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Reembolso do IVA de caixa, controlo de emissão de facturas, documentos de trans- porte, gestão do período de trabalho dos tra- balhadores da função pública, etc., etc.. Qualquer um destes temas é familiar à maio- ria das empresas portuguesas. E a gestão de qualquer um deles passa hoje pelos chamados softwares de gestão. Softwares que têm de es- tar atentos a qualquer alteração legislativa, a qualquer nova regra das Finanças ou no Códi- go de Trabalho para se manterem actualiza- dos para as empresas que os procuram. Mas esta constante atenção às novas regras que afectam o software de gestão das áreas da logística, da contabilidade e das finanças ou da gestão de recursos humanos não é o único trabalho das empresas que produzem e ven- dem software de gestão. ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5931 DE 27 DE MAIO DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Software de GESTÃO PUB Chris Ratcliffe/Bloomberg Os sistemas que ajudam a pensar o negócio Ter um software de gestão não serve apenas para gerir, mas também para tirar conclusões “inteligentes”. RAQUEL CARVALHO E IRINA MARCELINO [email protected] Aceder à empresa onde quer que esteja. Esta é uma das tendências da nova geração de softwares de gestão. “Há um conjunto de empresas de vários sec- tores que têm software de gestão há mais de uma década. E hoje estão preocupadas em criar vantagens competitivas através da mo- bilidade, da análise de informação e ferra- mentas analíticas de negócio”, considera o consultor de tecnologias, que também é ‘ge- neral manager’ da IDC Portugal, Gabriel Coimbra. “O software de gestão é algo básico e essencial. Mas existem aspectos relaciona- dos com novas tecnologias, como é o caso da mobilidade, da ‘cloud’, do ‘business intelli- gence’ e do ‘social business’, que permitem as empresas “dispor de soluções mais eficientes e eficazes”, estudando a realidade e ajudando a tirar conclusões sobre ela. A procura por soluções focadas na mobilida- de, que permitem por exemplo que uma em- presa consiga aceder ao seu software de ges- tão em qualquer parte do mundo onde esteja, está a crescer. Ana Teresa Ribeiro, responsá- vel pelo departamento de PME da Sage, uma das empresas que fornece soluções de softwa- re de gestão, acredita que no futuro a tendên- cia do sector será para “evoluir” nesse cami- nho e no caminho do ‘cloud’, do ‘big data’ e do ‘social business’, “áreas que fazem crescer os ne- gócios”, uma opinião partilhada por Luís Sousa, presidente da Associação Portuguesa de Software e pelas outras empresas contactadas pelo Diário Económico. Gabriel Coimbra complementa a ideia: “todas as empresas respondem a necessidades básicas do softwa- re de gestão, não há diferenciação a esse ní- vel. A grande diferenciação faz-se através de inovações dentro desta área”. PUB As empresas, que têm software de gestão há muito tempo, estão hoje preocupadas em criar vantagens competitivas através da mobilidade, da análise de informação e ferramentas analíticas de negócio.

PUB Software de GESTÃO...que o software de gestão é algo que deve ser levado a sério e onde devem investir o seu tempo”, defende Luís Sousa. Ou “evitar os erros mais comuns

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Page 1: PUB Software de GESTÃO...que o software de gestão é algo que deve ser levado a sério e onde devem investir o seu tempo”, defende Luís Sousa. Ou “evitar os erros mais comuns

Reembolso do IVA de caixa, controlo deemissão de facturas, documentos de trans-porte, gestão do período de trabalho dos tra-balhadores da função pública, etc., etc..Qualquer um destes temas é familiar à maio-ria das empresas portuguesas. E a gestão dequalquer um deles passa hoje pelos chamadossoftwares de gestão. Softwares que têm de es-tar atentos a qualquer alteração legislativa, aqualquer nova regra das Finanças ou no Códi-go de Trabalho para se manterem actualiza-dos para as empresas que os procuram.Mas esta constante atenção às novas regrasque afectam o software de gestão das áreas dalogística, da contabilidade e das finanças ouda gestão de recursos humanos não é o únicotrabalho das empresas que produzem e ven-dem software de gestão.

