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© ASA 1 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE 2.ª FASE - 2014 (VERSÃO 1) GRUPO I 1. O nome da grandeza a que se refere a expressão em itálico é aceleração. 2. (C) Uma vez que as forças dissipativas foram totalmente eliminadas, na situação descrita, o sistema é conservativo, dado que a única força que realiza trabalho – o peso ou força gravítica – é uma força conservativa. Nessas condições, a energia mecânica é constante (Em= constante) e a variação da energia mecânica é nula (∆Em =0). Deste modo, sendo a variação da energia mecânica (∆Em =∆Ep +∆Ec) a soma da variação da energia potencial gravítica (∆Ep) com a variação da energia cinética (∆Ec), pode dizer-se que a variação da energia cinética é o simétrico da variação da energia potencial (∆Ep =−∆Ec). Desenvolvendo esta igualdade na situação apresentada resulta Ep =−∆Ec ( )⇔ ( )⇔ * Esta expressão evidencia que o módulo da velocidade no ponto mais baixo da linha dos carris é independente da massa do carrinho, dependente do módulo da aceleração gravítica local e não é diretamente proporcional à altura do ponto de partida nem à energia mecânica inicial do sistema carrinho + Terra. * Uma vez que hponto mais baixo= 0 e vponto mais alto = 0 3. (A) A força gravítica, que designamos por peso, é uma força conservativa, ou seja, quando realiza trabalho sobre um sistema não faz variar a sua energia mecânica. O trabalho realizado por uma força conservativa quando desloca um corpo de uma posição para outra depende apenas da posição inicial e final, qualquer que seja a trajetória descrita, assim nestas condições, o trabalho realizado pelo peso do carrinho, entre o ponto de partida e o final da linha de carris é independente do comprimento da linha de carris. 4. O carrinho nunca atingirá a altura do ponto de partida porque o sistema não é conservativo, verifica-se dissipação de energia mecânica, o que implica uma variação da energia mecânica negativa (∆Em <0). A variação da energia mecânica (∆Em =∆Ep +∆Ec) é a soma da variação da energia potencial gravítica (∆Ep) com a variação da energia cinética (∆Ec). Sendo nulas as velocidades do ponto de partida e do ponto mais alto posteriormente atingido, também será nula a variação da energia cinética entre essas duas posições (∆Ec =0). Nestas condições, a variação da energia mecânica (entre o ponto de partida e do ponto mais alto posteriormente atingido) é igual à variação da energia da energia potencial gravítica (∆Em =∆Ec) o que traduzirá uma variação de energia potencial negativa (∆Ep <0). Atendendo à expressão matemática que define a energia potencial gravítica (Ep) do sistema carrinho+Terra, que é Ep = m g h, da variação da energia potencial gravítica resulta: <0 m g hpartida m g hponto mais alto < 0mg(hpartida hponto mais alto)<0 uma vez que a massa (m) e o módulo da aceleração gravítica (g) se mantêm constantes, a diminuição da energia potencial gravítica terá de resultar de uma diminuição da altura do ponto mais alto posteriormente atingida ( hponto mais alto) relativamente à altura do ponto de partida (hpartida).

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© ASA 1

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE 2.ª FASE - 2014 (VERSÃO 1)

GRUPO I

1. O nome da grandeza a que se refere a expressão em itálico é aceleração.

2. (C)

Uma vez que as forças dissipativas foram totalmente eliminadas, na situação descrita, o sistema é

conservativo, dado que a única força que realiza trabalho – o peso ou força gravítica – é uma força

conservativa.

Nessas condições, a energia mecânica é constante (Em= constante) e a variação da energia mecânica é nula

(∆Em =0). Deste modo, sendo a variação da energia mecânica (∆Em =∆Ep +∆Ec) a soma da variação da energia

potencial gravítica (∆Ep) com a variação da energia cinética (∆Ec), pode dizer-se que a variação da energia

cinética é o simétrico da variação da energia potencial (∆Ep =−∆Ec). Desenvolvendo esta igualdade na situação

apresentada resulta

∆Ep =−∆Ec ⇔ ( )⇔

⇔ (

)⇔

*⇔

⇔ ⇔ √

Esta expressão evidencia que o módulo da velocidade no ponto mais baixo da linha dos carris é independente

da massa do carrinho, dependente do módulo da aceleração gravítica local e não é diretamente proporcional à

altura do ponto de partida nem à energia mecânica inicial do sistema carrinho + Terra.

* Uma vez que hponto mais baixo= 0 e vponto mais alto = 0

3. (A)

A força gravítica, que designamos por peso, é uma força conservativa, ou seja, quando realiza trabalho sobre

um sistema não faz variar a sua energia mecânica. O trabalho realizado por uma força conservativa quando

desloca um corpo de uma posição para outra depende apenas da posição inicial e final, qualquer que seja a

trajetória descrita, assim nestas condições, o trabalho realizado pelo peso do carrinho, entre o ponto de

partida e o final da linha de carris é independente do comprimento da linha de carris.

