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FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE ESTRUTURAS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ESTUDO EXPERIMENTAL PARA AVALIAÇÃO DE FIBRAS DE AÇO E MACROFIBRAS POLIMÉRICAS PARA REFORÇO DE CONCRETO Contratante ETRURIA IND. DE FIBRAS E FIOS SINTÉTICOS LTDA. Coordenadores: Prof. Doutor Newton de Oliveira Pinto Jr. Departamento de Estruturas (DES) Faculdade de Engenharia Civil (FEC) - UNICAMP Prof. Doutor Antônio Domingues de Figueiredo Departamento de Engenharia de Construção Civil (PCC) Escola Politécnica – USP Eng. MSc. Marcos Roberto Ceccato Trima Engenharia e Consultoria Ltda. Eng. Marcel Aranha Chodounsky Trima Engenharia e Consultoria Ltda. AGOSTO - 2010

Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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Materiais de construção civil, fibras etruria.

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Page 1: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE ESTRUTURAS E

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

ESTUDO EXPERIMENTAL PARA AVALIAÇÃO DE FIBRAS DE AÇO E MACROFIBRAS POLIMÉRICAS

PARA REFORÇO DE CONCRETO

Contratante

ETRURIA IND. DE FIBRAS E FIOS SINTÉTICOS LTDA.

Coordenadores: Prof. Doutor Newton de Oliveira Pinto Jr. Departamento de Estruturas (DES) Faculdade de Engenharia Civil (FEC) - UNICAMP Prof. Doutor Antônio Domingues de Figueiredo Departamento de Engenharia de Construção Civil (PCC) Escola Politécnica – USP Eng. MSc. Marcos Roberto Ceccato Trima Engenharia e Consultoria Ltda.

Eng. Marcel Aranha Chodounsky Trima Engenharia e Consultoria Ltda.

AGOSTO - 2010

Page 2: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

2

Sumário

1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3

2- OBJETIVO ................................................................................................................................... 3

3- METODOLOGIA ......................................................................................................................... 4

4- MATERIAIS UTILIZADOS ............................................................................................................ 6

5- RESULTADOS OBTIDOS E ANÁLISE ............................................................................................ 8

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................... 17

7- REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 19

ANEXO 1 ...................................................................................................................................... 20

ANEXO 2 ...................................................................................................................................... 21

Page 3: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

3

1- INTRODUÇÃO

Nos últimos dois anos houve um grande crescimento na utilização de fibras poliméricas

estruturais (conhecidas no Brasil como macrofibras) em obras de pisos e pavimentos de

concreto, tendo surgido diversos fornecedores no mercado brasileiro, oferecendo fibras de

diferentes composições e formatos e, consequentemente, com desempenhos diversos.

A falta de resultados de ensaios capazes de comprovar o desempenho estrutural das

macrofibras e a carência de profissionais com conhecimento adequado no comportamento dos

compósitos formados pela adição das fibras em matrizes cimentícias, fez com que esse material

fosse utilizado em diversas obras sem que houvesse um consenso entre fornecedores,

projetistas, aplicadores e consumidores, sobre como quantificar e controlar o desempenho das

macrofibras.

Este trabalho é uma iniciativa conjunta da Trima Engenharia e dos professores Prof. Dr. Newton

de Oliveira Pinto Jr. e Prof. Dr. Antônio Domingues de Figueiredo, a fim de fornecer ao mercado

informações seguras a respeito da caracterização do comportamento pós-fissuração dos

compósitos de concreto reforçado com fibras de aço e fibras poliméricas estruturais

(macrofibras), nas condições técnicas do mercado brasileiro.

2- OBJETIVO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados de um estudo experimental

envolvendo a avaliação comparativa de desempenho de concretos reforçados com as fibras

disponíveis no mercado brasileiro, destinados ao uso em pavimentos de concreto.

Para este fim, serão apresentadas curvas de dosagens, com indicação da confiabilidade

estatística, para os diferentes tipos de fibra, gerando material de suporte aos projetistas e

especificadores de pavimentos de concreto.