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5931 DE 27 DE MAIO DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Software de

GESTÃO

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Os sistemas que ajudam a pensar o negócioTer um software de gestão não serve apenas para gerir, mas também para tirar conclusões “inteligentes”.RAQUEL CARVALHO E IRINA MARCELINO

[email protected]

Aceder à empresa onde quer que esteja.

Esta é uma das tendências da nova geração

de softwares de gestão.

“Há um conjunto de empresas de vários sec-tores que têm software de gestão há mais deuma década. E hoje estão preocupadas emcriar vantagens competitivas através da mo-bilidade, da análise de informação e ferra-mentas analíticas de negócio”, considera oconsultor de tecnologias, que também é ‘ge-neral manager’ da IDC Portugal, GabrielCoimbra. “O software de gestão é algo básicoe essencial. Mas existem aspectos relaciona-dos com novas tecnologias, como é o caso damobilidade, da ‘cloud’, do ‘business intelli-gence’ e do ‘social business’, que permitem asempresas “dispor de soluções mais eficientese eficazes”, estudando a realidade e ajudandoa tirar conclusões sobre ela.A procura por soluções focadas na mobilida-de, que permitem por exemplo que uma em-

presa consiga aceder ao seu software de ges-tão em qualquer parte do mundo onde esteja,está a crescer. Ana Teresa Ribeiro, responsá-vel pelo departamento de PME da Sage, umadas empresas que fornece soluções de softwa-re de gestão, acredita que no futuro a tendên-cia do sector será para “evoluir” nesse cami-nho e no caminho do ‘cloud’, do ‘big data’ e do‘social business’, “áreas que fazem crescer os ne-gócios”, uma opinião partilhada por Luís Sousa,presidente da Associação Portuguesa deSoftware e pelas outras empresas contactadaspelo Diário Económico. Gabriel Coimbracomplementa a ideia: “todas as empresasrespondem a necessidades básicas do softwa-re de gestão, não há diferenciação a esse ní-vel. A grande diferenciação faz-se através deinovações dentro desta área”. ■

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As empresas, quetêm software degestão há muitotempo, estão hojepreocupadas emcriar vantagenscompetitivasatravés damobilidade,da análise deinformaçãoe ferramentasanalíticas denegócio.

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II Diário Económico Terça-feira 27 Maio 2014

“O sector tem crescidoe criado emprego”Luis Sousa diz que as empresas vão acentuarinvestimentos na migração de soluções para a ‘cloud’.

4 PERGUNTAS A GABRIEL COIMBRA‘GENERAL MANAGER’ DA IDC

Gabriel Coimbra destaca as quatro grandestendências na área do software de gestão:mobilidade, ‘cloud’, ‘business intelligen-ce’ e ‘social business’.

O que pode um software de egstão ajudar amelhorarnumaempresa?O software de gestão empresarial é funda-mental para qualquer empresa. Qualquerempresa que queira operar em qualquermercado tem de o ter na gestão financeira,na emissão de facturas, na gestão de re-cursos humanos. É fundamental. Nãoexiste uma organização hoje sem softwarede gestão empresarial. A questão é até queponto o software de gestão integrado podeter vantagens competitivas. E a resposta éque a automatização de todos os processosde negócio é sempre vantajosa para a em-presa. As funções básicas todas as empre-sas têm. Mas a capacidade de integrar to-dos os processos pode trazer vantagens emtermos de eficiência e análise.

Pode exemplificar?As empresas que conseguem ter os siste-mas de CRM integrados com software degestão empresarial conseguem extrair in-formações que permitem uma acção maisrápida e correcta do que é o interesse dosclientes e com isso desenvolver novosprodutos e serviços.

Então quando se fala de software de ges-tão já não é apenas um sistema de factura-ção, por exemplo?O software de gestão tem hoje vários ní-

veis de sofisticação. Por exemplo, a pos-sibilidade de mobilizar processos de ne-gócio. Se o seu serviço apoio ao clienteestiver mobilizado, ou seja, se tiveradoptado soluções de mobilidade, con-segue ter acesso móvel ao sistema, osseus técnicos têm informação actualiza-da de assistência ao cliente mesmoquando estão fora. Uma empresa que es-teja a internacionalizar-se conseguetambém ter acesso aos nossos sistemasnas várias partes do mundo. E aqui vem aimportância da ‘cloud’, que é o outro ní-vel de sofisticação. As aplicações de ges-tão empresarial estão hoje disponíveis na‘cloud’. Gestores têm acesso à informa-ção em qualquer lugar do mundo, o quepermite acelerar os processos de decisão.

