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RACHEL GOMES CARDOSO Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com próteses totais removíveis implanto-suportadas NATAL/RN 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ODONTOLOGIA

RACHEL GOMES CARDOSO Dissertaçao 26€¦ · RACHEL GOMES CARDOSO Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com próteses totais

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RACHEL GOMES CARDOSO

Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes

reabilitados com próteses totais removíveis implanto-suportadas

NATAL/RN

2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ODONTOLOGIA

RACHEL GOMES CARDOSO

Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes

reabilitados com próteses totais removíveis implanto-suportadas

Dissertação apresentada à Faculdade de

Odontologia, da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, como parte dos

requisitos para obtenção do título de

Mestre em Saúde Coletiva, área de

concentração em Odontologia.

Orientadora: Profª. Drª. Adriana da

Fonte Porto Carreiro.

NATAL/RN

2013

RACHEL GOMES CARDOSO

Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes

reabilitados com próteses totais removíveis implanto-suportadas

Dissertação apresentada à Faculdade de

Odontologia, da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, como parte dos

requisitos para obtenção do título de

Mestre em Saúde Coletiva, área de

concentração em Odontologia.

Apresentada em: 21/03/2013.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Profª. Drª. Adriana da Fonte Porto Carreiro

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Orientadora

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------

Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa

Universidade Federal de Rio Grande do Norte - UFRN

Membro

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------

Prof. Dr. Flávio Domingues das Neves

Universidade Federal de Uberlândia

Membro

DEDICATÓRIA

Dedico esta dissertação ao meu pai Valdir Cardoso e à minha mãe

Selma Gomes pelo amor e incentivo constantes em todos os momentos de

minha vida.

AGRADECIMENTOS

À Deus, que sempre esteve ao meu lado, me iluminando e guiando

meu caminho, sem que deixasse faltar força e determinação para chegar

até aqui.

À minha orientadora, Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro,

cujos conhecimentos e entusiasmo foram fundamentais para conclusão

deste trabalho e para meu amadurecimento profissional e pessoal. Muito

obrigada pela confiança, amizade e compreensão em todos os momentos

difíceis.

Ao Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa, co -orientador de

mestrado, pelos ensinamentos transmitidos desde quando aluna e

monitora da Disciplina de Oclusão até os dias atuais. Agradeço também

pelo incentivo e por sempre acreditar que hoje eu estaria aqui.

À minha família, pelo apoio incondicional ao longo deste

processo. Vocês são minhas fortalezas, meus pilares e minha fonte de

amor.

Aos meus amigos do Curso de Mestrado, Danilo Gonzaga, Poliana

Cunha, Rodrigo Freitas, Kássia Dias, Isabelle Dantas, pela amizade e

companheirismo.

Aos meus amigos da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, em especial, Rafaelly Domingos, Marcel Cortês, Ana Clara

Soares, Camila Machado, Thiago Raulino, Flavia Tavares, Ana Lílian,

Danielle Farias, pela ajuda e palavras de apoio e por saber que sempre

posso contar com vocês.

À George Alexandre, que esteve ao meu lado em momentos

difíceis, sempre me incentivando e apoiando.

Ao Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, na pessoa do coordenador Prof. Dr.

Kênio Lima.

A todos os professores do curso de Pós -graduação em Saúde

Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por

contribuírem para minha formação acadêmica.

Aos professores Dr. Kênio Lima e Dr. Ângelo Roncalli, pelas

contribuições na metodologia e na análise estatística.

Aos professores, Dr. Adriano Germano e Dr. José Sandro, e aos

residentes da Cirurgia BucoMaxiloFacial, em especial, Giordano

Campos, que realizaram as cirurgias deste projeto.

Aos professores, Dr. Gustavo Augusto, Drª Ericka Almeida e Dr.

Flávio Neves, pela disponibilidade e pelas valiosas contribuições no

processo de qualificação e defesa da dissertação.

À empresa Neodent, que viabilizou os implantes e a Medimagem,

por reduzir os custos dos exames tomográficos, tornando acessível a

reabilitação com implantes para vários participantes deste projeto.

Ao Prof. Dr. Elizeu Antunes e ao aluno Rafael Serquiz, do

laboratório de Bioquímica do Centro de Biociências da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, pela disponibilidade e suporte na

leitura das cápsulas mastigatórias.

Aos funcionários da Biblioteca Setorial do Departamento de

Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela

correção atenciosa das referências bibliográficas.

À todos os funcionários do Departamento de Odontologia, em

especial a Edson, pela ajuda.

Aos técnicos em prótese dentária, Dário Nunes e Nelson, pela

disponibil idade e confecção laboratorial das próteses.

Aos pacientes, que dedicaram seu tempo, atenção e carinho para

que este projeto pudesse ser realizado, sem eles nada disso seria

possível .

RESUMO

Pacientes edêntulos que relatam problemas com o uso da prótese total convencional

mandibular podem ter a função mastigatória prejudicada, bem como impacto negativo

da saúde bucal na qualidade de vida. O objetivo deste ensaio clínico controlado foi

avaliar o efeito da reabilitação com sobredentudura mandibular sobre o impacto da

saúde oral na qualidade de vida e sobre a eficiência mastigatória em pacientes usuários

de prótese total convencional mandibular. Os pacientes desdentados totais (n = 16)

foram reabilitados com novas próteses totais convencionais na maxila e na mandibula e,

após 3 meses, as próteses mandibulares foram convertidas em sobredentaduras retidas

por 2 implantes (sistema barra clipe). A versão brasileira do questionário OHIP-Edent

foi utilizada para avaliar o impacto da saúde oral na qualidade de vida. A eficiência

mastigatória foi avaliada através do método colorimétrico com o uso da cápsula

mastigatória. O valor da mediana do OHIP-Edent com o uso de próteses totais

convencionais foi 8,5 pontos, após a conversão da prótese total convencional

mandibular em sobredentadura o valor da mediana do OHIP-Edent foi 2 pontos,

resultando em um impacto positivo da saúde oral na qualidade de vida após o

tratamento com as sobredentaduras (p = 0,001). A eficiência mastigatória com o uso de

próteses totais convencionais obteve valor de absorbância com mediana de 0,025 e após

a sua conversão em sobredentadura retida por 2 implantes, a mediana da absorbância foi

0,073. Houve diferença estatística significativa entre a eficiência mastigatória dos

pacientes reabilitados com prótese total dupla antes e após a intervenção com implantes

(p=0,003). No entanto, não foi observada nenhuma correlação entre eficiência e OHIP

(p>0,05). Pacientes desdentados totais insatisfeitos com a prótese total convencional

mandibular, após a reabilitação com sobredentadura mandibular retida por dois

implantes, melhoram a qualidade de vida e a eficiência mastigatória.

Palavras-Chave: Sobredentadura, implante dentário, qualidade de vida, mastigação

ABSTRACT

Edentulous patients with complaint about mandibular conventional denture might

experience poor masticatory function and negative impact of oral health on quality of

life. The aim of this controlled clinical trial was to evaluate the effect of mandibular

overdenture on oral health-related quality of life and masticatory efficacy in patients

wearing mandibular complete dentures. The edentulous patients (n=16) were

rehabilitated with new maxillary and mandibular complete dentures and, after 3 months,

mandibular overdentures retained by 2 implants (bar-clip system) were fabricated. The

Brazilian version of OHIP-Edent questionnaire was used to assess the oral health-

related quality of life. Masticatory efficacy was evaluated through a colorimetric

method with chewing capsules. The mean OHIP-Edent score was 8.5 with conventional

dentures and 2.0 with mandibular overdenture, which means a positive impact of oral

health on quality of life with overdentures (p=0.001). The mean absorbance for

masticatory efficacy was 0.025 for conventional dentures and 0.073 for overdentures.

There was statistically significant difference for masticatory efficacy before and after

implants rehabilitation (p=0.003). However, there was no correlation between

masticatory efficacy and OHIP (p>0.05). So, mandibular overdenture retained by 2

implants improved the quality of life and masticatory efficacy of edentulous patients

with complaint about mandibular conventional complete dentures.

Keywords: Overdenture, implants dental, quality of life, mastication

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Fluxograma da ordem cronológica da pesquisa...................................... 24

Figura 2 Fluxograma do tamanho da amostra...................................................... 26

Figura 3 Cápsula mastigatória antes (A) e após (B) mastigação........................... 28

Figura 4 Sequência para leitura da absorbância da cápsula mastigatória.

Agitação mecânica (A), abertura da cápsula para remoção dos grãos

(B), filtragem da solução (C) e leitura da concentração da solução de

fucsina (D).............................................................................................. 29

Figura 5 Moldagens anatômicas (A e B), moldagens funcionais (C e D),

registro das relações maxilo-mandibulares (E) e prova clínica dos

dentes em cera (F).................................................................................... 31

Figura 6 Próteses totais superior e inferior instaladas previamente a cirurgia de

implantes.................................................................................................. 32

Figura 7 Cortes tomográficos de uma mandíbula edêntula.................................... 33

Figura 8 Utilização do guia cirúrgico (A), uso dos paralelizadores para observar

o posicionamento das perfurações (B), inserção do implante (C) e seu

torque final (D)........................................................................................ 35

Figura 9 Minipilares instalados para a carga imediata (A) e para a carga tardia

(B)............................................................................................................ 36

Figura 10 União dos transfers com haste metálica e resina acrílica (A). Remoção

do molde em silicone de adição (B)........................................................ 37

Figura 11 Prótese após captura o clipe. ................................................................... 38

Figura 12 Gráfico da média de valores dos domínios do OHIP em relação ao tipo

de prótese. ............................................................................................... 42

Figura 13 Porcentagens de impacto (respostas às vezes e quase sempre) para

cada questão da escala OHIP-Edent. Questões (Q) e valor da

significância (p). ..................................................................................... 42

Quadro 1 Grupos de risco sistêmico para instalação de implantes.......................... 25

Quadro 2 Variáveis dependentes analisadas no estudo........................................... 26

Quadro 3 Variáveis independentes analisadas no estudo........................................ 26

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Tamanho do implante, tipo de conexão e de carregamento aos implantes 35

Tabela 2 Associação das variáveis de confusão em relação ao OHIP-Edent e

eficiência mastigatória.............................................................................. 40

Tabela 3 Os valores das respectivas dimensões do OHIP em relação ao tipo de

prótese. Domínio, prótese total convencional, sobredentadura, tamanho

da amostra (N), mediana e desvio padrão (DP)........................................ 41

Tabela 4 Avaliação da eficiência mastigatória em absorbância antes e após a

intervenção com sobredentadura. Tipo de prótese, prótese total

convencional, sobredentadura, tamanho da amostra (N), mediana,

quartis (Q25 e Q75), limite inferior (LI) e limite superior (LS)

(Intervalo de confiança de 95%)............................................................... 43

Tabela 5 Avaliação da correlação entre eficiência mastigatória e OHIP................. 43

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 12

2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ 15

2.1 QUALIDADE DE VIDA................................................................................... 15

2.2 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA....................................................................... 18

3 OBJETIVOS..................................................................................................... 22

3.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................... 22

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................. 22

4 METODOLOGIA............................................................................................. 23

4.1 TIPO DE ESTUDO............................................................................................ 23

4.2 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS............................................................................ 23

4.3 SELEÇÃO DA AMOSTRA............................................................................... 23

4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO.................................................. 25

4.5 TAMANHO DA AMOSTRA............................................................................. 25

4.6 VARIÁVEIS ESTUDADAS.............................................................................. 26

4.7 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS................................................. 27

4.7.1

4.7.2

Avaliação da qualidade de vida.......................................................................

