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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ANIELE VIEIRA DOS SANTOS RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS MARINGÁ 2009

RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

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RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS

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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ANIELE VIEIRA DOS SANTOS

RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS

MARINGÁ 2009

Page 2: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

ANIELE VIEIRA DOS SANTOS RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

VIDA DE IDOSOS

Monografia apresentada à UNINGÁ – Faculdade Ingá - como exigência parcial para obtenção do título de Licenciado em Educação Física. Orientadora: Profª Ms Patrícia Aparecida Gaion

MARINGÁ 2009

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SANTOS, Aniele Vieira S237r Relação entre nível de atividade física e

qualidade de vida de idosos. Maringá: UNINGÁ, 2009.

44 f. Trabalho de Conclusão de Curso. UNINGÁ

1. Atividade física. 2. Qualidade de vida. 3. Idosos. I. T. II. UNINGÁ.

CDD. 790.1

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ANIELE VIEIRA DOS SANTOS

RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE FÍSICA DE IDOSOS

Monografia de Conclusão de Curso apresentado à UNINGÁ – Faculdade Ingá - como exigência parcial para obtenção do título de Licenciado em Educação Física.

Aprovada em ____ / _____ / _____ COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________ Profª. Ms. Patrícia Aparecida Gaion

orientadora Faculdade Ingá – UNINGÁ

______________________________________ Profª. Ms. Angela Maria Ruffo

Faculdade Ingá – UNINGÁ

______________________________________ Prof. Ms. Rui Gonçalves Marques Elias

Faculdade Ingá – UNINGÁ

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus;

ao meu namorado Moacir, pelo incentivo e

apoio; e a minha mãe dona Vera, muito

obrigada.

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AGRADECIMENTOS

A minha orientadora Patrícia Aparecida Gaion, por todo o conhecimento passado,

pelas excelentes supervisões e orientação do Trabalho.

À UNINGÁ e aos professores que fizeram parte dessa jornada em sala de aula e nos

corredores.

A todos os funcionários desta instituição de ensino a todo o suporte de sempre, pelo

sorriso no rosto ao resolver nossos problemas.

À minha família, pela base sólida que sempre me deu força para encarar a vida de

frente. A minha mãe por ser tão mãe em minha vida, pelos pés no chão e pelo

carinho sempre.

Ao meu namorado que sempre esteve presente nas horas difíceis e também nas

horas boas o meu muito obrigado Moacir.

E para finalizar o trio parada dura que com a minha chegada se tornou quarteto

Carina, Ligia, Luis eu seria a quarta, por todos os trabalhos realizados juntos e pela

amizade construída. Aos demais colegas, em especial a Daniele Baio.

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Não basta ter belos sonhos para realizá-los. Pois ninguém realiza grandes obras Se não for capaz de sonhar grande. Podemos mudar o nosso destino se nos dedicarmos À luta pela realização de nossos ideais. É preciso sonhar, mas com a condição De crer em nosso sonho, De examinar com atenção a vida real, De confrontar nossa observação com nosso sonho, De realizar escrupulosamente nossa fantasia. Sonhos, acredite neles.

(Lênin)

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SANTOS, Aniele Vieira. Relação entre nível de atividade física e qualidade física de idosos. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) - Unidade de Ensino Superior Ingá -Faculdade Ingá –UNINGÁ, 2009.

RESUMO

Este estudo teve como objetivo relacionar os níveis de prática de atividade física e qualidade de vida de idosos da cidade de Atalaia, Paraná. Fizeram parte da amostra, 30 idosas participantes de um projeto de ginástica da prefeitura da cidade. Como instrumento, utilizou-se o Questionário de Qualidade de Vida (WHOOQOL-Bref), validado por Fleck et al. (2000). Todas as idosas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para análise dos dados, utilizou-se teste de Shapiro Wilk, para verificar a normalidade dos dados, mediana e amplitude interquartílica para caracterizar os grupos, correlação de Spearman para relações entre os domínios da qualidade de vida e teste de Mann-Whitney para comparações inter-grupos, adotando p<0,05. Verificou-se que a maior parte das idosas foi considerada ativa ou muito ativa (56,7%) e os valores dos domínios de qualidade de vida podem ser considerados moderados-altos, sendo que o maior valor foi do domínio de relações sociais [4,06 (1,3)] e psicológico [4,00 (0,2)]. Observou-se correlação moderada positiva e significativa do domínio de relações sociais com domínio físico (0,65), com domínio psicológico (0,44) e com meio-ambiente (0,61). Não houve diferença significativa nos domínios de qualidade de vida entre o grupo de idosas muito ativo ou ativo e o grupo de idosas irregularmente ativo ou sedentário. Concluiu-se que participar de um programa de ginástica, bem como outros fatores não avaliados no estudo, como o nível socioeconômico, podem ter contribuído para níveis elevados de qualidade de vida dessas idosas.

Palavras-chave: Atividade física. Qualidade de vida. Idosos.

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SANTOS, Aniele Vieira. Relationship between physical activity level and physical quality of the elderly. Work of Conclusion of Course (Graduation in Physical Education) - Unidade de Ensino Superior Ingá -Faculdade Ingá –UNINGÁ, 2009.

ABSTRACT

This study aimed to relate the levels of physical activity and quality of life of elderly in the city of Atalaia, Paraná. Were part of the sample, 30 elderly participants in a project of the municipal gym in town. As a tool, we used the Quality of Life Questionnaire (WHOOQOL-Bref), validated by Fleck et al. (2000). All older signed the Term of Free and Informed Consent. For data analysis, was used the Shapiro Wilk test to verify the normality of the data, median and interquartile ranges to describe the groups, the Spearman correlation for relationships between the domains of quality of life and the Mann-Whitney test for inter comparisons -groups, adopting p <0.05. It was found that most of the elderly was considered active or very active (56.7%) and the values of the areas of quality of life can be considered moderate-high, and the highest value was in the field of social relations [4 , 06 (1.3)] and psychological [4.00 (0.2)]. There was moderate positive and significant correlation of the field of social relations with physical domain (0.65), with psychological domain (0.44) and with the environment (0.61). There was no significant difference in the quality of life among the older group of very active or active and the group of elderly sedentary or irregularly active. It is part of a program of gymnastics and other factors not assessed in the study, such as socioeconomic level, may have contributed to high levels of quality of life of elderly. Keywords: Physical activity. Quality of life. Elderly.