E que outros tipos de sofisticação exis-tem? Sem dúvida a inteligência do negócio.Várias ferramentas associadas ao busi-ness intelligence e ao business analyticsquee permitem extrair valor dos casosque estão no seu sistema. São ferramen-tas que permitem analisar processos e termais conhecimento sobre eles. Analisamquestões financeiras e aconselham porexemplo sobre áreas onde aumentarprodutividade, aumentar o lucro, etc..Outra das grandes tendências é a área de‘social business’, ou seja, o conceito re-des sociais aplicado a uma área maistransversal, seja na melhoria da relaçãocom os clientes, seja na gestão eficientedos seus colaboradores. ■

“Integrar processosé vantajoso”

IRINA MARCELINO

[email protected]

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Coel

hoCapacidade de integrar todos os processos pode trazervantagens em termos de eficiência e análise.

Em entrevista ao Diário Económico, LuisSousa, presidente da Associação PortuguesadeSoftwaredissehaverumatendênciaclarapara a internacionalização das empresas efalou do dinamismo do sector e do elevadoinvestimento em em inovação e desenvol-vimento (I&D).

Que balanço faz do sector em Portugal?Quais as tendências sentidas?É um sector que tem sido capaz de crescer ecriar emprego. É uma indústria que enfren-ta rápidos ciclos tecnológicos, que impli-cam grandes investimentos em I&D. Quemse dedicar somente o espaço português vaienfrentar grandes dificuldades para obter onecessário retorno. É por esta razão que ve-mos grande parte das empresas a investirno estrangeiro.Quanto às tendências, acredito que as em-presas de software irão acentuar os investi-mentos para migrar as suas soluções para a‘cloud’, o que lhes abrirá mais facilmente oacesso a novos mercados, para além dosPALOPS. Aquelas que desenvolvemsoftware de gestão terão de acompanhar as

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

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3 PERGUNTAS A LUIS SOUSA,PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SOFTWARE

SOFTWARE DE GESTÃO

directivas nacionais que nascem do empe-nho do governo no combate à fraude e àevasão fiscal.

O que procuram as empresas num softwa-re de gestão?As que possuem menor capacidade de ges-tão, procuram cumprir os requisitos legaisvendo nessa ferramenta um custo necessá-rio à operação. Já as médias e grandes em-presas procuram planear e controlar de for-ma integrada a sua actividade, desde asoperações a uma maior agilidade na satisfa-ção e gestão dos clientes e olham para essasferramentas como activos estratégicos donegócio.Só os últimos tiram real partido do investi-mento. A capacidade de planear eficazmen-te, associada à capacidade de compreenderatempadamente os desvios à execução dão--lhe mais capacidade de análise e correção.

O OE deste ano estipulou que os organis-mos do Estado devem privilegiar o uso desoftware livre. Quais as consequências damedida? Prejudicou de alguma forma em-presas de software proprietário?O OE não dá uma preferência cega aosoftware livre, até porque tal não faz sentidodo ponto de vista económico, onde se deveprocuraréomenorcustototaldeproprieda-de face ao benefício pretendido, e tal decisãoseria uma clara manifestação de preferênciaque se traduziria numa quebra das leis deconcorrência que Portugal defende.O maior impacto sentido teve mais a vercom atrasos na implementação de projectosdo que propriamente na transferência denegócios para modelos de software livrecom maiores componentes de serviços as-sociados. No actual mercado, soluçõesprontas a usar e exigindo menor carga deserviços para a sua implementação são nasua esmagadora maioria fornecidas por em-presas com modelos de software comercial.Até à data não tivemos conhecimento dequalquer caso onde tenha sido preteridauma empresa de software proprietário de seapresentaraconcursonemqualquercasodeescolha que se revele desrespeitadora dasleis da concorrência. E estamos confiantesque tal não é a vontade do executivo. ■

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IV Diário Económico Terça-feira 27 Maio 2014

SOFTWARE DE GESTÃO

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Antes de escolher um software de gestão há que

definir exactamente o que se pretende.

