Upload
haphuc
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE
MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA
MÓNICA SOFIA LAVADO PAES MAMEDE |ALUNA Nº 2010139
LISBOA, 13 DE JUNHO DE 2016
2
AGRADECIMENTOS
Ao Dr. Edmundo Santos, que me acompanhou em Pediatria, por me ter mostrado a
importância da humildade. Ao Dr. Luís Vicente, que me acompanhou em Ginecologia e
Obstetrícia, por me mostrar a importância da relação médico-doente, da dedicação e da empatia.
Ao Dr. Volker Dieudonné, que me acompanhou em Saúde Mental, por me demonstrar que a
firmeza é uma forma de cuidar. À Dr.ª Filipa Nóbrega e a todas as pessoas da Unidade de Saúde
Familiar (USF) de Alfamouro, que me acompanharam no estágio de Medicina Geral e Familiar
(MGF), por me mostrarem o poder de uma equipa aliado à determinação. Ao Dr. Luís Campos,
ao Dr. Arturo Botella e restante equipa, que me acompanharam em Medicina Interna, pela
humanização constante dos cuidados aos doentes. Ao Dr. Pedro Maurício, que me acompanhou
em Cirurgia, pelo sentido de humor, pelo interesse e orientações para o futuro. A todos os
Profissionais de Saúde que me acompanharam ao longo deste ano e que contribuíram para a
minha integração e ganho de autonomia nos diferentes serviços.
A todos os Professores, Academistas e Humanistas, de quem tive o privilégio de ser aluna
ao longo destes seis anos, por me terem ensinado a aprender; e à Faculdade, por me ter dado a
oportunidade de aprender muito mais que Medicina.
Aos meus colegas e amigos, que me acompanharam no caminho e foram caminho em
todos os momentos. À minha família, que são tantos e tão… À minha mãe, que é tudo.
À memória de meu pai.
3
“A Medicina moderna é uma Ciência, porventura a mais jovem de todas,
como o referiu Lewis Thomas, requer a perceção da globalidade do ser humano
doente, na sua dimensão pessoal, física, espiritual e familiar e não pode ser
indiferente ao componente social. Por isso a educação dum Médico é complexa;
não pode ser apenas a aprendizagem de gestos e atitudes que lhe permitam
prática profissional. Requer cultura, sem o que a sua compreensão do indivíduo
doente será sempre limitada; formação científica sólida, sem o que não dominará
as razões da sua atuação e não poderá progredir e inovar; impõe sentido ético e
moral e interesse pelo próximo, sem o que não poderá apreender e viver o espírito
de serviço que deve ser o paradigma da sua profissão.”
in “O Licenciado Médico em Portugal. Core Graduates Learning Outcomes Project.”
4
ÍNDICE
Agradecimentos .............................................................................................................................................................. 2
Índice ............................................................................................................................................................................... 4
1 – Introdução & Objetivos ............................................................................................................................................. 5
2 – Descrição Sumária das Atividades Desenvolvidas ................................................................................................... 6
2.1– Objetivos do Estágio Profissionalizante .............................................................................................................. 6
Estágio Parcelar: Pediatria .............................................................................................................................. 6
Estágio Parcelar: Ginecologia e Obstetrícia .................................................................................................... 7
Estágio Parcelar: Saúde Mental ...................................................................................................................... 7
Estágio Parcelar: Medicina Geral e Familiar ................................................................................................... 8
Estágio Parcelar: Medicina .............................................................................................................................. 9
Estágio Parcelar: Cirurgia ................................................................................................................................ 9
2.2 – Estágio Opcional – Medicina de Emergência e Catástrofe .............................................................................. 10
2.3 – Elementos Valorativos ..................................................................................................................................... 10
3 – Reflexão Crítica ....................................................................................................................................................... 11
4 – Anexos ..................................................................................................................................................................... 13