Avaliação da eficiência mastigatória...............................................................

27

28

4.8 PROCEDIMENTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS.................................. 30

4.8.1 Confecção das próteses totais ......................................................................... 30

4.8.2 Planejamento cirúrgico-protético................................................................... 32

4.8.3 Protocolo de instalação dos implantes............................................................ 33

4.8.4 Conversão da prótese total convencional mandibular em sobredentadura 36

4.8.4.1 Instalação dos componentes e moldagem de transferência................................ 36

4.8.4.2 Confecção e instalação da barra......................................................................... 37

4.8.4.3 Captura do clipe.................................................................................................. 37

4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA................................................................................. 38

5 RESULTADOS................................................................................................. 40

5.1 AMOSTRA......................................................................................................... 40

5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA: PRÓTESE

TOTAL CONVENCIONAL X SOBREDENTADURA SOBRE

IMPLANTES...................................................................................................... 41

5.3 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA: PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL X

SOBREDENTADURA SOBRE IMPLANTES................................................. 43

5.4 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA X IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA

QUALIDADE DE VIDA................................................................................... 43

6 DISCUSSÃO..................................................................................................... 44

7 CONCLUSÃO................................................................................................... 49

8 REFERÊNCIAS................................................................................................ 50

ANEXOS............................................................................................................ 55

12

1 INTRODUÇÃO

O uso de prótese total convencional, suportada pela mucosa que reveste o osso

remanescente, é considerada uma modalidade terapêutica consagrada, e provavelmente, ainda

a mais utilizada atualmente (CARLSSON; OMAR, 2010). Devido ao apoio da prótese ser

sobre tecido mucoso e este não ter esta função, naturalmente, o rebordo alveolar sofre uma

reabsorção progressiva após a perda dentária. A reabsorção da crista do rebordo,

especialmente na mandíbula, pode levar a problemas na estabilidade e retenção da prótese

(REDFORD et al., 1996; TALLGREN, 2003; ALLEN; McMILLAN, 2003), bem como a

queixas relacionadas à dificuldade de adaptação dos pacientes usuários de prótese total

convencional mandibular (ZARB et al., 2006; HUUMONEN et al., 2012). Além disso, a

mucosa que recobre as áreas de suporte da prótese é, geralmente, fina e incapaz de resistir a

tensões funcionais, causando ulceração e dor. Assim, a função mastigatória destes indivíduos

é menor em comparação com a de indivíduos totalmente dentados (KAMPEN et al., 2004).

Com o advento dos implantes dentários osseointegrados na década de 80, as próteses

fixas implanto-suportadas, também conhecidas como protocolo de Branemark, tornaram-se

um tratamento alternativo para reabilitação de rebordos desdentados (ZARB et al., 2006).

Outra modalidade de tratamento com implantes para mandíbula edêntula é a sobredentadura,

uma prótese removível suportada por implantes e pela mucosa e, geralmente, requer menos

implantes, quando comparada com a prótese fixa implanto-suportada (JOHNS et al., 1992;

ZARB et al., 2006).

A sobredentadura mandibular retida por 2 implantes é a abordagem mais simples e de

baixo custo para reabilitação de mandíbulas edêntulas com implantes, bem como tem sido

amplamente descrita na literatura. A longo prazo, a taxa de sucesso dos implantes na

mandíbula é de, pelo menos, 95% (DOUNDOULAKIS et al., 2003; BEHNEKE, BEHNEKE,

D’HOEDT, 2002).

A reabilitação com sobredentadura retida por 2 implantes é um assunto em evidência,

uma vez que várias publicações atuais a sugerem como o tratamento mínimo para a

mandíbula edêntula. Essa alternativa de tratamento fornece uma estabilização que pode

aumentar a satisfação do paciente e manter o tecido ósseo, melhorando a função mastigatória

e qualidade de vida em pacientes com reabsorção acentuada do rebordo (PERA et al., 1998;

HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010;

HEYDECKE et al., 2005; PAN; RAMP; LIU, 2007).

13

Durante as últimas três décadas, diferentes questionários foram projetados na tentativa

de refletir o impacto das doenças orais sobre as atividades diárias dos pacientes odontológicos

(PRECIADO et al., 2012). Um dos indicadores de avaliação do impacto da saúde oral na

qualidade de vida é o “Oral Health Impact Profle” (OHIP) (SLADE, 1997). O questionário

OHIP-Edent é uma versão simplificada do OHIP e específica para pacientes desdentados,

usuários de próteses totais. No entanto, poucos estudos utilizam esse questionário. Zani et al.

(2009) aplicaram o OHIP-Edent para avaliar o impacto das sobredentaduras e próteses fixas

sobre implantes na qualidade de vida, observando que os dois tipos de próteses foram

igualmente satisfatórias em pacientes desdentados totais.

Por meio de uma revisão sistemática com metanálise, Emami et al. (2009) incluíram

10 publicações de 7 ensaios clínicos que comparavam o efeito da reabilitação mandibular com

prótese total convencional e com sobredentadura retida por implantes em relação à satisfação

e ao impacto da saúde oral na qualidade de vida. Os autores concluíram que, embora a

sobredentadura mandibular implanto-suportada seja mais satisfatória em relação as próteses

totais convencionais mandibulares, a magnitude do efeito da sobredentadura implanto-

suportada ainda é incerta, devido à heterogeneidade dos estudos. Além disso, observaram

também existir uma necessidade adicional para evidências científicas.

Outra revisão sistemática (FUEKI et al., 2007) incluíram 7 estudos para analisar o

efeito da reabilitação com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes quando

comparada ao tratamento com prótese total mandibular sobre a eficiência mastigatória. Foi

observada a superioridade do tratamento com 2 implantes na mandíbula quando comparado

ao tratamento com prótese total.

Alguns ensaios clínicos controlados avaliam a eficiência mastigatória (PERA et al.,

1998; GEERTMAN et al., 1994; KAMPEN et al., 2004; BORGES et al., 2011a) e impacto da

saúde oral na qualidade de vida (HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; HEYDECKE

et al., 2005; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010; BORGES et al., 2011b) em usuários de

sobredentaduras mandibulares retidas por 2 implantes e de próteses totais mandibulares. No

entanto, existem algumas limitações metodológicas em alguns estudos. Essas limitações

incluem dificuldades em mascarar aos pacientes a que grupo de tratamento fazem parte e a

falta de poder estatístico em alguns estudos (EMAMI et al., 2009; THOMASON et al., 2012).

Além disso, a heterogeneidade das características dos indivíduos entre os grupos controle e

grupo de intervenção podem influenciar nos resultados.

Poucos estudos (PERA et al., 1998; KAMPEN et al., 2004; BORGES et al., 2011a;

BORGES et al., 2011b) realizaram o tratamento prévio com próteses totais convencionais

14

bimaxilares, para avaliar o efeito do tratamento após a conversão prótese total convencional

mandibular em com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes. Nesses estudos, o

nível de evidência é modesto devido as amostras estudadas serem pequenas.

Portanto, observa-se que a literatura necessita de evidências científicas adicionais para

suportar a superioridade da eficiência mastigatória e da qualidade de vida em pacientes

reabilitados com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes quando comparada com a

prótese total convencional.

15

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 QUALIDADE DE VIDA

A qualidade de vida foi definida pela Organização Mundial da Saúde, em 1974, como

“a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas

de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e

preocupações” (THE WHOQOL GROUP, 1995). Entretanto, observam-se duas tendências

quanto à conceituação do termo “qualidade de vida” na área de saúde, que são identificadas

como: qualidade de vida como um conceito mais genérico e qualidade de vida relacionada à

saúde propriamente dita (SEIDL; ZANNON, 2004).

O termo "qualidade de vida relacionada com a saúde oral" foi introduzido por Gift e

Redford em 1992, para captar os impactos funcionais, sociais e psicológicos da doença oral

(GIFT; REDFORD, 1992). Este conceito tornou-se operacionalizado através do

desenvolvimento de instrumentos psicométricos (SLADE; SPENCER, 1994; FITZPATRICK

et al., 1998; SLADE, 1998) que foram projetados para medir populações de pessoas com

condições clínicas de saúde oral boa e ruim. Uma vez demonstrado que são confiáveis e

válidos, os instrumentos começaram a ser utilizados como indicadores de resultado

terapêutico (FITZPATRICK et al., 1998; ALLISON et al., 1999).

Vários estudos observaram a influência da saúde oral na qualidade de vida do

indivíduo. A perda dentária apresenta um impacto negativo da saúde bucal relacionada à

qualidade de vida (STEELE et al., 2004). Entretanto, a reabilitação protética convencional

(BARRETO et al., 2011) ou com implantes mostram um efeito positivo na qualidade de vida

(HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010;

HEYDECKE et al., 2005). Os ensaios clínicos têm usado a satisfação do paciente ou o

impacto da saúde oral relacionada com a qualidade de vida como variáveis de resultados com

o tratamento protético (BADER; ISMAIL, 1999).

Consoante com o conceito acima, instrumentos subjetivos para avaliar o impacto da

saúde bucal na qualidade de vida têm sido utilizados em diversas áreas da saúde. O OHIP foi

desenvolvido a partir de um modelo de estado da saúde oral (LOCKER, 1988). O OHIP é um

questionário com 49 itens que descrevem os impactos das condições de saúde oral nos

aspectos de função, vida diária e interações sociais em sete domínios, incluindo a limitação

funcional, dor física, desconforto psicológico, deficiência física, deficiência psicológica,

incapacidade e disfunção social (SLADE; SPENCER, 1994).

16

No entanto, OHIP é um instrumento amplo e alguns estudos têm explorado a

possibilidade de reduzí-lo sem alterações adversas. Entre essas versões simplificadas, foi

elaborado e validado o OHIP-Edent, com 19 questões, específico para pacientes edêntulos

(ALLEN; LOCKER, 2002). Este instrumento é uma das medidas mais abrangentes para a

saúde oral e tem sido utilizado em vários estudos. A versão brasileira foi validada por Souza

et al. (2007), sendo considerada adequada e confiável para avaliar a qualidade de vida

relacionada à saúde oral para os edêntulos.

Alguns estudos clínicos que avaliaram o impacto da saúde oral na qualidade de vida

através do OHIP ou OHIP-Edent, comparando a eficácia do tratamento com sobredentaduras

retidas por 2 implantes, observaram que houve melhora na qualidade de vida relacionada à

saúde oral (HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; ALLEN et al., 2006; HEYDECKE

et al., 2005; KLEIS et al., 2010).

Em um estudo clínico randomizado e controlado, 102 pacientes edêntulos por mais de

10 anos (35 a 65 anos de idade) foram designados aleatoriamente para serem reabilitados com

próteses totais convencionais em ambos os maxilares (n = 48) ou sobredentadura mandibular

retida por dois implantes (barra-clipe) com carga tardia e prótese total convencional na maxila

(n = 54). A randomização foi estratificada por idade (<50 anos, ≥ 50 anos), sexo e

preferência de tratamento. Este estudo originou duas publicações (AWAD et al., 2000;

HEYDECKE et al., 2005) com objetivos diferentes.