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1 – Mapeamento da qualidade de vida.....................................................19

Tabela 1 - Valores de freqüência referentes ao nível de atividade física das idosas.......................................................................................................................29

Tabela 2 - Valores referentes aos domínios de qualidade de vida das idosas. .30

Tabela 3 - Correlação entre os domínios de qualidade de vida das idosas.......30

Tabela 4 - Comparação entre os domínios de qualidade de vida das idosas em função da prática de atividade física. ....................................................................31

Page 11: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................10

1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................12

1.2 OBJETIVOS.........................................................................................................13

1.2.1 Objetivo Geral.................................................................................................13

1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................13

2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................14

2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENVELHECIMENTO..........................................14

2.1.1 Conceitos e Definições.....................................................................................14

2.1.2 Alterações Físicas, Psicológicas e Sociais Relacionadas ao Envelhecimento .......................................................................................................15

2.2 PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE E SUA RELAÇÃO

COM A QUALIDADE DE VIDA..................................................................................18

2.2.1 Qualidade de Vida............................................................................................18

2.2.2 Benefícios e Recomendações da Prática de Atividade Física para Idosos

..................................................................................................................................20

2.2.3 Programa de Exercícios Físicos Voltados para a Terceira Idade...............23

3 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................27

3.1 TIPO DE ESTUDO ..............................................................................................27

3.3 INSTRUMENTOS................................................................................................27

3.4 PROCEDIMENTOS.............................................................................................28

3.5 ANÁLISE DE DADOS..........................................................................................28

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................29

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................33

REFERÊNCIAS.........................................................................................................34

APÊNDICES .............................................................................................................10

ANEXOS .................................................................................................................410

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1. INTRODUÇÃO

Ao olhar em volta é possível perceber um número diversificado de

membros da terceira idade, indo e vindo de todas as direções. No entanto, muitas

pessoas ainda parecem ignorar questões relacionadas à terceira idade como se a

mesma não fizesse parte do processo de vida, parecendo tão distante e assim,

sendo indiferentes a ela (HERMANOVA, 1982)

Atualmente existe um total populacional de 8,6% de idosos do total de

seus representantes desde 1997 no Brasil, isto segundo dados disponibilizados pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (HADDAD, 1986)

Há uma série de fatores que envolvem e dificultam a existência humana

na velhice, por falta de visão clara por parte da sociedade de que “a vida é

continuidade existencial”, processo que inicia com o nascimento prosseguindo até a

terceira idade (HERMANOVA, 1982)

É, extremamente, importante propiciar situações em que o idoso aprenda

a lidar com as transformações que ocorrem no seu corpo, tirando proveito da sua

condição, conquistando sua autonomia, sentindo-se sujeito da sua própria história.

No entanto, nem sempre a família está preparada ou em condições de desencadear

esse processo, tendo em vista que as obrigações diárias, às vezes, dificultam uma

dedicação especial ao idoso. Assim, há a possibilidade da família recorrer a

profissionais especializados para desenvolverem projetos direcionados ao idoso,

buscando garantir ao mesmo o direito à qualidade de vida almejada e merecida.

A sociedade, portanto, tem o dever de criar mecanismos que contribuam

para a superação deste quadro e garantir ao idoso uma vida mais tranqüila. Para

isso, além de vencer os preconceitos, é necessário criar condições para que o idoso

possa usufruir do tempo que tem disponível com qualidade, beneficiando-se por

meio de: atividades físicas apropriadas para sua condição, alimentação saudável,

espaço para lazer, bom relacionamento social e liberdade de expressão e criação.

Somados a isso, o amor, o carinho e o reconhecimento das contribuições do idoso

para a sociedade e da sua capacidade de amar, podem impulsionar a felicidade, o

bem estar e, conseqüentemente, a longevidade desse cidadão que tem direitos

pessoais e sociais que não podem ser negados.

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Para a liberdade de movimentos e satisfação pessoal, é necessário um

determinado nível de independência funcional. A manutenção da mobilidade é

essencial para este aspecto. Por exemplo, problemas de mobilidade, em idosos

podem conduzir a quedas, que, por sua vez, podem resultar em fraturas do quadril,

que aumenta muito seu risco após os seus cinqüenta anos de idade. Entre os

sessenta e setenta e cinco anos de idade, ocorre uma marcante redução na saúde

funcional. As condições mais comuns são: artrite, doenças circulatórias e as

disfunções auditivas e no processo mastóide. Existe uma óbvia necessidade da

manutenção da saúde e da mobilidade do idoso. Portanto, urge a necessidade de

determinar medidas preventivas que assegurem a manutenção da saúde do idoso.

Em face às questões apresentadas, o estudo teve como questão

geradora: existe relação entre nível de prática de atividade física e qualidade de vida

de idosos?

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1.1 JUSTIFICATIVA

Um dos problemas que mais angustiam os idosos é a saúde, parte devido

a um sistema debilitado que não fornece tratamento adequado a todos os cidadãos.

Uma das mais evidentes alterações que acontece com o processo de

envelhecimento é a diminuição da função neuromuscular, principalmente no que diz

respeito à capacidade da força. A diminuição gradual dos níveis da força muscular

pode limitar a capacidade de realização das atividades cotidianas, levando à falta de

independência e diminuindo conseqüentemente, a qualidade de vida das pessoas

idosas. (HERMANOVA, 1982)

Existem diversos grupos de promoção da saúde do idoso espalhado pelo

país que realizam atividades com grupos de idosos, desenvolvendo além de

exercício físico apoio psicológico e opções de lazer. Há uma relação intrínseca

entre essas atividades e o bem estar do idoso. Trabalhos neste sentido são

realizados em clubes de terceira idade entre outros espaços onde são comuns

exercícios físicos, excursionismos e os bailes. Há diversas iniciativas que tem tido

bons resultados como projetos de política de lazer para os idosos, surtindo efeitos

consideráveis na autonomia e sociabilidade dos mesmos (HADADD, 1986).

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral Investigar a relação entre nível de atividade física e qualidade de vida de

idosos.

1.2.2 Objetivos Específicos Identificar o nível de atividade física de idosos de um centro de saúde da

cidade de Atalaia, Paraná;

Verificar a qualidade de vida desses idosos;

Comparar a qualidade de vida dos idosos em função do nível de prática

de atividade física.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENVELHECIMENTO

2.1.1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES

A velhice é a etapa mais madura da vida e ocorre naturalmente. Em

contrapartida, é a fase da aceleração dos processos degenerativos da vida humana.

O Brasil conta com uma grande parte de sua população já considerada idosa e uma

outra se encaminhando para essa fase (HERMANOVA, 1982).

Neste contexto Haddad (1986) diz que o envelhecimento não é

simplesmente um processo físico, mas também um estado de ânimo, haja vista que

a velhice é um período vulnerável. Para Hermanova (1982), os que estão

envelhecendo são aqueles que depois de terem passado de um período de

crescimento e maturidade, entram numa fase que tem sido chamada pelos

franceses de troisième âge ou terceira idade. Envelhecer é uma fase normal da vida

humana e deve ser considerada como tal. Entende-se que o envelhecimento é um

processo individual com amplas variações e que os próprios idosos são um grupo

heterogêneo.

Para propósitos de elaboração de normas e legislação, utiliza-se uma

definição cronológica considerando a velhice a partir da idade de 60 anos. Tanto a

prática quanto as pesquisas mostram que existem uma diferença marcante entre a

faixa etária dos 60 anos ou mais, entre aqueles que tem menos de 75 anos e os

que passaram de 75 anos (HADADD, 1986).

Outros autores, como Silva (1978), afirmam que ainda hoje a velhice é

somente discutida, mas não definida. Diz este autor ser difícil estabelecer uma idade

em que o homem deixa a maturidade e ingressa na velhice. A Organização Mundial

de Saúde (1995) considera a idade de 65 anos como limite inicial caracterizador da

velhice. Essa assertiva, embora por demais simplista, é usada por todos os

estatísticos que documentaram a geriatria, estabelecendo um mero valor

cronológico, o qual, na maioria das vezes, não corresponde à idade fisiológica.

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Portanto, existem dificuldades para estabelecer o marco de início do

envelhecimento, não só pelo fato de ser variável entre os indivíduos, mas também

porque os primeiros sinais de envelhecimento são quase imperceptíveis. Além disso

apesar de a pessoa idosa ter estatisticamente mais doenças e cicatrizes de doenças

anteriores do que as pessoas mais jovens, velhice não é doença (HERMANOVA,

1982).

