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REEDUCAÇÃO DO
MEMBRO SUPERIOR DO
DOENTE COM
HEMIPLEGIA
ANTÓNIO DUARTE
JOÃO PAULO TORRES
MARTA OLIVEIRA
Conteúdos programáticos
Conceitos de neuro plasticidade/consequências da
reorganização do SNC após a lesão;
Planeamento e praxis do membro superior/impacto
no movimento global do corpo;
Sistemas e estruturas relacionados com a integração
sensoriomotora do movimento;
Talas/conceito de ajuda e técnica facilitadora da
atividade funcional dos membros superior e inferior.
Objetivos
Identificar e enumerar técnicas de reeducação do
movimento usadas no tratamento do membro
superior do utente com hemiplegia;
Descrever o processo de Neurodesenvolvimento e o
tipo de reações associadas que decorrem do
planeamento ideomotor e da praxis do movimento
do utente com hemiplegia;
Enunciar e confecionar talas para o membro
superior e inferior do utente com hemiplegia;
AVC
Tipos de AVC
AVC: défice
neurológico
focal, súbito
e de causa
vascular.
Hemorrágico
15%
Isquémico
85%
Funções cognitivas
Funções cognitivas -
assimétricas e lateralizadas
Capacidades
verbais - linguagem,
leitura, escrita,
calculo, memoria
verbal
capacidades não
verbais-
espaciais,
memoria de faces
e visuo-espacial,
musica
Neuro plasticidade
Neuro plasticidade
Baseia-se na aptidão das células do SNC
armazenarem informação sobre o ambiente e na
capacidade de alterar a sua atividade em função das
exigências do ambiente.
A neuro plasticidade permite reforçar cadeias
sinápticas e alterar as ligações funcionais em
resposta ao input recebido. A longo prazo
possibilita a repetição de padrões de postura e
movimento aprendidos (Nudo 1999).
Neuro plasticidade (cont)
Plasticidade é um pré-requisito para a
aprendizagem.
Implica alteração da estrutura do SNC, por
exemplo, formação de novas conexões, que podem
ser fortalecidas ou não em função do uso.
Todas as formas de aprendizagem causam
alterações funcionais e estruturais no SNC
Collateral sprouting
O treino motor
conduz á
reorganização das
áreas
somatosensoriais
do córtex.
A manipulação
inapropriada de
indivíduos com
AVC pode causar
adaptações (em
termos da neuro
plasticidade)
inapropriadas.
Planeamento motor/praxis
Esquema do livro
Perceção e cognição vs
planeamento
Têm um profundo efeito no comportamento motor.
Percepção visual – reconhecimento dos objetos e
preparação para a acção (colocar esquema)
Tálamo - mantém a representação interna dos
movimentos (engramas motores) . Neste preocesso
participam ativamente os mecanismos
propioceptivos (somatosensory, visual and
vestibular inputs)
Perceção e cognição vs
planeamento (cont.)
Córtex motor – está organizado em função do
controlo do movimento e não dos músculos. É
responsável pela sequenciação do movimento.
Córtex prémotor – organização do movimento
global do corpo.
Mirror neurons -
Cerebelo – papel importante na precisão do
movimento e especialização do ato motor
participando na aprendizagem do movimento.
Gânglios da base – contribuem para o controlo do
movimento ajustando a força associada a cada
movimento.
Perceção e cognição vs
planeamento (cont.)
Sistemas relacionados com o movimento
Imagem brainstorming
Exercício sobre necessidades e dificuldades
sentidas na prática.
Avaliação do utente
Contexto de intervenção
De pé, sentado ou deitado?
Comportamento e controlo motor
Comportamento humano envolve uma interação
entre o indivíduo, o ambiente e a tarefa.
Em situações de aprendizagem motora, o indivíduo
concentra-se na tarefa e não no movimento
específico para a concretizar (Woollacott e
Shumway-Cook 1990).
Intenção
Experiências prévias
Movimento
Integração sensorial
Perceção
Necessidade
Sistema muscular
A arquitéctura muscular, em termos do tipo de fibras, determina a resposta motora do SNC ao input (Lieber and Friden 2000).