Awad et al. (2000), avaliaram o impacto da saúde oral na qualidade de vida por meio

do OHIP, antes e após a reabilitação em ambos os grupos. Após dois meses de tratamento,

foram observados efeitos positivos significativos nas pontuações do OHIP na reabilitação

para os dois grupos. O grupo de sobredentaduras apresentou menor impacto, pois a pontuação

total do OHIP obteve diminuição de 34 pontos (p = 0,0002), indicando uma melhor qualidade

de vida relacionada à saúde oral associada ao tratamento com implante. No grupo do

tratamento convencional a diminuição foi 9 pontos menor.

Heydecke et al., (2005), avaliaram o impacto da saúde oral na qualidade de vida,

através do OHIP e nas atividades sociais e sexuais nos pacientes reabilitados com

sobredentaduras mandibulares ou próteses totais convencionais entre dois grupos antes e após

o tratamento. Dois meses após a instalação da prótese, houveram melhorias significativas no

grupo de sobredentaduras mandibulares retidas por 2 implantes em relação a instabilidade ao

comer, falar, beijar e bocejar. O grupo com sobredentadura mandibular obteve,

significativamente, menos instabilidade da prótese do que o grupo do pós tratamento com

prótese total para todos os parâmetros investigados (p <0,0001). Correlações entre as

17

variáveis atividades sexuais (desconforto ao beijar e durante as relações sexuais) e os

domínios do OHIP foram fracos.

Do mesmo modo, o estudo da Heydecke et al. (2003) randomizou sessenta pacientes

desdentados com idade entre 65 e 75 anos. Trinta indivíduos receberam sobredentaduras

mandibulares retidas por 2 implantes e próteses maxilares convencionais, enquanto que os

outros pacientes foram tratados com próteses convencionais bimaxilares. O grupo de

pacientes reabilitados com próteses totais convencionais apresentaram pontos mais baixos do

OHIP-Edent nos domínios dor física e desconforto psicológico, após 6 meses da instalação de

novas próteses. Para o grupo reabilitado com implante, a melhoria no impacto da saúde oral

na qualidade de vida em relação ao pré-tratamento foi significativa em todos os domínios do

OHIP-Edent. Entretanto, ao comparar o pós-tratamento dos dois grupos, as sobredentaduras

foram superiores na limitação funcional, dor física, deficiência física e incapacidade

psicológica.

Na pesquisa de Allen et al. (2006), 118 pacientes edêntulos com queixas em relação às

próteses convencionais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos. Após a

randomização e informações aos pacientes quanto ao tipo tratamento, apenas 79 pacientes

aceitaram o tratamento de acordo com o grupo para o qual foram alocados. Um grupo foi

reabilitado com próteses convencionais (n = 46) e o outro grupo com sobredentaturas

mandibulares retidas por dois implantes e próteses totais convencionais na maxila (n = 33).

Após o final do tratamento, ambos os grupos relataram melhorias substanciais na qualidade de

vida relacionada à saúde oral e satisfação com a prótese (p <0,001). No entanto, não houve

diferença significativa entre os grupos na avaliação pós-tratamento.

Kleis et al., (2010) avaliaram 43 pacientes totalmente edêntulos usuários de próteses

totais convencionais bimaxilares que receberam dois implantes na mandíbula e foram

reabilitados com carga imediata através de uma sobredentadura mandibular. A qualidade de

vida relacionada com a saúde oral foi avaliada com o questionário OHIP antes e após 12

meses da instalação da sobredentadura, sendo observada uma melhora na qualidade de vida

no estado pós-operatório (pontuação média de 91 contra 68 pontos).

Em um estudo transversal, Emami et al. (2010) analisaram 173 idosos desdentados

que receberam próteses totais convencionais bimaxilares (n = 76) ou sobredentadura

mandibular retida por implantes tendo como antagonista no arco oposto prótese total

convencional (n = 97). Foram avaliados a associação entre o impacto da saúde oral na

qualidade de vida (OHIP-20), a característica individual em relação à capacidade de

adaptação ao fator estressor (escala de Likert) e tipo de prótese. Observaram que a

18

característica individual não medeia o efeito do tipo de prótese no impacto da saúde oral na

qualidade de vida.

No estudo de Borges et al. (2011a), 16 pacientes foram submetidos a um procedimento

cirúrgico de fase única para a carga imediata. Dentro de um período máximo de 24 horas, uma

barra metálica foi instalada, convertendo a prótese total mandibular em sobredentadura. A

análise da qualidade de vida foi realizada através da aplicação do questionário OHIP-14 antes,

após uma semana, 3 e 6 meses de conversão da prótese. Diferenças estatisticamente

significativas foram observadas para as perguntas "dificuldade em pronunciar algumas

palavras", "dor na boca", "desconforto para comer todos os alimentos" e "sentiu-se tenso ou

nervoso".

O estudo de Geckili, Bilhan e Bilgin, (2011) foi constituído por 78 usuários de

próteses totais convencionais que requereram tratamento com sobredentaduras mandibulares

retidas por implante. Todos os pacientes receberam dois implantes na região interforaminal.

Próteses convencionais na maxila e sobredentaduras mandibulares retidas por implante foram

confeccionadas seis semanas após a cirurgia. Perfil de impacto da saúde bucal (OHIP-14) foi

utilizado para a avaliação da qualidade de vida antes e após o tratamento. Observou-se uma

melhoria estatisticamente significativa na qualidade de vida após a inserção das

sobredentaduras (p <0,05).

Um estudo retrospectivo (GECKILI et al., 2012) comparando dois grupos de 50

pacientes idosos e desdentados, um grupo incluiu indivíduos que tiveram sobredentaduras

mandibulares suportadas por 2 implantes; o outro grupo indivíduos com próteses totais

convencionais. Observou-se que depois de 4 anos em função, os indivíduos com

sobredentaduras mandibulares suportadas por 2 implantes apresentavam valores mais

elevados para a força da mordida e pontuações de satisfação do paciente, mas as pontuações

do impacto de qualidade de vida relacionada à saúde oral eram semelhantes quando

comparado com os indivíduos usuários de próteses totais convencionais.

2.2 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA

A eficiência mastigatória é definida como a habilidade de reduzir um alimento em

partículas em um dado período de tempo (HELKIMO; CARLSSON; HELKIMO, 1977). Uma

das formas de avaliar a eficiência mastigatória é através do método de peneiramento

fracionado. Este método avalia o tamanho médio das partículas obtidas após sua redução por

trituração do alimento-teste por um período pré-estabelecido.

19

Em um ensaio clínico controlado e randomizado realizado por Geertman et al. (1994),

oitenta e quatro pacientes desdentados totais com problemas persistentes relacionados ao uso

de próteses convencionais foram divididos em três grupos de tratamento de acordo com o tipo

de reabilitação mandibular, prótese convencional (n =28), sobredentadura retida por dois

implantes (n = 29) e de sobredentadura retida por implante transfixado na mandíbula retido

por barra tripla e cinco clipes (n = 27). Todos os pacientes receberam novas próteses

convencionais na maxila e na mandíbula e o tipo de prótese correspondente ao grupo de

alocação. A técnica do peneiramento fracionado foi utilizada para avaliar o grau de trituração

do alimento-teste optosil após doze meses da intervenção. Os resultados sugeriram que a

prótese mandibular retida por implantes determina o aumento da capacidade de fragmentar o

alimento durante a mastigação.

Pera et al. (1998) realizaram um ensaio clínico com doze pacientes edêntulos com

reabsorção acentuada na mandíbula. Novas próteses convencionais foram confeccionadas e,

após 7 meses de utilização, as próteses mandibulares foram convertidas em sobredentaturas

retidas por dois implantes. O teste da eficiência mastigatória foi realizado com o alimento-

teste optosil e através do método de peneiramento das partículas trituradas foi observado um

aumento na eficiência após a conversão das próteses convencionais.

No ensaio clínico do tipo cross-over realizado por Kampen et al. (2004) foram

avaliados a eficiência e desempenho mastigatório do tratamento mandibular com prótese

convencional e com sobredentadura retida por implantes, bem como avaliaram três sistemas

de retenção da prótese (magneto, barra e bola) aos implantes. Dezoito indivíduos desdentados

totais com queixas do uso da prótese mandibular receberam novas próteses totais

convencionais e, em seguida, a prótese mandibular passou a ser retida por 2 implantes. Após

três meses de cada intervenção, a eficiência mastigatória foi observada com o alimento-teste

oposil e avaliada através da técnica do peneiramento fracionado das partículas trituradas. A

eficiência mastigatória melhorou significativamente após o tratamento com implante.

Borges et al. (2011b) converteram próteses totais convencionais mandibulares em

sobredentaduras retidas por 2 implantes com carga imediata, sistema barra-clipe (n = 16). O

teste de performance mastigatória foi realizada utilizando 'Optocal' e 40 ciclos mastigatórios.

Foi observada diferença estatisticamente significativa para desempenho mastigatório antes da

conversão e após 3 e 6 meses de inserção da sobredentadura retida pelo implante, indicando

melhoria na mastigação após a instalação dos implantes.

20

A falta de padronização das metodologias empregadas para eficiência mastigatória, a

quantidade e tipo de alimento-teste (natural ou artificial), o número de peneiras e o método de

peneiramento utilizado, dificultam, sobretudo, a análise e a comparação dos resultados

obtidos (FONTIJN-TEKAMP et al., 2000; FROSSARD et al., 2003).

Diante de alguns fatores negativos acima citados para avaliar a eficiência mastigatória,

Santos et al. (2006), desenvolveram cápsulas padronizadas de material sintético, dentro das

quais estão contidos grânulos de fucsina básica, para serem utilizadas como substância-teste.

Durante seu desenvolvimento, as cápsulas passaram por vários testes laboratoriais para

determinação de sua resistência e absorbância. Posteriormente, dez indivíduos foram

recrutados a fim de se verificar clinicamente a funcionalidade do método. O conteúdo da

cápsula, depois de triturado através da mastigação, foi transformado em uma solução cuja

concentração foi medida através da análise espectrofotométrica em 546 nm, de maneira que

quanto maior a concentração da solução maior é a absorbância e, consequentemente, maior a

eficiência mastigatória. A análise estatística demonstrou que o método apresenta 99% de

confiabilidade, sendo sensível e reproduzível. Não se observou variação significativa intra-

paciente, o que indica que a mastigação de um indivíduo é a mesma em qualquer momento

desde que sejam mantidas as mesmas condições biológicas. Na análise inter-paciente,

observou-se variação estatisticamente significativa, provando-se que o teste é sensível.

O método colorimétrico através do uso das cápsulas torna-se vantajoso, visto que foi

demonstrado ser um método rápido, simples e de baixo custo. Além disso, seu conteúdo é

inteiramente preservado, sem perigo de ser engolido ou dissolvido pela saliva (SANTOS et

al., 2006).

Vários estudos utilizaram este método de avaliação da eficiência mastigatória em

pacientes totalmente desdentados tratados com próteses convencionais e/ou sobre implantes

(FARIAS NETO; MESTRINER JUNIOR; CARREIRO, 2010; RIBEIRO et al., 2012;

FARIAS NETO et al., 2012; ROSA et al., 2012).

Farias Neto et al. (2012) utilizaram o método descrito acima para investigar o efeito da

sobredentadura mandibular quando comparada com a prótese total mandibular convencional.

