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GEOGRAFIA CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

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A Proposta que chega ao Ensino Médio surgiu das necessidades que se verificam não só no campo educacional, mas também nas demais áreas do saber e dos segmentos sociais. Dito por outras palavras, a vertiginosidade com que as mudanças ocorrem, inclusive situando-nos em um novo tempo, cognominado pelos filósofos como pós-modernidade, é o que nos obriga a repensar os atuais paradigmas e a instaurar-se, como se faz necessário, novos.

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GEOGRAFIAcIêncIAs humAnAs E suAs tEcnOlOGIAs

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Governador do Estado do AmazonasOmAr Aziz

Secretário de Estado de Educação e Qualidade do EnsinoGEdEãO TimóTEO AmOrim

Secretária-ExecutivaSirlEi AlvES FErrEirA HEnriQuE

Secretária-Adjunta da CapitalAnA mAriA dA SilvA FAlCãO

Secretária-Adjunta do interiormAGAly POrTElA réGiS

Diretor do Departamento de Políticas e Programas Educacionais

EdSOn SAnTOS mElO

Gerente do Ensino médiovErA lÚCiA limA dA SilvA

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PROPOstA cuRRIculAR DE GEOGRAFIA PARA O EnsInO mÉDIO

Secretaria de Estado deEducação e Qualidade do Ensino

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Copyright © SEDUC – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012

Editor

Isaac Maciel

CoordEnação Editorial

Tenório Telles

Capa E projEto GráfiCo

Heitor Costa

diaGramação

Bruno Raphael

rEvisão

Núcleo de Editoração Valer

normalização

Ycaro Verçosa

S729p Proposta Curricular de Geografia para o Ensino Médio. – Manaus: Seduc – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012.

70 p.

ISBN 978-85-87707-43-7

1. Geografia – Proposta Curricular 2. Reforma Curricular – Ensino Médio I. Título.

CDD 372.89 22. Ed.

Resolução no 162/2011 – CEE/AM, aprovada em 13/12/2011

2012

Seduc – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do EnsinoRua Waldomiro Lustoza, 250 – Japiim IICEP – 69076-830 – Manaus/AMTel.: Seduc (92) 3614-2200GEM: (92) 3614-2275 / 3613-5481www.seduc.am.gov.br

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Compromisso com a Educação 7

Carta ao Professor 9

Proposta Curricular de Geografia para o Ensino Médio 11

Introdução 13

Proposta Curricular do Ensino Médio: Pressupostos teóricos 15

Currículo Escolar: Aproximação com o cotidiano 21

Um conhecimento Fundado Sobre Competências e Habilidades 23

Áreas de Conhecimento: A integração dos saberes 27

1. O Componente Curricular integrador da Matriz do Ensino Médio 291.1 A Geografia no Ensino Médio 311.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular 351.3 Alternativas metodológicas para o ensino de Geografia 50

1.3.1 Sugestões de atividades didático-pedagógicas 501.3.2 Sugestões para Pesquisa 57

Avaliação: O culminar do processo educativo 59

Considerações Finais 63

Referências 65

sumÁRIO

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7GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

cOmPROmIssO cOm A EDucAÇÃO

É inquestionável o valor da Educação na formação do ser humano e na construção de uma sociedade próspera e cidadã. Ao longo da História, as nações que conquistaram o reconhecimento e ajudaram no processo de evolução do conhecimento foram aquelas que dedicaram atenção especial à formação da juventude e valorizaram o saber como fa-tor de afirmação social e cultural.

Consciente do significado social da apren-dizagem e do caráter substantivo do ensino como fundamento da própria vida, elegi a Educação como pressuposto de governo – consciente da minha responsabilidade como governador do Estado do Amazonas. Tenho a convicção de que a construção do futuro é uma tarefa do presente – e que o conheci-mento é o substrato do novo tempo que ha-verá de nascer do trabalho dos professores e demais profissionais que se dedicam ao ofício de educar em nossa terra.

Essa é uma missão de todos: não só dos educadores, mas igualmente dos pais e dos agentes públicos, bem como de todo aquele que tem compromisso com o bem comum e a cidadania. Tenho empreendido esforços para promover a Educação no Amazonas, sobretu-do por meio da valorização e do reconheci-

mento do mérito dos professores, do acesso às novas tecnologias, da promoção de forma-ções para melhor qualificar os mestres que estão na sala de aula, empenhados na pre-paração dos jovens, sem descurar do cuida-do com a melhoria das condições de trabalho dos profissionais que ajudam a construir uma realidade educacional mais promissora para o povo amazonense.

Fruto desse comprometimento que tenho com a Educação, é com satisfação que apre-sento aos professores e à sociedade em geral esta Proposta do Ensino médio – nascida do debate dos educadores e técnicos que fazem parte da rede pública estadual de ensino. Esta reestruturação, coordenada pela Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensi-no, objetiva a renovação e atualização do pro-cesso da aprendizagem, considerando os Pa-râmetros Curriculares do Ensino Médio, bem como as inovações ocorridas com a implan-tação do Exame nacional do Ensino médio – Enem. Com o aprimoramento da aprendiza-gem e com a promoção de uma nova sistemá-tica de ensino e avaliação, almejamos o avan-ço da Educação e a melhoria da qualidade da prática educacional no Estado do Amazonas.

Reitero, assim, meu compromisso com a Educação.

Omar AzizGovernador do

Estado do Amazonas

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

A mudança é o sentido e o fundamento da vida. A verdade é que não há vida sem trans-formação e sem o aprimoramento permanen-te de nosso modo de pensar e ser e, sobretu-do, de agir. O poema da professora e escritora Cecília meireles traduz esse entendimento e essa verdade inquestionável. Por isso, esse tem sido o espírito de nossas ações à frente da Secretaria de Estado de Educação do Ama-zonas: buscar novos caminhos para melhorar a aprendizagem de nossas crianças e jovens – motivo pelo qual elegemos a formação dos professores como um dos fundamentos desse propósito.

Fruto dessa iniciativa, empreendida com o objetivo de construir um futuro promissor para a Educação no Amazonas, apresentamos os re-sultados do trabalho de reestruturação da Pro-posta Curricular do Ensino Médio. A Secretaria

cARtA AO PROFEssOR

Renova-te.Renasce em ti mesmo.Multiplica os teus olhos, para verem mais.Multiplica os teus braços para semeares tudo.Destrói os olhos que tiverem visto.Cria outros, para as visões novas.Destrói os braços que tiverem semeado, Para se esquecerem de colher.Sê sempre o mesmo.Sempre outro. Mas sempre alto.Sempre longe.E dentro de tudo.

Cecília meireles

de Educação, por meio da ação de seus educa-dores e técnicos, coordenou de forma eficaz os trabalhos de discussão e elaboração das pro-postas curriculares de cada componente que integra as quatro áreas de conhecimento do Ensino Médio – norteadoras da prática pedagó-gica dos professores no cotidiano escolar neste novo momento do ensino em nossa terra.

Acreditamos que os novos referenciais metodológicos, enriquecidos com sugestões de Competências, Habilidades e práticas faci-litadoras da aprendizagem, estabelecidos nas propostas, contribuirão para dinamizar e en-riquecer o trabalho pedagógico dos professo-res, melhorando a compreensão e formação intelectual e espiritual dos educandos. Vive-mos um momento de renovação da prática educacional no Amazonas, experiência que demanda, de todos os envolvidos nesse pro-

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

cesso, novas respostas, novas atitudes e novos procedimentos de ensino. Dessa forma, com compromisso, entusiasmo e consciência de nosso papel como educadores, ajudaremos a construir uma nova realidade educacional em nosso Estado, fundada na certeza de que o co-nhecimento liberta, enriquece a vida dos indi-víduos e contribui para a construção de uma consciência cidadã.

O chamamento de Cecília meireles – “re-nova-te / Renasce em ti mesmo” – é uma síntese do fundamento que orienta o nosso caminho e norteia as nossas ações. O governa-dor Omar Aziz assumiu a responsabilidade de fazer do seu governo um ato de compromisso com a educação das crianças e jovens do Ama-zonas. Os frutos dessa ação, que resultou na reestruturação da Proposta Curricular do En-sino Médio, são uma prova da sua sensibilida-

de e atenção com a formação educacional dos nossos educandos.

Temos consciência do desafio que temos pela frente e entendemos que este é o primeiro passo de uma longa jornada, que dependerá da participação construtiva, não só dos professo-res, corpo técnico e educandos, mas também dos pais, agentes públicos e da sociedade.

Que todos aceitemos o desafio da renova-ção e do comprometimento com a vida, com a educação dos nossos jovens e com a busca de novas práticas pedagógicas – capazes de nos ajudar no forjamento de uma nova consci-ência e na construção de uma sociedade fun-dada no conhecimento e na cidadania, ideais que herdamos da cultura clássica e que têm na Paideia Grega (entendida como a verdadei-ra educação) o seu referencial por excelência.

Gedeão timóteo AmorimSecretário de Estado de Educação

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

PROPOstA cuRRIculAR DE GEOGRAFIA PARA O EnsInO mÉDIO

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

IntRODuÇÃO

LDB (Lei nº 9.394/96), que requer um homem cidadão, com capacidades para seguir os es-tudos em um Nível Superior ou que seja capaz de inserir-se, com capacidades concretas, no mundo do trabalho.

Mas para que esse homem-cidadão possa ter o arcabouço teórico exigido, ele precisa conhecer o seu entorno, ou seja, ele precisa ser e estar no mundo, daí, então, que ele par-tirá para a construção da sua identidade, da sua região, do seu local de origem. Somente após a sua inserção na realidade, com suas emoções, afetos e sentimentos outros, é que ele poderá compreender o seu entorno em uma projeção, compreendendo as suas des-continuidades mais ampliadas, ou seja: so-mente assim ele poderá ser e estar no mundo.

As situações referidas são as norteadoras desta Proposta, por isso ela reclama a Inter-disciplinaridade, a Localização do sujeito no seu mundo, a Formação, no que for possível, integral do indivíduo e a Construção da cida-dania. É, portanto, no contexto do novo, do necessário que ela se organizou, que ela mo-bilizou a atenção e a preocupação de todos os que, nela, se envolveram.

Para finalizar, é opinião comum dos cida-dãos, que pensam sobre a realidade e fazem a sua leitura ou interpretação, que o momen-to é de transição. Essa afirmação é plena de significados e de exigências, inclusive corre-se o risco maior de não se compreender o que é essencial. É assim que o passado se funde com o presente, o antigo se funde com o novo, criando uma dialética essencial à progessão da História. A Proposta Curricular do Ensino Médio, de 2011, resguarda esse movimento e o aceita como uma necessidade histórica.

A Proposta que chega ao Ensino Médio sur-giu das necessidades que se verificam não só no campo educacional, mas também nas de-mais áreas do saber e dos segmentos sociais. Dito por outras palavras, a vertiginosidade com que as mudanças ocorrem, inclusive situando--nos em um novo tempo, cognominado pelos filósofos como pós-modernidade, é o que nos obriga a repensar os atuais paradigmas e a ins-taurar-se, como se faz necessário, novos.

A mudança, na qual somos agentes e pa-cientes, não só desestabiliza a permanência do homem no mundo como também requer novas bases, o que implica novos exercícios do pensamento. Considerando que é na Esco-la, desde a educação infantil, que também se estabelecem os princípios e valores que nor-tearão toda a vida, é a ela que, incisivamente, as novas preocupações se dirigem.

É nesse contexto que esta Proposta se ins-creve. É em meio a essas inquietantes angús-tias e no encontro com inúmeros caminhos, os quais não possuem inscrições, afirmando ou não o nível de segurança, que ela busca insti-tuir alguma estabilidade e, ainda, a certeza de que o saber perdurará, de que o homem conti-nuará a produzir outros/novos conhecimentos.

As palavras acima se sustentam na ideia de que a Escola ultrapassa a Educação e a Instru-ção, projetando-se para o campo da garantia, da permanência, da continuidade do conheci-mento do homem e do mundo.

Os caminhos indicadores para a redefini-ção das funções da Escola seguem, a nosso ver, a direção que é sugerida. É por isso que a Escola e o produto por ela gerado – o Co-nhecimento – instituem um saber fundado em Competências e Habilidades, seguindo a

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

PROPOstA cuRRIculAR DO EnsInO mÉDIO: PREssuPOstOs tEóRIcOs

Ensino Médio desenvolveu ações educacio-nais para fundamentar as discussões acerca do currículo vigente.

Os professores da rede Estadual de Ensino Médio receberam orientações, por meio de palestras e de uma jornada pedagógica, que proporcionaram aos professores reflexões so-bre: O fazer pedagógico, sobre os fundamen-tos norteadores do currículo e principalmente sobre o que se deve ensinar. E o que os edu-candos precisam apreender para aprender?

Os trabalhos desenvolvidos tiveram, como subsídios, os documentos existentes na Secre-taria de Educação, norteados pela Proposta Curricular do Ensino Médio/2005, pelos PCN, pelos PCN+ e pelos referenciais nacionais. As discussões versaram sobre os Componentes Curriculares constantes na matriz Curricular do Ensino Médio, bem como sobre as refle-xões acerca da prática pedagógica e do papel intencional do planejamento e da execução das ações educativas.

Os resultados colhidos nessas discussões estimularam a equipe a elaborar uma versão atualizada e ampliada da Proposta Curricular do Ensino Médio, contemplando em um só documento as orientações que servirão como referência para as ações educativas dos profis-sionais das quatro Áreas do Conhecimento.

