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PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA A CENTRAL ANALÍTICA DO NUPPRAR/UFRN ARTHUR FELIPE FREIRE DOS SANTOS Natal-RN 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

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PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS PARA A CENTRAL ANALÍTICA DO NUPPRAR/UFRN

ARTHUR FELIPE FREIRE DOS SANTOS

Natal-RN

2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

ARTHUR FELIPE FREIRE DOS SANTOS

PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS PARA A CENTRAL ANALÍTICA DO NUPPRAR/UFRN

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade Federal

do Rio Grande do Norte como parte dos

requisitos para obtenção do título

de Engenheiro Ambiental.

Orientadora: Prof.ª Ma. Larissa Caroline

Saraiva Ferreira.

Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Karina

Patrícia Vieira da Cunha.

Natal-RN

2017

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Sistema de Bibliotecas – SISBI

Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede

Santos, Arthur Felipe Freire dos.

Proposta de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos para a central analítica do NUPPRAR/UFRN /

Arthur Felipe Freire Dos Santos. - 2017.

71 f. : il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Engenharia

Ambiental. Natal, RN, 2017.

Orientadora: Prof.ª Ma. Larissa Caroline Saraiva Ferreira.

Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Karina Patrícia Vieira da Cunha.

1. Resíduos sólidos - Monografia. 2. Laboratórios de instituições de ensino - Monografia. 3. Plano de

gerenciamento de resíduos - Monografia. 4. Resíduos perigosos - Monografia. I. Ferreira, Larissa Caroline

Saraiva. II. Cunha, Karina Patrícia Vieira da. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 504.6

ARTHUR FELIPE FREIRE DOS SANTOS

PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS PARA A CENTRAL ANALÍTICA DO NUPPRAR/UFRN

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade Federal

do Rio Grande do Norte como parte dos

requisitos para obtenção do título

de Engenheiro Ambiental.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof.ª Ma. Larissa Caroline Saraiva Ferreira – Orientadora

______________________________________________________________

Me. Raoni Batista dos Anjos – Avaliador Externo

______________________________________________________________

Ma. Giovana Cristina Santos de Medeiros – Avaliador Externo

Natal-RN

2017

Dedico este trabalho а Deus, por ser essencial

em minha vida, ао meu pai, Francisco

Almeida, minha mãe, Valquíria de Souza е aos

meus irmãos.

AGRADECIMENTOS

Queria agradecer primeiramente a Deus, por ter me dado força e sabedoria para superar todas

as dificuldades encontradas durante toda a jornada de elaboração desse trabalho de conclusão

de curso.

Aos meus familiares, em especial meus pais, fonte de minha inspiração de vida, por toda

paciência, apoio e compreensão no acompanhamento de mais essa etapa de minha vida.

A minha namorada e companheira, Karolyne Silva, pelos incentivos e todo amor nas horas

mais difíceis.

A minha competente orientadora, Prof.ª Ma. Larissa Saraiva, pelo suporte no pouco tempo

que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.

A minha coorientadora, Prof.ª Dr.ª Karina Cunha, por ter aceitado entrar no projeto e pelas

suas colaborações.

A querida Prof.ª Izabela Lima, por ter iniciado o projeto comigo e por se mostrar sempre

disponível a ajudar no que for necessário.

Ao Edilson da Divisão do Meio Ambiente (DMA) da UFRN, pelas informações e

contribuições.

A todos os funcionários e técnicos do NUPPRAR/UFRN, em especial a Tarcila e o Raoni,

que me abriram as portas do núcleo e foram sempre super atenciosos no que foi preciso pra

realização do trabalho.

Aos meus colegas de curso pelo apoio, incentivo e trocas de informações durante todos esses

anos de curso.

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito obrigado!

RESUMO

A preocupação com o meio ambiente está cada vez mais presente nas discussões e no

cotidiano da sociedade, onde grande parte dos problemas ambientais é gerado pelos

impactos negativos ocasionados pela geração de resíduos sólidos e sua posterior disposição

inadequada que podem contaminar o ar, o solo e as águas superficiais e subterrâneas. Dentre

os diversos tipos de resíduos produzidos nas atividades humanas estão os resíduos oriundos

de laboratórios de instituições de ensino, que são aqueles resultantes diretamente das práticas

laboratoriais e que em detrimento as atividades lá desenvolvidas, podem ter ou não

características de resíduos perigosos e necessitarem de um manejo e disposição especial. Para

minimizar os efeitos da geração desses resíduos nas instituições públicas e por consequência

dos efeitos da disposição inadequada no meio, se vê necessidade de aplicar e seguir as

disposições legais estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos através da

elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos. Nesse trabalho foi proposto um Plano

de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) para a Central Analítica do

NUPPRAR/UFRN, visando realizar um diagnóstico da situação atual da geração de resíduos

e, propor um gerenciamento adequado diante das possíveis irregularidades encontradas,

estabelecendo metas para a implantação do referido Plano. Com a implementação do PGRS

segundo as metas pré-estabelecidas trará benefícios para a Central Analítica do

NUPPRAR/UFRN, pois além de adequá-la com as exigências legais vigentes, auxiliará na

redução dos riscos de impacto ao meio ambiente e a saúde dos próprios técnicos e

funcionários desses laboratórios, assim como da sociedade universitária e sua

circunvizinhança.

Palavras-Chaves: Resíduos sólidos. Laboratórios de instituições de ensino. Plano de

gerenciamento de resíduos. Resíduos perigosos.

ABSTRACT

Concern for the environment is increasingly present in the discussions and daily life of

society, where a large part of the environmental problems are generated by the negative

impacts caused by the generation of solid waste and its subsequent inadequate disposal that

can contaminate the air, soil and Surface water and groundwater. Among the various types of

waste produced in human activities are the waste from laboratories of educational institutions,

which are those resulting directly from laboratory practices and which, to the detriment of the

activities developed there, may or may not have hazardous waste characteristics and require a

Handling and disposal. In order to minimize the effects of the generation of this waste in

public institutions and due to the effects of the inadequate disposal in the environment, it is

necessary to apply and follow the legal provisions established by the National Solid Waste

Policy through the elaboration of a waste management plan. In this work, a Solid Waste

Management Plan (SWMP) was proposed for the Analytical Center of NUPPRAR/UFRN,

aiming to make a diagnosis of the current situation of waste generation and to propose an

adequate management in the face of the possible irregularities found, setting goals for the

Implementation of said Plan. With the implementation of the PGRS according to the pre-

established goals will bring benefits to the Analytical Center of NUPPRAR/UFRN, since in

addition to adjusting it with the current legal requirements, it will help reduce the risks of

impact to the environment and the health of the technicians themselves And employees of

these laboratories, as well as the university society and its surrounding area.

Key-words: Solid wastes. Laboratories of educational institutions. Waste management plan.

Hazardous waste.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Vista da fachada frontal do NUPPRAR/UFRN

Figura 2 - Lixeiras para lixo comum e de incineração

Figura 3 - Lixeiras para vidrarias e luvas

Figura 4 – Lixeira de resíduo comum revestida com sacola preta

Figura 5 – Lixeira de luvas revestida com saco preto e caixa de acondicionamento de seringas

Figura 6 - Acondicionamento de resíduo em frasco reutilizado

Figura 7 - Acondicionamento de resíduo em bombonas

Figura 8 – Rótulo de identificação dos resíduos

Figura 9 – Acondicionamento dos resíduos em sacolas pretas sem identificação

Figura 10 - Local de armazenamento externo de resíduos comuns

Figura 11 – Localização do local de armazenamento de resíduos comuns do IQ/NUPPRAR

Figura 12 - Bombona de armazenamento de resíduos para a incineração

Figura 13 – Armazenamento interno de resíduos líquidos no laboratório dos orgânicos

Figura 14 - Armazenamento de resíduos na “sala quente” 1º pavimento

Figura 15 - Armazenamento de resíduos no 4º pavimento

Figura 16 - Carrinho utilizado para transporte de resíduo comum

Figura 17 – Veículo utilizado para transporte de resíduos líquidos químicos e perigosos

Figura 18 – Técnico manuseando o resíduo com o uso de EPI

Figura 19 – Modelo de recipientes coletores coloridos de capacidade 15 e 30L

Figura 20 – Modelo de coletores coloridos com capacidade de 20L

Figura 21 – Modelo de coletores coloridos com capacidade de 100L

Figura 22 – Sacolas para acondicionamento de resíduos recicláveis

Figura 23 – Modelo de galão para acondicionamento de resíduos líquidos químicos

Figura 24 – Modelo de balde para acondicionamento sobras de amostras de solo

Figura 25 – Vista frontal do depósito

Figura 26 – Vista da parte traseira do depósito

Figura 27 – Localização do depósito de resíduos perigosos do NUPPRAR/UFRN

Figura 28 – Modelo de carrinho para transporte de resíduos líquidos químicos e perigosos

Figura 29 – Caminhão utilizado para a coleta seletiva na UFRN

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados cadastrais da Central Analítica do NUPPRAR/UFRN

Tabela 2 - Dados cadastrais do responsável pelo PGRS

Tabela 3 - Distribuição física das salas do 1º e 3º pavimento do NUPPRAR/UFRN

Tabela 4- Subdivisão dos resíduos sólidos gerados

Tabela 5 – Identificação e classificação dos RS gerados por ponto de geração no 1º pavimento

Tabela 6 – Identificação e classificação dos RS gerados por ponto de geração no 3º pavimento

Tabela 7 - Classificação dos resíduos gerados por tipo de análise

Tabela 8 – Tipo e quantidade de recipientes coletores a serem adquiridos

Tabela 9 – Plano de contingência para a Central Analítica do NUPPRAR/UFRN

Tabela 10 – Custo necessário para a implantação do PGRS

Tabela 11 – Cronograma parcial de implantação do PGRS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CCET – Centro de Ciências Exatas e da Terra

CDF - Certificado de Destinação Final

CENPES - Centro de Pesquisas da Petrobrás

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

COT – Carbono Orgânico Total

DMA - Divisão do Meio Ambiente

DQO - Demanda Química de Oxigênio

EPI – Equipamento de Proteção Individual

FISPQ - Ficha de Segurança de Produtos Químicos

IDEMA – Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente

IGARN – Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte

MMA – Ministério do Meio Ambiente

MTR - Manifesto de Transporte de Resíduos

NBR – Norma Brasileira

NUPPRAR - Núcleo de Processamento Primário e Reúso de Água Produzida e Resíduo

PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos

PROGIRES - Programa de Gestão Integrada de Resíduos

RS – Resíduos Sólidos

UATR – Unidade de Armazenamento Temporário de Resíduos

UO-RNCE - Unidade Operacional do Rio Grande do Norte e Ceará

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................11

2 PROPOSTA DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS....................................................................................................................14

2.1 ETAPA I: DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO.........................................................14

2.1.1 Identificação da instituição...............................................................................14

2.1.2 Responsável técnico pela elaboração do PGRS................................................15

2.1.3 Caracterização da instituição............................................................................15

2.1.4 Descrição das atividades desenvolvidas...........................................................17

2.2 ETAPA II: DIAGNÓSTICO.....................................................................................18

2.2.1 Identificação e classificação dos resíduos sólidos gerados..............................18

2.2.2 Gerenciamento atual dos resíduos sólidos........................................................24

2.2.3 Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)..............................35

2.3 ETAPA III: PROPOSTA DE GERENCIAMENTO..............................................36

2.3.1 Criação do cargo de gerente de resíduos..........................................................36

2.3.2 Ações a serem adotados quanto ao manejo de RS...........................................37

2.3.3 Programa de minimização de resíduos.............................................................51

2.3.4 Programa de capacitação e educação ambiental...............................................51

2.3.5 Programa de monitoramento contínuo..............................................................53

2.3.6 Plano de contingência.......................................................................................53

2.4 ETAPA IV: METAS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PGRS................................56

2.4.1 Atores internos responsáveis pelo PGRS.........................................................56

2.4.2 Custos de implantação......................................................................................57

2.4.3 Cronograma de implantação.............................................................................58

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................61

ANEXO..............................................................................................................................63

11

1 INTRODUÇÃO

A preocupação com o meio ambiente está cada vez mais presente nas discussões, nas

proposições, nas políticas e no cotidiano da sociedade, e envolvem tanto as organizações

(empresas, governo, instituições) quanto os mecanismos de controle social (regras, leis,

costumes, entre outros). Um dos problemas ambientais refere-se aos impactos negativos

ocasionados pela disposição inadequada dos resíduos sólidos gerados, que podem contaminar

o ar, o solo e as águas superficiais e subterrâneas (TEIXEIRA et al, 2012).

A fim de melhorar a gestão e o gerenciamento dos resíduos, a instauração da Lei nº

12.305 em 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e que contém

princípios e instrumentos importantes, bem como diretrizes relativas ao gerenciamento de

resíduos sólidos no País, representou um avanço no enfrentamento dos principais problemas

ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. A

PNRS (BRASIL, 2010) define os resíduos sólidos como:

Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades

humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se

está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases

contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu

lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso,

soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia

disponível.

De acordo com a NBR 10.004:2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), os resíduos são classificados em função dos seus riscos potenciais ao meio ambiente

e à saúde pública da seguinte forma:

Resíduos Classe I (Perigosos): Aqueles que, em função de suas características

intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou

patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da

mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio

ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Resíduos Classe II A (Não inertes): Aqueles que não se enquadram nas

classificações de resíduos classe I (Perigosos) ou de resíduos classe II B (Inertes),

nos termos desta Norma. Os resíduos classe II A (Não inertes) podem ter

propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade

em água.

