RECONSTRUINDO A VIDA APÓS O DIVÓRCIO

“O Senhor dará a minha alma muito mais do que ela precisa, e eu o louvarei com as minhas palavras jubilosas.” (Salmo 63:5)

Uma palavra inicial sobre o plano de Deus para o casamento

• Precisamos da perspectiva de Deus para ver como tudo começou:

• “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27)

• “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus e não sentiam vergonha.” (Gn 2:24-25)

OS QUATRO FUNDAMENTOS DO CASAMENTO

• SEPARAÇÃO

• PERMANÊNCIA

• UNIDADE

• INTIMIDADE

SEPARAÇÃO

• “Deixar pai e mãe...”

• Isso assegura que o relacionamento comece sem emoções conflitantes.

PERMANÊNCIA

• “E se unirá à sua mulher...”.

• Há permanência em mente. Há ideia de um relacionamento fechado e duradouro.

UNIDADE

• “E eles se tornarão uma só carne.”

• Unidade é diferente de uniformidade. O homem e a mulher devem permanecer distintos, e desfrutar de papeis diferentes. Vivenciar as suas características de personalidade.

O QUE DEU ERRADO ENTÃO?

• Gênesis 3 relata a ruptura do relacionamento do homem com Deus. Dos quatro fundamentos, o pecado solapou a permanência do casamento.

CONSEQUÊNCIAS:

• Casais cristãos são tão suscetíveis ao divórcio quanto os não cristãos.

• É enorme o caos que o divórcio provoca nos filhos. E essa devastação inclui filhos adultos do divórcio.

• O divórcio tem mutilado gerações. Assim que a ideia de sair de um casamento se torna uma opção, a permanência do casamento é sutilmente solapada.

INTIMIDADE

• “O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.”

• Afetuosa intimidade ordenada por Deus. Livre de vergonha. Sem inibições.

REALIDADE X FANTASIA

• “Preciso me casar para ser feliz.”

• O casamento jamais foi idealizado para deixar você ou qualquer outra pessoa feliz. E sim para viver uma vida de compromisso. Felicidade é apenas o bônus.

REALIDADE X FANTASIA

• “O amor seja eterno enquanto dure.”

• Como sentimento (substantivo), o amor sofre flutuações, modificações. Ora está abaixo do nível, ora na risca, ora transborda. O amor no casamento, contudo, não é um substantivo, é um verbo, um compromisso que deve ser mantido, independente das emoções sentidas.

IDEAL X REAL

• O que Deus pensa acerca do divórcio?

• “Não foi o Senhor quem os fez um só? (...) Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. Eu odeio o divórcio, diz o Senhor...” (Malaquias 2:15-16)

IDEAL X REAL

• O quê Jesus disse acerca do divórcio (Mateus 19:3-9)?

• “Vocês não leram que, no princípio, o Criador os fez homem e mulher e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e os dois serão uma só carne?”

Mateus 19:8 – “Porneia”

• No verso 8 do capítulo 19 de Mateus, aparece a cláusula de exceção, ou seja, “em caso de imoralidade sexual”.

• No original, porneia, palavra da qual deriva pornografia, indica um estilo de vida constante de má conduta sexual fora do laço matrimonial.

• O cônjuge que não cometeu imoralidade sexual é estimulado a permanecer fiel e a permitir que Deus trabalhe.

RESUMINDO:

• Santidade no casamento precisa de compromisso. Um casamento não deve ser abortado por causa de lutas, dificuldades ou inconveniências.

• Nenhum casamento se mantém pelo amor romântico. O compromisso adiciona a musculatura necessária quando o amor sofre o efeito colateral da fadiga.

• Com Jesus no centro da vida do homem e da mulher, nenhum casamento é um caso perdido.

• A exceção não deve se tornar a regra geral. As gerações vindouras agradecem.

• O Senhor odeia o divórcio. Mas há algo que ele odeia tanto quanto o divórcio: um estilo de vida profano, impuro e uma relutância persistente ao arrependimento.

RECONSTRUINDO A VIDA APÓS O DIVÓRCIO

• CAUSAS

• EFEITOS

• FASES

• AS CINCO FASES DO LUTO

• ROTEIRO PARA SOBREVIÊNCIA

• ENCARANDO O FUTURO

• NOVO CASAMENTO

CAUSAS DO DIVÓRCIO

• 1. Infidelidade

• 2. Abandono

• 3. Incompatibilidade

• 4. Hedonismo e Apoteose do Ego

• 5. Imaturidade (Má vontade em assumir compromisso)

• 6. Estresse persistente

• Cada casamento é diferente, e cada divórcio ocorre por causa de uma combinação particular de causas e circunstâncias.

EFEITOS DO DIVÓRCIO

• 1. EMOCIONAIS: ansiedade, culpa, medo, tristeza, amargura, frustração, confusão, indecisão. Doenças psicossomáticas.

• 2. COMPORTAMENTAIS: A vida não para. Resolução de problemas do dia a dia.

• 3. SOCIAIS: Ninguém se divorcia sozinho. Filhos, familiares, amigos, e membros da igreja são afetados.

• 4. ESPIRITUAIS: Algumas pessoas passam a buscar mais a Deus, mas a tendência mais comum é a frieza espiritual.

FASES DO DIVÓRCIO: 1. PRÉ-SEPARAÇÃO

• Divórcio emocional. O cônjuge proponente diminui o investimento emocional na relação. E provoca o cônjuge resistente a declarar que o casamento acabou.

• Alto nível de estresse. Profundas cicatrizes, baixa autoestima, raiva, culpa, problemas de identidade.

2. PERÍODO DE LITÍGIO

• Período de tensão, insegurança, raiva (e por vezes, gastos consideráveis).