Foi a partir dessa premissa que se perce-beu a necessidade de refletir acerca do Currí-culo, da organização curricular, dos espaços e dos tempos para que, dessa maneira, fossem privilegiados, como destaques:

A educação brasileira, nos últimos anos, perpassa por transformações educacionais decorrentes das novas exigências sociais, culturais, políticas e econômicas vigentes no país, resultantes do processo de globalização. Considerando esta nova reconfiguração mun-dial e visando realizar a função formadora da escola de explicar, justificar e de transformar a realidade, a educação busca oferecer ao educando maior autonomia intelectual, uma ampliação de conhecimento e de acesso a in-formações numa perspectiva integradora do educando com o meio.

no contexto educacional de mudanças re-lativas à educação como um todo e ao Ensino Médio especificamente a reorganização curri-cular, dessa etapa do ensino, faz-se necessária em prol de oferecer novos procedimentos que promovam uma aprendizagem significativa e que estimulem a permanência do educando na escola, assegurando a redução da evasão escolar, da distorção idade/série, como tam-bém a degradação social desse cidadão.

A ação política educacional de Reestrutu-ração da Proposta Curricular do Ensino médio foi consubstanciada nos enfoques educacio-nais que articulam o cenário mundial, bra-sileiro e local, no intuito de refletir sobre os diversos caminhos curriculares percorridos na formação do educando da rede Estadual de Ensino Médio.

Dessa forma, a fim de assegurar a cons-trução democrática e a participação dos pro-fessores da Rede Estadual de Ensino Médio, na Reestruturação do Currículo, a Gerência de

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16 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

• o foco no processo de ensino-aprendi-zagem;

• os diferentes tipos de aprendizagem e de recursos;

• o desenvolvimento de competências cognitivas, operativas e afetivas;

• a autonomia intelectual; • a reflexão antes, durante e após as

ações.

É válido ressaltar que os caminhos defi-nidos enquadram-se na perspectiva atual do projeto filosófico educativo do país que re-quer a interdisciplinaridade, a transdiscipli-naridade e a transversalidade, na qualidade de meios de garantia de um ensino-aprendi-zagem bem-sucedido. Ou seja, os objetos pri-vilegiados nos Componentes Curriculares do Ensino médio deverão ser focados em uma perspectiva abrangente, na qual eles serão objetos de estudo do maior número possível de Componentes Curriculares. Dessa forma, entende-se que o educando poderá apreen-dê-los em toda a sua complexidade.

É assim que temas como a diferença socio-cultural de gênero, de orientação sexual, de etnia, de origem e de geração perpassam por todos os componentes, visando trazer ao de-bate, nas salas de aula, os valores humanos e as questões que estabelecem uma relação dialógica entre os diversos campos do co-nhecimento. Nesse sentido, foi pensado um Currículo amplo e flexível, que expressasse os princípios e as metas do projeto educati-vo, possibilitando a promoção de debates, a partir da interação entre os sujeitos que com-põem o referido processo.

Assim, os processos de desenvolvimento das ações didático-pedagógicas devem possi-bilitar a reflexão crítica sobre as questões que emergem ou que resultem das práticas dos in-

divíduos, do corpo social, da comunidade em geral, levando em consideração os conceitos, as representações, os saberes oriundos das vivências dos educandos que concretamente estão envolvidos, e nas experiências que vi-venciam no cotidiano.

A proposta é que os educandos possam posicionar-se de maneira crítica, ética, res-ponsável e construtiva nas diferentes situa-ções sociais, utilizando o conhecimento como instrumento para mediar conflitos e tomar decisões; e, assim, perceberem-se como agentes transformadores da realidade social e histórica do país, identificando as caracte-rísticas estruturais e conjunturais da realida-de social e as interações entre elas, a fim de contribuírem ativamente para a melhoria da qualidade da vida social, institucional e indi-vidual; devem, ainda, conhecer e valorizar a diversidade que caracteriza a sociedade bra-sileira, posicionando-se contra quaisquer for-mas de discriminação baseada em diferenças culturais, classe social, crença, gênero, orien-tação sexual, etnia e em outras característi-cas individuais e sociais.

Espera-se que esta Proposta seja uma fer-ramenta de gestão educacional e pedagógica, com ideias e sugestões que possam estimular o raciocínio estratégico-político e didático--educacional, necessário à reflexão e ao de-senvolvimento de ações educativas coerentes com princípios estéticos, políticos e éticos, orientados por competências básicas que esti-mulem os princípios pedagógicos da identida-de, diversidade e autonomia, da interdiscipli-naridade e da contextualização enquanto es-truturadores do currículo (DCNEM, 2011,11), e que todo esse movimento chegue às salas de aula, transformando a ação pedagógica e contribuindo para a excelência da formação dos educandos.

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17GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Para que se chegasse a essa fundamen-tação pedagógica, filosófica, sociológica da educação, foram concebidas e aperfeiçoa das leis de diretrizes e Bases da Educação na-cional. No contexto legislativo-educacional, destacam-se as Leis nº 4.024/61, 5.692/71 e 9.394/96 que instituíram bases legais para a educação brasileira como normas estrutura-doras da Educação Nacional.

Todavia, o quadro da educação brasileira nem sempre esteve consolidado, pois antes da formulação e da homologação das leis de Diretrizes e Bases, a educação não era o foco das políticas públicas nacionais, visto que não constava como uma das principais incumbências do Estado garantir escola pú-blica aos cidadãos.

O acesso ao conhecimento sistemático, oferecido em instituições educacionais, era privilégio daqueles que podiam ingressar em escolas particulares, tradicionalmente reli-giosas de linha católica que, buscando seus interesses, defendiam o conservadorismo educacional, criticando a ideia do Estado em estabelecer um ensino laico.

Somente com a Constituição de 1946, o Estado voltou a ser agente principal da ação educativa. A lei Orgânica da Educação Primá-ria, do referido ano, legitimou a obrigação do Estado com a educação (BArBOSA, 2008). Em meio a esse processo, e após inúmeras reivin-dicações dos pioneiros da Educação Nova e dos intensos debates que tiveram como pano de fundo o anteprojeto da lei de diretrizes e Bases, é homologada a primeira LDB, nº 4.024/61, que levou treze anos para se con-solidar, entrando em vigor já ultrapassada e mantendo em sua estrutura a educação de grau médio: ginasial, com duração de quatro anos, destinada a fundamentos educacionais

gerais, e colegial, com duração de três anos, que oferecia os cursos Clássico e Científico.

O cenário político brasileiro de 1964, que culminou no golpe de Estado, determi-nou novas orientações para a política edu-cacional do país. Foram estabelecidos novos acordos entre o Brasil e os Estados unidos da América, dentre eles o MEC-Usaid. Constava, no referido acordo, que o Brasil receberia re-cursos para implantar uma nova reforma que atendesse aos interesses políticos mundiais, objetivando vincular o sistema educacional ao modelo econômico imposto pela política norte-americana para a América Latina (ARA-NHA, 2010). É no contexto de mudanças sig-nificativas para o país, ocasionadas pela nova conjuntura política mundial, que é promulga-da a nova LDB nº 5.692/71. Essa Lei é gerada no contexto de um regime totalitário, portan-to contrário às aspirações democráticas emer-gentes naquele período.

Nas premissas dessa Lei, o ensino profis-sionalizante do 2.o grau torna-se obrigatório. Dessa forma, ele é tecnicista, baseado no modelo empresarial, o que leva a educação a adequar-se às exigências da sociedade indus-trial e tecnológica. Foi assim que o Brasil se in-seriu no sistema do capitalismo internacional, ganhando, em contrapartida, a abertura para o seu crescimento econômico. A implantação generalizada da habilitação profissional trou-xe, entre seus efeitos, sobretudo para o ensino público, a perda da identidade que o 2.o grau passará a ter, seja propedêutica para o Ensino Superior, seja a de terminalidade profissional (PArECEr CEB 5/2011). A obrigatoriedade do ensino profissionalizante tornou-se faculta-tiva com a Lei nº 7.044/82 que modificou os dispositivos que tratam do referido ensino, no 2.o grau.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Pode-se dizer que o avanço educacional do país estabeleceu-se com a lei de diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96, que alterou a estrutura do sistema educacional brasileiro quando no Titulo II – Dos Princípios e Fins da Educação Nacional – Art. 2.o, declara: A edu-cação, dever da família e do Estado, inspira-da nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu pre-paro para o exercício da cidadania e sua qua-lificação para o trabalho.

Essa Lei confere legalidade à condição do Ensino médio como parte integrante da Edu-cação Básica, descrevendo, no artigo 35, os princípios norteadores desse nível de ensino:

O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos ad-quiridos no Ensino Fundamental, possibili-tando o prosseguimento de estudos; ii – a preparação básica para o trabalho e a cida-dania do educando, para continuar apren-dendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocu-pação ou aperfeiçoamento posteriores; iii – o aprimoramento do educando como pes-soa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV – a compreen-são dos fundamentos científico-tecnológi-cos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Com a incorporação do Ensino Médio à

Educação Básica, entra em vigor, a partir do ano de 2007, o Fundo de manutenção e de-senvolvimento da Educação Básica e de valo-

rização dos Profissionais da Educação – Fun-deb, que oferece subsídios a todos os níveis da educação, inclusive ao Ensino Médio.

na atual lei de diretrizes e Bases da Edu-cação, o Ensino Médio tem por finalidade pre-parar o educando para a continuidade dos es-tudos, para o trabalho e para o exercício da ci-dadania, primando por uma educação escolar fundamentada na ética e nos valores de liber-dade, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade. As prerrogativas da Lei su-pracitada acompanham as grandes mudanças sociais, sendo, dessa forma, exigido da escola uma postura educacional responsável, capaz de forjar homens, não somente preparados para integrar-se socialmente, como também de promover o bem comum, concretizando a afirmação do homem-cidadão.

norteadas pela lei de diretrizes e Bases da Educação, apresentam-se as Diretrizes Curriculares nacionais para o Ensino médio (PArECEr CEB 5/2011), que tem como pres-supostos e fundamentos: Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura.

Quando se pensa em uma definição para o conceito trabalho, não se pode deixar de abordar a sua condição ontológica, pois essa é condição imprescindível para a humanização do homem. É por meio dele que se instaura o processo cultural, ou seja, é no momento em que o homem age sobre a natureza, transfor-mando-a, que ele se constitui como um ser cultural. Portanto, o trabalho não pode ser desvinculado da cultura, pois estes se com-portam como faces da mesma moeda. Sinte-tizando, pode-se dizer que o homem produz sua realidade, apropria-se dela e a transfor-ma, somente porque o trabalho é uma con-dição humana/ontológica e a cultura é o re-sultado da ação que possibilita ao homem ser homem.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

trabalho, ciência, tecnologia e cultura constituem um todo que não se pode disso-ciar, isso porque ao se pensar em trabalho não se pode deixar de trazer ao pensamento o resultado que ele promove, ou seja, a pro-dução. Imediatamente, compreende-se que a tecnologia não é possível sem um pensamen-to elaborado, sistemático e cumulativo, daí, pensar-se em ciência. Para se ter a ideia do que é referido, pode-se recorrer aos primór-dios da humanidade, quando o homem trans-formou uma pedra em uma faca, a fim de se proteger das feras. Nos dias de hoje, quando a ciência tornou-se o núcleo fundante das nos-sas vidas, retirando o homem do seu pedes-tal, pois foi com o seu triunfo que ele deixou de ser o centro do universo, as tecnologias

surgem como propiciadoras de um novo mun-do, inclusive, determinando o nível de desen-volvimento socioeconômico de um país.

Seguindo as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, a formação integral do educando deve promo-ver reflexões críticas sobre modelos culturais pertinentes à comunidade em que ele está inserido, bem como na sociedade como um todo. Sob essa ótica, é de fundamental impor-tância haver unicidade entre os quatro pres-supostos educacionais: Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura que devem estar atrela-dos entre pensamento e ação e a busca inten-cional das convergências entre teoria e práti-ca na ação humana (PArECEr CEB 5/2011).

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

cuRRículO EscOlAR: APROxImAÇÃO cOm O cOtIDIAnO

O excerto em destaque trata da vinculação ou da dependência do Currículo ao contexto no qual ele está inserido. Nele, as várias re-lações que se estabelecem socialmente estão incluídas, dado que se trata de uma represen-tação social e, por isso, todas as sensações, especulações, conhecimentos e sentimentos, para que ele contemple as necessidades dos educandos, são abordadas. Por outro lado, não se pode desprezar a produção cognitiva, resultado do acúmulo de conhecimentos que garantem a permanência da humanidade.

Conforme diversos autores citados por Sabini (2007), esses fundamentados no texto de Sacristán e de Seed (2003), o Currículo é um conjunto de conhecimentos ou de maté-rias a ser apreendido pelo educando dentro de um ciclo-nível educativo ou modalidade de ensino; o Currículo é uma experiência re-criada nos educandos, por meio da qual po-dem desenvolver-se; o Currículo é uma tarefa e habilidade a serem dominadas; o Currículo é um programa que proporciona conteúdos e valores, para que os educandos melhorem a sociedade, podendo até mesmo reconstruí-la.

Para Silva (2004), o Currículo é definido, portanto, como lugar, espaço, território, rela-ção de poder. Como sabemos, ele também é o retrato da nossa vida, tornando-se um do-cumento de identidade em termos de apren-dizagem e construção da subjetividade. Isso serve para mostrar a importância que o Currí-culo pode tomar nas nossas vidas.

