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REGENERAÇÃO SOB REFLORESTAMENTOS INDUTORES DA RESTAURAÇÃO EM AMBIENTES SUBMETIDOS A SAZONALIDADE CLIMÁTICA, NOVA IGUAÇU-RJ REGENERACIÓN BAJO BOSQUES INDUTORES DEA RESTAURACIÓN EN AMBIENTES PRESENTADO LA ESTACIONALIDADE CLIMATICA, NOVA IGUAÇU- RJ C. Roppa ; R. Valcarcel; H. F. Baylão Júnior Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Laboratório de Manejo de Bacias Hidrográficas, C.P. 74529, CEP 23890-000, Seropédica, Brasil, cris_roppa @msn.com Resumo: A composição florística e estrutural da regeneração (0,10 < altura < 3,0 m; CAP ≤ 15 cm) foi avaliada sob três reflorestamentos sob meio físico e com tratos silvicultarais similares, porém com diferente composição de espécies. Eles foram implantados como estratégia de restauração em ambientes da Mata Atlântica submetidos a forte sazonalidade climática. O levantamento florístico foi realizado em período chuvoso (fevereiro) e seco (julho) de 2008, utilizando-se método de pontos. A diversidade e a densidade das espécies variaram sazonalmente nos 13 anos, onde se registrou a entrada de uma espécie arbóreas (T1) e 2 (T3). O capim colonião apresentou os maiores valores de importância (116,73% a 241,04%). T2 apresentou maiores percentuais de gramínea + herbácea (33,33%). Resumen: La composición florística y la estructural de la regeneración (0,10 < altura < 3,0 m; CAP ≤ 15 cm) fue evaluada en tres reforestación con medio físico y condiciones silviculturales similares, pero con diferente composición de las especies. Ellas fueron desarrolladas como estrategia de restauración de Bosque Atlántico con clima estacional fuerte. Los datos fueron obtenidos en periodo lluvioso (febrero) y seca (julio) de 2008, utilizando método de puntos. La diversidad y densidad de las especies variaran sazonalmente en los 13 años, donde se registro la entrada de una especies de árboles 1 (T1) e 2 (T3). La hierba colonião tenían los más altos valores de importancia (116,73% a 241,04%). T2 presento mayores porcentuales de hierba + herbácea. (33,33%). Palavras-chave: Regeneração, restauração florestal, ecossistemas perturbados, Mata Atlântica. Introdução A restauração florestal objetiva dotar os ecossistemas de meios e condições similares as originais, tanto nos seus aspectos estruturais como funcionais, para que os mesmos possam ofertar características biológicas e físicas que promovam sua auto-determinação (CAIRNS JÚNIOR E HECKMAN, 1996; ENGEL E PARROTTA, 2008; KAGEYAMA E GANDARA, 2005). Na prática ela consiste em um conjunto de atividades, que induzem o retorno do ecossistema a uma condição auto-sustentável, tendo como base o estabelecimento e a manutenção dos processos ecológicos (PARKER, 1997; ENGEL E PARROTTA, 2008; RODRIGUES et al., 2007), principalmente através da evolução dos estágios sucessionais, que atuarão como salvaguarda dos estágios subsequentes da restauração. Ecossistemas perturbados em processos de restauração, sem fontes naturais de propágulos, tem dificuldades para estabelecer sucessão vegetal (BEGON et al., 2007) sendo necessário reflorestamentos com a função de induzir a regeneração (KAGEYAMA E GANDARA, 2005). Todavia, os processos de restauração não devem ser vistos de forma reducionista como um simples plantio de árvores, sendo fundamental considerar os processos ecológicos que atuam no desenvolvimento dos estágios sucessionais, contribuindo para o estabelecimento de florestas sustentáveis (RODRIGUES E GANDOLFI, 2004; ENGEL E PARROTTA, 2008;). A regeneração natural sob florestas tropicais secundárias degradadas ou perturbadas é um processo gradual que depende da combinação de fatores que a impedem ou a facilitem, entre ele as condições climáticas desfavoráveis (PARROTTA et al., 1997). Contudo, o conhecimento dos

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REGENERAÇÃO SOB REFLORESTAMENTOS INDUTORES DA RESTAURAÇÃO EM AMBIENTES SUBMETIDOS A SAZONALIDADE CLIMÁTICA, NOVA IGUAÇU-RJ