Na verdade a velhice, com suas características biológicas específicas, é

um momento da vida como os outros, que pode ou não ter uma ou mais doenças

associadas, mas isto não é necessário. Com o envelhecimento, há uma limitação

dos movimentos e a falta de atividade física nesta idade se deve à vida sedentária

que os idosos levam devido a hábitos impostos pela sociedade e cultura vigentes

(GOMES, 1985).

Ângulo (1980) teoriza que cabe à sociedade demonstrar que, na verdade,

a velhice, com suas características biológicas, é um momento da vida semelhante

aos outros. Deve-se convencer as pessoas idosas de que ainda são muitos úteis,

podendo inclusive, produzir algo de interesse próprio e também dos grupos e de

comunidade a que pertencem.

2.1.2 Alterações Físicas, Psicológicas e Sociais Relacionadas ao Envelhecimento

Com o aumento da idade, os órgãos de percepção, particularmente a

visão e a audição, perdem grande parte ou total acuidade. As articulações deixam

de ter a mesma elasticidade, e os músculos se atrofiam; os movimentos são mais

lentos e imprecisos, a capacidade sexual decai progressivamente e acaba por

desaparecer e todas as funções essenciais à vida – a respiração, a circulação, a

digestão, a urinária e, particularmente a cerebração – acusam, com a idade,

desordens de maior ou menor gravidade, transitórias algumas, crônicas outras

(SILVA, 1978).

Desta forma, Barmak (1980) relata que as alterações fisiológicas no idoso

são caracterizados por: gradual dessecação dos tecidos, gradual retardo da divisão

celular, atrofia celular, degeneração e aumento da pigmentação celular e infiltração

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gordurosa, gradual retardo do metabolismo basal, gradual decréscimo na

elasticidade dos tecidos, acompanhado de alterações degenerativas no tecido

conjuntivo, decréscimo de velocidade, força e duração das reações dos músculos

estriados, decréscimo da força muscular, progressiva degeneração e atrofia do

sistema nervoso e decréscimo da visão, audição e memória e gradual decréscimo

da homeostasia.

Com relação aos aspectos cognitivos Haddad (1986) coloca que embora

na idade avançada a massa encefálica diminua de peso, pelo desaparecimento de

células em todas as camadas do córtex (a perda dos neurônios começa aos 25

anos), é um fato bem estabelecido que o envelhecimento não leva a um declínio das

faculdades intelectuais. Na realidade, estes pouco sofrem com o envelhecimento e

podem, mesmo se desenvolver com o passar do tempo, como, por exemplo, o

conjunto dos conhecimentos, o julgamento prático, a aptidão para dominar situações

difíceis e o desembaraço verbal.

Já quando se aborda os aspectos sociais, observa-se que com a

aposentadoria muitos problemas afetivos podem acometer os idosos. Silva (1978)

descreve que quando um servidor público ou privado, em plena saúde e vitalidade,

deixa bruscamente o trabalho e vai para casa sem ter o que fazer, não tarda a se

sentir aborrecido, contrariado e magoado. Isso acontece com a maioria das pessoas

que se aposentam. Acostumadas durante anos e anos terem uma ocupação,

quando se deparam com essa realidade começam a se sentir inúteis e

consequentemente infelizes, pois não sabem o que fazer com tanto tempo

disponível.

A inatividade, o isolamento, a falta de responsabilidade, a perda de

interesse existencial, ausência de contato com tudo quanto representa a razão de

ser e justificar a existência levam tanto o homem como a mulher se julgarem na

antecâmara da morte (GOMES, 1985).

A auto-imagem corpórea do idoso muitas vezes contribui para seu estado

psíquico, de forma positiva, quando da aceitação natural sobre a passagem do

tempo e de suas mudanças físicas pertinentes; e de forma negativa, quando da

auto-rejeição. O fator corpóreo é sem dúvida muito importante na velhice, e merece

reflexão (HADADD, 1986). Segundo Moreira (2003, p. 85) “analisar o fenômeno

corporeidade é adentrar aos símbolos e signos que estão tatuados no corpo ao

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longo do tempo”, sendo essencial o sadio confronto e a conseqüente aceitação das

transformações ocasionadas pelo tempo, para que a fase da velhice não seja

marcada pelo desprezo ao espelho.

Outro aspecto de grande influência no psicológico do idoso é a questão

econômica da velhice, que muitas vezes fica prejudicada com a cessação das

atividades laborais e decorrente perda financeira, o que acarreta a problemática da

dependência. Como assinala Coutinho (2003), atualmente na sociedade percebe-se

claramente a divisão em classes sociais com desigual distribuição de renda,

baseada na exploração da força de trabalho e na acumulação do capital. O cidadão

aposentado é considerado peso morto, mesmo tendo contribuído com a formação da

riqueza no país; devido a esta situação, os anseios íntimos do idoso ficam em jogo,

a sensação da inutilidade pesa e debilita mais que inúmeras doenças orgânicas.

A questão social na velhice é um outro ponto de atenção, uma vez que

com a chegada das doenças e limitações da idade, se faz mais difícil o cultivo das

práticas sociais como em outrora. O que ocorre, em decorrência deste fato, é um

maior isolamento, e a sensação de solidão potenciada. Para uma contribuição

efetiva no sentido de minimizar esse contexto, que se revela na grande maioria dos

idosos em todo o mundo, há que se suscitar ações efetivas (GOMES, 1985).

De acordo com Fennel; Philipson & Evers (2005), a contribuição social não

deve ser somente um movimento teórico, mas sim um procedimento eficaz e

complexo, que abarca transações entre pessoas e as suas redes sociais, ou seja,

todo tipo de intervenção no sentido do incentivo, da oportunidade de oferecer

atividades sociais na vida do idoso é valoroso, principalmente porque, notadamente,

o equilíbrio psicológico constitui fator de bem-estar, de alegria, e até de cura dos

pequenos males e sintomas referentes a doenças crônicas, como as que estão

comumente relacionadas à terceira idade.

O homem pode influir de maneira decisiva na quantidade da vida que ele

vai ter, fazendo coisas que estão praticamente ao alcance de todos. A aplicação dos

melhores preceitos em favor de uma vida melhor, não depende, como regra, de

maiores recursos materiais.

Rigatto (1995) afirma que se manter mental e fisicamente ativo é um dos

melhores remédios para o idoso pois permite desfrutar mais amplamente e aumentar

a qualidade do resto da sua vida. Cunha (1994) complementa que para envelhecer

bem, há que se considerar duas atitudes fundamentais: a) enfrentar o

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envelhecimento de um modo consciente, procurando sentir e perceber o que é

válido e relevante na atualidade de cada dia, isto é, aprender a desistir e, ao mesmo

tempo, ter a coragem de se engajar em atividades que, em outras épocas,

possivelmente seriam desdenhadas; b) esforçar-se para se livrar, na medida do

possível, dos preconceitos que existem na sociedade a respeito do envelhecimento

e da velhice.

A mudança do meio, um maior contato com velhos amigos, com familiares,

fazer pequenas viagens para conhecer lugares diferentes e praticar atividades

físicas regularmente podem mudar consideravelmente para as condições psico-

físicas do idoso e torná-lo uma pessoa mais ativa e feliz. Atualmente muitos

especialistas percebem que o exercício físico pode não apenas melhorar a

qualidade de vida do idoso e como também estendê-la (SILVA, 1978).