Considerando a história do Currículo es-colar, remetemo-nos ao momento em que se iniciam as reflexões sobre o ensino ou quan-do ele é considerado como uma ferramenta pedagógica da sociedade industrial. Assim,

A discussão sobre o Currículo Básico é hoje um tema presente nos projetos políti-co-pedagógicos das escolas, nas pesquisas, nas teorias pedagógicas, na formação inicial e continuada dos professores e gestores, e, ainda, nas propostas dos sistemas de ensino, tendo no seu centro a especificidade do co-nhecimento escolar, priorizando o papel da escola como instituição social voltada à tare-fa de garantir a todos o acesso aos saberes científicos e culturais.

Segundo as diretrizes Curriculares nacio-nais para o Ensino Médio, em seu artigo 8.°:

O Currículo é organizado em áreas de co-nhecimento, a saber:

I – Linguagens. II – Matemática.III – Ciências da Natureza. IV – Ciências Humanas.

§1.° – O currículo deve contemplar as qua-tro áreas do conhecimento, com tratamen-to metodológico que evidencie a contextu-alização e a interdisciplinaridade ou outras formas de interação e articulação entre diferentes campos de saberes específicos.

§2.° – A organização por área de conheci-mento não dilui nem exclui componentes curriculares com especificidades e sabe-res próprios construídos e sistematizados, mas implica no fortalecimento das relações entre eles e a sua contextualização para apreensão e intervenção na realidade, re-querendo planejamento e execução conju-gados e cooperativos dos seus professores.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

partindo do contexto social, o Currículo se faz presente em formas de organização da socie-dade. Dessa forma, podemos compreendê-lo como produto de um processo de conflitos culturais dos diferentes grupos de professores que o elaboram (LOPES, 2006). Lopes com-preende, ainda, que é necessário conhecer as várias formas de conceituação de Currículo que são elaboradas para nortear o trabalho dos professores em sala de aula. Para Lopes (idem), o Currículo é elaborado em cada esco-la, com a presença intelectual, cultural, emo-cional, social e a memória de seus participan-tes. É na cotidianidade, formada por múltiplas redes de subjetividade, que cada um de nós forja nossas histórias de educandos e de pro-fessores.

Considerando a complexidade da história do Currículo, não é possível conceber uma

teo ria única, mas um conjunto de teorias e saberes, ou seja, o Currículo, desatrelado do aspecto de simples listagem de conteúdos, passa a ser um processo constituído por um encontro cultural, de saberes, de conheci-mentos escolares na prática da sala de aula, local de interação professor e educando.

Nesse sentido, cabe àqueles que condu-zem os destinos do país, e, especificamente, aos que gerem os destinos da Educação no Amazonas encontrar o melhor caminho para o norteamento do que é necessário, conside-rando a realidade local, a realidade regional e a nacional. E, ainda, sem deixar de conside-rar os professores, os gestores, os educandos, os pais e a comunidade em geral. Não basta, apenas, a fundamentação teórica bem alicer-çada, mas o seu entendimento e a sua aplica-ção à realidade.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

um cOnhEcImEntO FunDADO sOBRE cOmPEtêncIAs E hABIlIDADEs

conhecimentos adquiridos em sala de aula e fora dela, o que necessariamente implica um trabalho interdisciplinar.

Ao falarmos em interdisciplinaridade no ensino, é preciso considerar a contribuição dos PCN. Um olhar mais atento a esse docu-mento revela-nos a opção por uma concep-ção instrumental de Interdisciplinaridade:

Na perspectiva escolar, a interdisciplinari-dade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compre-ender um fenômeno sob diferentes pontos de vista. Em suma, a Interdisciplinaridade tem uma função instrumental. Trata-se de recorrer a um saber útil e utilizável para responder às questões e aos problemas sociais contemporâneos (BRASIL, 2002, p. 34-36).

Nos PCN+ (2002), o conceito de Interdis-ciplinaridade fica mais claro. Neles é destaca-do que um trabalho interdisciplinar, antes de garantir associação temática entre diferentes disciplinas – ação possível, mas não impres-cindível – deve buscar unidade em termos de prática docente, independentemente dos te-mas/assuntos tratados em cada disciplina iso-ladamente. Essa prática docente comum está centrada no trabalho permanentemente vol-tado para o desenvolvimento de Competên-cias e de Habilidades, apoiado na associação ensino-pesquisa e no trabalho expresso em diferentes linguagens, que comportem diver-sidades de interpretação sobre os temas/as-

A Secretaria de Estado de Educação e Qua-lidade do Ensino, com base nas Diretrizes Cur-riculares do Ensino Médio, reitera em sua Pro-posta Curricular os seguintes pressupostos: formação integral dos educandos; o trabalho e a pesquisa como princípio educativo e peda-gógico; a indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem; a integra-ção de conhecimentos gerais e, quando for o caso, de conhecimentos técnico-profissionais.

Os pressupostos garantidos implicam a responsabilidade dos atores perante o pro-cesso educativo na busca constante dos me-canismos que o transformem em ação efetiva. Esses mecanismos dizem respeito ao porquê e como trabalhar determinados conhecimen-tos de forma a atingir a formação integral do cidadão, vivenciando, assim, a dimensão so-ciopolítica da educação, o que define o Cur-rículo como ferramenta de construção social. Nesse sentido, esta Proposta sugere o Ensino fundado em Competências e a não fragmen-tação dos conhecimentos em disciplinas iso-ladas, o que exige uma postura interdiscipli-nar do professor. Os Parâmetros Curriculares nacionais do Ensino médio (PCn +) orientam a organização pedagógica da escola em tor-no de três princípios orientadores, a saber: a Contextualização, a Interdisciplinaridade, as Competências e Habilidades.

Para melhor compreender os pressupos-tos, apresenta-se a definição: contextualizar significa localizar um conhecimento determi-nado no mundo, relacionando-o aos demais

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

suntos abordados em sala de aula. Portanto, são esses elementos que dão unidade ao de-senvolvimento dos diferentes Componentes Curriculares, e não a associação dos mesmos em torno de temas supostamente comuns a todos eles.

Esta proposta é expressiva porque ela pro-move a mobilização da comunidade escolar em torno de objetivos educacionais mais am-plos, que estão acima de quaisquer conteúdos, porém sem descaracterizar os Componentes Curriculares ou romper com os mesmos. Sua prática na escola cria, acima de tudo, a possi-bilidade do “encontro”, da “partilha”, da coo-peração e do diálogo e, por isso, traz-se nesta proposta a perspectiva da Interdisciplinaridade como ação conjunta dos professores.

Ivani Fazenda (1994, p. 82) fortalece essa ideia, quando fala das atitudes de um “profes-sor interdisciplinar”:

Entendemos por atitude interdisciplinar uma atitude diante de alternativas para conhecer mais e melhor; atitude de espera ante os atos consumados, atitude de reci-procidade que impele à troca, que impele ao diálogo – ao diálogo com pares idênti-cos, com pares anônimos ou consigo mes-mo – atitude de humildade diante da limi-tação do próprio saber, atitude de perple-xidade ante a possibilidade de desvendar novos saberes, atitude de desafio – desafio perante o novo, desafio em redimensio-nar o velho – atitude de envolvimento e comprometimento com os projetos e com as pessoas neles envolvidas, atitude, pois, de compromisso em construir sempre, da melhor forma possível, atitude de respon-sabilidade, mas, sobretudo, de alegria, de revelação, de encontro, de vida.

Os caminhos na busca da interdisciplina-ridade devem ser percorridos pela equipe docente de cada unidade escolar. O ponto de partida é determinado pelos problemas esco-lares compartilhados pelos professores e por sua experiência pedagógica. O destino é de-terminado pelos objetivos educacionais, ou melhor, pelo projeto político pedagógico da escola. A Interdisciplinaridade, nesse sentido, assume como elemento ou eixo de integração a prática docente comum voltada para o de-senvolvimento de Competências e Habilida-des comuns nos educandos.

No que diz respeito à Competência, cabe dizer que numa sociedade em que o conhe-cimento transformou-se no principal fator de produção, um dos conceitos que transita entre o universo da economia e da educação é o termo “competência”. A ideia de compe-tência surge na economia como a capacidade de transformar uma tecnologia conhecida em um produto atraente para os consumidores. No contexto educacional, o conceito de com-petência é mais abrangente. No documento básico do Enem, as competências são associa-das às modalidades estruturais da inteligên-cia ou às ações e às operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre obje-tos, situações, fenômenos e pessoas.

Para entendermos o que se pretende, é necessário dizer que o ensino fundado em Competências tem as suas bases nos vários documentos elaborados, a partir das discus-sões mundiais e nacionais sobre educação, dentre eles a Conferência mundial de Edu-cação Para Todos, realizada na Tailândia, em 1990, os “Pilares da Educação para o Século XXI”1: aprender a conhecer, a fazer, a viver, a

1 Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors. O Relatório está publicado em forma de livro no Brasil, com o título Educação: Um Tesouro a Descobrir (São Paulo: Cortez Editora, Unesco, MEC, 1999).

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ser; e nas diretrizes Curriculares nacionais – Parâmetros Curriculares Nacionais. Todos es-ses documentos enfatizam a necessidade de centrar o ensino e a aprendizagem no desen-volvimento de Competências e de Habilidades por parte do educando, em lugar de centrá-lo, apenas, no conteúdo conceitual.

Como se pode comprovar, tanto o Ensino Fundamental quanto o Ensino Médio têm tra-dição conteudista. Na hora de falar de Com-petência mais ampla, carrega-se no conteúdo. não estamos conseguindo separar a ideia de Competência da ideia de Conteúdos, porque a escola traz para os educandos respostas para perguntas que eles não fizeram: o resultado é o desinteresse. As perguntas são mais impor-tantes do que as respostas, por isso o enfo-que das Diretrizes/Parâmetros nos conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais, o que converge para a efetivação dos pilares da Educação para o século XXI. Todavia, é hora de fazer e de construir perspectivas novas. As-sim, todos nós somos chamados a refletir e a entender o que é um ensino que tem como uma das suas bases as Competências e Habi-lidades.

O ministério da Educação determina as competências essenciais a serem desenvolvi-das pelos educandos do Ensino Fundamental e Médio:

• Dominar leitura/escrita e outras lingua-gens;

• Fazer cálculos e resolver problemas;• Analisar, sintetizar e interpretar dados,

fatos, situações;• Compreender o seu entorno social e

atuar sobre ele;• Receber criticamente os meios de co-

municação;

• Localizar, acessar e usar melhor a infor-mação acumulada;

• Planejar, trabalhar e decidir em grupo.

Concebe-se que uma pessoa é competen-te quando tem os recursos para realizar bem uma determinada tarefa, ou seja, para resol-ver uma situação complexa. O sujeito está ca-pacitado para tal quando tem disponíveis os recursos necessários para serem mobilizados, com vistas a resolver os desafios na hora em que eles se apresentam. Nesse sentido, educar para Competências é, então, ajudar o sujeito a adquirir as condições e/ou recursos que de-verão ser mobilizados para resolver situações complexas. Assim, educar alguém para ser um pianista competente é criar as condições para que ele adquira os conhecimentos, as habili-dades, as linguagens, os valores culturais e os emocionais relacionados à atividade específica de tocar piano muito bem (MORETTO, 2002).

Os termos Competências e Habilidades, por vezes, se confundem; porém fica mais fá-cil compreendê-los se a Competência for vista como constituída de várias Habilidades. Mas uma Habilidade não “pertence” a determina-da Competência, uma vez que a mesma Ha-bilidade pode contribuir para Competências diferentes. É a prática de certas Habilidades que forma a Competência. A Competência é algo construído e pressupõe a ação intencio-nal do professor.

Para finalizar, convém dizer que esta Pro-posta caminha lado a lado com as necessida-des educacionais/sociais/econômicas/filosófi-cas e políticas do país, que não deixam de ser as do mundo global. Assim sendo, é interesse dos educadores preparar a juventude amazo-nense para enfrentar os desafios que se apre-sentam no século XXI, daí ao conhecimento fundado em Competências e Habilidades.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

ÁREAs DE cOnhEcImEntO: A IntEGRAÇÃO DOs sABEREs

totalidade. Uma perspectiva, como se pode ver, dos novos tempos.

Em Matemática e suas Tecnologias abor-daram-se conhecimentos que destacassem aspectos do real, cabendo ao educando com-preender os princípios científicos nas tecno-logias, associando-os aos problemas que se busca resolver de modo contextualizado. E, ainda, trazendo a Matemática para a concre-tude do educando. Com isso, quer-se dizer que a Matemática abandona o espaço abs-trato, apenas atingível pelo pensamento, para explicar a rea lidade do educando, por meio das situações-problema em que se situam o homem concreto, real, em um universo ma-terial, espiritual, emocional. Podendo-se até mesmo dizer que a proposta de Matemática é feita com as nossas emoções, com as nos-sas paixões, discutindo-se esse conhecimento na sua região de saber, problematizando-se o próprio império da razão.

Em Ciências da Natureza e suas Tecnolo-gias, consideraram-se conhecimentos que contemplem a investigação científica e tecno-lógica, como atividades institucionalizadas de produção de conhecimento. Mais uma vez, entende-se que o conhecimento não pode mais ser concebido de forma compartimen-tada, como se cada uma das suas esferas fos-se de direito e de posse de cada um. Assim, vislumbram-se, sobretudo, a interdisciplina-ridade e a transdisciplinaridade. O momento em que se constrói um novo conhecimento é privilegiado, pois ele retorna a um estágio inaugural, no qual o saber não se comparti-menta, mas busca a amplitude, visando com-preender o objeto de forma ampla, conside-

A Proposta Curricular do Ensino médio compreende as quatro Áreas de Conhecimen-to, constantes da base nacional comum dos currículos das escolas de Ensino médio e es-tabelece, como fundamento pedagógico, con-teúdos os quais devem ser inclusos, fundados sobre Competências, previamente analisados, reagrupados e organizados em conformidade com as necessidades dos envolvidos: educan-dos, professores, gestores, todos os profissio-nais do processo educativo.