Com isto, pretende-se suprir o mercado de informações seguras e estatisticamente confiáveis

sobre o desempenho das fibras disponíveis, servindo como base e incentivo para novos estudos,

discussões e futura normalização do desempenho dos concretos reforçados com fibras.

Page 4: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

4

3- METODOLOGIA

O comportamento pós-fissuração dos concretos reforçados com fibras pode ser definido como

pseudo-dúctil, sendo capaz de fissurar e deformar sem perder toda sua capacidade resistente.

Esta é a principal característica deste tipo de compósito utilizado pelos projetistas nas obras de

pisos e pavimentos de concreto.

Este comportamento pós-fissuração é normalmente caracterizado pela medida da tenacidade na

flexão. Nos ensaios de tenacidade é possível medir a resistência residual de um corpo-de-prova

fissurado para um dado limite de deslocamento vertical pré-estabelecido, sendo que a relação

entre esta resistência residual, chamada de fator de tenacidade (FT), e a resistência à tração na

flexão do corpo de prova, é utilizada pelas principais metodologias de cálculo de pisos de

concreto reforçado com fibras. Esta relação, quando determinada a partir do fator de tenacidade

medido para um deslocamento vertical do corpo-de-prova igual a 3 mm, é conhecida como Re,3.

Vale ressaltar que este deslocamento vertical do corpo-de-prova é função do vão do mesmo

entre os dois apoios inferiores durante o ensaio. No caso de pavimentos, que utilizam, em geral,

fibras mais longas, o corpo-de-prova possui dimensões de 150 mm x 150 mm x 450 mm, e é

ensaiado com um vão (L) de 450 mm. O limite de deslocamento vertical corresponde a L/150.

Nas revisões mais recentes dos documentos onde estão descritas as metodologias de cálculo

empregadas no dimensionamento de pisos de concretos com fibras (ACI 360 revisão de 2006 e

Tr 34 revisão de 2003), é indicado o ensaio de tenacidade à flexão preconizado pela norma

japonesa JSCE-SF4 (1984), sendo realizado com velocidade controlada de deslocamento e

levantamento da curva carga por deslocamento vertical, medido através de LVDT com um sistema

de fixação do tipo “yoke” (recomendado pelas normas internacionais mais recentes).

Neste trabalho foi escolhido o ensaio de tenacidade da norma japonesa, além do motivo descrito

acima, por ser a norma mais utilizada no Brasil e pela maior simplicidade da metodologia de ensaio

(PAIVA e FIGUEIREDO, 2007).

O ensaio descrito pela norma japonesa prescreve a determinação de um fator de tenacidade

2

tb

b

h.b

LTFT ⋅

δ= equação (1)

Page 5: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

5

Onde:

FT = Fator de tenacidade na flexão (MPa);

Tb = Tenacidade na flexão (N x mm);

δtb = Deslocamento vertical a L/150 (mm);

b = Largura do corpo-de-prova (mm);

h = Altura do corpo-de-prova (mm);

L = Vão do corpo-de-prova durante o ensaio (mm).

Para a obtenção do Re,3 é necessária a determinação da resistência à tração da matriz do

concreto reforçado com fibras, equivalente àquela obtida com a carga de pico segundo a

equação (2):

2cth.b

L.Pf = equação (2)

Onde:

fct = Resistência à tração na flexão (MPa);

P = Carga de pico associada à fissuração da matriz de concreto (N).

Assim, é possível fazer a determinação do porcentual de resistência equivalente para um

deslocamento vertical de L/150, pela equação (3):

ct

,ef

FT100(%)R

3⋅= equação (3)

Onde:

R e,3 = Percentual de resistência equivalente à tração na flexão para um deslocamento de 3mm.

Os corpos-de-prova para determinação da tenacidade a flexão, para todas as fibras avaliadas, foram

moldados com as dimensões de 150 mm x 150 mm x 500 mm. Para moldagem e ruptura dos corpos

de prova foram seguidos os cuidados propostos por Paiva e Figueiredo (2007) e para cada consumo

de fibra foram moldados 10 corpos-de-prova.

