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Título do trabalho:
Disciplina: Análises Químicas
Nome: Elisa Fernandes Ferreira. Nº 9
Nome: Cátia Alexandra Moreira Cruz. Nº70
Ano/Turma: 2ºAno / Técnico de Análise Laboratorial
Data de realização:
Data de entrega:
Local de Execução: Laboratório de Química
Professora: Apreciação:
Índice
Objetivo
Determinar o rendimento de uma reação de precipitação
Fundamentos teóricos essenciais
A gravimetria é um método analítico quantitativo que envolve o processo
de isolar ou pesar um composto definido de um elemento na forma mais pura
possível. Para levar a cabo este método pode usar-se dois procedimentos:
separar o componente da amostra (método direto) e pesá-lo ou evaporar/
volatilizar o composto e calcular o seu peso através da perda de peso da
amostra total ao longo do processo (método indireto).
A gravimetria envolve várias técnicas, sendo que na maior parte dos
casos há uma transformação do elemento a ser pesado num composto puro,
estável e de estequiometria definida. A partir da massa deste componente, é
possível determinar a quantidade do analito original. Posteriormente,
determina-se o peso através da fórmula química do composto e das massas
atómicas dos elementos que o constituem.
A separação do constituinte pode ser feita usando várias técnicas:
Eletrodeposição;
Volatilização;
Extração;
Precipitação química
No primeiro caso, utiliza-se uma corrente eléctrica para precipitar o analito,
sendo este método relativamente simples. No caso da volatilização, medem-se
os componentes que são voláteis, ou seja, que têm maior tendência a mudar
de estado físico. Aqui, podem-se usar dois tipos de métodos: direto (em que se
evapora o analito e efetua a pesagem através de uma substância absorvente
previamente pesada de modo que o ganho de peso corresponderá ao do
analito) ou indirecto (em que se volatiza o analito e se pesa o resíduo restante
sendo que a perda de peso corresponderá ao peso do analito). No entanto, a
volatilização só é possível se o analito for a única substância volátil ou se o
absorvente for seletivo para o analito. A técnica da extração usa-se um
solvente que é misturado a uma determinada solução e que permite precipitar o
analito. Por último, na precipitação química, adiciona-se ao constituinte um
reagente que o torne pouco solúvel. No entanto, nem sempre a forma de
precipitação conduzirá a uma forma de pesagem adequada pois a primeira
pode não ter uma composição definida ou pode não suportar as etapas de
aquecimento durante a análise.
A análise gravimétrica por precipitação química possui várias etapas:
1. Pesagem da amostra
2. Preparação das soluções dos reagentes e da amostra
3. Precipitação
4. Sedimentação ou decantação
5. Filtração usando cadinho filtrante ou papel de filtro
6. Lavagem do precipitado
7. Aquecimento por estufa ou mufla
8. Esfriamento do precipitado
9. Pesagem do precipitado
Contudo, para que se possa usar esta técnica num processo de
gravimetria é importante que o precipitado seja de fácil recuperação na
filtração, seja de baixa solubilidade e seja facilmente separável da fase líquida.
Além disso, a forma de pesagem deve ser adequada, ou seja, deve ter
uma composição perfeitamente definida e não ser higroscópica (não deve ser
capaz de absorver a água). Mais ainda, a conversão do precipitado em forma
de pesagem deve ser feita sem controlo de temperatura e o constituinte deve
ser capaz de originar uma forma de pesagem relativamente grande, mesmo
que apenas se possua uma pequena quantidade de constituinte.
Os métodos gravimétricos são de execução lenta e cuidadosa pois
envolvem diversas operações. Por vezes, a precipitação do constituinte deve
ser feita após a separação das substâncias interferentes pois nem sempre é
possível encontrar reagentes precipitantes seletivos. Mesmo assim, os
métodos gravimétricos possuem elevada exactidão e, frequentemente, um erro
de apenas 0,1%.
Deste modo, podemos dizer que as vantagens da gravimetria são:
Exatidão elevada
Instrumentação simples e barata
Método é absoluto e não depende de padrões
Por outro lado, possui também algumas desvantagens:
É bastante elaborado
Não é aplicável à análise de traços
Pode ter erros no processo de precipitação
Podem ocorrer perdas nas etapas de transferência, filtração,
lavagem e secagem.
.
Material utilizado
Papel de filtro;
Balança semi-analítica;
Gobelé de 250 mL;
Gobelé de 400 mL;
Pompete;
Pipeta de 10 mL;
Esguicho de água destilada;
Proveta de 100 mL;
Suporte para funil de vidro;
Funil de vidro de haste longa;
Vidro de relógio;
Dessecador.
Reagentes utilizados
Nitrato de Chumbo (II) (Pb(NO3)2) a 0,1 mol/L;
Iodeto de Potássio (KI) a 0,1 mol/L.