Empresas europeias desperdiçam 9,6mil milhões em tecnologia por anoEstudo da Sage conclui haver elevado desperdício, pelo que é crucial saber escolher bem o software.

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

As empresas europeias não estão a utilizar osseus investimentos em tecnologia, desperdi-çando 9,6 mil milhões de euros anualmente.Esta é uma das principais conclusões de umestudo recente da Sage.A pesquisa, feita junto de 600 decisores detecnologias de informação (TI) de toda aUnião Europeia, mostrou que, em média,cada uma das 222.628 empresas europeias demédia dimensão desperdiçaram 43.138 eurospor ano, o que equivale a 9,6 mil milhões deeuros anuais, sendo que 88% das empresasnão conseguem utilizar completamente osseus investimentos em software de negócios.A falta de procura de negócio para todas asfunções (36%) e uma carência de formaçãodos utilizadores (25%) foram as razões maisapontadas. Mas 21% dos inquiridos aponta ofacto do software não ser de fácil utilização e20%o apoio insuficiente da equipa de TI.O estudo da Sage revela ainda alguns dos fac-tores que influenciaram a compra do softwa-re. 53% das empresas indicam o preço, 52% afuncionalidade e 45% a facilidade de imple-mentação. De referir que 49% assumiu querer

gastar menos em software este ano, e 76%pretende investir em software baseado em‘cloud’.

Cuidados a ter na hora de escolherAs vantagens do software de gestão são ine-quívocas. Geralmente, o que as empresasquerem é reduzir custos, aumentar a eficiên-cia e impulsionar “ganhos associados a maioragilidade organizacional”, afirma o presiden-te da Associação Portuguesa de Software, LuísSousa. Uma ideia confirmada por Ana TeresaRibeiro, responsável pelo departamento dePME da Sage, que frisa a redução de custos eaumento da produtividade através da “des-materialização e automatização dos proces-sos”, e pelos outros empresários contactadospelo Diário Económico.Mas antes de optar por um software de gestãoque ajude a sua empresa, há que ter algunscuidados que contrariem o desperdício refe-rido pelo estudo da Sage.“Ter uma estratégia bem definida para o quepretendem e garantir que esta se reflecte numcaderno de encargos aceite pelo fornecedor e

pelo cliente e ter o empenho da equipa de li-derança para que a organização compreendaque o software de gestão é algo que deve serlevado a sério e onde devem investir o seutempo”, defende Luís Sousa. Ou “evitar oserros mais comuns associados a implementa-ções de software de gestão que falharam ounão produziram os resultados esperados”,destaca.Idalina Sousa, directora de marketing da Pri-mavera BSS, lembra ser crucial “analisar umsoftware de gestão tendo em consideraçãofactores críticos de negócio”. “É a gestão des-tas áreas que deve ser tida em conta na horade adquirir um software de gestão e é a partirdelas que deve ser feita a sua avaliação”, con-sidera. Já “a escolha de um fornecedor tecno-lógico que funcione como parceiro de negó-cio” (Carlos Costa, director de marketing daQuidgest) e a “credibilidade da marca que es-colhem e a facilidade de escalonar o investi-mento ajustado à dimensão actual e futura daempresa” (Ana Teresa Ribeiro, Sage), são osdois outros cuidados fundamentais a ter nahora da escolha. ■ com I.M.

88%

Uma esmagadora maioriadas empresas não consegueutilizar completamente osseus investimentos emsoftware de negócios.

UTILIZAÇÃO

53%

Mais de metade dasempresas da União Europeiadecidem comprar softwarepelo preço praticado.

