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INF1403 – Introdução a IHC© Profa. Clarisse S. de Souza
111
Modelagem de Tarefas e Interação
INF1403 – Introdução a IHCAula 21
21/05/2014
INF1403 – Introdução a IHC© Profa. Clarisse S. de Souza
Referência para a aula• Modelagem de Tarefas
– Barbosa e da Silva, 2010 pp. 225-229
• Modelagem de Interação– Barbosa e da Silva, 2010 pp. 229-243
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INF1403 – Introdução a IHC© Profa. Clarisse S. de Souza
3
Modelagem de Tarefa e Interações• Modelo de Tarefas
– Hierarquias de Metas• Metas Dependentes• Composição de Metas
Meta Geral
Sub-Meta 1 Sub-Meta 2 Sub-Meta n
Ação 1 Ação n
Para fazer isto:
Faça isto aqui:
Faça isto aqui:
Para fazer isto:
INF1403 – Introdução a IHC© Profa. Clarisse S. de Souza
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Intenções Imediatas, Plano de Ações, Execução• Modelo de Tarefas
– Hierarquias de Metas• Metas Dependentes• Composição de Metas
Meta Geral
Sub-Meta 1 Sub-Meta 2 Sub-Meta n
Ação 1 Ação n
Intenções
Plano
Ação
Há uma ordem (total/parcial) de
sub-metas e ações?
As sub-metas e ações são todas
necessárias?
Há uma única versão (modo de
fazer/enunciar) para cada sub-meta e
ação?
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Sobre MODELOS DE TAREFAS• Modelos de Tarefas são estruturas hierárquicas. Eles
expressam decomposição de metas em sub-metas até o nível de base (que não é mais decomponivel).
• Portanto, são representados como ÁRVORES, com nós “pais” e nós “filhos”:
• Esta estrutura dá ao “modelo” de tarefas uma lógica de leitura em que PARA <fazer o que está escrito no nó pai> O USUÁRIO DEVE <fazer o que está escrito no nó filho 1, nó filho 2, etc.>.
Nó pai
Nós filhos
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Goal, Operators, Methods, Selection Rules -GOMSProposto por Card, Moran & Newell em 1983
The Psychology of Human-Computer Interaction
• Um modelo que “considera as atividades cognitivas de processamento de informação realizadas pelos usuários”.
• “De acordo com este modelo, os usuários agem racionalmente.”• O modelo permite “fazer previsões sobre o comportamento do
usuário”.
Trechos extraídos de CM&N 1983, p.139.
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Definições• Goals (METAS) – as intenções (finais ou imediatas) dos usuários• Operators (OPERADORES) – ações que o software permite ao usuário
realizar (atuação sobre controles de interface)• Methods (MÉTODOS) – sequências (“well-learned sequences”) de sub-
metas e operadores que levam à consecução de alguma meta superior (ou final)
• Selection Rules (REGRAS DE SELEÇÃO) – regras “pessoais” de decisão sobre qual de vários métodos alternativos possíveis pode/deve ser utilizado quando se quer atingir alguma meta.
”Juntos, metas, operadores, métodos, e regras de seleção descrevem o conhecimento prático (“como-fazer-isso”) que o usuário deve ter para realizar uma tarefa” (John & Kieras, 1996 p. 292)
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CM&N 1983, p. 143
Marca da Estrutura Hierárquica: “Pilha de Metas”
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Modelagem de Interação• Lógica da conversa entre o “preposto do designer” (i.e. o SISTEMA) e o
“usuário”– Nota importante: Na lógica da conversa não aparecem ações de interface.
Por exemplo, um trecho lógico correto de uma conversa entre usuário e sistema para buscar um termo no Google seria:
>> S: Nesta página você pode fazer uma busca na Internet, baseada em termos ou expressões que você forneça.
>> U: Busque <termo(s)/expressão(expressões) fornecidas>
>> S’: Eis o resultado da busca. Quer fazer outra?>> S’’: Não encontrei nada com <termo(s)/expressão(expressões) fornecidas>. Mas
encontrei resultados para <termo(s)/expressão(expressões) similares>. Quer fazer outra busca?Alternativas {
Notem que não se fala em “clique”, “links”, “botão”,
“digite”, etc. Tudo isto já carrega decisões sobre
CONTROLES DE INTERFACE.