Anexo 1 – Estágios Parcelares e Opcional ................................................................................................................. 14
Anexo 1A – Estágio Parcelar: Pediatria ........................................................................................................ 14
Anexo 1B – Estágio Parcelar: Ginecologia e Obstetrícia .............................................................................. 16
Anexo 1C – Estágio Parcelar: Saúde Mental ................................................................................................ 18
Anexo 1D – Estágio Parcelar: Medicina Geral e Familiar ............................................................................ 19
Anexo 1E – Estágio Parcelar: Medicina ........................................................................................................ 21
Anexo 1F – Estágio Parcelar: Cirurgia .......................................................................................................... 23
Anexo 1G – Estágio Opcional ........................................................................................................................ 27
Anexo 2 – Atividades Valorativas .............................................................................................................................. 29
Anexo 3 – Outros Certificados .................................................................................................................................. 33
5
1 - INTRODUÇÃO & OBJETIVOS
O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Nova Medical School da Universidade Nova
de Lisboa (FCM-NOVA), compreende em si dois ciclos de estudo, com a duração de 3 anos
cada. O primeiro, pré-graduado, de carácter maioritariamente teórico, confere o grau de
Licenciado. O segundo ciclo, de conteúdos progressivamente mais práticos, culmina no sexto
ano, que se pretende que seja profissionalizante. Este é constituído por uma Cadeira Integradora
(Preparação para a Prática Clínica); uma Cadeira Opcional; e por um Estágio Profissionalizante
da qual fazem parte 7 Estágios Parcelares (Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar, Pediatria,
Obstetrícia e Ginecologia, Cirurgia e Medicina), em sistema de rotação, e uma prova pública de
discussão do Relatório Final1. A FCM-NOVA implementou uma profunda reforma curricular em
20112, que pude acompanhar de perto enquanto membro do Departamento Pedagógico da
Associação de Estudantes e monitora voluntária da cadeira de Tecidos, Células e Moléculas3,
tendo o presente sexto ano assumido um papel de transição entre ambos os planos de estudos
(os 5 primeiros anos inseridos no antigo plano e o último inserido na nova reforma curricular). No
atual contexto político avistam-se, também, alterações à Prova Nacional de Seriação, à
permanência do Ano Comum nos moldes atuais4, aos currículos do Internato Médico de
Formação Específica e a indiferenciação Médica é já uma realidade.
É objetivo deste relatório fazer a síntese e reflexão crítica das atividades realizadas ao
longo do ano letivo de 2015/16, incluindo elementos valorativos relevantes realizados durante o
sexto ano, ou iniciados em anos anteriores, que não foram objeto de prévia avaliação e
classificação5. Perante tal, este relatório irá ter explanadas as atividades que realizei ao longo do
Estágio Profissionalizante, o progresso que fiz, as dificuldades com que me deparei e o
cumprimento dos objetivos propostos, assim como as vantagens competitivas que considero ter
adquirido ao longo do meu percurso. Pretendo também efetuar uma avaliação crítica e
1 - Diário da República, n.º 151, 2ª série, 05/08/2015 2 - Despacho nº 10378/2011, 2.ª Série 17/08 3 - Certificado no Anexo 3, figuras 1, 2 e 3, respetivamente 4 - Diário da República n.º 98, 1.ª Série; 21/05/2015 5 - Circular N.º 07 2016 (Orientações para a Prova final do 6ºano)
6
construtiva da minha formação, por forma a tentar dar o meu contributo para a melhoria do
ensino nesta instituição.
2 -DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 – OBJETIVOS DO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE
Dos vários objetivos, transversais a todos os Estágios Parcelares, destaco: 1- Ganho de
autonomia e competências cognitivas, técnicas e atitudes, através do ensino tutelado e
integração nos diversos serviços; 2- Visão do doente e da doença no contexto integrado e
multifatorial; - Identificação e prevenção de Fatores de Risco biopsicossocial; 3- Realização de
História Clínica, Exame Objetivo, Gestos Clínicos e Atitudes Terapêuticas perante as patologias
mais frequentes consoante as áreas de estágio, em situação aguda ou de ambulatório; 4-
Consolidação dos conhecimentos previamente adquiridos; 5- Aprimorar a comunicação com
doentes, familiares e restante Pessoal de Saúde.
Na descrição de cada Estágio Parcelar avalio o cumprimento dos objetivos específicos,
tendo por base as Fichas de Unidade Curricular ou o documento “Graduate outcomes of
portuguese undergraduate medical education: guidelines for curriculum development”.