REGENERACIÓN BAJO BOSQUES INDUTORES DEA RESTAURACIÓN EN

AMBIENTES PRESENTADO LA ESTACIONALIDADE CLIMATICA, NOVA IGUAÇU-RJ

C. Roppa; R. Valcarcel; H. F. Baylão Júnior

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Laboratório de Manejo de Bacias Hidrográficas,

C.P. 74529, CEP 23890-000, Seropédica, Brasil, cris_roppa @msn.com

Resumo: A composição florística e estrutural da regeneração (0,10 < altura < 3,0 m; CAP ≤ 15 cm) foi avaliada sob três reflorestamentos sob meio físico e com tratos silvicultarais similares, porém com diferente composição de espécies. Eles foram implantados como estratégia de restauração em ambientes da Mata Atlântica submetidos a forte sazonalidade climática. O levantamento florístico foi realizado em período chuvoso (fevereiro) e seco (julho) de 2008, utilizando-se método de pontos. A diversidade e a densidade das espécies variaram sazonalmente nos 13 anos, onde se registrou a entrada de uma espécie arbóreas (T1) e 2 (T3). O capim colonião apresentou os maiores valores de importância (116,73% a 241,04%). T2 apresentou maiores percentuais de gramínea + herbácea (33,33%). Resumen: La composición florística y la estructural de la regeneración (0,10 < altura < 3,0 m; CAP ≤ 15 cm) fue evaluada en tres reforestación con medio físico y condiciones silviculturales similares, pero con diferente composición de las especies. Ellas fueron desarrolladas como estrategia de restauración de Bosque Atlántico con clima estacional fuerte. Los datos fueron obtenidos en periodo lluvioso (febrero) y seca (julio) de 2008, utilizando método de puntos. La diversidad y densidad de las especies variaran sazonalmente en los 13 años, donde se registro la entrada de una especies de árboles 1 (T1) e 2 (T3). La hierba colonião tenían los más altos valores de importancia (116,73% a 241,04%). T2 presento mayores porcentuales de hierba + herbácea. (33,33%). Palavras-chave: Regeneração, restauração florestal, ecossistemas perturbados, Mata Atlântica.

Introdução

A restauração florestal objetiva dotar os ecossistemas de meios e condições similares as originais, tanto nos seus aspectos estruturais como funcionais, para que os mesmos possam ofertar características biológicas e físicas que promovam sua auto-determinação (CAIRNS JÚNIOR E HECKMAN, 1996; ENGEL E PARROTTA, 2008; KAGEYAMA E GANDARA, 2005). Na prática ela consiste em um conjunto de atividades, que induzem o retorno do ecossistema a uma condição auto-sustentável, tendo como base o estabelecimento e a manutenção dos processos ecológicos (PARKER, 1997; ENGEL E PARROTTA, 2008; RODRIGUES et al., 2007), principalmente através da evolução dos estágios sucessionais, que atuarão como salvaguarda dos estágios subsequentes da restauração.

Ecossistemas perturbados em processos de restauração, sem fontes naturais de propágulos, tem dificuldades para estabelecer sucessão vegetal (BEGON et al., 2007) sendo necessário reflorestamentos com a função de induzir a regeneração (KAGEYAMA E GANDARA, 2005). Todavia, os processos de restauração não devem ser vistos de forma reducionista como um simples plantio de árvores, sendo fundamental considerar os processos ecológicos que atuam no desenvolvimento dos estágios sucessionais, contribuindo para o estabelecimento de florestas sustentáveis (RODRIGUES E GANDOLFI, 2004; ENGEL E PARROTTA, 2008;).

A regeneração natural sob florestas tropicais secundárias degradadas ou perturbadas é um processo gradual que depende da combinação de fatores que a impedem ou a facilitem, entre ele as condições climáticas desfavoráveis (PARROTTA et al., 1997). Contudo, o conhecimento dos

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vários processos que afetam a recolonização das espécies em uma determinada área ainda é limitado (KEENAN et al., 1997).

Avaliações da densidade e diversidade em áreas com regeneração natural sob reflorestamentos, relacionando os aspectos florísticos e estruturais, permitem diagnosticar o nível de sustentabilidade dos ecossistemas em restauração (DURIGAN, 2007), onde estudos fitossociológicos podem fornecer indicativos do estado em que se encontra a comunidade (ROSA et al., 2008).