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MoLIC: Modeling Language for Interaction as Conversation
• MoLIC é uma linguagem que os designers de IHC podem utilizar para modelar a interação dos usuários com sistemas computacionais, seguindo a metáfora de interação como conversa.
• Modelar a interação na MoLIC é modelar a conversa entre o usuário e o preposto (porta-voz) do designer cristalizado na interface.
Um bom manual de MoLIC está na página da Profa. Simone: http://www-di.inf.puc-rio.br/~simone/publications/07_12_silva.pdf
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MoLIC - Estrutura da Conversa
Diálogos são compostos por
falas do usuário e do preposto do
designer (sistema)
(metas)Objetivos
Signos
Conversa sobre um
tópico
Diálogos
Os signos a serem usados são: Estáticos,
Dinâmicos e Metalinguísticos
Resumindo:
A modelagem de interação éo projeto de TODAS e SOMENTEas conversas que o usuário vai poderter com o sistema para:- captar e metacomunicação do designer- realizar um conjunto de intenções a
que a tecnologia do sistema possa atender
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MoLIC – Elementos BásicosCenas, transições e processos do sistema
CenaIndica uma conversa sobre algum tópico.
TransiçõesFalas que podem mudar o tópico corrente da conversa (isto é, mudam a cena
corrente).
Processos do SistemaMomentos onde o sistema determina o próximo tópico da conversa.
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Um diagrama MOLIC e sua relação com Tarefas
{diálogosinternosà cena}
CENA 1
{diálogosinternosà cena}
CENA 2
U: OK
S: Entendido;estou indo
para a Cena 2
S: Não consigofazer o que pede;corrija ou tenteoutra coisa.
{diálogosinternosà cena}
CENA 3
S: Entendo; só queo que você pediu exigeque antes passemospela Cena 3, a seguir.
S: Entendido; estou indo para a Cena 2
U: OK
Interação que ‘percorre’ o Modelo de
Tarefas sem erros
Interação que detecta erro em relação ao model
de tarefas
Interação que detecta erro em
relação ao model de tarefas mas
colabora com o usuário
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141414
PROBLEMAS COMUNS EM MODELOS DE TAREFA E INTERAÇÃO
INF1403 – Introdução a IHC© Profa. Clarisse S. de Souza
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Sobre MODELOS DE TAREFAS• Modelos de Tarefas, como árvores, não indicam sequências
temporais. Por convenção, lê-se uma árvore “da esquerda para a direita” (ou “de cima para baixo”, quando os nós filhos são dispostos na vertical), o que por contiguidade pode indicar uma ORDEM entre nós filhos.
• Como ORDEM de sub-metas e tarefas é muito importante, e como em vários cenários de interação “não há ordem necessária”, é preciso MARCAR quando a ordem é imposta ou não. O mesmo acontece com REPETIÇÃO (também chamada de ITERAÇÃO).
1 2
Nó pai
Nós filhos “ordenados”: 1 vem antes de 2.
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Vejam um exemplo de erro comum
Fazer Login
Informar Usuário
Informar Senha
Fazer Login
Informar Usuário
Informar Senha
Errado Certo(árvore “rebatida”)
Fazer Login
InformarUsuário
InformarSenha
Certo
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Sobre MODELOS DE TAREFAS (cont.)• Modelos de Tarefas costumam conter sub-metas ou ações
“alternativas”. Ou seja, estruturas (ou nós finais), que podem ser usados uns no lugar (ao invés) dos outros. Por convenção, nós pais ou nós filhos “alternativos” são indicados numa árvore por uma LETRA (A, B, C…), correspondente à alternativa.
• Existem sub-metas e tarefas “opcionais”, o que a rigor é equivalente a um modelo com duas alternativas: uma que realiza o que o nó pai indica, outra que não realiza nada. Mas, por conveniência marcamos sub-metas e tarefas alternativas por um contorno tracejado.
