de Saúde com menor proporção de reclamações foi o da Murtosa com 0,44 por mil
utentes inscritos (%o) seguido do de Albergaria-a-Velha com 0,5%0.
O Centro de Saúde com maior proporção de reclamações foi o de Aveiro com 2,8%o seguido do
de Ílhavo com 1,98%o.
Quadro 137. Proporção de exposições apresentadas pelo cidadão, de acordo com o tipo de exposição e o centro de saúde visado, no ACeS BV, no ano 2014
Centro de Saúde Visado Tipo de Exposição %o
Reclamações/ inscritos
Reclamação Sugestão Elogio
CS Águeda 47 0 2 0,98
CS Albergaria-a-velha 13 0 0 0,5
CS Anadia 32 0 0 1,02
CS Aveiro 233 0 0 2,8
CS Estarreja 48 1 0 1,7
CS Ílhavo 93 0 1 1,98
CS Murtosa 5 0 0 0,44
CS Oliveira do Bairro 26 0 0 1,14
CS Ovar 43 1 8 0,75
CS Sever do Vouga 7 0 0 0,54
CS Vagos 15 1 0 0,66
Total 482 3 11 1,2
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2014
Salienta-se o facto de haver parcas evidências de uma cultura de notificação da sugestão e do
elogio, situação que deveria ser fomentada, através da criação/maior visibilidade da caixa de
sugestões e de um livro de elogios. Para além da forma de criar os registos das
sugestões/elogios, está sem dúvida patente, a cultura de qualidade que deverá ser mais
desenvolvida junto de todos os profissionais e unidades funcionais do ACeS.
4.10 QUALIDADE
A qualidade em saúde refere-se à prestação de cuidados de saúde acessíveis e equitativos,
com um nível profissional óptimo, que tem em conta os recursos disponíveis e como objectivo
a adesão e satisfação do cidadão. Refere-se a uma adequação dos cuidados de saúde às
necessidades e expectativas do cidadão e ao melhor desempenho possível.
O ACeS Baixo Vouga imprime um esforço elevado para favorecer uma cultura de melhoria
contínua da qualidade para a criação de valor em saúde.
O ACeS BV apoia e orienta as UF´s relativamente à observância das normas técnicas e tem
promovido diversas atividades relativas aos processos e procedimentos assistenciais com vista
à melhoria da atividade desenvolvida, dos quais se destaca:
- Está criada a Comissão da Qualidade e Segurança do ACeS que desenvolveu o plano de
ação.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
182
No âmbito da execução do plano de ação para 2014, a Comissão, partindo da premissa de que
a satisfação dos utentes do ACeS Baixo Vouga é fundamental para proporcionar aos Cidadãos
os melhores cuidados de saúde, considerou imprescindível conhecer a opinião dos utentes
sobre alguns aspectos da organização que os serve. Nesta perspectiva, elaborou um
questionário para ser aplicado a no mínimo 2% dos utentes inscritos por UF), Este
questionário foi aplicado no mês de Outubro de 2014. Foi elaborada uma base de dados para
registo da informação recolhida. O tratamento destes dados é feito em 2015.
Foi também elaborado um questionário para ser aplicado a todos os profissionais do ACeS
(Sede e unidades funcionais), que abrange a percepção dos mesmos sobre o seu local e
ambiente de trabalho, as tarefas e autonomia, o desenvolvimento pessoal e profissional, as
relações profissionais dentro da organização, a liderança e a remuneração.
A aplicação do questionário deverá realizar-se na totalidade dos postos de trabalho no
primeiro trimestre de 2015;
- Elaboração de manuais de boas práticas:
- Manual de procedimentos pela Comissão do PPCIRA sobre “A higienização de
Instalações e Equipamentos”;
- Manual de Boas Práticas na Diabetes elaborado pela UCF Diabetes;
Os Manuais de Boas Práticas elaborados foram enviados a todas as unidades Funcionais para a
respectiva implementação e uniformização de critérios. Os manuais serviram de suporte para
formação, a replicar em todas as UF.
- Existem manuais de procedimentos criados e implementados em várias unidades funcionais
do ACeS, nomeadamente nas USF´s.
- Participação em Auditorias Externas:
Realizadas ao cumprimento das NOC’s sobre a diabetes mellitus hipertensão arterial.
Realizadas com o IGAS.
- Participação nas reuniões de acompanhamento da ERA às USF´s e UCC´s.
- Foram ainda realizadas reuniões com os Coordenadores das UF´s.
- O ACeS promove e incentiva a formação interna e externa dos profissionais. Neste âmbito,
anualmente elabora um plano de formação que é proposto à ARS Centro.
- Promove e incentiva ainda a formação pré e pós graduada em diversas áreas profissionais.
No âmbito desta formação pré e pós graduada, o ACeS articula com diversas instituições de
ensino.
No quadro seguinte apresenta-se um trabalho de normalização de procedimentos da
qualidade no que se refere aos registos de enfermagem na área de saúde materna, utilizando
a CIPE, tendo sido atribuído o Prémio de Competência, atribuído pela Ordem dos Enfermeiros.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
183
Quadro 138. Projeto de Melhoria dos Cuidados de Enfermagem
Nome do projeto Registos com Linguagem CIPE na Consulta de Enfermagem de Saúde Materna
Duração do projeto De 01 /09 /2011 a 31 /12 /2014 (40 meses/dias)
Nº DE ENFERMEIROS 71
NÍVEL DE CUIDADOS Cuidados de Saúde Primários
ÁREA DE ABRANGÊNCIA ACES BV – 10 Unidades Funcionais dos CS de Ovar, Estarreja e Murtosa
POPULAÇÃO ABRANGIDA 96.870
Âmbito do projeto Consulta de Enfermagem de Saúde Materna
Local onde se realiza Unidades Funcionais dos Centros Saúde de Ovar, Estarreja e Murtosa
Resumo
No contexto da replicação da Formação do Programa de Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem (PQCE) da OE, a todos os enfermeiros do antigo ACES BV III, foi identificada a necessidade de realização de um Projecto de Melhoria no âmbito do Enunciado Descritivo – Organização de Cuidados de Enfermagem / Registos , pelo elevado número de enfermeiros sem qualquer formação em linguagem CIPE (47%), o que dificulta e penaliza todo o processo de registos utilizando o SI (SAPE/SClínico), e a escassa monitorização de Indicadores Sensíveis aos cuidados de enfermagem pela ACSS. De forma consensual decidiu-se como prioritário os Registos de Enfermagem no Programa de Saúde Materna (S M). Foi nomeado o grupo de trabalho, sendo constituído por todos os Enfermeiros Dinamizadores das Unidades Funcionais do programa PQCE e pelas enfermeiras especialistas em Saúde Materna. Na fase inicial do Projecto efectuou-se uma auditoria diagnóstica aos registos de enfermagem no Programa de S M, que confirmaram a necessidade urgente de formar toda a equipa em CIPE, a qual foi colmatada inicialmente com a colaboração da E.S.E Cruz Vermelha de Oliveira de Azeméis e depois replicada a 98.5% dos enfermeiros. Os Protocolos de Intervenção na Consulta de Enfermagem de Saúde Materna e Visita Domiciliária à Puérpera e os Manuais de Informação para a Grávida/Puérpera, foram elaborados e apresentados pelas colegas especialistas em SM, à equipa. Posteriormente aprovados pelo Conselho Clínico, encontram-se actualmente implementados. Os resultados da auditoria final revelam melhorias muito significativas na qualidade de registos, que se traduzem também por melhores resultados nos Indicadores de Saúde materna monitorizados pela ACSS. A avaliação da Satisfação dos Enfermeiros revela que a equipa considera o projeto como muito importante para a melhoria da qualidade assistencial e dos registos clínicos e sugerem que outros projetos sejam realizados noutras áreas. Em relação à avaliação da satisfação das puérperas é de salientar que numa amostra de 118 inquéritos, 100% refere que numa nova gravidez têm intenção de frequentar novamente a consulta de enfermagem, o que é revelador do seu grau de satisfação.