Estágio Parcelar: Pediatria – Hospital São Francisco Xavier (14/09/2015 a 10/10/2015)
Durante 2 semanas estagiei no berçário ganhando rapidamente autonomia relativa.
Aprendi a fazer a primeira triagem do recém-nascido (RN) e autonomamente realizava a
segunda avaliação do RN e preenchia o Boletim de Saúde Infantil. Aprendi a interpretar o
Boletim de Saúde Materna e a avaliar os riscos peri-parto. Nas semanas seguintes estagiei na
enfermaria onde fazia a avaliação das crianças e adolescentes, escrevia os diários clínicos,
requisitava e interpretava exames complementares e diariamente assistia à reunião de serviço.
Na enfermaria estavam presentes vários alunos de quinto e sexto anos, assim como internos,
superando largamente o número de doentes internados, o que impediu que o estágio fosse tão
proveitoso quanto desejava. Semanalmente estagiei no Serviço de Urgência de Pediatria do
Hospital São Francisco Xavier (HSFX) por períodos de 6 horas, e assisti a consultas de Pediatria
7
Geral, Imunoalergologia e Desenvolvimento Infantil, observando crianças em diversas fases
(doença aguda, doença crónica, rotina). Tive ainda a oportunidade de passar 2 dias na Unidade
de Neonatalogia. No final do estágio fiz uma História Clínica completa que apresentei, com o
tema “Laringite estridulosa”. Considero que o estágio me permitiu ter uma ideia abrangente sobre
a Pediatria e cumprir a maioria dos objetivos6 a que me propus.
Estágio Parcelar: Ginecologia e Obstetrícia – Hospital Lusíadas (12/10/2015 a 6/11/2015)
Por estar diretamente afeta à Unidade de Procriação Medicamente Assistida (PMA) tive a
oportunidade de assistir a 52 Consultas de Infertilidade, onde aprendi possíveis causas para
esta, quais os exames necessários para o seu estudo e como os interpretar, assisti à
monitorização da estimulação hormonal da mulher e consolidei os conhecimentos sobre a
suplementação pré-natal e fatores de risco durante a gravidez. Presenciei diversas técnicas
específicas da PMA, nomeadamente histerossalpingografias, punções ováricas, transferências
de embriões e inseminações intrauterinas. Nas Consultas de Obstetrícia pude assistir ao
seguimento de 28 grávidas em vários estadios, e no Bloco de Partos assisti a 1 parto distócico
com ventosa e episiotomia em gravidez de termo e a 4 cesarianas eletivas. Na enfermaria de
Obstetrícia fiz a avaliação de 5 grávidas nas primeiras 24 horas pós-parto. Na consulta de
Ginecologia Geral, presenciei 33 consultas onde são acompanhadas mulheres por rotina e
mulheres com patologia vária, destacando Candidíase Vaginal, Miomas Uterinos e
Endometriose. No Bloco Operatório observei 5 cirurgias, tendo participado enquanto segundo
ajudante em 2. Semanalmente assisti às Sessões Clínicas do serviço tendo apresentado uma
revisão teórica com tema “A importância da vitamina D na infertilidade”. O empenho do meu tutor
foi notável, mas o estágio foi maioritariamente observacional, e a patologia pouco diversificada,
no entanto considero que os objetivos pessoais e curriculares foram, na sua maioria, atingidos.7
Estágio Parcelar:Saúde Mental – Hospital São Francisco Xavier(09/11/2015 a 04/12/2015)
6 - Lista de desempenhos e aptidões em Pediatria, Anexo 1A 7 - Caderneta de aptidões, comportamento e desempenhos em Ginecologia e Obstetrícia, Anexo 1B
8
Os primeiros 2 dias decorreram na FCM-NOVA e consistiram em seminários com casos-
problema, essenciais para a preparação para a prática clínica. Foi-nos fornecida uma pasta com
materiais didáticos e informação diversa muito útil. Dois dias por semana contribuímos para o
trabalho de investigação subordinado ao tema: “Treated prevalence of psychiatric disorders in
primary care at national level”. Nos restantes dias estive na Consulta Externa de Pedopsiquiatria
do HSFX tendo observado 28 consultas de crianças e adolescentes, com idades entre os 6 e os
19 anos, na sua maioria rapazes. As patologias mais frequentes foram Défices cognitivos,
Impulsividade e agressividade e Perturbações de ansiedade. Durante este período tive a
hipótese de realizar uma Primeira Consulta autonomamente e pude fazer a História Clínica
completa da criança. Assisti semanalmente às Reuniões de Serviço e às Sessões Clínicas.
