Upload
lexsales1238
View
154
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
1/39
Curso Tcnico de Eletrnica com habilitao em indstria
RELATRIO DE ESTGIO
Alex Sandro Sales da Silva
Campina Grande PB
Agosto de 2006.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
2/39
ALEX SANDRO SALES DA SILVA
RELATRIO DE ESTGIO
Relatrio de estgio apresentado como requisito para obteno
do ttulo de Tcnico na rea de eletrnica com pela EscolaTcnica Redentorista ETER, desenvolvido junto a Coteminas
S.A. no Perodo de 03/04/06 a 03/10/06.
Campina GrandePB
Agosto de 2006
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
3/39
ESCOLA TCNICA REDENTORISTA
______________________________________________________
Pe Edvaldo Alexandre de Brito
Diretor
____________________________________________________
Maria de Ftima Cavalcanti
Gerente Pedaggica
___________________________________________________
Clber
Coordenador de rea de Ensino - Indstria
__________________________________________________
Maria Jos N. de Souza
Chefe do Setor de Estgio
________________________________________________
Silzonaldo Eugnio de Sousa
Secretrio Escolar
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
4/39
________________________________________Srgio Fernandes
Engenheiro Eltrico responsvel
________________________________________
ArthurEngenheiro Eltrico da tecelagem
_______________________________________Jairo Alves de Brito
Encarregado da eltrica na tecelagem
______________________________________Alex Sandro Sales da Silva
Estagirio da rea de eletrnica
http://www.coteminas.com.br/scripts/cgiip.exe/WService=coteminas/cmb/port/visitante/entrar.htmhttp://www.coteminas.com.br/scripts/cgiip.exe/WService=coteminas/cmb/port/visitante/entrar.htmhttp://www.coteminas.com.br/scripts/cgiip.exe/WService=coteminas/cmb/port/visitante/entrar.htm5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
5/39
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado fora e coragem nos momentos mais difceis, a todos
aqueles com quem tenho convivido e que me deram fora, incentivo e inspirao
para concretiz-lo. Aquelas pessoas que quando deveriam ser simplesmente
presentes, foram amigas e, em sua amizade, me compreenderam e incentivaram a
seguir esse caminho Tcnico. Aos professores e coordenadores que fizeram parte
do meu aprendizado no curso Tcnico que escolhi, aos colegas de turma. A
Coteminas pela oportunidade de estgio auxiliando sempre e incentivando com
apoio tecnolgico e pessoal, proporcionando assim o crescimento tanto em
conhecimento quanto em experincia profissional. A equipe eltrica da empresa que
sempre me auxiliou em minhas atividades, agradecendo pela oportunidade dada
para a realizao deste estgio, e por toda experincia repassada. A todos aqueles
que de forma direta ou indireta contriburam para a realizao deste relatrio. Em
especial aos familiares que estiveram sempre presentes.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
6/39
SUMRIO
INTRODUO
2. ASPECTOS FSICOS DA EMPRESA 08
3. INDENTIFICAO E COMPETNCIA DO SETOR DE REALIZAO
DO ESTGIO
12
4.0 O ESTAGIO 19
5.0 FUNCIONAMENTO DA MAQUINA 20
6.0 MONTAGEM DA ENGOMADEIRA 28
7.0 CABEAMENTO 32
8.0 O PAINEL PRINCIPAL 33
9.0 CONCLUSO 36
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
7/39
1-INTRODUO
ORelatrio de estagio na rea tcnica de eletrnica, realizado na indstria de
fiao e tecelagem, Coteminas S.A. visa descrever a experincia e a contribuio
dada empresa, graas ao conhecimento adquirido no curso de tcnico em
eletrnica da Escola Tcnica Redentorista.
A empresa forneceu as condies necessrias para aplicao dos
conhecimentos da rea de eletrnica e eletrotcnica, isso porque a mesma esta em
processo de montagem das maquinas da tecelagem. As atividades descritas neste
relatrio so referentes ao processo produtivo da fabrica e montagem das
maquinas que integram a pr-tecelagem e Tecelagem, e uma sucinta descrio dos
processos de fabricao do tecido (produto acabado) a preparao para a
tecelagem e confeco do tecido, com nfase em trs maquinas principais; a
Urdideira, Engomadeira, e Tear.
Descrevo neste relatrio as atividades realizadas durante meu estagio onde
foi na montagem da engomadeira e teares alm de manuteno corretiva.
Na primeira parte do relatrio ser descrita o funcionamento da fabrica na produo
de fios e o processo aps fiao, mais precisamente a tecelagem, Uma descrio da
parte eltrica da engomadeira numa viso tcnica da montagem. A sua atualizao
e problemas mais freqentes. Como tambm descrevo com clareza todo o processo
produtivo da empresa, o seu ramo de atividade e o perfil da empresa, alem dos
conhecimentos que pode ser aplicado na montagem e na manuteno corretiva das
maquinas de tecelagem.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
8/39
2. ASPECTOS FSICOS DA EMPRESA
2.1. PERFIL GERAL DA ORGANIZAO:
A Coteminas a empresa lder no Brasil no ramo txtil de cama mesa e
banho, aps a fuso com a multinacional Spring, Lder do mercado Norte Americano,
a coteminas tornou-se a maior empresa txtil do mundo, com um patrimnio liquido
avaliado em Um bilho de dollares, a Unio entre a consolidada empresa Americana
com a produtividade e tendncia de crescimento da Coteminas gerou a gigantesca
Multinacional chamada de Spring Global.