Concurso CUIDAR 13
Este Projecto foi submetido ao concurso CUIDAR´13, organizado pelo Conselho de Enfermagem da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros; um concurso para premiar projectos de melhoria contínua da qualidade desenvolvidos por Enfermeiros nas instituições de saúde dos distritos de Aveiro e Viseu. Depois da primeira fase de selecção, o projecto reuniu critérios de qualidade e foi um dos nove projectos finalistas seleccionado para a 2ª fase, (entre 34 a concurso), para disputar os três prémios do concurso CUIDAR´13, durante um colóquio a realizar no dia 6 de Dezembro de 2013, no auditório da ESEnfCVPOA, em Oliveira de Azeméis.
Divulgação Projecto no Colóquio CUIDAR´13 – Atribuição de Prémio de Competência, atribuído pela Ordem dos Enfermeiros.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
184
4.11 FORMAÇÃO
4.11.1 Formação no ACeS
Considera-se de extrema importância a formação contínua dos profissionais como processo
dinâmico de actualização e aperfeiçoamento de conhecimentos e boas práticas visando o
desenvolvimento profissional e a melhoria da qualidade dos cuidados prestados.
O ACeS BV pretende estimular e criar uma cultura organizacional de formação, qualidade,
humanização e rigor científico, bem como estimular e promover a formação profissional inter-
unidades.
Para a elaboração do Plano de Formação foram identificadas as necessidades formativas junto
dos profissionais e enviadas à ARSC, com vista à sua inclusão no Plano Regional de Formação
da ARSC. No Quadro 139 apresenta-se as acções de formação realizadas no ACeS.
Quadro 139. Formação realizada no ACeS, em 2013
Áreas Temáticas Conteúdos Programáticos
Saúde Perturbação da Ansiedade generalizada
Gestão Integrada de Doentes com dor músculo-esquelética
Consultoria em dor
Reconhecer a depressão
Cessação Tabágica
Implanon
Resíduos Hospitalares
Tratamento de feridas
Vacinação
SINAVE
Ébola
Oncologia da mama em CSP
Prevenção de acidentes - transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança
Suporte Básico de Vida (ARSC)
Suporte Avançado de Vida (ARSC)
DPOC- Ferramenta interactiva
Informática Codificação ICPC 2
Registos no SAM e ICPC2
Mim@uf
Gestão/Planeamento Indicadores de Contratualização/BI
Refere-se também a possibilidade de frequência de formação externa pelos profissionais,
através de comissões gratuitas de serviço.
Salienta-se a existência da boa prática nalgumas UF, nomeadamente USF’s, da partilha da
formação à equipa (em reunião ou através da elaboração de relatório).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
185
Salienta-se ainda a existência de planos de formação em serviço/interna nas UF,
nomeadamente nas USF´s.
4.11.2 Formação pré e pós graduada
Uma das vertentes que o ACeS privilegia é a formação pré e pós graduada.
No quadro 140 estão distribuídos os estagiários e internos que tiveram formação no ACeS, por
área profissional. Refere-se que, no total, tiveram formação, 282 profissionais de áreas
diversas.
Quadro 140. Orientação de Estágios e de Internos, por áreas profissionais, no ACeS em 2013
Áreas
Psi
colo
gia
Med
icin
a D
en
tári
a
Die
téti
ca
Fisi
ote
rap
ia
Ort
óp
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Sau
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l
Inte
rn.
MG
F
Inte
r. S
aud
e
Pu
blic
a
Enfe
rmag
em
Total
3 1 1 8 1 22 38 5 203 282
Realça-se do Quadro 141, a existência de parcerias com várias instituições de Ensino Superior e
Ordens Profissionais.
Quadro 141. Orientação de Estágios e de Internos, por áreas e parcerias, no ACeS em 2013
Área Parceria Nº Observações Psicologia Universidade de Aveiro 3 3 estágios
Medicina Dentária Universidade Lisboa-Faculdade Medicina Dentária 1 1 estágio
Dietética Instituto Politécnico Leiria 1 1 estágios
Fisioterapia Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra 4 4 estágios
Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro 4 4 estágios
Ortóptica Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 1 1 estágio
Saude Ambiental Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Coimbra 19
22 estágios Escola Superior de Tecnologias de Saúde do Porto 3
Enfermagem
Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis
54
203 estágios
Universidade de Aveiro 108
Escola Superior de Saúde de Viseu 25
Instituo Politécnico de Portalegre 9
Universidade do Minho 1
Escola Superior da Guarda 6
Médicos
Internato Médico de MGF 38
7 - Entraram em 2011 10- Entraram em 2012 13- Entraram em 2013 8- Entraram em 2014
Internato Médico de Saude Pública 5 1 – 4º ano 2 – 2º ano 2 – 1º ano
Fonte: ACeS
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
186
4.11.3 Atividades de Formação Relevantes
Nestas atividades de formação, considera-se as dirigidas à população (comunidade) e as
dirigidas aos profissionais da saúde ou outros. Salienta-se que nestas atividades foram
utilizadas diversas metodologias e formas de abordagem de acordo com os objetivos e o grupo
alvo a abranger.
- Atividades de Formação na comunidade – com a integração de esforços sustentados de
todos os sectores da sociedade, com foco no acesso, qualidade, políticas saudáveis e cidadania
e com o objectivo de maximizar os ganhos em saúde e criar valor em saúde da população,
foram desenvolvidas múltiplas atividades integradas nos itens que a seguir se identificam:
- Atividades de Prevenção da Doença e Promoção e Educação para a Saúde;
- Comemorações de dias mundiais: alimentação, saúde oral, visão, diabetes, hipertensão,
atividade física, entre outros;
- Divulgação de Informação à Comunidade: jornais, boletins informativos, folhetos,
blogues;
- Guias Informativos
- Feiras da Saúde e outros eventos.
- Atividades de formação dos profissionais – estas atividades desenvolvidas quer como
formandos quer como formadores, que abaixo se enumeram, visam:
Incentivar a actualização dos Profissionais;
Promover a motivação dos Profissionais;
Responder às necessidades manifestadas;
Fomentar o intercâmbio e divulgar experiências;
Desenvolver capacidades, competências, saberes e actuações.
- Formações Profissionais
- Participação em Reuniões Científicas
- Comunicações Livres apresentadas em Reuniões Científicas
- Apresentação de posters em reuniões Cientificas
- Palestrantes em Reuniões Científicas
- Atividade como Formadores
- Publicações científicas
- Prémio Obtidos
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
187
4.12 ATIVIDADE CIENTIFICA/INVESTIGAÇÃO
A investigação é também um dos aspectos que o ACeS BV privilegia promovendo e apoiando a
realização e divulgação de trabalhos científicos/investigação com o objectivo de criar
conhecimento, capacitação e literacia em saúde.
