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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL- REI CAMPUS ALTO PARAOPEBA LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AGREGADOS JÉSSICA PEREIRA OLIVEIRA ENGENHARIA CIVIL – 3º PERÍODO

Relatório 2 - Materiais de Construção (Agregados Miúdos)

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Relatório 2 - Materiais de Construção (Agregados Miúdos)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO JOO DEL-REICAMPUS ALTO PARAOPEBA

LABORATRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUO

AGREGADOS

JSSICA PEREIRA OLIVEIRAENGENHARIA CIVIL 3 PERODO

OURO BRANCO 07 DE MAIO DE 2012AGREGADOSSo os materiais acrescentados ao cimento e gua para se obterem as argamassas e os concretos. Constituem cerca de 70% - 80% do volume total dos produtos nos quais so utilizados. Apresentam-se em forma de gros, tais como areia e britas, e devem ser inertes, ou seja, no devem provocar reaes indesejveis. Desempenham papel fundamental nas argamassas e concretos do ponto de vista do custo e tambm respondem por diversas propriedades fsicas e mecnicas propiciando uma menor retrao das pastas formadas por cimento e gua e aumentando a resistncia ao desgaste superficial das argamassas e concretos. Eles podem ser obtidos diretamente na natureza ou por processos artificiais. Podem ser classificados de diversas maneiras, porm a classificao mais importante em virtude do comportamento diferenciado quanto s dimenses: agregados midos e grados, este relatrio a respeito de anlises feitas de uma amostra de agregado mido.Objetivo do ensaio: Estabelecer a composio granulomtrica, a massa especfica, o teor de umidade e a massa unitria do agregado analisado, para verificar se este se enquadra na norma que o especifica NBR 7211. AMOSTRAGEM DO MATERIALAamostragem toimportante quantoo ensaio, porissodevem sertomadas todasas precaues necessrias para que se obtenha amostras representativas quanto s suas natureza e caractersticas. (NM 26/2000, p. 2)Normalizao: NBR NM 26 Estabelece osprocedimentos paraa amostragem de agregados, desde a sua extrao e reduo at o armazenamento e transporte das amostras representativas de agregados para concreto, destinadas a ensaios de laboratrio. Mtodos: Inicialmente deve ser realizada uma inspeo visual completa na regio da jazida, com o objetivo de analisar as caractersticas e as possveis variaes no material. Em seguida devem ser extradas amostras de diferentes locais, para analisar as caractersticas do material em profundidade, atravs de perfuraes, o nmero e a profundidade das perfuraes estipulado em funo da natureza do depsito, da topografia da rea, das caractersticas do material,da possibilidade de aproveitamento da jazida e da quantidade de material necessrio para a execuo da obra. As perfuraes a serem realizadas devem ter, no mnimo, a profundidade necessria a ser alcanada na explorao da jazida. Se a extenso da jazida for grande em relao quantidade dematerial necessria para executar a obra, devem ser demarcados oslimites da zona na qual ser feita a extrao. Se houver indicaes de que existemvariaes importantes na natureza, granulometria ou demais caractersticas na inspeo visual do material, devem ser tomadas amostras representativas para cada rea de amostragem separadamente, identificando a amostra e anotando sua espessura.O nmerode amostras parciais definido em funodo volume de material e da maior oumenor variao de suas caractersticas. O nmero deve ser suficiente para abranger todas aspossveis variaes e assegurar representatividade da amostra. Com exceo das jazidas oudepsitos naturais,a amostra de campo necessria para constituir a amostra de ensaio deve ser formada pela reunio de amostras parciais.Asamostras de ensaiodevemserremetidas em sacos, containers, caixas ou recipientes adequados, precavendo-se contra a perda dequalquer parte da amostra, ou danificao do recipiente durante o manuseio e transporte. Os recipientes para a remessa devem estar limpos para evitar qualquer contaminao da amostra. Cada amostra deve ser convenientemente identificada individualmente, mediante uma etiqueta ou carto, fixada ou presa ao recipiente utilizado. Cada etiqueta deve conter os seguintes dados: designao do material; nmero de identificao de origem; tipo de procedncia; massa da amostra; quantidade do material que representa; obra e especificaes a serem cumpridas; parte da obra em que ser empregado; local e data da amostragem; responsvel pela coleta.Para se reduzir a amostra temos 3 mtodos, A, B e C, que so estabelecidos de acordo com a norma NM 27/2000, e especificados a seguir: Mtodo A (Separador Mecnico): Mtodo escolhido para este ensaio.Materiais: Separador mecnico para agregado grado, com, nomnimo, oito calhasde igual abertura, separador mecnico para agregado mido com doze calhas de igual abertura, dois recipientes para receber as duas metades da amostra, um recipiente superior com uma largura igual ou ligeiramente inferior abertura total do conjunto das canaletas, de tal forma que permita aintroduo da amostra para o separador com uma velocidade constante.Procedimento: Colocar a amostra decampo noseparador, distribuindo-a uniformemente ao longo do mesmo, numa velocidade tal que permita que o agregado passe livremente atravs das calhas para os recipientes colocados abaixo destas. Depois reintroduzir a poro da amostra em um destes recipientes no separador, tantas vezes quantas forem necessrias, para reduzir a amostra quantidade adequada ao ensaio pretendido. Para usar este procedimento em agregados midos, exige-se que ele se encontre mais seco que a condio de saturado com superfcie seca. Para agregado grado, ou mistura de agregado grado e mido, a amostra deve estarlevemente umedecida, para evitar a perda dos materiais finos.Mtodo B (Quarteamento):Materiais: P cncava e reta, colher de pedreiro, vassoura ou escova, encerado de lona e haste.Procedimento: Colocar a amostra, de campo sobre uma superfciergida, limpae plana,onde noocorra nenhuma perda de material e nem haja contaminao. Homogeneizar a amostra revolvendo-a no mnimo trs vezes. Na ltimavirada, juntaraamostraformando umcone. Achatar cuidadosamente ocone com a ajuda de uma p, formando um tronco de cone, cuja base deve ter dimetro de quatro a oito vezes a altura do tronco de cone. Dividir a massa achatada em quatro partes iguais com a p ou a colher de pedreiro, eliminando duas partes e agrupando as outrasduas, em sentido diagonal. Com o material remanescente, repetir estas operaesat reduziraamostra quantidade necessria para a execuo do ensaio.Mtodo C (Amostragem de pequenosestoques de agregado mido mido): Materiais: P cncava e reta, colher de pedreiro, p, concha ou colher para amostragem.Procedimento: Colocaraamostradecampodeagregado mido,mido, sobre uma superfciergida, limpa e plana, onde no ocorra perda de material e contaminao. Homogeneizar o material por completo, revolvendotodaa amostra,no mnimotrs vezes. Na ltima virada, juntar a amostra e, com auxlio dap, depositar o material notopo do cone que vai se formando. O cone pode ser achatado a um dimetro e altura aproximadamente iguais, pressionando para baixo o seu pice com a p. Obter a quantidade de amostra desejada atravs de, pelo menos, cinco tomadas, aproximadamente iguais, em locais escolhidos ao acaso e distribudos na superfcie do cone formado.Resultados:Natureza/TipoAreia Natural Quartzosa