4. O carrinho nunca atingirá a altura do ponto de partida porque o sistema não é conservativo, verifica-se

dissipação de energia mecânica, o que implica uma variação da energia mecânica negativa (∆Em <0).

A variação da energia mecânica (∆Em =∆Ep +∆Ec) é a soma da variação da energia potencial gravítica (∆Ep)

com a variação da energia cinética (∆Ec).

Sendo nulas as velocidades do ponto de partida e do ponto mais alto posteriormente atingido, também será

nula a variação da energia cinética entre essas duas posições (∆Ec =0).

Nestas condições, a variação da energia mecânica (entre o ponto de partida e do ponto mais alto

posteriormente atingido) é igual à variação da energia da energia potencial gravítica (∆Em =∆Ec) o que

traduzirá uma variação de energia potencial negativa (∆Ep <0).

Atendendo à expressão matemática que define a energia potencial gravítica (Ep) do sistema carrinho+Terra,

que é Ep = m g h, da variação da energia potencial gravítica resulta:

− <0 ⇔ m g hpartida –m g hponto mais alto < 0⇔ mg(hpartida –hponto mais alto)<0 uma vez que a

massa (m) e o módulo da aceleração gravítica (g) se mantêm constantes, a diminuição da energia potencial

gravítica terá de resultar de uma diminuição da altura do ponto mais alto posteriormente atingida (hponto mais

alto) relativamente à altura do ponto de partida (hpartida).

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© ASA 2

GRUPO II

1. A bola é abandonada do topo do plano inclinado o que faz com que o valor da velocidade inicial (v0) seja nulo.

A bola move-se no plano com módulo da aceleração (a) constante, o que faz com que durante a descida a

resultante das forças que atuam na bola seja diferente de zero e constante. Assim, nestas circunstâncias, o

movimento da bola é retilíneo uniformemente acelerado.

Deste modo, a lei horária das posições x = x0 + v0t +

pode ser simplificada pela expressão x − x0 =

e

considerando x − x0 = d, resultará: d =

ou =

.

Processo 1

Representando a distância percorrida, d, em função do quadrado do tempo, t2, gasto para a percorrer, deverá

obter-se uma reta cujo declive será metade (um meio) do módulo da aceleração do movimento em estudo.

Determinar para d em função de t2, a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores

registados na tabela.

A equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores registados na tabela é

d = 0,1738t2 + 8,0×10−4(SI) ou y = 0,1738x + 8,0×10−4 (SI), y a distância percorrido (d) e x o quadrado do

tempo.

Calcular o módulo da aceleração da bola, no movimento considerado

Analisando a equação da reta em estudo verifica-se que o declive é 0,1738 e de acordo com a equação das

posições para movimentos uniformemente variados:

declive =

⇔ a = 2 × declive ⇔ a = 2 × 0,1738 ⇔ a = 0,348 m s−2.

Processo 2

Determinar para t2em função de d, a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores

registados na tabela.

A equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores registados na tabela é

t2= 5,754d − 4,0×10−3(SI) ou y = 5,754x − 4,0×10−3 (SI), correspondendo x a t2 e y a d.

Calcular o módulo da aceleração da bola, no movimento considerado

Analisando a equação da reta em estudo verifica-se que o declive é 5,754

declive =

⇔ declive × a = 2 ⇔ a =

⇔ a =

⇔ a = 0,348 m s−2.

O módulo da aceleração da bola, no movimento considerado é 0,348 m s−2.

2.

2.1. (B)

Se a bola é abandonada de uma certa altura em relação ao solo e cai verticalmente em condições tais que a

resistência do ar pode ser considerada desprezável, o seu movimento é retilíneo uniformemente acelerado. A

única força que atua na bola é o peso e a velocidade inicial, v0, é nula. Tendo em conta o referencial, a lei

horária das velocidades é v = − at o que evidencia que a velocidade tem o sentido negativo do eixo de

referência e o seu módulo é crescente, o que apenas valida o gráfico (B).

O gráfico (A) evidencia que a velocidade tem o sentido positivo do eixo de referência e módulo crescente.

O gráfico (C) evidencia que a velocidade tem sentido positivo do eixo de referência e módulo decrescente.

O gráfico (D) evidencia que a velocidade tem sentido negativo do eixo de referência e módulo decrescente.

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2.2. (D)

A bola sobe e desce em condições segundo as quais a resistência do ar é desprezável. Nestas condições, na

descida o movimento da bola é retilíneo uniformemente acelerado sendo que a única força que atua é o peso.