A organização nas quatro Áreas de Conhe-cimento tem por base compartilhar o objeto de estudo, considerando as condições para que a prática escolar seja desenvolvida em uma perspectiva interdisciplinar, visando à transdisciplinaridade.

Em Linguagens, Códigos e suas Tecnolo-gias, elencaram-se Competências e Habili-dades que permitam ao educando adquirir domínio das linguagens como instrumentos de comunicação, em uma dinamicidade, e si-tuada no espaço e no tempo, considerando as relações com as práticas sociais e produtivas, no intuito de inserir o educando em um mun-do letrado e simbólico. Como se sabe, a lin-guagem é instauradora do homem. Sem ela, ele não existe, pois somente assim, quando se considera que o homem fala, é que se diz que ele existe, pois é a linguagem que o distingue dos demais animais. Nesse sentido, a lingua-gem é ampla, explicitada pela fala, pelo corpo, pelo gesto, pelas línguas. Aqui, discute-se as Áreas de Conhecimento, superando-se o com-partimento das disciplinas, porque somente agora o homem se compreendeu como um ser que poderá ser visto e reconhecido na sua

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rando sua complexidade. Por isso, a Física, por exemplo, pode ser expressa em forma de poema, e a Biologia, que trata da vida dos se-res, pode ser expressa em forma de música. Somente assim o homem poderá falar de um homem mais humano, em uma perspectiva total, integradora.

Em Ciências Humanas e suas Tecnologias, em que se encontra também a Filosofia, con-templam-se consciências críticas e criativas, com condições de responder de modo ade-quado a problemas atuais e a situações novas, destacando-se a extensão da cidadania, o uso e a produção histórica dos direitos e deveres do cidadão e, ainda, considerando o outro em cada decisão e atitude. O importante é que o educando compreenda a sociedade em que vive, como construção humana, entendida como um processo contínuo. Não poderia dei-xar de ser mais problemática a área de Ciên-cias Humanas, pois ela trata do homem. Ten-do o homem como seu objeto, ela traz para si muitos problemas, pois pergunta-se: Quem é o homem? Quem é este ser tão complexo e enigmático? Estas são questões propostas pela própria Área de Conhecimento de Ciên-cias Humanas. Todavia, ela existe porque o ho-mem existe e é por isso que ela exige a forma-ção e a atenção de profissionais competentes. Considerando-se toda a problemática que a envolve é que a atenção sobre a mesma é re-dobrada e que os cuidados são mais exigidos.

Para o Ensino médio do Estado do Amazo-nas, pensou-se em organizar os Componentes Curriculares fundamentados nas diretrizes nor-teadoras desse nível de ensino, sem desconsi-derar as questões de cunho filosófico, psicoló-gico, por exemplo, que as mesmas implicam, expressas pelo Ministério da Educação, consi-derando a autonomia das instituições escola-res e a aprendizagem dos educandos de modo efetivo. Os conteúdos apresentam-se por meio de temas, os quais comportam uma bagagem de assuntos a serem trabalhados pelos profes-sores, conforme as especificidades necessárias para cada nível de ensino. As Competências e Habilidades expressam o trabalho a ser pro-posto pelo professor quanto ao que é funda-mental para a promoção de um educando mais preparado para atuar na sociedade. E os pro-cedimentos metodológicos, como sugestões, auxiliam o professor nas atividades a serem experienciadas pelos educandos, ressaltando--se que se trata de um encaminhamento que norteará a elaboração de um Planejamento Estratégico Escolar.

Ressalta-se, também, que foram acrescen-tadas alternativas metodológicas para o ensi-no dos Componentes Curriculares constantes do Ensino Médio, no intuito de concretizar esta Proposta, além de propiciar ao profes-sor ferramentas com as quais poderá contar como um recurso a mais no encaminhamento de seu trabalho em sala de aula.

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1O cOmPOnEntE cuRRIculAR

IntEGRADOR DA mAtRIZ DO EnsInO mÉDIO

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

1.1 A Geografia no Ensino Médio

Para pensar o ensino da Geografia é neces-sário compreendê-la não apenas como disci-plina escolar, mas como um saber que, par-tindo do conhecimento sobre o mundo, acu-mulado ao longo do tempo, tornou-se uma ci-ência. Enquanto ciência, esta buscou o objeto de estudo e sua metodologia de análise e de interpretação. É importante, porém, ressaltar que, como saber sistematizado e instituciona-lizado, ela foi, inicialmente, um saber escolar. A Geografia, a História, juntamente com o es-tudo da língua pátria, são consideradas como disciplinas necessárias na consolidação dos Estados nacionais. Dessa forma, elas nascem com o processo de publicização do ensino no século XiX (lACOSTE, 1989).

A ciência geográfica acompanhou os de-bates teórico-metodológicos das ciências so-ciais e humanas, incorporando a abordagem positivista de ciência de um saber racional e objetivo, buscando a verdade absoluta, que naturalizou e geometrizou os saberes sobre o mundo. O reflexo desse pensamento na Geografia escolar efetivou-se em um saber fragmentado; estudava-se o relevo, a hidro-grafia, o clima, a vegetação, a população e a economia. Apresentando-se, portanto, como uma Geografia descritiva alicerçada no pa-radigma “Terra e Homem”. Aos professores cabia a reprodução desse conteúdo, dando ênfase às características físicas e às riquezas naturais dos lugares, dos Estados, das regiões e dos países no sentido de um enaltecimento da pátria. Aos educandos, era necessária uma habilidade para a memorização e a reprodu-ção de conteúdos, pois seria exigido que es-ses identificassem as regiões mais frias, mais quentes, a maior floresta do mundo, as prin-cipais riquezas de cada região, as densidades

demográficas, a população absoluta, os prin-cipais produtos agrícolas etc. do país, do con-tinente e da região, transformando-se em um conteúdo “enfadonho e inútil”. Tratava-se de uma Geografia tradicional predominante no Brasil até os anos 80.

Do ponto de vista teórico-metodológico, o positivismo recebeu severas críticas. As ciên-cias humanas não encontravam mais respos-tas para suas interrogações nas proposições positivistas. O planeta Terra perdia sua forma natural, os homens, ao se apropriarem dos lugares, construíam novas paisagens, ressig-nificando-as; o planeta foi sendo apropriado, a partir de conflitos e de disputas territoriais; os povos iam sendo conquistados, dominados uns pelos outros; o sistema de produção social e econômico, que se consolidou, transformou a natureza em recurso e os homens em força de trabalho e ambos em mercadoria. O mundo se industrializou, a indústria produziu outras paisagens e a natureza já não é tão natural.

A ciência geográfica acompanhou os debates teórico-metodológicos das ciências sociais e humanas, incorporando a abordagem positivista de ciência de um saber racional e objetivo, buscando a verdade absoluta, que naturalizou e geometrizou os saberes sobre o mundo.

O mundo se industrializou, a indústria produziu outras paisagens e a natureza já não é tão natural.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

O desejo de possuir mais levou o homem a produzir mais em menos tempo. Era neces-sário que a ciência explicasse essa forma de apropriação e de relação que se estabeleceu entre os homens, que a despeito de viverem em um mesmo lugar, falarem a mesma língua, professarem a mesma crença e os mesmos hábitos culturais que os identificava com a re-gião, com o mesmo país, distanciavam-se pela condição social, uns os donos dos meios de produção, usufruíam da natureza e da tecno-logia; outros, donos de sua força de trabalho, distanciavam-se do produto que produziam. Aqueles conquistavam territórios e se apro-priavam e estes eram conquistados.

Diante disso, as análises das ciências con-cluíram que a estas caberia não apenas a re-flexão passiva perante a realidade, como se ela fosse natural, mas uma reflexão crítica com proposições que levassem à intervenção e à transformação social. Dessa forma, a ci-ência e as ciências sociais, em particular, bus-cam proposições mais críticas. Procuravam-se proposições críticas, que entendessem essas mudanças como um processo histórico e dia-lético, no qual as relações entre os homens fossem entendidas como resultado das “lu-tas” entre classes.

A Geografia colocou-se definitivamente como uma ciência humana e passou, então, a ver o mundo não apenas em seus aspectos físicos onde o homem era mais um elemen-to do grande ecossistema que é a Terra, mas percebeu também os homens nas suas lutas de classe. Os lugares passaram a ser analisa-dos como resultado das relações sociais de produção e outras paisagens foram produzi-das, refletindo, portanto, uma sociedade de desiguais. Denominou-se a essa nova visão de Geografia Crítica, a qual no Brasil teve seu

auge até a última década do século XX. Como observou José William Vesentini:

[...] pode-se dizer que os pressupostos bá-sicos dessa “revolução” ou reconstrução do saber geográfico consistiram e consistem na criticidade e no engajamento. Criticida-de entendida como uma leitura do real – isto é, do espaço geográfico que não omitia as suas tensões e contradições, tal como fa-zia e faz a Geografia tradicional, que ajude a esclarecer a espacialidade das relações de poder e de dominação. E engajamento visto como uma Geografia não mais “neu-

Como a escola responderia a essas novas demandas do mundo e das reflexões da ciência? Como a Geografia escolar contribuiria com as reflexões sobre uma natureza que agora apropriada pelos homens apresentava outras paisagens? Mais uma vez, colocava-se em evidência o papel do professor de Geografia; caberia a ele olhar o mundo como uma construção histórica, analisar criticamente as paisagens que resultaram da relação de exploração que se estabeleceu entre os homens e os lugares, o professor de Geografia deveria orientar os alunos a entenderem que o espaço geográfico era o resultado das relações sociais de produção. Os alunos deveriam refletir de forma crítica sobre os lugares e sobre a sociedade onde vivem.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

tra” e, sim, comprometida com a justiça social, com a correção das desigualdades sociais (2004, p. 22).

Como a escola responderia a essas no-vas demandas do mundo e das reflexões da ciência? Como a Geografia escolar contribui-ria com as reflexões sobre uma natureza que agora apropriada pelos homens apresentava outras paisagens? Mais uma vez, colocava-se em evidência o papel do professor de Geogra-fia; caberia a ele olhar o mundo como uma construção histórica, analisar criticamente as paisagens que resultaram da relação de ex-ploração que se estabeleceu entre os homens e os lugares; o professor de Geografia deve-ria orientar os educandos a entenderem que o espaço geográfico era o resultado das rela-ções sociais de produção. Os educandos deve-riam refletir de forma crítica sobre os lugares e sobre a sociedade onde vivem.

Essa perspectiva teórica evidencia o papel político da Geografia, a contribuição que esta poderia dar no projeto de transformação so-cial, porém, ao falar dos problemas sociais, econômicos e territoriais, não aproximava es-tes do mundo vivido pelos educandos; assim não conseguiu estabelecer uma relação entre o cotidiano de cada educando e de seu lugar com as mudanças socioculturais que lhes fo-ram impostas. O educando continuou sendo o sujeito que na relação ensino-aprendizagem é o que aprende e o professor o que ensina. Politizou-se o conteúdo escolar, porém não se conseguiu relacioná-lo ao interesse do edu-cando. Vale ressaltar que:

[...] um ensino crítico da Geografia não se limita a uma renovação do conteúdo [...] Ela também implica valorizar determinadas atitudes, combate aos preconceitos; ênfa-

se na ética, no respeito aos direitos alheios e às diferenças; sociabilidade e inteligên-cia emocional – e habilidades (VESENTINI, 2004, p. 228.).

Os anos 90 do século passado nos trouxe-ram as evidências de que a organização espa-cial mundial não estava definida. Uma nova ordem mundial se constituía: caem os muros do socialismo; a Guerra Fria já não está em destaque; o desenvolvimento técnico-cientí-fico criou novas formas de relacionamentos e novas espacialidades; as questões ambientais chamam a atenção do mundo e acontecem nos lugares. Diante dessas transformações, é necessário rever e reconstruir os princípios éticos, estéticos e políticos. Nesse sentido, como apontam os PCN, a Geografia contribui para essa formação, proporcionando ao edu-cando:

• Orientar o seu olhar para os fenôme-nos ligados ao espaço, reconhecendo--os não apenas a partir da dicotomia sociedade-natureza, mas tomando-os como produto das relações que orien-tam seu cotidiano, definem seu “locus espacial” e o interligam a outros con-juntos espaciais;

• Reconhecer as tradições e os conflitos econômicos, sociais e culturais, o que permite comparar e avaliar qualidade de vida, hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e pessoas, em busca do respeito às diferenças e de uma organização social mais equânime;

• Tornar-se sujeito do processo ensino--aprendizagem para se descobrir convi-vendo em escala local, regional, nacio-nal e global.

Como a escola responderia a essas novas demandas do mundo e das reflexões da ciência? Como a Geografia escolar contribuiria com as reflexões sobre uma natureza que agora apropriada pelos homens apresentava outras paisagens? Mais uma vez, colocava-se em evidência o papel do professor de Geografia; caberia a ele olhar o mundo como uma construção histórica, analisar criticamente as paisagens que resultaram da relação de exploração que se estabeleceu entre os homens e os lugares, o professor de Geografia deveria orientar os alunos a entenderem que o espaço geográfico era o resultado das relações sociais de produção. Os alunos deveriam refletir de forma crítica sobre os lugares e sobre a sociedade onde vivem.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Os PCN (1999) do Ensino Médio refletem sobre essa Geografia e põem como desafio: pensar uma Geografia que desenvolva Com-petências e Habilidades no sentido da cons-trução de um cidadão crítico, conhecedor de sua realidade vivida, que seja capaz de arti-cular os problemas locais com a realidade do mundo, que tenha atitudes diante dos pro-blemas ambientais e sociais que cercam seu lugar. Os PCN também abordam as quatro premissas que norteiam a educação, na qual o professor deve orientar a formação de um cidadão para aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Como o ensino de Geografia poderá contri-buir para a formação desse sujeito?