12

Resíduos Classe II B (Inertes): Quaisquer resíduo que, quando amostrados de

forma representativa, segundo a norma NBR 10007 (Amostragem de resíduos

sólidos), e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou

deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006

(Procedimentos para obtenção de extrato solubilizado de resíduo sólido, não

tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores

aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza

e sabor, conforme anexo G (Padrões para ensaio de solubilização).

Dentre os diversos tipos de resíduos produzidos nas atividades humanas estão os

resíduos oriundos de laboratórios de instituições de ensino. Segundo Teixeira et al (2012), os

resíduos de laboratório são aqueles resultantes diretamente das práticas laboratoriais, tais

como ensaios e procedimentos analíticos, podendo ser perigosos ou não-perigosos. Estes

resíduos podem ser constituídos de diferentes substâncias químicas e materiais, podendo se

apresentar nos estados sólido, semi-sólido e líquido. Estes podem incluir reagentes químicos e

soluções, materiais poliméricos e não poliméricos, materiais metálicos, minerais, rochas,

embalagens e também restos de amostras processadas e não processadas, entre outros.

Para Figuerêdo (2006), a maioria destes químicos residuais gerados em laboratórios é

material perigoso em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade,

reatividade, e toxicidade estabelecidas pela NBR 10.004:2004 da ABNT. Estes resíduos,

devido as suas características, representam maiores riscos de degradação ao meio ambiente e

por isso requerem maior atenção, exigindo um manejo especial, além de uma destinação

adequada, mesmo que seu volume seja considerado pequeno em relação ao volume total de

resíduos. De acordo com Alberguini, Silva e Rezende (2005), representam apenas 1% do

total.

O gerenciamento desses resíduos químicos perigosos é extremamente complexo

devido ao perfil típico de geração dessas instituições que obedece a um regime empírico que é

função não só das múltiplas e variadas atividades acadêmicas desenvolvidas, mas também das

demandas das diferentes pesquisas e dos inúmeros serviços prestados. Gera-se normalmente

no ambiente acadêmico e de pesquisas quantidades intermitentes de um espectro muito

diversificado de resíduos, realidade complexa e bem diferente da encontrada no ambiente

industrial (FIGUERÊDO, 2006).

Para minimizar os efeitos da geração de resíduos e por consequência dos efeitos da

disposição dos mesmos no meio, há a necessidade de se gerenciar de forma adequada estes

13

resíduos. O gerenciamento de resíduos sólidos deve seguir as disposições legais estabelecidas

pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010), que o define da seguinte forma:

Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta,

transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos

resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo

com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de

gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei.

As ações de gerenciamento de resíduos sólidos devem ser precedidas pela elaboração

de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Este deve contemplar os aspectos

referentes à geração, segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte,

tratamento e disposição final. Com isso, é possível fazer o estabelecimento dos detalhes para a

implantação, operacionalização e monitoramento de um sistema de gerenciamento de

resíduos. A definição de procedimentos para cada etapa do sistema e do próprio plano deve se

pautar na legislação e normalização ambiental (REICHERT e TEIXEIRA, 2009).

Segundo a PNRS (BRASIL, 2010), um plano de gerenciamento de resíduos deve

conter a descrição do empreendimento ou atividade; o diagnóstico dos resíduos sólidos

gerados (origem, volume e caracterização), incluindo os passivos ambientais a eles

relacionados; a definição dos responsáveis pelas etapas do gerenciamento e dos

procedimentos operacionais; a identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas

com outros geradores; as ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de

gerenciamento incorreto ou acidentes; as metas e procedimentos relacionados à minimização

da geração de resíduos sólidos e à reutilização e reciclagem; entre outros.

Ainda de acordo com a política, estão sujeitos a elaboração do plano de

gerenciamento de resíduos sólidos, entre outros geradores, os que geram resíduos perigosos, e

nesse contexto estão inseridos os laboratórios multidisciplinares da Central Analítica do

Núcleo de Processamento Primário e Reúso de Água Produzida e Resíduo (NUPPRAR), que

concentram atividades de pesquisa e extensão relacionadas ao processamento primário de

petróleo e tratamento e reuso de água produzida, que atendem as demandas locais da

Petrobras, dos Órgãos Ambientais como IDEMA, IGARN, Promotoria de Meio Ambiente do

Ministério Público do RN, entre outros, e da Sociedade Universitária

As atividades desenvolvidas nos laboratórios da Central Analítica demandam de uma

grande diversidade de classes de produtos, que por consequência, geram uma gama variada de

resíduos com características intrínsecas aos seus processos, estes podem ter características de

14

resíduos perigosos e necessitarem de um manejo e destinação adequada, respeitando o ponto

de vista de segurança do operador, assim como o do meio ambiente.

Assim, o objetivo desse trabalho é avaliar o atual sistema de manejo dos resíduos

sólidos da Central Analítica do NUPPRAR/UFRN, bem como propor um Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), que consistirá na proposição de práticas e

programas ambientalmente corretas, de modo a tornar o núcleo sustentável e em consonância

com as exigências das legislações legais vigentes.

2 PROPOSTA DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A proposta do PGRS para os laboratórios da Central Analítica do NUPPRAR/UFRN

foi elaborada a partir de avaliações teóricas e in loco, abordando um diagnóstico sobre a atual

situação dos resíduos gerados nas dependências da Central Analítica, considerando aspectos

qualitativos e de gerenciamento de forma a reunir dados para elaboração de estratégias de

manejo destes resíduos, corrigindo as possíveis inadequações existentes, delineado em

consonância com as diretrizes da legislação vigente. O PGRS foi elaborado em 4 (quatro)

etapas, da seguinte forma:

2.1 ETAPA I: DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1.1 Identificação da instituição

A identificação da instituição foi realizada com base no modelo (Tabela 1) disponível

na Cartilha de PGRS do Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicada em 2014.

Nome da Instituição: Central Analítica do NUPPRAR/UFRN

Endereço: Av. Senador Salgado Filho, nº 3000, Lagoa Nova, Natal/RN. Campus

Universitário I.

Telefone: (84) 4141-2994 E-mail: [email protected]

Nº de servidores (incluir somatório de servidores, estagiários e terceirizados): 26

Área construída (m²): 900 m²

Informar se o prédio é próprio ou alugado: Prédio público

Informar se o edifício é sede: Sim

Idade do prédio: 7 anos (aproximadamente)

Observações: Não existente

Tabela 1 - Dados de identificação da Central Analítica do NUPPRAR/UFRN

Fonte: Adaptado de MMA, 2014.

15

2.1.2 Responsável técnico pela elaboração do PGRS

O responsável técnico pela elaboração do PGRS, assim como a instituição, também foi

identificado com base no modelo disponível na Cartilha de PGRS do MMA (Tabela 2).

2.1.3 Caracterização da instituição

O NUPPRAR/UFRN é um núcleo regional de excelência constituído de laboratórios

com capacitação instrumental e de recursos humanos, que objetiva o atendimento às

demandas técnicas e de pesquisa, voltadas a indústria do petróleo na região Norte/Nordeste.

O NUPPRAR/UFRN (Figura 1), inaugurado em 21 de outubro de 2010, localiza-se

no campus universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Lagoa

Nova, Natal/RN, e ocupa uma área construída de 3.000 (três mil) m² com uma estrutura

dividida em 04 (quatro) pavimentos (Térreo, 1º andar, 2º andar e 3º andar).

Nome do responsável pelo PGRS: Arthur Felipe Freire dos Santos

Cargo: Graduando em Engenharia Ambiental - UFRN

Telefone: (84) 98717-8096

E-mail: [email protected]

Comissão responsável pela elaboração do PGRS: Larissa Saraiva (Orientadora),

Karina Cunha (Coorientadora), Tarcila Frota (Responsável interno) e Raoni Anjos

(Responsável interno).

Figura 1 - Vista da fachada frontal do NUPPRAR/UFRN

Fonte: http://reuni.mec.gov.br

Tabela 2 - Dados do responsável pelo PGRS

Fonte: Adaptado de MMA, 2014.

16

A estrutura física reúne secretária, coordenação, banheiros, auditório, copa, salas de

técnicos, salas para pesquisadores e laboratórios multidisciplinares que atuam de forma

integrada, concentrando atividades de pesquisa relacionadas ao processamento primário de

petróleo e tratamento e reuso de água produzida, que atendem as demandas locais da

Petrobrás, dos Órgãos Ambientais como IDEMA, IGARN, Promotoria de Meio Ambiente do

Ministério Público do RN, entre outros, e da Sociedade Universitária.

O Núcleo é constituído por vários laboratórios multidisciplinares, cujo eixo principal

são os laboratórios da Central Analítica, que será o objeto deste PGRS. Os laboratórios da

Central Analítica possui uma estrutura destinada a articular, harmonizar e aperfeiçoar as ações

desenvolvidas no setor de água e resíduos produzidos a partir da exploração do petróleo. A

Central Analítica abrange apenas a estrutura referente ao 1º (primeiro) e 3º (terceiro)

pavimentos, ocupando uma área de aproximadamente 900 (novecentos) m², com estrutura

física distribuída conforme tabela 3.

Os demais pavimentos do núcleo (Térreo e 2º) são compostos por laboratórios

independentes, tais como: Laboratório de Tecnologia de Processamento, Laboratório de

Análise Térmica e Eletroanalítica, Laboratório de Desenvolvimento de Processos e

Catalisadores na Área de Refino, Laboratório de Tecnologia Ambiental, Laboratório de

Hidrogeologia, dentre outros.

1º Pavimento

Secretária

Auditório

Banheiros

Salas de pesquisadores

Sala de reunião

Sala de técnicos/alunos e registros

Laboratório de recebimento de amostras de petróleo

Laboratório de preparo de amostras de petróleo

3º Pavimento

Coordenação executiva do NUPPRAR

Coordenação da central analítica

Gerência de projetos

Banheiros

Sala de professores (LAMECO)

Sala de técnicos

Sala dos supervisores (técnicos responsáveis)

Tabela 3 – Distribuição física das salas do 1º e 3º pavimento do NUPPRAR/UFRN

Fonte: Autor

17

2.1.4 Descrição das atividades desenvolvidas

A Central Analítica do NUPPRAR/UFRN foi projetada para atender as demandas

identificadas do Núcleo de Processamento, da Unidade Operacional do Rio Grande do Norte e

Ceará (UO-RNCE) e do Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES), referentes às análises

de águas produzidas, para descarte, reuso em irrigação ou reinjeção.

Para tal, a central disponibiliza de um leque de soluções analíticas na área de

caracterização de águas produzidas, caracterização de produtos de corrosão e incrustação,

bem como em monitoramento ambiental, trabalhando em parcerias também com órgãos de

fiscalização ambientais como o IDEMA/RN e a Promotoria de Meio Ambiente do Ministério

Público do RN. Além disso, é equipada com equipamentos de alta precisão analítica, que

oferece a mais moderna tecnologia disponível de nosso Estado, empregando métodos

internacionalmente reconhecidos e trabalhando com limites de detecção compatíveis com as

exigências das normas e legislações vigentes.

Quanto aos diversos tipos de análises realizadas, são feitas análises de poluentes

considerados prioritários pelos principais órgãos nacionais e internacionais de proteção ao

meio ambiente em diferentes matrizes, incluindo: águas superficiais, águas para consumo

humano, águas subterrâneas, efluentes industriais, águas produzidas da indústria do petróleo e

amostras de solo. As análises são distribuídas e organizadas de acordo com suas respectivas

linhas, isto é, as linhas de análises orgânicas, inorgânicas ou físico-química (bancada) que são

subdividas entre os técnicos que compõe o núcleo.

3º Pavimento

Copa

Laboratório de caracterização de petróleo

Laboratório de preparo de amostras ambientais

Laboratório de preparo de amostras orgânicas

Laboratório de análises térmicas

Laboratório de análise elementar

Laboratório de espectroscopia de emissão ótica com fonte plasma

Laboratório de cromatografia iônica

Laboratório de cromatografia líquida

Laboratório de cromatografia gasosa

Laboratório de cromatografia gasosa

Tabela 3 – Distribuição física das salas do 1º e 3º pavimento do NUPPRAR/UFRN (Continuação)

Fonte: Autor

18

As análises, apesar de serem distribuídas em função das linhas (orgânica, inorgânica

e físico-química), adotam procedimentos iniciais que são comuns a todas independentemente

da sua linha de origem. Sendo assim, as amostras são inicialmente recebidas no laboratório de

recebimento de amostras por um técnico responsável pelo recebimento de amostras, onde são

devidamente conferidas e, posteriormente, armazenadas em geladeiras localizadas no próprio

laboratório. A partir disso, conforme a programação semanal de realização das análises, as

amostras são colhidas utilizando-se de quantidades demandadas para cada tipo de análise, as

quantidades restantes da amostra retornam para as geladeiras nos mesmos recipientes que

chegaram ao laboratório e permanecem por lá um período devido à necessidade de que sejam

solicitadas reanálises.