2.2 PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE E SUA RELAÇÃO

COM A QUALIDADE DE VIDA

2.2.1 Qualidade de vida

O conceito de qualidade de vida é em grande parte individualizado e sofre

influência de diversos fatores ao longo da vida. Existe um consenso em torno da

idéia de que são múltiplos os fatores que determinam a qualidade de vida de

pessoas ou comunidades normalmente associadas ao estado de saúde,

longevidade, satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares, disposição,

prazer e até espiritualidade. E ainda que em um sentido mais apto pode ser a

medida da dignidade humana (HADADD, 1986).

Segundo Nahas (2001, p. 32) a qualidade de vida pode ser definida como

“a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-

ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser

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19

humano”.

De acordo com Okuma (1994) apud Moraes (2001), qualidade de vida é

viver a vida de maneira positiva, como uma questão existencial, ter um sentido

pessoal de bem-estar. É também adotar múltiplos critérios da natureza biológica,

psicológica e sócio-estrutural. Este autor também cita Lipp (1996), que entende

qualidade de vida no sentido de satisfação de vida, como realização das aspirações

e dos desejos e um maior desenvolvimento na produtividade.

A seguir é apresentado um quadro que resume os fatores individuais e

sócio-ambientais que podem influenciar grupos populacionais ou indivíduos na

qualidade de vida conforme Nahas (2001).

Parâmetros Sócio-Ambientais Parâmetros Individuais

Moradia, Transporte, Segurança Hereditariedade

Assistência Médica Estilo de Vida

Condições de trabalho e remuneração Hábitos alimentares

Educação Controle do Stress

Opções de lazer Atividade física Habitual

Meio-Ambiente Relacionamentos

Etc.. Comportamentos preventivos

QUADRO 1 – Mapeamento da qualidade de vida.

Fonte: NAHAS (2001, p. 35)

Para Reid (1993) qualidade de vida se refere às condições gerais de vida

de uma pessoa como moradia, alimentação, emprego, lazer, cultura, entre outras.

Segundo este autor a qualidade de vida em sua diversidade possui um elemento

básico interligado com os outros que é a capacidade para realizar movimentos

corporais de forma competente. Além disso, aborda o fato de que uma capacidade

motora limitada diminui consideravelmente a qualidade de vida, dificultando a

locomoção, o manuseio de instrumentos, a manutenção e adaptação de posturas

nas diferentes tarefas de orientação, contribuindo para diminuição da autonomia do

indivíduo.

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Para Nahas (2001), a diversidade, a reduzida qualidade de vida e as

mortes prematuras na sociedade especialmente nos países industrializados se deve

à inatividade física. Analisando, neste caso, as doenças do coração, o risco do

indivíduo sofrer um infarto é duas vezes maior para pessoas não praticantes de

atividades físicas comparados com aqueles regularmente ativos.

Um dos aspectos de grande destaque para a promoção da qualidade de

vida de idosos é a prática regular de atividade física. Magalhães (1999) menciona

que indivíduos que apresentam falta de atividade física possuem duas vezes mais

possibilidades de desenvolver problemas do que as ativas. Este mesmo autor

menciona ainda Cosonatti (1999), que diz que a inatividade física é

reconhecidamente um dos mais importantes fatores de risco de doenças

coronarianas em um terço, devido a melhora da capacidade cardiorrespiratória e ao

controle dos fatores de risco.

Neste contexto, Sharkey (1998) cita que a Associação Americana do

Coração elaborou um estudo onde se afirmava que inatividade é um fator de risco

para o desenvolvimento de doenças de artéria coronária e elevou a falta de atividade

física para o nível dos três grandes fatores de risco. É possível relacionar diversas

outras doenças como diabetes, obesidade, artrite, osteoporose e até mesmo o

câncer com a falta de atividade física, o estilo de vida ativo está associado com o

baixo risco de certos tipos de câncer.

2.2.2 Benefícios e Recomendações da Prática de Atividade Física para Idosos

Ao longo dos tempos, o homem sempre achou que a atividade física era

uma maneira de gastar mais depressa suas energias, tendo em vista que ao não se

usar as estruturas elas atrofiam, perdem qualidade (RIGATTO, 1995). A atividade

física está presente na vida de todo ser humano representando um tema complexo e

que está atualmente sendo muito discutido por pesquisadores e pela mídia, que

cada vez mais demonstram os benefícios de um estilo de vida ativo (MATSUDO,

2006).

De acordo com Nahas (2001), a atividade física é definida como qualquer

Page 23: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

21

movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, sendo por isso um

movimento voluntário que resulta em um gasto de energia acima dos níveis de

repouso. Incluem-se nessa classificação atividades diárias e ocupacionais como o

trabalho, o deslocamento, atividades de lazer como dança, exercícios físicos, artes

marciais, entre outros.

A atividade física regular promove o crescimento e desenvolvimento

saudável das crianças e jovens, aumenta a confiança, auto-estima e os sentimentos

de realização e, entre os adultos mais idosos, os benefícios são adquiridos tanto

quando se teve uma vida ativa, quanto com mudanças recentes na atividade física.

A atividade física diária ajuda as pessoas com algum tipo de incapacidade,

melhorando a mobilidade e os níveis de energia, podendo também prevenir ou

reduzir certos graus de incapacidade (GOMES, 1985).

Waldorf (1991) afirma que mediante o exercício físico, os idosos podem

esperar uma melhora e manutenção de boas condições cardiorrespiratórias, melhora

e manutenção da força e resistência muscular, bem como flexibilidade, regulação do

metabolismo e aquisição de peso, regulação da pressão sanguínea, prevenção da

perda da massa óssea, concentração mais baixa de substâncias gordurosas no

sangue, o que serve para prevenir ou reduzir os efeitos da doença coronariana,

melhora da saúde psicológica (via auto-imagem positiva), vasos sanguíneos mais

finos e elásticos, manutenção e melhora na capacidade máxima de captação de

oxigênio e manutenção e regulação glicêmica.

Considera-se, atualmente, que quanto mais ativa é uma pessoa menos

limitações físicas possui. Dentre os inúmeros benefícios que a prática de atividade

física promove, um dos principais é a manutenção da capacidade funcional em todas

as idades, inclusive nos idosos (FRANCHI; MONTENEGRO, 2005). Esta proteção

da capacidade funcional nos idosos é fundamental, pois é onde ocorre a realização

das atividades do dia-a-dia como tomar banho, vestir-se, levantar e deitar, caminhar,

cozinhar, limpar a casa, fazer compras e lidar no jardim. Por outro lado, imobilidade

e menores níveis de atividade física associam-se à perda de independência e maior

ocorrência de morte em indivíduos com mais de 65 anos (MATSUDO, 2006).

Conforme Barbanti (2002), a prática de atividade física pela população em

geral é importante porque o envelhecimento caracteriza-se pelo declínio progressivo

das reservas funcionais de vários sistemas de órgãos, supostamente atenuado pelo

exercício físico praticado regularmente.

Page 24: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

22

Para reduzir o risco de algumas doenças, como a aterosclerose, por

exemplo, as recomendações da saúde pública enfatizam a participação regular de

atividade física de intensidade moderada pelo menos 5 dias por semana, 30

minutos ou mais por dia (STAMATAKIS et al., 2007). Deve-se observar, também,

que os benefícios conhecidos da atividade física dependem da freqüência com que é

realizada, de sua duração e de sua intensidade.