O negocio foi bom para as duas empresas, pois a Spring vinha a alguns anos
sofrendo com a concorrncia dos paises asiticos que se tornam competitivos devido
a mo de obra barata. J para a Empresa Brasileira que vem em crescimento a
algum tempo a unio possibilitou a entrada da empresa no mercado Americano,
aproveitando o mercado conquistado pela Spring. A Coteminas foi a mais beneficiada
com a fuso, pois tem mais possibilidade de crescimento, enquanto ela abre mais
empresas a Spring tem fechado algumas unidades nos Estados Unidos, foi por isso
que a Coteminas iniciou a ampliao da unidade de Campina Grande com a
implantao da Tecelagem, onde antes s era produzido fios.
2.2. INFORMAES CADASTRAIS
2.3. RAZO SOCIAL
Coteminas S.A.
2.3.1. NOME FANTASIA
Coteminas
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
9/39
2.3.2. ENDEREO
Ala SudoesteBR 230 S/N
Distrito IndustrialCampina Grande. PB
2.3.3. CNPJ DO MF
07.663.140/0006-01
2.3.4. LOGOMARCA:
2.3.5. FUNCIONRIOS
A empresa em Campina Grande dispe atualmente mais de 1500
empregados.
2.3.6. RAMO DE ATIVIDADE
Fiao e Tecelagem
2.3.7. MISSO
Contribuir com o bem estar da comunidade onde a empresa se instala, este
o objetivo da empresa que se preocupa com a responsabilidade social. A empresa
conta com o apoio da fundao formare para dar oportunidade a jovens carentes da
comunidade, visando capacita-los para a vida profissional, ensinado segurana no
trabalho, eletrnica, ingls, qumica entre outros. Os jovens estudam na empresa
com professores voluntrios que cedem seu tempo de trabalho para compartilhar
http://www.coteminas.com.br/scripts/cgiip.exe/WService=coteminas/cmb/port/visitante/entrar.htm5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
10/39
seus conhecimentos com os alunos. Alm disso, a Coteminas mantm uma escola
onde centenas de crianas estudam gratuitamente, tendo o reconhecimento de toda
a sociedade.
2.3.8. VALORES DA ORGANIZAO
tica, respeito s pessoas, responsabilidade e comprometimento, satisfao
dos clientes e inovao.
2.3.9.VISO
Estar entre as melhores empresas de Fiao e Tecelagem do mundo, devido a
isso a Coteminas se uniu com a lder do mercado americano A Spring, tornando-se
uma multinacional com boas perspectivas de crescimento visando o mercado
mundial.
2.3.10. OBJETIVO
Atuar com excelncia na industrializao e produo de tecido,
especialmente na rea de cama, mesa e banho, como tambm no melhoramento da
vida da sociedade ao seu redor.
2.3.11.FUNDAO
Jos Alencar em 1950 com um emprstimo de seu irmo abriu a loja de
tecidos e calados chamada de A queimadeira, apenas com 18 anos j contava
com grande conhecimento de mercado e dos melhores preos dos fornecedores,
isso devido ao seu trabalho de balconista em lojas do ramo. E em 1967 com o
emprstimo da Sudene o atual vice-presidente funda a companhia de tecidos norte
de minas Coteminas. Em1975 inaugurada, em Montes Claros (MG), a primeira
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
11/39
fabrica das 16 fbricas que a Coteminas possui hoje. O atual presidente da empresa
eu Filho Josu Gomes da Silva, responsvel pelo atual crescimento da empresa, a
qual foi eleita em 2004 a empresa do ano, e hoje considerada a maior empresa de
Cama, Mesa e Banho do mundo.
3. INDENTIFICAO E COMPETNCIA DO SETOR DE REALIZAO
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
12/39
DO ESTGIO
3.1. REA DE ATUAO
O estagio descrito nesse relatrio referente experincia na montagem da
maquina chamada de Engomadeira, ou maquina de engomar os fios, Ela
indispensvel no processo, sendo a maior maquina da tecelagem e tambm a mais
rstica, todos os fios que se transformaro em tecido passam pela engomadeira,
isso para prepar-los para a tecelagem, pois a fabricao do tecido um processo
muito dinmico e exige uma resistncia mnima nos fios que entram nos teares.
A montagem referente a parte eltrica e d maior ateno aos
conhecimentos da rea que no esto na grade curricular do curso de industria, mas
que toda via foram utilizados na montagem.