Na subida o movimento da bola é retilíneo uniformemente retardado sendo que a única força que atua na bola

é também o peso. Deste modo na subida e na descida a aceleração do movimento é aceleração gravítica local,

em ambos os sentidos do movimento a sua intensidade e sentido mantêm-se, o que apenas valida o gráfico

(D).

GRUPO III

1. Quando se inicia o processo de transferência de energia que ocorre no interior do sistema considerado, a

fonte de energia será a água líquida que se encontra a 20,0 oC e o recetor de energia será o gelo que se

encontra a 0 oC.

Quando dois corpos a temperaturas diferentes são colocados em contato, há energia a transferir-se como

calor do corpo que se encontra a uma temperatura mais elevada, neste caso a água líquida que se encontra a

20,0 oC, funcionando este como a fonte de energia, para aquele que se encontra a uma temperatura mais baixa,

neste caso o gelo que se encontra a 0 oC, funcionando este como recetor de energia, até que ambos atinjam a

mesma temperatura.

2. (C)

Recorrer à expressão E = m ∆H para calcular a energia, expressa em joules, necessária para fundir

30,0 g de gelo que se encontra a 0 oC

E = m ∆H ⇔ E = (0,0300× 3,34×105) J

O valor da massa de gelo deve estar expresso em quilogramas devido às unidades em que está indicada a

variação da entalpia de fusão do gelo.

3.

3.1. O estabelecimento do balanço energético do sistema baseia-se na Lei da Conservação da Energia ou 1ª

Lei da Termodinâmica.

3.2.

Processo 1

Recorrer à expressão E = m c ∆T para calcular a energia cedida pela água quando a sua temperatura

varia de 20,0 oC para 11,0 oC

m(água líquida) = 260,0 g ⇔ m(água líquida) = 0,2600 kg

Ao substituir o valor da massa de água líquida na expressão, E = m c ∆T, esta deve estar expressa em

quilogramas devido às unidades da capacidade térmica mássica.

E = m c ∆T ⇔ E = m c (θf−θi)⇔ E = 0,2600 × 4,18 × 10−4×(11,0 – 20,0) ⇔

⇔ E = 0,2600 × 4,18 × 104× (– 9,0) ⇔ E = −9,781 × 103 J

A energia cedida pela água foi 9,781 × 103 J

Comparar a energia cedida pela água líquida com a energia recebida pelo gelo

A energia cedida pela água quando a sua temperatura diminui de 20,0 oC para 11,0 oC foi 9,781 × 103 J e, de

acordo com o enunciado, a energia recebida pelo gelo quando funde e a sua temperatura aumenta de 0 oC

para 11,0 oC foi de 1,140× 104 J.

Verifica-se que: 1,140× 104 J > 9,781 × 103 J

Conclusão sobre o sentido em que terá ocorrido a transferência de energia

A energia recebida pelo gelo quando funde e a sua temperatura aumenta de 0 oC para 11,0 oC é superior à

energia cedida pela água líquida quando a sua temperatura diminui de 20,0 oC para 11,0 oC, o que permite

deduzir que o gelo recebeu mais energia do que aquela que foi cedida pela água, o que possibilita concluir que

ocorreu transferência de energia do exterior para o sistema.

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Processo 2

Recorrer à expressão E = m c ∆T para calcular a energia cedida pela água quando a sua temperatura

varia de 20,0 oC para 11,0 oC

m(água líquida) = 260,0 g ⇔ m(água líquida) = 0,2600 kg

Ao substituir o valor da massa de água líquida na expressão, E = m c ∆T, esta deve estar expressa em

quilograma devido às unidades da capacidade térmica mássica.

E = m c ∆T ⇔ E = m c (θf−θi)⇔ E = 0,2600 × 4,18 × 10−4×(11,0 – 20,0) ⇔

⇔ E = 0,2600 × 4,18 × 104× (−9,0) ⇔ E = −9,781 × 103 J

A energia cedida pela água foi 9,781 × 103 J

Determinar a variação de energia interna (∆Ei) do sistema (260,0 g de água líquida a 20,0 oC + 30,0 g

de gelo oC a 0 ºC) quando sofre a transformação para 290,0 g de água líquida a 11,0 oC.

∆Ei = Ecedida pela água líquida + Erecebida pelo gelo ⇔∆Ei = −9,781 × 103 + 1,140× 104 ⇔ ∆Ei =1,61× 103 J

Conclusão sobre o sentido em que terá ocorrido a transferência de energia

A variação da energia interna do sistema é positiva. Significa que o sistema recebeu energia pelo que se

conclui que a transferência de energia ocorreu do exterior para o sistema.

Processo 3

Recorrer à expressão E = m c ∆T para calcular a energia cedida pela água quando a sua temperatura

varia de 20,0 oC para 11,0 oC

m(água líquida) = 260,0 g ⇔ m(água líquida) = 0,2600 kg

Ao substituir o valor da massa de água líquida na expressão, E = m c ∆T, esta deve expressa estar em

quilograma devido às unidades da capacidade térmica mássica.

