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Instituto de Linguística Teórica e Computacional Relatório de progresso do Projeto Bilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo na escola portuguesa Agosto de 2010 a julho de 2011 Projeto financiado pela:

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Instituto de Linguística Teórica e Computacional

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Agosto de 2010 a julho de 2011

Projeto financiado pela:

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Bilinguismo, aprendizagem do Português L2

e sucesso educativo na escola portuguesa

Relatório de progresso do Projeto

(agosto de 2010 a julho de 2011)

Coordenação:

Maria Helena Mira Mateus

Dulce Pereira

Luisa Solla

Instituição

ILTEC

Financiamento

Fundação Calouste Gulbenkian

O Projeto Bilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo tem

duas áreas complementares e distintas cuja autonomia foi decidida em julho de 2009: a)

a criação e aplicação de estratégias e materiais conducentes ao sucesso educativo dos

alunos PLNM, área coordenada diretamente por Luísa Solla e b) a criação de uma turma

bilingue e o desenvolvimento do ensino específico desta turma, área coordenada

diretamente por Dulce Pereira. A conjugação destas duas áreas, que vieram a constituir

dois projetos, continua a ser feita por Maria Helena Mateus.

Neste relatório apresenta-se separadamente o progresso do desenvolvimento dos

dois projetos de agosto de 2010 a julho de 2011, com integração do texto do relatório

intercalar enviado à Gulbenkian em abril, correspondente ao trabalho realizado de

dezembro de 2010 a março de 2011.

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Uma apreciação global dos dois projetos leva-nos a pôr em relevo o seguinte:

1. Relativamente ao primeiro projeto acima citado – criação e aplicação de

estratégias e materiais –, é com agrado que constatamos que o trabalho que se

tem desenvolvido com professores do ensino básico de três agrupamentos

(Azeitão, Comandante Conceição e Silva e Carcavelos) foi muito apreciado,

tendo os mesmos referido no Questionário de avaliação do ano letivo

2010/2011 que ficaram muito satisfeitos com a formação que têm recebido,

tanto através das sessões de formação e de trabalho realizadas no ILTEC, como

através dos materiais fornecidos.

a. A reunião da coordenadora Luísa Solla com os diretores dos três

agrupamentos, no final deste ano letivo, veio confirmar essa apreciação,

através do interesse dos diretores em manter o projeto em

funcionamento. Espera-se que esse interesse se traduza em facilidades

para que os professores que pertencem ao projeto possam ter o tempo

necessário para aplicarem em aula as novas práticas pedagógicas e as

atividades previstas, e para avaliarem os resultados desse trabalho.

b. Deve acrescentar-se que, diferentemente do ano anterior, a equipa

estabilizou no que respeita à permanência dos investigadores que foram

integrados neste ano letivo (Madalena Bizarro, Ana Luisa Salavessa) e

que têm realizado um ótimo trabalho sob a orientação da coordenadora

Luísa Solla. A colaboração do investigador Paulo Feytor Pinto tem sido

também uma mais-valia para o projeto. Fausto Caels, que obteve uma

bolsa de doutoramento, tem mantido a sua colaboração com a equipa, já

que a dissertação que prepara se situa em grande parte no âmbito dos

objetivos do projeto.

2. No que respeita ao projeto Turma Bilingue, os objetivos de educação bilingue,

de desenvolvimento de um bilinguismo precoce e de sucesso escolar,

nomeadamente, através da aprendizagem da língua portuguesa, em contacto com

a língua cabo-verdiana, têm sido alcançados sob a coordenação de Dulce Pereira

e com a participação das professoras de cabo-verdiano e de português (Ana

Josefa e Ana Carina) e dos investigadores (Pedro Martins e Vanessa Antunes). A

estabilidade da equipa durante o ano letivo contribuiu também para os bons

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resultados obtidos, como o prova a avaliação dos progressos linguísticos dos

alunos, em comparação com a turma de controlo (TC), que segue o modelo de

ensino tradicional. Em várias ocasiões a turma foi visitada por entidades

exteriores, relacionadas ou não com a educação bilingue e com a educação

intercultural em contexto de imigração. Os contactos com as famílias dos alunos

e com a diretora do Agrupamento de Escolas do Vale da Amoreira têm

evidenciado grande satisfação pela experiência em curso, tendo a referida

diretora tomado parte ativamente em reuniões de apresentação do

funcionamento e dos resultados do projeto.

Pode dizer-se que os desafios que têm emergido da realização do projeto

globalmente considerado são pontos de partida para novas práticas no ensino de uma

língua não materna e de aplicação de novos modelos de educação linguística e de ensino

do português em contexto multilingue, em particular em contextos de imigração, e

justificam a confiança que a Fundação Gulbenkian tem mostrado depositar nos

procedimentos inovadores por que o projeto se tem norteado.

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Criação e aplicação de estratégias e materiais conducentes

ao sucesso educativo dos alunos PLNM

Coordenadora Luísa Solla

Investigadoras Madalena Bizarro e Ana Salavessa

1 – Contexto de intervenção: agrupamentos de escolas de Azeitão,

Carcavelos e Comandante Conceição e Silva

No ano letivo de 2010/2011, o projeto contou com 14 professores de PLNM e

119 alunos de PLNM nos três agrupamentos de escolas, conforme se apresenta no

quadro 1:

Quadro 1

Agrupamentos Professores Ciclos

Azeitão Helena Fonseca

Anabela Soares

Isaura Matias

1.º Ciclo

2.º Ciclo

2.º e 3.º Ciclo

Carcavelos Maria Cândida Madureira

Daniela Maia

Maria do Rosário Antunes

Sara Ribeiro

Manuel Rui

1.º Ciclo

1.º Ciclo

1.º Ciclo

2.º e 3.º Ciclo e Secundário

2.º e 3.º Ciclo

Comandante

Conceição e Silva

Cláudia Martins

Jorge Henriques

Ana Rita Valentim

Cristina Matos

Sónia Trindade

Lúcia Morais

1.º Ciclo

1.º Ciclo

1.º Ciclo

2.º Ciclo

2.º e 3.º Ciclo

3.º Ciclo

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O quadro 2 mostra a distribuição dos alunos pelos níveis de língua, como

resultado da aplicação dos testes de diagnóstico (alunos recém-chegados às escolas), ou

pelo posicionamento determinado pelos professores e justificado pela avaliação do ano

anterior.

Quadro 2

Ciclos A1/A2 B1/B2 Total de alunos

1.º Ciclo 23 22 45

2.º Ciclo 12 23 35

3.º Ciclo 12 20 32

Ensino

Secundário

2 5 7

No ano letivo de 2010/2011, mantiveram-se os pressupostos que norteiam o

projeto, por nos parecer que se revelaram adequados. No entanto, foram necessárias

algumas alterações no modo de trabalho considerando a experiência do ano anterior.

Assim:

para a experimentação controlada – otimizámos o acompanhamento aos

professores, reforçando os contactos e aumentando a permanência dos

investigadores nas escolas para observação dos alunos;

para a flexibilidade e autonomia – compreendemos melhor a especificidade de

cada escola, ajudando-as a fazerem uma melhor interpretação (a que mais se

adaptasse a cada escola) das orientações vagas e imprecisas do Ministério da

Educação;

para a comunicação e partilha na equipa – estimulámos o diálogo e a troca de

materiais entre os agrupamentos/escolas, reforçando a dimensão formativa entre

pares. Com o objetivo de ter um espaço de exposição e troca de materiais e

opiniões, foi criado um sítio virtual Google, para uso restrito dos professores e

investigadores do projeto;

para a construção coletiva – o registo das práticas consideradas interessantes foi

mais estimulado; foram pedidas contribuições para a elaboração da reflexão

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escrita sobre o projeto, que permitissem diferenciar a sua concretização em cada

agrupamento;

para a visibilidade nos agrupamentos – estimulámos os professores a

divulgarem o projeto nas escolas e junto dos pais.

Decidimos, também, manter as estratégias de trabalho que se revelaram

interessantes e complementares para as atividades de ensino e de aprendizagem,

mas reorganizando a relação entre elas e procurando dar-lhes maior

interatividade.

De seguida, são apresentadas as atividades que desenvolvemos e a respetiva

apreciação tendo em vista cada um dos objetivos do projeto.

2. Atividades realizadas

O nosso trabalho com os agrupamentos no ano letivo de 2010/2011 iniciou-se

em setembro de 2010 com a entrega do relatório Um ano de trabalho com os

agrupamentos aos diretores dos três agrupamentos. Nele foram tratados os dados das

entrevistas feitas aos diretores e aos professores de PLNM, foi feito um balanço do

trabalho do ano letivo de 2009/2010 e apresentadas as perspetivas de trabalho para o

ano letivo de 2010/2011.

2.1. Com os professores e de acordo com os objetivos do projeto

As atividades realizadas este ano e a seguir descritas são apresentadas por

referência a cada objetivo do projeto, e que aqui recordamos: (i) desenvolver estratégias

de ensino-aprendizagem do Português adequadas a crianças e a jovens com outras

línguas maternas e com outras culturas; (ii) elaborar documentos e realizar ações de

formação que contribuam para a atualização científica e pedagógica dos professores no

domínio em questão; (iii) construir e experimentar materiais didáticos.

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i. Estratégias de ensino-aprendizagem do Português adequadas a

crianças e jovens com outras línguas maternas e com outras culturas

Foram observados alunos de 5.º e 6.º anos nos três agrupamentos, tanto em aulas

de apoio em PLNM como em aulas de Ciências da Natureza e de História e Geografia

de Portugal. O quadro 3 mostra o número de aulas que foram observadas em cada

agrupamento:

Quadro 3

PLNM

Ciências da

Natureza

História e

Geografia de

Portugal

Azeitão 7 6 0

Carcavelos 6 4 0

Cmdt. Conceição e Silva 7 4 2

Total 20 14 2

Para o acompanhamento dessas aulas foi elaborado um conjunto de tópicos de

recolha de informação que nos permitisse observar:

a) o modo como as estratégias eram utilizadas nas aulas de PLNM;

b) o papel desempenhado pela língua na transmissão e avaliação dos conteúdos

escolares;

c) a atitude dos professores para com os alunos de PLNM;

d) o desempenho dos alunos de PLNM.