3.2. PROCESSO PRODUTIVO DA FIAO
3.2.1. A PRODUO DOS FIOS
A produo de fios de algodo comea no beneficiamento do algodo e
classificao do mesmo, quando o fio tem em sua estrutura essa fibra natural, so
avaliadas suas caractersticas fsicas como resistncia, elasticidade, densidade,
brilho, etc.Os maiores produtores de algodo do mundo so: Estados Unidos,
Rssia, China, Brasil, Paquisto e Egito. Essa fibra tem suas vantagens na produo
de fios, pois apresentam um produto final mais confortvel, todavia o algodo tem
uma vida til menor do que os produtos feitos com fibras sintticas, alem de se
necessitar de uma limpeza, antes da transformao da fibra em fio. O algodo
industrial muito mais sujo do que o algodo colhido manualmente, devido ao uso
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
13/39
de maquinas que colhem o algodo no campo em larga escala. Por causa disso
existem nas fabricas de fios, algumas maquinas que realizam a limpeza do algodo
antes de o levarem a fiao.
O algodo que colhido tambm prensado em fardos e levados at a
fabrica, onde tem as maquinas que fazem descompactao do fardo, transformando-
o em pequenos flocos, esses flocos so levados por suco para as outras
maquinas da abertura, essa maquina conhecidas na fabrica pelo nome de Unifloc.
Existem tambm na, abertura as maquinas que realizam a limpeza do algodo, so
elas: Uniclean e Uniflex. Quando as fibras so apenas de fibras sintticas no se
necessita passar pelas maquinas de limpeza existe na tubulao um sistema de by-
pass que manda as fibras direto para as Cardas.
As Cardas so maquinas que recebem os flocos de algodo e transformam-
no em uma manta, que por sua vez compactada e sai em forma de fita, a fita
bobinada em um tambor. Esse tambor com fita de carda vai para o passador 1, seis
tambores de carda so unidos no passador e formam uma nica fita mais densa que
a anterior .O mesmo acontece no passador 2, s que com fitas do passador 1.
S ento as fitas do passador 2 vo para o Filatrio Open end para se fazer
os fios propriamente ditos. O Open end a maior maquina da fiao, nela que so
produzidos os fios. Ela tem vrios fusos (locai onde feito e bobinado o fio) cada
fuso recebe a fita do passador 2 e vai retorcendo e transformando a fita em um fio,
que enrolado em um tubete para se tornar uma bobina de fio. Quando a bobina
esta no tamanho certo um Rob chamado de WA vem e retira a bobina cheia,
fazendo que ela caia numa esteira para ser retirada da maquina pelo operador. Esse
rob tambm faz as emendas dos fios quando se rompem agilizando o processo. O
WA um rob viajante movido por um motor de translao chamado M303, devido
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
14/39
ao seu constante movimento e reverses constantes esse motor muito
problemtico, a fabricante Rieter vem procurando melhorar isso com a utilizao de
inversores de freqncia e troca do motor, alem de diminuir os choques mecnicos
da maquina na parada. Um dispositivo mecnico chamado triket que acopla na
maquina na hora da paradaesta sendo retirado e no seu lugar colocado sensores
pticos para identificar o fuso onde o WA deve parar.
A retorcedeira uma maquina usada para retorcer e dar mais resistncia ao
fio que sai do Open end o chamado fio singelo (frgil) passa a ser fio retorcido. O fio
retorcido j tem resistncia e por isso no precisa ser engomado, mesmo assim ele
passa pela engomadeira na pr-tecelagem para fazer a unio dos rolos produzidos
na Urdideira. Mas isso veremos adiante.
3.2.2. FLUXOGRAMA DE UMA FIAO
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
15/39
3.3. A PREPARAO PARA TECELAGEM
O setor de preparao para a tecelagem cria as condies para os fios
possam ser transformados em tecido. aonde os fios que vem em bobinas se
transformam em rolos e posteriormente so engomados para serem levados aos
teares. As Principais maquinas da preparao so: Urdideira, Engomadeira e
Conicaleira
3.3.1. URDIDEIRA.
A Urdideira a maquina que transforma, varias bobinas de fio em um nico
rolo, com todos os fios em paralelo. O seu funcionamento simples, o operador
coloca na gaiola todas as bobinas e passa cada fio por um sensor capacitivo, esse
sensor atua quando um fio se rompe, e para a maquina imediatamente. Os fios so
levados a um pente de forma que entrem no Rolo completamente em paralelo, Um
motor controlado por torque faz a rotao do bobinador. Quando a maquina para
necessrio um freio bastante rpido, para evitar que o rolo seja bobinado com fios
Cardas Passador 1Sala deabertura
Retorcedeira
Filatrio
Open end Passador 2
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
16/39
faltando, por isso usa-se um freio pneumtico que rompe a inrcia do rolo no
momento da parada de um sensor, por exemplo.
A velocidade da maquina tem que ser controlada, pois isso dita o estiramento
do fio, se a velocidade de uma Urdideira for maior que a de outra Urdideira os seus
rolos tero tenses e tamanhos diferentes na engomadeira. Ocasionando
desperdcio de tempo e material.
Vrios rolos de Urdideira se transformam em um rolo de Engomadeira, o
processo tem que ser sncrono, a equipe responsvel pela produo define o artigo
que ser engomado, a metragem dos rolos, a composio da goma e a quantidade
de fios por rolo. Porem, basicamente, a Urdideira faz a reunio de fios, de forma
paralela e de comprimento pr-definido para alimentar a Engomadeira.