Fibras musculares
Tipo I
Tipo II
Tónus
Relevância funcional da
musculatura tónica
Musculatura tónica vs fásica
O controlo postural é ao mesmo tempo antecipatório e
associativo, pois resulta de mecanismos de feedforward and
feedback, influenciados pela aprendizagem, experiência e do
input sensorial.
O controlo antecipatório activa a musculatura tónica antes da
fásica
Esta atividade preparatória serve de suporte ao movimento
seletivo dos membros superiores bem como ás estratégias para
tornar o movimento efetivo.
Equilíbrio muscular
Resultado da cooperação entre os vários músculos
que circundam uma articulação (agonistas,
antagonistas e sinergistas) .
Numa situação normal o gradiente de atividade dos
músculos é alterado, de forma precisa, de acordo
com o objetivo do movimento.
Manutenção do equilíbrio muscular
Aspetos sensoriais, percetuais,
cognitivos e biomecânicos
Recrutamento
e distribuição da atividade
motora
Alinhamento Função
muscular
Alterações da musculatura após o
AVC
Falta de ativação eferente responsável pelo movimento voluntário.
Atrofia e contracturas das fibras musculares.
Alterações no padrão espacial e/ou temporal de ativação muscular , resultando na ineficácia da força produzida.
Perda de unidades motoras e alterações das propriadades das remanescentes.
Alterações da musculatura após
AVC
Défices nos aspetos sensoriais,
percetuais, cognitivos e biomecânicos
perturbam o padrão de movimento
seletivo necessário á realização das
tarefas
Do planeamento á confeção de talas
Modelo Biodinâmico
O Modelo Biomecânico aplica os princípios mecânicos, cinéticos e cinemáticos aos movimentos do corpo Humano.
Estes princípios tratam da forma como as forças que atuam no corpo afetam movimento e equilíbrio.
Os métodos de tratamento deste modelo usam princípios de física relacionados com força e alavancas.
Pioneiros na utilização das talas e
no estudo biomecânico
1 – Lacroix
2 – Brunnuel
3 – Le Vamme
4 – Knucle
Bender
Pioneiros na utilização das talas e no
estudo biomecânico (cont)
5 – Kleinert
6 – Duran
7 – Capner
8 – Openheimer
A Tala
é um agente terapêutico
tal como um medicamento
Orientação clínica na escolha da
tala
Dor
Instabilidade articular
Limitação articular
Lesão Cutânea
Estado Psicológico
Adequação da tala
Indicação da tala
Limitações anatómicas
Considerações a nível mecânico
Considerações a nível técnico
Indicações
Imobilização
Mobilização
Limitação da mobilização
Compressão
Mobilização Estática
Mobilização Dinâmica
Posicionamento
Correção
• Limitação do ângulo
• Limitação do plano
Limitações anatómicas
Objetivo Principal
Objetivo Secundário
Principal função da tala
Articulações consideradas como media
secundária para a ESTABILIZAÇÃO,
POSICIONAMENTO, CONTROLO OU RESISTÊNCIA
Considerações técnicas
Material
Componentes Cinemáticos
Componente Cinéticos
Tiras de Fixação
• Mola
• Elástico
• Charneira
• Slings
Dinâmicas
Dyna-
Estática
Estática
Progressiva Estática em
Série
Modo d’acção
Estática em
Série
Estática
Progressiva
Dyna-
Estática
Modo d’acção
Estática em
Série
Estática
Progressiva
Dyna-
Estática
Talas estáticas
Como o próprio nome indica, são aquelas que NÃO
PERMITEM QUALQUER TIPO DE MOVIMENTO, estão
indicadas nas situações em que a articulação lesada
se pretende IMOBILIZADA ou COM RESTRIÇÃO dos
seus movimentos.
São normalmente prescritas com a FINALIDADE DE
REPOUSO ou PROTEÇÃO.
As talas feitas em série e à venda no mercado,
pertencem a esta categoria.
Funções da tala estática
Imobilizar ou limitar a atividade de uma articulação;
Posicionamento e alinhamento corretos;
Manter amplitudes, após o estiramento passivo de contraturas;
Estabilizar ou posicionar uma ou várias articulações. Permitindo assim que as outras executem corretamente a sua função.