ProcednciaEntre Rios de Minas

ColetaPtio do LaboratrioData: 11.04.2012

EnsaiosGRANULOMETRIA AGREGADO MIDOA composio granulomtrica do agregado a expresso das propores dos gros de diferentes tamanhos. Neste ensaio determinamos a dimenso mxima caracterstica e o mdulo de finura, esses parmetros so fundamentais para especificar o emprego dos agregados em argamassas e concretos. Cabe resaltar que a composio granulomtrica tem influncia direta sobre a qualidade desses produtos, principalmente nos aspectos relativos trabalhabilidade, compacidade e resistncia aos esforos mecnicos. (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2006, p. 19).Normalizao: NBR 7217 Prescreve o mtodo para a determinao da composio granulomtrica de agregados midos e grados para concreto. Materiais: Balana com resoluo de 0.1% da massa da amostra de ensaio, estufa para secagem, peneiras das sries normal e intermediaria, tampa e fundo, agitador mecnico de peneiras, bandejas, escova ou pincel de cerdas macias, fundo avulso de peneiras ou encerado de lona. Mtodos: Depois de secar as amostras em estufa e esfria-las temperatura e da montagem do equipamento de peneiras coloca-se a amostra sobre a peneira superior do conjunto de modo a evitar a formao de camada espessa de material e ento promover a agitao mecnica do conjunto por tempo razovel, para permitir a separao e classificao prvia dos diferentes tamanhos de gros da amostra. Destaca-se e agita manualmente a peneira superior do conjunto at que, aps 1 min de agitao contnua, a massa do material passante pela peneira seja inferior a 1% da massa do material retirado. Essa agitao deve ser feita com movimentos laterais e circulares alternados, tanto no plano horizontal quanto no vertical e inclinado. Remove o material retido na peneira para uma bandeja identificada e escova a tela em ambos os lados para limpar a peneira, o material removido pelo lado interno considerado como retido, e o desprendido na parte inferior como passante. Repetir esse processo de agitao de peneira separada para todas as peneiras e depois determina a massa total do material retido em cada uma das peneiras e no fundo do conjunto. Resultados: Os dados obtidos no ensaio esto apresentados na tabela a seguir:Peneiras (mm)Peso (g)1 Det.:50002 Det.:5000Data: 11.04.2012