Pretende-se com estes estudos aproximar cada vez mais (e em tempo útil) o conhecimento
científico da tomada de decisão e da intervenção em saúde, procurando dar resposta às reais
necessidades e problemas de saúde das populações, de modo a que possam ser obtidos
efectivos ganhos em saúde.
Apresenta-se nos quadros seguintes, alguns trabalhos de investigação, sabendo-se, no
entanto, que os trabalhos aqui apresentados não correspondem à totalidade dos efectuados.
Destaca-se o facto destes trabalhos terem sido alvo de divulgação externa em reuniões
cientificas e ou publicações e até de atribuição de um prémio nacional.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Quadro 142. Trabalhos de Investigação
Título e área científica Tema (incluir
palavras-chave)
Investigador (es) Data de início/
conclusão Parceria Objetivos Publicações
- Projeto Sr. Dente - Saúde Oral, Escovagem de
dentes em ambiente escolar-
avaliação da efetividade
Projeto Sr. Dente
Saúde Oral
Ana Rodrigues, Fernanda Matias, Manuela Ferreira
2012 2015
Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, IPSS´s, Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Estimar a redução da placa bacteriana nas crianças abrangidas pela intervenção
- Atribuição do Prémio Arnaldo Sampaio – 2014 (29 de maio) - Poster IV Congresso Nacional de Saúde Pública, nos dias 2 e 3 de Outubro de 2014, no Fórum de Lisboa
Resumo Fundamentação: A cárie dentária é a doença crónica mais comum durante a infância, causando dor severa, ansiedade e alterações do sono e levando a elevado consumo de recursos de saúde. A presença de fatores de risco para a cárie dentária durante a infância precoce aumenta o risco do seu aparecimento durante a adolescência, embora uma dieta não cariogénica e uma boa higiene oral possam reduzir o risco de cárie nessas crianças. Tendo em conta as metas traçadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para as crianças em idade pré-escolar (80% das crianças com 6 anos livres de cárie), são prioritárias as estratégias de promoção da saúde e prevenção primária de cárie dentária, nomeadamente, a utilização de fluoretos tópicos, a redução do consumo de açucares, a utilização de fluoretos sistémicos em crianças com elevado risco de cárie e a escovagem de dentes com dentífrico fluoretado. De todas as intervenções, a escovagem de dentes com dentífrico fluoretado é referida como a estratégia universal mais custo-efetiva, sendo mais eficaz que a restrição de açucares na redução da cárie dentária. Por esta razão, considerámos prioritário o desenvolvimento de programa de saúde oral dirigido às crianças em idade pré-escolar. Metodologia: Efetuou-se um estudo quasi experimental, no qual foi avaliado o índice de placa bacteriana individual antes e após a implementação do projeto (ninicial=256;nfinal=190). Resultados: Antes da intervenção estimou-se uma prevalência de cárie dentária de 32,8 % (IC 95 %: 27,0-38,6). Após a implementação da escovagem de dentes na escola observou-se uma redução do índice de placa bacteriana de 2,45 (IC 95%: 2,38-2,51), havendo uma associação estatisticamente significativa entre a variação no índice de placa bacteriana e o valor inicial do índice de dentes cariados, perdidos e obturados por cárie e, também, com o intervalo de tempo decorrido entre os dois momentos de avaliação. Antes da intervenção estimou-se uma prevalência de cárie dentária de 32,8 % (IC 95 %: 27,0-38,6). Após a implementação da escovagem de dentes na escola observou-se uma redução do índice de placa bacteriana de 2,45 (IC 95%: 2,38-2,51), havendo uma associação estatisticamente significativa entre a variação no índice de placa bacteriana e o valor inicial do índice de dentes cariados, perdidos e obturados por cárie e, também, com o intervalo de tempo decorrido entre os dois momentos de avaliação.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Título e área científica Tema (incluir
palavras-chave) Investigador
(es) Data de início/
conclusão Parceria Objetivos Publicações
Perceção da cidadania em saúde
Perceção;
cidadania; Serviço Nacional de Saúde
Ana Oliveira, Manuela Ferreira
Janeiro 2013 Dezembro 2014
Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de
Oliveira de Azeméis
- Validar Escala de Perceção da Cidadania
em Saúde - Conhecer perceção do
cidadão sobre a cidadania em saúde
- Perceção dos cidadãos sobre os direitos e deveres no Serviço Nacional de Saúde. Referência, Revista de Enfermagem, Suplemento ao Nº 2, Série IV, IV Congresso de Investigação em Enfermagem Ibero-Americano e de Países de Língua Oficial Portuguesa. Julho de 2014. ISSN: 0874.0283, p.169.
- “A percepção da cidadania em saúde pelos utilizadores do serviço nacional de saúde”,. IV Congresso Nacional de Saúde Pública. Organizado pelo Conselho Nacional das Autoridades de Saúde, DUSPFCML, DGS, DRSRA, ENSP, IASRM, IHMT, INDRJ, INSPUP, nos dias 2 e 3 de Outubro de 2014, no Fórum de Lisboa
- “Percepção dos cidadãos sobre os direitos e deveres no Serviço Nacional de Saúde”. IV Congresso de Investigação em Enfermagem Ibero-americano e de Países de Língua Oficial Portuguesa. Organizado pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, – 22 de julho de 2014 (21 a 23 julho de 2014) em Coimbra
Resumo Fundamentação: Cidadania em saúde é a capacidade de exercer e modo informado e responsável, poder/influência sobre o seu estado de saúde e sobre o desenvolvimento do sistema e dos serviços de saúde. Metodologia: Estudo descritivo transversal. Aplicado inquérito com escala construída e validada neste estudo a uma amostra de 550 participantes, sendo selecionados acidentalmente 50 participantes em cada um dos Concelhos da NUTS III – Baixo Vouga (concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos). A colheita de dados decorreu em jardins, praças e avenidas públicas entre abril a junho de 2013. Foi obtido o consentimento presumido e esclarecido aos participantes. Treinaram-se os investigadores para homogeneizar a abordagem aos participantes. Resultados: A EPeCiS é constituída na versão inicial por 30 itens e na final por 27. Procedeu-se a análise fatorial dos componentes principais com rotação ortogonal de tipo varimax. A estrutura fatorial empírica ajusta-se bem à organização racional definida após revisão, apresentando 8 dimensões: Direito e dever e respeito; Direito a informação e decisão e dever de colaborar; Direito aos cuidados e dever de gestão na sua utilização; Direito e dever à dignidade e respeito por crenças; Direito e dever de participar ativamente na sua saúde; Direito a escolha e decisão; Direito a lutar pelos seus direitos; e o Direito aos dados de saúde e dever de cumprir regras. A escala explica 56,5% do total da variância. O Valor de KMO é bom, de 0,844. A escala na sua totalidade que apresenta um valor razoável de alfa de Cronbach de 0,708. A média de idades da amostra é de 45,6 anos (±18 anos) e 55,8% são do género masculino. Os participantes em média apresentaram um moderado grau de concordância com os seus direitos/deveres no sistema de saúde.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Título e área científica
Tema (incluir palavras-chave)
Investigador (es)
Data de início/
conclusão Parceria Objetivos Publicações
Perceção da utilização da cidadania em saúde
Perceção; cidadão; direitos; deveres; serviços de saúde
Ana Oliveira, Manuela Ferreira
Janeiro 2013/ Dezembro
2014
Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis
- Validar a Escala de Perceção da Utilização da Cidadania em Saúde (EPUCiS) - Conhecer a perceção do cidadão acerca da utilização dos seus direitos e deveres no Serviço Nacional de Saúde
- Percepção da utilização dos direitos e deveres do Serviço Nacional de Saúde. Referência, Revista de Enfermagem, Suplemento ao Nº 2, Série IV, IV Congresso de Investigação em Enfermagem Ibero-Americano e de Países de Língua Oficial Portuguesa. Julho de 2014. ISSN: 0874.0283, p.167. - Poster “Escala de Percepção da Utilização dos direitos e deveres do sistema de saúde: características psicométricas”,. IV Congresso Nacional de Saúde Pública. Organizado pelo Conselho Nacional das Autoridades de Saúde, DUSPFCML, DGS, DRSRA, ENSP, IASRM, IHMT, INDRJ, INSPUP, nos dias 2 e 3 de Outubro de 2014, no Fórum de Lisboa - Comunicação Oral: “Percepção da utilização dos direitos e deveres do Serviço Nacional de Saúde”. IV Congresso de Investigação em Enfermagem Ibero-americano e de Países de Língua Oficial Portuguesa. Organizado pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 21 de julho de 2014 (21 a 23 julho de 2014) em Coimbra