E = m c ∆T ⇔ E = m c (θf−θi)⇔ E = 0,2600 × 4,18 × 10−4×(11,0 – 20,0) ⇔

⇔ E = 0,2600 × 4,18 × 104× (−9,0) ⇔ E = −9,781 × 103J

A energia cedida pela água líquida foi 9,781 × 103 J

Recorrer à expressão E = m ∆H para calcular a energia, em joules, necessária para fundir 30 g de gelo

que se encontra a 0 oC

m(gelo) = 30,0 g ⇔ m(gelo) = 0,0300 kg

Ao substituir o valor da massa de gelo na expressão, E = m ∆H, esta deve estar expressa em quilogramas

devido às unidades da variação de entalpia de fusão do gelo.

E = m ∆H ⇔ E = 0,0300× 3,34×105 ⇔ E = 1,002×104 J

Comparar a energia necessária para a fusão completa do gelo com a energia cedida pela água

inicialmente a 20,0 oC.

A energia necessária para a fusão completa do gelo, 1,002×104 J, é superior à energia cedida pela água

inicialmente a 20,0 oC, ou seja, 9,781 × 103 J

Conclusão sobre o sentido em que terá ocorrido a transferência de energia

A energia necessária para a fusão completa do gelo, 1,002×104 J é superior à energia cedida pela água

inicialmente a 20,0 oC, 9,781 × 103 J, o que significa que o sistema recebeu energia. Conclui-se que a

transferência de energia ocorreu do exterior para o sistema.

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Processo 4

Recorrer à expressão E = m c ∆T para calcular a diminuição de temperatura que a água líquida,

inicialmente a 20,0 oC teria sofrido se tivesse sido ela a ceder toda a energia recebida pelo gelo.

m(água líquida) = 260,0 g ⇔ m(água líquida) = 0,2600 kg

Ao substituir o valor da massa de água líquida na expressão, E = m c ∆T, esta deve expressa estar em

quilogramas devido às unidades da capacidade térmica mássica.

E = m c ∆T ⇔∆T =

⇔∆T =

⇔∆T = −10,5 oC

Calcular a variação de temperatura experimentada pelas 260,0 g de água líquida

∆T (água líquida) = (θf−θi)⇔ ∆T (água líquida) = (11,0−20,0)⇔ ∆T (água líquida) = − 9,0 oC

Comparar a diminuição de temperatura que a água líquida teria sofrido se tivesse sido ela a ceder

toda a energia recebida pelo gelo com a diminuição de temperatura que realmente se verificou

A diminuição de temperatura que a água líquida teria sofrido se tivesse sido ela a ceder toda a energia

recebida pelo gelo é 10,5 oC. Assim, seria maior que a diminuição de temperatura que realmente se verificou,

9,0 oC.

Conclusão sobre o sentido em que terá ocorrido a transferência de energia

Como a diminuição de temperatura que a água líquida teria sofrido se tivesse sido ela a ceder toda a energia

recebida pelo gelo, 10,5 oC, seria maior que a diminuição de temperatura que realmente se verificou, 9,0oC,

permite deduzir que o gelo recebeu mais energia do que aquela que foi cedida pela água. Assim, conclui-se

que ocorreu transferência de energia do exterior para o sistema.

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GRUPO IV

1. (D)

Por análise do gráfico, verifica-se que o índice de refração aumenta linearmente com o aumento da

concentração (quanto maior a concentração, maior o índice de refracção, n).

n =1,3350 para a solução de concentração 0,50 mol/L e n = 1,3385 para a solução de concentração 1,3400

mol/L

Atendendo à expressão nx =

que define o índice de refração, nx, do meio x, em que:

nx – índice de refração do meio x

vx – velocidade de propagação da radiação no meio x

c – velocidade de propagação da radiação no vazio,

obtém-se:

nx =

⟺ vx =

Pode concluir-se que quanto maior o índice de refração menor a velocidade de propagação da radiação nesse

meio, dado que a velocidade de propagação da radiação no vazio é uma constante.

Assim quanto maior a concentração, maior o índice de refracção e quanto maior o índice de refracção menor a

velocidade de propagação da radiação.

Por outro lado, tendo em conta a lei de Snell – Descartes para a refração nar sinαar = nsolução sinαsolução

onde nar e nsolução são os índices de refração dos meios ar e solução, respetivamente e αar, αsolução são os ângulos

entre a direção de propagação da radiação monocromática e a normal à superfície de separação dos meios no

ponto de incidência, ar e solução, respetivamente.