Para cada tipo de fibra foram avaliados 3 consumos, de acordo com o histórico de desempenho

conhecido para as fibras metálicas e consumos usuais para macrofibras.

Page 6: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

6

Em todas as misturas foi utilizada a mesma matriz de concreto, alterando apenas o teor de aditivo

superplastificante para correção do abatimento do concreto, de maneira que em todas as misturas

fosse respeitado o abatimento mínimo de 80 mm ± 10 mm. Desta forma, procurou-se evitar que a

composição do concerto influenciasse os resultados de tenacidade obtidos.

Para as dosagens de fibras de aço não eram esperados grandes prejuízos à trabalhabilidade do

concreto, por se tratar de consumos baixos, já avaliados em trabalhos acadêmicos (CECCATO,

1998). Para as macrofibras, não há registros de trabalhos publicados referentes às alterações nas

propriedades do concreto fresco para as fibras avaliadas, não sendo possível avaliar previamente as

dificuldades da metodologia proposta de se manter a mesma dosagem de concreto para todas as

fibras.

4- MATERIAIS UTILIZADOS

Todos os materiais empregados para a elaboração do concreto foram doados pela Camargo

Corrêa Cimentos. O traço de concreto empregado foi cedido pela mesma empresa, tratando-se

de um traço da linha de produção, normalmente empregado em obras de pisos industriais, que

atende às principais especificações para este tipo de aplicação.

A Tabela 1 mostra o traço de concreto e as principais características dos materiais empregados.

Tabela 1: Traço de concreto utilizado

Tipo Massa específica (g/cm3) Quantidade

(kg/m3)

Cimento CPII E 40 - Ijaci 3,05 350

Areia fina Eólica 2,64 210

Areia média Eólica 2,64 579

Brita 0 Basalto 3,00 258

Brita 1 Basalto 3,00 887

Água 1,00 185

Aditivo Polifuncional 1,20 1,40

As demais características dos materiais empregados e do traço de concreto estão no Anexo 01.

Page 7: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

7

Na Tabela 2 estão relacionadas a fibras avaliadas.

Tabela 2: Fibras avaliadas

Código Composição Nomenclatura segundo a NRB

15530:2007

A Arame trefilado a frio AI

B Arame trefilado a frio AI

C Arame trefilado a frio AI

D Arame trefilado e escarificado CIII

E Polimérica Não se aplica

F Polimérica Não se aplica

G Polimérica Não se aplica

H Polimérica Não se aplica

I: STICKLOCK Polimérica Não se aplica

J Polimérica Não se aplica

As amostras das fibras foram entregues no laboratório pelos respectivos fornecedores, sendo

que a representatividade das amostras e sua relação com as fibras comercializadas são de total

responsabilidade dos fornecedores. Não fazem parte desse trabalho a caracterização das fibras

quanto à sua forma geométrica, composição, características mecânicas e correspondência com

as fibras comercializadas.

A fibra “I” corresponde à amostra de fibra entregue pela Etruria.

A Figura 1 mostra a fibra correspondente ao código “I”.

As características das fibras, tais como comprimento, diâmetro e detalhes da ancoragem, não

estão descritas a fim de preservar a identidade dos fornecedores, que não autorizaram a

publicação conjunta dos resultados de seus produtos.

Cada fornecedor deverá garantir ao mercado que a fibra comercializada corresponde à amostra

entregue para análise, possuindo as mesmas características mecânicas (módulo de elasticidade

e resistência à tração) e forma geométrica.

Page 8: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

8

Figura 1 – Fibra I: STICKLOCK.

5- RESULTADOS OBTIDOS E ANÁLISE

Os gráficos obtidos a partir dos ensaios de tenacidade a flexão de cada corpo de prova

para as fibras avaliadas estão contidos no Anexo 2.