Estagiei no Serviço de Urgência de Psiquiatria do HSFX durante 2 dias por períodos de 6 horas.
O estágio foi maioritariamente observacional, o que dificultou o cumprimento dos objetivos,
principalmente a aprendizagem terapêutica farmacológica de adultos e pediátrica8.
Estágio Parcelar Medicina Geral e Familiar – USF Alfamouro (07/12/2015 a 15/01/2016)
Durante o estágio tive oportunidade de assistir a 111 consultas de Adultos (incluindo
valências de Diabetes, Hipertensão Arterial e Doença Aguda), 14 de Planeamento Familiar, 28
consultas de Saúde Infantil, 4 consultas de Saúde Materna e 3 Domicílios. Pude ainda
presenciar consultas e atos de enfermagem. Semanalmente assisti às Reuniões e Sessões
Clínicas da USF. A Dr.ª Filipa estimulou a minha capacidade de raciocínio clínico pela discussão
de hipóteses, meios complementares de diagnóstico e revisão terapêutica. O Estágio Parcelar de
MGF teve um caracter maioritariamente prático, tendo-se revelado muito útil para me aperceber
das minhas limitações e para integrar os doentes como um todo. Destaco pela positiva, também,
o método de avaliação padronizado e criterioso, com componente teórica e prática. No geral, as
expectativas e objetivos quer pessoais, quer da Unidade Curricular9, foram alcançados e alguns
excedidos.
8 - Lista de desempenhos e aptidões em Saúde Mental, Anexo 1C 9 - Lista de desempenhos e aptidões em Medicina Geral e Familiar, Anexo 1D
9
Estágio Parcelar: Medicina – Hospital São Francisco Xavier (25/01/2016 a 18/03/2016)
Durante o estágio acompanhei 12 doentes na enfermaria, realizando a respetiva História
Clínica, anamnese, observação e diários clínicos, requisitei exames, que interpretei e
contextualizei, propus planos de atuação e terapêutica. Acompanhei também os enfermeiros e
técnicos de fisioterapia, auxiliando-os no seu trabalho. Semanalmente participei nas Reuniões de
Serviço, tendo apresentado vários doentes. As sessões clínicas do serviço eram bissemanais
com discussão de casos e inovações clínicas, tendo apresentado o “Case record 7 of 2012 of the
Massachusetts General Hospital”, sobre miopatia induzida por estatinas. Semanalmente estagiei
no Serviço de Urgência tendo observado 73 doentes, e também na consulta externa o que
permitiu percebe como atuar para as mesmas patologias em diferentes contextos. No decorrer
do estágio houve diversas aulas teóricas e seminários com temas de grande utilidade, mas por
se realizarem no decorrer do estágio e não inicialmente não foram tão proveitosas quanto
desejava. Considero que o estágio foi essencial para a minha formação pela prática clínica e
pela aprendizagem sobre a humanização dos cuidados. Considero, pelo exposto, que cumpri e
excedi parte dos objetivos propostos10.