Neste caso, αar, será o ângulo de incidência (ângulo entre o raio incidente e a normal à superfície de separação

dos dois meios, no ponto de incidência) e αsolução, será o ângulo de refração (ângulo entre o raio refratado e a

normal à superfície de separação dos dois meios, no ponto de incidência)

nar sinαar = nsolução sinαsolução ⟺

sin αar =

sin αsolução ⟺ sin αsolução =

⟺αsolução =sin–1(

) o

que permite concluir que mantendo constante o ângulo de incidência, quanto maio for a velocidade de

propagação da radiação monocromática maior será o ângulo de refração nessa solução.

Conclusões que apenas validam a opção (D).

2.

Determinar o índice de refração da solução de ácido acético, para a radiação monocromática referida,

à temperatura de 20 oC.

Analisando o gráfico, verifica-se que o índice de refração de uma solução aquosa de ácido acético de

concentração 1,20 mol dm–3 a 20 oC é 1,3380

Calcular o ângulo de incidência, αar

αar = 90o – 40o ⇔ αar = 50o

Recorrer à expressão que traduz a lei de Snell – Descartes para a refração nar sin αar = nsolução sin αsolução

para calcular o ângulo de refração que se deverá observar

nar, nsolução –índices de refração dos meios ar e solução, respetivamente

αar, αsolução – ângulos entre a direção de propagação da radiação monocromática e a normal à superfície

separadora no ponto de incidência, nos meios ar e solução, respetivamente

Neste caso, αar, será o ângulo de incidência (ângulo entre o raio incidente e a normal à superfície de separação

dos dois meios, no ponto de incidência) e αsolução, será o ângulo de refração (ângulo entre o raio refratado e a

normal à superfície de separação dos dois meios, no ponto de incidência)

nar sin αar = nsolução sin αsolução ⟺ sin αsolução =

⟺ sin αsolução =

⟺ sin αsolução =0,5725

sin αsolução =0,5725 ⟺αsolução =sin–1(0,5725) ⟺αsolução =34,9o

O ângulo de refracção que se deverá observar é de 34,9o.

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© ASA 7

3. (C)

Quando a luz passa da solução de ácido acético para o ar, segundo um ângulo superior ao ângulo crítico,

ocorre a reflexão total porque a solução de ácido acético é um meio mais refringente, ou seja, meio com maior

índice de refração que o ar.

Recorrendo à expressão que traduz a lei de Snell – Descartes para a refração nar sin αar = nsolução sin αsolução

e sabendo que o ângulo crítico de incidência corresponde a um ângulo de refração de 90,0o , αsolução =90,0o

resulta:

nar sin 90,0o = nsolução sin αacrítico ⟺ sin αcrítico =

, o que evidencia que o ângulo crítico depende do índice

de refração da solução.

4. (A)

Fator de diluição =

⟺ Fator de diluição =

⟺ Fator de diluição = 9

5. (A)

Recorrer à expressão, ρsolução=

, para determinar o volume de solução, Vsolução, em função da

massa da solução, msolução, e da densidade da solução, ρsolução,

ρsolução=

⟺ Vsolução=

Recorrer à expressão c =

para determinar a quantidade de ácido acético, nácido, em função do volume,

Vsolução, e da concentração, csolução

csolução=

⟺ nácido= Vsolução×csolução

Determinar a expressão que permite calcular a quantidade, nácido, que existe em 100 g de solução

nácido= Vsolução×csolução⟺ nácido=

×csolução ⟺ nácido=

⟺ nácido= (

) mol

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GRUPO V

1. Uma base conjugada de um ácido de Brönsted-Lowry, de acordo com a respetiva teoria, é a espécie química

que resulta da perda de um protão (ião H+) pelo ácido.

2.

2.1. Considera-se, para simplificar, que o volume de solução em estudo é 1,0 dm3.

Calcular a quantidade de ácido acético, CH3COOH inicial.

[ ] ( )

⟺ ( ) [ ] ⟺⟺ ( )

⟺ ( )

Calcular a concentração de catião, H3O+, na solução inicial

Tendo em conta a relação entre o pH e a concentração de H3O+ expressa em moles por decímetro cúbico,

pH = −log [H3O+] e sabendo, por análise da tabela, que o pH inicial da solução é 2,88, obtém-se:

[ ] ⇔ [

] ⇔ [ ] mol dm−3

Calcular a quantidade de catião, H3O+

[ ]

( )

⟺ (

) [ ] ⟺

⟺ ( )

⇔ ( )

Processo 1

Calcular a quantidade de ácido acético ionizado, CH3COOHI, na solução

Tendo em consideração a estequiometria da reação de ionização do ácido acético é válida a relação

n(CH3COO−) = n(H3O+) ⇔ n(CH3COO−) =

n(CH3COOH)I= n(CH3COO−) ⇔ n(CH3COOH)I =

Calcular a quantidade de ácido acético não ionizado, CH3COOHn.I, na solução

n(CH3COOH)n.I= n(CH3COOH)i −n(CH3COOH)I ⇔ n(CH3COOH)n.I= 0,100 − ⇔

⇔ n(CH3COOH)n.I= mol

Calcular a percentagem de ácido acético não ionizado, CH3COOHn.I, na solução

% de (CH3COOH)n.I = ( )

( ) ⇔ % de (CH3COOH)n.I =

⇔ % de (CH3COOH)n.I = 98,7%

A percentagem de ácido acético não ionizado na solução inicial é 98,7%.