Os consumos utilizados para a fibra D, o abatimento dos concretos para os diferentes consumos

após a correção com aditivo superplastificante e a resistência a compressão do concreto estão

indicados na Tabela 3. A uniformidade nos resultados de resistência à compressão indica que a

variação do abatimento não interferiu no comportamento mecânico do material.

Tabela 3: Consumo de fibras, abatimento e resistências à compressão – Fibra I: STICKLOCK

Fibra Teor Abatimento fc28 fcm

(kg/m3) (mm) (MPa) (MPa)

Fibra I: STICKLOCK

3,0 85 40,9 40,3 40,7 40,6

4,5 75 38,1 38,5 38,2 38,2

6,0 95 40,2 40,2 39,7 40,0

Page 9: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

9

Tabela 4: Resultados de tenacidade à flexão para a Fibra I: STICKLOCK

Page 10: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

10

A Tabela 4 apresenta os resultados individuais dos corpos-de-prova da Fibra I: STICKLOCK,

indicando os valores médios, desvio padrão e coeficiente de variação para a carga de primeira

fissura, resistência à tração na flexão, fator de tenacidade (FT) e Re,3.

Todos os corpos-de-prova tiveram sua ruptura no terço médio, não tendo sido descartado

nenhum resultado.

Dada a grande variação de resultados normalmente encontrada em ensaios de tenacidade à

flexão, é importante que os resultados obtidos sejam analisados com critérios estatísticos.

Para cálculo dos valores característicos para as propriedades medidas foi escolhida a

distribuição “t” de Student, fixando-se diferentes níveis de confiança (100 – α), onde α

representa o nível de significância. Devido à falta de normatização nacional sobre o assunto, o

projetista deve avaliar qual o nível de confiança adequado para seu projeto.

A Tabela 5 apresenta os resultados de resistência a flexão, fator de tenacidade e Re,3 para

diferentes níveis de confiança, sendo que o nível de confiança 50% corresponde ao valor médio.

Tabela 5: Resistência à tração na flexão, fator de tenacidade e Re,3 para diferentes níveis de confiança para a Fibra I: STICKLOCK

Quanto maior for o desvio padrão para cada propriedade avaliada, maior será a redução

encontrada nos valores característicos quando comparado aos valores médios. Este fato

beneficia as fibras que proporcionam maior homogeneidade no comportamento do compósito

Page 11: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

11

(tipos de fibra com maior número de fibras por quilo, por exemplo) e equipamentos e

procedimentos laboratoriais mais precisos e menos suscetíveis a variações.

Gráfico 1: Fator de tenacidade para diferentes níveis de confiança para a Fibra I : STICKLOCK (na legenda, o número após a sigla FT corresponde ao nível de confiança).

Gráfico 2: Re,3 para diferentes níveis de confiança para a Fibra I: STICKLOCK (na legenda, o número após a sigla k corresponde ao nível de confiança).

Page 12: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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Pode-se notar a sensível redução dos valores do fator de tenacidade e do Re,3 para diferentes

níveis de confiança nos gráficos 1 e 2, para as três dosagens avaliadas.

Gráfico 3: Correlação entre fator de tenacidade e consumo de fibras (Fibra I: STICKLOCK) para nível de confiança de 50% (valor médio) e de 80%.

Gráfico 4: Correlação entre Re,3 e consumo de fibras (Fibra I: STICKLOCK) para nível de confiança de 50% (valor médio) e de 80%.

Page 13: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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Como se estabelece para cálculo da resistência característica à tração na flexão de concretos

destinados a pavimentos o nível de confiança de 80% (DNIT 047/2004), o mesmo critério pode

ser adotado para o fator de tenacidade e para o Re,3. Desta forma, os gráficos 3 e 4, apresentam

correlações entre o fator de tenacidade e Re,3 e o consumo de Fibra I: STICKLOCK.

A tabela 6 apresenta os valores de Re,3 característicos para diferentes níveis de confiança, para

cada uma das fibras estudadas.

Tabela 6: Re,3 característico para diferentes níveis de confiança

Page 14: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

14

Os gráficos a seguir mostram de maneira comparativa os resultados obtidos e calculados para

as diferentes fibras avaliadas.