• Mudança no modo de pensar: “estou casado” para “estou me divorciando”. Pode levar muito tempo.

• O divórcio é mais traumático do que a morte na família, pois ele a fragmenta. Poucas crises produzem mudanças tão profundas em tantas vidas.

3. PERÍODO DE LUTO

• LUTO POSITIVO: Lembrar dos bons momentos do casamento.

• LUTO NEGATIVO: A pessoa fica confusa e sente pena de si mesma.

• JUNTAR OS CACOS: A pessoa retoma lentamente as tarefas da vida e aprende a viver sem o cônjuge.

PERÍODO DE LUTO

• PERÍODO DE CRESCIMENTO: • As pessoas encaram de frente a realidade da sua

nova situação de vida. • Separam um tempo para ficar a sós consigo

mesmas (leitura, meditação, reflexão) e fazem novos amigos.

• Resistem a tendência de culpar a si mesmas e aos outros pelo que aconteceu. Lutam contra a autopiedade.

• Buscam orientação de Deus para fazer planos realistas para o futuro.

AS CINCO FASES DO LUTO

• Elizabeth Klüber Ross, psiquiatra suíça pioneira no tratamento de doenças terminais, identificou cinco fases do luto:

• 1. NEGAÇÃO: O contato com a realidade é evitado. Não fala sobre o assunto.

• 2. RAIVA: Revolta, inconformação e senso de injustiça.

• 3. BARGANHA: Fase da negociação (inclusive com Deus). Fazemos qualquer negocio. Fase das promessas.

AS CINCO FASES DO LUTO

• 4. DEPRESSÃO: Isolamento, melancolia e impotência.

• 5. ACEITAÇÃO: Ausência de desespero e enxerga a realidade como ela é. Prontidão para o enfrentamento.

ROTEIRO PARA SOBREVIVÊNCIA

• 1. Lidar com as Emoções

• 2. Mediação

• 3. Estabelecer Nova Identidade

• 4. Construir Novos Relacionamentos

LIDAR COM AS EMOÇÕES

• Falar o que sente e como se sente é muito importantes nesse estágio.

• Crescer através da experiência que se está vivendo é ir além.

• Guardar o coração: Não importa quanto uma pessoa foi ferida, ela não ganha nada se vingando.

• Perdoar é uma questão de saúde.

• Aceitar o que não pode ser mudado.

LIDAR COM AS EMOÇÕES

• Buscar ajuda e não andar só: terapia; CR – Grupo de Apoio; CR – Grupo de Passos.

• Há beleza construtiva na tristeza. Se a pessoa ferida no divórcio continuar gravitando em torno da raiva, ela vai ser paralisada, consumida pelo desejo de vingança.

• Minha experiência pessoal: Grupo de Passos e Escrita Terapêutica (Alma Silente)

MEDIAÇÃO

• Cooperação na solução do conflito com base nas necessidades das partes e em sua capacidade de se sustentarem.

• Não há punição nem recompensa. A boa mediação é a do tipo “perde-perde”.

ESTABELECER NOVA IDENTIDADE

• “Divorciado”. Expor as inseguranças e falar sobre o que pensa acerca da vida de descasado.

• Mudar a maneira como nos vemos leva tempo.

CONSTRUIR NOVOS RELACIONAMENTOS

• Redefinição das relações com ex-cônjuge, filhos, velhos amigos, parentes, membros da igreja. Lembre-se, ninguém se divorcia sozinho.

• EX-CÔNJUGE: Bom relacionamento com o ex-cônjuge pode levar tempo. É melhor parar de se encontrar com o antigo companheiro para que a cura e o início de uma nova vida não sejam postergados.

CONSTRUINDO NOVOS RELACIONAMENTOS

• FILHOS:

• Os filhos de pais divorciados precisam tanto de pai quanto de mãe. Não lhes negue esse direito.

• Nada de usá-los como agentes secretos para bisbilhotar a vida do outro.

• Mantenha viva as lembranças dos momentos felizes do passado. O divórcio não afeta apenas os filhos pequenos. Tudo o que quebra a confiança e a segurança de uma criança pode fazê-la ter dificuldades emocionais na vida adulta.

ENCARANDO O FUTURO

• É preciso retroceder para avançar.

• Quais erros cometi? E o que posso aprender com eles?

• Tomar decisões imediatas sobre questões práticas: moradia, finanças, restabelecer prioridades na vida, fazer planos para o futuro, seguir em frente.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO

• Estudiosos das Escrituras acham-se divididos em quatro categorias:

• 1. O casamento é para toda vida e não existe nenhuma base bíblica para permitir o divórcio, e que o novo casamento de uma pessoa divorciada é sempre adultério.

• 2. Existem bases bíblicas legítimas para o divórcio, e que o novo casamento é permitido nessas circunstâncias.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO

• 3. Defende a tese de que, às vezes, surgem situações no casamento que não tem solução. Nestes casos, o divórcio se torna necessário para preservar a saúde mental, emocional ou física de um dos cônjuges ou dos filhos.

• 4. Anulação do casamento via sentença de tribunal eclesiástico abre caminho para novo casamento. Visão católica.

• É preciso enfatizar a importância do perdão. Deus odeia o divórcio e proíbe o adultério, mas estes pecados não são imperdoáveis. O perdão e a reconciliação ainda são preferíveis ao divórcio.

NOVO CASAMENTO

• Pessoas divorciadas precisam meditar no que aprenderam com o fracasso de seu matrimônio anterior.

• Identificar padrão de repetição, cultura familiar ou a experiência de rupturas vai se repetir.

• Aconselhamento acerca de segundo casamento é imprescindível.