Na Coteminas foram montadas quatro Urdideiras at o momento, duas so da
West Point e duas da McCoy.
3.3.2A ENGOMADEIRA
A Engomadeira a maquina responsvel pela produo dos rolos de teares,
para isso a engomadeira rene vrios rolos de Urdideira em um nico rolo com
maior quantidade de fios em paralelo. Alem disso reveste os fios com uma camada
de goma para que ganhem resistncia e diminuam o atrito provocado pelos teares
no entrelaar dos fios. na Engomadeira que se definem a largura do tecido e o seu
tamanho.
Pra se engomar os fios feita uma mistura de produtos para se produzir a
goma, geralmente cada artigo tem um tipo de goma. Os fios devem passar pela
caixa de goma de forma que no receba nem muita, nem pouca goma, por isso
que existe um sensor de umidade que controla toda a velocidade dos motores, pois
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
17/39
um fio com muita goma pode colar os fios uns nos outros, causando rompimento dos
fios nos teares quando os mesmos chegam ao pente, j fio com pouca goma no
tem resistncia para suportar as batidas dos teares.
A Engomadeira montada na tecelagem foi da fabricada pela Ira Griffin, ela
possui duas caixas de goma e suporta at 24 rolos de Urdideira na gaiola. Todo o
processo pode ser monitorado e controlado por um IHM com comando touch-screen
localizado na cabeceira da maquina. Tambm existem clulas de carga na maquina
que informam ao CLP a tenso ou estiramento dos fios em cada ponto da maquina.
Um problemtico dispositivo de freio pneumtico tambm encontrado nessa
maquina, o controle dele realizado por um transdutor de corrente/presso que
recebe um sinal analgico do CLP, o freio deve ser sncrono com a rotao dos rolos
ou pode-se ter folga nos fios ou at mesmo rompimento dos mesmos. Esse controle
muito difcil de fazer, alem do que h mais problemas mecnicos. Atualmente o
freio festa sendo substitudo por um freio via inversor de freqncia com resistor de
freio reostatico que permite maior preciso.
Antes de se levar o rolo para os teares os fios devem passar pelo processo de
remeteo, que faz com que os fios passem atravs dos lios e permita que o
urdume no tear poa abrir e fechar a cala, para a insero da trama. Nesse processo
cada fio passado numa pua manualmente, um fio passa num lio oposto ao do
outro, como no tear em movimento, dois lios sobem enquanto dois descem, metade
dos fios vo para cima e a outra metade para baixo, abrindo a cala para que o jato
de ar lance a trama.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
18/39
3.3.3. OS TERARES
O tecido produzido nos teares, o processo se constitui no entrelaamento
de fios de urdume com os fios de trama, a forma como o fio se entrelaa que
distingui um tecido do outro. Para saber como isso feito temos que entender como
distinguir trama e urdume.
Urdume a parte do tecido constituda de fios verticais que so mais
resistentes que a trama, eles constituem o rolo de urdume, que recebem um pedao
de fio de trama transversalmente a cada abrir e fechar da cala. A trama o fio
horizontal do tecido, um pedao de fio singelo que lanado dentro da cala,
depois entrelaado e compactado pelo pente,quando rasgamos um tecido podemos
notar que um dos lados mais fcil de rasgar, isso porque estamos rasgando a
trama.
Os teares montados na tecelagem da Coteminas so da Sulzer e Tsudakoma
nos respectivos modelos: Sulzer L5300 e Tsudakoma ZA 205.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
19/39
4.0 O ESTAGIO
O estagio na rea de eletroeletrnica teve a durao de seis meses de
03/04/2006 a 03/10/2006. As atividades realizadas estam descritas abaixo.
Curso da NR 10 03/04/2006
Estudo das apostilhas sobre produo txtil 10/04/2006
Estudo da Central de tratamento de ar 24/04/2006
Estudo da Caldeira Funcionamento e comandos 02/05/2006
Estudo dos semicondutores 10/06/2006
Estudo de rolamento de motores 17/05/2006
Atualizao do rob WA 00/00/0000
Estudo dos manuais da Sulzer L5300 00/00/0000
Visita a fabrica de Natal 05/06/2006
Inicio da Montagem da engomadeira 20/07/2006
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
20/39
5.0 FUNCIONAMENTO DA MAQUINA
Como j foi dito a Engomadeira tem como principais funes reunir rolos de
Urdideira em um nico rolo e de engom-los para que os mesmos tenham
resistncia e menos atrito no processo de tecelagem. Isso feito de forma
planejada, para que se evite desperdcio de material. Para se entender o
funcionamento da maquina necessrio saber como a diviso do corpo da
maquina. A Engomadeira dividida em cinco partes principais: Cabeceira, Campo
seco, Cilindros de secagem, Caixas de goma e Gaiola.
5.1 A GAIOLA
A gaiola tambm chamada de estande de rolos, ou seja, o lugar onde se
colocado os rolos de Urdideira que sero puxados pelos motores para as caixas de
goma, os rolos so estirados no momento que a maquina comea a puxar os fios,
para se manter essa tenso no momento de parar a maquina a gaiola tem freios
pneumticos que no deixa os rolos continuarem rodando com a maquina parada
fazendo que os fios folguem. O Clp controla esse tencionamento nos fios, baseado
nas informaes obtidas pela clula de carga, localizada na entrada das caixas de
goma, o freio controlado pelo transdutor de corrente/presso I/P, que transforma
um sinal de corrente vinda do Clp em um determinado valor de presso de ar
comprimido nos discos dos freios.