Para complementar a minha formação nesta área participei, este ano, no simpósio
“Hipertensão arterial e Insuficiência Cardíaca – Estado da Arte em 2015” e no Curso da
Fundação Grunenthal entitulado “Controlo Sintomático da Dor”.11
Estágio Parcelar: Cirurgia – Hospital das Forças Armadas (04/04/2016 a 20/05/2016)
A primeira semana do estágio decorreu no Hospital Beatriz Ângelo (HBA) com sessões
sobre diversos temas clínicos e organizacionais, que considerei de grande relevo em especial as
simulações de punção venosa e colocação de cateteres venosos centrais. Gostaria de destacar
a organização do Estágio Parcelar e o cuidado na entrega do “Dossier do Aluno”, com todas as
informações relevantes. As restantes 7 semanas decorreram no Hospital das Forças Armadas
(HFAR), que apesar de ser um hospital pequeno e com pouca casuística, por não ter internos,
10 - Lista de comportamentos, desempenho e aptidões em Medicina, Anexo 1E 11 - Certificados no anexo 1E, figura 1 e 2 respetivamente
10
permitiu que o estágio fosse eminentemente prático tendo participado em todas as atividades do
serviço, quer nas Consultas, no Internamento, na Sala de Pensos, na Pequena Cirurgia, e no
Bloco Operatório realizando vários procedimentos cirúrgicos como primeira ou segunda
ajudante. Tive ainda a oportunidade de participar semanalmente nas Reuniões de Decisão
Terapêutica Multidisciplinar, assisti à apresentação de diversas Sessões Clínicas, a uma
formação sobre “Medicina de Voo e treino fisiológico”, e outra sobre “Medicina Hiperbárica e as
suas aplicações clínicas militares e civis”. No último dia decorreu o “Mini-Congresso” no HBA,
onde apresentei uma comunicação oral com o tema: “Game of Stones” sobre um doente com
tumor do cólon, tendo descrito todo o percurso deste no HFAR (desde a sua apresentação na
urgência, diagnóstico, cirurgia, estadiamento e início de quimioterapia). Considero, apesar de
uma baixa casuística que os objetivos propostos foram francamente cumpridos12.
Para complementar a minha formação nesta área, este ano, participei também nas “4.as
Jornadas de Cirurgia do Hospital Beatriz Ângelo” e num workshop de Suturas na Secção Centro
da Ordem dos Médicos, em Coimbra.
2.2- ESTÁGIO OPCIONAL – MEDICINA DE EMERGÊNCIA E CATÁSTROFE
Pelo meu interesse no tema e pouco contacto durante o curso escolhi esta Cadeira
Opcional, que complementei com a participação no “Curso Rápido de Intervenção e Técnicas no
Doente Crítico”, no “Status 5 | Trauma, Emergência e Reanimação – o estado da Arte” e numa
formação de Suporte Básico de Vida certificada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica13.
2.3 - ELEMENTOS VALORATIVOS
Tal como tinha feito regularmente ao longo do curso, complementei a formação este ano
participando em diversas formações extracurriculares: no congresso “iMed Conference 7.0”; na
palestra sobre “Economia da Saúde” com o Prof. Doutor Pita Barros, assim como no “IV curso de
Introdução à Imagiologia na Prática Clínica” e no respetivo “Workshop de Interpretação”. Faço
ainda Voluntariado na Refood de Carnide, semanalmente.
12 - Caderneta de aptidões, desempenhos e comportamentos em Cirurgia no Anexo 1F 13
- Certificados no anexo 1G, figura 1 a 3 respetivamente
11
Das atividades que organizei durante o curso gostaria de destacar o meu papel como
“Hospitality Manager” no “iMed 6.0”, devido à complexidade do trabalho realizado e dimensão do
evento. Destaco também a minha participação enquanto Tesoureira da ANEM (Associação
Nacional de Estudantes de Medicina), na “63rd General Assembly da International Federation os
Students’ Association”, que se realizou na Tunísia e reuniu estudantes de mais de 100 países,
para discussão de questões de Educação Médica, Direitos Humanos e Educação Não-formal.
Tive também a oportunidade de realizar Erasmus na Universidade de Szeged, na Hungria,
durante o segundo semestre do 5º ano do MIM e de realizar um intercâmbio Científico na
Universidade de Olomouc, na República Checa, no 4º ano do MIM14. Todas estas atividades
permitiram-me ter uma ideia mais abrangente do que é “Ser Médico”.
3- REFLEXÃO CRÍTICA
A reflexão crítica do Estágio Profissionalizante tem por objetivo a avaliação global do
mesmo, uma vez que os Estágios Parcelares foram já alvo de relatório e avaliação própria.