PREÇO

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VI Diário Económico Terça-feira 27 Maio 2014

SOFTWARE DE GESTÃO

APHC cresceu 29,6% as suas receitas em 2013, com umtotal de 8,5 milhões de euros, um valor bastante acima dos6,6 milhões de euros conseguidos em 2012.Céu Mendonça, directora de vendas da empresa, explicaesta performance com “um reforço estratégico da empresana sua rede de parceiro, na forte adesão ao novo acordoPHC On, que permite aos clientes o acesso imediato atodas as versões e actualizações lançadas durante um ano,na oferta de produtos renovada e na própria política deinternacionalização”, sendo que as vendas para o exteriorrepresentaram em 2013 5% da facturação.A responsável afirma que 2012 foi positivo por ter havidouma maior procura das soluções, “principalmente ao nível da indústria exportadora,retalho e distribuição”. Isto porque, garante, “estão a perceber cada vez mais osganhos de produtividade e controlo de um sistema avançado de gestão”. Mas nãosó. Céu Mendonça justifica o maior investimento nestes sistemas, também pelospreços mais acessíveis que se têm praticado. Adirectora de vendas da PHCdestaca, por exemplo, a solução PHC FX em regime de aluguer, que tem avantagem de não necessitar de um “investimento inicial”. R.C.

PHC cresce 29,6%, com vendasao exterior a representarem 5%

CÉU MENDONÇA

Directora de vendas da PHC

17,8 milhões de euros foi o que a Primavera BSS atingiu defacturação o ano passado, mais 15% do que em 2012. OEBIDTAregistou um crescimento de 59% relativamente aoano anterior, tendo-se fixado nos 3,9 milhões de euros, ouseja, 22,3% do total do volume de negócios alcançado. E opeso da actividade internacional é já bastante representativo.Atingiu o ano passado, os 41%, contribuindo por isso, com7,2 milhões de euros para o total do volume de negóciosatingido o ano passado. Idalina Sousa, directora demarketing da Primavera BSS assegura que nos últimosanos, a empresa tem vindo a observar “um crescimentoacentuado na procura de soluções de gestão por parte dagrande maioria das empresas, independentemente do seusector de actividade ou dimensão”.E esclarece que os decisores de negócio “têm vindo a procurar soluções que lhespermitam simplificar processos, optimizar recursos, obter informação de gestão emtempo útil e tornar-se mais competitivos”. Idalina Sousa diz ainda que hoje em diaos empresários estão cada vez mais conscientes da necessidade de teremferramentas inovadoras que “os auxiliem diariamente na gestão do negócio”. R.C.

Negócio internacional pesa22,3% das vendas da Primavera

IDALINA SOUSA

Directora de marketing

da Primavera BSS

Mercados internacionais com peso crescente

Empresas defendem convívio salutarentre software livre e proprietárioRespeitar as regras da livre concorrência, recorrendo a concursos públicos que definam claramente osobjectivos e as metodologias de avaliação pode permitir um convívio salutar entre os dois tipos de software.RAQUEL CARVALHO

[email protected]

As empresas contactadas pelo Diário Econó-mico dizem conviver bem com a prolefacçãono mercado de soluções de software livre. AnaTeresa Ribeiro, responsável pelo departamen-to de PME da Sage, diz mesmo que até “é desa-fiente e motivador estar num mercado ondeexiste software livre, pois impõe-nos um nívelde exigência e qualidade que em tempo realvemoa avaliada no terreno”, admitindo, po-rém, não sentir impacto significativo com oaumento das vendas desse tipo de software. JáCarlos Costa, director de marketing da Quid-gest, minimiza a questão. Até porque “na rea-lidade, a Quidgest fornece os dois tipos de ser-viço”. Mas lembra que “o que conta é o pre-ço/qualidade do serviço prestado. ‘Livre’,‘open’, ‘proprietário’ são apenas conceitos demarketing que ajudam, sim, a promover umsector tão dinâmico como o do software degestão”. Até porque acredita que “o softwarelivre como se fosse gratuito é uma história em

que, felizmente, apenas uma minoria acredi-ta”. Realça que o que conta “é a factura do ser-viço global. Se uma licença é gratuita mas cus-ta 100 mil euros a instalar e 50 mil euros amanter anualmente, é preferível um licencia-mento de 50 mil e uma instalação/manuten-ção de 40 mil anuais”.Sobre esta matéria, Idalina Sousa, directora demarketing da Primavera BSS garante que aempresa não sentiu “qualquer impacto”. Atéporque, “são soluções muito distintas e paratargets diferenciados, sendo que qualquer umadas opções tem vantagens e desvantagens”. Aresponsável frisa que as soluções da Primavera“distinguem-se pela sua profunda capacidadede adaptação a todas as necessidades das orga-nizações, bem como pela flexibilidade na inte-gração de dados. As especificidades legais e fis-cais vigentes no mercado português são tam-bém um factor de diferenciação, pois as orga-nizações optam por uma solução de confiança

