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Psicopatologia comum em adultos

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Um guia clínico para médicos que permite uma identificação rápida de algumas das perturbações psicopatológicas mais comuns.

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1 em cada 5 pessoas tem uma perturbação psicológica ao longo da vida

10% a 20% dos adultos que recorrem aos cuidados de saúde primários fazem-no por queixas relacionadas com perturbação psicológica. Mais de 80% evidenciam sintomas de stress (perturbações de sono, dores de cabeça, perturbações gastrointestinais).

Estas pessoas têm uma sobre-utilização dos serviços de saúde, podendo representar cerca de 70% dos casos atendidos.

Adicionalmente, há um conjunto de doenças físicas que tem como factor essencial o comportamento do doente.

A identificação rápida das perturbações psicológicas e correcto encaminhamento surge, assim, como crítica em contexto clínico.

in “Evidência Científica sobre custo-efectividade de intervenções psicológicas em cuidados de saúde”, Ordem dos Psicólogos Portugueses, Out/2011

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“É um grande cansaço e desgaste. Durmo mal, sinto a cabeça pesada. Ando muito preocupado e com dificuldade em tomar decisões e resolver a minha vida”

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Há uma ansiedade e preocupação constantes e desproporcionais face ao que seria de esperar, sobre vários temas pessoais e ocupacionais.

A ansiedade e preocupação duram há mais de 6 meses e a pessoa tem dificuldade em controlar a ruminação mental constante e em regular a ansiedade.

As queixas são frequentemente de desgaste, cansaço extremo, dores de cabeça e tensão. Não é raro aparecerem queixas gastrointestinais associadas.

Para o diagnóstico clínico, é necessário que também tenham estado presentes pelo menos 3 dos seguintes sintomas:o Irrequietação, excitabilidade ou enervamentoo Fadiga fácilo Dificuldade de concentração ou “brancas”o Irritabilidadeo Tensão muscularo Perturbações do sono

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“É horrível! Parece que vou morrer ou endoidecer. De repente, sinto-me muito mal – custa-me a respirar, dói-me o peito e o coração dispara. De certeza que não tenho um problema cardíaco?”

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“Actualmente há muitas coisas que já não consigo fazer ou não as faço sozinho: andar de avião, conduzir em auto-estradas, passar pontes, estar em sítios com muita gente ou mesmo numa fila”

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“Há muitas situações sociais que evito, porque me preocupa o que os outros possam pensar de mim. Faz-me impressão saber que estou a ser observado e chego mesmo a ficar tão ansioso que toda a gente vai perceber”

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“Não quero pensar no que aconteceu, mas parece que as imagens surgem do nada. Tenho dormido pessimamente e não me consigo abstrair daquele dia. Ajude-me a esquecer.”

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“Ando muito em baixo; parece que já nada me interessa e tudo é um peso. Sinto-me sem energia para nada e, o que é pior, acho que nada vale a pena –acima de tudo eu não valho a pena!”

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“Já há bastante tempo que não pareço eu. Ando em baixo, não gosto de mim e tudo me parece um pouco inútil. Deve ser da vida que nos vai desgastando, porque isto me foi acontecendo devagarinho”

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“Sinto-me muito em baixo e sem energia. Gostava de voltar ao estado que não preciso quase de dormir e tenho imensas ideias óptimas. Os outros dizem que nessas alturas fico muito irritável, mas eu acho que é melhor do que estar nesta zona cinzenta”

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“Sabe que ele diz-me tudo, mas a minha mulher acha que eu estou a inventar; diz que eu não digo coisa com coisa. Eu não tenho culpa que as outras pessoas não possam saber o que eu sei. A mim ninguém me engana, ele está aqui mas só eu é que consigo vê-lo”

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“Este meu problema de saúde impede-me de ter uma vida feliz. Se não fosse isto… E não é por não me esforçar por resolver este problema – tenho feito tudo para ficar bem disto e poder voltar a viver a minha vida”

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“Tenho muita dificuldade em controlar a quantidade do que como. E depois fico gorda e desespero para fazer tudo para perder peso: dietas rígidas, todos os dias no ginásio. Como? Sim, costumo induzir o vómito… E laxantes, também tomo.”

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“Tenho crises em que desato a comer, sem conseguir parar e, depois, fico muito mal disposta e detesto-me por não me conseguir controlar.”

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“O meu peso? Podia ter um bocadinho menos. Toda a gente diz que estou magra demais, mas não percebem que eu acho horrível ver-me ao espelho. E controlar a comida que se come e fazer muito exercício é saudável, certo?”

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“Não ando a dormir nada. É um inferno. Ou me deito e ando às voltas na cama várias horas, ou adormeço logo mas acordo de madrugada e já só consigo voltar a adormecer quando o despertador toca”

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A perturbação psicológica mais frequente é, na sua larga maioria, passível de ser tratada em contexto psicoterapêutico. Por isso, é tão importante o seu despiste precoce e rápido encaminhamento para psicólogos clínicos qualificados.

Uma ferramenta gratuita de pré-diagnóstico das situações comuns em adultos encontra-se online em http://bestonlinepsychology.com, no módulo “Vulnerabilidades”, e demora apenas uns 7 a 8 minutos a completar, constituindo-se uma ferramenta clínica importante e eficiente de tempo.

No website principal da Oficina de Psicologia –http://oficinadepsicologia.com – os seus doentes poderão encontrar informação aprofundada sobre psicopatologia e saúde mental, para que possam cuidar da sua saúde de uma forma informada e responsável.