Do ponto de vista da ciência, a Geografia no Ensino médio nos indica a necessidade de rever as categorias da Geografia: lugar, terri-tório, territorialidade, paisagem, escala, bem como os conceitos de globalização, de técni-cas e de redes, conceitos que põem o ensino de Geografia em um debate interdisciplinar. Nesse sentido, caberá aos educandos terem competência para compreender seu lugar vi-vido e articulá-lo com o mundo. Os educan-dos deverão ser capazes de entender as ca-tegorias geográficas a partir de seu lugar de vida. Os educandos devem compreender as diferenças culturais, econômicas e naturais que existem nos lugares e entre os homens. O professor, aqui, deverá não somente reprodu-zir o conhecimento já sistematizado pela ciên-cia, mas também produzir, construir com os educandos um conhecimento geográfico que os conduza a se perceberem no mundo.

Objetivo geral do componente curricular

Orientar o educando para que este com-preenda os fenômenos ligados ao espaço, reconhecendo-os não apenas a partir da di-cotomia sociedade-natureza, porém os en-tendendo nas relações que orientam o seu cotidiano, observando nesses as contradições e os conflitos econômicos, ambientais, sociais e culturais, percebendo-os a partir da escala local, regional, nacional e global.

Os PCN (1999) do Ensino Médio refletem sobre essa Geografia e põem como desafio: pensar uma Geografia que desenvolva Competências e Habilidades no sentido da construção de um cidadão crítico, conhecedor de sua realidade vivida, que seja capaz de articular os problemas locais com a realidade do mundo, que tenha atitudes diante dos problemas ambientais e sociais que cercam seu lugar.

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35GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular

A partir do texto introdutório, que pretende situar o professor no que diz respeito ao Compo-nente Curricular de Geografia, bem como do seu Objetivo Geral, pretende-se orientar o educan-do para que este compreenda os fenômenos ligados ao espaço, a fim de reconhecê-los a partir da dicotomia sociedade-natureza, considerando as relações que o orientam no seu cotidiano e observando nessas as contradições e os conflitos econômicos, ambientais, sociais e culturais.

1ª sÉRIE

Objetivos específicos:

• Demonstrar conhecimentos sobre a história dos mapas; • Identificar, em mapas, os fusos horários; • Definir o que são escalas; • Demonstrar a linguagem gráfica e cartográfica no cotidiano; • Demonstrar as diversas tecnologias de representação cartográfica; • Entender a Geografia como conhecimento científico, demonstrando as categorias

que a sustentam; • Demonstrar as políticas socioambientais diante do processo de globalização; • reconhecer os principais problemas ambientais no contexto mundial; • Compreender a geopolítica mundial a partir das duas grandes guerras; • Conhecer a geopolítica mundial; • Reconhecer a pluralidade cultural dos lugares.

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36 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

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vers

as e

scal

as e

pro

jeçõ

es,

bem

com

o as

nov

as te

cnol

ogia

s da

info

rmaç

ão c

arto

gráfi

ca;

•Di

fere

ncia

r, no

esp

aço,

as

paisa

gens

, o lu

gar,

o te

rritó

rio e

a

regi

ão;

•Co

nhec

er o

s map

as,

reco

nhec

endo

as d

ifere

ntes

es

cala

s e o

s fus

os h

orár

ios.

•le

r map

as e

m d

ifere

ntes

esc

alas

gr

áfica

s e fu

sos;

•re

conh

ecer

as d

ifere

ntes

form

as d

e pr

ojeç

ões e

esc

alas

grá

ficas

;•

Ler e

inte

rpre

tar m

apas

, fot

ogra

fias

aére

as, i

mag

ens d

e sa

télit

e;•

reco

nhec

er a

s nov

as te

cnol

ogia

s ca

rtog

ráfic

as;

•Re

conh

ecer

no

espa

ço c

otidi

ano

as p

aisa

gens

, o lu

gar,

o te

rritó

rio e

a

regi

ão.

Lin

guag

em c

arto

gráfi

ca

•Co

orde

nada

s e e

scal

as

geog

ráfic

as•

Fuso

s Hor

ário

s

Map

as e

a re

pres

enta

ção

gráfi

ca•

A hi

stór

ia d

os m

apas

•Es

cala

e p

roje

ções

car

togr

áfica

s•

Map

as te

máti

cos e

grá

ficos

As n

ovas

tecn

olog

ias d

a re

pres

enta

ção

cart

ográ

fica

•A

foto

gram

etria

: fot

ogra

fia a

érea

•Se

nsor

iam

ento

rem

oto

e o

Sist

ema

de In

form

ação

Geo

gráfi

ca

(SiG

)•

O si

stem

a de

pos

icio

nam

ento

gl

obal

(GPS

) e o

ge

opro

cess

amen

to

A G

eogr

afia

Mod

erna

e a

s sua

s ca

tego

rias

•Pa

isage

m, l

ugar

, ter

ritór

io, e

spaç

o e

regi

ão

•El

abor

ando

map

as a

par

tir d

o co

nhec

imen

to

que

se te

m d

a ci

dade

, bai

rro

ou ru

a;•

inte

rpre

tand

o m

apas

em

dife

rent

es e

scal

as;

•Ca

lcul

ando

fuso

hor

ário

;•

Pesq

uisa

ndo

a hi

stór

ia d

os m

apas

, disc

utind

o em

gru

po a

impo

rtân

cia

docu

men

tal p

ara

com

pree

nder

as d

ifere

ntes

form

açõe

s te

rrito

riais

do m

undo

;•

Real

izand

o tr

abal

hos e

m g

rupo

em

que

cad

a um

pos

sa m

anus

ear m

apa,

car

ta, f

otog

rafia

rea,

pro

duzin

do u

m re

lató

rio in

terp

reta

tivo

de c

ada

imag

em, i

denti

fican

do, e

m c

ada

uma,

os

ele

men

tos r

epre

sent

ados

;•

Faze

ndo

pesq

uisa

de

cam

po, e

m to

rno

da

esco

la;

•U

tiliza

ndo

o ca

dern

o de

ano

taçõ

es p

ara

regi

stra

r a p

erce

pção

de

paisa

gem

, lug

ar,

terr

itório

, esp

aço

e re

gião

.

Page 37: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

37GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

2 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•Co

nhec

er o

s dife

rent

es ti

pos

de so

lo e

m te

rritó

rio n

acio

nal,

vinc

ulan

do-o

s às d

ifere

ntes

re

giõe

s;•

Iden

tifica

r os i

mpa

ctos

am

bien

tais

caus

ados

pel

a ex

plor

ação

des

cont

rola

da

do so

lo, q

uand

o da

ext

raçã

o m

iner

al e

da

agric

ultu

ra,

no B

rasil

e n

a Am

azôn

ia,

salie

ntan

do a

ext

raçã

o m

iner

al

no A

maz

onas

;•

Conh

ecer

as p

rinci

pais

baci

as

hidr

ográ

ficas

do

mun

do e

do

Bra

sil, s

alie

ntan

do a

rede

hi

drog

ráfic

a do

Am

azon

as e

suas

pr

inci

pais

hidr

ovia

s;•

reco

nhec

er a

impo

rtân

cia

da

rede

hid

rogr

áfica

no

proc

esso

de

circ

ulaç

ão e

de

com

unic

ação

, id

entifi

cand

o os

impa

ctos

am

bien

tais

sofr

idos

pel

os ri

os.

•Re

conh

ecer

os ti

pos d

e so

los,

de

stac

ando

os d

o Br

asil

e os

do

Amaz

onas

;•

Asso

ciar

des

envo

lvim

ento

ec

onôm

ico

ao u

so d

o so

lo;

•re

conh

ecer

os i

mpa

ctos

am

bien

tais

caus

ados

pel

a ex

traç

ão

min

eral

e u

so d

os a

grot

óxic

os n

a ag

ricul

tura

;•

Dife

renç

ar a

s bac

ias h

idro

gráfi

cas;

•re

laci

onar

o u

so d

o re

curs

o hí

dric

o ao

s im

pact

os a

mbi

enta

is,

dem

onst

rand

o o

prob

lem

a da

es

cass

ez d

a ág

ua;

•Di

scuti

r o p

robl

ema

do

tran

spor

te fl

uvia

l no

Amaz

onas

e

sua

impo

rtân

cia

para

o

dese

nvol

vim

ento

eco

nôm

ico

do

Esta

do.

O so

lo e

as s

uas p

rinci

pais

cam

adas

•Cl

assifi

caçã

o do

solo

•Ca

ract

eriza

ção

do so

lo b

rasil

eiro

•O

uso

do

solo

: rec

urso

s min

erai

s e

apro

veita

men

to e

conô

mic

o-so

cial

•Im

pact

os a

mbi

enta

is: a

gric

ultu

ra e

ex

trati

vism

o m

iner

al•

O e

xtra

tivism

o m

iner

al n

o Am

azon

as e

suas

con

sequ

ênci

as

ambi

enta

is

As b

acia

s hid

rogr

áfica

s•

As b

acia

s hid

rogr

áfica

s no

mun

do•

As b

acia

s hid

rogr

áfica

s no

Bras

il e

no A

maz

onas

•O

uso

dos

rios

: hid

rovi

as e

as r

edes

de

com

unic

ação

•Hi

drov

ias n

o Am

azon

as e

o

tran

spor

te fl

uvia

l•

O u

so d

os ri

os n

o Am

azon

as e

a

expl

oraç

ão m

iner

al

•Re

aliza

ndo

trab

alho

de

cam

po, n

o ba

irro

onde

se lo

caliz

a a

esco

la, p

ara

cole

tar

mos

tras

de

solo

;•

Regi

stra

ndo,

por

mei

o de

foto

grafi

as, o

s im

pact

os a

mbi

enta

is so

frid

os p

elo

solo

;•

Disc

utind

o, e

m g

rupo

s, o

s res

ulta

dos d

a pe

squi

sa d

e ca

mpo

;•

Pesq

uisa

ndo

sobr

e os

prin

cipa

is re

curs

os

min

erai

s da

Amaz

ônia

, loc

aliza

ndo,

no

map

a,

o lo

cal d

e m

aior

pro

duçã

o;•

loca

lizan

do e

m u

m g

lobo

ou

em u

m m

apa

as

prin

cipa

is ba

cias

hid

rogr

áfica

s do

mun

do;

•Di

scuti

ndo,

em

gru

pos,

a im

port

ânci

a da

re

de h

idro

gráfi

ca p

ara

a ec

onom

ia d

e ca

da

Esta

do, b

em c

omo

o po

tenc

ial p

esqu

eiro

e

ener

gétic

o;•

Pesq

uisa

ndo

os im

pact

os a

mbi

enta

is so

frid

o pe

los r

ios q

ue c

ompõ

em a

s bac

ias,

de

stac

ando

a b

acia

am

azôn

ica;

•Le

ndo,

em

arti

gos d

e jo

rnai

s e re

vist

as, o

s de

bate

s sob

re o

des

vio

do ri

o Sã

o Fr

anci

sco

e a

cons

truç

ão d

e hi

drel

étric

as n

o m

adei

ra;

•Co

nstr

uind

o pa

inéi

s de

imag

ens e

ncon

trad

as

em re

vist

as, j

orna

is e

inte

rnet

.

Page 38: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

38 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

3 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•Co

mpr

eend

er a

rela

ção

entr

e cl

ima

e te

mpo

, bem

com

o a

inte

r-rel

ação

ent

re se

us p

rinci

pais

elem

ento

s;•

Ente

nder

a d

inâm

ica

clim

ática

do

Bra

sil, d

esta

cand

o o

pape

l da

Amaz

ônia

nos

deb

ates

sobr

e as

qu

estõ

es c

limáti

cas m

undi

ais;

•Id

entifi

car o

s prin

cipa

is pr

oble

mas

am

bien

tais

caus

ados

pel

as

mud

ança

s clim

ática

s;

•Co

nhec

er a

s prin

cipa

is fo

rmaç

ões

vege

tais

do m

undo

e a

form

ação

ve

geta

l bra

silei

ra, i

denti

fican

do

os m

ais i

mpo

rtan

tes b

iom

as e

os

pro

blem

as a

mbi

enta

is qu

e os

en

volv

em;

•Co

mpr

eend

er a

s pol

ítica

s am

bien

tais

mun

diai

s e n

acio

nais,

to

man

do c

omo

refe

rênc

ia a

s co

nfer

ênci

as m

undi

ais s

obre

mei

o am

bien

te;

•As

soci

ar a

s mud

ança

s clim

ática

s co

m a

des

trui

ção

da c

amad

a de

oz

ônio

.