Na gaiola pode ser colocado cerca de 24 rolos de Urdideira que sero
reunidos antes de entrar a manta nas caixas de goma. na gaiola que se faz a
diviso dos fios de cada rolo, os operadores seguram um barbante entre um lado e
outro dos rolos e soltam-no entre os rolos para que saiam do outro lado da maquina
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
21/39
e possam serem novamente separados, isso garante que os fios de um rolo no
saiam colados nos fios de outro rolo.
5.2 CAIXAS DE GOMA
Na caixa de goma ocorre o mais importante processo da engomadeira, o fio
mergulhado em uma mistura de goma especifica para o artigo, a goma preparada
na cozinha de goma e enviada para as caixas via uma bomba hidrulica, essa
mistura mantida em volta de 90C com o auxilio do vapor vindo da Caldeira.
Existe tambm um controle de nvel bastante sofistica para manter os
recipientes cheios de goma, um borbulhador colocado dentro da caixa, esse
conectado a duas mangueiras, uma que sopra e outra que envia o ar de retorno para
o transdutor de presso/corrente P/I, esse transdutor manda o sinal analgico para
as entradas analgicas do Clp. Quando o nvel sobe o borbulhador faz retornar mais
ar e a corrente no P/I aumenta.
H dois nveis ou dois recipientes; o Pan e o Sump, a goma entra primeiro no
pan e depois transborda para o sump, como se fosse uma barragem que se enche
na caixa.
Tambm h uma bomba hidrulica que realiza a circulao da goma quando
o boto Stop pressionado. O sistema de recirculao permite que um barramento,
chamado Spray bar lance jatos de gomas sobre os fios entre um rolo e outro. Um
filtro chamado Sweco faz a limpeza da caixa, ele funciona como se fosse uma
peneira que faz movimentos circulares, gira graas a um excntrico acoplado no seu
interior.
Dois motores em cada caixa de goma, Draw Roll e Size Box, ambos de 10 HP
e controlados por inversores de freqncia e com resposta via encoder. Por todos os
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
22/39
lados a caixa de goma tem botoeiras que facilitam a operao na maquina, cada
botoeira tem os botes FAST, SLOW, CREEP e STOP que corresponde s
velocidades da maquina.
Os fios saem das caixas de goma e vo para os cilindros secadores (Drycans)
para que eles cheguem ao rolo final bobinador secos e no colem devido ao
excesso de goma ainda mida nos fios. Os motores das caixas devem ter uma
rotao menor do que os rolos secadores, isso para que os fios tenham um
estiramento mnimo, o software controlador faz um calculo e envia o sinal adequado
para a rotao da caixa ser um pouco inferior a rotao do Drycans.
5.3. DRYCANS
Os cilindros secadores como o prprio nome diz so utilizados para aquecer
os fios at sec-los, esse aquecimento conseguido atravs de vapor liberado para
dentro dos cilindros por vlvulas, a Caldeira que produz o vapor e o envia para a
Engomadeira. A maquina possui 26 cilindros, revestidos com teflon para que os fios
engomados no colem nos cilindros, porque isso faria com que os motores se
esforassem mais para descolar os fios, alem das quebras de fios durante o
processo. Os 26 cilindros so divididos em 9 grupos cada um com um sensor de
temperatura especifico, no nosso caso um PT-100. Os mdulos do Clp prprios para
RTDs recebem o sinal dos PT-100 e controlam a entrada de vapor nos cilindros.
interessante notar que o sensor de umidade esta posicionado na sada do
Drycans e por isso a velocidade dos demais motores depende da rotao do
Drycans, que por sua vez depende das informaes vindas do sensor de umidade
ou Moisture. Toda a velocidade dos cilindros proporcionada por apenas um motor,
que acoplado a um servo-motor e a transmisso feita por uma correia para os
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
23/39
demais rolos de secagem. O motor tem a potencia de 10 HP e alimentado com
460 VAC.
A Engomadeira foi projetada para que todos os seus cilindros tenham a
mesma velocidade perifrica, apesar de ter dimetros diferentes. Na verdade a
velocidade perifrica que importa no controle via inversores de freqncia, pois a
mesma rotao em rpm no tem o mesmo efeito de um motor para o outro. Todas as
vezes que se necessita fazer uma troca de motor, devesse fazer a conferencia da
velocidade com um Tacmetro, em cada Cilindro da maquina, e modificar a rotao
em rpm dos inversores caso seja necessrio atingir as velocidades perifricas
desejadas.