Em continuidade ao processo, quanto às análises orgânicas, são realizadas análises

para determinação de TOG (teor de óleos e graxas), BTEX (benzeno, tolueno, etil-benzeno e

os xilenos), TPHs e HPAs em amostras de água e de solo. Para as análises inorgânicas, são

realizadas análises de determinação de metais em amostras de água e solo. Em relação às

análises físico-químicas (bancada), são realizadas análises de surfactantes, cloro, cor,

nitrogênio, densidade, DQO (Demanda Química de Oxigênio), fósforos totais, sólidos

suspensos, condutividade, dentre outras. Todas as atividades são supervisionadas por

responsáveis técnicos que respondem diretamente por cada laboratório. As atividades

conduzidas dentro dos laboratórios são realizadas por alunos (graduação e pós-graduação),

funcionários da UFRN e da FUNPEC.

2.2 ETAPA II: DIAGNÓSTICO

2.2.1 Identificação e classificação dos resíduos gerados

Para facilitar o processo de classificação e identificação dos resíduos gerados, foi

estabelecida uma divisão em função de suas respectivas características da seguinte forma:

Resíduos gerados no estado sólido: são os resíduos gerados no estado sólido em

atividades desenvolvidas nos ambientes administrativos, convivência/alimentação e

laboratórios, que são subdividos em algumas classes específicas (Tabela 4).

19

Resíduos gerados no

estado sólido

Resíduos comuns

(não perigosos)

Recicláveis

(Ex.: Papel comum, embalagens plásticas, etc.)

Não recicláveis

(Ex.: Rejeitos sanitários, orgânicos, etc.)

Resíduos Perigosos

(Ex.: Papel toalha, vidrarias quebradas, luvas, pacote de medição de pH, etc.)

Resíduos líquidos químicos: são os resíduos químicos gerados no estado líquido

diretamente de determinado preparo de amostra ou análise realizada.

Resíduos de amostras: são os resíduos oriundos de amostras inutilizadas ou

sobras de amostras utilizadas, que são essencialmente resíduos de solo e água.

Para os resíduos gerados no estado sólido, foram identificados os tipos de resíduos

encontrados em cada ambiente. Além disso, os resíduos foram classificados de acordo com a

NBR 10.004:2004 para cada pavimento (Tabelas 5 e 6).

1º Pavimento (ou andar)

Ponto de geração

Tipos de resíduos

Classificação

(NBR 10.004:2004)

Secretaria Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Auditório Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Banheiros Papel toalha

Embalagens plásticas em geral

Papel higiênico utilizado

Absorventes

Miolo do papel higiênico

Classe II A

Salas de pesquisadores Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Tabela 5 – Identificação e classificação dos RS gerados por ponto de geração no 1º pavimento

Tabela 4- Subdivisão dos resíduos sólidos gerados

Fonte: Autor

Fonte: Autor

20

3º Pavimento (ou andar)

Ponto de geração

Tipos de resíduos

Classificação

(NBR 10.004:2004)

Coordenação executiva

do NUPPRAR/UFRN

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Coordenação da Central

Analítica

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Gerência de projetos

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Banheiros

Papel toalha

Embalagens plásticas em geral

Papel higiênico utilizado

Absorventes

Miolo do papel higiênico

Classe II A

Sala de reunião Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Sala de técnicos/alunos

e registros

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Laboratório de

recebimento amostras

de petróleo

Papel comum

Papel toalha

Embalagens plásticas em geral

Classe II A

Papel toalha*

Lacres de recipientes plásticos*

Tampas plásticas*

Luvas*

Classe I

Laboratório de

preparo de amostras de

petróleo

Papel comum

Papel toalha

Embalagens plásticas em geral

Classe II A

Vidrarias quebradas*

Papel filtro*

Pacotes de medição de pH*

Papel toalha*

Luvas*

Seringas (sem agulhas)*

Copos descartáveis*

Classe I

Tabela 6 – Identificação e classificação dos RS gerados por ponto de geração no 3º pavimento

* resíduos que tiveram contato com a amostra ou substâncias químicas e que por este motivo devem ser

enquadrados como perigosos.

Fonte: Autor

Tabela 5 – Identificação e classificação dos RS gerados por ponto de geração no 1º pavimento (Continuação)

Fonte: Autor

21

Copa

Papel toalha

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Garrafas plásticas e de papelão

Latas de metais

Restos de comidas

Classe II A

Sala de professores

(LAMECO)

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Sala dos supervisores

(técnicos responsáveis)

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Sala dos técnicos

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Laboratório de

caracterização de

petróleo

Papel toalha

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Laboratório de preparo

de amostras ambientais

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Vidrarias quebradas*

Papel toalha*

Papel filtro*

Pacotes de medição de pH*

Luvas*

Seringas (sem agulhas)*

Classe I

Laboratório de preparo

de amostras orgânicas

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Copos descartáveis

Classe II A

Vidrarias quebradas*

Papel toalha*

Papel filtro*

Pacotes de medição de pH*

Luvas*

Classe I

Laboratório de

cromatografia gasosa

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Classe II A

Laboratório de análise

elementar

Papel comum

Classe II A

Papel toalha*

Classe I

Laboratório de análises

térmicas

Papel comum

Classe II A

Papel toalha*

Classe I

Fonte: Autor

Tabela 6 – Identificação e classificação dos RS gerados por ponto de geração no 3º pavimento (Continuação)

22

Laboratório de

espectroscopia de

emissão ótica com fonte

plasma

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Classe II A

Papel toalha*

Embalagens plásticas em geral*

Classe I

Laboratório de

cromatografia iônica

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Classe II A

Laboratório de

cromatografia líquida

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Classe II A

Laboratório de

cromatografia gasosa

Papel comum

Embalagens plásticas em geral

Classe II A

Quanto aos resíduos líquidos químicos gerados, a identificação e classificação foram

realizadas a partir do tipo de análise ou do preparo de amostras pelo qual o resíduo era

proveniente, uma vez que estas análises não se concentravam em um único laboratório.

Sendo assim, foram identificados os tipos de resíduos produzidos em cada análise de cada

linha (orgânica, inorgânica e físico-química), além da classificação de acordo com a NBR

10.004:2004 (Tabela 7).

Linha de análise

Tipo de análise

Tipo de resíduos

Classificação

(NBR 10004:2004)

Orgânica Análise de TOG (Água) Líquido resultante da mistura de

água (amostra) + ácido clorídrico +

hexano.

Classe I

Orgânica Análise de BTEX (Solo) Líquido resultante da mistura de

solo (amostra) + água acidificada

Classe I

Orgânica Análise de BTEX

(Água)

Líquido da amostra

(água acidificada)

Classe I

Orgânico Análise de TPH e HPA

(Água)

Líquido resultante da mistura de

acetato de etila + metanol +

diclorometano + água ultrapura.

Classe I

Líquido da amostra

(água acidificada)

Classe I

Orgânica Análise de TPH e HPA

(Solo)

Líquido resultante da mistura de

amostra (solo) + acetona hexano

(acetona + n hexano)

Classe I

Tabela 7 - Classificação dos resíduos gerados por tipo de análise

* resíduos que tiveram contato com a amostra ou substâncias químicas e que por este motivo devem

ser enquadrados como perigosos.

Tabela 6 – Identificação e classificação dos RS gerados por ponto de geração no 3º pavimento (Continuação)

Fonte: Autor

Fonte: Autor

23

Inorgânica Análise de Metais

(Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + ácido nítrico

destilado.

Classe I

Inorgânica Análise de Metais (Solo) Líquido resultante da mistura de

amostra (solo) + água régia (ácido

clorídrico + ácido nítrico).

Classe I

Físico-química Análise do Fenol (Água) Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + clorofórmio +

dois reagentes (desconhecidos) +

uma solução de correção de pH.

Classe I

Físico-química Análise de Surfactantes

(Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + benzeno +

reagente (desconhecido) + uma

solução de pH.

Classe I

Físico-química Análise de cor (Água) Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de cloro (Água) Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + dois reagentes

(desconhecidos).

Classe I

Físico-química Análise de Nitrogênio

(Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + três reagentes (A,

B e C) + persulfato de nitrogênio.

Classe I

Físico-química Análise de clorofila

(Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + acetona.

Classe I

Físico-química Análise de clorominas

totais (Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + dois reagentes

(desconhecidos).

Classe I

Físico-química Análise de sólidos

suspensos (Água)

Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de sólidos

sedimentáveis (Água)

Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de

condutividade (Água)

Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de sólidos totais

dissolvidos (Água)

Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de COT –

Carbono Orgânico Total

(Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + solução tampão

de sulfato + reagente de persulfato

+ solução de digestão ácida

(desconhecida) + um indicador

(desconhecido).

Classe I

Físico-química Análise de pH (Água) Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Tabela 7 - Classificação dos resíduos gerados por tipo de análise (Continuação)

Fonte: Autor

24

2.2.2 Gerenciamento atual dos resíduos sólidos

Como a Central Analítica do NUPPRAR/UFRN ainda não possui um PGRS, se fez

necessário a realização de visitas in loco para identificar as ações que estão sendo adotadas

atualmente quanto ao manuseio destes resíduos, desde a segregação até a disposição final,

incluindo as etapas de acondicionamento, identificação, armazenamento, tratamento, coleta

interna e externa, além do transporte interno e externo. A seguir, são detalhadas cada uma das

etapas.

Físico-química Análise de alcalinidade

(Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + ácido clorídrico +

fenolftaleína + três indicadores

(verde de bromocresol + vermelho

de metina + carbonato de sódio).

Classe I

Físico-química Análise de sulfeto

(Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + nitrato de prata +

cloreto de sódio + ácido nítrico.

Classe I

Físico-química Análise de densidade

(Água) Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de DQO (Água) Líquido resultante da mistura da

amostra (água) + um reagente

(desconhecido).

Classe I

Físico-química Análise de fósforos

totais (Água)

Líquido resultante da mistura da

amostra (água) + um reagente de

fosforo ácido hidrolisado + um

reagente (desconhecido).

Classe I

Físico-química Análise de sólidos

volatéis (Água)

Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de

monocloromina (Água)

Líquido resultante da mistura de

amostra (água) + um reagente

(desconhecido).

Classe I

Físico-química Análise de salinidade

(Água)

Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Físico-química Análise de oxigênio

dissolvido (Água)

Líquido da amostra (sem adsorção

de nenhum reagente).

Classe I

Fonte: Autor

Tabela 7 – Classificação dos resíduos gerados por tipo de análise (Continuação)

25

I. Segregação e acondicionamento

Quanto à etapa de segregação, que consiste na separação dos resíduos no momento e

no local de geração, de acordo com as características físicas, químicas e biológicas, além do

seu estado físico e os riscos envolvidos, observou-se durante as visitas in loco que existe uma

segregação sendo feita atualmente para resíduos gerados na Central Analítica, porém

passíveis de melhorias e adequações.

Para os resíduos provenientes dos laboratórios, observou-se que em todos os

laboratórios existem lixeiras plásticas devidamente identificadas para que os resíduos sólidos

gerados sejam dispostos de maneira separada pelos respectivos geradores. No laboratório de

preparo de amostras de petróleo, por exemplo, existem lixeiras exclusivas para lixo comum,

que recebe o resíduo comum em geral (ex.: papel comum, embalagens plásticas em geral,

etc.), para luvas, para lixo que vai para incineração, que recebe os resíduos comuns, mas que

por algum motivo tiveram contato com amostra (ex.: papel toalha, papel filtrante, pacotes de

análise de pH, etc.) e para vidrarias (Figuras 2 e 3). Essa mesma disposição se repete para a

maioria dos laboratórios de acordo com a necessidade de cada um e dos resíduos gerados.

Os resíduos comuns são dispostos sempre em uma mesma lixeira identificada como

“lixo comum”, isto é, não há nenhum tipo de lixeira de coleta seletiva para que haja uma

segregação dos possíveis materiais recicláveis, com exceção dos vidros, que têm lixeiras

próprias.

Figura 2 - Lixeiras para lixo comum e de incineração Figura 3 - Lixeiras para vidrarias e luvas

Fonte: Autor Fonte: Autor

26

Os resíduos gerados em ambientes administrativos e de convivência/alimentação são

essencialmente resíduos comuns e são dispostos em lixeiras plásticas (ou metálicas)

identificadas como “lixo comum”.

Os resíduos líquidos químicos, que são provenientes do preparo ou análises de

amostras, são descartados em seus respectivos recipientes de acondicionamento sem nenhum

tipo de segregação quanto ao tipo de preparo ou análise da qual o mesmo é oriundo e

independentemente de terem caracteristicas químicas diferentes.

Quanto ao acondicionamento dos resíduos, que consiste no ato de embalar os

resíduos em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e

ruptura, são adotadas diferentes medidas para os diferentes tipos de resíduos gerados.

O resíduo comum é acondicionado em sacolas plásticas pretas que revestem

internamente as lixeiras identificadas com o nome “lixo comum” colocadas em cada ponto de

geração (Figura 4).

Quanto aos resíduos que vai para incineração, luvas e vidrarias, apesar de terem

destinação diferente dos resíduos comuns, também são acondicionados em sacolas plásticas

de cor preta, que revestem internamente suas respectivas lixeiras. Os resíduos de seringas,

utilizadas no auxílio de algumas análises, são acondicionados em caixas de papelão próprias

para resíduos desta natureza (Figura 5).

Figura 4 – Lixeira de resíduo comum revestida com sacola preta

Fonte: Autor

27

Os resíduos líquidos químicos são acondicionados em recipientes reutilizados de

solventes químicos de material plástico ou vidro (Figura 6) e também em bombonas de

material plástico (Figura 7) com capacidade de aproximadamente 20 L.