As observações iniciaram-se em janeiro de 2011 nos três agrupamentos. Deste

modo, pudemos acompanhar mais de perto a evolução de 10 alunos do 2.º Ciclo, com

idades entre os 10 e os 13 anos e níveis de proficiência em português de A1, A2 e B1

(atribuídos pelas escolas conforme já se referiu) e cujas línguas maternas são: inglês,

búlgaro, crioulo de Cabo Verde, crioulo de São Tomé e Príncipe, moldavo, russo e

ucraniano. Tendo em vista as condições materiais disponíveis, este foi o número de

alunos considerado possível para observação e acompanhamento.

Foram criados quadros de registo de observação de aulas tanto para as aulas de

PLNM como para as aulas de Ciências da Natureza e de História e Geografia de

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Portugal (ver anexos 1 e 2). O ciclo de observações de aulas decorreu durante o 2.º

período, prolongando-se até maio, mês em foram recolhidos materiais e registos escritos

dos alunos. Durante os meses de julho e agosto de 2011, os investigadores produzirão o

relatório completo das observações, visto que estes dados se encontram agora em fase

de tratamento.

Contudo, é-nos já possível constatar, em relação ao PLNM, alguns pontos fracos

e pontos fortes destas observações. Como pontos fortes, gostaríamos de referir o

desempenho dos alunos, o relacionamento dos professores com os alunos e a utilização

por parte dos professores das estratégias de ensino-aprendizagem do PLNM pensadas

para este projeto. Como pontos fracos, salientamos o facto de nem todos os professores

nos terem enviado atempadamente os planos de intervenção das aulas a que íamos

assistir e as respetivas reflexões (ver anexo 3) e o facto de terem testado um número de

atividades das brochuras inferior ao desejável. Duas razões podem desde já ser

avançadas: a dificuldade que têm em experimentar práticas em que se sentem menos

seguros (por exemplo, na organização do trabalho autónomo para os alunos) e a outra é

certamente explicada pelo pouco tempo que estão com os alunos nas aulas de apoio (em

alguns casos 45 minutos semanais).

Ainda no âmbito deste objetivo, realizaram-se no ILTEC duas sessões para

apresentação de atividades das brochuras realizadas com os alunos (ver ponto 2.2.).

ii. Elaborar documentos e realizar de ações de formação que

contribuam para a atualização científica e pedagógica dos professores no domínio

em questão.

Podemos classificar as atividades de formação em duas categorias: informais e

formais. As primeiras decorreram em situações de trabalho na equipa, como por

exemplo, no apoio à aplicação dos testes de diagnóstico e à ficha sociolinguística,

comentários a materiais produzidos e respostas a questões que surgiram no decorrer das

atividades de sala de aula. Este tipo de formação teve lugar nos três agrupamentos, por

solicitação das professoras ou por proposta da equipa do ILTEC.

As sessões formais de formação, por sua vez, foram iniciativas de âmbito mais

estruturado. A partir de um levantamento de necessidades feito no início do ano,

organizou-se um plano de formação, cujas sessões decorrem no ILTEC. No período a

que se refere este relatório, realizaram-se as seguintes ações de formação:

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Quem sou eu em Portugal: do que sinto ao que faço. Reflexões sobre identidade

e estratégias de aculturação, 22 de outubro de 2010 – por Luísa Ramos de

Carvalho.

Os alunos de PLNM e a aprendizagem conteúdos escolares, 26 novembro de

2010 – por Fausto Caels.

Aprendizagem da língua em trabalho autónomo, 28 de janeiro de 2011 – por

Fernanda Botelho e Helena Camacho.

Aprendizagens interculturais – conceitos, práticas e brochura, 11 de fevereiro de

2011 – por Adelina Gouveia e Bárbara Duque.

Oralidade e Escrita: o que se ensina e como se avalia, 18 de março de 2011 –

por Luísa Solla, Madalena Bizarro e Ana Luísa Salavessa.

Avaliação em PLNM, 29 de abril de 2011 – por Luísa Solla.

Análise do erro e o feedback aos alunos, 27 de maio – por Madalena Bizarro e

Ana Luísa Salavessa.

iii. Construir e experimentar materiais didáticos

Neste projeto pretende-se produzir Brochuras com informação teórica de

referência e sugestões de atividades de autoformação para professores e de

aprendizagem para os alunos de PLNM, em consonância com as estratégias que

orientam o ensino do PLNM no projeto.

Uma primeira versão de três brochuras foi entregue, em formato digital, aos

agrupamentos em outubro de 2010: Instrução em sala de aula, de Nuno Carvalho;

Aprendizagem da língua em trabalho autónomo, de Fernanda Botelho e Helena

Camacho; e Aprendizagens interculturais, de Lúcia Soares e Adelina Gouveia. A quarta

brochura, Aprendizagem de conteúdos escolares, de Fausto Caels e Marta Alexandre, foi

entregue posteriormente, em maio de 2011.

Foi pedido aos professores que elaborassem planos de intervenção (seguindo a

mesma estrutura do ano anterior) para as atividades das três brochuras entregues. Os

professores foram estimulados a proceder à adaptação que julgassem necessária e a

criarem, eles próprios, outras atividades respeitando as estratégias definidas. Os

professores foram, também, estimulados a recorrer a uma apreciação externa do seu

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plano de intervenção e respetivos materiais que foram comentados pelos investigadores

e apresentados a toda a equipa em sessões de trabalho no ILTEC.

Esta dimensão do projeto foi complementada pelos professores que produziram

outros materiais, comentados pelos investigadores por correio eletrónico, na maioria dos

casos. Os materiais foram também disponibilizados no sítio virtual Google.

2.2. Sessões de planeamento e supervisão (investigadores e professores)

Além das sessões de formação, realizaram-se cinco sessões de trabalho com os

professores e a equipa nas instalações do ILTEC. Estas sessões tinham como objetivos

analisar e discutir as orientações do projeto, acompanhar o seu desenvolvimento e

outros assuntos decorrentes do trabalho nos agrupamentos. Em algumas delas estiveram

presentes autores das brochuras e em todas esteve também Paulo Feytor Pinto, que este

ano passou a colaborar de forma mais consistente com o projeto.

1 de outubro

Apresentação do plano de trabalho para o ano letivo de 2010/2011.

Apresentação do sítio virtual Google.

Entrega das Brochuras em formato digital.

12 de novembro

Apresentação do enquadramento legal de PLNM.

Esclarecimentos sobre a ficha sociolinguística.

Nova apresentação e análise das estratégias.

Apresentação por parte dos professores da aplicação de atividades das brochuras.

Em dezembro

Não se realizaram reuniões pelo facto de o final do período escolar exigir

trabalho acrescido aos professores.

7 de janeiro

Sessão sobre a dimensão de investigação do projeto: o modelo investigação-

ação.

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25 de fevereiro

Relatos sobre as atividades de experimentação de materiais das brochuras.

Apresentação de produtos realizados pelos alunos.

Apreciação do trabalho realizado.

(Para uma visão geral do total de sessões de formação e de trabalho com os

professores, no ano letivo de 2010/2011, ver o anexo 4.)

3. Sessões de trabalho internas (equipa ILTEC)

Foram organizadas sessões de trabalho semanais, desde o início do ano letivo.

3.1. Autoformação da equipa

3.1.1. Leituras discutidas – cada investigador e coordenador escolheu um artigo,

um capítulo de um livro ou mesmo um livro completo de interesse para o projeto para

apresentar aos outros investigadores e coordenadores. Após cada apresentação, seguiu-

se um momento de discussão da mesma.

3.1.2. Leituras e pesquisa para apoio às atividades:

de investigação do projeto;

de observação e de acompanhamento dos alunos;

de preparação das sessões de formação.

3.1.3. Colóquios, conferências e workshops

A equipa participou nas seguintes sessões de formação, colóquios e

conferências:

A Escola Intercultural: A Escola como Palco do Diálogo Intercultural – Parte I

– colóquio internacional, integrado no projeto da Comissão Europeia,

Interação, Diversidade e Tolerância, Goethe Institut. Lisboa, 27 de novembro

de 2010.

Sessão sobre Estatística, por Maria Eugenia Graça Martins, 14 de janeiro de

2011;

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Workshop de preparação de um Questionário sobre PLNM, dinamizado por

Nelson Matias, 21 de janeiro de 2011;

A Escola Intercultural: A Escola como Palco do Diálogo Intercultural – Parte

II – colóquio internacional, integrado no projeto da Comissão Europeia,

Interação, Diversidade e Tolerância, Goethe Institut. Lisboa, 18 e 19 de

fevereiro de 2011.

Educação Bilingue e Bilinguismo. Colóquio organizado pelo ILTEC e realizado

na Fundação Calouste Gulbenkian a 20 e 21 de junho.

4. Comunicações da equipa (setembro de 2010 a julho de 2011):

Criação e aplicação de estratégias e materiais conducentes ao sucesso

educativo de alunos de PLNM, Madalena Bizarro, Conferência Português

Língua Não Materna: Investigação e Ensino (National Conference EUCIM-TE),

Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Instituto de Educação da

Universidade do Minho, Instituto de Letras e Ciências Humanas da

Universidade do Minho. Porto, outubro de 2010.

Four student-centered methodologies in language teaching, Madalena Bizarro,

XI SEDLL International Conference Competency-based Foreign Language

Teaching and Learning, Sociedad Española de Didática de La Lengua y La

Literatura, Universidad de Jaén. Jaén, Espanha, dezembro de 2010.