•An

alisa

r, to

man

do c

omo

refe

rênc

ia

o co

tidia

no, a

s dife

renç

as e

ntre

te

mpo

e c

lima;

•Id

entifi

car a

s que

stõe

s que

en

volv

em o

des

envo

lvim

ento

ec

onôm

ico

e as

dife

renç

as

clim

ática

s;•

Reco

nhec

er q

ue o

uso

irra

cion

al d

a na

ture

za a

ltera

o c

lima

do m

undo

, do

paí

s e d

o Am

azon

as;

•Id

entifi

car a

s for

maç

ões v

eget

ais

do m

undo

e se

us p

rinci

pais

biom

as,

corr

elac

iona

ndo-

os c

om a

form

ação

ve

geta

l bra

silei

ra;

•An

alisa

r o p

roce

sso

de

desm

atam

ento

e o

s im

pact

os

ambi

enta

is na

Am

azôn

ia, m

apea

ndo

os fo

cos d

e de

smat

amen

to n

o Am

azon

as;

•Ap

onta

r as p

olíti

cas d

e co

ntro

le

ambi

enta

l par

a o

Bras

il e

a Am

azôn

ia, f

azen

do u

ma

anál

ise

críti

ca d

a cr

iaçã

o da

s Uni

dade

s de

Cons

erva

ção;

•Co

nhec

er a

s con

ferê

ncia

s mun

diai

s de

mei

o am

bien

te, o

bser

vand

o co

mo

essa

s for

am in

corp

orad

as o

u nã

o na

s pol

ítica

s am

bien

tais;

•Id

entifi

car c

ritica

men

te o

s pr

oble

mas

am

bien

tais

caus

ados

pe

la d

estr

uiçã

o da

cam

ada

de

ozôn

io, d

emon

stra

ndo

quai

s os

prin

cipa

is ca

usad

ores

da

dest

ruiç

ão;

•Id

entifi

car a

s pol

ítica

s ter

ritor

iais

ambi

enta

is, d

emon

stra

ndo

com

o es

sas r

eflet

em n

o re

orde

nam

ento

te

rrito

rial n

o Br

asil

e m

ais

espe

cific

amen

te n

o Am

azon

as.

•A

dinâ

mic

a cl

imáti

ca d

a at

mos

fera

e

as q

uest

ões a

mbi

enta

is co

ntem

porâ

neas

Conc

eito

s: c

lima

e te

mpo

•El

emen

tos d

o cl

ima:

radi

ação

so

lar,

tem

pera

tura

, mas

sas d

e ar

•A

dinâ

mic

a cl

imáti

ca n

o Br

asil

•Di

nâm

ica

clim

ática

da

Amaz

ônia

e

o Am

azon

as n

o co

ntex

to: á

gua,

flo

rest

a•

As p

olíti

cas c

limáti

cas m

undi

ais:

o

Amaz

onas

e a

s mud

ança

s cl

imáti

cas

Vege

taçã

o: o

s gra

ndes

bio

mas

no

mun

do e

no

Bras

il•

Cara

cter

ística

s das

form

açõe

s ve

geta

is•

A fo

rmaç

ão v

eget

al b

rasil

eira

e

seus

dife

rent

es b

iom

as•

A fr

agili

dade

da

flore

sta

amaz

ônic

a e

os fo

cos d

e de

smat

amen

tos

•As

pol

ítica

s Int

erna

cion

ais

e na

cion

ais d

e co

ntro

le d

o de

smat

amen

to: a

s Uni

dade

s de

Cons

erva

ção

• O

des

envo

lvim

ento

sust

entá

vel e

o

dese

nvol

vim

ento

eco

nôm

ico

As q

uest

ões a

mbi

enta

is

cont

empo

râne

as•

As p

olíti

cas a

mbi

enta

is m

undi

ais e

na

cion

ais

•M

udan

ça c

limáti

ca: i

lhas

de

calo

r, ef

eito

est

ufa,

chu

va á

cida

, a

dest

ruiç

ão d

a ca

mad

a de

ozô

nio

•Po

lítica

s ter

ritor

iais

ambi

enta

is:

uso

e co

nser

vaçã

o do

s rec

urso

s na

tura

is, u

nida

des d

e co

nser

vaçã

o e

pres

erva

ção

•Po

lítica

s ter

ritor

iais

e am

bien

tais

bras

ileira

: cor

redo

res e

coló

gico

s,

zone

amen

to e

coló

gico

e

econ

ômic

o

•Re

cort

ando

os m

apas

do

tem

po,

repr

esen

tado

s nos

jorn

ais e

em

out

ros

mei

os d

e co

mun

icaç

ão;

•Di

scuti

ndo

a di

nâm

ica

do te

mpo

, m

ostr

ando

dife

renç

as e

ntre

os c

once

itos

de te

mpo

e c

lima;

Pesq

uisa

ndo

artig

os (r

evist

as, j

orna

is,

livro

s, in

tern

et) q

ue a

bord

em p

robl

emas

cl

imáti

cos m

undi

ais,

iden

tifica

ndo

as

orga

niza

ções

não

gov

erna

men

tais

que

disc

utem

ess

a qu

estã

o;•

Faze

ndo

pain

éis f

otog

ráfic

os c

om

fras

es c

riada

s pel

os e

duca

ndos

sobr

e os

pro

blem

as c

limáti

cos d

o Br

asil,

do

mun

do e

, par

ticul

arm

ente

, da

Amaz

ônia

;•

Conf

ecci

onan

do u

m m

apa

e re

pres

enta

r, ne

ste,

os p

rinci

pais

biom

as n

o m

undo

;•

dife

renc

iand

o os

bio

mas

de

tona

lidad

e ve

rde,

bus

cand

o al

tern

ativa

s par

a as

re

giõe

s fria

s, e

ass

im su

cess

ivam

ente

;•

Org

aniza

ndo

sem

inár

ios s

obre

pro

blem

as

de im

pact

os a

mbi

enta

is ca

usad

os p

elo

desm

atam

ento

;•

Real

izand

o, e

m g

rupo

s, u

ma

leitu

ra

inte

rpre

tativ

a do

map

a do

Am

azon

as,

que

mos

tre

as U

nida

des d

e Co

nser

vaçã

o já

est

abel

ecid

as n

a re

gião

;•

Refle

tindo

sobr

e a

efici

ênci

a da

s pol

ítica

s de

con

trol

e am

bien

tal,

leva

ndo-

se e

m

cont

a o

disc

urso

da

popu

laçã

o qu

e vi

ve

próx

ima

a es

sas á

reas

; •

Dem

onst

rand

o, p

or m

eio

de

dram

atiza

ção,

a p

ossib

ilida

de d

e um

a ec

onom

ia su

sten

táve

l, ar

gum

enta

ndo

criti

cam

ente

;•

Anal

isand

o le

tras

de

mús

icas

, cuj

a te

máti

ca se

ja p

robl

emas

am

bien

tais;

•De

senv

olve

ndo

text

os a

rgum

enta

tivos

so

bre

um p

robl

ema

ambi

enta

l loc

al.

Page 39: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

39GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

4 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•Co

mpr

eend

er o

s con

flito

s te

rrito

riais

gera

dos p

ela

Guer

ra

Fria

, que

div

idiu

o m

undo

ent

re

paíse

s cap

italis

tas e

soci

alist

as;

•En

tend

er q

ue, c

om a

de

sinte

graç

ão d

os p

aíse

s so

cial

istas

, est

abel

eceu

-se

uma

nova

ord

em m

undi

al;

•Co

mpr

eend

er a

plu

ralid

ade

cultu

ral q

ue d

ifere

ncia

os

luga

res,

rela

cion

ando

mig

raçã

o co

m o

s con

flito

s int

ercu

ltura

is ge

rado

s pel

a in

tole

rânc

ia.

•Co

mpa

rar o

map

a do

mun

do n

o pe

ríodo

da

Guer

ra F

ria c

om o

s m

apas

da

desin

tegr

ação

dos

paí

ses

soci

alist

as;

•An

alisa

r os p

robl

emas

soci

ais,

ec

onôm

icos

e c

ultu

rais

frut

os d

o pr

oces

so d

e gl

obal

izaçã

o;

•Id

entifi

car o

s pro

blem

as so

ciai

s e

cultu

rais

gera

dos p

elo

proc

esso

de

glob

aliza

ção;

•Pe

rceb

er a

div

ersid

ade

cultu

ral

com

o de

mon

stra

ção

de id

entid

ade

de u

m lu

gar;

•Id

entifi

car a

s dife

renç

as re

ligio

sas

com

o m

anife

staç

ões c

ultu

rais

que

dem

arca

m te

rritó

rios;

•Re

conh

ecer

, em

map

as, a

s áre

as d

e te

nsão

relig

iosa

.

Geo

políti

ca e

reor

dena

men

to te

rrito

rial

•Ge

opol

ítica

e c

onfli

tos e

ntre

os

sécu

los X

iX e

XX

•As

gue

rras

mun

diai

s e a

org

aniza

ção

do e

spaç

o•

Capi

talis

mo

e so

cial

ismo:

a G

uerr

a Fr

ia•

A oc

upaç

ão d

a Ás

ia e

da

Áfric

a•

A de

sinte

graç

ão d

os p

aíse

s so

cial

istas

: a n

ova

orde

m m

undi

al•

A fo

rmaç

ão d

e or

gani

zaçõ

es

inte

rnac

iona

is•

A gl

obal

izaçã

o da

eco

nom

ia e

as

desig

uald

ades

regi

onai

s

Os n

ovos

con

flito

s; a

plu

ralid

ade

cultu

ral

•Gl

obal

izaçã

o e

dive

rsid

ade

cultu

ral;

mig

raçã

o e

into

lerâ

ncia

cul

tura

l•

Área

s de

tens

ão n

o m

undo

: Gue

rras

re

ligio

sas e

con

flito

s ter

ritor

iais

•Di

scuti

ndo

a no

va o

rdem

terr

itoria

l do

mun

do;

•Co

mpa

rand

o m

apas

de

ante

s da

qued

a do

mur

o de

Ber

lim c

om o

s co

nfec

cion

ados

dep

ois d

a su

a qu

eda;

Sim

ulan

do u

m jú

ri po

pula

r, pa

ra ”

julg

ar”

um c

rime

de in

tole

rânc

ia c

ultu

ral;

•Id

entifi

cand

o, p

or m

eio

de p

esqu

isas e

m

jorn

ais,

em

revi

stas

e e

m si

tes,

ond

e se

lo

caliz

am a

s prin

cipa

is zo

nas d

e te

nsão

re

ligio

sa, q

uais

as re

ligiõ

es e

as c

renç

as

envo

lvid

as n

esse

s con

flito

s;•

Disc

utind

o so

bre

dive

rsid

ade

cultu

ral e

tr

ibos

urb

anas

;•

Iden

tifica

ndo

quai

s trib

os u

rban

as

pode

m se

r obs

erva

das n

a es

cola

e n

o ba

irro;

•Re

fletin

do so

bre

a di

vers

idad

e da

s trib

os

urba

nas e

os a

tos d

e vi

olên

cia

gera

dos

entr

e el

es.

Page 40: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

40 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

2ª sÉRIE

Objetivos específicos:

• Demonstrar o processo histórico de formação do território brasileiro; • relacionar as propostas de regionalização com o planejamento regional; • Relacionar a política econômica brasileira com a economia global; • Especificar a estrutura demográfica da população mundial; • Relacionar a questão da migração com os conflitos étnico-culturais que envolvem a

população mundial e brasileira; • Conhecer os fatores relevantes para a localização e para a distribuição de indústrias no

mundo; • Descrever o processo histórico industrial, o apogeu e a queda das indústrias europeias; • demonstrar a ascensão da América do norte na disputa pelo espaço e pelo mercado

industrial; • Especificar o papel dos países orientais e dos países emergentes no mercado industrial; • Analisar o processo de industrialização brasileira; • relacionar os problemas de impactos ambientais e o desenvolvimento industrial; • Diferenciar as diversas fontes energéticas, destacando as de energias alternativas.

Page 41: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

41GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Eixo

Tem

ático

: O B

rasi

l no

novo

con

text

o ge

ográ

fico

1 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•Co

mpr

eend

er o

pro

cess

o de

fo

rmaç

ão te

rrito

rial b

rasil

eiro

e

a pr

opos

ta d

e re

gion

aliza

ção

adot

ada

pelo

Est

ado,

com

o

intu

ito d

e am

eniza

r as

desig

uald

ades

regi

onai

s;•

Com

pree

nder

o p

apel

da

econ

omia

bra

silei

ra n

o ce

nário

gl

obal

;•

Ente

nder

o p

roce

sso

de

colo

niza

ção

da A

maz

ônia

com

o um

ato

de

conq

uist

a e

de

expa

nsão

do

terr

itório

bra

silei

ro.

•re

conh

ecer

com

o oc

orre

u o

proc

esso

de

form

ação

do

terr

itório

br

asile

iro, d

esta

cand

o a

form

ação

e

a ex

pans

ão d

o te

rritó

rio a

maz

ônic

o;•

Iden

tifica

r o p

apel

da

econ

omia

br

asile

ira, r

elac

iona

ndo-

a co

m o

ce

nário

glo

bal;

•Id

entifi

car a

s div

ersa

s pro

post

as d

e re

gion

aliza

ção

do e

spaç

o br

asile

iro,

enfa

tizan

do o

s deb

ates

em

torn

o do

co

ncei

to d

e re

gião

nat

ural

; •

dem

onst

rar o

pap

el d

a ec

onom

ia

bras

ileira

no

cená

rio d

a gl

obal

izaçã

o.