Os resíduos provenientes de amostras de solo são acondicionados em caixas de

papelão. Os resíduos de amostras de água são acondicionados em bombonas plásticas

idênticas às utilizadas para acondicionamento de resíduos líquidos químicos.

Figura 6 - Acondicionamento de resíduo em frasco reutilizado

Figura 7 - Acondicionamento de resíduo em bombonas

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Figura 5 – Lixeira de luvas revestida com saco preto e caixa de acondicionamento de seringas

Fonte: Autor

28

II. Identificação

Em relação à etapa de identificação dos resíduos, que consiste no conjunto de

medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e/ou recipientes de

modo a fornecer as informações para correto manejo dos resíduos, verificou-se que para os

resíduos líquidos químicos, existe um rótulo de identificação predefinido (Figura 8) que são

colados nos recipientes em que os resíduos são acondicionados pelos técnicos ou responsáveis

pela linha de análise no momento que se inicia o descarte de determinado resíduo. Os rótulos

são previamente impressos em preto e branco, disponíveis com os supervisores de cada

laboratório.

Durante as visitas in loco foi possível observar também que os rótulos de

identificação muitas vezes são preenchidos de forma incompleta, ou de forma inadequada

para o resíduo a ser destinado.

Quanto aos resíduos gerados no estado sólido, estes só possuem identificação nos

recipientes de lixeiras, mas não existe nenhuma identificação ou diferenciação de cores nas

sacolas de acondicionamento para cada tipo de resíduo, por exemplo. Todos são

acondicionados em sacolas pretas sem identificação antes de serem coletados (Figura 9).

Figura 8 – Rótulo de identificação dos resíduos

Fonte: NUPPRAR

29

Os resíduos provenientes das amostras de água são identificados também através dos

rótulos que são fixados nos galões (ou bombonas) de acondicionamento com a escrita de

“líquido desconhecido”, pois é uma mistura de várias amostras de composição desconhecidas.

Os resíduos de amostras de solo, depois de acondicionados em caixas de papelão, são

posteriormente acondicionados em uma bombona de 200L sem nenhum tipo de identificação.

III. Armazenamento

Quanto à etapa de armazenamento dos resíduos, que consiste no ato de acumular os

resíduos até que seja realizada a coleta e destinação do mesmo, de modo a resguardar as

características dos materiais, protegendo os mesmos de intempéries e do acesso de pessoas e

animais, são armazenados em lugares específicos de acordo com as características particulares

a cada tipo de resíduo gerado.

Os resíduos sólidos comuns, por exemplo, depois de acondicionados, são coletados e

armazenados temporariamente em um local externo da unidade localizado no Instituto de

Química a uma distância de aproximadamente 100 m da entrada do Núcleo (Figuras 10 e 11)

até que seja realizada a coleta externa pela própria universidade.

Figura 9 – Acondicionamento dos resíduos em sacolas pretas sem identificação

Fonte: Autor

30

Os resíduos sólidos perigosos gerados, depois de acondicionados em sacolas pretas

plásticas, são armazenados em uma grande bombona preta desprovida de identificação

(Figura 12), que recebe o lixo destinado à incineração de capacidade de 200 L e que fica

localizada entre as escadas de acesso ao 4º (quarto) pavimento do prédio.

Figura 10 - Local de armazenamento externo de resíduos comuns

Fonte: Autor

Figura 11 – Localização do local de armazenamento de resíduos comuns do IQ/NUPPRAR

Fonte: Autor

31

Os resíduos líquidos químicos que são acondicionados em frascos reutilizados de

produtos químicos são armazenados, em sua grande maioria, no próprio laboratório em

armários específicos (Figura 13).

Os resíduos líquidos químicos que são acondicionados em bombonas são coletados

nos laboratórios quando elas estão com a capacidade total preenchida e são armazenados em

uma sala chamada de “sala quente” (Figura 14), que se localiza anexa ao laboratório de

recebimento de amostras (1º pavimento) e que funciona como uma espécie de abrigo

temporário de armazenamento destes resíduos até que os mesmos sejam coletados. Além

disso, existe no Núcleo outro local que se localiza no 4º (quarto) pavimento da unidade e que

também é utilizado para armazenamento temporário destes resíduos (Figura 15).

Figura 13 – Armazenamento interno de resíduos líquidos no laboratório dos orgânicos

Figura 12 - Bombona de armazenamento de resíduos para a incineração

Fonte: Autor

Fonte: Autor

32

Quanto aos resíduos provenientes de amostras inutilizadas, estes são armazenados

em geladeiras que se localizam no próprio laboratório de recebimento de amostras onde

permanecem um período para eventuais necessidades de reanalises. Após esse período, são

descartados nos respectivos recipientes de acondicionamento e armazenados na “sala quente”

até serem coletados.

IV. Coleta e transporte interno

Quanto às etapas de coleta e transporte interno, que consistem no recolhimento dos

resíduos nos recipientes coletores do local de geração e posterior translado até o local

destinado a armazenamento interno ou externo, estas são realizadas por funcionários

terceirizados responsáveis pela limpeza e zeladoria do prédio ou pelos próprios técnicos dos

laboratórios (alunos de graduação e pós-graduação), a depender das características do resíduo

a ser coletado e transportado.

Os resíduos sólidos comuns, por exemplo, são coletados periodicamente pelo

funcionário terceirizado que o transporta internamente por meio de um carrinho de limpeza

(Figura 16) ou manualmente, sendo posteriormente transportado manualmente até o local de

armazenamento de coleta externa destes resíduos.

Figura 14 - Armazenamento de resíduos na

“sala quente” 1º pavimento Figura 15 - Armazenamento de resíduos no 4º pavimento

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Fonte: Autor

33

Observou-se durante as visitas in loco que atualmente existem apenas 2 (dois)

funcionários terceirizados que realizam este trabalho de limpeza e coleta dos resíduos

comuns, sendo exercida uma rotina de trabalho de cinco dias semanais (segunda a sexta-

feira). Segundo os próprios funcionários, as atividades de limpeza e coleta são organizadas e

divididas de acordo com os dias semanais, isto é, três dias (segunda, terça e quarta) são

destinados à limpeza e coleta dos resíduos provenientes dos ambientes administrativos ou de

convivência/alimentação (ex.: salas, coordenação, secretária, banheiros, auditório, etc.), e os

outros dois dias restantes (quinta e sexta-feira), são destinados à limpeza e coleta dos resíduos

comuns gerados nos laboratórios.

Os resíduos sólidos perigosos são coletados pelos técnicos (alunos de graduação ou

pós-graduação) uma vez por semana ou de acordo com a frequência que o recipiente

destinado para receber esse tipo de resíduo atinge sua capacidade máxima. Tais resíduos são

transportados manualmente com o uso de luvas até o local de armazenagem dos mesmos.

Os resíduos líquidos químicos que são acondicionados em bombonas também são

coletados e transportados manualmente (ou com uso do carrinho) sem um período

estabelecido, isto é, está coleta é realizada pelos técnicos (alunos de graduação ou pós-

graduação) sempre que houver bombonas aptas a serem coletadas, de modo a evitar o

acumulo de bombonas cheias nos laboratórios geradores. Da mesma forma acontece com os

resíduos líquidos químicos acondicionados em frascos reutilizados de produtos químicos,

porém em menor frequência, visto que os resíduos acondicionados em frascos são resíduos

gerados sem muita frequência.

Figura 16 - Carrinho utilizado para transporte de resíduo comum

Fonte: Autor

34

V. Coleta e transporte externo

Quanto à coleta e transporte externo dos resíduos gerados, que consiste no

recolhimento dos resíduos armazenados a serem transportadas para tratamento e disposição ou

destinação final, estas variam de acordo com as características dos resíduos e em função da

destinação que cada tipo de resíduo necessariamente deverá ter.

Durante as visitas in loco e com base nos questionamentos aos responsáveis pelo

núcleo, verificou-se que atualmente, com exceção dos resíduos de amostras provenientes da

Petrobras, a coleta e o transporte externo de todos os resíduos gerados na Central Analítica do

NUPPRAR/UFRN são de responsabilidade da própria universidade por meio do departamento

de Divisão do Meio Ambiente (DMA) da UFRN.

Neste sentido, quanto aos resíduos sólidos comuns, por exemplo, a coleta e

transporte externo na UFRN são realizadas diariamente (segunda-feira a sábado), sendo em

uma frequência de 2 (duas) vezes por semana no abrigo de resíduos que recebe o lixo comum

do NUPPRAR/UFRN. Os resíduos são coletados por funcionários da Universidade

diretamente no abrigo destinado ao armazenamento externo do núcleo e são transportados por

um caminhão coletor compactador de propriedade da Universidade, que também é

responsável por coletar todo o lixo, de mesmas características, do campus universitário.

Em relação aos resíduos líquidos químicos, resíduos sólidos perigosos e os resíduos

de amostras, atualmente também são coletados e transportados pela própria universidade. A

coleta acontece por frequência de solicitação da coordenadoria do NUPPRAR/UFRN que abre

um chamado ao departamento para que a mesma seja realizada. O transporte é realizado por

um veículo do tipo Doblo (Figura 17) também de propriedade da universidade.

Figura 17 – Veículo utilizado para transporte de resíduos líquidos químicos e perigosos

Fonte: Autor

35

VI. Destinação e disposição final

Quanto à destinação e disposição final dos resíduos provenientes da Central Analítica

do NUPPRAR/UFRN que, atualmente, são de responsabilidade da própria universidade,

também variam de acordo com as características dos resíduos gerados.

Os resíduos sólidos comuns, depois de coletados externamente pelo caminhão coletor

da UFRN, são transportados diretamente para o Aterro Sanitário Metropolitano de Natal –

BRASECO SA, que fica localizado na BR-406, 824, Ceará-Mirim/RN, onde são dispostos.

Os resíduos líquidos químicos, resíduos sólidos perigosos e resíduos provenientes de

amostras, depois de coletados pelo DMA mediante a abertura de um chamado da

coordenadoria do NUPPRAR/UFRN, são transportados até Unidade de Armazenamento

Temporário de Resíduos (UATR) da UFRN, onde permanecem armazenados até serem

coletados e destinados por uma empresa especializada mediante um processo licitatório anual.

VII. Tratamento

Quanto ao tratamento dos resíduos, que consiste na aplicação de método, técnica ou

processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou

eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente,

verificou-se durante as visitas in loco através de questionamentos aos técnicos e funcionários

terceirizados, bem como a própria responsável pela Central Analítica, que não existe

atualmente nenhum tratamento interno prévio realizado aos resíduos gerados antes dos

mesmos serem coletados externamente e posteriormente destinados.

Em relação ao tratamento externo, atualmente, não se tem informações de quais os

procedimentos e possíveis tratamentos realizados.

2.2.3 Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Durante as visitas in loco verificou-se por meio de observações de rotinas que os

técnicos utilizavam EPI em suas atividades, tais como: batas, botas, luvas e máscaras de

proteção (Figura 18).

36

2.3 ETAPA III: PROPOSTA DE GERENCIAMENTO

2.3.1 Criação do cargo de gerente de resíduos e auxiliar de gerente

Para garantir que o PGRS tenha uma maior efetividade e monitoramento, será

necessária à criação de um cargo de gerente de resíduos e de um auxiliar do gerente

(estagiário) para a Central Analítica do NUPPRAR/UFRN.

O cargo de gerente será ocupado por um funcionário do NUPPRAR/UFRN, que

possua conhecimento da Central Analítica e das atividades desenvolvidas. O gerente de

resíduos terá a função de monitorar e fiscalizar se as etapas de gerenciamento estão seguindo

dentro do planejado. Para isso, será auxiliado por um estagiário da própria universidade, que

atuará com uma espécie de “intermediador” entre os técnicos/funcionários e o gerente de

resíduos.

O auxiliar de gerente terá a função de preencher e organizar as fichas de

caracterização de resíduos, verificar se os resíduos foram rotulados adequadamente, fiscalizar

o armazenamento dos resíduos, elaborar relatórios semestrais (ou anuais) da situação, além de

observar o trabalho dos técnicos para identificação de possíveis descumprimentos do PGRS.

A proposta de seleção do estagiário poderá ser realizada por meio de um processo de

seleção interna e o candidato ao cargo deverá ter o seguinte perfil:

Graduando do curso de Engenharia Ambiental (preferencialmente) – visto que no

curso de Engenharia Ambiental são aprendidos conceitos relativos à gestão e

Fonte: Autor

Figura 18 – Técnico manuseando o resíduo com o uso de EPI

37

gerenciamento de RS – ou em outras Engenharias, tais como: Produção, Química,

etc.

Interesse e intimidade na área de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos;

Ter cursado algum componente em Gestão de Resíduos Sólidos e Educação

Ambiental (opcional).

2.3.2 Ações a serem adotadas quanto ao manejo de RS

Este item contemplará os procedimentos a serem adotados quanto ao manejo e

gerenciamento dos resíduos sólidos da Central Analítica do NUPPRAR/UFRN, desde a

geração até a disposição final, com base nas possíveis irregularidades identificadas no

diagnóstico realizado anteriormente.

Os procedimentos serão contemplados no intuito de adequar a Central Analítica as

condições estabelecida pela legislação nacional em vigor sobre RS, corrigindo as possíveis

falhas existentes no gerenciamento atual, bem como a propondo ações preventivas para que

sejam evitados problemas futuros. Desta forma, serão adotados os procedimentos descritos a

seguir.