5.4. CAMPO SECO
O campo seco aonde os fios chegam para serem bobinados, logo aps a
secagem nos cilindros de secagem e antes da cabeceira, no campo seco os
operadores dividem os fios de cada rolo separando-os com a ajuda dos barbantes
colocados l na gaiola, entre esses fios so colocadas varetas metlicas que ficam
separando os fios durante todo o processo. O campo seco uma parte muito
delicada da maquina, pois necessita de um trabalho sncrono entre a velocidade da
maquina e o freio pneumtico no rolo chamado de Delivery Roll. A clula de carga
do campo seco verifica a teno existente nos fios que saem do drycans para o
bobinador, quando a tenso aumenta mais do que a tenso desejada o Clp faz com
que o freio atue, isso diminui a tenso do drycans para o Delivery roll, como a
maquina continua em rotao os fios folgam no campo seco, ento a clula de carga
informa ao Clp que a tenso diminuiu, o Clp envia um sinal para o I/P que regula a
presso do freio, isso faz com que o freio diminua e ento o bobinador que esta
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
24/39
exercendo fora no delivery roll e encontra os fios folgados gira com velocidade
mxima para manter os fios tencionados. Porem, esse tencionamento tem que ser
muito preciso, ou seja, os fios no devem folgar demais, pois no momento de se
estabelecer a tenso o bobinador que controlado por torque gira muito rpido e
isso causa rompimento dos fios e a produo perde o pente.
Exemplo do funcionamento do Campo seco.
5.5. A CABECEIRA
Delivery roll
freio pneumtico
Clula de cargaClula de carga
camposeco
Drycans
Bobinador
Campo seco
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
25/39
A cabeceira onde o rolo sai para ser levado aos teares, os dois maiores
motores da maquina esto na cabeceira, so eles Tailstcok e Headstock. Cada um
de um lado do rolo bobinador ou Beamer. So motores de 15 HP controlados por
inversores de freqncia.
O controle do bobinador feito atravs do seu peso, a relao a seguinte;
quando o rolo esta no final, cheio de fio, com dimetro maior, a sua rotao menor.
J no comeo do rolo sem fios, com dimetro menor a rotao tem que ser maior.
Isso feito com um controle de Torque, quanto mais peso o bobinador tem, maior
a corrente consumida no trabalho, como a grandeza de controle do inversor so:
tenso e freqncia V/F. Para se aumentar a corrente tem que se aumentar
tenso, aumentando-se a tenso a freqncia diminui e vice-versa.
V = I
F F
Tambm na cabeceira que encontramos o cilindro chamado de Delivery roll,
ou entregador, esse cilindro tem um motor prprio que s funciona em marcha lenta
e com o bobinador desligado. Esse motor serve apenas para ajudar os operadores a
puxar os fios dos rolos com as mos. Alem desse motor existe no eixo do delivery
roll um freio pneumtico que controla a tenso no campo seco como j foi visto.
Na frente da cabeceira h algumas botoeiras para os demais controles da
maquina, veremos agora a funo de cada uma delas.
5.5.1. Botoeiras De Emergncia
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
26/39
So duas botoeiras de emergncia na cabeceira da maquina, estam em srie
e quando atuadas desarmam os quatro rels de emergncia, que bloqueiam os
inversores por function loss.
5.5.2 Botoeiras De Velocidades
Como em toda a maquina h na cabeceira dois jogos de botoeiras com os
botes Fast, Slow, Creep e Stop.
5.5.3 Chave De Engage E Desingage
Esses dois botes fazem o encaixe e desencaixe do rolo na maquina.
5.5.4 Nip Roll
Esse comando faz com que o cilindro Nip roll se encoste ao Delivery roll
prendendo os fios entre os rolos.
5.5.5 Doff Arm
Doff arm o comando que movimenta os braos da maquina para baixa ou
levantar o rolo antes de acopl-lo ao cavalete, esse comando s executado
quando o pisto que acopla o rolo esta fora. Dois motores, um em cada lado,giram
eixos verticais em forma de um rosca sem fim, isso levanta e baixa os braos.
5.5.6 Rolo De Encosto
O rolo de encosto utilizado para no deixar que os fios bobinados no
Beamer sofram alguma folga durante a bobinagem do rolo. Um pisto sobe e em
costa do rolo maior, so dois pequenos rolos que acompanham a rotao do
bobinador apertando os fios contra ele, isso por traz do Beamer.
5.5.7 O Display Touch Screen
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
27/39
Na cabeceira h um display que permite saber qual so os ajustes da
maquina e modifica-los se necessrio, provido da tecnologia touch screen, ou seja,
no precisa de botes, os comandos so executados via o toque no display.
fabricado pela Quikpainel, permite a comunicao direta entre o Display e o Clp via
um cabo de rede. A tenso de alimentao de 110 VAC.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
28/39
6.0 MONTAGEM DA ENGOMADEIRA
A Engomadeira montada na unidade da Embratex, localizada em Campina
Grande, foi fabricada pela Ira Griffin e atualizada pela Innovative Tecnologies,
ambas americanas. Basicamente a atualizao fez apenas a troca do Clp antigo por
um Clp da Allen Bradley, que por sua vez mais moderno e compacto. O Clp antigo,
fabricado pela, era constitudo por vrios mdulos de Clps, um em cada painel com
uma fonte de tenso especifica pra cada mdulo. Com a mudana apenas um
Painel, o principal, contem os mdulos do Clp alojados em um nico rack.