A amostra consistiu em 29 pacientes completamente edêntulos, divididos em dois grupos. O

primeiro grupo foi reabilitado com sobredentadura mandibular retida por dois implantes

(barra-clipe) e prótese total maxilar (n = 14), enquanto o segundo grupo foi reabilitado com

próteses convencionais bimaxilares (n = 15). Os pacientes foram avaliados 3 meses após a

intervenção e não houve diferença estatística significativa encontrada para eficiência

mastigatória entre os grupos estudados.

21

Farias Neto, Mestriner Júnior e Carreiro (2010), em ensaio clínico controlado e

randomizado do tipo cross-over, dividiram 24 pacientes usuários de prótese total em dois

grupos, para avaliar a eficiência mastigatória de prótese total bimaxilar com oclusão

balanceada bilateral e guia canina. Cada grupo fez uso de ambos os conceitos oclusais por

períodos iguais de 3 meses. A avaliação da eficiência mastigatória realizada pelo método

colorimétrico, com o uso de cápsulas mastigatórias, não indicou diferença estatística

significativa entre os dois grupos estudados.

Rosa et al. (2012) analisaram o efeito da força de mordida e eficiência mastigatória

(método colorimétrico com cápsulas mastigatórias) em 50 pacientes adultos divididos em

cinco grupos. Grupo I (n = 10), reabilitação com implantes e coroas individuais; grupo II (n =

10), reabilitação com próteses totais superiores e sobredentaduras implanto-suportadas na

arcada inferior; grupo III (n = 10), reabilitação com próteses totais bimaxilares; grupo IV (n =

10), reabilitação com próteses parciais removíveis na maxila e mandíbula. O grupo controle

(n = 10) foi formado com os indivíduos dentados. Os indivíduos do estudo haviam sido

reabilitados há pelo menos seis meses, estavam satisfeitos com suas próteses e com a

mastigação adequada. O tratamento com sobredentadura mandibular implanto-suportada

melhorou a eficiência mastigatória em relação ao grupo com próteses totais convencionais. O

grupo de indivíduos tratado com implantes e coroas individuais apresentaram maiores valores

de força de mordida e das taxas de eficiência mastigatória em comparação com os outros

grupos.

22

3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Avaliar o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a eficiência mastigatória de

pacientes usuários de prótese total removível convencional bimaxilar, reabilitados com

sobredentaduras inferiores retidas por dois implantes, utilizando o sistema de retenção barra-

clipe.

3.2 ESPECÍFICOS

Avaliar o impacto da saúde oral na qualidade de vida em usuários de prótese total

convencional e após a utilização da sobredentadura implanto-suportada mandibular;

Avaliar a eficiência mastigatória em usuários de prótese total convencional e após a

utilização da sobredentadura implanto-suportada mandibular;

Avaliar se há correlação entre a eficiência mastigatória e o impacto da saúde oral na

qualidade de vida, antes e após a utilização da sobredentadura implanto-suportada

mandibular.

23

4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

Realizou-se um ensaio clínico controlado em que todos os indívíduos pertenceram aos

mesmos grupos. Foram avaliados no pré-tratamento com implantes (controle), usuários de

próteses totais convencionais na maxila e mandíbula, e no pós-tratamento cuja intervenção foi

a conversão da prótese total convencional mandibular em sobredentadura retida por 2

implantes (Figura 1).

4.2 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, com parecer nº 326/2011 (ANEXO A). Todos os pacientes,

que concordaram em participar da pesquisa, assinaram um Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (ANEXO B), aprovado por este comitê.

4.3 SELEÇÃO DA AMOSTRA

Os pacientes foram previamente selecionados por conveniência, a partir da lista de

pacientes cadastrados para tratamento protético no Departamento de Odontologia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em seguida, foi realizado contato por

telefone para convidá-los a comparecer em data e hora marcada para realização de avaliação

clínica para prótese sobre implantes na mandíbula. Adicionalmente, os pacientes que

procuraram a triagem do Projeto de Extensão em reabilitação implanto-suportada e,

demonstraram interesse em participar da pesquisa também foram avaliados. Foram inseridos

na pesquisa os pacientes que apresentaram condições clínicas e financeiras favoráveis para o

tratamento com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes, bem como enquadrassem

nos critérios de inclusão.

Figuura 1. Fluxogrrama da ordemm cronológica a da pesquisa.

244

25

4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Foram incluídos os pacientes desdentados totais, usuários de prótese total

convencional bimaxilar por pelo menos um ano. Além disso, o paciente deveria ter interesse

em utilizar uma prótese sobre implantes na mandíbula. Os que apresentaram fatores locais

(altura e espessura óssea) inadequados, saúde sistêmica debilitada, fatores de risco sistêmicos

para a instalação de implantes (Quadro 1) (BUSER; WISMEIJER; BELSER, 2003) ou perda

do implante foram excluídos da pesquisa.

Quadro 1 - Grupos de risco sistêmico para instalação de implantes. Natal-RN, 2013.

4.5 TAMANHO DA AMOSTRA

A amostra do estudo foi composta por todos os pacientes portadores de prótese total

convencional bimaxilar, que foram avaliados no período de Janeiro de 2011 a Agosto de 2012

e se enquadaram nos critérios de inclusão deste estudo. Trinta e cinco pacientes receberam

novas próteses totais convencionais. Destes, 7 abandonaram o estudo, não retornando para a

reabilitação com sobredentadura mandibular retida por implantes; 11 aguardam a cirurgia

para instalação; em 1 paciente os implantes não osseointegraram; e 16 pacientes foram

reabilitados com sobredentaduras retidas por implantes e participaram das avaliações T1 e T2

(Figura 2).

Considerando que o tamanho da amostra não foi calculado previamente ao estudo,

realizou-se o cálculo do poder da amostra a partir dos resultados obtidos. Esse procedimento

foi realizado pelo teste T (comparação de médias) disponível na página virtual do Labortório

de Edidemiologia e Estatística (LEE)

(http://www.lee.dante.br/pesquisa/amostragem/qua_2_medias.html). Utilizou-se, para o teste T,

GRUPO 1 (risco muito alto) GRUPO 2 (risco significativo):

Doenças sistêmicas (artrite reumatóide, osteomalácia, osteogênese imperfeita)

Imunocomprometidos (HIV, medicamentos imunossupressores)

Usuários de drogas (álcool)

Distúrbios psicológicos e mentais

Irradiado ósseo (radioterapia)

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Hemorragias (discrasia sanguínea, induzida por drogas anticoagulantes)

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Quantitativa discreta Número de anos

Altura do rebordo residual mandibular

Classificação da altura do rebordo

Categórica nominal Baixo Médio Alto

4.7 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

4.7.1 Avaliação da qualidade de vida

Nesse estudo, o impacto da saúde ou condição bucal na qualidade de vida foi medido

através o OHIP-Edent (ANEXO D), forma simplificada do questionário/formulário OHIP. O

instrumento OHIP-Edent é considerado atualmente um bom indicador para captar percepções

e sentimentos dos indivíduos sobre sua própria saúde bucal e suas expectativas em relação ao

tratamento e serviços odontológicos, tornando-se um método de escolha em avaliações com

esta finalidade (ALLEN; LOCKER, 2002).

Os indivíduos da amostra responderam ao formulário impresso, no formato entrevista

(questionário OHIP-Edent) com a finalidade de avaliar se as alterações da condição oral

interferiram na qualidade de vida dos mesmos. É importante considerar que a versão brasileira

do OHIP-Edent já foi previamente testado e validado para o uso (SOUZA et al., 2007).

A seguir, foram consideradas as seguintes respostas de impacto: "nunca" (pontuação

0), "às vezes" (pontuação 1) e "quase sempre" (pontuação 2); a resposta "nunca" implicava a

ausência de impacto. Para a análise foi realizada a soma numérica da pontuação de cada

resposta. Os resultados do OHIP-Edent poderiam variar entre 0 e 38 de tal forma que, quanto

maior a pontuação total maior o impacto da saúde oral sobre o bem-estar e a qualidade de

vida e, portanto, menor a satisfação do paciente.

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30

4.8 PROCEDIMENTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS

4.8.1 Confecção das próteses totais

As próteses totais foram confeccionadas de acordo com o protocolo preconizado pela

Disciplina de Prótese Dentária I do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte.

Após o exame clínico foi realizada moldagem anatômica com alginato Jeltrate

(Dentsply, Petrópolis, Brasil) do rebordo superior, o rebordo inferior utilizou-se alginato

Jeltrate (Dentsply, Petrópolis, Brasil) ou silicona de condensação massa densa Silon2 APS

(Dentsply, Petrópolis, Brasil) (Figura 5-A,B). A moldeira individual foi ajustada e utilizada

para vedação periférica com godiva em bastão e a moldagem funcional de corpo foi realizada

com pasta zincoenólica (Figura 5-C,D). Com os planos de orientação confeccionados sobre os

modelos funcionais, foi realizado o ajuste estético do plano superior e ajuste do plano inferior

para estabelecer a dimensão vertical de oclusão e relação cêntrica, bem como o registro das

relações maxilo-mandibulares (Figura 5-E). Em seguida, procedeu-se a seleção dos dentes

artificiais anatômicos com angulação de 33° entre as cúspides, Trilux (VIPI, Pirassununga,

Brasil) ou Biotone IPN (Dentsply, Petrópolis, Brasil). O modelo superior foi montado com

arco facial em articulador semi ajustável e, em seguida, montou-se o modelo inferior através

do registro em relação cêntrica. Após montagem dos dentes em oclusão balanceada

bilateralmente, foi realizada a prova clínica dos dentes em cera (Figura 5-F) e seleção da cor

da base de resina através da escala de gengiva STG (VIPI, Pirassununga, Brasil) (ZARB et

al., 2006).

No processamento laboratorial, as próteses em cera foram esculpidas e incluídas em

seu modelo funcional na mufla metálica. Na condensação utilizou-se resina acrílica termo

polimerizável (VIPI, Pirassununga, Brasil) na cor de gengiva selecionada e incolor. A

prensagem foi realizada com duração de 24 horas. Realizou-se polimerização com ciclo

australiano modificado (TUCKFIELD; WORNER; GUERIN, 1943). Os modelos funcionais,

após acrilização e desmuflagem, foram remontados no articulador para os ajustes oclusais. A

confecção laboratorial de todas as próteses foi realizada pelo mesmo técnico, no laboratório

de prótese do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte.

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cônico com

Curitiba, B

a foi de 1,5m

32

onfecção do

, para que o

ecionados e

rgico com o

e de acordo

ente (Figura

diâmetro e

gião. O tipo

ortanto, os

stalação dos

m conexão

Brasil) para

mm.