Ensino do Português como Língua Não Materna: problema ou realidade?

Luísa Solla. Barreiro, janeiro de 2011.

Criação e aplicação de estratégias e materiais conducentes ao sucesso

educativo de alunos de PLNM, Madalena Bizarro, II Encontro Internacional de

Ensino do Português, E.S.E. de Coimbra. Coimbra, fevereiro de 2011.

Estar na escola portuguesa e não saber falar Português – de que apoios

precisam os alunos? – Fausto Caels, Luísa Solla e Marta Alexandre. Colóquio

Internacional Portugal entre desassossegos e desafios – Centro de Estudos

Sociais em Parceria com a Reitoria da Universidade de Coimbra. Coimbra,

fevereiro de 2011.

Criação e aplicação de estratégias e materiais conducentes ao sucesso

educativo de alunos de PLNM, Luísa Solla e Madalena Bizarro, Jornada

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ILTEC, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de

Lisboa. Lisboa, março de 2011.

Estratégias e materiais em PLNM: Uma experiência de trabalho com as

escolas, Madalena Bizarro, Helena Fonseca, Sara Ribeiro, Ana Rita Valentim e

Sónia Trindade, Colóquio Educação Bilingue e Bilinguismo, Fundação

Calouste Gulbenkian, 20 de junho de 2011.

5. Reflexão sobre o trabalho realizado

A diversidade de situações encontradas em cada agrupamento, quer em relação

aos modos de funcionamento, à organização dos alunos, ao número de horas por aula,

como quanto às condições (recursos humanos e materiais), que cada direção de escola

entende disponibilizar ao ensino do PLNM, não permite uma relação de

comparabilidade tão rigorosa quanto a que seria desejável. O que parece ser comum e

comparável é a grande sobrecarga de trabalho que estes professores têm, assim como a

pouca visibilidade do PLNM, confinado à área dos «apoios educativos».

Consideramos que a experimentação das quatro estratégias, integradas num

plano de intervenção pensado e elaborado em função de um determinado grupo de

alunos, tem vindo a ganhar alguma substância.

Quanto às atividades e aos materiais que constam das brochuras, os elementos

que temos, decorrentes das observações e das apresentações e reflexões dos

professores, permitem considerar que tanto os pressupostos do projeto como as

estratégias que foram escolhidas parecem corresponder às necessidades que os alunos

de PLNM apresentam.

No que diz respeito ao colóquio Educação Bilingue e Bilinguismo, organizado

pelo ILTEC e realizado na Fundação Calouste Gulbenkian em junho, a reduzida

participação dos professores do projeto Criação e aplicação de estratégias e materiais

justificou-se pelo intenso trabalho e reuniões dos professores em final do ano letivo.

Contudo, a maior parte dos professores que integram o projeto esteve presente na sua

apresentação na tarde do primeiro dia (ver programa do colóquio em

http://www.iltec.pt/coloquio/progama.html), e nessa ocasião deram conta das atividades

realizadas com os seus alunos, analisando o seu próprio trabalho e manifestando muito

interesse em participar em iniciativas que contribuem, inquestionavelmente, para a sua

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formação. Consideramos que a participação que os professores tiveram, dando

visibilidade ao seu próprio trabalho e assumindo, em equipa, um projeto que pretende

experimentar estratégias e materiais para o ensino do PLNM é um passo importante

para a criação de um espaço de estudo e investigação com as escolas neste domínio.

Para podermos avaliar de forma mais consistente o trabalho deste ano, foi

distribuído aos professores um questionário de avaliação (anexo 5) que está ainda a ser

tratado. Numa apreciação ainda incompleta, o que podemos já destacar é o seguinte:

Quanto às atividades das brochuras: as mais utilizadas foram a Instrução em

sala de aula e Aprendizagens interculturais. Em relação às quatro brochuras, os

professores não veem necessidade de alterar as atividades propostas pois

consideram que todas são interessantes e úteis e suscetíveis de adaptação aos

seus alunos. A pouca utilização das atividades é quase sempre justificada pela

«falta de condições materiais nas escolas» (computador e Internet na aula) ou

por «pouco tempo».

Sobre a formação: o número de sessões e os temas foram apreciados

positivamente mas é consensual que a formação deveria ter sido creditada.

Em relação à continuidade de trabalho com o ILTEC no próximo ano, todos

demonstraram vontade em dar seguimento, sendo as hipóteses escolhidas:

experimentar linhas programáticas e construir materiais em equipa.

6. Perspetivas para o próximo ano

É nossa intenção em 2011-2012 finalizar o projeto com as seguintes tarefas:

Agosto – setembro:

Tratamento dos dados de observação dos alunos;

Relatório para entregar aos diretores;

Elaboração de um conjunto de linhas programáticas para o ensino de

PLNM que possam integrar o trabalho desenvolvido até agora: estratégias

e materiais. Este documento será utilizado nos três agrupamentos sob a

nossa supervisão durante uma parte do ano letivo. Em setembro,

apresentaremos um plano de trabalho aos professores.

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Outubro – março:

Experimentação das linhas programáticas;

Construção de materiais.

E ainda:

Finalizar as quatro brochuras incluindo sugestões apresentadas pelos

professores e novas atividades, como é o caso da brochura Aprendizagens

interculturais que integrará propostas de Paulo Feytor Pinto e de São José

Corte-Real e Aprendizagem da língua em trabalho autónomo com uma

nova secção que apresenta atividades a realizar no Centro de Recursos e a

brochura Instrução em sala de aula que incluirá novas atividades.

Elaboração de um livro que incluirá as propostas das brochuras, alguns

materiais produzidos pelos professores e textos de natureza teórica que

enquadrem e fundamentem as quatro estratégias. Contamos com o apoio da

Fundação para a sua publicação.

Inquérito. Por sentirmos necessidade de conhecer outras práticas em

relação ao ensino do PLNM, estamos a realizar um inquérito por

questionário (anexo 6) nas três regiões de maior concentração deste público

(Lisboa, Setúbal e Algarve). Os dados serão divulgados em 2012.

Contamos que os resultados deste inquérito nos ajudem a localizar escolas e

a identificar «boas práticas» de ensino de PLNM.

Organizar um encontro de professores de PLNM que nos permita

conhecer e divulgar «boas práticas» neste domínio.

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Referências bibliográficas

Besse, H., Porquier, R. (1991), Grammaires et didactiques des langues. Paris: Crédif-

Hatier/Didier.

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Turma Bilingue

A preocupação é responder aos sinais dos tempos e, se possível,

antecipar o futuro.

Rui Vilar1

Turma Bilingue é um projeto de educação bilingue, informado pela

investigação teórica nos domínios do bilinguismo (e dos seus benefícios a nível

linguístico, cognitivo e social) (Byalistock, 2005, 2007), dos modelos dinâmicos e

multimodais de educação bilingue (García, 2009) e da biliteracia (Horneberger, 2002,

García & al. 2007, Kabuto, 2011). Tem ainda em conta os bons resultados de

experiências afins a nível internacional (Lindholm-Leary, 2001, García, 2009, Duarte

2010, Center for Applied Linguistics, 2010) e as políticas linguísticas e educativas em

contextos multilingues, particularmente na Europa (Conselho da Europa, 2007).

Para além de comprovar todas as vantagens próprias do bilinguismo precoce e

da educação bilingue, o Projeto, pondo a par, na escola, duas línguas lexicalmente

semelhantes (como o crioulo cabo-verdiano e a sua língua de base lexical, o português)

mas de estatuto sociolinguístico diferente (o crioulo é língua minoritária, em Portugal),

procura mostrar como o novo modelo tem efeitos positivos na inserção e adoção

harmoniosas das línguas e culturas das comunidades imigrantes, no próprio

desenvolvimento da língua portuguesa e, consequentemente, nos resultados escolares

das crianças de ambas as origens. Contribui também para contrariar fenómenos de

transferência negativa que o sistema monolingue tradicional não consegue evitar (assim

o provam as produções linguísticas de muitos alunos de origem crioula, mesmo após

doze anos de aprendizagem unicamente em português)2.

1Em entrevista ao jornal Diário de Notícias de 12 de setembro de 2010, a propósito dos “deveres das

fundações” de responderem “aos novos problemas das sociedades”: “e por isso a Fundação [Gulbenkian]

está na área do ambiente, nas migrações, no diálogo intercultural, em projetos de inovação social (…).” 2Sintomaticamente, num relatório do Ministério da Educação, de Dez.2009, disponível no site da DGIDC,

a comunidade cabo-verdiana é apontada como tendo a maior taxa de insucesso escolar (c. 70% e 55%, em

2007 e 2008, respetivamente) entre todas as comunidades estrangeiras.

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O Projeto tem, assim, várias vertentes e áreas de atuação:

educação bilingue dos alunos (em português e cabo-verdiano) e educação

intercultural;

investigação do desenvolvimento das crianças em termos:

o do conhecimento e uso das duas línguas, nomeadamente, a nível da

biliteracia (sendo os resultados da língua portuguesa comparados com os

de uma turma de controlo (TC) que segue o modelo escolar tradicional);

o da consciência linguística implícita e explícita, das atitudes sociais e dos

resultados escolares;

formação e acompanhamento pedagógico e didático dos professores e formação

científica da equipa de investigação;

relação com a comunidade escolar envolvente (em particular com os pais e o

agrupamento de escolas);

elaboração de materiais educativos e publicação de documentos produzidos no

âmbito do ensino e da investigação;

divulgação nacional e internacional (com relevo para Cabo Verde), junto da

sociedade em geral e das comunidades educativas e científicas, em particular.

No período a que se reporta este relatório, os alunos completaram o seu 3.º ano

de escolaridade (de setembro de 2010 a junho de 2011), num clima de maior

estabilidade que nos anos anteriores, uma vez que não houve mudança de professores ao

longo do ano.