Além dos aspectos físicos, observa-se também benefícios psicológicos

aos idosos relacionado à prática regular de atividade física, pois pessoas que

treinam constantemente sua motricidade, na velhice são mais abertas

emocionalmente, bem equilibradas e portadoras de bom humor (HADADD, 1986).

Também, com a manutenção da atividade física, ocorre a diminuição nos níveis de

ansiedade e depressão, influenciando na sensação de bem-estar, principalmente em

pessoas com história pregressa dessa sintomatologia (CAROMANO et al., 2006).

Netto (1986) ao apresentar uma experiência de trabalho com um grupo de

aposentados, afirma que o indivíduo uma vez liberado de seus compromissos

profissionais, sociais e familiares, encontra nas atitudes de lazer as condições

necessárias para sua recuperação fisiopsíquica, com possibilidades de vivenciar

novas formas de relacionamento social que levam a integrar-se em grupos

diferentes daqueles de seu universo cotidiano. Participando de grupos, idosos

encontram possibilidades de exercício e liderança, de assumir responsabilidades,

encaminhando-se para uma vida social mais ampla.

Monteiro (2000) aborda que a atividade física deve ser praticada

moderadamente sempre dentro dos limites de cada pessoa, pois a exposição à

exaustão em condições de muito calor, muito frio, estômago cheio, não conduz ao

resultado positivo desejado. A quantidade mínima de atividade física necessária

para a prevenção de doenças é de aproximadamente 30 minutos de atividade

moderada diariamente.

De acordo com Nieman (1999) a atividade física intermitente também

produz benefícios substanciais. Por isso, podem-se dividir os 30 minutos de

atividade física diária em pequenos períodos, como por exemplo, realizando

atividades como subir escadas, andar em vez de dirigir, realizar exercícios

localizados ou pedalar bicicleta ergométrica enquanto assiste televisão.

Ghorayeb e Barros (1999) afirmam que a introdução no cotidiano da

prática regular de atividade física de intensidade moderada e mesmo leve,

Page 25: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

23

prolongada, traz benefícios para a saúde e para a qualidade de vida. Esta prática

regular de atividade física deve acontecer naturalmente no decorrer do dia, como

acontece com os demais compromissos, fazendo parte do cotidiano como todos os

outros afazeres.

2.2.3 Programa de exercícios físicos voltados para a terceira idade

Ao contrário do que se pode imaginar não é nova a relação entre

atividade física, exercício físico e saúde. Os antigos chineses praticavam uma forma

suave de ginástica para prevenir doenças associadas com a falta de atividade. Cita-

se também o exemplo do médico Galeano que em Roma a mais de 1.500 anos já

prescrevia exercícios para a manutenção da saúde. Hoje são inúmeras as pesquisas

sobre o assunto e muitas as constatações do auxílio do exercício físico para a

aptidão física a manutenção da saúde ou prevenção de doenças (SHARKEY 1998).

O exercício físico é sinônimo de atividade física e é definido por Nahas

(2001), como sendo “uma das formas de atividades física planejada, estruturada,

repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da aptidão física, de habilidades motoras

ou a reabilitação orgânico-funcional”. São incluídos nos exercícios físicos, atividades

de níveis moderados ou intensos, sendo dinâmicos ou estático.

Segundo Guedes (1995), o interesse em programas de exercícios físicos

para a promoção de saúde se justifica na medida em que podem vir a desempenhar

importante papel na prevenção e melhoria da capacidade funcional das pessoas,

desde que adequadamente prescritos e orientados.

A prática de exercícios físicos é essencial em todas as fases da vida e

será ainda mais importante na terceira idade onde há uma perda de aptidão física e

conseqüentemente de saúde. A atividade física agirá positivamente a nível

cardiorrespiratório e também nos sistemas e órgãos. Uma boa manutenção da

massa muscular e óssea na terceira idade será imprescindível para uma autonomia

de vida e para que o idoso continue produzindo e realizando suas tarefas diárias.

Assim, o treinamento físico pode imediatamente produzir uma profunda

melhora nas funções essenciais da aptidão física do idoso colaborando para que

Page 26: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

24

haja menor destruição de células e fadiga. O segredo de uma vida longa e sadia é,

na verdade, uma fórmula simples, que combina a relação apropriada dos ancestrais,

boa sorte e, em grande parte, adoção de um estilo de vida sadio (HADADD, 1986).

Os exercícios físicos funcionam como recursos poderosos contra o

envelhecimento do corpo e da mente, aumentando a auto-estima. As pessoas

idosas beneficiam-se de uma forma geral, especialmente com exercícios para

melhoria da postura, mobilidade e eutonização da musculatura, respiração e

resistência, aumento dos reflexos, da coordenação e equilíbrio. Sendo assim, a

coordenação motora deve estar dentre os principais fatores a serem trabalhados

num programa de atividade física dirigido para o idoso (LEITE, 1996).

Dentre os vários tipos de coordenação, a óculo-manual é particularmente

importante na vida dos idosos, pois as funções sensoriais são as mais afetadas pelo

processo de envelhecimento, levando a um declínio da visão causado pela

deteriorização da córnea, da lente, da retina e do nervo óptico e, também, de uma

falta de firmeza das mãos e pernas. Assim, tarefas como abotoar as próprias roupas,

escrever, digitar, cortar com faca, manipular uma agulha ou alfinete, discar número

de telefone, requerem um certo nível desse tipo de coordenação para o indivíduo

levar uma vida independente (RAUCHBACH, 1990).

Os exercícios de coordenação a ser trabalhados com os idosos devem

visar os padrões de movimentos da vida diária não sendo necessários jogos de

movimentos complexos que causam desconforto pela dificuldade na execução.

Opta-se então, por movimentos coordenados de braços e pernas, mão e mão, mão

e pés, educando dessa forma, a ação reflexa dos movimentos nas ações do dia-a-

dia (GOMES, 1985).

O exercício físico pode agir como propagador da saúde, ser um preventivo

contra doenças, mas, para que isso ocorra não deve ser praticado aleatoriamente e

sim orientado para que se possa ter os resultados desejados. Já para Colantonio

(1998) para fazer exercício físico é necessário ter um acompanhamento de um

profissional habilitado que oportunizará um programa adequado, de acordo com as

necessidades individuais podendo ser através de ginástica, caminhada, corrida,

natação, ciclismo, musculação entre outros.

Assim, Guedes (1995) afirma que para um programa de exercícios físicos

Page 27: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

25

ser seguro e apresente repercussões positivas em termos de promoção da saúde,

torna-se necessário planejar, organizar, prescrever e orientar os estímulos físicos

observando certos pressupostos básicos envolvendo os componentes da aptidão

física relacionada à saúde.

Para a prescrição e planejamento de exercícios físicos é necessário

respeitar três princípios biológicos com relação ao esforço físico, adaptações

funcionais e orgânicas: princípio da sobrecarga, progressão e individualidade,

princípio da especificidade e princípio da reversibilidade. O princípio da

individualidade biológica prediz que nem sempre o que foi ou é bom para uma

pessoa será para outra, por causa das características individuais como idade, sexo,

dieta, hábitos de vida, estado de saúde, experiência prévia e técnica com o

exercício, motivação, entre outras. (COLANTONIO, 1998).