Gráfico 5: Correlação entre consumo de fibras poliméricas (macrofibras) e Re,3 (valor médio).

Gráfico 6: Correlação entre consumo de fibras poliméricas (macrofibras) e Re,3

(valor característico com nível de confiança igual a 80%).

Page 15: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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Gráfico 7: Correlação entre consumo de fibras de aço e Re,3 (valor médio).

Gráfico 8: Correlação entre consumo de fibras de aço e Re,3

(valor característico com nível de confiança igual a 80%).

Nos gráficos a seguir, estão todas as fibras avaliadas, tanto metálicas como poliméricas. Para os

gráficos 9 e 10, o consumo de fibra foi alterado para teor (%) em volume para que fosse possível

a comparação de todas a fibras num mesmo gráfico.

Page 16: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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Gráfico 9: Correlação entre o valor médio do Re,3 e teor de fibras (% em volume) para todas as

fibras (fibras A, B, C e D são metálicas e as demais são poliméricas).

Gráfico 10: Correlação entre o valor característico (com nível de confiança 80%) do Re,3 e teor de

fibras (% em volume) para todas as fibras (fibras A, B, C e D são metálicas e as demais são poliméricas).

Page 17: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como análise geral dos resultados conclui-se, pela excelente aderência dos modelos aos

resultados experimentais, que houve um elevado nível de confiança estatística na

representatividade dos valores obtidos a partir das correlações realizadas (em todas as

correlações envolvendo fator de tenacidade e Re,3 o coeficiente de regressão R2 foi superior a

0,9). Desta forma, o objetivo básico deste trabalho experimental que consistia na realização de

uma avaliação experimental comparativa de desempenho de concretos reforçados com as fibras

disponíveis no mercado brasileiro, destinados ao uso em pavimentos de concreto, foi

plenamente coroado de êxito.

Os resultados aqui apresentados podem ser então utilizados por projetistas como parâmetros

para dimensionamento de pavimentos segundo o método por ele elegido, devendo este

projetista também se responsabilizar pelo nível de segurança a ser estabelecido para o material.

Como todo programa experimental, este trabalho possui limitações e deve ser complementado

por novos e mais abrangentes estudos. A validade dos ensaios aqui apresentados se limita à

matriz de concreto utilizada, às amostras de fibras ensaiadas e ao equipamento utilizado para o

ensaio de tenacidade a flexão. Qualquer variação nas propriedades da matriz pode alterar o

comportamento pós-fissuração dos compósitos.

Novos estudos devem ser feitos para concretos com maior resistência à flexão, principalmente

no caso das macrofibras. Deve-se verificar se o desempenho pós-fissuração dos concretos com

macrofibras é reduzido com o aumento da resistência da matriz.

O equipamento utilizado para os ensaios de tenacidade a flexão se mostrou adequado, sendo

capaz de diferenciar o desempenho das fibras avaliadas. Mesmo para as macrofibras, foi

possível perceber diferentes patamares de desempenho. Para a grande maioria dos corpos-de-

prova ensaiados não se notou instabilidade pós-pico significativa, capaz de interferir nos

resultados, mesmo a prensa utilizada não dispondo de dispositivo closed loop, indicando que sua

rigidez foi adequada aos ensaios realizados. Alguma instabilidade pós-pico foi verificada apenas

para os compósitos com baixa tenacidade (Re,3 < 30%).

Page 18: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

18

Não foi escopo deste trabalho a avaliação do comportamento pós-fissuração para cargas de

longa duração, estudo importante para comparação de desempenho entre as fibras metálicas e

poliméricas e para avaliação da durabilidade das estruturas formadas por tais compósitos.

A correlação encontrada entre fator de tenacidade e Re,3 com o consumo de fibra não é linear,

conforme já foi comprovado em estudos anteriores (FIGUEIREDO, 1997; FIGUEIREDO, NUNES

e TANESI, 2000).