Para essa estabilidade, contribuiu ainda o facto de terem saído, no final do 2.º

ano letivo, 3 dos 5 alunos (de origem guineense e angolana) que tinham entrado na

turma no início e no meio do ano, por imposição da dinâmica própria da escola. Ainda

assim, a turma sofreu mais uma vez alterações na sua composição, por razões de ordem

social (a que não é alheio o baixo rendimento das famílias), tendo perdido 3 dos alunos

do grupo original que, no entanto, continuam a manter laços estreitos com a turma,

através de visitas e correspondência regulares.

Esta flutuação, muito comum em zonas de elevado fluxo migratório, como é

frequentemente referido em experiências de educação do mesmo tipo (Duarte, 2010),

tem obrigado a ajustamentos nas metodologias de ensino e de investigação, em

particular no estudo comparativo dos resultados.

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Também por razões de ordem social, a equipa de investigação e apoio

pedagógico sofreu novas mudanças, tendo um dos seus membros, Joana Loureiro, sido

chamado para a docência no ensino oficial, em janeiro de 2011. Em março do mesmo

ano assumiu as suas funções Vanessa Antunes, após uma fase de formação, com a

coordenadora.

Para além da coordenadora geral do Projeto, Prof.ª Maria Helena Mateus, a

equipa do Projeto Turma Bilingue tem agora a seguinte constituição: coordenadora –

Dulce Pereira; investigadores ─ Pedro Martins e Vanessa Antunes. A coordenadora

assume ainda a investigação nas áreas da língua cabo-verdiana e da biliteracia e

Vanessa Antunes tem como função específica o acompanhamento semanal da turma, em

termos pedagógicos e didáticos.

O terceiro ano do Projeto Turma Bilingue veio confirmar, em todas as suas

vertentes, como adiante se especifica, as expectativas iniciais e as tendências positivas

dos dois primeiros anos.

É de salientar, em particular, os bons resultados nas áreas da biliteracia, das

línguas crioula e portuguesa (em comparação com os resultados da TC), da autonomia e

da consciência linguísticas e das atitudes e comportamentos sociais e linguísticos,

explicitamente referidos e acentuados pela comunidade educativa (incluindo os pais de

ambas as origens e a Diretora do agrupamento de escolas do Vale da Amoreira, a que

pertence a Turma).

Com o objetivo específico de dar conta do progresso e dos resultados do Projeto,

tanto a professores como a especialistas interessados na matéria, e com o objetivo mais

geral de proporcionar um espaço formativo e informativo de reflexão teórica sobre os

avanços da investigação fundamental e aplicada na área do Bilinguismo e da Educação

Bilingue, o ILTEC, em colaboração com a APP e com o apoio da F. C. Gulbenkian,

organizou o Colóquio Educação Bilingue e Bilinguismo, na Fundação Calouste

Gulbenkian, em 20 e 21 de junho de 2011, para o qual convidou as especialistas Ofelia

García (City University de Nova Iorque) e Annette de Groot (Universidade de

Amesterdão).

O Colóquio teve 135 inscrições e um número superior de participantes e contou

com a presença de vários especialistas nacionais. O programa do Colóquio pode ser

consultado em http://www.iltec.pt/coloquio/progama.html.

O Projeto Turma Bilingue recebeu, em novembro de 2010, pela segunda vez,

uma Menção Honrosa no concurso do Selo Europeu para as Iniciativas Inovadoras na

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Área do Ensino-Aprendizagem das Línguas, de iniciativa da Unidade de Multilinguismo

da Comissão Europeia, gerida pelas Agências Nacionais para a Aprendizagem ao Longo

da Vida (APALV).

Educação e ensino

No 3.º ano de escolaridade (desde setembro de 2010), iniciado o processo de

alfabetização, em língua portuguesa, e de aprendizagem formal da escrita cabo-verdiana

(2.º ano), foi dada especial atenção, em termos pedagógicos e didáticos, aos seguintes

aspetos:

Consolidação da biliteracia

A consolidação da biliteracia fez-se com especial incidência na comparação e na

distinção entre as grafias das duas línguas e na construção do texto narrativo e do

texto descritivo (descrição de situações, pessoas e imagens) com as suas estruturas

gramaticais e discursivas próprias, diferentes de língua para língua.

Iniciou-se o contacto sistemático com a poesia, através da leitura de poetas

portugueses e cabo-verdianos e do incentivo à criação coletiva de poemas e de letras

para canções (com música dos próprios alunos, por vontade sua, em muitos casos). Foi

ainda introduzida a criação coletiva do texto dramático, na aula de cabo-verdiano,

como forma de desenvolvimento da linguagem oral do quotidiano.

Os alunos foram incentivados a ler livros (e não apenas textos) nas duas

línguas. Nesse sentido, no Natal de 2010, o ILTEC ofereceu à turma uma pequena

biblioteca de cerca de 40 livros infantis (na maioria em português, dado já ter sido

anteriormente feita uma recolha da pouca literatura infantil existente em cabo-verdiano)

e ainda o mobiliário para a criação de um espaço de leitura, na aula. A biblioteca3 foi

muito bem acolhida pelas crianças e os livros têm servido de base a atividades

escolares, nas duas línguas. Os alunos recorrem frequentemente às estórias portuguesas

para fazerem recontos diretamente em crioulo, dado o hábito da gestão autónoma do

uso das línguas e da prática de tradução, incentivada esta pela educação bilingue,

como meio de mediação social e como forma de desenvolvimento cognitivo e de

3 Ver Anexo A.

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controlo na transição entre as línguas.

A tradução constitui, ainda, uma forma de criação autónoma de materiais que

por vezes escasseiam, em cabo-verdiano.

Deu-se início, em língua crioula, a um trabalho de escrita coletiva de maior

fôlego, que incluiu a pesquisa bibliográfica e a elaboração de textos sobre um autor de

língua cabo-verdiana (Eugénio Tavares)4, cuja grafia espontânea foi voluntariamente

corrigida pelas crianças, de acordo com o alfabeto oficial ensinado na escola.

As crianças mantêm correspondência regular em cabo-verdiano e em português

com uma turma do mesmo ano da escola de Flamengos, da ilha de Santiago de Cabo

Verde, que, curiosamente, começou este ano, pela primeira vez, a responder escrevendo

também em cabo-verdiano.

A prática de escrita de cartas é muito comum na turma, por iniciativa própria,

para colmatar a distância ou sempre que o afeto obriga a marcar as situações com uma

palavra especial (logo, uma palavra escrita).

O processo de consolidação da biliteracia tem beneficiado das observações das

aulas e das análises dos textos produzidos pelas crianças, no âmbito da investigação ou

das atividades escolares. Os problemas linguísticos recorrentes, detetados pelos

investigadores, em cada um dos alunos, são assinalados junto dos professores, quer pela

coordenadora, quer por Vanessa Antunes, no acompanhamento semanal da turma,

apoiando a atuação posterior a nível do ensino individualizado.

Desenvolvimento da comunicação oral em língua cabo-verdiana

Foram desenvolvidos e exercitados vocabulário e estruturas gramaticais menos

explorados nos anos anteriores (nomeadamente, o sistema básico de tempo, modo e

aspeto (TMA) associado aos verbos e a distinção entre verbos estativos e não estativos),

bem como a expressão de atos linguísticos próprios da linguagem do quotidiano

(perguntas, pedidos, ordens…), marcados pelas regras pragmáticas de uso em contextos

mais ou menos formais.

Como garante da capacidade de fluência na verbalização oral, deu-se grande

atenção à aquisição de vocabulário básico e temático, pelo que os alunos continuaram a

recolher palavras, a registá-las e a guardá-las no seu Tesouro das palavras crioulas,

4 Ver Anexo B.

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traduzindo-as para enriquecer o Tesouro das palavras portuguesas.

Reflexão metalinguística

Foi introduzida a terminologia gramatical definida pelo programa de língua

portuguesa e retomada no programa de língua cabo-verdiana (classes de palavras, tipos

de frase, género, número…) e reforçou-se o contraste explícito entre as duas línguas.

Muitas das estruturas assinaladas como problemáticas, nas produções

linguísticas das crianças, serviram de base à elaboração e à aplicação de exercícios

conducentes à reflexão metalinguística.

Este processo tem tido efeitos notórios na aprendizagem e na correção das

produções dos alunos. A título de exemplo, refere-se o facto de a reflexão, durante

algumas sessões, na aula de português e na aula de crioulo, sobre a expressão do tempo,

ter feito com que erros gramaticais por hipergeneralização, recorrentes na interlíngua de

algumas crianças de origem portuguesa, fossem, em pouco mais de um mês, totalmente

erradicados das suas produções em crioulo.

As crianças desenvolveram, assim, um especial gosto por aulas de teor

metalinguístico, verbalizando espontânea e sistematicamente as suas intuições

gramaticais. Um bom exemplo é dado pela professora de cabo-verdiano, Ana Josefa

Cardoso, no seu diário das aulas (vejam-se, no Anexo C, outros relatos, do mesmo tipo):

O José traduziu ten sapatu burmedju como „tem o sapato vermelho‟ e a Inês

corrigiu: tem sapatos vermelhos, e argumentou que, no cabo-verdiano, não era

necessário marcar o plural porque os sapatos se vendiam aos pares. A Catarina, com um

tom irónico, acrescentou: «Assim parece que o outro sapato é de outra cor…»

(aula de 14 de março de 2011)

Investigação

A investigação, longitudinal e comparativa, tem múltiplas componentes, nas

áreas da língua portuguesa, da língua crioula, das atitudes sociolinguísticas e dos

resultados escolares. Apoiada, em termos científicos, pela consultora Joana Duarte,

especialista de educação bilingue, da Universidade de Hamburgo (com a qual houve

reuniões de trabalho, em dezembro de 2010 e em junho de 2011), tem sido objeto de

cuidado especial, nesta fase do Projeto.