Este trabalho teve por objetivo avaliar a composição florística e estrutural da regeneração de três reflorestamentos distintos, implantados como estratégia de restauração, em ambientes perturbados da Mata Atlântica, submetidos a sazonalidade climática.

Materiais e Métodos Caracterização da área

A área de estudo localiza-se na vertente Norte da Serra do Madureira-Mendanha, inclusa no maciço Gericinó / Madureira-Mendanha, região metropolitana do Rio de Janeiro, município de Nova Iguaçu - RJ.

O clima segundo classificação de Koppen é Tropical (Aw), caracterizado por verão chuvoso e inverno seco. A média anual de temperatura varia entre 22 a 24 oC. A precipitação média anual é de 1.212 mm (MATTOS et al., 1998), ocorrendo de forma mal distribuída ao longo do ano, com períodos de seca entre os meses de maio a setembro e os de maior precipitação entre os meses de outubro a março (FIDERJ, 1978).

No alto das serras ocorrem Latossolos Vermelho-Amarelo álicos e Argissolos, predominando os Latossolos Vermelho-amarelo álicos (SEMUAM, 2001), podendo ocorrer associados à Cambissolos e Neossolos Litólicos, com afloramentos rochosos (LUMBERAS et al., 2003).

Antecedentes de perturbação nos ecossistemas da região

Em meados do século XVI chegaram os primeiros colonos europeus, dando início ao conjunto de ciclos econômicos, cujas atividades estiveram interligadas com a supressão da vegetação da serra do Madureira-Mendanha (PMNI, 2007).

No início do século XIX onde anteriormente havia cana-de-açúcar, foram implantados laranjais, que alcançaram sua plenitude econômica na década de trinta (1930-1939), quando Nova Iguaçu foi chamada de “Cidade Perfume”. Com a primeira guerra mundial, os laranjais entraram em decrepitude, cedendo lugar às atividades industriais e pastagens (TCE-RJ, 2007). Hoje predominam mineração e pecuária extensiva na vertente norte da serra.

A vegetação original pertence ao domínio ecológico da Mata Atlântica e ocupou todo o maciço. Ela foi praticamente dizimada nos locais onde houve caminhos/carreadores para os plantios da citricultura, permanecendo apenas os remanescentes florestais nos topos de morros e em locais de difícil acesso. Na vertente norte, os fragmentos florestais menos resilientes, continuam sendo atingidos por queimadas nas bordas, transformando-se em pastagens.

Descrição dos reflorestamentos implantados

Em uma microbacia hidrográfica foram implantados, três reflorestamentos compostos de diferentes arranjos de espécies florestais, em 1995, pelo Laboratório de Manejo de Bacias Hidrográficas/UFRRJ, devido as exigências legais constadas no PRAD da Pedreira Vigné. Implantados em 7,75 ha, em densidades semelhantes e em sítios edáficos similares quanto a declividade média, ângulo de incidência de ventos, exposição solar, orientação do fluxo de escoamento, comprimento de rampa, profundidade do solo e proximidade de acessos (CORTINES, 2005).

Os reflorestamentos foram denominados de tratamentos (T1, T2 e T3) (Tabela 1), constituído por diferentes composições de espécies pioneiras nativas regionais e pioneiras antropizadas. Como espécie pioneira antropizada, considerou-se as espécies de outros ecossistemas trazidas pelo homem, como Mimosa caesalpiniifolia, nativa da região Nordeste (LORENZI, 2002a) e Corymbia citriodora nativa da Austrália.

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No tratamento 1 (T1 – predomínio de sabiá) foram utilizadas 82% de espécies pioneiras antropizadas, sendo 73% de M. caesalpiniifolia, 9% de C. citriodora e o restante, 18% de espécies nativas regionais. O tratamento 2 (T2 – predomínio de eucalipto) constou de 91% de espécies pioneiras antropizadas, constando de 9%, 82% e 9% para M. caesalpiniifolia, C. citriodora e nativas regionais, respectivamente. No tratamento 3 (T3 – predomínio de nativas) foi utilizado 25% das espécies pioneiras antropizadas, contendo 15% de M. caesalpiniifolia, 10% de C.

citriodora e 75% de nativas regionais distribuídas entre 7 espécies. Tabela 1: Espécies florestais plantadas nos reflorestamentos, com sua respectiva forma de dispersão e famílias botânicas.