Já o princípio da adaptabilidade diz que todo exercício físico necessita de

um período de adaptação, iniciando levemente com a modalidade escolhida e ir

progredindo conforme sua individualidade (GUEDES, 1995). O princípio da

sobrecarga alerta que um treinamento contínuo, pode ser feito de várias maneiras,

como aumentando a freqüência do exercício ou a intensidade do esforço em um

determinado espaço de tempo (LEITE, 1995).

Cada tipo de exercício físico produz efeitos específicos no organismo

(metabólicos e funcionais). Seja em relação as fontes energéticas solicitadas, ou às

capacidades físicas envolvidas. Assim, como exemplo, apesar de várias

modalidades de esportes ou atividades diferentes aumentarem a capacidade

aeróbica, não implica que um maratonista possa nadar ou pedalar com o mesmo

desempenho que corre, ou seja, seu desempenho só será adequado para a

especialidade que pratica. O mesmo é válido para as outras destrezas

(COLANTONIO, 1998).

Quanto ao tempo para a prática dos exercícios físicos, esse autor

menciona a recomendação do Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM,

1995) onde trinta minutos ou mais de atividade física, no maior número de dias

possível, já será um grande passo para a melhoria da saúde e da qualidade de vida.

Conforme Guedes (1998), as adaptações metabólicas e funcionais

induzidas pelos exercícios físicos tendem a retornar aos estados iniciais após a

Page 28: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

26

paralisação ou até mesmo as interrupções temporárias dos programas prescritos.

Este decréscimo será tanto maior quanto mais recentes e menos consolidados

forem os níveis das adaptações.

Por isso, após iniciar um programa de exercícios físicos, é necessário

manter a prática regular para aperfeiçoar e manter os ganhos já adquiridos. Assim

Geraldes (1983) lembra que cabe ao profissional de Educação Física, fazer uso de

aulas dinâmicas, correções, palestras, mantendo a prática regular dos exercícios

físicos, para que assim ocorra, as modificações fisiológicas desejadas.

Não se deve esquecer, que também é fundamental a prescrição de

exercícios ou esportes que melhor se adaptem às características individuais e estilo

de vida dos participantes. Assim, apesar das dificuldades comuns, como falta de

motivação, férias, fatores ambientais, dificuldades de locomoção e ou financeiras,

além da falta de tempo disponível, é necessário tentar promover uma maior

aderência e prática permanente e regular do exercício físico (HADADD, 1986).

Page 29: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

27

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 TIPO DE ESTUDO

Este estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva, uma vez que

se tratou de um diagnóstico, descrevendo e classificando as características de um

grupo (MARCONI; LAKATOS, 2002).

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população alvo do estudo foi composta por idosos, acima de 60 anos,

da cidade de Atalaia, Paraná. Fizeram parte da amostra, 30 indivíduos, participantes

de um projeto de ginástica da prefeitura do município de Atalaia, Paraná.

3.3 INSTRUMENTOS

Para o desenvolvimento da pesquisa, foram utilizados dois instrumentos.

Para análise do nível de atividade física das idosas foi utilizado o Questionário

Internacional de Atividade Física (IPAQ – Versão Curta) (ANEXO A), validado para

língua portuguesa por Matsudo et al. (2001). O instrumento é composto por quatro

questões referentes ao tempo que o indivíduo realiza atividades físicas durante uma

semana, sendo posteriormente classificado como sedentário, irregularmente ativo,

ativo e muito ativo. De acordo com o questionário, sedentário configura-se como

aquele indivíduo que não realiza nenhuma atividade física por pelo menos 10

minutos ao longo da semana, já irregularmente ativo configura como indivíduos que

praticam semanalmente pelo menos 10 minutos de atividades físicas, já o ativo e o

muito ativo são os praticantes que cumprem todas as determinações e

recomendações para a realização da prática.

A qualidade de vida das idosas foi avaliada por meio do Questionário de

Qualidade de Vida (WHOQOL-Bref), versão reduzida do WHOQOL-100,

desenvolvido pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde e

Page 30: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

28

validado para língua portuguesa por Fleck et al. (2000). Dessa forma,

diferentemente de outros instrumentos utilizados para avaliação de qualidade de

vida, este questionário baseia-se nos pressupostos de que qualidade de vida é um

construto subjetivo (percepção do indivíduo em questão), multidimensional e

composto por dimensões positivas (p.ex.mobilidade) e negativas (p.ex.dor).

(ANEXO B). Esse instrumento é composto por 26 questões, com pontuações de 1 a

5, cujo objetivo é analisar os domínios físico, psicológico, de relações sociais e meio

ambiente e qualidade de vida global. Quanto mais próximo de 5 maior é o nível de

qualidade de vida do indivíduo.

3.4 PROCEDIMENTOS

Após obter a autorização do local onde foi realizado o estudo, o projeto

foi submetido e aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa

Envolvendo Seres Humanos da Faculdade onde foi desenvolvido através do

Parecer do Comitê 0107/09.

Na seqüência a acadêmica esclareceu os idosos sobre os procedimentos

da pesquisa todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(APÊNDICE A) para participarem do estudo. A aplicação dos questionários foi

realizada durante as aulas que a acadêmica ministra para esse grupo de idosas. A

acadêmica realizou a aplicação distribuindo os questionários para as idosas e

fazendo os esclarecimentos necessários para o preenchimento de cada

instrumento.

3.5 ANÁLISE DE DADOS

Para análise dos dados foi utilizado teste de Shapiro Wilk, para verificar a

normalidade dos dados. Como os dados não apresentaram distribuição normal, foi

utilizada mediana e amplitude interquartílica para caracterizar os grupos, correlação

de Spearman para relações entre os domínios da qualidade de vida e teste de

Mann-Whitney para comparações intergrupos, adotando p<0,05.

Page 31: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

29

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A diminuição biológica habitual no procedimento de envelhecimento e a

aparição evolutiva de enfermidades e problemas funcionais com o desenvolver da

idade amparam, de modo geral, a compreensão da velhice como um período de

declínio inexorável (HADADD, 1986). Entretanto, apesar do desgaste dos anos,

velhice não é igual à doença e cada vez mais o estilo de vida ativo está sendo

relacionado com melhorias na qualidade de vida dos idosos.

O presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre atividade

física e qualidade de vida de idosos de um projeto de ginástica da cidade de Atalaia,

Paraná. Na tabela 1 pode-se visualizar os valores referentes ao nível de atividade

física das idosas. Notou-se que a maior parte das idosas é foi considerada ativa ou

muito ativa (56,7%).

Tabela 1 - valores de freqüência referentes ao nível de atividade física das idosas.

Nível Atividade Física Freqüência Absoluta F

Freqüência Relativa %

Freqüência Acumulada

Muito Ativo 6 20,0% 20,0%

Ativo 11 36,7% 56,7%

Irregularmente ativo 11 28,2% 93,3%

Sedentário 2 5,1% 100%

A prática regular de atividades físicas beneficia pessoas idosas através da

melhora da saúde e da aptidão física, do aumento de oportunidades de contato

social, de ganhos na função cerebral, de menores taxas de mortalidade e redução

dos anos de incapacidade nas idades mais avançadas (MATSUDO, 2001).