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De agosto a outubro de 2010, deu-se continuidade à análise dos dados recolhidos

no 2.º ano de escolaridade, segundo critérios já apresentados no relatório anterior. Para

o efeito, recorremos, assim, à Prof.ª Maria Eugénia Graça Martins, responsável pelo

Departamento de Estatística e Investigação Operacional da FCUL (Faculdade de

Ciências da Universidade de Lisboa), para discussão e revisão da análise estatística dos

relatórios de avaliação elaborados até à data. Durante este período foi ainda definido o

plano de investigação para o segundo biénio.

Posteriormente (de 23 de novembro de 2010 a 19 de maio de 2011), foram

realizados, na turma bilingue (TB) e na turma de controlo (TC), os seguintes inquéritos

e recolhas de diferentes tipos5:

Testes Linguísticos

Narrativa escrita, a partir de uma sequência de imagens6, também utilizada num

projeto de educação bilingue, em Hamburgo (permitindo a comparação entre os

dados dos dois projetos). Esta mesma narrativa foi escrita em cabo-verdiano,

apenas na TB (novembro de 2010).

Prova de reconhecimento e leitura de palavras (segundo modelo elaborado por

Fernanda Leopoldina Viana e Iolanda da Silva Ribeiro, vencedor do prémio

CEGOC (Centro de Estudos de Gestão e Organização Científica) de 2009

(dezembro de 2010).

«Ditado» da narrativa referida no primeiro ponto, feito pelos alunos com piores

resultados, para determinação das razões do insucesso detetado. O mesmo ditado

foi realizado em crioulo, apenas na TB (janeiro de 2011).

Descrição de uma imagem, cedida pela consultora Joana Duarte, para futuras

comparações com o projeto de educação bilingue de Hamburgo (fevereiro de

2011).

5 Ver Anexo D.

6 Ver Anexo E.

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Testes de avaliação subjetiva sobre as línguas e as aprendizagens

Questionário para testar as atitudes dos alunos em relação às línguas e aos

grupos sociais (maio de 2011).

Teste de avaliação subjetiva sobre os efeitos mútuos da aprendizagem do

português e do cabo-verdiano (maio de 2011).

Outros inquéritos

Questionário sobre práticas literárias dos alunos e das famílias (retirado de «Os

estudantes e a Leitura» (2007), Gabinete de Estatística e Planeamento da

Educação) (outubro de 2010).

Questionário sobre as habilitações literárias dos pais (dezembro de 2010).

Inquérito aos professores sobre o desenvolvimento do projeto (julho de 2011).

Testes linguísticos

Todos os testes linguísticos foram já objeto de análise, de acordo com

parâmetros previamente definidos7. Os resultados, prontos para publicação, no site do

ILTEC, são favoráveis, em todas as atividades, na maioria dos parâmetros, à TB.

Tomemos dois casos exemplares:

Os resultados obtidos na última atividade de produção escrita em língua

portuguesa (descrição de uma imagem) revelam uma vantagem significativa da TB em

relação à TC. Na globalidade dos parâmetros em análise observamos que a TB tem 78%

dos alunos em nível verde8, contrastando com os 67% da TC. Na TB, 17% dos alunos

estão em nível amarelo9, situando-se a TC nos 19%. No que diz respeito à percentagem

de alunos em nível vermelho10

, a TB tem apenas 6%, tendo a TC mais do dobro desta

percentagem, 14% (Quadro 1).

7 Ver em anexo (Anexo F), a título de exemplo, os parâmetros de análise da narrativa escrita.

8 Considera-se que o aluno está globalmente no nível verde se atingiu uma percentagem de sucesso maior

ou igual a 70%, na totalidade dos parâmetros, de acordo com os critérios definidos para cada um desses

parâmetros. 9 Nível amarelo: se o aluno atingiu uma percentagem de sucesso entre os 40% e os 69%, na globalidade

dos parâmetros. 10

Nível vermelho: se o aluno tem uma percentagem de sucesso igual ou inferior a 39%, na globalidade

dos parâmetros.

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Quadro 1. Descrição

Numa análise longitudinal dos parâmetros referentes à correção ortográfica, em

todas as atividades de produção escrita efetuadas até à data, os resultados mostram que

o eventual receio de que a biliteracia pudesse, de algum modo, prejudicar a escrita da

Língua Portuguesa se revela, como esperávamos, infundado, uma vez que existe não só

uma vantagem significativa da TB em todas as atividades, mas também uma evolução

muito positiva, ao longo do tempo (Quadro 2).

Narrativa 1

(O menino e a abelha)

05.02.2010

Narrativa 2

(Os meninos a pescar)

06.05.2010

Narrativa 3

(O gato e o pássaro)

29.11.2010

Descrição

(O supermercado)

10.02.2011

TB

60% 67% 72% 78%

40% 22% 28% 22%

0% 11% 0% 0%

TC

52% 52% 57% 71%

43% 26% 38% 24%

5% 22% 5% 5%

Quadro 2. Parâmetro da Ortografia

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As análises comparativas entre as produções linguísticas em crioulo e em

português das crianças de ambas as origens, na TB, e o estudo longitudinal das

produções escritas de cada uma das crianças, em crioulo, revelam que o controlo

cognitivo exigido pela biliteracia e pela educação bilingue em geral está a ter efeitos

positivos nas duas línguas, conduzindo:

à ativação e desenvolvimento dos saberes ocultos das crianças de origem crioula;

à consciência aberta dos limites das duas línguas;

as transferências positivas dos conhecimentos adquiridos em cada língua;

à inibição progressiva das transferências negativas;

à orientação de todas as crianças para uma biliteracia funcional.

Na verdade, o desenvolvimento consistente da língua cabo-verdiana, mesmo

nos alunos de origem portuguesa, e apesar do reduzido tempo de ensino (uma hora por

dia) (ver no anexo G o último teste de avaliação escolar em crioulo realizado por uma

aluna inicialmente monolingue), potencia também, como esperado, a aprendizagem do

português. A análise dos aspetos gráficos, vocabulares, gramaticais e textuais tem

revelado uma tendência sustentada para a ausência de transferências negativas

mútuas e, em especial, do crioulo no português, contrariamente à tendência habitual dos

alunos de origem cabo-verdiana inseridos no sistema de ensino monolingue, tal como

revelam as análises das suas produções e tal como é insistentemente referido pelos

educadores.

Testes de avaliação subjetiva

Os testes de avaliação subjetiva, à semelhança do que já acontecera nos anos

anteriores, vêm revelar e confirmar, na maior parte dos casos, uma elevada consciência

linguística dos alunos da TB que se reflete, nomeadamente, em atitudes positivas em

relação às línguas e à sua diversidade. Nota-se também um desenvolvimento das suas

capacidades metacognitivas e metalinguísticas.

No quadro 3 adiante podemos ver algumas respostas dos alunos da TB (inquérito

sobre línguas e aprendizagens11

) à questão: «Achas que aprender crioulo ajuda a

aprender português? Porquê?».

11

Ver Anexo H.

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Catarina «Ajuda a treinar a nossa produção escrita e a ortografia e ajuda a

professora de português.»

Hugo «Porque as duas línguas são fáceis. Porque há várias letras.

Porque ajuda-me a escrever melhor.»

Inês

«Porque a minha professora de cabo-verdiano fala de coisas que um dia

nós

podemos vir a aprender em português.»

Telmo «Porque são línguas muito parecidas.»

Telma «Porque há palavras que são iguais e parece a mesma coisa.»

José «Porque o cabo-verdiano tem muitas coisas diferentes do português

e ajuda a reparar como algumas letras são diferentes.»

Júlio

«Porque às vezes falamos algumas coisas de português mais à frente que

não demos e quando vamos dar já sabemos e também já sabemos muito

bem e conseguimos responder.»

Quadro 3. Inquérito sobre línguas e aprendizagens

Formação das professoras e relação com a comunidade educativa

O contacto com a turma, com a escola e com os pais é feito regularmente por

toda a equipa, embora o acompanhamento e observação semanal da turma bilingue

(e, mais pontualmente, da turma de controlo) bem como a ligação entre as professoras

e a coordenadora sejam da responsabilidade específica de Vanessa Antunes, dedicando-

se Pedro Martins, especialmente, à análise dos dados linguísticos e sociolinguísticos

recolhidos nas duas turmas, para investigação.

A formação das professoras foi feita:

em reuniões periódicas, de grupo, com a presença, sempre que possível, da

coordenadora do 1.º ciclo.

em sessões abertas, de apresentação dos resultados do Projeto:

o no ILTEC, com os consultores e a Diretora do Agrupamento de Escolas

(27 de novembro de 2010)

o na escola, com os professores e a Sub-diretora do Agrupamento de

escolas (6 de abril de 2011)

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o em sessões públicas como o Colóquio «Bilinguismo e Educação

Bilingue», organizado pelo ILTEC, que contou com a presença de toda a

equipa escolar empenhada no Projeto (20 e 21 de junho de 2011).

individualmente, e de acordo com as necessidades de cada professora ou por sua

solicitação:

o por Vanessa Antunes, após a observação das aulas,

o pela coordenadora, em função da observação de algumas aulas e da

análise dos relatórios de Vanessa Antunes, das produções linguísticas das

crianças e do diário de aulas de cabo-verdiano elaborado por Ana Josefa

Cardoso.

As aulas de cabo-verdiano, para as quais não existem modelos de referência,

dado o seu caráter inovador, foram programadas pela professora Ana Josefa, em relação

direta com a coordenadora e após prévia discussão das linhas orientadoras nas várias

componentes da educação bilingue e intercultural.