Resumo Fundamentação: O cidadão é o centro do Sistema de Saúde. O Sistema de Saúde se deve responder às suas necessidades, satisfação e legítimas expectativas enquanto indivíduo e enquanto elemento de uma comunidade, e nos seus diversos papéis: ativo e saudável, doente, utilizador dos serviços, consumidor, cuidador, membro da família e da comunidade. Metodologia: Estudo descritivo transversal. Aplicado inquérito com escala construída e validada neste estudo a uma amostra de 550 participantes, sendo selecionados acidentalmente 50 participantes em cada um dos Concelhos da NUTS III – Baixo Vouga (concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos). A colheita de dados decorreu em jardins, praças e avenidas públicas entre abril a junho de 2013. Foi obtido o consentimento presumido e esclarecido aos participantes. Treinaram-se os investigadores para homogeneizar a abordagem aos participantes. Resultados: A EPUCiS é constituída por 29 itens. A estrutura fatorial (componentes principais com rotação ortogonal de tipo varimax) ajusta-se bem à organização racional definida após revisão, apresentando seis dimensões: Direito de participar ativamente na saúde e no SNS; Dever de colaborar e cumprir regras; Direito à confidencialidade, informação e tratamento adequado; Direito à dignidade e respeito por crenças; Direito de decisão; e Direito à informação. A escala explica 55,1% do total da variância. O Valor de KMO é bom, de 0,873 e apresenta um valor razoável de alfa de Cronbach de 0,722. A média de idades da amostra é de 45,6 anos (±18 anos) e 55,8% são do género masculino. Os participantes em média usam por vezes o Direito de participar ativamente na saúde e no SNS e o Direito de decisão e usam frequentemente o Dever de colaborar e cumprir regras; Direito à confidencialidade, informação e tratamento adequado; Direito à dignidade e respeito por crenças; e Direito à informação.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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Título e área científica
Tema (incluir palavras-chave)
Investigador (es)
Data de início Parceria Objetivos Publicações
Fatores de risco
cardiovascular numa
população hipertensa
Fatores de risco cardiovascular, Hipertensão, lesão de ógão-alvo
Cláudia Raínho, Tânia Silva, Pedro Damião
Dezembro 2013
USF Flor de Sal, UCSP Aveiro 1
- Determinar a prevalência de fatores de risco cardiovascular numa população hipertensa e a sua distribuição. - Determinar a associação entre a presença de lesão de órgão-alvo e outros fatores de risco cardiovascular.
8º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, Vilamoura, 20 a 23 de Fevereiro de 2014.
Resumo Fundamentação: A hipertensão arterial (HTA) é o fator de risco cardiovascular com maior prevalência na população portuguesa. Segundo o Estudo de Prevalência de Hipertensão Arterial e Consumo de Sal em Portugal de 2012, a prevalência de HTA é de 42,2% (40,2 % nas mulheres e 44,4 % nos homens). As doenças cardiovasculares (DCV) continuam a ser, em Portugal, a principal causa de morte, responsáveis por 32% do total dos óbitos. Estas têm uma natureza multifatorial com interação de diversos fatores de risco, por vezes de forma exponencial. A maioria dos hipertensos apresenta outros fatores de risco associados que se potenciam mutuamente, levando a um aumento do risco total superior à soma do risco individual de cada um. Deste modo, o estudo da população hipertensa deve basear-se não só nos valores tensionais, mas na avaliação de fatores de risco para optimização da intervenção terapêutica. A HTA pode evoluir com atingimento multiorgânico. Assim, dada a importância da lesão de órgão-alvo como uma fase intermédia do continuum de doença vascular e, como determinante de risco cardiovascular global, o envolvimento de órgão-alvo deve ser pesquisado no hipertenso. A noção de risco cardiovascular global implica avaliar os fatores de risco como variáveis predictoras de lesão de orgão-alvo, mesmo em hipertensos com valores tensionais controlados. A associação destas variáveis a lesão de orgão-alvo permite desenvolver modelos predictivos, nomeadamente modelos de regressão logística.
Título e área científica Investigador (es) Data de início/ conclusão
Parceria Objetivos Publicações
“Prevalência de cárie em crianças dos jardins-de-infância no concelho de Vagos”
José Frias Bulhosa; Judite Maria Regales Matias; Anabela Resende
2013/ 2014
Agrupamento de Escolas de Vagos e IPSS´S
Conhecer o estado da saúde oral das crianças alvo; Promover a saúde oral nas crianças alvo
PÓSTER: “Prevalência de cárie em crianças dos jardins-de-infância no concelho de Vagos”-XXIII congresso da Ordem dos Médicos Dentistas
Resumo Fundamentação: A qualidade de vida relacionada à saúde oral e as repercussões que as doenças orais podem ter no desenvolvimento da criança são demasiado importantes para negligenciar numa perspectiva de saúde pública oral. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com o objectivo de determinar a prevalência da doença cárie em crianças dos Jardins-de-Infância do Concelho de Vagos. A metodologia adoptada obedeceu aos critérios estipulados pela O.M.S. para a realização de estudos epidemiológicos em saúde oral. Foram determinados índices de cárie (cpod e CPOd) e dos hábitos de higiene oral (HO). Resultados: Assim, foram observadas 667 crianças com idade dos 3 aos 6 anos, inscritas nos jardins-de-infância do Concelho de Vagos (Aveiro). A análise estatística dos dados recolhidos foi realizada com auxílio do programa SPSS 22.0®, admitindo-se um nível de significância de 95%. Os resultados indicam uma prevalência de cárie de 39,0% para dentição decídua e de 1,95% para a dentição permanente, os valores médios±(dp) do indices cpod e CPOd determinados, foram de 1,55±2,72 e de 0,03±022, respectivamente. Estariam livres de cáries 61% das crianças observadas. Em 73,2% das crianças a HO é diária sendo que 75,7% o realizava antes de deitar. Verifica-se que esta população apresenta um importante risco de complicações associadas ao estado de saúde oral, nomeadamente pela existência de lesões de cárie associadas a deficientes hábitos de higiene oral e com uma necessidade de implementação de acesso a tratamentos dentários com a perspectiva de controlar as doenças orais e respectivas sequelas.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
192
Título e área científica Investigador (es) Data de início/
conclusão Parceria Objetivos Publicações
Estudo Antropométrico de uma população em idade escolar do concelho de Vagos
Anabela Sérgio Resende; Judite Maria Regales
Matias; Inês Costa
2009/ 2014
Agrupamento de Escolas de Vagos; IPSS´S
Conhecer a evolução da prevalência de baixo peso, normo peso, excesso de peso e obesidade na população alvo ao longo
dos 5 anos letivos
Póster: “Estudo Antropométrico de uma população em idade escolar do concelho de Vagos” - IV Congresso Nacional de Saúde Pública
Resumo Fundamentação: Portugal é o 2º país da Europa com maior prevalência de obesidade infantil2,3, sendo é prioritário investir na prevenção e no tratamento desta epidemia, apostando em intervenções de base comunitária1,2. Integrado no projeto “Na medida certa” desenvolveram-se acções com vista à promoção de hábitos alimentares saudáveis, e realizou-se um estudo antropométrico para conhecer a prevalência de obesidade e excesso de peso numa população escolar. Metodologia: Estudo longitudinal retrospectivo. O estudo compreendeu medições, de todas as crianças do Concelho, em dois períodos distintos: Nov/2009 a Fev/2010, quando frequentavam o último ano do ensino pré-primário e, Out/2013 a Fev/2014, quando frequentavam o 4º ano do ensino básico. Foram incluídas todas aquelas com medições nos 2 períodos. Variáveis: idade, género, escola primária, altura, peso, Índice de Massa Corporal (IMC) e percentil de IMC (pIMC). Dados recolhidos, segundo orientações da Direcção Geral de Saúde (DGS), e guardados em base de dados do CDC (Center for Desease Control). Análise estatística efectuada no SPSS20.0. Resultados: Obteve-se uma amostra de 124 crianças, 58.1% do sexo masculino, com uma idade média de 9.60 (± 0.5) anos. Destas, 77.4% tinham normopeso, 12.9% excesso de peso, e 9.7% obesidade na primeira medição, e 72.6% normopeso, 19.4% excesso de peso e 8.1% obesidade na 2ª medição. Verificou-se diferença estatisticamente significativa (p>0.05) de pIMC, entre os 2 períodos, apenas para o sexo feminino.