Peso retido (g)Porcentagem retida individual (%)Porcentagem retida e acumulada (%)

1 det.2 det.1 det.2 det.Mdia

9.5262.7213.05.34.34.85

6.3100.292.82.01.91.97

4.864.275.21.31.51.48

2.4152.6143.73.12.93.011

1.2316.7326.16.36.56.417

0.6881.8863.417.617.317.534

0.31981.72085.239.641.740.675

0.151107.91056.222.221.121.697

Fundo127.8140.42.62.82.7100

Massa final4995.64996.0Dimenso mxima caracterstica: 9.5 (mm)

Diferena (%)0.10.1Mdulo de Finura: 2.47

De acordo com a norma NBR 7211/2009 e ABNT NBR NM 243, apesar do mdulo de finura estar dentro da zona tima, a areia analisada (Areia Natural Quartzosa, provinda de Entre Rios de Minas) no se encontra na zona utilizvel por apresentar uma distribuio granulomtrica diferente da padronizada, incluindo gros muito grados, acima do aceitvel. Perante isso, somente poder ser utilizada havendo estudos prvios de dosagem para comprovar sua aplicao, caso contrrio, o seu uso deve ser evitado.MASSA ESPECFICA DO AGREGADO MIDOMassa especfica do agregado a relao entre a massa e o volume de slidos, excluindo os vazios. (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2006, p. 126, adaptao nossa).Normalizao: NBR 9776 Prescreve o processo de determinao da massa especfica de agregados midos para concreto pelo frasco de Chapman.Materiais: Balana, frasco (de vidro e composto de dois bulbos e de um gargalo graduado) e a amostra.Procedimentos: Colocar a gua no frasco at a marca de 200 cm, deixando-o em repouso para que a gua aderida s faces escorra totalmente, em seguida introduzir, cuidadosamente, 500 g de agregado mido seco no frasco, que deve ser agitado para eliminar as bolhas de ar. A leitura do nvel atingido pela gua no gargalo do frasco indica o volume em cm, ocupado pelo conjunto, gua-agregado mido, alertando-se para que as faces internas devam estar completamente secas e sem gros aderentes.Resultados: Segue-se a tabela do ensaio:Massa especfica do agregado mido

VariveisEnsaios

12

Massa do agregado seca (g)500.01500.00

Leitura inicial (cm)200200

Leitura final (cm)392.0393.5

Massa especfica (g/cm)2.602.58

Diferena (g/cm ou l)0.02

Massa especfica mdia (g/cm)2.59

A massa especfica do agregado, de acordo com a norma NBR 9776, calculada pela seguinte expresso:

Onde: = massa especfica do agregado mido, expressa em g/cm;L = leitura do frasco.A massa especfica dessa amostra de agregado concorda com o resultado esperado e estabelecido pela norma NM 52:2002 (esta norma estabelece o mtodo de determinao da massa especfica e da massa especfica aparente dos agregados midos destinados a serem usados em concreto), que diz: Os resultados dos ensaios realizados com a mesma amostra no devem diferir em mais de 0,02 g/cm3 para a massa especfica. Tomar como valor definitivo a mdia dos valores correspondentes obtidos e registrar com aproximao de 0,01 g/cm3.ENSAIO TEOR DE UMIDADE AREIAO teor de umidade da areia na composio de concretos um fator relevante, uma vez que esse teor pode alterar a quantidade de gua e o volume de areia calculados para a confeco desses produtos. A gua conduzida pela umidade do agregado mido provoca um aumento do seu volume aparente, devido ao afastamento de seus gros. Esse fenmeno conhecido como inchamento, e deve ser levado em considerao para que no haja deficincia de areia no concreto. (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2006, p. 26, adaptao e grifo da autora).Normalizao: NBR 9939 Prescreve o mtodo para determinao da umidade total, por secagem, em agregado grado destinado ao preparo de concreto. Materiais: Balana com resoluo de 1,0 g e capacidade compatvel com a massa da amostra de ensaio, estufa ou fonte de calor com capacidade de manter a temperatura constante na faixa de 105C - 110C, recipiente em material resistente ao calor e adequadodimensionalmente massa e ao volume da amostra e haste de mistura de tamanho conveniente.Procedimentos: Determinar a massa (Mi) da amostra de ensaio, depois secar a amostra em estufa ou fonte de calor escolhida. Quando a fonte de calor utilizada no for uma estufa, homogeneizar periodicamente a amostra, de modo a uniformizar a secagem. Determinar a massa da amostra em intervalos sucessivos de pelo menos 2 h. Efetuar as determinaes assim que a temperatura da amostra estiver suficientemente baixa para no danificar a balana. A massa final (Mf) obtida quando a diferena entre duas pesagens sucessivas no indicar mais que 0,1% de perda de massa da amostra.Resultados: Os dados obtidos no ensaio esto na tabela abaixo:Data: UnidadeN do recipiente