2

o

o

e

o

o

a

e

o

s

s

o

a

Fi

4.8.3

Depa

contr

pacie

(Nov

a 2%

confe

conta

n°15

favor

desta

a sup

de 2

poste

empr

de a

gura 7 - Corte

3 Protocolo

Os proced

artamento d

role de infe

entes foram

vocol). Foi f

% e colocad

feccionado p

aminações.

montada e

rável, semp

acado com u

perfície exte

20 ml foi

eriormente,

A tabela

regada (ime

acordo com

es tomográfico

de instalaç

dimentos cir

de Odontol

ecção. Após

m anestesia

feita antisse

do um camp

para expor a

A cirurgia

em cabo n.°

pre com ap

um descola

erna do rebo

feita irrig

com gaze e

a 1 expõe

ediata ou tar

m a altura

os de uma man

ção dos imp

rúrgicos for

logia da U

s o cálculo

dos com C

epsia da área

po cirúrgico

a área da cir

iniciou atr

°3, abrangen

poio em b

dor de Mol

ordo alveola

gação da re

estéril (CHIA

os implante

rdia). O com

do rebord

andíbula edênt

plantes

ram realizad

UFRN, obed

e individua

Cloridrato

a extra-buca

o fenestrad

rurgia e cob

ravés de in

ndo a área

base óssea.

lt e afastado

ar por vestib

egião com

APASCO, 2

es (Neoden

mprimento e

do interfor

tula.

dos na Clín

decendo ao

alização das

de Lidocai

al e intra-bu

do estéril, c

brir o restant

ncisão muco

a ser opera

Após esse

o juntament

bular e lingu

m solução f

2007).

nt, Curitiba

e diâmetro d

raminal, ve

nica de Ciru

s princípio

s doses dos

na 2% e A

ucal com clo

om dimens

te do corpo

operiostal, c

ada e permit

e procedim

e com os ou

ual. Com um

fisiológica

, Brasil) se

dos implant

erificada at

urgia Odont

os de bioss

s anestésico

Adrenalina

oridrato de

sões de 60

, prevenind

com lâmina

itindo camp

mento, o pe

utros tecido

ma seringa

a 0,9%, s

elecionados

tes foram se

través de

33

tológica do

egurança e

s locais, os

1:100.000

clorexidina

X 120 cm,

do eventuais

a de bisturi

po cirúrgico

eriósteo foi

os, expondo

descartável

secando-se,

s e a carga

elecionados

tomografia

o

e

s

0

a

,

s

i

o

i

o

l

,

a

s

a

34

computadorizada tipo feixe cônico. Os locais de confecção das cavidades foram demarcados

com a broca tipo lança, inserida na profundidade correspondente ao implante dentário a ser

instalado, com o auxílio de um guia cirúrgico confeccionado e individualizado, previamente,

em laboratório, preservando assim, o sucesso no direcionamento dos implantes dentários. A

sequência de brocas a ser seguida respeitou o protocolo estabelecido pela empresa fabricante

dos implantes. As perfurações da sequência de brocas e instalação dos implantes foram

realizadas sob irrigação abundante de solução fisiológica 0,9% para evitar calor excessivo e

necrose óssea.

Após a inserção dos implantes, com uso do torquímetro (Figura 8), a carga imediata

foi realizada quando os dois implantes instalados obtiveram travamento igual ou maior que

40Ncm. A carga tardia foi realizada quando não foi atingido o travamento de 40Ncm. Nesse

caso, após 4 meses, período de osseointegração, a cirurgia para reabertura e instalação dos

cicatrizadores foi realizada.

Tabela 1 - Tamanho do implante, tipo de conexão e de carregamento aos implantes. Natal – RN, 2013.

Paciente Tamanho do implante Tipo de conexão Carga 1 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Imediata 2 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Imediata 3 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Imediata 4 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Imediata 5 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Tardia 6 3,75 x 11,00mm Cone Morse Tardia 7 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Tardia 8 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Imediata 9 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Tardia 10 3,75 x 9,00mm Cone Morse Imediata 11 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Tardia 12 3,75 x 11,00mm Cone Morse Imediata 13 3,75 x 9,00mm Cone Morse Imediata 14 3,75 x 11,00mm Cone Morse Imediata 15 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Tardia 16 3,75 x 11,00mm Cone Morse Imediata

Fp

interr

limpa

coag

dias,

pacie

receb

hs po

dias,

verba

proce

Figura 8 - posicionamen

Os tecid

rompidos, u

a com gaz

gulados. Tod

de acordo

entes alérgi

beram terap

or 4 dias, pa

para analg

almente e

edimento re

Utilização donto das perfura

dos moles f

usando um p

ze umedeci

dos os pacie

o com o se

icos a peni

pêutica analg

ara controle

gesia pós-o

por escrit

ealizado.

o guia cirúrações (B), inse

foram sutur

porta-agulh

da em sor

entes recebe

eguinte pro

icilina: Clin

gésica e ant

e da resposta

operatória (

to, as orie

rgico (A), userção do impl

rados com f

ha Mayo He

ro fisiológic

eram terapê

otocolo: Am

ndamicina

ti-inflamató

a inflamató

(CHIAPASC

entações e

so dos paralante (C) e seu

fio de sutur

egar e uma p

co, para re

êutica anti-m

moxicilina

300 mg, 0

ória, sendo:

ria e Dipiro

CO, 2007).

cuidados

lelizadores pu torque final (

ra seda 4.0

pinça Adso

emoção dos

microbiana

500 mg, 0

08/08 horas

Diclofenaco

ona Sódica 5

Todos os

pós-operat

para observar(D).

0, com pont

on Brown. A

s resíduos

por uma pe

8/08 horas

s. Todos o

o Sódico 50

500 mg 06/

pacientes

atórios pert

35

r o

tos simples

A região foi

de sangue

eríodo de 7

e para os

s pacientes

0 mg, 08/08

/06 hs por 2

receberam,

tinentes ao

5

s

i

e

7

s

s

8

2

,

o

4.8.4

sobre

sobre

Entre

foi r

foram

sobre

4.8.4

(Neo

segui

casos

cicat

9-B)

impla

F

os tr

autop

4 Conversão

A prótes

edentadura

edentadura

etanto, quan

ealizada cir

m realizad

edentadura

4.1 Instalaçã

Nos caso

odent, Curit

ida, os tran

s de carga

trizadores fo

e os tran

ante/minipi

Figura 9 - Min

No proc

ransferentes

polimerizáv

o da prótes

se total con

retida por

e o carrega

ndo foi real

rurgia de re

dos proced

retida por im

ão dos comp

os de carga

tiba, Brasil

nsferes de m

a tardia so

oram retirad

nsferes de m

ilar/transfere

nipilares insta

edimento d

s foram un

vel Duralay

se total con

nvencional

2 implant

mento foram

izada a carg

eabertura, i

imentos p

mplantes. E

ponentes e m

imediata, a

l) foram in

minipilar (N

obre os im

dos e instal

minipilar (N

ente foi obs

alados para a c

de moldagem

nidos entre

(Reliance D

nvencional m

mandibular

tes. Nos ca

m realizado

ga tardia, qu

inseridos ci

para conve

Estes proced

moldagem d

após a in

nstalados co

Neodent, Cu

mplantes, 15

lados os mi

(Neodent, C

servada com

carga imediata

m para tran

e si com h

Dental Mfg

mandibula

r utilizada

asos de ca

os após 48 h

uatro meses

icatrizadore

rsão da p

dimentos ser

de transferê

nstalação d

om torque

uritiba, Bra

5 dias apó

inipilares (N

Curitiba, B

m radiografi

a (A) e para a

nsferência d

haste metá

g Co, Alsip

ar em sobre

pelo pacien

arga imedia

horas da ins

s após a ins

es e, após 1

prótese tot

rão descrito

ncia

dos implan

de 32NCm

asil) com to

ós a cirurg

Neodent, Cu

rasil). A a

as periapica

carga tardia (B

do posiciona

álica e resi

, Estados U

edentadura

nte foi con

ata, a conv

stalação dos

stalação dos

15 dias des

tal conven

os nos itens

ntes, os

m (Figura 9

orque de 10

gia de reab

uritiba, Bra

adaptação d

ais.

B).

amento dos

ina acrílica

Unidos) (Fig

36

a

nvertida em

versão para

s implantes.

s implantes,

sta cirurgia,

ncional em

abaixo.

minipilares

9-A) e, em

0NCm. Nos

bertura, os

sil) (Figura

da conexão

s implantes,

a vermelha

gura 10-A).

6

m

a

,

,

m

s

m

s

s

a

o

,

a

A mo

(3M-

partir

aos tr

Fe

4.8.4

cilind

(Con

partir

labor

passi

barra

veda

obser

4.8.4

autop

fecha

oldagem co

-Espe, Sain

r do molde

ransferes e,

Figura 10 - Uem silicone de

4.2 Confecç

Através

dros calciná

nexão, São P

r do mode

ratório.

A prova

ividade de a

a foi instala

ado com fi

rvado e apó

4.3 Captura

A captur

polimerizáv

ada e ocluin

om moldeir

nt Paul, Est

e obtido, an

, em seguida

União dos transe adição (B).

ão e instala

do modelo

áveis com c

Paulo, Bras

elo, foi feit

e instalaçã

assentament

ada com tor

ita de teflo

ós esta etapa

do clipe

ra do clipe

vel. Durante

ndo, para e

a plástica a

tados Unido

nálogos de m

a, o molde f

sferentes com

ção da barra

o de trabal

cinta de cob

il). A fund

to o alívio

ão da barra

to, foi feito

rque de 10 N

on e resina

a foram efet

(Conexão, B

e a polime

stabilizar a

aberta foi re

os) para tra

minipilar (N

foi vasado c

m hastes metáli

a

lho, uma b

balto cromo

dição foi rea

interno e

foi realizad

o pressão dig

Ncm nos p

a fotopolim

tuados pequ

Brasil) foi r

erização da

a prótese. A

ealizada com

ansferência

Neodent, Cu

com gesso e

icas e resina a

barra metáli

o (Neodent,

alizada em m

adaptação

da 48 horas

gital alterna

arafusos do

merizável.

uenos ajuste

realizada in

a resina, o

Após a polim

m silicone d

dos implan

uritiba, Bra

especial.

acrílica (A). R

ica foi con

Curitiba, B

monobloco

da prótese

s após a mo

ada e o teste

os cilindros

O assentam

es em boca,

ntra-oralmen

paciente p

merização d

de adição E

ntes (Figur

asil) foram

Remoção do m

nfeccionada

Brasil) e ba

com cobalt

e total para

oldagem. P

e de parafus

protéticos

mento da p

quando nec

nte com res

permaneceu

da resina, a

37

Express XT

a 10-B). A

conectados

molde

a com dois

arra plástica

o cromo. A

a ajuste no

ara testar a

so único. A

e o orifício

prótese foi

cessários.

sina acrílica

com boca

prótese foi

7

T

A

s

s

a

A

o

a

A

o

i

a

a

i

remo

espaç

conta

proce

inicia

corte

as re

4.9 A

para

Esse

Ti

Te

Ti

ovida da boc

ços vazios.

atos oclusai

edimentos f

Figura 11 –

Os pacie

almente, de

e dos dentes

feições, a p

ANÁLISE E

Foi criad

o SPSS ve

s testes fora

ipo de próte

este de Wilc

ipo de próte

ca (Figura 1

Um ajuste

is e incisai

foram realiz

Prótese após c

entes foram

everia ser co

s anteriores

prótese deve

ESTATÍSTI

do um banc

ersão 17.0 p

am aplicado

ese (categó

coxon

ese (categór

11) para a c

e oclusal fo

s do carbon

zados acaba

captura do clip

m orientados

om consistê

, durante o

eria ser remo

ICA

co de dados

para Window

os para se av

rica) x Imp

rica) x Efici

complement

oi realizado

no Accu-fil

amento e po

pe.

s quanto à

ência macia

período de

ovida para h

s no softwar

ws, para re

valiar a rela

pacto da saú

iência masti

tação de no

através da

lm II (Park

limento da

alimentação

, sendo evit

adaptação

higienização

re Excel 20

alização do

ação entre as

úde oral na

igatória (qu

vas porções

a visualizaçã

kell, Estados

resina.

o e higieniz

tados alimen

a nova prót

o da mesma

007 e, poste

os testes est

s variáveis d

qualidade

antitativa):

s de resina

ão das mar

s Unidos).

zação. A al

entos duros

tese mandib

a e da cavid

eriormente,

tatísticos qu

das seguinte

de vida (qu

Teste de W

38

acrílica nos

rcações dos

Após estes

limentação,

e a ação de

bular. Após

dade oral.

transferido

uantitativos.

es formas:

uantitativa):

Wilcoxon

8

s

s

s

,

e

s

o

39

Correlação da eficiência mastigatória x OHIP para cada tipo de prótese: Correlação de

Spearman

Adicionalmente, as características dos pacientes (variáveis de confusão) em relação às

oscilações nas variáveis OHIP-Edent e eficiência mastigatória foram comparadas pelo teste

Correlação de Spearman (idade e tempo de edentulismo) e Mann-Whitney (gênero e

classificação da altura do rebordo). As diferenças foram consideradas estatisticamente

significativas quando p ≤ 0,05.