I. Segregação e acondicionamento

Quanto às etapas de segregação e acondicionamento dos resíduos, propõe-se a

adoção de algumas medidas pontuais de acordo com os tipos de resíduos gerados na Central

Analítica.

Para os resíduos gerados no estado sólido, propõe-se que os mesmos sejam

segregados em recipientes coletores coloridos de acordo com o padrão de cores estabelecido

pela Resolução do CONAMA nº 275/2001.

É importante ressaltar que essa distribuição além de garantir que os resíduos gerados

tenham uma disposição ambientalmente adequada, contribui com o programa de coleta

seletiva solidária realizado pela UFRN através do PROGIRES (Programa de Gestão Integrada

de Resíduos).

Desta forma, será necessária a aquisição de novos recipientes coletores em

substituição aos usados atualmente. A aquisição será feita com base nas observações de rotina

quanto fluxo de geração e caraterização dos resíduos gerados em cada ponto de geração.

Sendo assim, propõe-se a aquisição de recipientes coletores (ou lixeiras) na cor azul

38

(papel/papelão), vermelha (plástico), verde (vidro), amarelo (metal) e laranja (perigoso) que

contemplem a coleta seletiva no núcleo e que destinem os resíduos de maneira adequada.

Dentre as lixeiras utilizadas atualmente, algumas lixeiras de cor branca que são

usadas para recebimento de “lixo comum” serão reaproveitadas para receber os resíduos

gerais não recicláveis. Além dessas, as lixeiras utilizadas nos banheiros, também de cor

branca, serão mantidas e reaproveitadas. Os resíduos gerados devem ser segregados da

seguinte maneira:

LIXEIRA AZUL (papel/papelão): resíduos de papel comum, papelão, papel toalha

(sem contaminação);

LIXEIRA VERMELHA (plástico): resíduos de embalagens plásticas em geral (sem

contaminação);

LIXEIRA VERDE (vidro): resíduos de vidros em geral (sem contaminação);

LIXEIRA AMARELA (metal): resíduos de metais em geral (sem contaminação);

LIXEIRA LARANJA (perigoso): resíduos que tiveram contato com amostra e que

por esse motivo devem ser enquadrados como resíduos perigosos (ex.: papel filtro,

luvas, vidrarias quebradas, pacotes de medição de pH, etc.);

LIXEIRA BRANCA (resíduo geral não reciclável): resíduos não recicláveis (ex.:

rejeitos sanitários, orgânicos, etc.);

Quanto aos modelos e capacidades destes recipientes coletores (em litros), foi

estabelecido que para ambientes administrativos, convivência/alimentação e alguns

laboratórios de leitura onde a geração de resíduos sólidos é muito pequena, a adoção de

recipientes coletores com pedal e capacidade padrão de 15L. Para laboratórios de preparo ou

recebimentos de amostras, onde a geração de resíduos sólidos perigosos é maior, deverão ser

adotados recipientes coletores com pedal e capacidade padrão de 30L para os de cor laranja,

os demais permanecerão com capacidade de 15L (Figura 19).

Figura 19 – Modelo de recipientes coletores coloridos de capacidade 15 e 30L

Fonte: http://www.lixeiraecia.com.br

39

Em relação aos corredores de circulação, deverão ser adotados recipientes coletores

cilíndricos com tampa “meia esfera” de capacidade de 20L (Figura 20).

Além desses, os recipientes coletores que se localizarão externamente ao núcleo, e

que vão servir de ponto de coleta externa para os resíduos comuns recicláveis, devem possuir

capacidade de 100L (Figura 21).

Diante disso, foi realizado um levantamento em todos os pontos de geração de

resíduos de modo a verificar a necessidade da existência e da quantidade de recipientes

coletores para que possam ser adquiridos e suas respectivas capacidades (Tabela 8).

Fonte: http://www.lixeiraecia.com.br

Figura 20 – Modelo de coletores coloridos com capacidade de 20L

Figura 21 – Modelo de coletores coloridos com capacidade de 100L

Fonte: http://www.lixeiraecia.com.br

40

Depois disso, para melhor entendimento e visualização da disposição dos recipientes

coletores na unidade, foi feito uma distribuição dos recipientes coletores em cada ponto de

geração na planta baixa dos 1º e 3º pavimentos do NUPPRAR/UFRN, referentes à Central

Analítica (ANEXO D e E).

Quanto ao acondicionamento, os resíduos gerados e segregados nos recipientes

coletores de identificação azul, vermelho, verde e amarelo devem ser acondicionados em

sacos correspondentes às suas respectivas cores de origem (Figura 22), estes sacos devem

revestir internamente o recipiente coletor de modo a facilitar a identificação quanto aos

resíduos recicláveis no momento da coleta interna, externa e transporte.

Recipientes de Lixeiras Quantidade

Azul (papel/papelão) de 15L 31

Vermelha (plástico) de 15L 07

Verde (vidro) de 15L 05

Amarelo (metal) de 15L 01

Laranja (perigoso) de 15L 03

Azul (papel/papelão) de 20L 02

Vermelha (plástico) de 20L 02

Verde (vidro) de 20L 02

Amarelo (metal) de 20L 02

Laranja (perigoso) de 30L 10

Azul (papel/papelão) de 100L 01

Vermelha (plástico) de 100L 01

Verde (vidro) de 100L 01

Amarelo (metal) de 100L 01

Total 69

Figura 22 – Sacolas para acondicionamento de resíduos recicláveis

Fonte: http://asterplas.com.br

Tabela 8 – Tipo e quantidade de recipientes coletores a serem adquiridos

Fonte: Autor

41

Os resíduos oriundos de recipientes coletores de identificação branco (não

recicláveis) devem ser acondicionados em sacos plásticos pretos. Quanto aos resíduos

provenientes dos recipientes coletores de identificação laranja (perigosos), estes seguem para

a incineração e, por isso, devem ser acondicionados em sacos plásticos laranjas, de modo a

diferenciá-los dos demais.

Os sacos plásticos devem ser de material resistente à ruptura e vazamento,

impermeável, de acordo com a NBR 9191:2008 da ABNT, os limites de peso de cada saco

devem ser respeitados, sendo proibido seu esvaziamento ou reaproveitamento.

Quanto aos resíduos líquidos químicos, também devem ser segregados no local de

geração. Os resíduos que não foram misturados com outras substâncias químicas devem ser

acondicionados nas embalagens originais. Porém, na impossibilidade da utilização da

embalagem original e para acondicionar misturas, deverão ser usados galões (ou bombonas)

de plástico rígido fornecidos aos laboratórios, resistentes e estanques, com tampa rosqueada e

vedante (Figura 23).

O acondicionamento de resíduos provenientes de diferentes análises deve ser

realizado preferencialmente em galões ou bombonas exclusivas para cada tipo de análise que

o resíduo é proveniente. Porém, na impossibilidade da utilização de diferentes galões (ou

bombonas) para cada tipo de análise, podem ser descartados em um mesmo recipiente desde

que respeitem os limites de incompatibilidade química entre as substâncias químicas

provenientes (ANEXO A), a fim de se evitar a ocorrência de reações indesejáveis e

consequentes acidentes.

Figura 23 – Modelo de galão para acondicionamento de resíduos líquidos químicos

Fonte: http://www.plasvidros.com.br

42

Os resíduos provenientes de amostras de solo, depois de terminado o período

estabelecido para possível reanálise, devem ser descartados em baldes de plástico rígido com

tampa rosqueada (Figura 24), os baldes podem ter capacidade variável de 2, 5 e 10L, isto vai

depender da demanda do descarte naquele momento.

Os resíduos provenientes de amostras de água, também depois de terminado o

período estabelecido para possível reanalise, devem permanecer sendo descartados em galões

(ou bombonas) igualmente as usadas para acondicionamento de resíduos líquidos químicos.

II. Identificação

Quanto à etapa de identificação dos materiais residuais, propõe-se que sejam

adotadas formas de identificação que variam de acordo com as características de cada tipo de

resíduo gerado, bem como a forma que os mesmos foram acondicionados.

Para os resíduos gerados no estado sólido, por exemplo, a forma de identificação

destes se dará em função da diferenciação de cores dos sacos plásticos que os mesmos serão

acondicionados (conforme estabelecido na etapa de acondicionamento) e também na

identificação escrita dos próprios recipientes coletores de resíduos.

Quanto aos resíduos líquidos químicos, estes devem ser identificados pelos geradores

através da aplicação de um rótulo (ou etiqueta) de identificação preestabelecido aos

recipientes de acondicionamento. O rótulo (ou etiqueta) permanecerá sendo o usado

atualmente, porém com pequenas modificações no intuito de melhorar a identificação

Figura 24 – Modelo de balde para acondicionamento sobras de amostras de solo

Fonte: http://www.casalab.com.br

43

existente do resíduo (ex.: acréscimo da data de início e fim de acumulação no recipiente) e,

posteriormente, seu monitoramento (ANEXO B).

A identificação de materiais residuais, através de rótulos e etiquetas, constitui-se em

um método simples e poderoso para reduzir não só os riscos de exposição e acidentes, mas

também os custos associados com o manuseio, tratamento e disposição final de materiais

residuais (FIGUERÊDO, 2006).

Para que a identificação destes resíduos ocorra da forma mais correta possível,

devem ser adotados e seguidos os seguintes procedimentos:

Os rótulos de identificação devem estar disponíveis impressos coloridos em todos

os laboratórios geradores;

Os rótulos devem ser preenchidos por completo e manualmente com letra legível;

Não se devem usar abreviações e formulas químicas no preenchimento dos rótulos;

Os rótulos devem ser colocados nos recipientes antes do envase do material

residual;

Os rótulos devem fixados com cola plástica que não oxida ou com fita adesiva

transparente em polipropileno;

As condições dos rótulos devem ser acompanhadas e conferidas periodicamente,

substituindo-os por outros, caso ocorra deterioração por vazamento, incrustação,

contaminação ou ação de intempéries;

Além da rotulagem dos resíduos líquidos químicos, deverá ser feito um

acompanhamento e caracterização destes resíduos por meio do preenchimento de uma ficha

de caracterização de resíduos (ANEXO C). Esta ficha será preenchida sempre que estes forem

transportados e, posteriormente, armazenados no abrigo externo de resíduos. O preenchimento

destas fichas será de responsabilidade do auxiliar do gerente de resíduos que além de

preencher as fichas, será responsável por organizá-las e mantê-las arquivadas para eventuais

necessidades e possíveis informações na elaboração dos relatórios anuais (ou semestrais),

sendo acompanhado pelo gerente de resíduos nessas atividades.

III. Armazenamento

Quanto ao armazenamento dos resíduos, propõe-se que devam ser adotados

diferentes tipos de armazenamentos, que irão se distinguir de acordo com as respectivas

44

características dos tipos de resíduos gerados, além do tipo de coleta que os mesmos venham a

receber, isto é, coleta convencional, seletiva ou especial.

Os resíduos comuns recicláveis, por exemplo, que são passiveis de coleta seletiva,

depois de recolhidos internamente nos recipientes coletores pelos funcionários terceirizados,

devem ser transportados e armazenados temporariamente nos recipientes coletores de resíduos

recicláveis de 100L que ficarão localizados externamente ao núcleo de acordo com a

separação estabelecida até que seja realizada a coleta seletiva e posteriormente a destinação

destes resíduos.

Para os resíduos comuns não recicláveis, que são passiveis de coleta convencional,

após serem coletados internamente, ambos devem ser transportados manualmente pelo

funcionário terceirizado até o local de armazenamento externo de resíduos dessa natureza

destinado pela universidade, onde permanecem armazenados até serem coletados

externamente e posteriormente destinados.

Os resíduos sólidos perigosos, que são passiveis de coleta especial, já que são

destinados ao tratamento por incineração, depois de coletados internamente, deverão ser

armazenados em bombonas grandes identificadas (capacidade de 200L), que se localizarão no

abrigo de resíduos destinado a coleta especial de resíduos. Estes resíduos ficarão armazenados

neste local até serem coletados por uma empresa especializada e posteriormente destinados.

Os resíduos líquidos químicos que também são passíveis de coleta especial, depois

de devidamente segregados na fonte, devem ser recolhidos em frascos coletores e

provisoriamente estocados em armários dos próprios laboratórios de maneira organizada e

separados por compatibilidade química. Uma vez cheios, os recipientes devem ser

imediatamente coletados e, posteriormente, armazenados em local exclusivo, isto é, no abrigo

de resíduos, até que sejam retirados por uma empresa especializada de modo que suas

características e suas quantidades não se alterem. Os resíduos líquidos químicos devem ser

armazenados de acordo com a NBR 12.235:1992 da ABNT, de forma organizada,

devidamente fechados e apropriadamente rotulados. Além disso, devem estar longe de fontes

de luz, calor, água e separados por compatibilidade química.

Quanto aos resíduos provenientes de amostras, os que são de responsabilidade do

núcleo, depois de acondicionados em bombonas ou galões (amostras de água) e baldes

plásticos (amostras de solo) devem ser transportados e armazenados no abrigo de resíduos

destinados aos resíduos com coleta especial.

45

Definição de um local exclusivo para abrigo de resíduos com coleta especial

Conforme identificado no diagnóstico realizado, atualmente não existe uma área

apropriada e exclusiva que funcione como uma espécie de abrigo de armazenamento externo

para os resíduos líquidos químicos, resíduos sólidos perigosos e resíduos provenientes de

amostras gerados na Central Analítica do NUPPRAR/UFRN.