Processo 2

Calcular a quantidade de ácido acético ionizado, CH3COOHI, na solução

Tendo em consideração a estequiometria da reação de ionização do ácido acético é válida a relação

n(CH3COO−) = n(H3O+) ⇔ n(CH3COO−) =

n(CH3COOH)I = n(CH3COO−) ⇔ n(CH3COOH)I=

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© ASA 9

Calcular a percentagem de ácido acético ionizado, CH3COOHI, na solução

% de (CH3COOH)I = ( )

( ) ⇔ % de (CH3COOH)I =

⇔ % de (CH3COOH)I = 1,32%

Calcular a percentagem de ácido acético não ionizado, CH3COOHn.I, na solução

% de (CH3COOH)n.I + % de (CH3COOH)I = 100% ⇔ % de (CH3COOH)n.I = 100% − % (CH3COOH)I ⇔

⇔ ( ) ⇔ % de (CH3COOH)n.I = 98,7%

A percentagem de ácido acético não ionizado na solução inicial é 98,7%

2.2. (C)

Tendo em conta a relação entre o pH e a concentração de H3O+ expressa em moles poe decímetro cúbico, pH =

−log [H3O+] e analisando a tabela

Calcular a concentração de catião, H3O+, na solução inicial, [H3O+]i

Por análise da tabela, verifica-se que o pH inicial da solução é 2,88

[ ]

⇔ [ ]

⇔ [ ]

mol dm−3

Calcular a concentração de catião, H3O+, na solução após a adição de 40,00 cm3 de NaHO, [H3O+]após

Por análise da tabela, verifica-se que o pH da solução após a adição de 40,00 cm3 de NaHO é 5,36

[ ]

⇔ [ ]

⇔ [ ]

mol dm−3

Estabelecer a razão entre as concentrações correspondentes

[ ]

[ ]

=

[ ]

[ ]

= ⇔[ ] = [

]

O que mostra que, quando o volume total de NaHO(aq) adicionado é 40,00 cm3, a concentração hidrogeniónica

diminui cerca de trezentas vezes, em relação ao valor inicial.

2.3.

A adição de solução aquosa de hidróxido de sódio, NaHO(aq), a uma solução aquosa de ácido acético provoca

uma diminuição da concentração hidrogeniónica, [H3O+](aq), devido a ocorrer a reação representada pela

seguinte equação química:

NaHO(aq) + H3O+(aq) → Na+(aq) + 2H2O(ℓ)

Tendo em consideração o Principio de Le Chatelier, (quando um sistema em equilíbrio é sujeito a uma

perturbação única, o sistema desloca-se no sentido de contrariar essa perturbação até se estabelecer um novo

estado de equilíbrio) pode dizer-se que será favorecida a reação que conduz a um aumento da concentração

de H3O+, que nestas circunstâncias é a reação de ionização do ácido acético, representada pela equação

química:

CH3COOH(aq) + H2O(ℓ) ⇄ CH3COO−(aq) + H3O+(aq)

Deste modo, é possível concluir que a ionização do ácido acético em água é favorecida pela adição de NaHO.

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GRUPO VI

1.

1.1. (D)

O número de oxidação (n.o.) de um elemento num composto covalente, num dado estado, é a carga que

um átomo desse elemento adquiriria se os eletrões ligantes, em cada ligação, fossem totalmente

atribuídos aos átomos mais eletronegativos.

Determinar o número de oxidação, n, do manganês, Mn, no ião permanganato, Mn

A soma algébrica dos números de oxidação de todos os átomos num ião é igual à carga do ião.

O número de oxidação do oxigénio é −2 exceto nos peróxidos onde o número de oxidação é −1, e nos

superóxidos onde é −½.

n.o.(Mn) + 4 n.o.(O)=−1 ⇔ n.o.(Mn) + 4 (−2) = −1⇔ n.o.(Mn) −8 = −1⇔ n.o.(Mn) =−1 + 8⇔ n.o.(Mn) =7

Determinar o número de oxidação, n.o., do manganês, Mn, no catião manganês(II), Mn2+

O número de oxidação de um elemento num ião monoatómico coincide com a carga do ião.

n.o.(Mn) = +2

Assim, na reação considerada, o número de oxidação do manganês diminui de +7 para +2, isto é, sofre uma

variação de −5 (∆n.o. (Mn) =n.o.(Mn)final − n.o.(Mn)inicial ⇔∆n.o.(Mn) =+2 − (+7) ⇔∆n.o. (Mn) =−5), pelo que

sofreu redução, funcionando como oxidante, dado que capta eletrões, provocando a oxidação da outra espécie.