Na entrada a uma chave seccionadora que suporta at 225 A, recebe da
subestao 575 VAC e vai para o transformador da maquina que baixa para
460VAC. No painel existem oito inversores de freqncia cada um com proteo em
suas entradas via fusveis no barramento DC.
6.1. COMPONENTES ELETRNICOS DA MAQUINA
O processo de engomagem necessita de um controle de temperatura
bastante preciso isso quer disser que a maquina tem que ter bons sensores de
temperatura para realizar um bom processo de controle.
So utilizados sensores que modificam sua resistncia eltrica quando
submetidos a variao de temperatura, ou seja, o PT 100 uma termoresistencia
que tem 100 ohms quando esta submetido a temperatura de 0 C. Isso
estabelecido por norma. Normalmente sua resistncia na temperatura ambiente de
110 ohms. Os PT 100 aumentam sua resistncia medida que se aumenta a
temperatura. Tecnicamente so chamados tambm pelo nome de RTD, sigla que
em ingls quer disser Resistance Thermometer Detector. Na sua maior parte so
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
29/39
feitos de platina ou nquel. Como todo componente o PT-100 tem faixa onde a
resposta no adequada. Maquina so utilizados no controle da temperatura dos
cilindros secadores ou Drycans lendo a temperatura do vapor no interior dos
cilindros
6.2. TERMOPARES
Assim como os PT 100 na Engomadeira encontramos os termopares ou
termoacoplamento, sensores de resposta mais rpida e de maior range de controle,
esses sensores so formados por uma juno de dois metais diferentes em uma
extremidade pontiaguda. Quando essa extremidade recebe uma temperatura
diferente informa ao Clp essa variao em forma de tenso eltrica, funcionam
gerando uma pequena tenso entre os seus dois metais, tal tenso proporcional a
temperatura. So utilizados para aplicaes de mais rapidez, menor preciso e
maiores escalas de temperatura, esto localizados nas caixas de goma.
6.3. CELULA DE CARGA
A Engomadeira trabalha com bobinamento de fios, para no haver
rompimentos dos fios se necessita de um controle da tenso ou estiramento dos
fios, pois isso evita folgas e eventuais estiramentos bruscos que romperiam os fios.
Para isso a maquina conta com treze
Sensores de fora em seu conjunto de cilindros. Esses sensores assim como os PT
100 modificam a sua resistncia e informam ao Clp como esta o processo
controlado, a clula de carga muda seu valor de resistncia de acordo com a fora
exercida sobre ela. De acordo com o Clp folga os fios se os mesmos estiverem muito
tensos ou tenciona se os mesmos estiverem folgados.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
30/39
6.4. TRANSDUTOR CORRENTE / PRESSO
Alguns cilindros na caixa podem apertar os fios mais ou menos de acordo
com o que o Clp necessita, h um dispositivo pneumtico que enche e esvazia como
um pneu e com isso aperta ou no os cilindros das caixas de goma. Esse controle
analgico, o Clp envia um sinal de corrente para um componente chamado I/P que
nada mais que um transdutor, que transforma corrente em presso. O sinal vindo
do Clp de 4 a 20 mA e o I/P recebe 6 bar de presso de ar comprimido, quando ele
recebe 4 mA faz com que seja liberado a menor presso, da mesma forma 20 mA
corresponde a maior presso.
6.5. TRANSDUTOR P/I
Da mesma forma h um sensor de presso que envia um sinal de corrente de 4 a 20
mA para o Clp informando a presso de ar em alguns mecanismos como freis
pneumticos e cilindros. O transdutor P/I tem em sua entrada uma abertura que
recebe uma mangueira com o ar comprimido que ser monitorado e em sua sada
dois bornes de onde sai o sinal para os mdulos do Clp.
6.6. ENCODER
Para se ter um acompanhamento mais preciso da velocidade e metragem dos
rolos e rotaes da maquina utilizado esse componente chamado de Encoder. Um
gerador de pulsos digitais, a quantidade de pulsos estabelecida pelo fabricante e
podem ser de 512, 1024, 2048 PPM (Pulso por minuto). Nos motores da
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
31/39
Engomadeira so utilizados encoderes de 1024 PPM, so importantssimos para o
controle realizado pelos inversores de freqncia, pois para maior preciso no
controle vetorial os inversores precisam de um circuito fechado, chamado malha,
para monitorar o funcionamento do motor. Tambm importante para a segurana
da instalao, pois caso o motor trave o inversor rapidamente entra em reset.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
32/39
7.0 CABEAMENTO
Esses componentes trabalham com sinais analgicos e alguns muito
pequenos como o caso dos termopares, por isso toda a cabeamento foi isolado na
bandeja dos cabos de fora, para evitar que possveis interferncias prejudicassem
o perfeito funcionamento da maquina, os cabos tambm so blindados e a malha de
terra aterrada em um s ponto, para evitar diferena de potencia de uma
extremidade a outra.