Desta forma, com o propósito de adequar essas condições e organizar o

armazenamento destes resíduos, propõe-se para a Central Analítica um local exclusivo que

atenda as condições necessárias de localização, espaço, aspectos climáticos, ventilação e

segurança de acordo com a NBR 12.235:1992 da ABNT para funcionar como um abrigo

externo de resíduos dessa natureza.

Dentre os possíveis locais disponíveis e discutidos com a responsável pela unidade,

indicou-se que o abrigo de resíduos funcione em um depósito que se localiza por trás do

prédio do NUPPRAR/UFRN (Figura 25 e 26) a uma distância de aproximadamente 40 m da

parte de trás do núcleo. Para fazer a estimativa dessa distância, utilizou-se ferramentas

disponíveis no Google mapas que além de permitir calcular a distância aproximada, também

permitiu mostrar a localização exata do abrigo (Figura 27).

Figura 26 – Vista da parte traseira do depósito Figura 25 – Vista frontal do depósito

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

46

Este depósito pertence ao prédio do auditório do CCET, mas como não está sendo

utilizado, será cedido ao NUPPRAR/UFRN para esta finalidade. É importante ressaltar que o

local tem bom acesso a veículos e caminhões, é totalmente coberto e possui comungou para

possível ventilação, atendendo assim as condições mínimas exigíveis para tal finalidade.

Além disso, o depósito é dividido em dois compartimentos que permitirá que os resíduos

possam ser armazenados separadamente, isto é, resíduos líquidos químicos em um lado e

resíduos sólidos perigosos no outro.

Porém, é importante que antes que o local comece a ser devidamente utilizado, sejam

feitas algumas pequenas adequações, tais como:

Realização de limpeza externa e interna do depósito;

Sinalização adequada do “abrigo de resíduos” em local de fácil visualização e

com os símbolos de segurança correspondentes de acordo com a NBR 7500:2004

da ABNT;

Instalação de extintores de incêndios;

Construção de uma rampa de acesso na entrada do depósito para facilitar a entrada

do carrinho de transporte de resíduos;

Instalação de prateleiras de madeiras no lado destinado ao armazenamento de

resíduos líquidos químicos para armazenar recipientes menores em vidros.

Fonte: Autor

Figura 27 – Localização do depósito de resíduos perigosos do NUPPRAR/UFRN

Fonte: Autor

47

IV. Coleta e transporte interno

Quanto às etapas de coleta e transporte interno dos resíduos, propõe-se que estas

devam continuar sendo realizadas por funcionários terceirizados responsáveis pela limpeza e

zeladoria do prédio e pelos técnicos (alunos de graduação e pós-graduação) em períodos

preestabelecidos e de acordo com as características dos resíduos gerados.

Os resíduos comuns não recicláveis devem ser coletados, preferencialmente, nas

segundas, quartas e sextas-feiras, ou de acordo com uma rotina estabelecida pelos próprios

funcionários terceirizados. Estes resíduos devem ser transportados internamente de forma

manual ou com o auxílio do carrinho de limpeza existente no núcleo (isto dependerá da

demanda de resíduos a ser coletada) e depois manualmente até o local destinado a coleta

externa.

Os resíduos comuns recicláveis devem ser coletados dos recipientes coletores internos

em uma frequência de 2 (duas) vezes na semana e, preferencialmente, nas segundas e quartas-

feiras, que são dias que antecedam aos dias estabelecidos para coleta externa seletiva da

UFRN. É importante ressaltar que caberá aos funcionários terceirizados no ato da coleta dos

resíduos recicláveis verificarem se os mesmos foram lançados corretamente nos recipientes

coletores. Caso estejam dispostos de forma errada, os funcionários devem desvia-los para a

lixeira correspondente ao seu tipo, garantindo assim a eficiência do processo. Estes resíduos

devem ser transportados internamente de forma manual ou com o auxílio do carrinho de

limpeza existente no núcleo (isto dependerá da demanda de resíduos a ser coletada) e depois

manualmente até o local destinado ao recebimento de coleta externa.

Os resíduos sólidos perigosos devem ser coletados e transportados com o uso de

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados. A coleta será realizada,

preferencialmente, nas quintas e sextas-feiras, ou de acordo com a demanda de geração dos

resíduos nos laboratórios. Estes resíduos devem ser transportados internamente de forma

manual ou com o auxilio de um carrinho de transporte apropriado para este finalidade, que

também o transportará até o local de armazenamento externo.

Os resíduos líquidos químicos também devem ser coletados e transportados

obrigatoriamente com o uso de EPI apropriados aos riscos potenciais inerentes aos resíduos.

A coleta destes resíduos será realizada de acordo com as necessidades da unidade geradora,

isto é, a frequência com que os mesmos são gerados. Os técnicos de laboratórios deverão

sempre verificar a existência de recipientes aptos a ser coletados de modo a não haver

48

acumulação nos laboratórios. Além disso, é importante que se verifique se os recipientes estão

devidamente rotulados e totalmente fechados ou se não há algum tipo de vazamento, bem

como as características de incompatibilidade química dos mesmos, antes de transportá-los.

O transporte destes resíduos deverá ser realizado com o uso de um carrinho de

transporte apropriado (Figura 28) de material rígido, lavável, impermeável, provido de tampa

articulada ao próprio corpo do equipamento, com cantos e bordas arredondadas, a ser

adquirido pelo núcleo, e que também transportará os resíduos até o local de armazenamento

externo. Os resíduos líquidos químicos que estiverem acondicionados em recipientes de

vidros, antes de coletados, devem ser resguardados em caixas de papelão, separados por

compatibilidade química, de modo a evitar possíveis acidentes ou a quebra destes recipientes

durante o translado até o local de armazenamento externo.

Os resíduos provenientes de amostras, assim como os demais resíduos, também devem

ser coletados e transportados com o uso de EPI adequados. Esses resíduos devem ser

coletados sempre que forem descartados em seus respectivos recipientes, isto é, após período

necessário para reanálises. O transporte deve ser realizado com o carrinho de transporte de

resíduos até o local de armazenamento externo definido.

Fonte: http://www.metalpan.com.br

Figura 28 – Modelo de carrinho para transporte de resíduos líquidos químicos e perigosos

49

V. Coleta e transporte externo

Quanto às etapas de coleta e transporte externo dos resíduos, propõe-se que estas

devam ser realizadas de acordo com as características dos diferentes tipos de resíduos gerados

aos quais devem ter um tipo de coleta compatível as suas características e destinação final. Os

resíduos provenientes da Central Analítica do NUPPRAR/UFRN possuem características que

necessitam de diferentes tipos de coleta externa, que podem ser convencional, seletiva e

especial.

A coleta seletiva, que é o tipo de coleta que será destinada aos resíduos comuns

recicláveis, deverá ser realizada pela própria Universidade por meio do DMA em conjunto

com o PROGIRES (Programa de gestão integrada de resíduos). A coleta seletiva deverá ser

realizada por um funcionário da universidade numa frequência de uma vez na semana, dentre

os dias que são realizadas na UFRN, isto é, nas terças, quintas e sextas-feiras (conforme

estabelecido pelo DMA), por um caminhão de carroceria de madeira (Figura 29) de

propriedade da Universidade e diretamente nos recipientes coletores de resíduos recicláveis

que se localizarão na parte externa do Núcleo. Todo resíduo recolhido vai para a Unidade de

Armazenamento Temporário de Resíduos (UATR) da UFRN, de onde serão recolhidos por

catadores de cooperativas de materiais recicláveis de Natal.

Quanto à coleta especial, que é o tipo de coleta externa que será destinada aos resíduos

líquidos químicos, resíduos sólidos perigosos e resíduos provenientes de amostras, deverá ser

feita por uma empresa especializada que atenda as exigências ambientais relativas à coleta e

Figura 29 – Caminhão utilizado para a coleta seletiva na UFRN

Fonte: Autor

50

transporte externo a ser contratada pelo Núcleo através um processo de licitação. Deve-se

exigir que a empresa tenha um rastreamento da destinação do resíduo com a emissão do MTR

(Manifesto de Transporte de Resíduos). A coleta especial deverá ser realizada por um

funcionário devidamente capacitado da própria empresa utilizando-se de EPI necessários à

atividade. A frequência desta coleta vai variar com a demanda dos resíduos disponíveis no

abrigo de resíduos, a qual será controlada pelo gerente de resíduos em parceria com o auxiliar

do gerente (estagiário) que deverão comunicar ao responsável pela unidade sempre que for

necessário solicitar a coleta externa destes resíduos. O transporte deverá ser realizado por

veículos próprios para esse tipo de atividade, que deverá atender todas as exigências da

legislação.

Em relação à coleta convencional, que é o tipo de coleta externa que será destinada aos

resíduos comuns não recicláveis, permanecerá sendo realizada da forma que é feita

atualmente, isto é, pela própria universidade por meio do DMA.

VI. Destinação e disposição final

Quanto à disposição e destinação final dos resíduos gerados na Central Analítica do

NUPPRAR, os mesmos devem ser dispostos e destinados de maneira ambientalmente

adequada de acordo com suas respectivas características e seguindo ao estabelecido no Art.

3º, inciso VII e VIII, da Lei nº 12.305/2010 (Brasil, 2010).

Sendo assim, propõe-se a adoção das seguintes medidas quanto à disposição e

destinação final ambiente adequada dos diferentes tipos de resíduos gerados:

Resíduos comuns não recicláveis: Devem permanecer sendo dispostos pela

própria universidade ao Aterro Sanitário Metropolitano de Natal - BRASECO SA,

que fica localizado na BR-406, 824, Ceará-Mirim/RN.

Resíduos comuns recicláveis: Devem ser destinados a cooperativas de catadores

de matérias recicláveis de Natal por intermédio do Programa de Gestão Integrada

de Resíduos (PROGIRES) da universidade.

Resíduos líquidos químicos, resíduos sólidos perigosos e resíduos provenientes

de amostras: Devem ser destinados por uma empresa especializada a ser

contratada pelo núcleo através de um processo de licitação mediante a um termo de

referência. A empresa deve atender todas as exigências ambientais relativas à

51

destinação ambientalmente adequada para resíduos desta natureza e,

obrigatoriamente, deverá emitir o CDF (Certificado de Destinação Final).

2.3.3 Programa de minimização de resíduos

O programa de minimização de resíduos consiste na implementação de técnicas que

visem reduzir a geração na fonte ou o reaproveitamento dos resíduos gerados.

Segundo Figuerêdo (2006), a minimização de materiais envolve qualquer ação que

resulte tanto numa utilização racional, segura e ambientalmente adequada de insumos,

métodos e processos, como na consideração de que em muitos materiais residuais gerados

existe um potencial de reaproveitamento. Assim, o objetivo primeiro da minimização é buscar

não gerar ou então reduzir a geração do material residual na fonte e, em segundo lugar,

procurar reutilizar, reciclar ou recuperar aqueles materiais de geração inevitável.

Desta forma, o programa de minimização deve adotar as seguintes estratégias:

Planejamento de análises e ensaios de modo a reduzir quantidades excessivas

de substâncias desnecessariamente utilizadas;

Realização de tratamento de resíduos na fonte geradora de modo a reduzir seu

volume ou toxicidade e, consequentemente, diminuir custos com coleta,

transporte e destinação em local apropriado.

Reciclagem dos resíduos comuns gerados de modo a reduzir a quantidade de

resíduos que chegam ao aterro sanitário;

2.3.4 Programa de capacitação e educação ambiental

A proposição de um programa de capacitação e educação ambiental surge como uma

forma de instruir o gerente de resíduos, técnicos e funcionários para a correta participação no

PGRS. É de extrema importância esclarecer e sensibilizar a todos sobre responsabilidade de

cada indivíduo no processo de manejo dos resíduos para que haja uma adesão consciente e

efetiva.

A capacitação deve ser contínua e pode ser realizada com o desenvolvimento de

treinamentos a todos os envolvidos direto ou indiretamente nas atividades realizadas nos

laboratórios que, consequentemente, são geradoras de resíduos. Os treinamentos devem

52

possuir atribuições claras para que os mesmos estejam conscientes da importância do

cumprimento da política, dos objetivos e das exigências legais.

Desta forma, devem ser realizados regularmente e podem considerar os seguintes

aspectos no manuseio de resíduos:

Importância ambiental do correto gerenciamento de resíduos;

Noções sobre as características e riscos inerentes ao trato de cada tipo de resíduo;

Orientações aos técnicos e funcionários sobre a execução na coleta, transporte e

armazenamento;

Recomendações para o uso devido de EPI específicos de cada atividade, bem

como a necessidade de mantê-los em perfeita higiene e estado de conservação.

Neste contexto, a educação ambiental surge com uma importante ferramenta no que se

diz a respeito à difusão de valores que venham a contribuir para capacitar, informar e

incentivar a todos sobre o correto gerenciamento dos resíduos. De acordo com Marcatto

(2002), a educação ambiental é uma das ferramentas existentes para a sensibilização e

capacitação da população em geral sobre os problemas ambientais. Com ela, busca-se

desenvolver técnicas e métodos que facilitem o processo de tomada de consciência sobre a

gravidade dos problemas ambientais e a necessidade urgente de debruçar-se seriamente sobre

eles.