Procedimento
1. Inicialmente pesou-se o papel de filtro, utilizando uma balança semi-
analítica;
2. Adicionou-se com uma pipeta de 5,00 mL nitrato de chumbo (II)
(Pb(NO3)2) a 0,1 mol/L num gobelé de 250 mL;
3. Posteriormente, utilizou-se um esguicho de água destilada e adicionou-
se 50 mL de água destilada no gobelé em questão;
4. De seguida, adicionou-se 15,00 mL de iodeto de potássio (KI) a 0,1
mol/L lentamente nesse mesmo gobelé;
5. Feito o procedimento, aguardou-se 5 minutos. A cada minuto, agitou-se
o gobelé;
6. Utilizando o suporte universal, anel, funil de haste longa, papel de filtro e
gobelé de 400 mL, fez-se o processo de filtração;
7. Todo o conteúdo presente no gobelé de 250 mL foi adicionado
lentamente ao funil de haste longa (onde o papel de filtro estava
localizado);
8. O processo de filtração do precipitado ocorria à medida que todo o
líquido estava a ser armazenado num gobelé de 400 mL que se
encontrava devidamente localizado;
9. Depois da filtração do precipitado, uma lavagem do mesmo foi feita por
três vezes, utilizando água destilada. Após o processo de filtração ser
realizado novamente, o papel de filtro foi aberto num vidro de relógio e
colocado num dessecador;
10.Após o período de uma semana, o papel de filtro foi novamente pesado
utilizando uma balança semi-analítica.
Registos de medições
Cálculos
Equação química de Nitrato de chumbo com Iodeto de potássio:
Pb (NO3 )2 (aq )+2KI (aq )⟶PbI 2 ( s )+2K NO3(aq)
Determinação do número de moles do Nitrato de chumbo:
c Pb(NO 3)2=nv
0,1= n0,05
n=5×10−3 moles
Determinação do número de moles do Iodeto de potássio:
c KI=nv
0,1= n0,15
n=0,015moles
Determinação do reagente limitante:
5×10−3
1 moles < 0,015
2 moles
= 5×10−3 < 7,5×10−3
Limitante
Determinação da quantidade química teórica
1mol Pb(NO3)2 1mol PbI 2
5×10−3moles x
x=5×10−3×11
x=¿ 5×10−3moles PbI 2 (teórico)
Determinação da massa molar
M (Pb I 2 )=Ar (Pb )×1+Ar (I )×2
M (Pb I 2 )=207,2×1+126,90×2
M (Pb I 2 )=207,2+253,8
M (Pb I 2 )=461g /mol
Determinação da massa teórica
n teóricoPb I 2=m( teórica)
M
5×10−3= m461
m(teórica)=2,305g
Determinação da massa obtida
massa=4,6350−2,4830
massa=2,1520g
Determinação do rendimento
η= massa produtoobtidamassa produto teórica
×100
η=2,15202,305
×100
η=93,36%
Conclusões / Discussão dos Resultados
Após o término da experiência foi possível concluir que a gravimetria por
precipitação química é um processo relativamente simples mas que requer
extremos cuidados em todas as etapas de modo a minimizar os erros e obter
um precipitado puro. Tal acontece porque a gravimetria por precipitação
envolve diversos procedimentos químicos como filtração e medições de massa.
Neste caso, utilizamos o método direto pois o analito foi pesado
diretamente e não utilizamos a diferença de peso entre a amostra com o analito
e sem o analito.
O rendimento obtido foi bastante elevado, cerca de 93,36%. Este
resultado foi altamente satisfatório pois a massa obtida de produto ficou
relativamente próxima da massa teórica que deveria ter sido obtida. Assim,
pode dizer-se que os erros foram mínimos.
Mas, mesmo assim, podem ter ocorrido alguns erros que ditaram o valor
do rendimento e o impediram de ser 100%. Assim, uma das fontes de erro
poderá ter tido origem em erros de pesagem decorrentes da imprecisão da
balança ou de erros na manipulação da mesma. Outras fontes de erro poderão
estar na incorreta lavagem da substância e em erros de paralaxe, ou seja, pela
observação errada na escala de graduação.
Bibliografia
Anexos
c |K2Cr2O7| = 0,01M
22 / 01 / 2013
Cátia e Elisa 2º TAL
Fig. 1 – Etiqueta do frasco da Solução de Dicromato de Potássio
c |KI| = 0,1M
22 / 01 / 2013
Cátia e Elisa 2º TAL
Fig. 2 – Etiqueta do frasco da Solução de Iodeto de Potássio
Solução de Amido de batata
22 / 01 / 2013
Cátia e Elisa 2º TAL
Fig. 3 – Etiqueta do frasco da Solução de Amido de batata
c |Na2S2O3| = 0,1M
22 / 01 / 2013
Cátia e Elisa 2º TAL
Fig. 4 – Etiqueta do frasco da Solução de Tiossulfato de Sódio penta-
hidratado
Solução de Ácido clorídrico
22 / 01 / 2013
Cátia e Elisa 2º TAL
Fig. 5 – Etiqueta do frasco da Solução de Ácido clorídrico