* Nota: 1. Decídua, 2. Semidecídua e 3. Perenifólia; P-Pioneira, SI-Secundaria Inicial. Fonte: Lorenzi (2002a; 2002b modificado). Avaliação da regeneração

O levantamento florístico da regeneração foi realizado no verão (final de fevereiro) e inverno (final de julho) de 2008, em parcela permanente de 100 m² (10 x 10 m), sob os reflorestamentos, utilizando método de pontos (COCKAINE, 1926, adaptado por MANTOVANI, 1987). O procedimento consistiu em apoiar verticalmente uma vara graduada de 3 m de altura, em pontos eqüidistantes um metro entre si. Nos pontos considerou-se como critério para inclusão, as plantas com altura entre 10 cm a 3 m e CAP (circunferência a altura do peito) ≤ 15 cm, das quais se registrou a espécie, número de vezes que a espécie tocava na vara e altura da planta.

Para analisar a variação sazonal (verão-inverno) das espécies, foram utilizadas curvas espécie-ponto. Elas foram ajustadas em função dos modelos de regressão linear e logarítmico (GUEDES - BRUNI, 1998).

As espécies não identificadas em campo foram coletadas, herborizadas e identificadas por meio de comparação com exsicatas no Herbário do Departamento de Botânica, da UFRRJ e com o apoio de especialistas. As espécies foram classificadas de acordo com o sistema APG II (ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP, 2003).

A estrutura da regeneração foi avaliada através dos parâmetros fitossociológicos de densidade relativa (DR), vigor absoluto (VA), vigor relativo (VR), frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR), conforme Matteucci e Colma (1982). O valor de importância foi calculado por: VI = FR + DR + VR (CURTIS 1959).

Resultados e Discussão

Espécies Plantadas GE Dispersão T1 T2 T3 Família Mimosa caesalpiniifolia Benth. (sabiá)*1 P Autocórica 08 01 03

Fabaceae - Mimosoideae

Corymbia citriodora (Hook.) L.A. Jonson & K.D. Hill. (eucalipto)3

P Anemocórica 01 09 02 Myrtaceae

Schinus terebinthifolius Raddi (aroeira-vermelha)3

P Zoocórica - - 02 Anacardiaceae

Acacia polyphylla Dc. (monjoleiro)2

P Autocórica 01 - 05 Fabaceae – Mimosoideae

Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro)2 SI Barocórica - - 02

Fabaceae – Caesalpinoideae

Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. (ipê-verde)1 P Anemocórica - - 01 Bignoniaceae

Psidium guajava L. (goiabeira)2 P Zoocórica 01 01 01 Myrtaceae

Senna sp 1 P Anemocórica - - 03

Fabaceae - Caesalpinoideae

Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld (jacarandá bico-de-pato)1 P Anemocórica - - 01

Fabaceae – Faboideae

Densidade (ind/ha) 1.923 2.222 2.000

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Composição florística e estrutura Foram amostrados 299 indivíduos na regeneração para o período de verão e 110 para o

inverno. As famílias botânicas mais representativas foram Fabaceae-Mimosoideae, com 23,53% das espécies e Bignoniaceae, Convolvulaceae e Trigoniaceae, com 11,76% para cada uma. Ao total foram amostradas 9 famílias, distribuídas em 15 gêneros e 17 espécies (Tabela 1).

Tabela 2: Espécies amostradas nos tratamentos (T1 - predomínio de sabiá, T2 – predomínio de eucalipto e T3 - predomínio de nativas), Nova Iguaçu – RJ. Onde: V (verão) e I (inverno). Família/Nome científico Nome Vulgar Hábito T1 T2 T3 BIGNONIACEAE Arrabidaea leucopogon (Cham.) Sandw. - Trepadeira V VI Morfoespécie 03 - Herbácea V V COMMELINACEAE Commelina cf. erecta L. Trapoeraba Herbácea V CONVOLVULACEAE Ipomea sp. - Trepadeira V VI V Morfoespécie 09 - Trepadeira V FABACEAE –MIMOSOIDEAE Mimosa caesalpiniifolia Benth. Sabiá Arbórea VI Dalbergia nigra (Vell.) M. Cillemão ex Berter Jacaraná-da-Bahia Arbórea VI Myrocarpus fastigiatus Allemao Óleo-pardo Arbórea I VI Vigna sp. - Trepadeira VI V V LAMIACEAE Lantana camara L. - Herbácea V MALVACEAE Wissadula contracta (Link.) R.E. Fries - Herbácea V MYRTACEAE Corymbia citriodora (Hook.) L.A. Jonson & .K.D. Hill.