O cabeamento da parte de fora, teria que ser quase todo com blindagem
com malha de terra mas devido a um erro de projeto no foi utilizado esse tipo de
Cabeamento, o que talvez venha causar problemas no futuro.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
33/39
8.0 O PAINEL PRINCIPAL
O Painel principal da Engomadeira alimentado por um transformador de 175
KW que recebe em seu primrio a tenso de 575 VAC e cede em seu secundrio a
tenso de
460 VAC. Essa tenso distribuda para as caixas de goma, gaiola e cabeceira,
para alimentar motores menores. Os 460 voltes so levados para um grande
retificador que gera um barramento DC e fornece 620 VDC para os oito inversores
de freqncia da maquina, essa tenso DC aproximadamente, o valor da tenso
de pico da tenso alternada e cai direto no circuito intermedirio dos inversores,
evitando que os mesmos dissipem energia produzindo sua prpria retificao. O
retificador tem um sensor de fluxo de ar para evitar um aquecimento excessivo,
enviando um sinal que bloqueia a maquina caso isso ocorra.
8.1 OS INVERSORES DE FREQUENCIA
O painel tem em seu interior oito inversores de freqncia da Allen Bradley,todos controlam apenas um motor com realimentao via encoder prprio. Ocontrole vetorial e com exceo dos dois Bobinadores o controle via velocidade.O Clp envia para cada inversor um sinal de corrente de 4 a 20 mA ,via suas sadas
analgicas , esse sinal a referencia de velocidade para os inversores, 4mAcorresponde a menor velocidade e 20 mA a maior velocidade.O Clp controla a velocidade de acordo com o que recebe de informao do
sensor de nvel, que nada mais do que duas barras metlicas separadas uma da
outra e conectadas cada uma a um terminal de um cabo coaxial, essa barra mede a
condutividade dos fios engomados e mostra se os mesmos esto midos ou no, o
sinal vai para uma placa antes de chegar ao Clp, o sinal da placa dita a velocidade
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
34/39
da maquina, quanto mais mido, mais lenta a rotao dos motores controlados
pelos inversores.
As entradas digitais dos inversores recebem sinais de rels controlados pelo
Clp e liberam ou no o inversor, um rel de emergncia ESR (Emergence stop relay)
habilita a function loss, que tambm bloqueia o inversor quando em emergncia.
8.2 O CLP ALLEN BRADLEY
O Clp utilizado na atualizao da maquina foi fabricado pela Allen Bradley,
dispe de vrios recursos de programao e mdulos especficos para Clulas de
carga, termopares e demais controles analgicos. O Clp possui dois racks que
somam no total 21 mdulos, constitudos de entradas analgicas, entradas digitais,
sadas a rel, sadas a triac e mdulos para RTDs.
Suas entradas so protegidas por foto isolao e as entradas de maior tenso
tm rels que auxiliam nessa funo. H uma fonte que fornece aos mdulos uma
tenso de 24 VDC, nos mdulos pode-se escolher entre alimentao interna ou
externa com a movimentao de um jumper.
A CPU tem entrada para cabo ethernet e conector DB-9 que permitem a
comunicao do Clp com outros Cpus como PCs e interfaces. O software da
prpria fabricante do Clp, Allen Bradley e se chama RS Logix 500 starter, utiliza a
linguagem lader para definir a programao da maquina.
8.3 MONTAGEM
O principal objetivo da montagem era o de atualizar a maquina. Para isso foi
necessrio retirar boa parte do cabeamento antigo, trocar e centralizar o Clp,
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
35/39
modificar o layout do painel eltrico, lanar os cabos de comando e fora do painel
principal para os demais pontos da maquina, religar todas as botoeiras da maquina,
retirar o antigo sistema de rede dos inversores (Auto Max Network), fazer as
coneces do novo sistema para controle de velocidade via entradas analgicas,
Reviso nos motores das caixas de goma, Troca e reconeco dos PT 100 e
ligao das vlvulas dos cilindros secadores por grupos.
Aps montagem a maquina foi ligada aos poucos, foram constatados poucos
erros de ligao, verificamos a rotao dos motores, programao dos inversores e
o perfeito estado dos componentes eletrnicos existentes na maquina,
permanecendo os montadores com os ajustes do controle da maquina via o Clp.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
36/39
9.0 CONCLUSO
A montagem durou trs meses, at o start-up que foi mais complicado devido
a inexperincia dos montadores com esse tipo de maquina. O controle de tenso na
sada das caixas e no campo seco foi de difcil controle. Essa maquina uma verso
que a Ira Griffin fez, ela diferente dos demais tipos de Engomadeira, pois o motor
Delivery roll no um tracionador e sim um servo motor que funciona apenas em
marcha lenta e tem acoplado ao eixo do rolo um freio pneumtico. At se conseguir
controlar esse sistema foi tomado muito tempo at a liberao da maquina.
Todavia a maquina at hoje apresenta muitos defeitos devido ao freio do
Delivery roll, isso levou a Coteminas a contratar outra empresa de montagem,
modificar esse sistema, a modificao consiste em transformar o motor do Delivery
roll em um motor tracionador controlado por inversor de freqncia, com frenagem
por resistor reostatico, e para isso foi necessrio fazer a atualizao tambm no
software de controle.
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
37/39
ANEXOS
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
38/39
5/28/2018 RELATRIO_DE_ESTAGIO_COTEMINAS
39/39