Luis Sousa, presidente daAssociação Portuguesa deSoftware, também defendeum convívio salutar entresoftware livre e proprietárioe lembra ainda o facto doTribunal de Justiça da UniãoEuropeia ter decidido em2012 que “a venda delicenças de software usado’élegal e que o autor de talsoftware não se pode opor aqualquer revenda”. Ou seja,explica, “o direito exclusivode distribuição de uma cópiade um programa decomputador coberto pelalicença esgota-se na suaprimeira venda”.

Revendade software

que proporcione uma resposta permanente eatempada à evolução legal e fiscal”, diz.Céu Mendonça, directora de vendas da PHC,diz “o mercado de software de gestão é muitoespecífico e o software livre assume o seu lu-gar neste campo, sendo muito utilizado parainiciação ou mesmo como teste às ferramentasmais robustas de gestão”, enfatiza.A responsável diz que a crescente procura porsoftware livre “não tem afectado a procurapelas soluções de gestão da PHC”, justificandoisso com o facto das empresas preferirem “in-vestir e usar aplicações com provas dadas nomercado que lhes deem resultados palpáveisem vez de usarem software livre e gratuito.Mas garante que “o facto de existiram tambémsoluções mais acessíveis e sem investimentoinicial e na ‘cloud’, como o PHC FX, está a fa-zer com que sejam cada vez mais as empresasa adaptar soluções de gestão, pois os gestorespodem pagar apenas o que usam”. ■

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Terça-feira 27 Maio 2014 Diário Económico VII

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“2013 foi um ano excelente para a Quidgest”, frisa CarlosCosta, director de marketing. Aempresa cresceu 36%, mas oresponsável dá destaque ao crescimento aos mercadosinternacionais que diz, “representam já mais de metade danossa facturação”, diz. Moçambique, Angola e Timor-Lesteforam os mercados que mais cresceram o ano passado, apar de novos projectos em mercados como a América Latina.Na visão de Carlos Costa o crescimento deve-se, “emgrande parte, à capacidade que temos de criar soluçõesúnicas, que vão de encontro às necessidades dos clientes”.Nesse contexto, destaca a plataforma de geração Genio,que, explica, “elimina as tarefas repetitivas, que nãoacrescentam valor ou que podem ser executadas pormáquinas”, permitindo ao cliente “reduzir custos, aumentar a produtividade, ser maiságil, ter sucesso rapidamente, chegar a mais mercados e fornecer produtos eserviços de excelência”.O director de marketing da Quidgest informa que as soluções de nicho “ganharampreponderância extrema, porque as organizações perceberam o retorno doinvestimento numa solução desenvolvida para gerir o seu ‘core business’”. R.C.

Vendas ao exterior valem 50%da facturação da Quidgest

CARLOS COSTA

Director de marketing

da Quidgest

nos negócios das empresas

AAlidata está presente em Angola, Brasil, Cabo Verde,Espanha e Moçambique, e está também a apostar nosmercados da América Latina. “Temos um plano definido até2015 para internacionalizar a marca, com uma estratégiapensada e estruturada, pois o investimento tem de sermuito inteligente”, afirma Fernando Amaral, ‘partner’ daAlidata. Este ano, abriram instalações em Maputo,Moçambique, e em Angola a empresa funciona em parceriacom a maior empresa angolana de tecnologias SISTEC.Com uma facturação na ordem dos 3,8 milhões de eurosem 2013, mais 18% que no ano anterior, 60% da faturaçãoé referente ao mercado português. Aempresa, quedesenvolve o software que implementa, actua em outras áreas além da do softwarede gestão. “Temos uma oferta de serviços que nos coloca numa posição única nofornecimento de soluções globais de TI, como a consultoria, equipamentos,hardware, videovigilância e infraestrutura”, exemplifica Fernando Amaral. Anívelinternacional, a empresa está ainda a desenvolver um “projecto exclusivo” com umamultinacional japonesa na área de ‘printing’, que deverá ser comercializado em todaa Europa. I.M.