A fo

rmaç

ão d

o te

rritó

rio b

rasi

leiro

A co

nstit

uiçã

o do

terr

itório

bra

silei

ro

no p

erío

do c

olon

ial

•A

econ

omia

col

onia

l e o

uso

do

terr

itório

•A

colo

niza

ção

com

um

olh

ar p

ara

a Am

azôn

ia: c

onqu

ista

e ex

pans

ão

terr

itoria

l na

Amaz

ônia

•A

form

ação

do

Esta

do b

rasil

eiro

e a

di

visã

o re

gion

al•

Divi

dir p

ara

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ejar

: o e

xem

plo

das

mes

o e

mic

rorr

egiõ

es

Regi

onal

izaçã

o e

plan

ejam

ento

re

gion

al n

o Br

asil

•As

regi

ões n

atur

ais e

as r

egiõ

es

geoe

conô

mic

as•

Amaz

ônia

com

o um

a gr

ande

regi

ão

natu

ral

•As

des

igua

ldad

es re

gion

ais e

o

plan

ejam

ento

regi

onal

O B

rasi

l no

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rio d

a ec

onom

ia g

loba

l•

de p

aís a

groe

xpor

tado

r a p

aís

indu

stria

lizad

o•

Cres

cim

ento

eco

nôm

ico

e de

senv

olvi

men

to d

esig

ual:

a gl

obal

izaçã

o da

eco

nom

ia•

Da e

cono

mia

glo

bal à

s des

igua

ldad

es

soci

ais

•re

aliza

ndo

sem

inár

io in

terd

iscip

linar

ar

ticul

ado

com

a H

istór

ia so

bre

a fo

rmaç

ão te

rrito

rial b

rasil

eira

;•

Disc

utind

o so

bre

a di

visã

o re

gion

al d

o Br

asil;

•re

aliza

ndo

deba

tes s

obre

a d

ivisã

o te

rrito

rial d

o Am

azon

as;

•Id

entifi

cand

o, n

o m

apa

do A

maz

onas

, as

mes

o e

mic

rorr

egiõ

es;

•Re

aliza

ndo

pesq

uisa

de

cará

ter

bibl

iogr

áfico

sobr

e a

Supe

rinte

ndên

cia

do D

esen

volv

imen

to p

ara

a Am

azôn

ia

(Sud

am) e

sobr

e a

zona

Fra

nca

de

man

aus;

•Ap

rese

ntan

do o

resu

ltado

da

pesq

uisa

;•

Iden

tifica

ndo,

por

mei

o de

notí

cias

de

revi

stas

e d

e jo

rnai

s, o

s pro

blem

as

soci

ais e

eco

nôm

icos

que

afe

tam

as

dife

rent

es re

giõe

s;•

Elab

oran

do p

ainé

is co

m im

agen

s fo

togr

áfica

s reti

rada

s de

jorn

ais,

de

revi

stas

e d

a in

tern

et a

cerc

a do

s pr

oble

mas

soci

ais q

ue m

ais c

ham

am

aten

ção.

Page 42: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

42 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

2 º BIMESTREcO

mPE

tên

cIAs

hABI

lIDA

DEs

cOn

tEÚ

DOs

PRO

cEDI

mEn

tOs

mEt

ODO

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IcO

s

•re

conh

ecer

os c

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itos

e as

teor

ias d

emog

ráfic

as,

rela

cion

ando

-os c

om o

de

senv

olvi

men

to e

conô

mic

o;•

Asso

ciar

cre

scim

ento

po

pula

cion

al c

om a

s pol

ítica

s de

dese

nvol

vim

ento

eco

nôm

ico;

•Co

mpr

eend

er o

mov

imen

to

mig

rató

rio n

o m

undo

e o

es

tabe

leci

men

to d

a di

vers

idad

e cu

ltura

l nos

luga

res.

•Id

entifi

car o

s con

ceito

s e a

s teo

rias

dem

ográ

ficas

;•

Map

ear a

dist

ribui

ção

geog

ráfic

a da

pop

ulaç

ão m

undi

al;

•Di

scuti

r, nu

ma

pers

pecti

va c

rítica

, a

rela

ção

entr

e cr

esci

men

to

popu

laci

onal

e d

esen

volv

imen

to

econ

ômic

o;•

inte

rpre

tar a

pirâ

mid

e et

ária

m

undi

al e

a b

rasil

eira

, obs

erva

ndo

a qu

estã

o do

env

elhe

cim

ento

po

pula

cion

al;

•Di

scuti

r a p

olíti

ca d

e m

igra

ção

nos d

ifere

ntes

paí

ses e

o

com

port

amen

to d

e in

tole

rânc

ia

gera

do p

or e

ssas

pol

ítica

s.

Conc

eito

s e te

oria

s dem

ográ

ficos

Nat

alid

ade,

Mor

talid

ade,

Fe

cund

idad

e e

mig

raçã

o (In

tern

acio

nal,

naci

onal

, reg

iona

l)•

As te

oria

s dem

ográ

ficas

e o

de

senv

olvi

men

to e

conô

mic

o

A di

strib

uiçã

o ge

ográ

fica

e o

cres

cim

ento

da

popu

laçã

o m

undi

al•

Dist

ribui

ção

geog

ráfic

a da

pop

ulaç

ão•

Cres

cim

ento

dem

ográ

fico

e de

senv

olvi

men

to e

conô

mic

o•

Estr

utur

a oc

upac

iona

l por

faix

a et

ária

e p

or se

xo•

O e

nvel

heci

men

to d

a po

pula

ção:

a

pirâ

mid

e et

ária

da

popu

laçã

o m

undi

al

Mig

raçã

o e

confl

itos:

o o

lhar

par

a o

outr

o•

Os d

ifere

ntes

mov

imen

tos

mig

rató

rios n

o m

undo

•A

dive

rsid

ade

cultu

ral:

a xe

nofo

bia

e as

pol

ítica

s de

cont

role

da

mig

raçã

o

A fo

rmaç

ão é

tnic

o-cu

ltura

l da

popu

laçã

o br

asile

ira•

O in

díge

na: o

ont

em, o

hoj

e.

Qua

ntos

era

m?

Qua

ntos

som

os?

•O

s gru

pos é

tnic

os: Q

uem

são?

Ond

e es

tão?

•A

ques

tão

indí

gena

e a

dem

arca

ção

de te

rra

•O

bra

nco

e o

proc

esso

de

misc

igen

ação

•O

neg

ro: p

rese

nça

na so

cied

ade

e na

cul

tura

•re

aliza

ndo

um jú

ri sim

ulad

o pa

ra d

ebat

er

as te

oria

s dem

ográ

ficas

;•

Elab

oran

do q

uesti

onár

io p

ara

a pe

squi

sa

de c

ampo

;•

Pesq

uisa

ndo,

no

bairr

o on

de e

stá

situa

da

a es

cola

, as t

axas

de

fecu

ndid

ade,

de

nata

lidad

e e

de m

igra

ção;

•Co

nstr

uind

o gr

áfico

s e ta

bela

s com

o

resu

ltado

da

pesq

uisa

;•

Prom

oven

do a

inte

rdisc

iplin

arid

ade

com

a

Mat

emáti

ca;

•Pe

squi

sand

o no

tícia

s, e

m jo

rnai

s e e

m

revi

stas

, sob

re a

vio

lênc

ia g

erad

a pe

la n

ão

acei

taçã

o da

dife

renç

a;•

Disc

utind

o, a

par

tir d

e in

form

açõe

s tra

zidas

pe

los e

stud

ante

s, a

exi

stên

cia,

na

esco

la o

u no

bai

rro,

de

caso

s xen

ofób

icos

;•

inte

rpre

tand

o m

apas

sobr

e a

dem

arca

ção

das t

erra

s ind

ígen

as, c

om b

ase

na

legi

slaçã

o;

•Pe

squi

sand

o, n

a In

tern

et, a

legi

slaçã

o br

asile

ira so

bre

a de

mar

caçã

o da

s ter

ras;

•Dr

amati

zand

o a

cheg

ada

do b

ranc

o no

Br

asil,

evi

denc

iand

o o

cont

ato

com

as

etni

as e

stab

elec

idas

;•

Org

aniza

ndo

feira

s com

exp

osiç

ões d

e ar

tefa

tos i

ndíg

enas

, afr

ican

os e

bra

ncos

, in

clui

ndo

a ga

stro

nom

ia, a

relig

ião

e a

danç

a.

Page 43: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

43GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

3 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•Co

mpr

eend

er a

din

âmic

a da

pop

ulaç

ão b

rasil

eira

, id

entifi

cand

o a

mig

raçã

o e

os

confl

itos é

tnic

o-cu

ltura

is;•

Com

pree

nder

o e

spaç

o da

pr

oduç

ão in

dust

rial e

do

espa

ço

agrá

rio, i

denti

fican

do o

s fat

ores

de

loca

lizaç

ão, d

e di

strib

uiçã

o es

paci

al d

a in

dúst

ria n

o m

undo

e

no B

rasil

;•

Com

pree

nder

a d

isput

a de

m

erca

do e

ntre

as p

otên

cias

e

as su

perp

otên

cias

.

•En

tend

er a

din

âmic

a da

po

pula

ção

bras

ileira

e o

s pr

oble

mas

soci

ais q

ue a

en

volv

em;

•Id

entifi

car o

s fat

ores

de

loca

lizaç

ão e

de

dist

ribui

ção

espa

cial

da

indú

stria

no

mun

do;

•In

terp

reta

r o p

roce

sso

hist

óric

o do

des

envo

lvim

ento

indu

stria

l no

mun

do, o

bser

vand

o o

pape

l das

pot

ênci

as, d

as

supe

rpot

ênci

as e

dos

paí

ses

emer

gent

es n

a di

sput

a de

m

erca

do;

•m

apea

r a n

ova

orde

m d

a di

strib

uiçã

o es

paci

al d

a in

dúst

ria

no m

undo

, con

sider

ando

os

paíse

s em

erge

ntes

;•

Iden

tifica

r as d

ifere

nças

re

gion

ais d

a di

strib

uiçã

o da

in

dúst

ria n

o Br

asil,

ver

ifica

ndo

qual

o lu

gar d

esta

na

econ

omia

gl

obal

.

Dinâ

mic

a po

pula

cion

al b

rasi

leira

•di

strib

uiçã

o es

paci

al d

a po

pula

ção

bras

ileira

•Cr

esci

men

to d

a po

pula

ção:

veg

etati

vo e

tr

ansiç

ão d

emog

ráfic

a•

Estr

utur

a et

ária

e p

or se

xo d

a po

pula

ção

bras

ileira

•Po

pula

ção

econ

omic

amen

te a

tiva

e po

lítica

s soc

iais

de e

mpr

ego

e re

nda

•O

s mov

imen

tos m

igra

tório

s no

Bras

il:

cam

po-c

ampo

, cam

po-c

idad

e, c

idad

e-ca

mpo

, int

eres

tadu

al, r

egio

nal e

in

tern

acio

nal

•A

popu

laçã

o e

os p

robl

emas

de

habi

taçã

o,

saúd

e e

educ

ação

A ge

ogra

fia d

a pr

oduç

ão in

dust

rial

•Fa

tore

s de

loca

lizaç

ão e

de

dist

ribui

ção

espa

cial

da

indú

stria

•Ti

pos d

e in

dúst

ria

Das p

otên

cias

às s

uper

potê

ncia

s ind

ustr

iais

•A

Euro

pa c

omo

berç

o da

indu

stria

lizaç

ão:

rein

o u

nido

e F

ranç

a•

A em

ergê

ncia

da

Alem

anha

•Rú

ssia

: asc

ensã

o, q

ueda

e o

des

pont

ar d

e um

a pa

ís em

erge

nte

A as

cens

ão d

a Am

éric

a•

Esta

dos u

nido

s e o

nov

o m

apa

da in

dúst

ria

mun

dial

•O

Can

adá

e a

disp

uta

de m

erca

dos

A di

sput

a do

s paí

ses o

rient

ais

•Ja

pão:

con

solid

ação

no

mer

cado

mun

dial

•Ch

ina:

no

cam

inho

das

pot

ênci

as

capi

talis

tas

•Ín

dia:

um

a po

tênc

ia e

mer

gent

e

Os p

aíse

s em

erge

ntes

• B

rasil

, Rús

sia, Í

ndia

, Chi

na (B

ric) e

Áfr

ica

do

Sul,

dent

re o

utro

s

•re

aliza

ndo

um c

enso

ent

re o

s ed

ucan

dos p

ara

sabe

r que

m é

mig

rant

e e

por q

ue m

igra

ram

;•

Disc

utind

o as

exp

eriê

ncia

s del

es p

eran

te

o pr

oble

ma

mig

rató

rio;

•Pe

squi

sand

o, n

o ba

irro,

por

mei

o de

que

stion

ário

s, o

s pro

blem

as d

a ha

bita

ção,

da

saúd

e e

da e

duca

ção;

•Di

scuti

ndo

sobr

e os

pre

juízo

s cau

sado

s ao

am

bien

te e

m ra

zão

das i

ndús

tria

s;•

Real

izand

o, e

m sa

la d

e au

la, d

ebat

es

sobr

e o

êxod

o ru

ral n

a Am

azôn

ia;

•An

alisa

ndo,

por

mei

o de

jorn

ais,

de

revi

stas

, de

sites

na

inte

rnet

, a q

uest

ão

agrá

ria n

a Am

azôn

ia;

•Re

colh

endo

info

rmaç

ões e

m jo

rnai

s,

entr

evist

as e

na

inte

rnet

sobr

e o

Polo

in

dust

rial d

e m

anau

s;•

Map

eand

o os

tipo

s de

indú

stria

no

mun

do, d

iscuti

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o pa

pel d

esta

s no

dese

nvol

vim

ento

eco

nôm

ico

dos l

ugar

es

onde

se in

stal

am;

•An

alisa

ndo

pesq

uisa

s int

erdi

scip

linar

es,

com

o fi

m d

e co

mpr

eend

er o

con

text

o hi

stór

ico

que

prop

orci

onou

à In

glat

erra

ab

rigar

as p

rimei

ras i

ndús

tria

s;•

Pesq

uisa

ndo,

no

com

érci

o lo

cal,

a pa

rtir d

a in

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ação

regi

stra

da n

o pr

odut

o, q

ual o

loca

l de

orig

em, a

fim

de

ent

ende

r a d

istrib

uiçã

o es

paci

al d

as

gran

des i

ndús

tria

s;

•Id

entifi

cand

o as

prin

cipa

is in

dúst

rias

inst

alad

as n

os p

aíse

s em

erge

ntes

;•

Loca

lizan

do, e

m m

apas

, alg

uns d

esse

s po

los i

ndus

tria

is.