Título e área científica
Investigador (es) Data de início/
conclusão Parceria
Objetivos
Boca Saudável no Idoso- Saúde Oral
Ana Filipa, Claudia Jorge, Frias Bulhosa, Irene Francisco
2013/ 2014
IPSS´S Realçar o papel dos cuidadores de pessoas idosas na implementação e auxílio da higiene oral diária das mesmas. Realizar sessões de formação aos cuidadores e avaliar a cavidade oral de pessoas idosas.
Resumo Fundamentação: Consideramos que o envolvimento das instituições na saúde oral do idoso é muito importante para o desenvolvimento das atividades, neste âmbito, na instituição bem como na transmissão de informação e sensibilização dos familiares para esta temática. Considera-se importante a capacitação dos cuidadores formais. Metodologia: Formação teórico-prática em sala aos cuidadores formais. Rastreio de Saúde Oral aos utentes de 4 instituições (as aderentes ao projecto). Divulgação do resultado do rastreio aos utentes através de folheto individualizado e personalizado para cada utente. Resultados: A população abrangida foi de 130 utentes (89 do sexo feminino e 41 sexo masculino). Foram rastreados 123 utentes. Não foram rastreados 7 utentes por dificuldade em colaborar. 33 Utentes reportaram que não faziam a higiene oral diária. 44 Utentes não tinham dentes. Foram divulgados os resultados aos 123 utentes.
Título e área científica Tema (incluir palavras-
chave) Investigador (es)
Data de início/ conclusão
Parceria Objetivos Publicações
Gravidez: uma oportunidade de intervenção
Gravidez, cessação tabágica, tabagismo
Cláudia Raínho, Tânia Silva
Junho a Julho 2014
USF Flor de Sal
Revisão bibliográfica sobre cessação tabágica na gravidez
XI EMASH Portugal, Tabagismo e outros fatores de risco, Coimbra, 30 e 31 de Outubro de 2014
Resumo Fundamentação: O consumo de tabaco constitui a principal causa evitável de morbilidade e mortalidade. O aumento do consumo na população feminina é preocupante pelo impacto na sua saúde e descendência. Os profissionais de saúde devem identificar hábitos tabágicos e realizar uma intervenção breve. A gravidez surge como uma oportunidade ideal para a cessação pelo maior contacto com o profissional de saúde e pela preocupação com o feto. Em cada consulta devem ser questionados os hábitos tabágicos atuais ou prévios da grávida assim como do pai e outros conviventes. A maioria das grávidas que cessa os hábitos tabágicos recai durante a gravidez ou no pós-parto pelo que é importante intervir antes, durante e depois da gravidez. As intervenções breves são eficazes pelo que deve fazer parte da rotina médica. A intervenção breve na gravidez baseia-se nos 5 “A”s, 5”R”s e na Entrevista Motivacional. Os efeitos nefastos devem ser divulgados à população geral nomeadamente a grávidas e pais
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
193
4.13 OUTRAS ATIVIDADES
4.13.1 Parcerias de Promoção e Proteção da Saúde na Comunidade
a) REDE SOCIAL
A Rede Social é uma medida de política social que incentiva as autarquias e as entidades
públicas ou privadas que trabalham na área social a conjugarem os seus esforços para
prevenir, atenuar ou erradicar situações de pobreza e exclusão e promover o desenvolvimento
social local através de um trabalho em parceria.
Esta medida de política social introduziu uma cultura de trabalho em rede, fomentou o
planeamento estratégico da intervenção social local, a congregação de esforços e a
rentabilização de recursos locais, de forma a potenciar uma maior eficácia e rapidez na
resolução dos problemas das famílias e indivíduos
Neste âmbito foram desenvolvidas as seguintes atividades: articulação entre os técnicos que
integrem a Rede Social, os CSP e os cuidados diferenciados; participação em 91 reuniões da
rede social; desenvolvimento do programa de promoção da saúde previsto no Plano de
Trabalho anual; participação na elaboração do diagnóstico social e Plano de Desenvolvimento
Social do Concelho.
b) RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO/ NUCLEOS LOCAIS DE INSERÇÃO (NLI)
Aos Núcleos Locais de Inserção compete a gestão processual continuada dos percursos de
inserção dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).
Neste sentido, está atribuído a estes Núcleos a responsabilidade da elaboração e aprovação
dos programas de inserção, a organização dos meios inerentes à sua prossecução, o
acompanhamento e avaliação da respectiva execução e participação nas reuniões do NLI.
No âmbito desta medida cabe ao profissional de saúde o acompanhamento das acções
inscritas na área da Saúde previstas no acordo de inserção.
Foram acompanhados 1387 utentes.
c) COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS
As Comissões de Protecção de Crianças e Jovens são instituições oficiais não judiciárias com
autonomia funcional, que visam promover os direitos da criança e do jovem, prevenindo ou
pondo termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação
ou desenvolvimento integral. Funciona em modalidade alargada e modalidade restrita dos
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
194
seus membros e exerce a sua competência na área do município, tem suporte legal na Lei n.º
147/99 de 1 de Setembro, onde se integra por concelho pelo menos um elemento da saúde.
Foram acompanhadas pela saúde 1247 crianças e jovens.
d) NÚCLEO DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO
O NACJR faz a identificação da condição/integridade física da criança, bem como do seu
desenvolvimento global, estabelecendo um plano integrado de apoio à família e promovendo
a articulação com outros recursos comunitários no primeiro nível de intervenção,
nomeadamente as escolas, os serviços sociais, as autarquias e outras estruturas da
comunidade com intervenção nas áreas da infância e da juventude (Crianças e Jovens dos 0-18
anos de idade).