A Fibra I: STICKLOCK apresentou Re,3 maior que 30% nos três consumos ensaiados, quando

são considerados os valores médios. Para os valores característicos, com nível de confiança de

80%, este patamar de tenacidade foi superado apenas para consumo maior que 4,5 kg/m3.

Portanto, segundo os critérios da Concrete Society – TR 34 (2003), esta fibra pode ser

considerada como fibra estrutural dependendo do consumo e do nível de confiança adotado para

cálculo do Re,3 característico.

Page 19: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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7- REFERÊNCIAS

ACI, Committe 360, Design of Slabs on Grade, ACI 360R, American Concrete Institute, Farmington Hills.

Michigan, 2006.

CECCATO, M. R. Estudo da Trabalhabilidade do Concreto Reforçado com Fibras de Aço. São

Paulo, 1998. 98p. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.

CONCRETE SOCIETY. Technical Report 34, Concrete Industrial Ground Floors – A guide to design

and construction.Third Edition. Trowbridge, 2003.

DEPARTAMENTOS NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES. Pavimento Rígido –

Execução de pavimento rígido com equipamento de pequeno porte. Especificação e serviço. DNIT

047/2004 ES. Rio de Janeiro, 2004.

FIGUEIREDO, A. D.; NUNES, N. L. e TANESI, J. Mix design analysis on steel fiber reinforced

concrete. In: FIFTH INTERNATIONAL RILEM SYMPOSIUM ON FIBRE-REINFORCED CONCRETES

(FRC), 2000, Lyon. Fibre-Reinforced Concretes (FRC) – BEFIB’2000. RILEM Publications S.A.R.L.,

2000.P.103-118.

FIGUEIREDO, A.D. Parâmetros de dosagem e controle do concreto projetado com fibras de aço.

Tese (Doutorado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. 1997. 342p.

FIGUEIREDO, A.D.; PAIVA, G.P. Influência dos procedimentos experimentais na precisão dos

resultados dos ensaios de tenacidade em CRFA. In: 49º. Congresso Brasileiro do Concreto do Instituto

Brasileiro do Concreto (IBRACON). Bento Gonçalves, 2007.

JAPAN SOCIETY OF CIVIL ENGINEERS. Method of tests for flexural strength and flexural

toughness of steel fiber reinforced concrete. JSCE-SF4. Concrete Library of JSCE. Part III-2 Method

of tests for steel fiber reinforced concrete. nº 3 June 1984a. p.58-61.

PINTO JÚNIOR, N. O. Tenacidade e resistência equivalente à tração na flexão dos concretos

reforçados com fibras de aço. In:Jornadas Sul-americanas de Engenharia Estrutural, v. 05, p.

2247-2256, São Carlos,1997.

Page 20: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

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ANEXO 1

Traço de concreto utilizado e características dos materiais

Page 21: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

21

ANEXO 2

Gráficos Força x Deslocamento Vertical (tenacidades à flexão)

para Fibra I: Etruria com teores incorporados de 3,0 – 4,5 – 6,0 kg/m3

Page 22: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

22

Teor incorporado: 3,0 kg/m3 – Fibra I: Etruria

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 1

F1ªfis.

=33953 N

Módulo Ruptura=4,53 MPa

Tenacidade=26831,17399 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,192 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 2

F1ªfis.

=31214 N

Módulo Ruptura=4,16 MPa

Tenacidade=27720,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,232 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 23: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

23

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 3

F1ªfis.

=32818 N

Módulo Ruptura=4,38 MPa

Tenacidade=32441,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,442 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 4

F1ªfis.

=34100 N

Módulo Ruptura=4,55 MPa

Tenacidade=30508,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,356 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 24: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

24

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 5

F1ªfis.

=31746 N

Módulo Ruptura=4,23 MPa

Tenacidade=33900,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,507 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 6

F1ªfis.

=33197 N

Módulo Ruptura=4,43 MPa

Tenacidade=33268,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,479 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 25: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

25

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 7

F1ªfis.

=30971 N

Módulo Ruptura=4,13 MPa

Tenacidade=23132,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,028 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 8

F1ªfis.