Portanto, para que se tenha um programa de educação ambiental eficaz deve-se

promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atividades e de

habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Sendo assim, a

inserção destes conceitos no núcleo pode ser feita através de palestras explicativas sobre o

manuseio de resíduos, desenvolvimento de materiais educativos sobre o correto

gerenciamento e incentivos a coleta seletiva a serem distribuídos aos técnicos, funcionários e

aos alunos da própria universidade que venham a visitar o núcleo, além da produção de

cartazes e folders informativos e de conscientização sobre a questão ambiental, etc.

É importante ressaltar que tanto as palestras quanto o próprio treinamento dos

envolvidos no PGRS devem ser realizados por solicitação da diretoria do NUPPRAR/UFRN,

em períodos preestabelecidos, aos órgãos ambientais que se prontifiquem e que já trabalhem

com ações desse tipo. Quanto à produção de cartazes informativos ou materiais educativos,

estes podem ser desenvolvidos pelo próprio gerente de resíduos em conjunto com seu auxiliar.

53

2.3.5 Programa de monitoramento contínuo

O programa de monitoramento contínuo visa checar e avaliar periodicamente se o

PGRS está sendo executado conforme planejado, consolidando as informações por meio de

indicadores e eventualmente elaborando relatórios, de forma a melhorar a qualidade,

eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.

Nesta etapa o gerente de resíduos e o auxiliar terão um papel primordial, visto que será

deles a função e responsabilidade de monitorar como estão sendo realizadas as etapas do

gerenciamento dos resíduos cotidianamente, preencher as fichas de caracterização e

acompanhamento dos resíduos líquidos químicos (ANEXO C), além da elaboração de

relatórios semestrais (ou anuais) de avaliação e atualização do PGRS. As atualizações serão

necessárias sempre que alguma legislação, resolução ou norma for publicada ou retificada.

Além disso, o relatório irá contemplar também os resultados dos treinamentos e capacitações

que possivelmente foram realizados.

2.3.6 Plano de contingência

As situações de emergência e acidentes que possivelmente podem acontecer no

manuseio dos resíduos durante a rotina de atividades desenvolvidas pelos técnicos da Central

Analítica do NUPPRAR/UFRN e que indiquem riscos significativos, mesmo com adoção de

medidas preventivas, exigem a aplicação de ações pontuais. Sendo assim, o PGRS deve

incluir em sua estrutura um plano de contingência para o enfrentamento de tais situações

emergenciais.

O plano de contingência é uma atividade que prevê a mitigação dos riscos para a

segurança dos serviços e contribui para a manutenção do PGRS no caso de indisponibilidade

de funcionalidades de parte do sistema. Tal plano deve conter as medidas necessárias a serem

tomadas durante eventualidades e que devem ser efetivas, de fácil e rápida execução. Além

disso, devem especificar medidas alternativas para o controle e minimização de danos

causados ao meio ambiente e ao patrimônio quando da ocorrência de situações anormais

envolvendo quaisquer das etapas do gerenciamento do resíduo.

Portanto, para evitar estes possíveis danos, foram identificados cenários de

emergências para as diferentes etapas do gerenciamento de resíduos (acondicionamento,

armazenamento, coleta e transporte), além de acidentes pessoais com os técnicos (ou

54

funcionários) que possivelmente possam vir a acontecer durante o cotidiano, e respectivas

ações associadas para os principais elementos que compõe o sistema (Tabela 9).

55

Extravio do recipiente (ou sacola) de

acondicionamento do resíduo, por manuseio

incorreto ou deficiência do material que o

compõe.

Remoção do resíduo para outro recipiente específico (conforme o tipo de resíduo), higienização do

local e comunicação ao responsável pelo laboratório ou ao gerente de resíduos. * Obs.: Caso não seja possível a remoção do resíduo para outro recipiente, este deve ser

descartado de maneira correta juntamente com o recipiente extraviado.

Extravio do recipiente (ou sacola) de

acondicionamento do resíduo dentro do local

de armazenamento temporário interno por

manuseio incorreto ou deficiência do

material que o compõe.

Remoção do resíduo para outro recipiente específico (conforme o tipo de resíduo), higienização do

local e comunicação ao gerente de resíduos.

* Obs.: Caso não seja possível a remoção do resíduo para outro recipiente, este deve ser

descartado de maneira correta juntamente com o recipiente extraviado.

Manuseio inadequado de produtos ou na

operação da coleta interna de resíduos.

Remoção do resíduo para outro recipiente específico (conforme o tipo de resíduo), higienização do

local e comunicação ao gerente de resíduos.

* Obs.: Caso não seja possível a remoção do resíduo para outro recipiente, este deve ser

descartado de maneira correta juntamente com o recipiente extraviado.

Paralisação da realização da coleta seletiva

solidária pelo DMA/UFRN

Buscar contato diretamente com cooperativas de catadores de matérias recicláveis de Natal/RN, de

modo a verificar o interesse destas em coletar os resíduos recicláveis diretamente no local de

armazenamento externo do NUPPRAR/UFRN.

Paralisação da realização de coleta externa

especial pela empresa especializada

contratada.

Celebrar contrato emergencial com uma nova empresa especializada na coleta destes resíduos ou

comunicar DMA da UFRN para a realização dessa coleta pelo tempo necessário a essa

paralização.

Derramamento de produtos tóxicos ou

inflamáveis sobre o técnico (ou funcionário).

Seguir as medidas de segurança recomendadas pelo ao documento do FISPQ (Ficha de Segurança

de Produtos Químicos).

Respingo de produto químico nos olhos do

técnico (ou funcionário).

Seguir as medidas de segurança recomendadas pelo ao documento do FISPQ (Ficha de Segurança

de Produtos Químicos).

AC

ON

DIC

IO -

NA

ME

NT

O

OCORRÊNCIAS AÇÕES

AR

MA

ZE

NA

-

ME

NT

O

CO

LE

TA

T

RA

NS

PO

RT

E

AC

IDE

NT

ES

PE

SS

OA

IS

Tabela 9 – Plano de contingência para a Central Analítica do NUPPRAR/UFRN

Fonte: Autor

56

2.4 ETAPA IV: METAS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PGRS

2.4.1 Atores internos responsáveis pelo PGRS

Para que o PGRS seja efetivo é preciso designar os responsáveis internos e suas

respectivas funções quanto ao seguimento das etapas de manejo e gerenciamento de resíduos.

São eles:

Técnicos de laboratórios: Geradores primários dos resíduos provenientes da Central

Analítica, visto que é nas atividades desenvolvidas pelos mesmos que são gerados a

maior quantidade de resíduos. Os técnicos devem ser responsáveis pelos seus respectivos

resíduos, além de desempenharem o gerenciamento correto quanto ao acondicionamento,

segregação, identificação, coleta e transporte de acordo com o estabelecido no PGRS.

Funcionários terceirados de limpeza: Funcionários de uma empresa terceirizada que

prestam serviços de limpeza interna ao Núcleo. Os funcionários terceirizados são atores

essenciais para que o PGRS tenha sucesso, visto que desempenham as importantes

funções no gerenciamento dos resíduos.

Demais funcionários (professores, pesquisadores, funcionários CLT, etc.): Geradores

secundários dos resíduos provenientes da Central Analítica, visto que geram resíduos em

bem menos proporção quando comparados, por exemplo, aos técnicos de laboratórios.

Estes, assim como todos os geradores, devem ser responsáveis pelos respectivos resíduos

gerados, tendo consciência do correto descarte e seguindo ao estabelecido pelo PGRS.

Gerente de resíduos: Funcionário designado do NUPPRAR/UFRN que deve

desempenhar a função de monitoramento e fiscalização quanto ao envolvimento dos

demais atores dentro do estabelecido pelo PGRS.

Auxiliar de gerente de resíduos: Estagiário da própria universidade a ser contratado

pelo núcleo que atuará em conjunto com o gerente de resíduos em atividades relacionadas

ao controle e monitoramento dos resíduos gerados.

Gerente responsável pelo Central Analítica do NUPPRAR: Funcionário responsável

pela gerência da Central Analítica que terá a função de comunicar à empresa

especializada responsável pela coleta especial dos resíduos sempre que houver

necessidade.

57

2.4.2 Custos de implantação

Quanto à implantação do PGRS, será necessária a realização de algumas adequações,

tais como: a aquisição de recipientes coletores adequados para o acondicionamento dos

resíduos, um carro especifico para transporte de resíduos, além de todas as modificações

necessárias ao depósito destinado ao armazenamento dos resíduos.

Para isso, foram realizados 2 (dois) orçamentos para se ter uma estimativa de custo

relacionado à implantação do PGRS na unidade. Os orçamentos foram realizados em 2 (duas)

empresas através de suas respectivas lojas virtuais, dentre os quais, o orçamento da empresa

LIXEIRA E CIA se mostrou mais atrativo do ponto de vista financeiro (Tabela 10).

A estimativa de custos relativa às adequações necessárias no depósito de resíduos, tais

como: gastos relativos à construção da rampa de acesso (material + mão de obra), aquisição

de extintores de incêndio, aquisição de uma bombona de capacidade de 200 L, instalação de

prateleiras, etc., não foram incluídos nesse orçamento inicial, no entanto será feito no decorrer

da implantação do PGRS.

Tipo Qt (und.) Preço

unitário (R$)

Preço

total (R$)

Lixeira c/pedal 15L - Cor Azul

Lixeira c/pedal 15L - Cor Vermelha

Lixeira c/pedal 15L - Cor Verde

Lixeira c/pedal 15L - Cor Amarela

Lixeira c/pedal 15L - Cor Laranja

31

07

05

01

03

R$ 48,40

R$ 48,40

R$ 48,40

R$ 48,40

R$ 48,40

R$ 1.500,40

R$ 338,80

R$ 242,00

R$ 48,40

R$ 145,20

Lixeira cilíndrica c/ tampa meia esfera 20L – Cor Azul

Lixeira cilíndrica c/ tampa meia esfera 20L – Cor Vermelha

Lixeira cilíndrica c/ tampa meia esfera 20L – Cor Verde

Lixeira cilíndrica c/ tampa meia esfera 20L – Cor Amarela

02

02

02

02

R$ 49,90

R$ 49,90

R$ 49,90

R$ 49,90

R$ 99,80

R$ 99,80

R$ 99,80

R$ 99,80

Lixeira c/pedal 30L – Cor Laranja 10 R$ 60,95 R$ 609,50

Conjunto de 4 lixeiras de 100L 01 R$ 628,82 R$ 628,82

Carro coletor de transporte de resíduos de 240L 01 R$ 496,00 R$ 496,00

Total R$ 4.408,32

Tabela 10 – Custos parciais necessários para a implantação do PGRS

Fonte: http://www.lixeiraecia.com.br

58

2.4.3 Cronograma de implantação

A tabela abaixo traz um cronograma de implantação das proposições e respectivas

ações a serem tomadas para a implantação do PGRS na Central Analítica do

NUPPRAR/UFRN. A implantação completa está prevista para um horizonte de 11 (onze)

meses e foi dividida em 4 (quatro) etapas da seguinte forma:

1º Etapa: Criação do PGRS

2º Etapa: Contratações

3º Etapa: Adequações

4º Etapa: Implantação

É importante ressaltar que esse é um cronograma parcial e pode está sujeito a

alterações, principalmente quanto aos prazos, de acordo com as necessidades e dificuldades

encontradas. Além disso, algumas etapas são independentes e, por isso, podem ocorrer

simultaneamente sem nenhum tipo de prejuízo.

59

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PGRS

ETAPAS PROPOSIÇÕES AÇÕES PRAZO

1º Etapa

Criação do PGRS

Reunião com a responsável pela Central Analítica do NUPPRAR Início:

MARÇO 2017

Fim:

JULHO 2017

Apresentação da proposta aos responsáveis pela Central Analítica do

NUPPRAR

Elaboração do PGRS

Apresentação do PGRS aos técnicos e funcionários do NUPPRAR

2º Etapa

Contratações

Designação de um funcionário do NUPPRAR para

ocupar o cargo de gerente de resíduos

Início:

JULHO 2017

Fim:

DEZEMBRO 2017

Realização de processo de seleção interna para contratação de um estagiário

para ocupar o cargo de auxiliar de gerente de resíduos

Processo licitatório para a contratação de uma empresa especializada de coleta

externa especial (ex.: coleta de resíduos químicos perigosos, etc.)

3º Etapa

Adequações

Construção da rampa de acesso ao depósito destinado ao abrigo de resíduos

Início:

AGOSTO 2017

Fim:

OUTUBRO 2017

Aquisição de recipientes coletores coloridos, carrinho de transporte de

resíduos, bombona preta grande (200 L) e extintores de incêndios

Substituição das lixeiras usadas atualmente pelos recipientes coletores

adquiridos

Sinalização do abrigo de resíduos externo

4º Etapa

Implantação

Início de funcionamento do PGRS

JANEIRO 2018

Tabela 11 – Cronograma parcial de implantação do PGRS

Fonte: Autor

60

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou uma avaliação da atual forma de

gerenciamento dos resíduos sólidos provenientes das atividades desenvolvidas na Central

Analítica do NUPPRAR/UFRN. A partir disso, permitiu a proposição de um Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) para unidade afim de torná-la ambientalmente

adequada e de acordo com as exigências legais vigentes.

De modo geral, a avaliação evidenciou que, apesar do núcleo cumprir parcialmente o

gerenciamento dos resíduos gerados, existe irregularidades no processo, que precisam ser

corrigidas e adequadas de acordo com o estabelecido pelas legislações ambientais em

vigência e com a implantação do PGRS.