1.2. (B)

Determinar a massa pura de etanal, CH3CHO

%pureza =

⇔ =

⇔ ⇔

de etanal = (

) g

Determinar a quantidade de etanal , CH3CHO, que reage

( ) ( )

( ) ⇔ ( )

⇔ ( ) (

)

Determinar a quantidade de ácido acético, CH3COOH, que se forma

Tendo em conta a estequiometria da reação, que é de um para um, e sabendo que o etanal reage na totalidade

para formar ácido acético, pode estabelecer-se a seguinte relação

n (CH3COOH) = n (CH3CHO)⇔ n (CH3COOH) = (

)

Determinar a massa de ácido acético, CH3COOH, que se forma

m(CH3COOH) = n(CH3COOH)× M(CH3COOH)⇔ m(CH3COOH) =

×60,06⇔

⇔ m(CH3COOH) = (

) g

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1.3.

Processo 1

Calcular a massa de ácido acético que se obteria se o rendimento fosse de 100%, m(CH3COOH)t.p,

conhecendo a massa de ácido acético realmente obtida, m(CH3COOH)r.o

( ) ( )

⇔ ( ) ( )

⇔ ( )

⇔ ( )

Calcular a massa de etanal que terá de se utilizar sabendo que apenas 85% se converte em ácido

acético, m(CH3CHO)u

Tendo em conta a proporção indicada pela estequiometria da reação em estudo, pode apresentar-se a

seguinte proporção

A massa de etanal que terá de se utilizar sabendo que apenas 85% se converte em ácido acético são 12,9 g.

Processo 2

Calcular a massa de ácido acético que se obteria se o rendimento fosse de 100%, m(CH3COOH)t.p,

conhecendo a massa de ácido acético realmente obtida, m(CH3COOH)r.o

( ) ( )

⇔ ( ) ( )

⇔ ( )

⇔ ( )

Calcular a quantidade de ácido acético que se obteria se o rendimento fosse de 100%, n(CH3COOH)t.p

( ) ( )

( ) ⇔ ( )

⇔ ( )

Calcular a quantidade de etanal que teria de se utilizar, n(CH3CHO)u

( ) ( ) ⇔ ( )

Calcular a massa de etanal que terá de se utilizar sabendo que apenas 85% se converte em ácido

acético, m(CH3CHO)u

m(CH3CHO)u = n(CH3CHO)u× M(CH3CHO)⇔ m(CH3CHO)u = 0,293× 44,06 ⇔ m(CH3CHO)u =12,9 g

A massa de etanal que terá de se utilizar sabendo que apenas 85% se converte em ácido acético são 12,9 g.

Processo 3

Calcular a quantidade de ácido acético realmente obtida, n(CH3COOH)r.o

( ) ( ) ( )

⇔ ( )

⇔ ( )

Calcular a quantidade de etanal que teria de se utilizar se o rendimento fosse de 100%, n(CH3CHO)

( ) ( ) ⇔ ( )

Calcular a quantidade de etanal que terá de se utilizar sabendo que apenas 85% se converte em ácido

acético, n(CH3CHO)r

( ) ( )

⇔ ( )

⇔ ( )

Calcular a massa de etanal que terá de se utilizar sabendo que apenas 85% se converte em ácido

acético, m(CH3CHO)

m(CH3CHO) = n(CH3CHO)u× M(CH3CHO)⇔ m(CH3CHO) = 0,294× 44,06 ⇔ m(CH3CHO) =13,0 g

A massa de etanal que terá de se utilizar sabendo que apenas 85% se converte em ácido acético são 13,0 g.

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2. (A)

Tendo em consideração a notação de Lewis para a molécula de ácido acético CH3COOH, e sabendo que cada

traço representa um par de eletrões ligantes (dois eletrões) e que cada dois pontos representam um par de

eletrões (dois eletrões) não partilhados e que neste tipo de representação apenas são representados os

eletrões de valência, verifica-se que a molécula de ácido acético apresenta no total 24 eletrões de valência.

NOTA: Poder-se-ia ter chegado à mesma conclusão tendo em conta que o número de eletrões de valência,

n.e.v., que uma molécula apresenta é a soma do número de eletrões de valência dos átomos que a constituem.