A relação com a comunidade educativa é ainda assegurada:

pela participação da equipa em todas as reuniões de pais, aos quais se pedem

avaliações do projeto e cuja reação continua a ser muito positiva;

pela promoção e financiamento ou cofinanciamento de atividades culturais, tais

como a criação de uma biblioteca (atrás referida) e a realização de uma visita de

estudo ao Badoca Safari Park, que incluiu a TC12

;

pela presença em eventos escolares, como as festas de final de período ou de

ano, em que se proporciona uma perceção informal das perspetivas dos pais

sobre o Projeto;

pelo incentivo à participação dos pais, na aula.

Produção de documentos e de materiais

Foram publicados on-line, no site do ILTEC, em setembro de 2010, os seguintes

documentos, elaborados no âmbito do Projeto:

Na Kriolu ─ Diário de Aulas da Língua Cabo-Verdiana – Ana Josefa Cardoso e

12

Ver Anexo I.

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30

Dulce Pereira

Ora di Kriolu ─ Programa de língua cabo-verdiana – Dulce Pereira

Plano para o ensino da leitura e da escrita da língua cabo-verdiana ─ Dulce

Pereira

Turma Bilingue e Turma de Controlo ─ Processo de Avaliação Regular – Joana

Loureiro

Turma Bilingue e Turma de Controlo - Processo de Avaliação Periódica –

Joana Loureiro e Pedro Martins.

Foram posteriormente elaborados, e estão prontos para publicação, no referido

site:

1. Vídeo da visita à Turma Bilingue de Ofelia García, especialista em educação

bilingue (22 de junho de 2011).

2. Dário das aulas de cabo-verdiano da professora Ana Josefa Cardoso,

correspondentes ao ano letivo de 2010/2011.

3. Todos os Relatórios finais de avaliação dos dados recolhidos para análise do

desenvolvimento da língua portuguesa, no âmbito da comparação entre a TB e a

TC:

Relatório de avaliação da atividade de narrativa escrita, realizada a 5 de

fevereiro de 2010.

Relatório de avaliação da atividade de narrativa escrita, realizada a 6 de maio de

2010.

Relatório de avaliação da atividade de narrativa oral, realizada a 14 de junho de

2010.

Relatório de avaliação da atividade de narrativa escrita, realizada a 29 novembro

de 2010.

Relatório de avaliação da prova de reconhecimento de palavras, realizada a 10

de dezembro de 2010.

Relatório de avaliação da atividade de ditado, realizada a 13 de janeiro de 2011.

Relatório de avaliação da atividade de descrição, realizada a 10 de fevereiro de

2011.

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31

Estão ainda em fase de elaboração, para publicação no final do projeto, com a

colaboração de professores e alunos:

um vocabulário bilingue

um livro ilustrado pelos alunos, com a compilação de todos os materiais usados

na aula de língua cabo-verdiana, com introdução explicativa da filosofia de

educação bilingue. Será um livro para uso dos professores, em futuras

experiências do mesmo tipo, nomeadamente, em Cabo Verde.

Divulgação nacional e internacional

O Projeto Turma Bilingue tem sido objeto de divulgação, junto das

comunidades científicas e educativas e da sociedade em geral, sob várias formas.

Por solicitação pessoal da Coordenadora Nacional do European Web site on

Integration / Sítio Europeu sobre Integração (www.integration.eu), da Comissão

Europeia, a coordenadora Dulce Pereira elaborou um texto de apresentação do Projeto

Turma Bilingue que está a ser divulgado no referido site, desde agosto de 2010.

Dado o interesse científico e social que tem despertado a Turma bilingue, a nível

nacional e internacional, e tendo em conta a característica de turma aberta que decorre

da filosofia própria da educação bilingue, a turma tem recebido inúmeras visitas:

Por solicitação do ACIDI, a turma bilingue recebeu um grupo de investigadores

islandeses interessados nas boas práticas de integração de imigrantes (11 de

novembro de 2010).

A avaliadora externa do Projeto TEIP (Territórios Educativos de Intervenção

Prioritária), Dra. Sofia Reis, visitou a Turma para observar a aula de cabo-

verdiano (19 de maio de 2011).

A especialista internacional em Educação bilingue, Ofelia García, da City

University de Nova Iorque, esteve com os alunos em 22 de junho de 201113

.

Os meios de comunicação também visitaram a turma para a elaboração de

reportagens e notícias:

A Turma foi visitada pela Dr.ª Isabel Caramelo, responsável pelo Departamento

13

Ver Anexo J.

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de Comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1 de fevereiro de 2011.

O Jornal «O Público» visitou a escola e entrevistou a equipa do ILTEC,

publicando uma notícia em março de 2011.

Uma equipa de reportagem da Câmara Municipal da Moita, coordenada pela

Dra. Célia Cruz, assistiu a uma aula e entrevistou os alunos e as professoras, em

17 de maio de 2011.

Dulce Pereira foi entrevistada sobre a Turma Bilingue no Programa de rádio

Páginas de Português, no dia 19 de junho de 2011.

Na sequência das referidas visitas,

A Turma Bilingue foi notícia e capa da Newsletter de março, da F. C.

Gulbenkian14

.

Foi publicada uma nota informativa no «Boletim Municipal da Moita» (n.º 58),

abril de 2011.

Foi publicado um artigo sobre a Turma Bilingue na revista municipal «Maré

Cheia – agenda de eventos do concelho da Moita» n.º 89, junho de 2011.

Foi realizada uma vídeo-reportagem («Aqui tão perto…») que se encontra

disponível no portal da Câmara Municipal da Moita e no Youtube

(http://www.youtube.com/watch?v=_mybN1-cxfo).

Reciprocamente, a Turma Bilingue participou na exposição da Feira de Projetos

Educativos da Moita, com o poema criado pelos alunos, coletivamente, «Mudjer

Mistériu», alusivo à primavera.

O Ministério da Educação interessou-se pela divulgação do Projeto, através da

Dra. Maria Isabel Silva, tendo sido publicada informação sobre a correspondência

escolar entre a turma bilingue e a turma de Flamengos, em Cabo Verde, em panfletos

elaborados pelo GEPE- Ministério da Educação, no âmbito da Cooperação com os

PALOP, e que foram distribuídos na iniciativa do IPAD (Instituto Português de Apoio

ao Desenvolvimento) «Os dias do Desenvolvimento», em 5 e 6 de maio de 2011.

Comunicações em reuniões científicas

O projeto Turma Bilingue foi objeto de comunicações realizadas pela equipa:

14

Ver Anexo L.

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Na Conferência Nacional do TEP (Teacher Education Partnership) português,

Programa Lifelong Learning Programme: European Core Curriculum for

Mainstreamed Second Language Teacher Education (EUCIM-TE) sobre a

temática do PLNM, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 18 de

outubro de 2010, com a comunicação convidada, «Turma Bilingue» – Joana

Loureiro.

No âmbito das Jornadas ILTEC, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

da Universidade Nova de Lisboa, 24 de março de 2011 – Dulce Pereira e Pedro

Martins, com a participação da Diretora do Agrupamento de Escolas do Vale da

Amoreira.

No Colóquio Educação Bilingue e Bilinguismo, Fundação Calouste

Gulbenkian, 20 de junho de 2011, com as comunicações:

o «Turma Bilingue – O Futuro Perfeito» – Dulce Pereira.

o «Turma Bilingue – Efeitos da educação bilingue no desenvolvimento da

língua portuguesa» – Pedro Martins e Vanessa Antunes.

o «Ensinar cabo-verdiano: um projeto necessariamente inovador» – Ana

Josefa Cardoso.

No Colóquio Anual da ACBLPE (Associação de Crioulos de Base Lexical

Portuguesa e Espanhola), com a comunicação «Aquisição e aprendizagem da

língua cabo-verdiana em contexto semiformal de educação bilingue», FLUP,

Porto, 7 e 8 de julho de 2011 – Dulce Pereira.

Outras apresentações e formas de divulgação

O Projeto foi também apresentado pela equipa:

Na Expolíngua, a convite da Agência Nacional para a Aprendizagem ao Longo

da Vida (APALV), 5 de novembro de 2010 ─ Dulce Pereira.

No agrupamento vertical de Escolas Vale da Amoreira, no Encontro sobre

«Educação em contextos Multiculturais», com a comunicação «Turma Bilingue:

“Si ka fila tudu, ta fila un ponta”: a diversidade cultural e linguística», 27 de

novembro de 2010 – Ana Josefa Cardoso.

No agrupamento vertical de Escolas Vale da Amoreira, numa ação de

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formação promovida pelo Projeto Entre Línguas, designada Bilinguismo no

desenvolvimento de competências transversais – O Projeto Bilingue, 6 de abril

de 2011 – Dulce Pereira, Pedro Martins.

Pedro Martins participou, como representante convidado do Projeto, na

«Working with Linguistic Diversity: European Core Curriculum for Teacher Education

Dissemination Conference» – King‟s College, Londres, 12 e 13 de novembro de 2010.

Enquanto coordenadora do Projeto Turma Bilingue, Dulce Pereira foi convidada

como consultora (dezembro de 2008 a novembro de 2010) do Comenius Multilateral

Project EUCIM-TE (parceiro português - Univ. do Minho), cofinanciado pela

Comissão Europeia, tendo elaborado um parecer sobre o relatório final produzido por

Cristina Maria Moreira Flores, Maria Alfredo Moreira e Orlando Grossegesse: O

Currículo Europeu IALT (European Core Curriculum for Inclusive Academic Language

Teaching), adaptação nacional: Portugal.

Publicações

Foram publicados ou estão em vias de publicação os seguintes artigos e

capítulos de livros que versam sobre o projeto Turma Bilingue:

Dulce Pereira (com Joana Duarte) (2011) «Didactical and School Organisational

Approaches in Bilingual Schools: The Cases of Portuguese-Creole in Lisbon and

Portuguese-German in Hamburg», em Brian Hudson and Meinert A. Meyer

(eds.) Beyond Fragmentation: Didactics, Learning and Teaching. Opladen &

Farmington Hills, MI: Barbara Budrich Publishers, 319 – 338.