A atividade física é efetiva na reversão, ou pelo menos no retardamento,

de determinados declínios na atividade motora e no desempenho cognitivo

relacionado o envelhecimento. Considerando-se que a independência em atividades

cotidianas seja a meta mais importante para os idosos, deve se reconhecer à

atividade física como o principal fator influente nessa independência, através da

manutenção da mobilidade (HADADD 1986). Essas melhorias devem reproduzir

alterações positivas na qualidade de vida desses idosos.

Page 32: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

30

A tabela 2 apresenta o nível de qualidade de vida das idosas em relação

aos vários domínios. Notou-se que as idosas apresentaram valores que podem ser

considerados moderados-altos, sendo que o maior valor foi do domínio de relações

sociais e psicológico.

Tabela 2 - Valores referentes aos domínios de qualidade de vida das idosas. Mediana Amplitude interquartílica

Domínio Físico 3,80 0,8

Domínio Psicológico 4,00 0,2

Domínio Relações Sociais 4,06 1,3

Domínio Meio-Ambiente 3,70 0,5

Sabe-se que com o envelhecimento muitas alterações físicas e

psicológicas ocorrem no idoso, o que afeta de maneira significante suas relações

sociais e a relação com o meio ambiente (HADADD, 1986). As idosas do presente

estudo percebem de maneira positiva a maioria dos domínios relacionados à

qualidade de vida.

Foi interessante notar, no entanto, que com relação à questão número 21

do questionário de qualidade de vida utilizado nesse estudo, na qual falava sobre a

satisfação em relação à vida sexual, muitas idosas se sentiram constrangidas em

responder. Segundo Risman (2005) a própria sociedade faz a relação entre

atividade sexual e a procriação, relacionando a mesma com a questão do

envelhecimento e a educação repressora. Sendo assim, analisou-se o questionário

não computando essa questão uma vez que a maioria das idosas não a respondeu.

A tabela 3 apresenta a correlação entre os domínios da qualidade de vida.

Observou-se correlação moderada positiva e significativa do domínio de relações

sociais com domínio físico (0,65), com domínio psicológico (0,44) e com meio-

ambiente (0,61).

Tabela 3 - correlação entre os domínios de qualidade de vida das idosas.

Domínios Físico Psicológico de Relações Sociais De Meio-Ambiente

Físico - 0,16 0,65** 0,35

Psicológico 0,16 - 0,44* 0,67**

de Relações Sociais 0,65** 0,44* _ 0,61**

De Meio-Ambiente 0,35 0,67** 0,61** _

*diferença significativa p<0,05; **diferença significativa p<0,01; Correlação de Spearman.

Page 33: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

31

É possível que a prática de atividade física regular dessas idosas no

projeto de ginástica do qual participam promova um aumento da qualidade de vida

em relação às relações sociais dessas idosas e tal benefício melhore o bem-estar

psicológico e também a percepção do ambiente nas quais as idosas vivem. As

atividades físicas propostas nos programas de atendimento da terceira idade visam

um ganho ou uma melhora cardiovascular e muscular, uma interação social com

outras idosas, uma nova visão de presente e futuro em relação as atividades de vida

diária, e uma busca de lazer com prazer visando saúde. Todos estes fatores alteram

a percepção de qualidade de vida destas idosas pelo aumento da auto-estima, pelo

aumento da capacidade muscular por meio da realização de atividades prazerosas

como danças, caminhadas, lazer com netos ou familiares, aumentando a

capacidade de realização de atividades de vida diária (AVD), e alterando totalmente

a visão de qualidade de vida e saúde enquanto praticantes destas atividades.

Sabe-se que com o envelhecimento muitos idosos sofrem com o isolamento.

Neste contexto, cita-se Satariano et al. (2005) que investigaram 2.046 indivíduos

maiores de 55 anos as barreiras para a prática da atividade física no tempo livre e

encontraram que as mulheres reportaram mais barreiras para a prática do que os

homens e as razões médicas incrementaram com a idade. As diminuições na

velocidade de andar e sintomas de depressão figuram entre as razões não médicas

citadas como obstáculos em homens e mulheres. Entre as primeiras cinco barreiras

para a prática da atividade física nas mulheres foram citadas: a) a falta de

companhia; b) a falta de interesse (mais comum nas mulheres de 65 a 74 anos); c) a

fadiga; d) problemas de saúde; e e) a artrite. Nas mulheres maiores de 75 anos de

idade problemas de saúde e funcionais, como medo às quedas, foram as principais

barreiras mencionadas.

Tabela 4 - comparação entre os domínios de qualidade de vida das idosas em função da prática de atividade física.

Domínios Muito Ativo

ou Ativo

Irregulamente Ativo

ou Sedentário

p

Físico 3,8 (0,8) 4,1 (0,6) 0,735

Psicológico 4,0 (0,7) 4,0 (0,2) 0,380

De Relações Sociais 4,0 (1,3) 4,5 (1,2) 0,735

De Meio-Ambiente 3,7 (0,7) 3,7 (0,3) 0,816

Teste de Mann-Whitney

Page 34: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

32

Observou-se na tabela 4 que não houve diferença significativa nos

domínios de qualidade de vida entre o grupo de idosas muito ativo ou ativo e o grupo

de idosas irregularmente ativo ou sedentário. Assim é possível inferir que outro

fatores como nível socioeconômico e o bem-estar que o grupo de idosas apresenta

ao participar do projeto de ginástica possam interferir de forma mais evidente na

qualidade de vida, do que em relação às atividades que essas idosas fazem fora do

local onde praticam ginástica.

Andrade et al. (2002), em um levantamento feito no Estado de São Paulo,

verificou que a promoção da atividade física na terceira idade deve levar em

consideração a falta de companhia e a falta de interesse, principais barreiras

citadas, no momento de estabelecer políticas de saúde pública.

As políticas públicas devem proporcionar a população motivação para

adoção da prática de atividade física, animando pessoas de todas as idades, mas

em específico os maiores de 50 anos, a cumprir pelo menos 30 minutos de atividade

física moderada por dia, na maior parte dos dias, de forma contínua ou acumulada,

para que assim possa participar de programas estruturados ou supervisionados

adotando para si um estilo de vida ativo como mecanismo de promoção da saúde

(ANDRADE et al, 2002).

Page 35: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do presente estudo foi analisar a relação entre nível de prática

de atividade física e qualidade de vida de idosas que participam de um grupo de

ginástica na cidade de Atalaia, Paraná. Verificou-se que mais da metade das idosas

puderam ser classificadas como ativas ou muito ativas e que o grupo apresentou

escores elevados nos domínios relacionados à qualidade de vida. No entanto,

apesar dos benefícios de um estilo de vida ativo, não foi observada diferenças

significativas na qualidade de vida em relação ao nível de prática de atividade física

dessas idosas. Dessa forma, concluiu-se que participar de um programa de

ginástica, bem como outros fatores não avaliados no estudo, como o nível

socioeconômico, podem ter contribuído para níveis elevados de qualidade de vida

dessas idosas.