Considerei que este estágio cumpriu o seu objetivo, sendo maioritariamente profissionalizante e
permitindo a consolidação, reutilização e renovação dos conhecimentos previamente adquiridos
fornecendo a autonomia que é naturalmente esperada e desejada para quem irá brevemente
iniciar a sua atividade profissional. Ao ser recebida como parte integrante das diversas equipas
de trabalho nas várias especialidades e hospitais, ganhei uma maior plasticidade. A minha
capacidade de raciocínio clínico (tendo por base a evidência científica) foi estimulada, as minhas
capacidades de comunicação melhoradas (tanto com os vários profissionais, como com os
doentes e respetivas famílias) e os meus gestos clínicos aprimorados. Gostaria de destacar a
lição mais importante que aprendi este ano: reconhecer as minhas limitações em termos
pessoais e científicos. Como pontos negativos considero a pouca autonomia em alguns dos
estágios devido ao elevado número de internos, as discrepâncias horárias dos estágios entre os
diversos hospitais, a ausência de um sistema de avaliação dos alunos discriminador e com
critérios bem definidos à semelhança do estágio de MGF.
14 - Certificado no Anexo 2, figuras, 1 a 9 respetivamente
12
Pensado nos outcomes15 esperados de quem termina o MIM, tendo em conta a formação
curricular e extracurricular, considero cumprir a grande maioria dos critérios, tendo como falha a
ausência de atividade de investigação e a carência de algum conhecimento teórico e prático
referente a terapêuticas farmacológicas de adultos e pediátrica; creio, também, ter pouca
casuística em alguns gestos de diagnóstico em Ginecologia e Obstetrícia.
Respeitante ao MIM, acredito que a mudança de paradigma do ensino teórico para o
modelo mais prático, baseado na simulação, no Problem Based Learning, na inserção mais
precoce do contacto com o meio clínico e de Cadeiras Integradoras como “Preparação para a
Prática Clínica” e “Fisiopatologia e Alvos Terapêuticos”, tem servido para colmatar aquelas que
considerei as maiores falhas do curso. Perante a complexidade de organização e financiamento16
da Saúde em Portugal, a despesa do subsetor Estado (“8.535 milhões de euros em 2016”17) e as
contingências económicas atuais, considero uma carência curricular a ausência de formação em
Financiamento em Saúde e Gestão de Recursos. Na mesma linha, creio que, poderia haver uma
maior aposta na Educação Não-formal e em Soft-skills como gestão de equipas e liderança, área
que pessoalmente gosto e em que fiz formação18. Congratulo a FCM-NOVA pela inserção de
cadeiras opcionais que permitem ao aluno uma maior liberdade, assim como pela manutenção
dos rácios tutor-aluno exemplares19 e também pela preocupação e apoio às atividades
extracurriculares dos alunos, permitindo aos estudantes destacarem-se a nível nacional pela
qualidade seus grandes projetos e desporto universitário.
Quanto ao meu percurso, considero-o pleno em Experiências, Pessoas e Conhecimentos,
permitiu-me um enorme crescimento pessoal e formativo muito para além da Medicina, assim
como ser parte integrante da FCM-NOVA. Hoje não poderia estar mais feliz e entusiasmada por
deixar esta casa, simplesmente porque a Faculdade de Ciências Médicas me deu todas as
armas para abraçar qualquer desafio que se avizinhe.
15 - O Licenciado Médico em Portugal – Core Graduates Learning Outcomes, 2005 16 - Pela Sua Saúde, Pedro Pita Barros, 2013 17 - Orçamento de Estado para 2016 – Relatório, Ministério da Finanças, Fevereiro 2016 18- Certificado no Anexo 3, figura 4 19- Estudo sobre as Condições Pedagógicas das Escolas Médicas Portuguesas: Uma Análise Nacional Sobre a Satisfação Estudantil, Rácios Estudante-Tutor e Número de Admissões, Grilo et all; Acta Medica Portuguesa, Maio 2016
13
ANEXOS
“A Colina da Saúde consolidou-se da experiência e da memória da Ciência e desta
continua a viver. Criar o hábito difícil de subir a Calçada do Moinho de Vento, saber contorná-
lo usufruindo do Elevador do Lavra, lembrar o valor de um espaço que se fez da Saúde e que
pertence à cidade, sentir a Faculdade como um manancial de memória médica que se conjuga
com a Ciência mais atual e agarrar a capa com orgulho de Santana, que se fez do saber e da
tradição.