Tem como principais objectivos:
- Prestar apoio de consultadoria aos profissionais e equipas de saúde no que respeita à
sinalização, acompanhamento ou encaminhamento dos casos;
- Gerir, as situações clínicas que, pelo seu caráter de urgência em matéria de perigo,
transcendam as capacidades de intervenção dos outros profissionais ou equipas da instituição;
- Assegurar a articulação funcional com as comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ) e
com o Ministério Público junto dos tribunais;
- Estabelecer a colaboração com outros projetos e recursos comunitários que contribuem para
a prevenção e acompanhamento das situações de crianças e jovens em risco;
- Contribuir para a informação prestada à população e sensibilizar os profissionais do setor
administrativo e técnico dos diferentes serviços, para a problemática das crianças e jovens em
risco;
- Dinamizar a rede social, de modo a assegurar o acompanhamento dos casos, entre outras.
Foram acompanhados 114 casos com plano individual de saúde à família.
e) PROGRAMA de INTERVENÇÃO PRECOCE
A Intervenção Precoce na Infância (IPI), entende-se como um conjunto de medidas de apoio
integrado centrado na criança e na família, incluindo acções de natureza preventiva e
reabilitativa, no âmbito da educação, da saúde e da ação social.
Tem como objectivos:
- Assegurar às crianças (0-5 anos) a protecção dos seus direitos e o desenvolvimento das suas
capacidades;
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
195
- Sensibilizar as equipas de família para a referenciação /sinalização de crianças com eventuais
critérios para IP;
- Detectar e sinalizar todas as crianças com risco ou já com alterações nas funções e estruturas
do corpo ou risco grave de atraso de desenvolvimento.
- Intervir em função das necessidades do contexto familiar de cada criança elegível, de modo a
prevenir ou reduzir os riscos de atraso no desenvolvimento.
- Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas da segurança social, da saúde
e da educação.
- Envolver a comunidade através da criação de mecanismos articulados de suporte social.
- Encaminhar as crianças sinalizadas para consultas ou centros de desenvolvimento, para
efeitos de diagnóstico e orientação especializada
Foram acompanhadas 476 famílias com plano individualizado de apoio à família, dentro das
638 referenciadas para o programa.
f) COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL
Esta Comissão Municipal de Protecção Civil visa assegurar a articulação entre todas as
entidades e instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de protecção e
socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe,
garantindo os meios considerados necessários, adequados e proporcionais à gestão da
ocorrência em cada caso concreto.
Esta comissão tem como atividades:
- A realização do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil, acompanhar a sua
execução, e remetê-lo para aprovação, pela Comissão Nacional de Protecção Civil;
- Acompanhamento das políticas directamente ligadas ao sistema de protecção civil que sejam
desenvolvidas por agentes públicos;
- Determinação do accionamento dos planos, quando tal se justifique;
- Assegurar a garantia que as entidades e instituições que integram a Comissão accionam, ao
nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios
necessários ao desenvolvimento das acções de protecção civil;
- Realização e difusão de comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições,
incluindo os órgãos de comunicação social.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
196
4.13.2 Juntas Médicas
As juntas médicas têm por objectivo proceder à avaliação das incapacidades das pessoas com
deficiência, tal como definido no artigo 2.º da Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto, para efeitos
de acesso às medidas e benefícios previstos na lei para facilitar a sua plena participação na
comunidade.
A avaliação da incapacidade é efectuada nos termos do Decreto -Lei n.º 202/96, de 23 de
Outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 291/2009 de 12 de Outubro, e com base
na Tabela Nacional de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais (TNI),
aprovada pelo Decreto-Lei n.º 352/2007, de 23 de Outubro.
Estão nomeadas, para a área geográfica do ACeS, 3 juntas médicas.
Nos 100 períodos de juntas médicas, foram observados 1940 utentes e avaliados 1885. Por
período foram, em média, observados 19,4 utentes e avaliados 18,85 (quadro 143).
Quadro 143. Dados das juntas realizadas em 2014
Indicador Nº
Nº de períodos de juntas médicas realizadas 100
Nº de doentes convocados 2113
Nº de utentes que faltaram 83
Nº de utentes avaliados 1885
Nº de processos pendentes 55
Nº de utentes com incapacidade < 60% 43
Nº de utentes com incapacidade ≥ 60 e < 80% 1352
Nº de utentes com incapacidade ≥ 80% 490
Nº de utentes observados 1940 Fonte: Relatório da USP 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
197
5 PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO Relativamente ao Orçamento Económico Custos e Perdas espelhado no acordo modificativo do
Contrato-Programa ACeS 2014, parece-nos que este ACeS cumpriu as metas estipuladas no
tocante ao controlo de execução do referido orçamento, pois em termos globais, a despesa
assumida não apresenta um registo significativo muito elevado face ao orçamentado.
Quadro 144. Execução económica – orçamento de 2014
CUSTOS E PERDAS ACES BV/2014
Orçamento Execução Desvio Valor Desvio %
DADOS ECONÓMICOS
Custos e Perdas (Total) 92.769.605 94.772.724 2.003.119 2,16%
CMVMC 1.794.000 1.831.846 37.846 2,11%
Subcontratos (621) 58.059.727 58.502.825 443.098 0,76%
Assistência Ambulatória
Meios Complementares de Diagnóstico 11.786.751 12.783.079 996.328 8,45%
Meios Complementares de Terapêutica 14.347.902 12.586.533 -1.761.369 -12,28%
Farm.Priv - Prescr. Med/Cuid. Farm./Diabetes 29.409.276 30.364.898 955.622 3,25%
Internamentos 1.500 1.883 383 25,53%
Transporte de Doentes 1.867.720 2.046.310 178.590 9,56%
Aparelhos Complem. Terap. (Reembolsos/Ostomias)
307.171 398.240 91.069 29,65%
Outras rubricas de Subcontratos 339.407 321.882 -17.525 -5,16%
Fornecimentos e Serviços Externos (622) 2.390.678 1.844.358 -546.320 -22,85%
Pessoal (64) 30.525.200 32.593.695 2.068.495 6,78%
Remunerações dos Órgãos Diretivos 75.770 77.592 1.822 2,40%
Remunerações de pessoal 25.006.030 26.019.848 1.013.818 4,05%
Remunerações Base 18.300.000 18.537.676 237.676 1,30%
Suplementos Remuneratórios 3.945.830 4.262.021 316.191 8,01%
Outras Remunerações de Pessoal 2.760.200 3.220.151 459.951 16,66%
Outros Encargos com Pessoal 5.443.400 6.496.255 1.052.855 19,34%
Execução de 2014 (valores provisórios) fornecidos pelo DGAG Existem algumas rubricas não contempladas no Contrato Programa, nomeadamente 6218 e 697
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
198
Da análise deste mapa destaca-se o aumento dos custos com o pessoal (64) em 6,78%,
comparativamente ao valor orçamentado, tendo contribuído para este aumento o valor das
rubricas Outras Remunerações de Pessoal (16,66%) e Outros Encargos com o Pessoal (19,34%).
Os fornecimentos e serviços externos tiveram uma redução de 22,85%. Essa redução deve-se a
uma política de redução de custos implementada neste ACeS, essencialmente no tocante à
rentabilização do parque automóvel de que dispõe, evitando sempre que possível a utilização
de viaturas de aluguer para realização de domicílios.