Eucalipto Arbórea VI

POACEAE Panicum maximum Jacq. Capim-colonião Gramínea VI VI VI TRIGONIACEAE Trigonia villosa Aubl. - Trepadeira I V Trigonia sp. - Trepadeira I I V Não identificadas Morfoespécie 04 - Trepadeira V Morfoespécie 05 - Trepadeira V

Quanto ao hábito as espécies amostradas na regeneração distribuíram-se em trepadeira (47,06%), herbácea (23,53%), arbórea (23,53%) e gramínea (5,88%). Constatando-se o predomínio de espécies do grupo das trepadeiras (Figura 1). Este grupo é formado por lianas herbáceas e lenhosas, as quais são ricas na vegetação tropical, sendo favorecidas nestes habitats, com exceção daqueles muito secos, frios ou com solo muito pobre (JANZEN, 1980), por isso, não devem ser vistas apenas com uma fonte de competição e ameaça para o ecossistema.

T1

20%

20%

50%

10%

Arbórea

Herbácea

Trepadeira

Gramínea

T2

11,11%

22,22%

55,55%

11,11%

Arbórea

Herbácea

Trepadeira

Gramínea

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Figura 1: Distribuição por hábito, para as espécies da regeneração amostradas em T1 (predomínio de sabiá), T2 (predomínio de eucalipto) e T3 (predomínio de nativas), nos períodos de verão e inverno. Nova Iguaçu – RJ, 2008.

Entre os tratamentos, verificou-se a ocorrência da maior porcentagem de espécies arbóreas na regeneração do T1, com 20% (Figura 1). Contudo, isso não significa um grande avanço na sucessão para o ecossistema, já que estas espécies são representadas apenas por Mimosa

caesalpiniifolia e Myrocarpus fastigiatus, sendo que M. caesalpiniifolia regenerou-se a partir dos indivíduos plantados. Já no T2 foi encontrada a menor porcentagem de espécies arbóreas (11,11%), refletindo a homogeneidade da composição implantada neste tratamento.

No T1 foram encontrados os maiores VI, no período de verão, para as espécies Panicum

maximum (capim colonião), M. caesalpinifolia e Ipomea sp., respectivamente com 142,42; 86,36 e 25,32%, enquanto no período de inverno as espécies mais representativas foram P. maximum, M.

caesalpinifolia e Trigonia sp. com 116,73; 101,80 e 27,16% de VI (Tabelas 3 e 4). Isso indica um pequeno avanço na sucessão possivelmente causado pela dominância de capim colonião e de sabiá, que de certa forma agiram controlando a entrada da regeneração natural. Tabela 3: Parâmetros quantitativos da regeneração do tratamento T1 (predomínio de sabiá), para o período do verão de 2008. Onde n = número de indivíduos da espécie; N = número total de indivíduos; NT = número de toques; NP = número de pontos; DR = densidade relativa, VA = vigor absoluto; VR = vigor relativo; MT = média de toques; FA = freqüência absoluta; FR = freqüência relativa; VI = valor de importância.

Espécie n N NT NTP NP DR VA VR MT FA FR VI Panicum maximum 12 22 14 100 12 54,55 14,00 33,33 1,17 12,00 54,55 142,42 Mimosa caesalpinifolia 4 22 21 100 4 18,18 21,00 50,00 5,25 4,00 18,18 86,36 Ipomea sp. 2 22 3 100 2 9,09 3,00 7,14 1,50 2,00 9,09 25,32 Vigna sp. 2 22 2 100 2 9,09 2,00 4,76 1,00 2,00 9,09 22,94 Commelina cf. erecta 1 22 1 100 1 4,55 1,00 2,38 1,00 1,00 4,55 11,47 Arabidaea leucopogon 1 22 1 100 1 4,55 1,00 2,38 1,00 1,00 4,55 11,47 Tabela 4: Parâmetros quantitativos da regeneração do tratamento T1 (predomínio de sabia), para o período de inverno de 2008. Onde n = número de indivíduos da espécie; N = número total de indivíduos; NT = número de toques; NP = número de pontos; DR = densidade relativa, VA = vigor absoluto; VR = vigor relativo; MT = média de toques; FA = freqüência absoluta; FR = freqüência relativa; VI = valor de importância.