Foi criada uma variável dicotômica para as respostas do OHIP-Edent: algum impacto

(resposta às vezes ou quase sempre) e nenhum impacto (resposta nunca). Através do Teste

Exato de Fisher, a proporção de indivíduos que relataram impacto foi comparada entre os

tipos de prótese para cada questão.

40

5 RESULTADOS

5.1 AMOSTRA

Da amostra estudada, 14 indivíduos eram do sexo feminino e 2, do masculino. A idade

dos pacientes variou de 44 a 75 anos, com mediana em 57,50 anos (desvio padrão 10,223). A

mediana do tempo de edentulismo na mandíbula foi 29 anos, variando de 1 a 45 anos (desvio

padrão de 13,862). Em relação à classificação do rebordo, 15 pacientes apresentavam rebordo

baixo e 1, médio. Não foi observada influência da idade, do gênero, do tempo de

edentulismo e da classificação da altura do rebordo dos pacientes nos resultados do impacto

da saúde oral na qualidade de vida e eficiência mastigatória (Tabela 2).

Tabela 2 - Associação das variáveis de confusão em relação ao OHIP-Edent e eficiência mastigatória. Natal-RN, 2013.

OHIP-edent Eficiência Mastigatória

Prótese total convencional

SobredentaduraPrótese total convencional

Sobredentadura

Idade1 p 0,614 0,726 0,807 0,378

Gênero2 p 0,750 0,105 0,634 0,740

Tempo de edentulismo1 p 0,870 0,071 0,544 0,823

Classificação da altura rebordo2

p 0,157 0,150 0,104 1

1 Correlação Spearman 2 Teste Mann-Whitney

41

5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA: PRÓTESE TOTAL

CONVENCIONAL X SOBREDENTADURA IMPLANTO-SUPORTADA

A mediana de pontuação total do OHIP-Edent com o uso de próteses totais

convencionais foi de 9,31 pontos, variando de 0 (nenhum impacto) para 21 pontos. Após a

conversão da prótese total convencional mandibular em sobredentadura, a mediana da

pontuação do OHIP-Edent foi de 2,88 pontos, com variação de 0 (nenhum impacto) a 9

pontos. Diferenças significativas (p = 0,001) foram observadas, de modo que a prótese total

convencional mandibular resultou no maior negativo impacto na qualidade de vida quando

comparada a sobredentadura retida por implante, e isto também ocorreu para os domínios

limitação funcional (p=0,023), dor física (p=0,002), desconforto psicológico (p=0,010),

disfunção física (p=0,021) e disfunção psicológica (p=0,009) (Tabela 3). O valor médio

OHIP-Edent total reduziu em 53%, no pós-tratamento (sobredentadura) quando comparado ao

pré-tratamento (prótese total), ou seja, houve um impacto positivo da saúde oral na qualidade

de vida após a reabilitação com implantes. Em relação aos domínios, apenas a disfunção

social manteve a mesma média de pontuação (Figura 12). Nenhum dos questionários teve que

ser eliminado do estudo, uma vez que todos os itens foram devidamente preenchidos.

A Figura 13 mostra a porcentagem de pacientes que relataram impacto em cada

questão, em comparação com o tipo de prótese utilizada. A questão 5 (desconforto ao comer)

apresentou proporção significativa de impacto (p = 0,042), ou seja, a proporção de impacto

entre a prótese total convencional e a sobredentadura são diferentes.

Tabela 3 - Os valores das respectivas dimensões do OHIP em relação tipo de prótese. Domínio, prótese total convencional, sobredentadura, tamanho da amostra (N), mediana e desvio padrão (DP). Natal – RN, 2013.

Prótese total convencional

(Pré-implante)Sobredentadura (Pós-

implante)

Domínio n Mediana Q25 Q75 Mediana Q25 Q75 p

Limitação Funcional

16 3 1,25 3,0 2 0,0 2,75 0,023

Dor Física 16 3 1,25 4,0 1 0,0 1,75 0,002

Desconforto Psicológico

16 1 0,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,010

Disfunção Física 16 1 0,0 3,0 0,0 0,0 1,0 0,021

Disfunção Psicológica

16 0,5 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,009

Disfunção Social 16 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,180

Incapacidade 16 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,102

Figura

FiguraEdent

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Q1 Q

p 0,245 0,5

a 12 - Gráfico

a 13 - Porcent. Questões (Q

OHIP total

Q2 Q3 Q4 Q

29 0,634 0,250 0,

o da média de

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

co

ntagens de imQ) e valor da s

16

Q5* Q6 Q7

Próte

042 0,213 0,250 0

valores dos d

Prótese totalonvencional mandibula

mpacto (resposignificância (p

6 8,5

Q8 Q9 Q10

ese Total S

0,767 - 0,715

domínios do O

arSobredentadura

mandibular

stas às vezes p). Natal – RN

5,25 13

0 Q11 Q12 Q1

Sobredentadu

0,500 0,563 -

OHIP em relaçã

a

Limit

Dor

DescPsico

Disfu

DisfuPsico

Disfu

e quase sempN, 2013.

3,75 2

13 Q14 Q15 Q

ura

- -

ão ao tipo de p

tação Funcional

Física

confortoológico

unção Física

unçãoológica

unção Social

pre) para cada

1

Q16 Q17 Q18 Q

- - -

prótese. Natal

a questão da

3 0,0

42

Q19

-

l – RN, 2013.

escala OHIP-

001

2

-

43

5.3 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA: PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL X

SOBREDENTADURA IMPLANTO-SUPORTADA

A eficiência mastigatória com o uso de próteses totais convencionais obteve valor de

mediana de 0,025. Após a conversão da prótese total convencional mandibular em

sobredentadura, o valor de mediana foi de 0,073. Houve diferença estatística significativa

entre a eficiência mastigatória dos pacientes reabilitados com prótese total dupla antes e após

a intervenção com implantes (p = 0,003) (Tabela 4), representando um aumento médio de

189%.

Tabela 4 - Avaliação da eficiência mastigatória em absorbância antes e após a intervenção com sobredentadura. Tipo de prótese, prótese total convencional, sobredentadura, tamanho da amostra (N), mediana, quartis (Q25 e Q75), limite inferior (LI) e limite superior (LS) (Intervalo de confiança de 95%). Natal – RN, 2013.

Tipo de Prótese N Mediana Q25 Q75 LI LS

Prótese total convencional 16 0,025 0,009 0,066 0,001 0,103

Sobredentadura 16 0,073 0,051 0,095 0,004 0,125

5.4 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA X IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE

DE VIDA

Não foi constatada correlação entre eficiência mastigatória e o impacto da saúde oral

na qualidade de vida para pacientes reabilitados com prótese convencional (p=0,234), bem

como para os reabilitados com sobredentadura (p=0,682) (Tabela 5).

Tabela 5 - Avaliação da correlação entre eficiência mastigatória e OHIP-Edent. Natal-RN, 2013.

Prótese Convencional SobredentaduraImplantes

Eficiência mastigatória x OHIP Eficiência mastigatória x OHIP Correlação do coeficiente de Spearman

0,315 -0,111

p 0,234 0,682

44

6 DISCUSSÃO

Este ensaio clínico controlado comparou o efeito da reabilitação com sobredentadura

mandibular retida por 2 implantes pelo sistema barra-clipe com a prótese total convencional

mandibular, em relação a qualidade de vida e eficiência mastigatória. Para esta reabilitação, a

prótese total convencional mandibular foi convertida em sobredentadura implanto-suportada

através da instalação de uma barra metálica unindo os implantes e captura de um clipe de

retenção. A técnica utilizada para a conversão é relativamente simples e reduziu o tempo de

atendimento.

Nos pacientes reabilitados nesta pesquisa a retenção da sobredentadura foi obtida

através do sistema barra-clipe. Alguns estudos observaram que a qualidade de vida dos

usuários de prótese total convencional dupla que foram reabilitados com sobredentaduras

mandibulares retidas por implantes melhorou, independentemente do tipo de conexão de

retenção utilizado para fixar as próteses (AWAD et al., 2000; AWAD et al., 2003; ALLEN et

al., 2006; STRASSBURGER; KERSCHBAUM; HEYDECKE, 2006). O mesmo foi

observado em relação à eficiência mastigatória por Kampen et al. (2004) em estudo do tipo

cross over, no qual os tipos de fixação (barra-clipe, magneto ou bola) para as sobredentaduras

não influenciaram os resultados encontrados para eficiência mastigatória.

Decorridos 3 meses da instalação das novas prótese totais convencionais bimaxilares,

os pacientes foram avaliados quanto ao impacto da saúde oral na qualidade de vida e quanto a

eficiência mastigatória. Após a cirurgia para instalação dos implantes, alguns pacientes foram

reabilitados com carga imediata e outros com carga tardia, porém a avaliação só foi realizada

após três meses de utilização da sobredentadura, ou seja, independente do tipo de carga, todos

os pacientes utilizaram a sobredentadura pelo mesmo período de tempo.

Quanto à seleção de pacientes, ocorreu a partir de duas fontes distintas, uma em que os

pacientes buscavam tratamento com próteses convencionais e, outra, com pacientes

interessados em tratamento com implante. Entretanto, apenas os pacientes insatisfeitos com a

utilização da prótese inferior aceitaram participar da pesquisa. Logo, os resultados podem ter

tido uma magnitude maior devido a esse aspecto. Todos os pacientes que foram incluídos no

estudo receberam novas próteses totais. Contudo, após a reabilitação com próteses

convencionais, 7 pacientes não quiseram continuar na pesquisa, pois já estavam satisfeitos

com as novas próteses totais, sendo portanto, excluídos desta pesquisa.

45

Alguns estudos (GEERTMAN et al., 1994; KAMPEN et al., 2004; GECKILI;

BILHAN; BILGIN, 2011) incluíram apenas os pacientes insatisfeitos com a prótese total

convencional mandibular. Em outras pesquisas os pacientes foram selecionados

aleatoriamente para o grupo sobredentadura mandibular (AWAD et al, 2003; HEYDECKE et

al, 2003).

Heydecke et al. (2005), Heydecke et al. (2003), Geertman et al. (1994) e Awad et al.