Tudo isso é viver a Colina da Saúde e dela fazer parte.”
Madalena Esperança Pina in “Viver a Colina da Saúde” – FRONTAL®
14
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
ANEXO 1A – ESTÁGIO PARCELAR: PEDIATRIA
- LISTA DE DESEMPENHOS E APTIDÕES EM PEDIATRIA20
Assinalado com * se realizado (N- não realizado)
ANEXO 1A – ESTÁGIO PARCELAR: PEDIATRIA
20 - Ficha Unidade Curricular do Estágio Parcelar de Pediatria 2015/2016
15
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
N
N
N
*
N
*
ANEXO 1A – ESTÁGIO PARCELAR: PEDIATRIA
LISTA DE DESEMPENHOS E APTIDÕES EM PEDIATRIA (CONTINUAÇÃO)
16
ANEXO 1B – ESTÁGIO PARCELAR: GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
- CADERNETA DE APTIDÕES, COMPORTAMENTO E DESEMPENHOS EM GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA 21
Nível 1: Conhece e compreende a competência/procedimento/ ver realizar ou ajudar. Nível 2: Capacidade para realizar a competência/procedimento sob supervisão. Nível 3: Capacidade para realizar a competência/procedimento sem supervisão/ rotina. (Nível Atingido: auto-avaliação)
21 - Caderneta de aptidões, comportamento e desempenhos – log-book; Ficha Unidade Curricular do Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia 2015/2016
3
2
3
3
3
3
3
3
2
3
1
1
2
2
1
1
2
2
2
1
2
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
17
ANEXO 1B – ESTÁGIO PARCELAR: GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
- CADERNETA DE APTIDÕES, COMPORTAMENTO E DESEMPENHOS EM GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA (CONTINUAÇÃO)
Nível 1: Conhece e compreende a competência/procedimento/ ver realizar ou ajudar. Nível 2: Capacidade para realizar a competência/procedimento sob supervisão. Nível 3: Capacidade para realizar a competência/procedimento sem supervisão/ rotina.
(Nível Atingido: auto-avaliação)
3
3
3
2
2
2
2
2
1
2
2
2
1
18
ANEXO 1C – ESTÁGIO PARCELAR: SAÚDE MENTAL
- LISTA DE DESEMPENHOS E APTIDÕES EM SAÚDE MENTAL 22
Nível 1: Conhece e compreende a competência/procedimento/ ver realizar ou ajudar. Nível 2: Capacidade para realizar a competência/procedimento sob supervisão. Nível 3: Capacidade para realizar a competência/procedimento sem supervisão/ rotina.
X - esperado (objetivos) O - atingido (auto-avaliação)
22 - Graduate outcomes of portuguese undergraduate medical education: guidelines for curriculum development (preliminary document) ; Internal Medicine; Surgery; General Practice; Public Health; Paediatrics; Obstetrics and Gynaecology; Psychiatry and Mental Health / Core Graduate Learning Outcomes Project, Lisboa : Faculdade de Medicina - Adaptado
19
ANEXO 1D – ESTÁGIO PARCELAR: MEDICINA GERAL E FAMILIAR
- LISTA DE DESEMPENHOS E APTIDÕES EM MEDICINA GERAL E FAMILIAR 23
Nível 1: Conhece e compreende a competência/procedimento/ ver realizar ou ajudar. Nível 2: Capacidade para realizar a competência/procedimento sob supervisão. Nível 3: Capacidade para realizar a competência/procedimento sem supervisão/ rotina.