É importante ressaltar que apesar de não ser objetivo deste trabalho a implantação do

PGRS neste primeiro momento, este documento auxiliará na implantação das proposições

sugeridas no decorrer dos próximos meses, que devem seguir as orientações contidas no

mesmo. Além disso, quando for completamente implantado, o PGRS poderá servir como um

modelo a seguido para uma possível ampliação no restante do núcleo ou para outras unidades

de mesma natureza dentro da própria UFRN.

Portanto, ressalta-se a importância do PGRS e seus benefícios para a Central Analítica

do NUPPRAR/UFRN, pois além de adequá-la com as exigências legais vigentes, auxilia na

redução dos riscos de impacto ao meio ambiente e a saúde dos próprios técnicos e

funcionários.

61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12235: Armazenamento

de resíduos sólidos perigosos. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

______. NBR 13463: Coleta de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.

______. NBR 7500: Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e

armazenamento de produtos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

______. NBR 10004: Resíduos sólidos - Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

______. NBR 9191: Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Requisitos e

métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.

ALBERGUINI, L. B. A., SILVA, L. C., REZENDE, M. O. O. Tratamento de Resíduos

Químicos: guia prático para a solução dos resíduos químicos em instituições de ensino

superior. São Carlos: RIMA, 2005.

ASTERPLAS, Produtos. Disponível em: <http://asterplas.com.br/produto/sacos-em-bopp-

com-aba-adesiva/>. Acesso em 16 de maio de 2017.

BRASIL. Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília-

DF. DOU – Diário Oficial da União, 2010.

______. Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei n.º 12.305, de 2

de agosto de 2010. Brasília-DF. DOU – Diário Oficial da União, 2010.

______. Resolução CONAMA n° 275, de 25 de abril de 2001. Código de cores para os

diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores.

DOU – Diário Oficial da União, 2001.

CASALAB, Produtos. Disponível em: <http://www.casalab.com.br/produtos/92/8300_>.

Acesso em 19 de Maio de 2017.

FIGUERÊDO, D. V. Manual para gestão de resíduos químicos perigosos em instituições

de ensino e pesquisa. 1. ed. Belo Horizonte: Conselho Regional de Química de Minas Gerais,

2006. p 23.

HIRATA, M. H.; HIRATA, R. D. C.; MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2.

ed. São Paulo: Manole, 2012. 384 p.

LIXEIRA E CIA, Produtos. Disponível em: < http://www.lixeiraecia.com.br/produtos.asp?dp=13&ca=&sc=&a1=&nav=1>. Acesso em 22

de Maio de 2017.

MARCATTO, C. Educação Ambiental: Conceitos e Princípios. Belo Horizonte: Fundação

Estadual do Meio Ambiente - FEAM, 2002. 64 p.

62

METALPAN, Produtos. Disponível em:

<http://www.metalpan.com.br/produto.aspx?idp=962&idc=6&ids=49&idm=0&n=Carro%20

Coletor%20Polipropileno%20-%20240%20litros>. Acesso em 23 de Maio de 2017.

MMA, Ministério do Meio Ambiente. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos –

Instrumento de Responsabilidade Socioambiental na Administração Pública. Ministério

do Meio Ambiente, 2014.

NUPPRAR, Núcleo de Processamento Primário e Reuso de Água Produzida e Resíduo.

Disponível em: <http://www.nupprar.ufrn.br/index?p=index>. Acesso em 16 de Abril de

2016.

PLASVIDROS, Produtos. Disponível em: <http://www.plasvidros.com.br/gal-o-5-

litros.html>. Acesso em 19 de Maio de 2017.

PROGIRES, Programa de Gestão Integrada de Resíduos. Disponível em:

<http://www.meioambiente.ufrn.br/wp-content/themes/pma/projeto-progires.pdf>. Acesso em

21 de Março de 2017.

.

REICHERT, G. A.; TEIXEIRA, C. E. Plano de gerenciamento integrado de resíduos

sólidos urbanos. Caxias do Sul - RS: RECESA, 2009. 345 p.

REUNI, Reestruturação e expansão das universidades federais. Disponível em: < http://reuni.mec.gov.br/noticias/39-noticias-principais/570-ufrn-inaugura-laboratorio-de-

pesquisa-de-petroleo-e-agua>. Acesso em 11 de Março de 2017.

TEIXEIRA, C. E. et al. Concepção de um sistema de gestão de resíduos de laboratórios:

estudo de caso de um instituto de pesquisa. São Paulo: IPT / UNINOVE /

TECHNOHIDRO, 2012.

63

ANEXO A – TABELA DE COMPATIBILIDADE QUÍMICA

SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEL COM

(Não devem ser armazenadas ou misturadas com)

A

Acetileno

Cloro; Bromo; Flúor; Cobre; Prata; Mercúrio.

Acetona

Ácido nítrico (concentrado); Peróxido de hidrogênio.

Acetonitrila

Oxidantes; Ácidos.

Ácido Acético

Ácido crômico; Ácido nítrico; Ácido Perclórico; Peróxido de hidrogênio;

Permanganatos.

Ácido Clorídrico

Metais mais comuns; Aminas; Óxidos metálicos; Anidro acético, Acetato de

vinila; Sulfato de mercúrio; Fosfato de cálcio; Formaldeído; Carbonatos; Bases

fortes; Ácido sulfúrico; Ácido Clorossufônico.

Ácido Clorossufônico

Materiais orgânicos; Água; Metais na forma de pó.

Ácido Crômico

Ácido acético; Naftaleno; Cânfora; Glicerina, Álcoois; Papel.

Ácido Fluorídrico

(anidro)

Amônia (anidra ou aquosa)

Ácido Nítrico

(concentrado)

Ácido acético, Acetona; Álcoois; Anilina; Ácido crômico.

Ácido Oxálico

Prata e seus sais; Mercúrio e seus sais; Peróxidos orgânicos.

Ácidos Perclórico

Anidro Acético; Álcoois; Papel; Madeira.

Ácido Sulfúrico.

Cloratos; Percloratos; Permanganatos; Peróxidos orgânicos.

Álcool Amílico,

Etílico e Metílico:

Ácido Clorídrico; Ácido Fluorídrico; Ácido Fosfórico.

Álquil alumínio:

Hidrocarbonetos Halogenados; Água.

Amideto de Sódio:

Ar; Água.

Amônia Anidra:

Mercúrio; Cloro; Hipoclorito de Cálcio; Bromo; Ácido Fluorídrico; Prata.

Anidro Acético:

Ácido Crômico, Ácido Nítrico; Ácido Perclórico; Compostos hidroxilados;

Etileno Glicol; Peróxidos; Permanganatos; Soda Cáustica; Potassa Cáustica;

Aminas.

64

(Continuação)

SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEL COM

(Não devem ser armazenadas ou misturadas com)

Anidro Maleico

Hidróxido de Sódio; Piridina e outras aminas terciárias.

Anilina

Ácido Nítrico; Peróxido de Hidrogênio.

Azidas

Ácidos.

B

Benzeno

Ácido Clorídrico; Ácido Fluorídrico; Ácido Fosfórico; Ácido Nítrico

concentrado; Peróxidos.

Bromo

Amoníaco; Acetileno; Butadieno; Butano; Metano; Propano; Outros gases

derivados do petróleo; Carbonato de Sódio; Benzeno; Metais na forma de pó;

Hidrogênio.

C

Carvão ativo:

Hipoclorito de Cálcio; Todos os agentes oxidantes.

Cianetos

Ácidos.

Cloratos

Sais de Amônio; Ácidos; Metais na forma de pó; Enxofre; Materiais orgânicos

combustíveis.

Cloreto de Mercúrio

Ácidos fortes; Amoníaco; Carbonatos; Sais metálicos; Álcalis Fosfatados;

Sulfitos; Sulfatos; Bromo; Antimônio.

Cloro

Amoníaco; Acetileno; Butadieno; Butano; Propano; Metano; Outros gases

derivados do petróleo; Hidrogênio; Carbonato de Sódio; Benzeno; Metais na

forma de pó.

Clorofórmio

Bases fortes; Metais alcalinos; Alumínio; Magnésio; Agentes oxidantes fortes.

Cobre metálico

Acetileno; Peróxido de Hidrogênio; Azidas.

E

Éter Etílico

Ácido Clorídrico; Ácido Fluorídrico; Ácido Sulfúrico; Ácido Fosfórico.

F

Fenol

Hidróxido de Potássio; Hidróxido de Sódio; Compostos Halogenados;

Aldeídos.

65

(Continuação)

SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEL COM

(Não devem ser armazenadas ou misturadas com)

Ferrocianeto de

Potássio

Ácidos fortes.

Flúor

Isolar de tudo.

Formaldeído

Ácidos Inorgânicos.

Fósforo (branco)

Ar; Álcalis; Agentes Redutores; Oxigênio.

H

Hidrazina

Peróxido de Hidrogênio; Ácido Nítrico; Qualquer outro oxidante.

Hidretos

Água; Ar; Dióxido de Carbono; Hidrocarbonetos Clorados.

Hidrocarbonetos

(como o Benzeno,

Butano, Propano,

Gasolina, etc.)

Flúor; Cloro; Bromo; Ácido Crômico; Peróxidos.

Hidróxido de Amônio

Ácidos fortes; Metais Alcalinos; Agentes oxidantes fortes; Bromo; Cloro;

Alumínio; Cobre; Bronze; Latão; Mercúrio.

Hidroxilamina

Óxido de Bário; Dióxido de Chumbo; Pentacloreto e Tricloreto de Fósforo;

Zinco; Dicromato de Potássio.

Hipocloritos

Ácidos; Carvão ativado.

Hipoclorito de sódio

Fenol; Glicerina; Nitrometano; Óxido de Ferro; Amoníaco; Carvão ativado.

I

Iodo

Acetileno; Hidrogênio.

L

Líquidos Inflamáveis

Nitrato de Amônio; Ácido Crômico; Peróxido de Hidrogênio; Ácido Nítrico;

Peróxido de Sódio; Halogênios.

M

Mercúrio

Acetileno; Ácido Fulmínico (produzido em misturas etanol-ácido nítrico);

Amônia; Ácido Oxálico.

66

(Continuação)

SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEL COM

(Não devem ser armazenadas ou misturadas com)

Metais alcalinos e

Alcalinos-terrosos,

(Ex: Sódio, Potássio,

lítio, magnésio,

cálcio)

Dióxido de Carbono; Tetracloreto de Carbono e outros Hidrocarbonetos

Clorados; Quaisquer ácidos livres; Quaisquer halogênios; Aldeídos; Cetonas.

N

Nitratos

Ácidos; Metais na forma de pó; Líquidos inflamáveis; Cloratos; Enxofre;

Materiais orgânicos ou combustíveis; Ácido Sulfúrico.

O

Oxalato de Amônio

Ácidos fortes.

Óxido de Etileno

Ácidos; Bases; Cobre; Perclorato de Magnésio.

Óxido de Sódio

Água; Qualquer ácido livre.

P

Pentóxido de Fósforo

Alcoóis; Bases fortes; Água.

Percloratos:

Ácidos.

Perclorato de Potássio

Ácidos; Ver também em Ácido Perclórico e Cloratos.

Permanganato de

Potássio

Glicerina; Etileno Glicol; Benzaldeído; Qualquer Ácido Livre; Ácido Sulfúrico.

Peróxidos (orgânicos)

Ácidos (orgânicos ou minerais); Evitar fricção; Armazenar a baixa temperatura.

Peróxido de Benzoíla

Clorofórmio; Materiais Orgânicos.

Peróxido de

Hidrogênio

Cobre; Cromo; Ferro; Maioria dos Metais e seus sais; Materiais combustíveis;

Materiais Orgânicos; Qualquer líquido inflamável; Anilina; Nitrometano;

Alcoóis; Acetona.

Peróxido de Sódio

Qualquer substância oxidável como Etanol, Metanol, Ácido Acético Glacial,

Anidro Acético, Benzaldeído, Dissulfito de Carbono, Glicerina, Etileno Glicol,

Acetato de Etila, Acetato de Metila, Furfural, Álcool Etílico, Álcool Metílico.

Potássio

Tetracloreto de Carbono; Dióxido de Carbono; Água.

67

(Continuação)

SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEL COM

(Não devem ser armazenadas ou misturadas com)

Prata e seus sais

Acetileno; Ácido Oxálico; Ácido Fulmínico; Ácido Tartárico; Compostos de

Amônio.

S

Sódio

Tetracloreto de Carbono; Dióxido de Carbono; Água; Ver também em Metais

Alcalinos.

Sulfetos

Ácidos.

Sulfeto de Hidrogênio

Ácido Nítrico Fumegante; Gases Oxidantes.

T

Teluretos

Agentes Redutores.

Tetracloreto de

carbono

Sódio.

Z

Zinco

Enxofre.

Zircônio

Água; Tetracloreto de Carbono; Não usar espuma ou extintor de pó químico em

fogos que envolvam este elemento.

Fonte: HIRATA, HIRATA e MANCINI FILHO (2012).

68

ANEXO B – RÓTULO DE IDENTIFICAÇÃO DO RESÍDUO LÍQUIDO QUÍMICO

69

ANEXO C – FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS LÍQUIDOS QUÍMICOS

70

ANEXO D – DISTRIBUIÇÃO DOS RECIPIENTES COLETORES COLORIDOS NO 1º PAVIMENTO

71

ANEXO E – DISTRIBUIÇÃO DOS RECIPIENTES COLETORES COLORIDOS NO 3º PAVIMENTO