(2003) desenvolveram randomização estratificada para compensar as diferentes características

(idade, sexo e renda) entre os grupos experimentais e de controle e manter o equilíbrio entre

eles. No entanto, nenhum estudo avaliou a influência das condições estabilidade e adaptação

do paciente à prótese mandibular (nenhum problema com prótese convencional ou graves

problemas) para utilizar uma estratégia de randomização estratificada. Além das

características físicas do paciente, as condições de personalidade e psicológicas também

podem influenciar nos resultados (EMAMI et al., 2010; TORRES et al., 2011).

Existem dificuldades inerentes à realização de ensaios clínicos controlados e

randomizados em usuários de próteses sobre implantes, incluindo o viés de preferência de

tratamento (FEINE; AWAD; LUND, 1998). Uma dificuldade particular surge quando os

pacientes à espera do tratamento com implantes dentários são alocados para o grupo controle

e pode levar a responder de uma maneira que reflita a sua decepção com a alocação para o

tratamento. Em estudos randomizados o abandono dos pacientes alocados no grupo

sobredentadura com implantes pode influenciar nos resultados, uma vez que a preferência do

paciente é importante para a aceitação do tratamento.

Considerando esta limitação, Allen et al. (2006) aplicaram randomização e dividiram a

amostra em dois grupos: prótese total convencional mandibular e sobredentadura mandibular

retida por 2 implantes. Apenas os indivíduos alocados no grupo de sobredentadura

participaram da pesquisa. Depois da informação sobre o tratamento, dois grupos foram

obtidos de acordo com os pacientes que aceitaram ou rejeitaram o tratamento com implantes.

Os resultados obtidos a partir destes dois grupos apresentaram grandes diferenças no impacto

da saúde oral na qualidade de vida (OHIP), entre os valores de pré-tratamento (112 para os

pacientes que aceitaram os implantes e 57,5 para aqueles que rejeitaram). Não houve

diferença significativa após o tratamento entre os grupos, mas o efeito do tratamento pode ser

mascarado pela análise da "intenção de tratar". As diferenças nas pontuações do OHIP

pré/pós-tratamento foram significativamente maiores para aqueles que receberam implantes

do que para aqueles que recusaram.

No presente estudo, uma melhora significativa no impacto da saúde oral na qualidade

46

de vida for observada após a conversão da prótese total convencional em sobredetadura retida

por implantes. Benefícios significativos também foram observados nos domínios do OHIP-

Edent em relação à limitação funcional, dor, desconforto psicológico e disfunções física e

psicológica. Entretanto, o mesmo não foi observado nos domínios disfunção social e

incapacidade.

Esses domínios apresentaram valor de mediana zero no impacto da saúde oral na

qualidade de vida com o uso da prótese total convencional, bem como com a sobredentadura.

Assim, é possível que a vida social e ao sentimento de incapacidade não sejam influenciados

por algum fator estressor.

Considerando a qualidade de vida, os ensaios clínicos (AWAD et al., 2003;

HEYDECKE et al., 2003; HEYDECKE et al., 2005; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010)

demonstraram diminuição do OHIP, o que indica que a reabilitação com sobredentadura

mandibular retida por 2 implantes melhora a qualidade de vida, a qual foi avaliada através do

OHIP, OHIP-14 ou OHIP-Edent, sendo esta a versão modificada abreviada do OHIP para

pacientes desdentados. O OHIP-Edent foi testado para avaliar a sensibilidade do efeito do

tratamento com implantes em pacientes edêntulos e mostrou-se mais apropriado para

utilização em indivíduos desdentados do que OHIP-14 (ALLEN; LOCKER, 2002).

Heydecke et al. (2003) utilizaram o OHIP-Edent para comparar o efeito do tratamento

convencional ou com sobredentadura retida por 2 implantes em usuários de próteses totais

convencionais. As condições pré e pós-tratamento mostraram melhora significativa na

qualidade de vida no grupo de sobredentadura retida por 2 implantes em todos os domínios do

OHIP-Edent, enquanto, o grupo de prótese convencional apresentou apenas melhora da dor

física e escalas de desconforto psicológico.

A retenção da prótese total convencional é um fator importante na satisfação dos

pacientes. Na maioria das vezes, a falta de retenção e estabilidade da prótese total

convencional mandibular pode resultar em desconforto e limitação funcional para esses

pacientes. Estes problemas podem levar os usuários de próteses totais a uma função

mastigatória reduzida (FONTIJN-TEKAMP et al., 2000; KAPUR; SOMAN, 2006).

Converter uma prótese total convencional em sobredentadura retida por implantes melhora a

retenção e a estabilidade da prótese. A rotação ântero-posterior gerada nas sobredentaduras

mandibulares com dois implantes, também poderia reduzir a satisfação dos pacientes e

aumentar o impacto negativo da saúde oral na qualidade de vida (MICHAUD et al., 2012).

Neste estudo, houve notável melhora na eficiência mastigatória após a conversão de próteses

convencionais em sobredentaduras retida por 2 implantes.

47

Por outro lado, estudos com grupos de amostras independentes (GARRETT et al.,

1998; FARIAS NETO et al., 2012; GECKILI et al., 2012), não observaram uma vantagem

significativa entre estas duas modalidades de reabilitação oral em relação à eficiência

mastigatória. Em outro estudo (KIMOTO; GARRETT, 2003), concluíram que o tratamento

com sobredentaduras retida por 2 implantes apresenta mais vantagens, em comparação com a

prótese total convencional, apenas em pessoas com rebordo alveolar reabsorvido.

No presente estudo, as características dos pacientes, tais como: gênero, idade, tempo

de edentulismo e altura do rebordo; não influenciaram nos resultados do OHIP-Edent e

eficiência mastigatória. Na análise entre o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a

eficiência mastigatória não foi observada nenhuma correlação quanto ao uso de prótese total

ou sobredentadura, não havendo, portanto, relação entre as variáveis. É possível que outros

fatores estejam relacionados com as variações dos resultados entre os pacientes na amostra

estudada, tais como: força mastigatória (FONTIJN-TEKAMP et al. , 2000; RISMANCHIAN

et al., 2009), características psicológicas e de personalidade (EMAMI et al., 2010; TORRES

et al., 2011), satisfação dos pacientes em relação as próteses (RISMANCHIAN et al., 2009).

Ao avaliar a eficiência mastigatória nas próteses totais convencionais, estas

apresentavam valores que variaram entre 0,001 e 0,103 abs. Após 3 meses da conversão para

sobredentadura, os valores da eficiência mastigatória variaram entre 0,004 a 0,125. Baseado

neste fato, não se deve subestimar o desempenho mastigatório de usuários de próteses totais

convencionais, bem como não se deve superestimar a associação da prótese total

convencional superior com a sobredentadura mandibular retida por implantes, que, em alguns

casos, pode apresentar um desempenho pior do que o potencial mastigatório nas próteses

totais convencionais.

Embora a reabilitação mandibular com implantes se sobressaia quando relacionada

com prótese total convencional, outros fatores intrínsecos aos pacientes podem estar

relacionados a esses resultados. A eficiência e a performance mastigatória dependem do

relacionamento entre os músculos elevadores da mandíbula, da força da mordida resultante,

da textura dos alimentos e da quantidade de alimento para cada ciclo mastigatório

(SLAGTER et al., 1993). Salientando que a avaliação do tratamento na mandíbula edêntula

com prótese total convencional e com sobredentadura seja realizada no mesmo paciente.

O tamanho da amostra foi pequeno, mas semelhante aos grupos de outros estudos com

objetivos e métodos semelhantes (PERA et al., 1998; KAMPEN et al., 2004; BORGES et al.,

2011a; BORGES et al., 2011b; FARIAS NETO et al., 2012). Além disso, o poder da amostra,

que representa a chance de detectar uma real diferença, foi de 85% para OHIP-Edent e 92,5%

48

para a eficiência mastigatória.

Neste estudo, cada paciente foi controle dele mesmo, sendo analisado estatisticamente

com dados emparelhados, além disso, todos os pacientes tiveram novas próteses totais

convencionais confeccionadas e, portanto, estavam todas adequadas. Esse aspecto

proporcionou a exclusão de alguns fatores relacionados à diferença entre os grupos controle e

intervenção. Entretanto, estes resultados devem ser interpretados com cautela, devido ao

número reduzido da amostra.

Tendo em vista a reabilitações com sobredentaduras mandibulares retidas por 2

implantes, são pertinentes mais estudos clínicos controlados a longo prazo envolvendo a

magnitude do efeito do tratamento no impacto da saúde oral na qualidade de vida e na

eficiência mastigatória, bem como a reabsorção óssea na região posterior (ZARB et al., 2006;

JONG et al., 2010) e a necessidade de manutenção, como, por exemplo, após a fratura da

prótese, redução da retenção do clipe e desgaste dos dentes. É necessário avaliar os efeitos

positivos e negativos em longo prazo.

49

7 CONCLUSÃO

Pacientes usuários de próteses totais convencionais insatisfeitos com a prótese

mandibular, após a reabilitação com sobredentadura mandibular retida por dois implantes,

melhoram a qualidade de vida, uma vez que diminui o impacto negativo na saúde oral, bem

como melhora a eficiência mastigatória quando comparada à prótese total convencional.

50

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55

ANEXOS

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Doc

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36

11 Prot

56

e do índice uportadas

Final na NEP

Origem

CEP

Pesquisador

CEP

6

r

57

ANEXO B

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa “Avaliação da altura do rebordo

alveolar remanescente, da eficiência mastigatória e do índice de sucesso dos implantes de

pacientes reabilitados com próteses totais implantossuportadas com carga imediata com

diferentes tipos de junções” que é coordenada pelo Profa. Adriana da Fonte Porto Carreiro.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento,

retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. As informações

obtidas de cada participante são confidenciais e somente serão usadas com propósito científico, sem

divulgar o nome do participante. O pesquisador, os demais participantes dessa pesquisa e o Comitê de

Ética em Pesquisa da UFRN terão acesso aos arquivos dos participantes, sem contudo violar a

confidencialidade necessária, usando se necessário um apelido ou pseudônimo, sem divulgar seu nome

verdadeiro.

É bastante comum, após a colocação da dentadura, o paciente reclamar que a mesma está

machucando, que não apresenta estabilidade e não consegue se alimentar com ela. A finalidade dessa

pesquisa é comparar os benefícios dos tratamentos com dentaduras totais inferiores convencionais

dentaduras totais inferiores retidas sobre implantes (sobredentaduras), buscando descobrir aquela que

oferece maior conforto e satisfação ao paciente. Caso decida aceitar o convite, você será submetido(a)

a um dos grupos de procedimentos:

Avaliação das dentaduras superior e inferior. (grupo 1)

o Após três meses da colocação das dentaduras serão realizados os primeiros testes para verificar

a adaptação da dentadura inferior através de exames. Será necessário voltar na clínica de

prótese da UFRN para o acompanhamento e para verificação dos itens da pesquisa dois meses,

6 meses e após 12 meses da colocação das dentaduras.

o Para o teste mastigatório o paciente será solicitado a mastigar uma cápsula de plástico macia

por 20 segundos.

Confecção e instalação da dentadura. (grupo 2 e grupo 3)

o Após três meses da colocação das dentaduras serão realizados os primeiros testes para verificar

a adaptação da dentadura inferior. Será realizada a cirurgia para colocação de dois implantes na

região anterior. Após dois dias da cirurgia, a dentadura será adaptada aos implantes. Será

necessário voltar a clínica de prótese da UFRN para o acompanhamento e avaliação clínica

com 3 meses, 6 meses, após 12 meses, 2 anos e 5 anos.