Relativamente a subcontratos, em termos globais não se verifica grande variação mas
analisando as diversas rubricas podemos referir que se verifica um aumento considerável na
rubrica Aparelhos Complementares Terapêuticos de 29,65%, e uma diminuição significativa da
rubrica Meios Complementares de Terapêutica (-12,28%).
Finalmente verifica-se que a rubrica 61 (CMVMC) aumentou 2,16% face ao orçamentado, mas
que se pode considerar pouco relevante.
Relativamente aos Proveitos e Ganhos o ACeS não dispõe de Orçamento Económico do ano de
2014 (Contrato programa só inclui Orçamento de Custos e Perdas).
Um outro estudo que pode ser apresentado tem a ver com a evolução dos custos e proveitos
obtidos relativamente à execução económica de 2014, comparativamente com a execução
económica 2013, fazendo uma análise da variação dos custos e proveitos, em valor e em
percentagem, conforme mapa que abaixo se apresenta.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
199
Quadro 145. Execução económica 2014 versus execução económica 2013
Execução de 2014 (valores provisórios) fornecidos pelo DGAG Execução de 2013 – Grelha de Acompanhamento do ACeS (ponto situação em 5/06/2014) fornecidos pelo DGAG
CUSTOS
ACES BAIXO VOUGA
2013 2014 Variação Valor
Variação %
DADOS ECONÓMICOS
Custos e Perdas (Total) 95.615.546 97.213.104 1.597.558 1,67%
CMVMC (1)
1.796.784 1.831.846 35.062 1,95%
Produtos Farmacêuticos 1.383.132 1.425.181 42.049 3,04%
Medicamentos 1.170.851 1.425.181 254.330 21,72%
Outras rubricas de produtos farmacêuticos 212.281 -212.281 -100,00%
Material de Consumo Clínico 217.062 261.817 44.755 20,62%
Material de Consumo Hoteleiro
Material de Consumo Administrativo 43.768 -43.768 -100,00%
Outras rubricas de CMVMC 152.822 144.848 -7.974 -5,22%
Subcontratos (621)(2)
59.578.349 60.940.302 1.361.953 2,29%
Assistência Ambulatória 7 707 700 10000,00%
Meios Complementares de Diagnóstico 11.835.805 12.783.079 947.274 8,00%
Meios Complementares de Terapêutica 14.500.782 12.586.533 -1.914.249 -13,20%
Farm.Priv - Prescr. Med/Cuid. Farm./Diabetes 30.497.345 30.364.898 -132.447 -0,43%
Internamentos 178.996 1.883 -177.113 -98,95%
Transporte de Doentes 1.913.886 2.046.310 132.424 6,92%
Aparelhos Complem. Terap. (Reembolsos/Ostomias) 307.163 398.240 91.077 29,65%
Outras rubricas de Subcontratos 344.365 2.758.652 2.414.287 701,08%
Fornecimentos e Serviços Externos (622) 2.435.213 1.844.358 -590.855 -24,26%
Electricidade 425.546 440.002 14.456 3,40%
Água 80.242 80.202 -40 -0,05%
Outros Fluidos 128.486 169.050 40.564 31,57%
Comunicações 150.376 134.056 -16.320 -10,85%
Transporte de Pessoal / Deslocações e Estadas 114.830 147.907 33.077 28,81%
Conservação e Reparação 319.330 171.217 -148.113 -46,38%
Outros FSE 1.216.403 701.924 -514.479 -42,30%
Pessoal (64) 31.795.903 32.593.695 797.792 2,51%
Remunerações dos Orgãos Diretivos 78.921 77.582 -1.339 -1,70%
Remunerações de pessoal 26.046.778 26.018.848 -27.930 -0,11%
Remunerações Base 19.061.526 18.537.676 -523.850 -2,75%
Suplementos Remuneratórios 4.110.075 4.262.021 151.946 3,70%
Outras Remunerações de Pessoal 2.875.177 3.220.151 344.974 12,00%
Outros Encargos com Pessoal 5.670.204 6.489.759 819.555 14,45%
Correcções Relat. Exerc. Anteriores 8.236 -1.072 -9.308 -113,02%
Internamentos
Transporte de doentes
Outras Correcções A. Anteriores 8.236 -1.072 -9.308 -113,02%
Outros custos e perdas 1.061 3.975 2.914 274,65%
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
200
Da análise deste mapa podemos referir que os custos, em termos globais, registam uma
variação positiva entre a execução económica de 2014 em relação a 2013 pouco significativa
(1,67%).
Destaca-se o aumento de algumas rubricas, nomeadamente o CMVMC (1,95%), os
Subcontratos (2,29%), os custos com o pessoal (64) em 2,51%, comparativamente com os
valores do período homólogo.
No entanto, verifica-se que em algumas rubricas a variação é negativa, destacando-se as
rubricas Fornecimentos e Serviços Externos (-24,26%) e correcções relativas a exercícios
anteriores (-113,02%)
Quadro 146. Proveitos ACeS BV
PROVEITOS
ACES BAIXO VOUGA
2013 2014 Variação Valor
Variação %
DADOS ECONÓMICOS
Proveitos e Ganhos (Total) (3)
12.001.169 117.451.490 105.450.321 878,67%
Prest. Serv. Outras Entid. Resp. (7122) 2.175.699 2.006.676 -169.023 -7,77%
Taxas Moderadoras (71227) 2.125.023 1.967.866 -157.157 -7,40%
Consultas 1.966.719 1.820.323 -146.396 -7,44%
Urgência / SAP 67 23 -44 -65,67%
MCDT 17.741 3.035 -14.706 -82,89%
Outros 140.496 144.485 3.989 2,84%
Outras rubricas de Prestações de serviços 50.676 38.810 -11.866 -23,42%
Impostos e Taxas 313.515 321.834 8.319 2,65%
Outras rubricas de Proveitos e Ganhos 9.511.955 115.122.980 105.611.025 1110,30%
Execução de 2014 (valores provisórios) fornecidos pelo DGAG Execução de 2013 – Grelha de Acompanhamento do ACeS (ponto situação em 5/06/2014) fornecidos pelo DGAG
Quanto aos proveitos explanados no quadro acima, em termos globais verifica-se um aumento
significativo (878,67%), que se deve essencialmente ao aumento dos proveitos registados na
rubrica Outras rubricas de Proveitos e Ganhos (1110,30%). Essa enorme variação explica-se
pelo facto de em 2013, o valor da conta 74 – transferências e subsídios correntes obtidos não
reflectir a totalidade do valor afeto ao ACeS.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
201
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS No presente Relatório evidenciaram-se as atividades desenvolvidas pelos profissionais do ACeS
BV, tendo em consideração as linhas estratégicas definidas no Plano de Desempenho, das
quais se destacam:
- Unidades Funcionais – Foram constituídas 4 novas unidades funcionais (3 USF e 1 UCC) e
reorganizadas as UCSP´S.
- Recursos Humanos – de 2013 para 2014, houve uma diminuição de 55 profissionais, com
especial enfoque nos assistentes técnicos, médicos de medicina Geral e Familiar e assistentes
operacionais.
- População Residente (2013) – Continua a constatar-se o envelhecimento da população,
traduzindo-se por um lado no aumento do índice de envelhecimento (138,4%), de
dependência de idosos (29,1%) e longevidade (48,7%) e por outro na diminuição da taxa de
natalidade (7,93%o) e no saldo fisiológico negativo (-904).