Alidata quer entrar nos mercadosda América Latina

FERNANDO AMARAL‘Partner’ da Alidata

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VIII Diário Económico Terça-feira 27 Maio 2014

SOFTWARE DE GESTÃO

Todos os processos de negócio da Faculdadede Ciências Sociais e Humanas da Universi-dade Nova de Lisboa passaram recentementea estar integrados num só software de gestão,o Enterprise Resource Planning – Gestão In-tegrada Administrativa e Financeira, da In-dra. A faculdade já geria a sua área de recur-sos humanos com uma solução da multina-cional, mas nas outras áreas começaram asurgir problemas relacionados com as exi-gências da administração pública, já que osistema que tinham não as acompanhava.Eram exigências relacionadas por exemplocom o código que rege as compras públicas ecom os balancetes analíticos que todos osmeses são exigidos às entidade públicas. De-cidiu-se então juntar ao módulo de recursos

humanos os de gestão financeira e logística.“A solução da Indra na área de Recursos Hu-manos revelou-se bastante eficaz e percebe-mos que teríamos inúmeras vantagens naevolução para um sistema integrado que nospermitisse diminuir tempos e custos de ope-ração aumentando, simultaneamente a fiabi-lidade da informação”, afirma Andreia Bispo,coordenadora da Divisão de Gestão Financei-ra e Contabilidade da Faculdade. A platafor-ma de gestão de projectos de investigaçãotambém foi agregada. “Antes,os investigado-res tinham de vir ao departamento ver osgastos e os saldos no papel, nos dossiers quedisponibilizávamos. Ou então enviávamos osbalanços por email, sem acesso ao documen-to físico”, conta Andreia Bispo. ■ I.M.

Desde 1 de Janeiro de 2013 que é obrigatório todos os estabelecimentos comerciais terem siste-mas de facturação automática. Para vendedores ambulantes, quanto mais simples esses siste-mas forem, melhor. Joel Neves, presidente e fundador da Salt & Sweet, empresa de retalho quetem como negócio a venda de produtos alimentares, viu no software para gestão de facturaçãoda Sage, que valoriza a mobilidade, a solução ideal para o seu negócio. “O meu projecto consistenum veículo móvel que se desloca para os mais variados eventos e que, por isso, não pede umsistema de facturação muito complicado e sofisticado. Com o sistema de facturação da Sage, te-nho o meu próprio terminal de pagamentos. Na hora as pessoas pagam e têm no imediato assuas facturas”, explica. O responsável sublinha que o sistema´”é muito fácil de utilizar, e muitointuitivo, o que permite agilizar os pagamentos”. Joel Neves teve, no início da actividade, emNovembro de 2013, uma parceria com Chakall, que lhe deu “conselhos gastronómicos para osprodutos que vende com origem da América do Sul. ■ R.C.

Gerir a facturação de forma simples

A Diviminho, empresa de construção civil,utiliza software de gestão há mais de dezanos. Na altura, cada área tinha o seu progra-ma. Em 2007, desenvolveu um programa pró-prio para fazer a gestão da produção/obrasfeito ‘à medida’, mas concluiu não ser sufi-ciente “dado não ser integrada”, diz MartaSilva, responsável pelo controlo de gestão.Decidiu então, em 2009, adquirir o programaintegrado da PHC que, explica “permitiu reu-nir toda a informação num único programa,adaptável à realidade da empresa”.Visto ser integrado, “permite poupar tempo ecustos.Ganhamos eficiência porque o progra-ma permite fácil e rapidamente retirar e tra-balhar todo o tipo de informação para apre-sentação e análise de dados, o que possibilitaagir em tempo real”, diz, fazendo um balanço“muito positivo” do retorno, “dada a eficáciae eficiência obtida”.A grande preocupação actual prende-se com asegurança e armazenamento de dados. ■ R.C.