58

Não há garantia que o implante permanecerá estável no osso por toda vida e em uma pequena

porcentagem dos casos, o implante poderá ser perdido. As cirurgias para colocação de implantes

osseointegrados podem causar dor, inchaço, área arroxeada e eventualmente ocasionar infecção,

entretanto todas essas situações podem ser controladas com uso de remédios e cuidados locais.

Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: será reabilitado com dentaduras

superiores e inferiores confeccionadas de acordo como padrão estabelecido pela disciplina de prótese

da UFRN e possuirá um acompanhamento para verificação da adaptação e controle das dentaduras.

Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum

momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma

a não identificar os voluntários.

Se você tiver algum gasto comprovado por meio de documentos que seja devido à sua única e

exclusiva participação na presente pesquisa em que tenha se deslocado até o local de desenvolvimento

da mesma e não tiver atendimento, você será ressarcido, caso solicite.

Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta

pesquisa, você terá direito a indenização conforme previsto em lei.

Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a respeito desta

pesquisa, poderá perguntar diretamente para Adriana da Fonte Porto Carreiro, no endereço:

Departamento de Odontologia da UFRN – Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000, Lagoa Nova –

RN, ou pelo telefone (84) 3215-4104.

Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em

Pesquisa da UFRN no endereço: UFRN Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova. Caixa Postal

1666, CEP 59072-970 Natal/RN ou pelo telefone (84)215-3135.

Consentimento Livre e Esclarecido Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e benefícios

envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa “Avaliação da altura do rebordo

alveolar remanescente, da eficiência mastigatória e do índice de sucesso dos implantes de

pacientes reabilitados com próteses totais implantossuportadas com carga imediata com

diferentes tipos de junções”.

Natal, _______________

Participante da pesquisa:

Nome:_____________________________________________________________________

Assinatura:__________________________________________________________________

Pesquisador responsável: Profa. Adriana da Fonte Porto carreiro. Departamento de Odontologia da UFRN - Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000, Lagoa Nova – RN, telefone (84) 3215-4104. Assinatura: Comitê de ética e Pesquisa da UFRN. UFRN- Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova. Caixa Postal 1666, CEP 59072-970 Natal/RN telefone (84)215-3135.

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QUEIXA PRINCIPAL:

1 – Já teve epilepsia? SIM ( ) NÃO ( ) 2 – Sofre de Parkinson? SIM ( ) NÃO ( ) 3 – No momento se encontra sobre algum tratamento médico de qualquer natureza?

SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, por qual motivo? _________________________________________________________________________

4 – Está tomando alguma medicação no momento? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual?___________________________________________________

5 – Já sofreu de alguma doença grave? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual?___________________________________________________

6 – Já foi operado (a) alguma vez? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, de que foi operado? Qual tipo de anestesia usada? Teve alguma reação à anestesia?_____________________________________________________________ 7 – Já foi prevenido por algum médico de ser portador de doença cardíaca?

SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual doença? Ela se encontra controlada? __________________________________________________________________________

8 – Sente o coração bater muito rapidamente (palpitações)? SIM ( ) NÃO ( ) 9 – Costuma ter pernas, pés e olhos inchados? SIM ( ) NÃO ( ) 10 – Sente falta de ar? SIM ( ) NÃO ( ) 11 – Já fez algum exame para verificação de sífilis? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual o resultado? POSITIVO ( ) NEGATIVO ( )

12 – Está grávida no momento? SIM ( ) NÃO ( ) 13 – Existe algum caso de diabetes, tuberculose e câncer na família? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual doença e grau de parentesco?_____________________________

14 – É alérgico a alguma medicação? SIM ( ) NÃO ( ) Qual?____________________________________________________________ 15 – Já tomou anestesia local para tratar ou extrair dentes? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, sentiu alguma reação à anestesia? SIM ( ) NÃO ( ) 16 – Já tomou radioterapia? SIM ( ) NÃO ( ) 17 – Já sofreu ou sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( ) 18 – Alguém na família sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( ) 19 - Possui algum hábito nocivo? ? SIM ( ) qual?___________ NÃO ( ) 20 – Você tem algum outro problema de saúde que julgue importante dizer?SIM( ) NÃO( ) Em caso afirmativo, qual problema?________________________________________

Declaro que o respondido acima é verdadeiro. Natal, _____ de _________________ de 2011.

_____________________________________ Assinatura do paciente ou responsável

ANAMNESE

MOTIVO DA CONSULTA

61

HISTÓRIA DENTÁRIA:

1 – Há quanto tempo perdeu os dentes?Maxila:____________ Mandíbula: _____________

2 – Usa Prótese? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual prótese? SUPERIOR ( ) INFERIOR ( ) 3 – Quantas e quais próteses já usou?Maxila: __________ Mandíbula:_____________

4 – As próteses eram feitas por dentista? SIM ( ) NÃO ( ) 5 – Reação às próteses: FAVORÁVEL ( ) DESFAVORÁVEL ( )

6 – Grau de Higiene das próteses atuais: BOM ( ) MÉDIO ( ) RUIM ( ) 7 – A(s) prótese(s) possui(em): RETENÇÃO ( ) ESTABILIDADE ( ) 9 – Como limpa a(s) prótese(s)? _______________________________________________ 10 – Como limpa a boca?___________________________________________________

11 – Dorme com a(s) prótese(s)? SIM ( ) NÃO ( ) 12 – Motivo para o tratamento: FUNCIONAL ( ) ESTÉTICO ( )

Condição Psicológica segundo FOX: RECEPTIVO ( ) CÉPTICO ( ) INDIFERENTE ( ) HISTÉRICO ( )

Articulações têmporo-mandibulares: a) Ruídos articulares: AUSENTE ( ) ESTALIDO ( ) CREPTAÇÃO ( ) b) Movimentos mandibulares : NORMAIS ( ) ALTERADOS ( ) c) Sintomas relacionados aos músculos do sistema estomatognático: FADIGA ( ) DOR À PALPAÇÃO ( ) DOR-FUNÇÕES ( ) CEFALÉIA ( )

EXAME FÍSICO EXTRA-BUCAL 1 – Classificação de perfil mole: CONVEXO ( ) CÔNCAVO ( ) 2 – Perfil do terço inferior da face: NORMAL ( ) PROGNÁTICO ( ) RETROGNÁTICO ( )

3 – Forma do Rosto: OVÓIDE ( ) RETANGULAR ( ) TRIANGULAR ( ) 7 – Oclusão:

a) Alteração da Dimensão vertical: SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, de quanto? _____________________________ b) Alteração das curvas oclusais : SIM ( ) NÃO ( )

Exame Físico Inicial

Espaço funcional livre: _____

Prótese utilizada pelo paciente: Superior Inferior Data da instalação:__________ ( )Realizada na Faculdade de odont. UFRN ( )Realizada por CD ( )Realizada por TPD

Ausência de próteses

Qualidade da prótese utilizada: Não apresenta-se deficiente deficiência: estética funcional

Rebordo alveolar:

Altura Conformação do rebordo Conformação no sentido

mésio-distal Maxila Mandíbula Fribromucosa: Normal Patológica___________________________

62

Consistência: Maxila__________________ Mandíbula:_____________________ Necessita nova prótese: Não Sim

PRÓTESE TOTAL Data de início: ___/___/____ Data da instalação: ___/___/____

Dentes de Acrílico:

Modelo:_______________ Tipo:____________ Marca:_________________ Cor: _______

Laboratório:____________________

1o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito ( ) Desejo nova prova ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________

2o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito ( ) Desejo nova prova ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________ Termo de ciência:

Declaro ter recebido as próteses devidamente planejadas para minha situação clínica, e que recebi orientações sobre como higienizá-las e conservá-las. Estou ciente dos retornos periódicos e de que a durabilidade média das mesmas é de 3 a 5 anos. Declaro ainda que fui esclarecido(a) das limitações do resultado do meu tratamento.

Assinatura: ____________________________

PLANEJAMENTO

1. Paciente encaminhado para tratamento prévio Qual?_____________________________________________________________________

2. Paciente encaminhado para exames complementares: Radiografia panorâmica Tomografia computadorizada Tomografia linear Hemograma completo Fosfatase alcalina Outros:___________________________

3. Paciente encaminhado para avaliação médica OBS.:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Seleção dos implantes

Hexágono externo _____________________ Cone Morse________________________

Componentes protéticos:

____________________________________________________________________

63

____________________________________________________________________

CIRURGIA – Data: ____/____/____

Instalação da fixação(do implante propriamente dito)

Etiquetas dos implantes :

Observações:______________________________________________________________

Travamento do Implante:__________________________ Carga Imediata: ( ) sim ( ) não

Medicação pré-operatória: Sim Não

Qual?_______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Medicação pós-operatória: Sim Não

Qual?_______________________________________________________________________

Complicações intra-operatórias Qualidade óssea Lesão do canal mandibular Outras ________________ Nenhuma

D1 D2 D3 D4

Complicações pós-operatórias Nenhuma Infecção primária da ferida Infecção secundária da ferida Perfuração da mucosa Outras_________________

CARGA - FASE PROTÉTICA

Prótese Definitiva: Tempo de uso das próteses totais: _______

Componentes de moldagem:

Intermediários: Tipo: ______________ Altura: ___________ Posição: ______________

Componentes utilizados:

Cilindros: ______________________________________________________________

Parafusos: _____________________________________________________________

Tempo após a cirurgia da instalação dao verdenture: ____ horas

Confecção da barra metálica:________________________________________________

64

PROCEDIMENTOS CLÍNICOS

DATA Procedimento PROFESSOR

65

ANEXO D

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS PRÓTESES NA QUALIDADE DE VIDA DOS USUÁRIOS OHIP – EDENT simplificado

LIMITAÇÃO FUNCIONAL 1. Você sentiu dificuldade para mastigar algum alimento devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 2. Você percebeu que seus dentes ou dentaduras retinham alimento? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 3.Você sentiu que suas dentaduras não estavam corretamente assentadas? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DOR FÍSICA 4. Você sentiu sua boca dolorida? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 5. Você sentiu desconforto ao comer devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 6. Você teve pontos doloridos na boca? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 7. Suas dentaduras estavam desconfortáveis? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DESCONFORTO PSICOLÓGICO 8. Você se sentiu preocupado(a) devido a problemas dentários? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 9. Você se sentiu constrangido por causa de seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DISFUNÇÃO FÍSICA 10. Você teve que evitar comer alguma coisa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 11. Você se sentiu impossibilitado(a) de comer com suas dentaduras devido a problemas com elas? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 12. Você teve que interromper suas refeições devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DISFUNÇÃO PSICOLÓGICA 13. Você se sentiu perturbado(a) com problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 14. Você esteve em alguma situação embaraçosa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DISFUNÇÃO SOCIAL 15. Você evitou sair de casa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 16. Você foi menos tolerante com seu cônjuge ou família devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 17. Você esteve um pouco irritado(a) com outras pessoas devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

66

INCAPACIDADE 18. Você foi incapaz de aproveitar totalmente a companhia de outras pessoas devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 19. Você sentiu que a vida em geral foi menos satisfatória devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre