Reflexão de Modelos de urbanismo e mobilidade

ESCOLA PROFISSIONAL DA APRODAZ

Modelos de Urbanismo e Mobilidade

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Reflexão

A UFCD (unidade de formação de curta duração) Modelos de Urbanismo

e Mobilidade teve carga horária de 50 horas e foi ministrada pela formadora

Rita Couto. Irei falar dos conteúdos explorados durante as aulas, da sua

relação com as redes sociais e, ainda da importância para mim quer a nível

pessoal quer a nível profissional.

Esta UFCD dividiu-se em grandes dois módulos: a distribuição da

população portuguesa e o modelo ecológico do desenvolvimento do ser

humano. No primeiro vimos de que forma a população se encontra distribuída

ao longo do território português, as características da população, os

movimentos migratórios dentro e fora do país, e ainda as suas causas e as

consequências. Abordámos conceitos tais como taxa de natalidade, taxa de

mortalidade, bipolarização, migração, emigração, imigração, êxodo rural e

êxodo urbano.

A população portuguesa caracteriza-se por ser envelhecida, o que quer

dizer que a taxa de mortalidade é superior à taxa de natalidade. No que se

refere à distribuição da população existe mais população na zona litoral sendo

que esta se concentra, predominantemente em dois pólos, Lisboa e Porto,

dando origem, assim, ao fenómeno da bipolarização. Para esta distribuição

contribuíram vários factores: geográfico, o clima que no litoral é mais ameno e

o relevo que é menos acidentado e mais fértil por oposição ao do interior que

tem Invernos mais rigorosos e Verões quentes e secos e onde o relevo é

montanhoso com solos pouco férteis; sociais, a população activa sai do interior

para o litoral em busca de melhores condições de vida, pois é no litoral que se

concentra a maior parte das indústrias e serviços e, consequentemente,

existem mais postos de trabalho; e históricos, devido à segunda guerra

mundial, os homens partiram para combater na guerra, e também devido à





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revolução industrial que trouxe a mecanização substituindo o trabalho de

muitos trabalhadores na agricultura, principal sector económico do interior.

Todos estes factores levaram às migrações do interior para o litoral

designadas por êxodo rural bem como às migrações para países estrangeiros

designadas por emigração. O facto de os casais, ambos trabalhadores, viverem

em grandes centros urbanos, onde o nível de vida é mais elevado e não existe

suporte familiar que lhes permita dar apoio com os filhos, a emancipação da

mulher e o aparecimento de novos métodos contraceptivos, particularmente a

pílula contraceptiva, teve como consequência a diminuição da taxa de

natalidade. Aliado à baixa de natalidade houve uma melhoria nos cuidados de

saúde, que se traduz no aumento da esperança média de vida, explicando,

assim, o facto da população portuguesa ser envelhecida. Mais recentemente,

surgiu um novo fenómeno, o êxodo urbano, que à semelhança do êxodo rural,

consiste na migração, mas das zonas urbanas para as zonas rurais. Este

fenómeno tem origem na mudança de mentalidades, no novo conceito de

qualidade de vida. Se antes tinha-se como qualidade de vida, viver e trabalhar

numa zona urbana, com o passar do tempo este conceito alterou-se e com isso

as pessoas regressam às zonas rurais, como por forma a usufruir da natureza,

terem habitações mais amplas e criarem os seus filhos em ambientes seguros.

No segundo módulo abordámos o modelo ecológico de desenvolvimento

do ser humano. Os microssistemas são os contextos em que os indivíduos

participam directamente. Deles fazem parte os contextos onde as pessoas

estabelecem relações face a face, tais como família, o grupo de colegas e

amigos, a escola ou local de trabalho. Do mesossistema fazem parte as

interacções e os processos que ocorrem entre dois ou mais contextos do

microssistema.





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Para mim, que estou a estudar, a escola e a família fazem parte do meu

microssistema; as relações que se estabelecem entre a escola e a minha

família, ou as relações entre a escola e o grupo de amigos, fazem parte do

mesossistema. Por exemplo, do mesossistema dos meus filhos, fazem parte as

relações entre a escola deles e família. O exossistema é também um sistema

de ligação entre contextos, em que a pessoa participa directamente apenas

num deles. O macrossistema é o sistema mais alargado dos contextos de vida

de qualquer individuo. Dele fazem parte os padrões socioculturais, as

instituições políticas e sociais, os valores, as crenças, os costumes e os estilos

de vida. O cronossistema permite incorporar no contexto de vida uma

dimensão temporal, ou seja, é o tempo em que vivemos.

Ambos os módulos facilmente pude entender o quão são importantes

nas relações quer pessoais quer sociais, uma vez que exercem influencia,

directa ou indirectamente, em todos os aspectos da nossa vida pessoal,

profissional e social e, consequentemente, afecta toda a sociedade. Isto é

comprovado pelo impacto que tiveram as migrações a nível pessoal e familiar

social e económico o mesmo será dizer que alteraram muitos, senão todos os

contextos do seu modelo ecológico de desenvolvimento. Assim sendo, pode-se

concluir que qualquer acção praticada por um indivíduo irá afectar os seus

contextos ou seja as suas redes sociais. Também, as migrações, em particular

as imigrações e as emigrações, vieram causar impacto nas redes sociais. É

frequente o recurso às redes sociais virtuais como forma de manterem contacto

com os seus familiares e amigos que estão distantes encurtando, assim as

distâncias quer para pesquisarem oportunidades de emprego ou obterem

informações do local de acolhimento.





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Apesar de já possuir conhecimentos na área da distribuição da

população, gostei bastante, pois, pude relembrar o que já sabia, aprender

também, pois mesmo no relembrar há sempre muito a aprender. No que se

refere ao modelo ecológico do desenvolvimento do ser humano, este foi sem

dúvida o módulo mais interessante pois abrangeu conteúdos de psicologia,

área pela qual tenho muito interesse. Achei uma UFCD bastante pertinente

para o curso na medida em que um técnico comercial deverá ser capaz de

conhecer-se, enquanto individuo para melhor entender o seu cliente, pois só

assim, poderá prestar um bom serviço. Tenho a certeza que os conteúdos me

serão muito úteis enquanto ser humano e enquanto profissional.

Maura Silva

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