Dulce Pereira – «Aprender a ser bilingue», capítulo do livro Múltiplos Olhares

sobre o Bilinguismo, organizado por Cristina Flores e outros (no prelo).

Dulce Pereira – «Histórias Bilingues». A publicar no livro de homenagem à

Professora Isabel Hub Faria, organizado por Armanda Costa e outros, FLUL.

Dulce Pereira, Pedro Martins e Vanessa Antunes – «Educação bilingue e

aprendizagem do português em contexto multilingue» – Capítulo do livro

«Português Língua Não Materna: Investigação e Ensino», organizado por

Cristina Flores, Rosa Bizarro e Maria Alfredo Moreira (no prelo).

Autores vários. (2011) «Bilinguismo e Educação Bilingue» – livro de resumos

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35

alargados do Colóquio «Educação Bilingue e Bilinguismo», ILTEC15

.

Relações com Cabo Verde

O interesse de Cabo Verde no Projeto Turma Bilingue e nos seus resultados tem

sido manifestado, em várias ocasiões e sob várias formas, pelos responsáveis do

Governo, em particular das áreas da Cultura e da Educação.

A coordenadora Dulce Pereira recebeu a medalha de mérito de 1.ª classe,

atribuída pelo Presidente da República de Cabo Verde, pela sua atividade académica e

científica, em 25 de novembro de 2010.

Dulce Pereira recebeu um convite para apresentar o Projeto em dois workshops,

na Universidade de Cabo Verde, e em conferências na cidade da Praia.

A Ministra da Educação e Desporto de Cabo Verde, em mensagem pessoal a

Dulce Pereira, manifestou o seu apoio à realização do Colóquio Educação Bilingue e

Bilinguismo e enviou uma representante, através da Embaixada de Cabo Verde em

Portugal.

A Ministra propôs ainda mediar uma futura partilha de experiências entre a

equipa do Projeto e a URC (unidade de revisão curricular) de Cabo Verde.

Perspetivas e atividades futuras

Entrando a turma bilingue no 4.º ano de escolaridade (último do projeto) e uma

vez criados, nos alunos, hábitos de leitura e de escrita, de uso funcional das línguas, de

curiosidade pelo saber e pelo conhecimento das diferentes línguas e culturas, de

pensamento reflexivo e crítico, de diálogo e cooperação com os outros, a ação

educativa incidirá, prioritariamente:

na consolidação e no aprofundamento dos saberes escolares adquiridos, em

particular no domínio das línguas e da biliteracia;

na criação de situações de dramatização que favoreçam o exercício da oralidade

em língua crioula;

no desenvolvimento do vocabulário escolar;

na correção e no rigor da expressão;

15

O livro é enviado em anexo ao presente Relatório.

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no reforço da reflexão metalinguística e da análise contrastiva, dando atenção às

estruturas textuais e gramaticais e às regras de uso das línguas em situações mais

ou menos formais;

Para tal, procurar-se-á que os professores, apoiando-se nos resultados da

investigação, tenham uma intervenção direta e diferenciada junto de cada criança, de

modo a estimular o seu aperfeiçoamento e a sua autocorreção.

A elaboração e edição de materiais produzidos com a colaboração das próprias

crianças, enquanto autoras, serão uma forma privilegiada de dar sentido a esse objetivo,

ao mesmo tempo que se incentiva a autonomia e o espírito criativo.

Em termos de investigação:

está previsto, no plano definido com a consultora Joana Duarte, um momento de

avaliação especial, no final do ano letivo, a partir de um teste oral e escrito de

descrição e de explicação de uma imagem, nas duas línguas; o mesmo teste será

aplicado, para comparação, na turma de controlo;

à semelhança do que já aconteceu no final do 3.º ano, procurar-se-á que os testes

de avaliação periódica dos professores da TB e da TC, em língua portuguesa,

sejam os mesmos, de modo a comparar os resultados; essa comparação será feita

também a partir das provas de aferição oficiais, no final do 1.º ciclo;

serão feitos estudos de caso, analisando a evolução das crianças da TB, em

português e em crioulo, através dos dados escritos, recolhidos ao longo dos

quatro anos do projeto;

procurar-se-á estudar o impacto do projeto na comunidade educativa, inquirindo

as crianças, os pais, os professores e os coordenadores escolares;

O próximo ano será necessariamente dedicado à organização e produção de

documentos para publicação, em especial, materiais pedagógicos e didáticos,

produções das crianças, relatos diários de aulas e relatórios de avaliação.

Espera-se ainda poder realizar um DVD que dê conta, globalmente, das

diferentes fases e dimensões do projeto, fazendo a sua história.

Dada a necessidade de acompanhar as aulas e de fazer a avaliação do projeto até

ao final do ano letivo, a edição dos documentos deverá prolongar-se até ao início de

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2013, por forma, nomeadamente, a integrar os dados recolhidos em junho de 2012.

Dada a extensão e complexidade do trabalho a realizar e a reduzida dimensão da

equipa, prevê-se que a professora Ana Josefa Cardoso venha a colaborar semanalmente,

algumas horas, na investigação relativa à língua cabo-verdiana e na produção e edição

de materiais.

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38

Referências bibliográficas

Bialystok, Ellen (2005) «The impact of bilingualism on language and literacy

development», in Tej K.Bhatia & William C. Ritchie (eds.) (2005), The Handbook of

Bilingualism, Oxford, Blackwell Publishing , pp. 577-601.

Bialystok, Ellen (2007) «Cognitive Effects of Bilingualism: How Linguistic Experience

Leads to Cognitive Change», The International Journal of Bilingual Education and

Bilingualism, vol. 10, n. º 3, pp. 210-223.

Hornberger, Nancy H. (2002). Multilingual Language Policies and The Continua of

Biliteracy: An Ecological Approach. Language Policy 1: 27–51.

García, Ofélia, Lesley BARTLETT & JoAnne Kleifgen (2007), «From biliteracy to

pluriliteracies», in Peter Auer & Li Wei (eds.) (2007), Handbook of Multilingualism and

Multilingual Communication, Berlim, N. Iorque, Mouton de Gruyter, pp. 207-228.

Kabuto, Bobbie (2011), Becoming Biliterate ─ Identity, ideology, and learning to read

and write in two languages, N. Iorque, Routledge.

Lindholm-Leary, Kathryn J. (2001), Dual Language Education, Clevedon, Multilingual

Matters.

García, Ofélia (2009), Bilingual Education in the 21st century: A global perspective,

Oxford, Basil Blackwell.

Duarte, Joana (2010), Bilingual language proficiency. A comparative study, N.

Iorque/Münster, Waxmann.

Center for applied linguistics (2010), Directory of Two-Way Bilingual Immersion

Programs in the U.S., disponível em http://www.cal.org/twi/directory, consultado em

6/09/10.

Conselho da Europa (2007). From Linguistic Diversity to Plurilingual Education: Guide

for the Development of Language Education Policies in Europe. Estrasburgo.

(Acessível em: http://www.coe.int/lang).

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ANEXOS

Criação e aplicação de estratégias e materiais conducentes

ao sucesso educativo dos alunos PLNM

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Anexo 1

OBSERVAÇÃO DE AULAS DE PLNM

1. Informações gerais

Data

Horário

Duração

Escola

Professora

Alunos presentes

Alunos acompanhados ILTEC

2. Ensino de conteúdos

3. Desempenho dos alunos de PLNM

4. Outras observações

Matéria (Sumário)

Estruturação da aula

Alterações ao P.I.

Brochuras

Estratégias

Materiais utilizados

Observações

(nome aluno PLNM 1) (nome aluno PLNM 2)

Observações do investigador

Observações do professor

Observações dos alunos

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Anexo 2

OBSERVAÇÃO DE AULAS CURRICULARES

1. Informações gerais

Data

Escola

Aula

Professora

Turma

Nº de Alunos presentes

Alunos PLNM presentes

2. Ensino de conteúdos curriculares

3. Os alunos de PLNM

4. Outras observações

Matéria (Sumário)

Estruturação da aula

Materiais utilizados

Observações

Onde estão sentados

Tutoria por outros alunos

Apoio individualizado

Relação com os outros alunos

Consegue acompanhar

Consegue fazer as atividades

Pede ajuda quando tem dificuldades

Avaliação diferente

Comentário dos alunos PLNM

Observações do investigador

Observações do professor

Observações do aluno

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Anexo 3

Alunos (ano escolar, idade, língua materna):

Brochura e atividade:

Que adaptações foram feitas e porquê:

Aprendizagens dos alunos:

Dificuldades dos alunos:

Dificuldades do professor:

Anexos (digitalizações de materiais produzidos pelos alunos, atividade criada pelo professor a partir

da sugestão da brochura, …):

Equipa do ILTEC,

Novembro-dezembro de 2010

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Anexo 4

Data Sessão

01.10.2010 Apresentação do plano de trabalho para o ano letivo de 2010/2011

e entrega de Brochuras.

22.10.2010 Quem sou eu em Portugal: do que sinto ao que faço.

Reflexões sobre identidade e estratégias de aculturação.

12.11.2010 Apresentação do enquadramento legal de PLNM; alguns

esclarecimentos sobre a ficha sociolinguística; nova apresentação das

estratégias; apresentação por parte dos professores da aplicação de

atividades das brochuras.

26.11.2010 Os alunos de PLNM e a aprendizagem de conteúdos escolares.

07.01.2011 Apresentação da dimensão de investigação do projeto:

o modelo investigação-ação.

28.01.2011 Aprendizagem da língua em trabalho autónomo –

planear, realizar e avaliar atividades.

11.02.2011 Aprendizagens interculturais – conceitos, práticas e brochura.

25.02.2011 Apresentação dos trabalhos que os professores têm desenvolvido

com os alunos de PLNM.