Assim, neste caso, sabendo que os eletrões de valência, para os elementos representativos são os do último

nível, tendo em consideração a configuração eletrónica de estado fundamental, começaríamos por escrever as

respetivas configurações eletrónicas dos elementos envolvidos:

1H ⇒1s1

6C ⇒1s2 2s2 2p2

8O ⇒1s2 2s2 2p4

n.e.v.(CH3COOH) = 4 n.e.v.(H) + 2 n.e.v.(C) +2 n.e.v.(O) ⇔ n.e.v.(CH3COOH) = 4(1) + 2(4) +2(6) ⇔

⇔ n.e.v.(CH3COOH) = 4 + 8 +12 ⇔ n.e.v.(CH3COOH) = 24

Chegando-se, como seria de prever, à conclusão que cada molécula de ácido acético tem 24 eletrões de

valência.

3. (D)

Analisando a fórmula química do ácido acético, verifica-se que cada molécula é constituída por 8 átomos

(4 átomos de hidrogénio, 2 átomos de carbono e 2 átomos de oxigénio), permitindo concluir que o

número de átomos de hidrogénio é 4 vezes superior ao número de moléculas.

Calcular o número de moléculas, N, de ácido acético existente em 5 moles, n, de moléculas de

CH3COOH

N(CH3COOH) = n(CH3COOH)×NA⇔ N(CH3COOH) = 5×6,02×1023⇔ N(CH3COOH) = 3,01×1024

Calcular o número de átomos de hidrogénio, N, existente em 3,01×1024 moléculas de CH3COOH

N(H) = 4×N(CH3COOH) ⇔ N(H) = 3,01×1024×4⇔ N(H) = 1,2×1025 átomos, o que valida a opção (D).

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GRUPO VII

1.

1.1. O estado fundamental de um átomo designa-se por estado de menor energia do átomo ou estado que

corresponde à distribuição eletrónica de menor energia.

1.2. (A)

Um átomo de um elemento que pertence ao segundo período da tabela periódica distribui os seus eletrões por

dois níveis energéticos diferentes, o nível a que corresponde o número quântico principal, n= 1, e aquele a que

corresponde número quântico principal, n = 2. Se pertence ao grupo 15 é porque possui 5 eletrões de valência.

Então a configuração eletrónica de menor energia (a configuração eletrónica de estado fundamental) para

átomos desse elemento será 1s2 2s2 2p3 (o que permite concluir que o elemento em estudo possui número

atómico sete, sendo por isso o nitrogénio).

Nos átomos polieletrónicos, isto é, em átomos que possuem mais do que um eletrão, a energia de cada eletrão

depende do número quântico principal n, e também depende do número quântico secundário, ℓ. Os cinco

eletrões de valência (os eletrões do último nível) distribuem-se, no estado fundamental, por quatro orbitais a

que correspondem dois valores diferenciados de energia, (E2s < E2p ), um para a orbital 2s, e outro para

qualquer uma das orbitais 2p (as três orbitais 2p: 2px, 2py e 2pz, possuem todas a mesma energia, por isso se

chamam orbitais degeneradas).

1.3. (B)

Configuração eletrónica de estado excitado é uma configuração eletrónica que não obedece ao princípio da

energia mínima.

Assim:

(A) representa uma configuração eletrónica impossível porque apresenta 3 eletrões numa orbital 2p.

(C) representa a configuração eletrónica de estado fundamental.

(D) representa uma configuração eletrónica impossível porque apresenta 3 eletrões na orbital 2s.

2. (D)

Se as configurações eletrónicas de valência são semelhantes significa que possuem o mesmo número de eletrões

de valência, por isso referem-se a átomos que pertencem ao mesmo grupo. Se esses eletrões se distribuem por

orbitais do mesmo tipo é porque o número quântico secundário não varia, mas de número quântico principal

diferente, pelo que o período é diferente.

3.

Energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um eletrão de um átomo, gasoso, isolado, no seu

estado fundamental. A grandeza da energia de ionização está relacionada com a força com que o eletrão está

“preso” ao átomo. Quanto maior a energia de ionização, mais difícil é a remoção do eletrão.

Ao longo de um mesmo grupo da tabela periódica, à medida que o número atómico aumenta, os eletrões de

valência, dos elementos representativos, estão em orbitais de número quântico principal, n, sucessivamente

maior, isto é, níveis de energia sucessivamente mais elevados.

A energia dos eletrões de valência aumenta ao longo de um mesmo grupo da tabela periódica à medida que o

número atómico aumenta, porque os eletrões de valência encontram-se a distâncias médias dos respetivos

núcleos sucessivamente maiores, o que implica que a força de atração entre o núcleo e esses eletrões seja

sucessivamente menor.

Sendo a energia dos eletrões de valência sucessivamente mais elevada, ao longo de um mesmo grupo da tabela

periódica, à medida que o número atómico aumenta, a energia mínima necessária para remover um dos eletrões

de valência, do átomo, gasoso, isolado, no seu estado fundamental, será cada vez menor.