X - esperado (objetivos) O - atingido (auto-avaliação)
23 - Graduate outcomes of portuguese undergraduate medical education: guidelines for curriculum development (preliminary document) ; Internal Medicine; Surgery; General Practice; Public Health; Paediatrics; Obstetrics and Gynaecology; Psychiatry and Mental Health / Core Graduate Learning Outcomes Project, Lisboa : Faculdade de Medicina - Adaptado
20
ANEXO 1D – ESTÁGIO PARCELAR: MEDICINA GERAL E FAMILIAR
- LISTA DE DESEMPENHOS E APTIDÕES EM MEDICINA GERAL E FAMILIAR (CONTINUAÇÃO)
Nível 1: Conhece e compreende a competência/procedimento/ ver realizar ou ajudar. Nível 2: Capacidade para realizar a competência/procedimento sob supervisão. Nível 3: Capacidade para realizar a competência/procedimento sem supervisão/ rotina.
X - esperado (objetivos) O - atingido (auto-avaliação)
21
ANEXO 1E – ESTÁGIO PARCELAR: MEDICINA
- CADERNETA DE APTIDÕES, COMPORTAMENTO E DESEMPENHOS EM MEDICINA24
Nível 1: Conhece e compreende a competência/procedimento/ ver realizar ou ajudar. Nível 2: Capacidade para realizar a competência/procedimento sob supervisão. Nível 3: Capacidade para realizar a competência/procedimento sem supervisão/ rotina.
(Nível Atingido: auto-avaliação)
24 - Grelha de Avaliação Medicina; Ficha Unidade Curricular do Estágio Parcelar de Medicina 2015/2016 -Adaptado
3
3
3
3
3
3
2/3
2/3
2/3
2/3
2/3
22
ANEXO 1E – ESTÁGIO PARCELAR: MEDICINA
- COMPLEMENTO FORMATIVO
FIGURA1
FIGURA2
23
ANEXO 1F – ESTÁGIO PARCELAR: CIRURGIA
- CADERNETA DE APTIDÕES, DESEMPENHOS E COMPORTAMENTOS EM CIRURGIA25
(Autoavaliação)
25 - Caderneta de aptidões, comportamento e desempenhos; Ficha Unidade Curricular do Estágio Parcelar Cirurgia 2015/2016
24
ANEXO 1F – ESTÁGIO PARCELAR: CIRURGIA
- CADERNETA DE APTIDÕES, DESEMPENHOS E COMPORTAMENTOS EM CIRURGIA
(CONTINUAÇÃO)
Nível 1: Teórico; Nível 2: Observação; Nível 3: Realização; Nível 4: Rotina (Autoavaliação)
3
3
3
3
2
2
2
4
4
4
4
4
4
4
25
ANEXO 1F – ESTÁGIO PARCELAR: CIRURGIA
- CADERNETA DE APTIDÕES, DESEMPENHOS E COMPORTAMENTOS EM CIRURGIA
(CONTINUAÇÃO)
Nível 1: Teórico; Nível 2: Observação; Nível 3: Realização; Nível 4: Rotina (Autoavaliação)
2
2
2
26
ANEXO 1F – ESTÁGIO PARCELAR: CIRURGIA
- COMPLEMENTO FORMATIVO
FIGURA1
FIGURA2
27
ANEXO 1G – ESTÁGIO OPCIONAL – MEDICINA DE EMERGÊNCIA E CATÁSTROFE
FIGURA1
FIGURA2
28
ANEXO 1G – ESTÁGIO OPCIONAL – MEDICINA DE EMERGÊNCIA E CATÁSTROFE
FIGURA 3
29
ANEXO 2 – CERTIFICADOS DE ELEMENTOS VALORATIVOS
FIGURA 1
FIGURA 2
30
ANEXO 2 – CERTIFICADOS DE ELEMENTOS VALORATIVOS
FIGURA 3
FIGURA 4
31
ANEXO 2 – CERTIFICADOS DE ELEMENTOS VALORATIVOS
FIGURA 5
FIGURA 6
32
ANEXO 2 – CERTIFICADOS DE ELEMENTOS VALORATIVOS
FIGURA 7
FIGURA 8
33
ANEXO 2 – CERTIFICADOS DE ELEMENTOS VALORATIVOS
FIGURA 9
34
ANEXO 3 – OUTROS CERTIFICADOS
FIGURA 1
FIGURA 2
35
ANEXO 3 – OUTROS CERTIFICADOS
FIGURA 3
36
ANEXO 3 – OUTROS CERTIFICADOS
FIGURA 4