A B
Nó pai
Nós filhos “alternativos”: ou a sub-meta do pai se realiza por via de A ou por via de B.
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Mais um exemplo de erro comum
Buscar Itens
Acionar Busca
Errado
Informar ItemDesejado
Verificar ItensEncontrados
Buscar Itens
Acionar Busca
Certo(ordem fixa)
Informar ItemDesejado
Verificar ItensEncontrados
1
2
3
*Repetição de 1 a n vezes
Fazer Compras
Ver Carrinho
Pegar Mercadoria? *
?
Certo (ordem livre)
*
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E mais erros comuns
Copiar
Apertarteclas
CTRL+C
Clicar sobreícone
Errado
Copiar
Apertarteclas
CTRL+C
Clicar sobreícone Certo
(para modelos que vão até a ação de interface)
A B
Finalizar Processo
Salvardocumento
Fecharaplicativo
Errado
Imprimirdocumento
A,B A,BB
Finalizar Processo
Salvardocumento
Fecharaplicativo
Certo (para modelos mais abstratos)
Imprimirdocumento
1? 2? 3
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Notação para Modelos de TarefasFONTE: Barbosa e da Silva (2010) Interação Humano-Computador. P. 226
1 2
Sub-tarefas sequenciais ordenadas (rótulos numerais)
1? 2?
Sub-tarefas sequenciais não-ordenadas (rótulos numerais + “?”)
A B
Sub-tarefas alternativas (rótulos literais + “” na raiz da alternativa)
*
Marca de tarefa iterativa(* = repetida 1, 2, 3 … n vezes)
Marca de tarefa opcional(Obs: As sub-tarefas filhas provavelmente não serão opcionais. Por exemplo, você pode ou não pegar um ônibus para o trabalho; mas se pegar, tem de seguir vários passos obrigatórios.)
Marca de tarefa ubíqua(“” = tarefa pode ser realizadaa qualquer momento no plano demetas. Por exemplo: “Sair”.)
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Sobre MODELOS DE INTERAÇÃO1. Modelos de Interação são grafos direcionados, com nós e
arestas tipados e rotulados. Um grafo direcionado é aquele onde as arestas têm uma direção (indicada por uma seta).
Grafo direcionadogenérico
U: Quero me logar.
LoginD: …U: …
U: Esquecimeu login
Recuperação dadosD: …U: …
D: OK, vamosrecuperar.
U: O emailé <…>.
Grafo direcionadode um Modelo (Parcial)
de Interação
D: OK.…
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Notação [*parcial*] para Modelos de InteraçãoFONTE: Barbosa e da Silva (2010) Interação Humano-Computador. Pp. 232-242
Processamento (caixa preta)do sistema
Fala do UsuárioU: <mensagem>
Fala do Designer,através da interface(preposto do designer)
D: <mensagem>
<Título> Cena de Conversação( sobre o tópico <Título> )
Quando a linha é tracejada,sinaliza “cena de alerta”.
U: < … >
U: Fim deconversa.
Sinal de Aberturade Conversa
Sinal de Encerramentode Conversa
Fluxo “progressivo” de conversa(interlocutores avançam rumo ao objetivo)
Fluxo “regressivo” de conversa(interlocutores dão um passo atrás,comumente por causa de erro, mudançade objetivo, desistênciam por exemplo)
Fluxo “progressivo, parcelado” de conversa(interlocutor “falante” vai entregando suamensagem em pacotes, que o interlocutor“ouvinte” vai lendo à medida que recebe)
Fluxo “regressivo, parcelado” de conversa-- Este exemplo não está no livro, mas
faz parte da notação.
Precondição para a conversaque se segue
Precond: ____< … >
<Alerta>
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Sobre MODELOS DE INTERAÇÃO1. Todas as arestas de um Modelo de Interação MOLIC são rotuladas por
falas, seja do usuário (“u: <fala>”), seja do sistema (marcado como “s:<fala>”, “d:<fala>” de designer ou “p:<fala>” de preposto).
2. Todas as cenas de um Modelo de Interação MOLIC são rotuladas pelo nome dado ao tópico de conversação na cena (por exemplo, “Login” ou “Encerramento”).