- População Inscrita – De acordo com os dados do SIARS, corrigidos com os dados reais do
ACeS, havia em 31/12/2014, 384.627 utentes inscritos, dos quais 358.008 com médico de
família.
- Mortalidade Infantil – Apresenta no global, uma tendência decrescente, com uma taxa de
2,07%o, que é inferior à da Região Centro e Continente, o que nos posiciona num lugar acima
do nacional, que tem a sexta taxa de mortalidade infantil mais baixa da União Europeia.
- Mortalidade Geral – A primeira causa de morte na Região do Baixo Vouga, à semelhança da
Região Centro e de Portugal, são as doenças do aparelho circulatório, apresentando a Região
do BV valor inferior (149%o). A relação de masculinidade dos óbitos para todas as causas foi de
98,8 óbitos masculinos por cada 100 femininos. A idade média de morte, por todas as causas,
foi de 77,3 anos.
- Anos de vida potencialmente perdidos – O número médio de anos de vida perdidos (ano
2012) no Baixo Vouga (14,4) foi superior ao de Portugal (14,2) e ao da Região Centro (14,0). No
entanto, as taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos no Baixo Vouga foi a mais
baixa, com 3.231,2%ooo, comparativamente com Portugal (3.606,4%ooo) e Região Centro
(3.570,8%ooo).
- Morbilidade – De acordo com a ICPC2, destaca-se com maior número de registos o capítulo
das doenças do sistema músculo-esquelético (283.370) o que corresponde a 16,0% do total
dos registos, seguindo-se os do aparelho circulatório, endócrino, metabólico e nutricional,
aparelho respiratório e aparelho digestivo, respectivamente com 11,4%, 11,3%, 10,0% e 9,2%.
O problema com maior número de registos, quer na prevalência, quer na incidência, são as
alterações do metabolismo dos lípidos, seguida da hipertensão sem complicações.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
202
- Indicadores de Produtividade – Houve um aumento do número de consultas realizadas de
2013 para 2014.
- Indicadores de Acesso – Salienta-se um aumento da taxa de cobertura de consultas pelo
próprio médico, pelo enfermeiro de família e de visitas domiciliárias de enfermagem.
- Indicadores de Qualidade Técnica/Efetividade – Houve uma melhoria nas diferentes áreas
de intervenção: vigilância, promoção da saúde e prevenção da doença nas diferentes fases da
vida; vigilância oncológica/rastreios; e vigilância clínica nas situações de doença crónica. No
que se refere ao PNSE no ano letivo 2013/2014 foram abrangidas as 4 áreas de intervenção: a
Saúde Individual e Coletiva; a Inclusão Escolar; o Ambiente Escolar e os Estilos de Vida. Foram
alvo de intervenção 100% das escolas nos diferentes níveis de escolaridade incluindo as
escolas profissionais e privadas, com pelo menos uma atividade. No PNPSO foram utilizados,
no global, 16.830 cheques-dentista, dos 23.216 cheques emitidos, refletindo uma taxa de
utilização de 72,5%.
- Indicadores de Eficiência – Houve um aumento da prescrição de medicamentos genéricos e
uma redução do custo médio de medicamentos faturados por utilizador.
- Saúde Ambiental - Foram realizadas 593 análises bacteriológicas e 257 análises Físico-
químicas às águas de consumo humano, das quais 506 (85,3%) cumprem os requisitos
necessários. Nas águas das piscinas foram realizadas 747 análises bacteriológicas e 280
análises Físico-químicas, das quais 635 (85%) cumprem os requisitos necessários. Nas águas
balneares regista-se o cumprimento em 83,2% das análises. Foram produzidos, em 2014, no
ACeS, 26.664,88 Kg de resíduos do grupo III e 2.916,95 Kg de resíduos do grupo IV.
- PPCIRA - Foi realizado, em 63% das unidades funcionais, o diagnóstico de situação de
instalações e equipamentos, circuitos e procedimentos, com recurso a chek-list diagnóstica.
- DDO - Em 2014 foram notificados, 462 casos de doenças dos quais 122 foram novos casos.
- Vacinação - A avaliação do PNV através do SINUS vacinação, do esquema “cumprido”,
mostra que os resultados de cobertura vacinal se situam acima dos 95%, para os grupos
etários dos 2, 7, 14 e 18 anos.
- Projetos de intervenção comunitária – Apresentou-se um vasto conjunto de projetos que
visam a educação, a prevenção, promoção e proteção da Saúde realizados em diferentes
grupos da população e em diversas áreas: preparação para o parto e parentalidade; prevenção
de acidentes; promoção de ambientes saudáveis; promoção de atitudes corporais corretas;
alimentação saudável; saúde oral; saúde mental; comportamentos aditivos; sexualidade;
atividade física; hipertensão arterial; diabetes; obesidade; promoção da autonomia e
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2014
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independência; prevenção da violência doméstica; demência; incontinência urinária e estilos
de vida saudáveis.
- Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – Na ECCI, a taxa de ocupação variou
entre 35% e 84,7%; a taxa de eficácia de visitação domiciliária nas primeiras 24 horas oscilou
entre 66,7% e 100%.
- Exposições – Em 2014 houve 496 exposições, das quais 482 foram reclamações (81 sem
irregularidade no serviço), 11 elogios e 3 sugestões.
- Formação – O ACeS promoveu e realizou 18 formações em serviço em diferentes áreas.
Tiveram formação, em diferentes áreas, 282 estagiários e internos.
- Atividade científica/investigação – Apresentaram-se alguns trabalhos de investigação, em
diferentes áreas: saúde oral, cidadania, hipertensão arterial, gravidez, obesidade e qualidade.
Destaca-se, o facto destes trabalhos, terem sido alvo de divulgação externa em reuniões
cientificas e ou publicações e até de atribuição de prémios.
- Parcerias – Os profissionais do ACeS integram diversas parcerias no âmbito da promoção e
proteção de saúde na comunidade: rede social, rendimento social de inserção, CPCJ, NACJR,
intervenção precoce, comissão municipal de educação, e comissão municipal de proteção civil;
- Juntas Médicas – Em junta médica, foram observados 1940 utentes e avaliados 1885. Por
período foram, em média, observados 19,4 utentes e avaliados 18,85.
- Orçamento Económico Custos e Perdas - O ACeS cumpriu as metas estipuladas no tocante ao
controlo de execução do referido orçamento.
Neste relatório ficou bem patente o trabalho desenvolvido pelas unidades funcionais do ACeS
com o cidadão, no acompanhamento do seu ciclo de vida em situações de saúde e doença,
bem como a preocupação com a família, na vivência das suas transições normativas e
acidentais, com especial enfoque no cidadão, família e comunidade, como cliente e recurso.
Realça-se que, para a consecução daquele trabalho, há um conjunto de outros domínios de
atividade, transversais que se apresentam como suporte fundamental à sua boa execução.
Não obstante algumas carências (recursos humanos, equipamentos, instalações e sistemas de
informação), pode concluir-se, que no ano de 2014, o ACeS deu resposta ao seu Plano de
Desempenho e ao Plano Nacional de Saúde 2012-2016.
Assim, num contexto de avaliação geral, poder-se-á considerar que o grau de realização das
atividades planeadas e das metas previstas para o ano 2014, é francamente positivo,
mantendo-se o caminho para se continuar a progredir na concretização das atividades
cometidas ao ACeS, bem como, a contribuir ativamente para a melhoria do estado de saúde da
população.