Diviminho frisapoupança de tempoe custos

O Instituto Português de Qualidade (IPQ)utiliza desde 2008 um sistema integrado daQuidgest que permite, entre outros servi-ços, gerir inventários, orçamentos, conta-bilidade, receitas, despesas, facturação, emesmo fazer a gestão de pessoas. Este sis-tema “tem interface com a plataforma in-formática interactiva que abrange os fluxosoperativos internos de toda a actividade doinstituto e interface com a rede de entida-des externas”, explica Jorge Marques dosSantos, presidente. As vantagens têm sidoinúmeras. À partida, porque, “apesar doinvestimento ser elevado, o retorno temsido francamente positivo”. Não só porqueo investimento tem sido executado de for-ma faseada, não causando problemas fi-nanceiros, mas também devido ao facto dosoftware permitir “a execução da estratégiaorganizacional, com um aumento da per-formance e produtividade, uma melhoriada prestação dos serviços e uma optimiza-

ção permanente da dimensão dos recursoshumanos”, explica. Jorge Marques dosSantos sublinha que “a gestão, através deum sistema integrado, permite operacio-nalizar a estratégia do IPQ, com monitori-zação rigorosa e contínua da actividade dosdepartamentos e do instituto na sua globa-lidade”, frisa. Além disso, “facilita a gestãoe controlo da actuação de cada unidade or-gânica, possibilitando, a qualquer momen-to, identificar o efectivo grau de execuçãodos objectivos”, diz, referindo ainda que oERP utilizado “faculta a tomada de decisõese implementação de medidas correctivasatempadas, tendo em vista a satisfação in-tegral das metas estabelecidas, e define ro-tinas de prestação de informação por partedos departamentos”. O objectivo “é con-tribuir para o bom desempenho na satisfa-ção dos clientes”, o que diz, “tem sidocomprovado com elevados níveis obti-vos”. ■ R.C.

IPQ salienta retorno positivo eaumento de produtividade

Opólo de Almada do InstitutoPortuguês de Qualidade, cujo sistemaintegrado tem ajudado à satisfação.

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Tudo é gerido no mesmo sistema: dalogística aos projectos de investigação

A Salt & Sweet vende de formaambulante e precisava de umasolução móvel.

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QUATRO PROJECTOS QUEREVELAM TENDÊNCIASA consultora tecnológica IDC premiourecente projectos portugueses na área dastecnologias de informação e comunicaçõescom forte impacto no negócio dasorganizações. Gabriel Coimbra, ‘generalmanager’ da IDC, destaca quatro querevelam as grandes tendências dosistemas de software de gestão emPortugal:

Grupo Pestana: projecto que integraçãode seis sites numa única plataformadisponível para reservas B2C em 15 paísesem diferentes moedas e disponível emcinco idiomas.

PT: Solução que possibilita a mobilidadedos técnicos, possibilitando a distribuiçãode tarefas dinâmica automática commenor intervenção humana e que tornou oagendamento com os clientes maispreciso. A solução permite ainda que osgestores operacionais tenham acesso emtempo real ao desempenho dos técnicos.

Hospital São João: Sistema para estudare monitorizar toda a actividade, bem comoas populações de doentes que a elerecorrem. Recolhe, agrega e correlacionamilhões de dados espalhados por dezenasde sistemas operacionais, respondendo amais de 60 mil perguntas por ano.

Lusitânia Seguros: omplementação de umsistema de suporte à decisão, dotando acompanhia de um sistema de ‘businessintelligence’ rápido e intuitivo. Com osistema, a seguradora passou por exemploa conseguir simular o impacto dascampanhas que lança.

CGD: Projecto de desenvolvimento de umaplataforma multicanal de suporte aonegócio de canais electrónicos,nomeadamente Internet Banking, MobileBanking, Contact Center e SMS, queajudou a reduzir riscos e minorar custos.■ I.M.

Algumasfuncionalidade do novosistema EnterpriseResource Planning:

• gestão financeira• contabilidade orçamental,

analítica e patrimonial,• tesouraria• controlo de imobilizado• gestão logística• gestão de contratos• gestão de ‘stocks’• gestão de recursos humanos• gestão de projectos

de investigação

Page 9: PUB Software de GESTÃO...que o software de gestão é algo que deve ser levado a sério e onde devem investir o seu tempo”, defende Luís Sousa. Ou “evitar os erros mais comuns

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