Operador:123

Tara do recipiente (Mt)g12.4713.6913.61

Massa de agregado mido + tara (Ms+Ma+Mt)g56.9170.4580.26

Permanncia em estufahoras181818

Massa de agregado seco + tara (Ms+Mt)g55.0068.3577.35

Massa de gua (Ma)g1.912.12.91

Massa do agregado seco (Ms)g42.5354.6663.74

Teor de umidade (w)%4.493.844.57

Teor de umidade (mdia)(w)%4.3

Calcula-se o teor de umidade total pela expresso:h =[(Mi -Mf)/Mf]x 100Onde:h = teor de umidade total, em %Mi = massa inicial da amostra, em gMf = massa final da amostra seca, em gMASSA UNITRIA NO ESTADO SECO SOLTOMassa unitria a relao entre a massa e o volume de slidos, incluindo os vazios, sob determinadas condies de compactao. (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2006, p. 15, adaptao nossa).Normalizao: NBR 7251 Prescreve o mtodo para a determinao da massa unitria do agregado em estado solto.Materiais: Balana com limite de erro 0.5 %, recipiente paralelepipdico de matria metlico, termmetro e estufa.Procedimentos: Pesa-se o recipiente vazio, seca o agregado em estufa, enche o recipiente por meio de uma concha ou p, sendo o agregado lanado de uma altura de 10 a 12 cm do topo de recipiente. A superfcie do agregado alisada com uma rgua e o recipiente pesado com o material nele contido. A massa do agregado solto a diferena entre a massa do recipiente cheio e a massa do recipiente vazio.Resultados: A massa unitria do agregado solto a mdia dos resultados individuais obtidos em pelo menos trs determinaes, dividindo-se a massa do agregado pelo volume do recipiente utilizado. Segue a tabela com os dados do ensaio:Massa unitria

VariveisEnsaios

12 3

Massa do agregado + recipiente (Kg)23.40023.24023.410

Massa do recipiente (Kg)3.1653.1653.165

Massa do agregado (Kg)20.23520.07520.245

Volume do recipiente (dm)151515

Massa unitria (Kg/dm)1.3491.3381.349

Massa unitria mdia (Kg/dm)1.345

Intervalo de variao1.3311.358

Massa unitria (Kg/dm)1.34

De acordo com a norma NBR 7251/1982 o resultado est correto, por no apresentar desvio maior que 1% em relao a mdia. ConclusoAps a realizao dos ensaios referidos, a amostra de Areia Natural Quartzosa, provinda de Entre Rios de Minas, permaneceu dentro das especificaes estabelecidos pela norma NBR 7211/2009 em praticamente todos os padres de qualidade testados (sendo feitos os ensaios de acordo com as normas e mtodos especificados na NBR 7211/2009 pela tabela 5, pgina 7 desta norma, e a amostragem feita de acordo com as normas NM 26/2000 e NM 27/2000) exceto em sua granulometria, por apresentar uma irregularidade na sua dimenso mxima caracterstica, o que impossibilita seu uso imediato, podendo ser utilizada somente se houver estudos prvios de dosagem para comprovar sua aplicao ou se realizado algum procedimento para regularizar a sua situao granulomtrica. Referencias BibliogrficasRIBEIRO, Carmen Couto; PINTO, Joana Darc da Silva; STARLING, Tadeu. Materiais de Construo Civil, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2006, p. 15-26.ABNT, Normas. NBR 7211/2009, NM 26/2000, NM27/2000, NBR 7217/1987, NBR 9776/1987, NM 52:2002, NBR 9939/1987, NBR 7251/1982.