18.03.2011 Oralidade e Escrita: o que se ensina e como se avalia.

29.04.2011 Avaliação em PLNM.

27.05.2011 Análise do erro e o feedback aos alunos.

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Anexo 5 - Questionário de Avaliação do Projeto 2010/2011

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Anexo 6 – Inquérito

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ANEXOS

Turma Bilingue

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AAnneexxoo AA

AA BBiibblliiootteeccaa

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AAnneexxoo BB

TTrraabbaallhhoo ssoobbrree EEuuggéénniioo TTaavvaarreess

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AAnneexxoo CC

EExxcceerrttooss ddoo DDiiáárriioo ddee AAuullaass ddaa PPrrooffeessssoorraa ddee CCaabboo--vveerrddiiaannoo,, AAnnaa JJoosseeffaa CCaarrddoossoo

No reconto houve uma intervenção da Edna que veio introduzir uma expressão nova: El da fé, el

odja ma Lobu staba la. Pedi à Edna que traduzisse o que tinha dito para português e ela

traduziu: “Ele deu fé que o Lobo estava lá”. Perguntei à turma se todos sabiam o significado da

expressão „dar fé de‟ e quase todos os alunos de origem cabo-verdiana sabiam o significado em

crioulo, mas diziam não ter a certeza se em português queria dizer o mesmo. Pedi então à Edna

que explicasse aos colegas o que sabia sobre esta expressão e aqui vai a explicação: “ Em cabo-

verdiano pode ser „dar conta de uma coisa‟...ou „ficar a saber de uma coisa‟, mas se for alguém

que gosta di da fé é alguém que gosta de bisbilhotar. Em português, acho que quer dizer só „dar

conta‟ ou „saber de alguma coisa‟”.

5/01/2010

…continuámos a leitura da história em banda desenhada do Lobu ku Xibinhu e o reconto. Os

alunos estão muito entusiasmados com a história e as tropelias do Ti Lobu. Questionam o facto

de o Ti Lobu não ser mau,. Acham que, conforme disse o Diogo, “ Ele dá pa esperto mas é

bacan”.

O Diogo frequentemente constrói frases em que mistura o caboverdiano com o português.

Aproveitei para perguntar se todos tinham entendido a frase do Diogo e se estava correcta.

O José aproveitou para dizer que a frase tinha um problema, estava em português mas tinha

palavras caboverdianas: a palavra bakan.

A Janice ofereceu-se para explicar o significado da palavra: “Bakan é palerma. O Ti Lobu é

palerma e no fim sofre sempre”.

6/01/2010

A Inês também escreveu várias frases, mas tem um problema com o uso do ta: ela ainda não

percebeu que não pode utilizar esta partícula com todos os verbos. Escreveu a frase Ami N ta é

pikinóti. A Massuira corrigiu-a, mas não soube explicar porque é que o verbo é não leva ta.

Disse apenas que soava mal e que não sabia explicar porquê.

14/01/2010

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Uma aula de linguística

Hoje foi uma aula espantosa!

A Janice e a Edna tinham dito à Ana Carina [professora de Português] que falavam crioulos

diferentes, porque a Edna era sanpadjuda [de fora da ilha de Santiago] e a Janice era badia [da

ilha de Santiago].

Então hoje levei um mapa de Cabo Verde para fazer a distinção entre Sotavento e Barlavento e

mostrar onde estariam os badius e os sanpadjudus.

Estavam mesmo entusiasmados e fizeram inúmeras perguntas.

Fiz um levantamento das ilhas onde tinham as suas raízes. Diogo, Ailton., Miriam e Wilson –

Santiago; Edna- Santo Antão; Jéssica – Maio; Axel – Sal e Fogo …

A Edna referiu que a mãe fala um crioulo sanpadjudu muito diferente daquele que aprendem

aqui na escola.

A conversa foi tomando vários rumos e às tantas parecia que estávamos numa aula de

linguística. Falámos sobre a origem dos crioulos, por que é que os crioulos eram assim

designados, falamos das línguas que estão extintas ou em vias de extinção, falámos dos crioulos

de base lexical portuguesa estabelecemos diferenças entre os vários crioulos que conhecem.

Voltámos à questão dos badius e dos sanpadjudus e falámos de outras diferenças culturais,

como os géneros musicais tradicionalmente atribuídos a uns e a outros. Também vimos as ilhas

de onde provêm os sanpadjudus e os badius.

Tivemos de interromper porque tínhamos de sair para o almoço, mas ficou acordado levar textos

escritos nas diferentes variantes e convidar as mães das diferentes ilhas para estarem numa aula.

16/03/2011

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AAnneexxoo DD

QQuuaaddrroo ddooss tteesstteess lliinngguuííssttiiccooss

(encontram-se assinaladas a verde as atividades referentes ao período compreendido entre agosto de 2010 e julho de 2011)

Português Cabo-verdiano

Oralidade Escrita Ditada Escrita Oralidade

Escrita

Ditada Escrita

Produção Produção Produção Leitura

Produção Produção Produção Leitura

TB TC TB TC TB TC TB TC

1.º

an

o

03.’09

17.06.’09

03.’09

17.06.’09

2.º

an

o

14.06.’10

31.05.’10

21.01.’10

26.01.’10

15.03.’10

15.03.’10

02.06.’10

21.01.’10

05.02.’10

09.02.’10

10.03.’10

06.05.’10

04.05.’10

3.º

an

o

13.01.’11

13.01.’11

29.11.’10

23.11.’10

10.12.’10

09.12.’10

24.02.’11

25.11.’10

10.02.’11

10.02.’11

13.01.’11

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QQuuaaddrroo ddooss tteesstteess ddee aavvaalliiaaççããoo ssuubbjjeeccttiivvaa ssoobbrree aass llíínngguuaass ee aapprreennddiizzaaggeennss (encontram-se assinaladas a verde as atividades referentes ao período compreendido entre agosto de 2010 e julho de 2011)

Testes de avaliação subjectiva sobre as línguas e as aprendizagens

Turma

Bilingue Turma de Controlo

1.º

an

o

Dados sociolinguísticos

2.º

an

o

Sobre as línguas em geral

09.10.2009

17.11.2009

Sobre as aprendizagens em geral

16.10.2009

Sobre as línguas e os diferentes países

21.01.2010

26.01.2010

Sobre aprender palavras novas

18.03.2010

3.º

an

o Sobre a relação entre profissões e línguas

12.05.2011

19.05.2011

Sobre os efeitos mútuos da aprendizagem do português e do cabo-

verdiano

19.05.2011

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QQuuaaddrroo ddee oouuttrrooss iinnqquuéérriittooss (encontram-se assinaladas a verde as atividades referentes ao período compreendido entre agosto de 2010 e julho de 2011)

Turma Bilingue Turma de Controlo

Pais Alunos

Professora

PT

Professora

CCV Pais Alunos Professora

2.º

an

o

Inquérito aos professores sobre o

Projeto

1.º período

1.º período

Inquérito aos alunos sobre os

hábitos de leitura/línguas

1.º período

3.º

an

o

Inquérito aos alunos sobre práticas

literárias

08.10.2010

08.10.2010

Inquérito sobre as habilitações

literárias dos pais

Dez. 2010

Dez. 2010

Inquérito aos professores sobre o

Projeto

20.07.2011

10.07.2011

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AAnneexxoo EE

TTeessttee ddee nnaarrrraattiivvaa eessccrriittaa

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NNaarrrraattiivvaa eessccrriittaa eemm ppoorrttuugguuêêss ppoorr uummaa aalluunnaa ddee oorriiggeemm ccrriioouullaa

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NNaarrrraattiivvaa eessccrriittaa eemm ccrriioouulloo ppoorr uummaa aalluunnaa ddee oorriiggeemm ppoorrttuugguueessaa

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AAnneexxoo FF

PPaarrââmmeettrrooss ddee aavvaalliiaaççããoo ddaa nnaarrrraattiivvaa eessccrriittaa

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AAnneexxoo GG

TTeessttee ddee aavvaalliiaaççããoo ddee ccrriioouulloo ddee uummaa aalluunnaa ddee oorriiggeemm ppoorrttuugguueessaa

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AAnneexxoo HH

IInnqquuéérriittoo ssoobbrree llíínngguuaass ee aapprreennddiizzaaggeennss

IINNQQUUÉÉRRIITTOO

1. É diferente escrever em cabo-verdiano e escrever em português?

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_________________________________________________________

1.1. Porquê?

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_________________________________________________________

_________________________________________________________

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_________________________________________________________

1.2. Dá exemplos dessas diferenças.

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2. Qual é para ti a língua em que é mais fácil escrever?

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2.1. Porquê?

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_________________________________________________________

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3. Já alguma vez, em alguma situação, sentiste que foi importante

para ti teres aprendido a falar crioulo? Quando?

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_________________________________________________________

4. Achas que aprender crioulo ajuda a aprender português?

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4.1. Porquê?

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5. Indica um verbo em português e um verbo em cabo-verdiano.

Verbo em português Verbo em cabo-verdiano

6. Indica um adjectivo em português e um adjectivo em cabo-

verdiano.

Adjectivo em português Adjectivo em cabo-verdiano

7. Indica um substantivo em português e um substantivo em cabo-

verdiano.

Substantivo em português Substantivo em cabo-verdiano

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AAnneexxoo II

VViissiittaa ddee ffiimm ddee aannoo aaoo Badoca Safari Park

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AAnneexxoo JJ

VViissiittaa ddaa PPrrooffeessssoorraa OOffeelliiaa GGaarrccííaa àà TTuurrmmaa BBiilliinngguuee

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AAnneexxoo LL

CCaappaa ddaa NNeewwsslleetttteerr ddaa FFuunnddaaççããoo CCaalloouussttee GGuullbbeennkkiiaann

“Nós já aparecemos na TV e já aparecemos no jornal… nós somos uma turma bilingue.”

(comentário de uma aluna da TB sobre o artigo publicado na newsletter da Fundação

Calouste Gulbenkian).