Espécie n N NT NTP NP DR VA VR MT FA FR VI Panicum maximum 8 21 15 100 8 38,10 15,00 40,54 1,88 8,00 38,10 116,73 Mimosa caesalpinifolia 7 21 13 100 7 33,33 13,00 35,14 1,86 7,00 33,33 101,80 Trigonia sp. 2 21 3 100 2 9,52 3,00 8,11 1,50 2,00 9,52 27,16 Desmodium barbatum 2 21 3 100 2 9,52 3,00 8,11 1,50 2,00 9,52 27,16 Myrocarpus fastigiatus 1 21 2 100 1 4,76 2,00 5,41 2,00 1,00 4,76 14,93 Vigna sp. 1 21 1 100 1 4,76 1,00 2,70 1,00 1,00 4,76 12,23

No T2, para o período de verão, as três principais espécies com maior VI foram P.

maximum, Morfoespécie 09 e Desmodium barbatum, respectivamente com 238,56; 19,63 e

T3

14,29%

21,43%

57,14%

7,14%Arbórea

Herbácea

Trepadeira

Gramínea

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10,54% e para o período de inverno, P. maximum, Ipomea sp. e Corymbia citriodora com 232,26; 34,44 e 16,08% de VI (Tabelas 5 e 6). Estes valores indicaram a predominância do capim colonião sobre as demais espécies.

O desenvolvimento do capim colonião deve estar sendo favorecido pela entrada de luz, proporcionado pelo formato das copas de eucalipto, geralmente mais abertas. O dossel por influenciar na penetração de luz, afeta indiretamente a comunidade de plantas do sub-bosque, bem como seu desenvolvimento e sobrevivência (JENNINGS et al., 1999). Tabela 5: Parâmetros quantitativos da regeneração do tratamento T2 (predomínio de eucalipto), para o período do verão de 2008. Onde n = número de indivíduos da espécie; N = número total de indivíduos; NT = número de toques; NP = número de pontos; DR = densidade relativa, VA = vigor absoluto; VR = vigor relativo; MT = média de toques; FA = freqüência absoluta; FR = freqüência relativa; VI = valor de importância.

Espécie n N NT NTP NP DR VA VR MT FA FR VI Panicum maximum 131 165 456 100 91 79,39 456,00 86,36 5,01 91,00 72,80 238,56 Morfoespécie 09 11 165 22 100 11 6,67 22,00 4,17 2,00 11,00 8,80 19,63 Desmodium

barbatum 6 165 11 100 6 3,64 11,00 2,08 1,83 6,00 4,80 10,52 Vigna sp. 5 165 7 100 5 3,03 7,00 1,33 1,40 5,00 4,00 8,36 Morfoespécie 03 4 165 7 100 4 2,42 7,00 1,33 1,75 4,00 3,20 6,95 Corymbia

citriodora 3 165 14 100 3 1,82 14,00 2,65 4,67 3,00 2,40 6,87 Trigonia villosa 2 165 7 100 2 1,21 7,00 1,33 3,50 2,00 1,60 4,14 Ipomea sp. 2 165 3 100 2 1,21 3,00 0,57 1,50 2,00 1,60 3,38 Morfoespécie 02 1 165 1 100 1 0,61 1,00 0,19 1,00 1,00 0,80 1,60 Tabela 6: Parâmetros quantitativos da regeneração do tratamento T2 (predomínio de eucalipto), para o período de inverno de 2008. Onde n = número de indivíduos da espécie; N = número total de indivíduos; NT = número de toques; NP = número de pontos; DR = densidade relativa, VA = vigor absoluto; VR = vigor relativo; MT = média de toques; FA = freqüência absoluta; FR = freqüência relativa; VI = valor de importância.