Page 36: RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE

34

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PASCOAL, M. et al. Qualidade de vida, terceira idade e atividades físicas. Curso de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. São Paulo, v. 12, n. 3, p. 217-228, set./dez. 2006. PAULO, Mercês N. Ginástica Aquática. Rio de Janeiro, 1994. Sprint. PETROSKI, Luiz. Antropometria: Técnicas e padronizações. Porto Alegre, PALLOTTI, 2003. PONT GEIS, Pilar. Atividade física e saúde na terceira idade: teoria e prática. 5ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. RASO, Vagner; MATSUDO Sandra Marcela M e Victor H. Rodrigues Matsudo. A experiência das mulheres idosas em programas de exercícios com pesos não determina a performance no teste I-RM nem a resposta da percepção subjetiva do esforço. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, Campinas V.23 n.03, Maio de 2002. RAUCHBACH, Rosemary. A atividade física para a 3ª idade: envelhecimento ativo, uma proposta para a vida. 2ª ed, ver e ampl. Londrina: Midiograf 2001. REBELATTO, J. R., CALVO, J. I.; OREJUELA, J. R.; PORTILLO, J. C. Influência de um programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia. vol. 10, n. 1, p. 127-132, ago, 2006. SANTAREM, José M. Atualização em Exercícios Resistidos – exercícios com pesos e qualidade de vida. Disponível www.saudetotal.com/santarem. Acessado

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em 13/03/2009. SANTAREM, José M. Atualização em Exercícios Resistidos: Conceito ,e Situação Atual. Disponível www.saudetotal.com/santarem. Publ. Maio/1997. acessado 12/03/2009 SANTOS-FILHO, S. D. et al. O interesse científico no estudo do envelhecimento e prevenção em ciências biomédicas. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano. Passo Fundo, p.70-78, jul./dez. 2006.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Modelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título do Projeto: Nível de Atividade Física e Qualidade de Vida de Idosos Prezado(a) Sr.(a),

Estamos conduzindo uma pesquisa de conclusão de curso na área da Educação Física com o objetivo de investigar a relação entre nível de atividade física e qualidade de vida de idosos. Para a realização do trabalho, será necessária a participação de todos os participantes do Centro de Convivência do Idoso da cidade de Atalaia, Paraná, totalizando 30 idosos.

A pesquisa envolverá a aplicação de dois questionários: Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ – Versão Curta), validado para língua portuguesa por Matsudo et al. (2001), para análise do nível de atividade física e questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL-Bref), versão reduzida do WHOQOL-100, desenvolvido pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde, validado por Fleck et al. (2000) utilizado para análise da qualidade de vida.

Durante o decorrer e após a conclusão do trabalho, será resguardada a identidade dos participantes e durante qualquer momento da coleta dos dados os idosos poderão recusar-se a participar, bem como retirar-se da pesquisa sem qualquer tipo de penalização. O trabalho será desenvolvido pela acadêmica do 3º ano da UNINGÁ, Aniele Vieira dos Santos, com a orientação da Prof. MS. Patrícia Aparecida Gaion do Curso de Educação Física da UNINGÁ.

Caso V. Sa. concorde com sua participação no estudo, solicitamos seu consentimento preenchendo as informações abaixo:

Eu, ______________________________________________________, após ter lido e

entendido as informações acima e esclarecido todas as minhas dúvidas referentes ao estudo, CONCORDO VOLUNTARIAMENTE em participar da pesquisa. __________________________________________________ Data: _____/_____/_____ Assinatura da participante

__________________________________________________________________________

Eu, Aniele Vieira dos Santos, declaro que forneci todas as informações referentes ao estudo.

Equipe Aniele Vieira dos Santos Telefone: ...

Rua ...

Patrícia Aparecida Gaion Telefone: ....

Rua ....

Qualquer dúvida ou maiores esclarecimentos procurar um dos membros da equipe ou o Comitê Permanente de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Faculdade Ingá – Uningá, localizado à Avenida Colombo, 9727 – Sala 01 Bloco H – Telefone (44) 3225-5009 – ramal 225.

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ANEXOS

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ANEXO A - Questionário Internacional de Atividade Física

Idade : ____ Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino Nós estamos interessados em saber que tipos de Atividade Física as pessoas fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo Atividade Física em uma semana ultima semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor, responda cada questão mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação! Para responder as questões lembre que: Atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que

fazem respirar MUITO mais forte que o normal Atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem

respirar UM POUCO mais forte que o normal Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10 minutos contínuos de cada vez. 1a Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício? dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum 1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou caminhando por dia? horas: ______ Minutos: _____. 2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA) dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum 2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? horas: ______ Minutos: _____ 3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração. dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? horas: ______ Minutos: _____.

Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia,

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no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro. 4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana? ______horas ____minutos 4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana? ______horas ____minutos

CENTRO COORDENADOR DO IPAQ NO BRASIL– CELAFISCS - INFORMAÇÕES ANÁLISE, CLASSIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DE RESULTADOS NO BRASIL

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ANEXO B - Questionário de Qualidade de Vida ((WHOQOL-bref)

Instruções Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua QV, saúde e outras áreas de sua vida. Por favor, responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha. Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o que você acha de sua vida, tomando como referência as duas últimas semanas . Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:

NADA MUITO POUCO

MÉDIO MUITO COMPLETAMENTE

Você recebe dos outros o apoio que necessita?

1 2 3 4 5

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio, ou circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio.

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.

NADA MUITO POUCO

MÉDIO MUITO COMPLETAMENTE

1 Como você avaliaria sua QV? 1 2 3 4 5 2 Quão satisfeito(a) você está com a sua saúde?

1 2 3 4 5

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas. NADA MUITO POUCO MAIS OU

MENOS BASTANTE

EXTREMAMENTE

3 Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você precisa?

1 2 3 4 5

4 O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária?

1 2 3 4 5

5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5 6 Em que medida você acha que a sua vida tem sentido?

1 2 3 4 5

7 O quanto você consegue se concentrar? 1 2 3 4 5 8 Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária?

1 2 3 4 5

9 Quão saudável é o seu ambiente físico 1 2 3 4 5 As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas semanas.

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NADA MUITO POUCO

MÉDIO MUITO COMPLETAMENTE

10 Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia?

1 2 3 4 5

11 Você é capaz de aceitar sua aparência física? 1 2 3 4 5 12 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades?

1 2 3 4 5

13 Quão disponíveis para você estão as informações que precisa no seu dia-a-dia?

1 2 3 4 5

14 Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer?

1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas. MUITO

RUIM RUIM NEM RUIM NEM

BOM BOM MUITO

BOM 15 Quão bem você é capaz de se locomover? 1 2 3 4 5 MUITO

INSATISFEITO

INSATISFEITO

NEM SATISFEITO NEM INSATISFEITO

SATISFEITO

MUITO SATISFEITO

16 Quão satisfeito(a) você está com o seu sono?

1 2 3 4 5

17 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?

1 2 3 4 5

18 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o trabalho?

1 2 3 4 5

19 Quão satisfeito(a) você está consigo mesmo?

1 2 3 4 5

20 Quão satisfeito(a) você está com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos, colegas)?

1 2 3 4 5

21 Quão satisfeito(a) você está com sua vida sexual?

1 2 3 4 5

22 Quão satisfeito(a) você está com o apoio que você recebe de seus amigos?

1 2 3 4 5

23 Quão satisfeito(a) você está com as condições do local onde mora?

1 2 3 4 5

24 Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos serviços de saúde?

1 2 3 4 5

25 Quão satisfeito(a) você está com o seu meio de transporte?

1 2 3 4 5

A questão seguinte refere-se a com que freqüência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas duas semanas. NUNCA ALGUMAS

VEZES FREQÜENTEMENTE

MUITO FREQÜENTEMENTE

SEMPRE

26 Com que freqüência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão?

1 2 3 4 5