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Reeducação Perineal
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Cinesioterapia
■ O assoalho pélvico é uma musculatura estriada passiva de fortalecimento.
■ Os exercícios que devem ser incentivados sempre como trabalho preventivo ou como tratamento.
Cinesioterapia
■ Visa o fortalecimento ativo do AP, favorecendo a força de contração, tônus e resistência, levando a hipertrofia das fibras musculares (tipo I = contração tônica e tipo II = contração fásica).
■ Reforça a uretra pelo fortalecimento do esfíncter externo (músculo estriado) e melhora as transmissões de pressão.
■ O esfíncter uretral se contrai ao mesmo tempo que ocorre a contração voluntária do AP.
Cinesioterapia - Objetivos
■ Conscientização da musculatura perineal.
■ Reeducação e fortalecimento dos músculos do AP (fibras rápidas e lentas).
■ Favorecer a pressão máxima de oclusão uretral.
■ Manter suporte vesical.
Cinesioterapia - Objetivos
■ Restabelecer o equilíbrio pélvico.
■ Redução dos episódios de perda urinária.
■ Conscientização corporal (principalmente pelve).
■ Melhora da qualidade de vida.
Indicações
■ IUE;
■ Bexiga hiperativa (hiperatividade do detrusor)
■ Contração fraca / moderada perineal;
■ Queixa de prolapsos leves;
■ Queixa de disfunção sexual.
Contraindicações
■ Ausência de força muscular (denervação perineal muito grande);
■ Desconhecimento da musculatura;
■ Alteração muscular que impeça a realização de exercícios (paciente idosa, osteoporose, lombociatalgia, etc).
Cinesioterapia – Exercícios de Kegel
■ Como reconhecer a muscu la tu ra ! propriocepção.
■ Quantos fazer ! Exemplo: tabela de Kegel (Duke University).
■ Em que posições se exercitar ! diversas posições.
Exemplo: Tabela de Kegel
■ SEMANA 1: 5 contrações rápidas / 10 sustentando 3 segs / 5 rápidas.
■ SEMANA 2: 10 rápidas / 15 sustentando 5 segs / 10 rápidas.
■ SEMANA 3: 15 rápidas / 15 sustentando 10 segs / 15 rápidas.
■ SEMANA 4: 20 rápidas / 20 sustentando 10 segs / 20 rápidas.
Exemplo: Tabela de Kegel
■ SEMANA 5: 30 contrações rápidas / 30 sustentando 10 segs / 30 rápidas.
■ SEMANA 6: 40 rápidas / 40 sustentando 10 segs / 40 rápidas.
■ SEMANA 7: 50 rápidas / 50 sustentando 10 segs / 50 rápidas.
■ SEMANA 8: 50 rápidas / 50 sustentando 10 segs 50 rápidas.
Biofeedback
■ P r o c e d i m e n t o t e r a p ê u t i c o n o q u a l informações sobre processos fisiológicos são mostrados em forma de sinais visuais e/ou auditivos para que o indivíduo possa compreendê-los, permitindo a autorregulação desses eventos por meio da intervenção consciente e posterior controle voluntário.
Basmajan J. 1970
Biofeedback
Ser Humano Retroalimentação Resposta imediata à ação
É um feedback humano que foi instituído como recurso terapêutico na reeducação funcional
Biofeedback - Objetivo
■ Modificar uma resposta fisiológica inadequada ou propiciar a aquisição de uma nova resposta fisiológica.
■ C o n s c i e n t i z a ç ã o / A p r e n d i z a d o / Propriocepção (seletividade muscular).
■ Garante aquisição rápida, precisa e segura da participação do paciente em sua reeducação.
Biofeedback – Mecanismo de Ação
Detectar (contração muscular)
Amplificar
Traduzir em sinais sonoros e visuais
Conscientização
Controle voluntário
Integração no cotidiano
Groose & Sengler, 2002
Biofeedback em Uroginecologia
■ Arnold Kegel, 1948.