Espécie n N NT NTP NP DR VA VR MT FA FR VI

Panicum maximum 40 52 69 100 40 76,92 69,00 78,41 1,73 40,00 76,92 232,26

Ipomea sp. 6 52 10 100 6 11,54 10,00 11,36 1,67 6,00 11,54 34,44

Corymbia citriodora 3 52 4 100 3 5,77 4,00 4,55 1,33 3,00 5,77 16,08

Trigonia villosa 2 52 3 100 2 3,85 3,00 3,41 1,50 2,00 3,85 11,10

Trigonia sp. 1 52 2 100 1 1,92 2,00 2,27 2,00 1,00 1,92 6,12

No tratamento T3, destacaram-se no período de verão, P. maximum, Arabidaea leucopogon e Ipomea sp. com os maiores VI, 223,54; 18,26 e 12,19%, respectivamente e para o período de inverno P. maximum, A. leucopogon e Dalbergia nigra, com 241,04; 43,86 e 8,26% de VI (Tabelas 7 e 8). Os valores indicaram a predominância do capim colonião.

Tabela 7: Parâmetros quantitativos da regeneração do tratamento T3 (predomínio de nativas), para o período do verão de 2008. Onde n = número de indivíduos da espécie; N = número total de indivíduos; NT = número de toques; NP = número de pontos; DR = densidade relativa, VA = vigor absoluto; VR = vigor relativo; MT = média de toques; FA = freqüência absoluta; FR = freqüência relativa; VI = valor de importância.

Espécie n N NT NTP NP DR VA VR MT FA FR VI Panicum maximum 83 112 211 100 69 74,11 211,0 79,03 3,06 69,00 70,41 223,54 Arabidaea leucopogon 7 112 13 100 7 6,25 13,00 4,87 1,86 7,00 7,14 18,26 Ipomea sp. 5 112 7 100 5 4,46 7,00 2,62 1,40 5,00 5,10 12,19 Morfoespécie 04 3 112 5 100 3 2,68 5,00 1,87 1,67 3,00 3,06 7,61

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Lantana camara 2 112 7 100 2 1,79 7,00 2,62 3,50 2,00 2,04 6,45 Morfoespécie 05 2 112 4 100 2 1,79 4,00 1,50 2,00 2,00 2,04 5,32 Trigonia sp. 2 112 4 100 2 1,79 4,00 1,50 2,00 2,00 2,04 5,32 Wissadula contracta 2 112 3 100 2 1,79 3,00 1,12 1,50 2,00 2,04 4,95 Dalbergia nigra 1 112 4 100 1 0,89 4,00 1,50 4,00 1,00 1,02 3,41 Myrocarpus fastigiatus 1 112 3 100 1 0,89 3,00 1,12 3,00 1,00 1,02 3,04 Morfoespécie 02 1 112 2 100 1 0,89 2,00 0,75 2,00 1,00 1,02 2,66 Morfoespécie 03 1 112 2 100 1 0,89 2,00 0,75 2,00 1,00 1,02 2,66 Trigonia villosa 1 112 1 100 1 0,89 1,00 0,37 1,00 1,00 1,02 2,29 Vigna sp. 1 112 1 100 1 0,89 1,00 0,37 1,00 1,00 1,02 2,29

Tabela 8: Parâmetros quantitativos da regeneração do tratamento T3 (predomínio de nativas), para o período de inverno de 2008. Onde n = número de indivíduos da espécie; N = número total de indivíduos; NT = número de toques; NP = número de pontos; DR = densidade relativa, VA = vigor absoluto; VR = vigor relativo; MT = média de toques; FA = freqüência absoluta; FR = freqüência relativa; VI = valor de importância.

Espécie n N NT NTP NP DR VA VR MT FA FR VI Panicum maximum 29 37 59 100 29 78,38 59,00 84,29 2,03 29,00 78,38 241,04 Arabidaea leucopogon 6 37 8 100 6 16,22 8,00 11,43 1,33 6,00 16,22 43,86 Dalbergia nigra 1 37 2 100 1 2,70 2,00 2,86 2,00 1,00 2,70 8,26 Myrocarpus fastigiatus 1 37 1 100 1 2,70 1,00 1,43 1,00 1,00 2,70 6,83

O capim colonião predominou em todos os tratamentos, com os maiores VI (Tabelas 3 a 8)

e pode estar exercendo papel limitante no avanço da sucessão das comunidades vegetais, através de interações competitivas. Entre os tratamentos, o T1 devido ao maior sombreamento promovido pelo formato das copas do sabiá (espécie predominante na composição), apresentou o menor VI, porém sua contribuição para aumentar a diversidade foi insignificante. O capim colonião resiste bem a ambientes sombreados, por isso conseguiu desenvolver-se bem sob a copa das árvores implantadas. Segundo Bhatt et al. (2002), o capim colonião resiste a sombreamentos mais forte, superior a 75% de sombra. Variação sazonal da regeneração