Posicionamento e manutenção do
alinhamento de uma articulação
EXEMPLO:
“No caso de artrite reumatoide é frequente o aparecimento
de desalinhamentos das articulações. Uma TALA
ESTÁTICA, para além de ser usada para REPOUSO numa
fase aguda, assegura um POSICIONAMENTO CORRETO
que CONTROLE O DESVIO RADIAL do punho e o
DESVIO CUBITAL dos dedos. Pode utilizar-se como TALA
DE POSICIONAMENTO NOTURNO ou como TALA
DIURNA, para uso na sua atividade laboral”.
Funções da tala estática (cont.)
Evitar o desenvolvimento de contraturas/retrações;
Manter as amplitudes, após o estiramento passivo;
Estabilizar ou posicionar uma ou mais articulações,
possibilitando a outras funcionar corretamente.
Objetivos a seguir na conceção
Imobilizar ou estabilizar uma articulação ou um
elemento anatómico instável;
Prevenir ou reduzir um défice de amplitude articular ou corrigir a deformação;
Superar um défice motor;
Favorecer a reabsorção de uma expansão líquida subcutânea, não infeciosa e não tumoral;
Induzir a cicatrização cutânea a fim de prevenir a retração e a hipertrofia cutânea.
Os três tipos de alavancas que existem são
caracterizadas pela posição relativa de F, R, P;
O resultado de uma força empregue numa alavanca
depende de dois fatores:
Noções de física na confeção de
talas - alavancas
1-Interfixas 2-Inter-resistentes 3-Interpotente
Da força exercida
pela potência ou
pela resistência;
Dos respetivos
comprimentos dos
braços da alavanca;
Noções de física na confeção de
talas – alavancas (cont.)
Quando o comprimento de BR é igual ao de BP e a magnitude de P e de R são iguais, existe um estado de equilíbrio (ex.: balança comum);
Quando BP é maior que BR, o esforço necessário para obter um resultado semelhante é menor, o que resulta uma vantagem mecânica.
Quando BR é maior que BP, existe uma condição de desvantagem mecânica que ocorre nas alavancas Interfixas, quando F está mais perto de P do que R e nas ALAVANCAS INTERPOTENTE.
Definição das ações mecânicas de
uma tala
ESTABILIZAÇÃO
A zona a tratar é tanto mais imobilizável quanto maior
for a extensão da tala na estabilização das articulações
Subjacentes;
POSTURA
Estática – é uma postura mantida por uma tala fixa que não induz nenhum movimento, e que se adapta às variações de eventuais posições. Permite estabelecer um equilíbrio entre as forças.
Dinâmica – é uma postura mantida pela tala que se adapta às variações anatómicas de posição imprimindo uma força direcional constante. Ela produz energia, logo é suscetível de induzir movimento.
Definição das ações mecânicas de
uma tala (cont)
LIMITAÇÃO DO PERCURSO ARTICULAR
Fixar, num valor angular determinado, o limite da
amplitude articular num sentido, e deixar total
liberdade no outro sentido.
COMPRESSÃO
POSTURA EM CAPACIDADE CUTÂNEA MÁXIMA
É a posição estática de estiramento máximo da
pele.
Padrões da mão
Tala de posicionamento do punho
Tala
Heli
coid
al
Tala para pé pendente –
Hemiplegia
TALA DORSAL DE POSICIONAMENTO
PÉ PENDENTE
Finalidades - evitar
deformidade, colocando o
membro inferior em
posição funcional
Objetivo - preventivo
,estabilizador
Categoria – estática
Função - atividade
controlada, repouso
TALA DE POSICIONAMENTO DE
HOUSTON
Confeção de Slings
Sling de Bobath
FUNÇÃO*:
•Proteção
•Sustentação
•Evitar o aumento
da deformidade
•*Sem evidência clínica
Sling Givmohr
VANTAGENS
Manter o membro em rotação externa;
Permitir a função do membro;
Permitir a dissociação de movimentos do membro
superior em alternância com o membro inferior.
Sling- Givmohr
Sling segundo o conceito de panat
Foot-up
Obrigado pela vossa atenção!