■ É um recurso associado à cinesioterapia.
■ Cerca de 30% das mulheres não compreendem a contração do AP.
■ Importante para aprendizagem e estímulo.
■ Ensina, potencializa e acelera o fortalecimento do AP.
Biofeedback em Uroginecologia
■ “... a aprendizagem da contração seletiva do AP resulta em melhora funcional destes músculos.”
Knigth & Laycock, 1994
Biofeedback Eletromiográfico (EMG – Feedback)
Biofeedback
➢Vantagens: ■ Aquisição rápida da
função muscular. ■ Motiva e acelera o tto. ■ Seletividade da
contração. ■ Treino funcional em
diferentes posições. ■ Avaliação do AP e
monitorização da evolução.
➢Desvantagens: ■ Custo dos
equipamentos.
■ Utilização de sensores intravaginal ou intra-anal (esterilização).
■ Supervisão constante do fisioterapeuta.
Biofeedback - Indicações
■ IUE leve / moderada.
■ IUE e no mínimo grau I de força muscular.
■ IUE e IU mista.
■ Hiperatividade idiopática do detrusor.
Eletroestimulação - Objetivos
■ Maior produção de força e resistência dos músculos do AP.
■ Inibição do reflexo do músculo detrusor.
Efeitos da EE
■ ↑ da pressão intrauretral – aferências n. pudendo interno.
■ ↑ do fluxo sg na musculatura da uretra e AP.
■ Restabelece conexões neuromusculares = melhora função da fibra muscular ! hipertrofia.
■ Inibição do detrusor.
Mecanismo de Ação - EE
Estimulação de fibras aferentes / n. pudendo interno
Fibras eferentes / n. hipogástrico (S)
■ β adrenérgicos / musculatura lisa vesical
Inibição do detrusor
Freqüência de Estímulo (nº de pulsos/ seg)
■ Fator crucial no sucesso do tratamento.
■ IUE – freqüências altas ! 35 a 80 Hz
■ Fibras lentas: ↓ 30Hz sem tempo de repouso.
■ Fibras rápidas: 50-80Hz com tempo de repouso (1:2 / 1:1)
■ Inibição do detrusor ! 5 a 20 Hz (+ utilizada 10Hz)
Tipo e Intensidade da Corrente
■ Alternada ou bifásica - ↓ risco de dano tecidual.
■ Máxima tolerada – diferença de sensibilidade / impedância dos tecidos.
■ Varia de 0 a 100 mA.
Contraindicações EE
■ Gravidez; ■ Lesões ou infecções urinárias ou vaginais; ■ ↓ da função cognitiva; ■ Câncer de colo uterino / reto / genitourinário; ■ Período menstrual; ■ DIU; ■ Marcapasso cardíaco; ■ Implantes metálicos em quadril ou MMII.
Forma de Aplicação - EE
■ Paciente em posição ginecológica.
■ Introdução da sonda com gel.
■ Bom acoplamento no contorno vaginal.
■ Sensação: vibração / pulsação – nunca ardência.
Protocolo de Tratamento
■ Tempo de aplicação – 10 a 30 minutos;
■ Freqüência do tratamento – 2 ou 3 X / sem;
■ Duração do tratamento – mínimo de 6 semanas.
Cones Vaginais
■ Em 1985 Plevinik introduziu o conceito de c o n e s v a g i n a i s c o m o p r o p o s t a d e fortalecimento e avaliação da musculatura do AP. São 5 a 7 cones, com a mesma forma e tamanho, porém, com pesos que variam de 20 a 100 g.
Cones Vaginais - Objetivo
■ Agem forçando para baixo os músculos do AP e isso gera uma contração reflexa na tentativa de retenção do cone, aumentando a propriocepção muscular desejada nos momentos de provável perda urinária.
Cones Vaginais – Contra-indicações
■ Infecções vaginais;
■ Período menstrual;
■ Material individual.