3. Todo Modelo de Interação MOLIC deve ter pelo menos um ponto de entrada (início de conversa) e pelo menos um ponto de saída (encerramento de conversa). Modelos PARCIAIS por vezes omitem o ponto de saída, devendo-se marcar explicitamente que o modelo está incompleto (por exemplo com algo como “///” ou “…” na extremidade de uma aresta direcionada).
U: continue S: OK …Análisede Dados
U: Analise
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Veja um exemplo de erro comum
LoginD: …U: …
U: Esquecimeu login
Recuperação dadosD: …U: …
Errado
LoginD: …U: …
U: Esquecimeu login
Recuperação dadosD: …U: …
D: OK
U: Quero me logar.
U:Eis omeu email.…Certo
D:…U:…
U: Esquecimeu login
D: …U: …
Errado
D: OK
U: Quero me logar.
Login
U: Esquecimeu login
Recuperação dados
D: OK
U: Quero me logar.
U:Eis omeu email.
///Certo
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Sobre Modelos de Interação• Um Modelo de Interação se constroi com refinamentos
sucessivos. Nos estágios INICIAIS da modelagem É UMA BOA PRÁTICA MARCAR EXPLICITAMENTE TODAS AS FALAS, de usuário e sistema, mesmo que posteriormente seja possível decidir que certas falas do sistema (ou mesmo do usuário) podem ser “omitidas” do modelo porque estão sub-entendidas no modelo.
• Nos estágios iniciais da Modelagem de Interação deve-se analisar se não há erros comuns de modelagem como, por exemplo, colocar o usuário em loop, não prever pedidos de ajuda ou tratamento de erros, ou mesmo propor uma conversa sem lógica.
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Veja exemplos de erros comuns
LoginD: …U: …
D: OK.
U: Faça meu login.
U: Acessar o site.
Escolhade
seção
U: Quero … .
///
Errado
LoginD: …U: …
D: OK.
U: Faça meu login.
U: Acessar o site.
Escolhade
seção
U: Quero … .
///
Certo
D: Logine senhanão combinam.Tente outravez.
U: Nãome lembro e loginou senha.E agora? ///
D: Vamosrecuperarseus dados.
Encerramento
U: Queroencerrar /
sair.
LoginD: …U: …
U: Faça meu login.
Escolhade
seção
U: Quero … .
///
ErradoAjuda
U: Precisode ajuda.
Ajuda
U: Precisode ajuda.
Encerramento
U: Queroencerrar /
sair.
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Exemplo: Modelo de Interação [*parcial*] onde as conversas entre U e D apresentadas à direita são possíveis.
Trecho de Conversa entre U e DU: Quero me logar no sistema.D: OK. Informe seu login/senha.U: Esqueci meu login.D: OK, vamos recuperá-lo. Você quer me
informar o email de recuperação ou a sua frase-chave?
U: O que é “frase-chave”?D: OK. Veja a resposta para sua pergunta
e outras informações de ajuda que podem interessá-lo para casos de esquecimento de login/senha.
U: Li e entendi.D: OK. Você quer me informar o email de
recuperação ou a sua frase-chave?U: Email de recuperação.D: OK. Qual seu email de recuperação?U: fulano@domínio.sufixoD: OK, veja o alerta que virá a seguir.U: OK, quero tentar me logar novamente.D: OK. Informe seu login/senha.U: Aqui estão.D: OK, você acaba de acessar a área
interna do sistema....
U: Quero me logar.
LoginD: …U: …
U: Esquecimeu login
Recuperação dadosD: …U: …
D: OK, vamosrecuperar.
Ajudasobrerecuperação dados
U: O queé <…> ? D: Veja.
U: Entendi.D: OK,retomando….
Avisode dadosenviados.
U: O emailé <…>.
D: OK.
U: Quero me logar.
D: OK.
U: Eis meulogin esenha.
D: OK.
...Este modelo
está incompleto.Por exemplo,
falta cena para“sair”, que deve
ter acesso ubíquo(mas não só esta).