A densidade e a diversidade das espécies variaram sazonalmente, de acordo com o período de maior (verão) e menor precipitação (inverno) (Figura 2). Esta variação deveu-se a saída de plantas herbáceas anuais e trepadeiras da comunidade. Também algumas espécies arbóreas e arbustivas não entraram na amostragem devido a perda de folhas provocada pelo estresse hídrico. Mudanças na temperatura e precipitação alteram processos nos ecossistemas como a reprodução (BONAN, 2002) e como consequência afetam também a densidade da vegetação.

Segundo Janzen (1980), as trepadeiras são plantas perenes, geralmente decíduas, que se desenvolvem rapidamente na estação chuvosa e são capazes de regenerar-se rapidamente. Já as plantas anuais são consideradas do tipo investidor, pois usam seus assimilados para ganhar rapidamente uma abundante matéria orgânica, aproveitando um curto período favorável do ano para crescer, florescer e frutificar (LARCHER, 2004). Ao morrem estas deixam suas sementes, que ficam em latência até o próximo período favorável para germinarem.

T1

R2 = 0,94

R2 = 0,94

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1 21 41 61 81 101Número de pontos

No de espécies

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Figura 2: Variação sazonal das espécies da regeneração em T1 (predomínio de sabiá), T2 (predomínio de eucalipto) e T3 (predomínio de nativas). Onde a linha vermelha corresponde ao período de verão/2008 e a azul ao período de inverno/2008, enquanto as linhas em preto representam o ajuste pelo modelo logarítmico E, sendo a linha pontilhada para o período de verão e a linha inteira para o período de inverno. Nova Iguaçu – RJ.

No T1, foi encontrada a menor variação, com a presença de seis espécies para o verão e inverno, porém, a maioria das espécies encontradas para o período de inverno foram herbáceas anuais que já estavam para sair do sistema. Esse fato causou a falsa impressão que este tratamento estava mantendo-se estável. O Sabiá pela sua maior rusticidade a seca provavelmente conseguiu amenizar o microclima e as plantas se valeram desta condição para aumentar seu tempo de permanência no local.

Para o T2, no verão foram amostradas nove espécies e no inverno cinco (Tabela 2). Destas observou-se que a maioria das espécies encontradas no inverno são trepadeiras, as quais persistiram com folhas no período desfavorável, embora nem todas tenham aparecido na amostragem do período de verão.

No T3 houve maior variação da regeneração. Para o período de verão foram amostradas 14 espécies e quatro para o inverno. A maioria das espécies encontradas no verão foram herbáceas e trepadeiras. Embora a maioria tenha desaparecido na estação seguinte, provavelmente elas contribuíram para alterar as condições do meio, desencadeando processos de restauração, indicado pelo estabelecimento das espécies arbóreas Myrocarpus fastigiatus e Dalbergia nigra, sendo está última segundo Marchiori (2007), produtora de madeira valiosa e em ameaça de extinção.

A presença de poucas espécies na regeneração sob reflorestamentos não significa que os reflorestamentos tenham tendência em transformar-se em comunidades simplificadas, pois com o tempo espera-se a formação de comunidades vegetais mais diversificadas, devido a diferenciação de micro-habitats sob as áreas reflorestadas (MELO E DURIGAN, 2007).

Conclusões

Os três tratamentos implantados como estratégia de restauração, criaram após 13 anos, propriedades emergentes que permitiram a entrada de 1 (T1) e 2 (T3) espécies arbóreas, sendo que o T2 apresentou maiores percentuais para o grupo de hábitos gramínea + herbácea (33,33%);

A presença do capim colonião ainda é marcante nos três tratamentos, destacando-se com os maiores valor de importância (116,73% a 241,04%).

O tratamento T3 permitiu a entrada de espécies arbóreas nativas ameaçadas de extinção, porém, ainda nenhum deles apresenta indícios de sustentabilidade da restauração.

Referências Bibliográficas

T2

R2 = 0,76

R2 = 0,93

0246810121416

1 21 41 61 81 101Número de pontos

No de espécies

T3R2 = 0,85

R2 = 0,830246810121416

1 21 41 61 81 101

Número de pontos

No de espécies

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