=31935 N

Módulo Ruptura=4,26 MPa

Tenacidade=32660,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,452 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 26: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

26

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 9

F1ªfis.

=28290 N

Módulo Ruptura=3,77 MPa

Tenacidade=24771,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,101 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

3,0 kg/m3

CP - 10

F1ªfis.

=31402 N

Módulo Ruptura=4,19 MPa

Tenacidade=26925,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,197 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 27: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

27

Teor incorporado: 4,5 kg/m3 – Fibra I: Etruria

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 1

F1ªfis.

=29670 N

Módulo Ruptura=3,96 MPa

Tenacidade=34956,82424 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,554 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 2

F1ªFIS.

=30984 N

Módulo Ruptura=4,13 MPa

Tenacidade=52003,69583 N.mm

Fator Tenacidade=2,311 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 28: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

28

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 3

F1ªfis.

=33685 N

Módulo Ruptura=4,49 MPa

Tenacidade=40360,95554 N.mm

Fator Tenacidade= 1,794 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 4

F1ª fis.

=37359 N

Módulo Ruptura=4,98 MPa

Tenacidade=38295,76509 N.mm

Fator Tenacidade= 1,702 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 29: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

29

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 5

F1ªfis.

=32569 N

Módulo Ruptura=4,34 MPa

Tenacidade=35386,98602 N.mm

Fator Tenacidade=1,573 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 6

F1ªfis.

=34253 N

Módulo Ruptura=4,57 MPa

Tenacidade=34491,42291 N.mm

Fator Tenacidade= 1,533 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 30: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

30

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 7

F1ªfis.

=34122 N

Módulo Ruptura=4,55 MPa

Tenacidade=41051,14936 N.mm

Fator Tenacidade= 1,824 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 8

F1ªfis.

=35659 N

Módulo Ruptura=4,75 MPa

Tenacidade=45011,02845 N.mm

Fator de Tenacidade= 2,000 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 31: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

31

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 9

F1ªfis.

=33647 N

Módulo Ruptura=4,49 MPa

Tenacidade=41311,18665 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,836 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

4,5 kg/m3

CP - 10

F1ªfis.

=33698 N

Módulo Ruptura=4,49 MPa

Tenacidade=36036,2712 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,602 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 32: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

32

Teor incorporado: 6,0 kg/m3 – Fibra I: Etruria

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 1

F1ªfis.

=30745 N

Módulo Ruptura=4,10 MPa

Tenacidade=40235,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,788 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 2

F1ªfis.

=31303 N

Módulo Ruptura=4,17 MPa

Tenacidade=41192,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,831 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 33: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

33

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 3

F1ªfis.

=32834 N

Módulo Ruptura=4,38 MPa

Tenacidade=47415,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 2,107 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 4

F1ªfis.

=31896 N

Módulo Ruptura=4,25 MPa

Tenacidade=48626,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 2,161 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 34: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

34

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 5

F1ªfis.

=32512 N

Módulo Ruptura=4,33 MPa

Tenacidade=37534,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,668 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 6

F1ªfis.

=30321 N

Módulo Ruptura=4,04 MPa

Tenacidade=43333,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,926 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 35: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

35

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 7

F1ªfis.

=29651 N

Módulo Ruptura=3,95 MPa

Tenacidade=52940,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 2,353 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 8

F1ªfis.

=29418 N

Módulo Ruptura=3,92 MPa

Tenacidade=46120,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 2,050 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

Page 36: Relatório Fibras Etruria STICKLOCK

36

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 9

F1ªfis.

=32875 N

Módulo Ruptura=4,38 MPa

Tenacidade=38416,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,707 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

FIBRA I : ETRURIA

6,0 kg/m3

CP - 10

F1ªfis.

=27432 N

Módulo Ruptura=3,66 MPa

Tenacidade=43737,000 N.mm

Fator de Tenacidade= 1,944 MPa

FO

A (

N )

DESLOCAMENTO VERTICAL ( mm )