Page 44: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

44 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

4 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•En

tend

er o

pap

el d

a in

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ria

bras

ileira

no

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exto

mun

dial

, be

m c

omo

os p

robl

emas

am

bien

tais

gera

dos n

esse

pr

oces

so;

•re

conh

ecer

as d

iver

sas f

orm

as

de o

rgan

izaçã

o da

pro

duçã

o no

ca

mpo

;•

Anal

isar a

que

stão

ene

rgéti

ca n

o m

undo

e n

o Br

asil,

apo

ntan

do

os im

pact

os a

mbi

enta

is ca

usad

os n

esse

pro

cess

o.

•re

laci

onar

os i

mpa

ctos

am

bien

tais

com

o

dese

nvol

vim

ento

indu

stria

l;•

Iden

tifica

r os s

istem

as a

gríc

olas

, di

fere

ncia

ndo

a ag

ricul

tura

fa

mili

ar e

o tr

abal

ho a

ssal

aria

do,

bem

com

o a

cont

ribui

ção

dess

as

na p

rodu

ção

e na

dist

ribui

ção

de

alim

ento

s;•

dem

onst

rar a

dist

ribui

ção

regi

onal

da

prod

ução

ag

rope

cuár

ia e

agr

ícol

a no

Br

asil,

des

taca

ndo

os p

robl

emas

am

bien

tais

que

envo

lvem

a

agro

pecu

ária

; •

Anal

isar c

ritica

men

te o

m

ovim

ento

dos

Sem

-Ter

ra e

su

a lu

ta p

ela

refo

rma

agrá

ria,

apon

tand

o qu

ais a

s pol

ítica

s pú

blic

as a

dota

das p

elo

Esta

do,

em re

laçã

o a

essa

que

stão

;•

Iden

tifica

r as p

rinci

pais

font

es

de e

nerg

ia d

istrib

uída

s pel

o m

undo

, des

taca

ndo

as fo

ntes

al

tern

ativa

s e a

s dist

ribuí

das n

o es

paço

bra

silei

ro;

•Di

scuti

r a q

uest

ão e

nerg

ética

e

os im

pact

os a

mbi

enta

is.

A in

dust

rializ

ação

bra

sile

ira•

dist

ribui

ção

espa

cial

da

indú

stria

no

Bras

il•

A in

dúst

ria b

rasil

eira

no

cená

rio

mun

dial

•im

pact

os a

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enta

is e

dese

nvol

vim

ento

indu

stria

l

O e

spaç

o da

pro

duçã

o no

cam

po•

Sist

emas

agr

ícol

as•

dist

ribui

ção

espa

cial

dos

alim

ento

s•

A ag

ricul

tura

fam

iliar

e o

trab

alho

as

sala

riado

no

cam

po

O e

spaç

o ag

rário

bra

sile

iro•

A pr

oduç

ão a

grop

ecuá

ria e

a

biot

ecno

logi

a•

Os l

atifú

ndio

s e a

luta

pel

a te

rra

•A

prod

ução

agr

opec

uária

bra

silei

ra•

O m

apa

da p

rodu

ção

agríc

ola

no B

rasil

•O

mov

imen

to p

ela

terr

a: a

Ref

orm

a Ag

rária

•A

agro

pecu

ária

e o

mei

o am

bien

te

A pr

oduç

ão d

a en

ergi

a e

os im

pact

os

ambi

enta

is.

•As

prin

cipa

is fo

ntes

de

ener

gia:

car

vão

min

eral

, pet

róle

o, u

sina

hidr

oelé

tric

a,

term

oelé

tric

a e

nucl

ear

•As

font

es a

ltern

ativa

s de

ener

gia

•A

prod

ução

de

ener

gia

e os

impa

ctos

am

bien

tais

•As

font

es d

e en

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a no

Bra

sil:

hidr

elét

ricas

, pet

róle

o, c

arvã

o m

iner

al

e us

ina

nucl

ear

•As

ene

rgia

s alte

rnati

vas n

o Br

asil

•O

s pro

blem

as a

mbi

enta

is e

a pr

oduç

ão

de e

nerg

ia

•m

apea

ndo

a di

strib

uiçã

o es

paci

al d

as

indú

stria

s bra

silei

ras;

•Di

scuti

ndo

a lo

caliz

ação

dos

pol

os

indu

stria

is, e

m d

eter

min

adas

regi

ões;

map

eand

o a

dist

ribui

ção

espa

cial

da

pro

duçã

o de

alim

ento

s no

Bras

il,

dem

onst

rand

o qu

ais s

ão o

s pro

duto

s de

expo

rtaç

ão;

•Si

mul

ando

um

a re

uniã

o, e

ntre

pa

rlam

enta

res,

par

a di

scuti

r a e

ficiê

ncia

na

pro

duçã

o de

alim

ento

s das

uni

dade

s fa

mili

ares

;•

real

izand

o vi

sita

técn

ica

a um

a un

idad

e ag

rícol

a;•

Pesq

uisa

ndo,

em

font

es b

iblio

gráfi

cas

indi

cada

s, so

bre

a Re

form

a Ag

rária

e o

m

ovim

ento

dos

Sem

-Ter

ra;

•O

rgan

izand

o um

a pe

ça te

atra

l sob

re

uma

ação

do

Mov

imen

to d

os S

em-T

erra

, de

bate

ndo

após

a d

ram

atiza

ção;

•M

onta

ndo

pain

éis c

om im

agen

s reti

rada

s de

jorn

ais,

de

revi

stas

, da

inte

rnet

sobr

e a

viol

ênci

a no

cam

po;

•Pe

squi

sand

o so

bre

a ag

rope

cuár

ia e

os

prob

lem

as a

mbi

enta

is, a

pont

ando

o

prob

lem

a do

des

mat

amen

to n

o Br

asil

e na

Am

azôn

ia;

•m

apea

ndo

os ri

os o

nde

estã

o in

stal

adas

as

prin

cipa

is hi

drel

étric

as n

o Br

asil;

•O

rgan

izand

o um

fóru

m d

e di

scus

são

sobr

e “H

idre

létr

ica:

efic

iênc

ia e

nerg

ética

e

impa

cto

ambi

enta

l”.

Page 45: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

45GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

4 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

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ÚDO

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esse

pr

oces

so;

•re

conh

ecer

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sas f

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as

de o

rgan

izaçã

o da

pro

duçã

o no

ca

mpo

;•

Anal

isar a

que

stão

ene

rgéti

ca n

o m

undo

e n

o Br

asil,

apo

ntan

do

os im

pact

os a

mbi

enta

is ca

usad

os n

esse

pro

cess

o.

•re

laci

onar

os i

mpa

ctos

am

bien

tais

com

o

dese

nvol

vim

ento

indu

stria

l;•

Iden

tifica

r os s

istem

as a

gríc

olas

, di

fere

ncia

ndo

a ag

ricul

tura

fa

mili

ar e

o tr

abal

ho a

ssal

aria

do,

bem

com

o a

cont

ribui

ção

dess

as

na p

rodu

ção

e na

dist

ribui

ção

de

alim

ento

s;•

dem

onst

rar a

dist

ribui

ção

regi

onal

da

prod

ução

ag

rope

cuár

ia e

agr

ícol

a no

Br

asil,

des

taca

ndo

os p

robl

emas

am

bien

tais

que

envo

lvem

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agro

pecu

ária

; •

Anal

isar c

ritica

men

te o

m

ovim

ento

dos

Sem

-Ter

ra e

su

a lu

ta p

ela

refo

rma

agrá

ria,

apon

tand

o qu

ais a

s pol

ítica

s pú

blic

as a

dota

das p

elo

Esta

do,

em re

laçã

o a

essa

que

stão

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Iden

tifica

r as p

rinci

pais

font

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nerg

ia d

istrib

uída

s pel

o m

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, des

taca

ndo

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ntes

al

tern

ativa

s e a

s dist

ribuí

das n

o es

paço

bra

silei

ro;

•Di

scuti

r a q

uest

ão e

nerg

ética

e

os im

pact

os a

mbi

enta

is.

A in

dust

rializ

ação

bra

sile

ira•

dist

ribui

ção

espa

cial

da

indú

stria

no

Bras

il•

A in

dúst

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cená

rio

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•im

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O e

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duçã

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po•

Sist

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ícol

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dos

alim

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s•

A ag

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O e

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rário

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sile

iro•

A pr

oduç

ão a

grop

ecuá

ria e

a

biot

ecno

logi

a•

Os l

atifú

ndio

s e a

luta

pel

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rra

•A

prod

ução

agr

opec

uária

bra

silei

ra•

O m

apa

da p

rodu

ção

agríc

ola

no B

rasil

•O

mov

imen

to p

ela

terr

a: a

Ref

orm

a Ag

rária

•A

agro

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ária

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mei

o am

bien

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A pr

oduç

ão d

a en

ergi

a e

os im

pact

os

ambi

enta

is.

•As

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cipa

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gia:

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róle

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term

oelé

tric

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nucl

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•As

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es a

ltern

ativa

s de

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gia

•A

prod

ução

de

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gia

e os

impa

ctos

am

bien

tais

•As

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e en

ergi

a no

Bra

sil:

hidr

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ricas

, pet

róle

o, c

arvã

o m

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nucl

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rgia

s alte

rnati

vas n

o Br

asil

•O

s pro

blem

as a

mbi

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is e

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oduç

ão

de e

nerg

ia

•m

apea

ndo

a di

strib

uiçã

o es

paci

al d

as

indú

stria

s bra

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ras;

•Di

scuti

ndo

a lo

caliz

ação

dos

pol

os

indu

stria

is, e

m d

eter

min

adas

regi

ões;

map

eand

o a

dist

ribui

ção

espa

cial

da

pro

duçã

o de

alim

ento

s no

Bras

il,

dem

onst

rand

o qu

ais s

ão o

s pro

duto

s de

expo

rtaç

ão;

•Si

mul

ando

um

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uniã

o, e

ntre

pa

rlam

enta

res,

par

a di

scuti

r a e

ficiê

ncia

na

pro

duçã

o de

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ento

s das

uni

dade

s fa

mili

ares

;•

real

izand

o vi

sita

técn

ica

a um

a un

idad

e ag

rícol

a;•

Pesq

uisa

ndo,

em

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iblio

gráfi

cas

indi

cada

s, so

bre

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form

a Ag

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ovim

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Sem

-Ter

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re

uma

ação

do

Mov

imen

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em-T

erra

, de

bate

ndo

após

a d

ram

atiza

ção;

•M

onta

ndo

pain

éis c

om im

agen

s reti

rada

s de

jorn

ais,

de

revi

stas

, da

inte

rnet

sobr

e a

viol

ênci

a no

cam

po;

•Pe

squi

sand

o so

bre

a ag

rope

cuár

ia e

os

prob

lem

as a

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enta

is, a

pont

ando

o

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a do

des

mat

amen

to n

o Br

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Am

azôn

ia;

•m

apea

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os ri

os o

nde

estã

o in

stal

adas

as

prin

cipa

is hi

drel

étric

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o Br

asil;

•O

rgan

izand

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fóru

m d

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scus

são

sobr

e “H

idre

létr

ica:

efic

iênc

ia e

nerg

ética

e

impa

cto

ambi

enta

l”.

3ª sÉRIE

Objetivos específicos:

• Conhecer o processo de urbanização e a influência da globalização na organização das cidades;

• Descrever o processo de urbanização brasileira, identificando as redes e hierarquias das cidades;

• reconhecer a possibilidade de uma economia sustentável; • Distinguir o discurso de preservação e o de conservação ambiental; • Indicar as políticas territoriais ambientais estabelecidas pelas Conferências Mundiais

de meio Ambiente; • Definir o espaço de circulação de mercadorias e de tecnologias da informação, reco-

nhecendo este como importante na definição dos blocos econômicos; • Interpretar o conceito de geopolítica, entendendo-o no discurso da Nova Ordem do

Capital; • Demonstrar a disputa de poder e sua materialização, nas paisagens, por meio da

construção de muros que separam homens e redefinem territórios.

Page 46: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

46 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Eix

o Te

máti

co: A

org

aniza

ção

do e

spaç

o ur

bano

e o

pro

cess

o de

urb

aniza

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1 º BIMESTREcO

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da u

rban

izaçã

o br

asile

ira, a

s tr

ansf

orm

açõe

s geo

gráfi

cas n

o es

paço

e a

s pol

ítica

s púb

licas

ad

otad

as p

ara

orga

niza

ção

das

cida

des.

•An

alisa

r o p

roce

sso

de u

rban

izaçã

o co

ntem

porâ

nea,

iden

tifica

ndo

as

rede

s e a

s hie

rarq

uias

das

cid

ades

no

con

text

o gl

obal

;•

reco

nhec

er a

div

ersid

ade

soci

ocul

tura

l nas

cid

ades

e o

s pr

oble

mas

de

into

lerâ

ncia

cul

tura

l; •

inte

rpre

tar o

pro

cess

o de

ur

bani

zaçã

o br

asile

ira,

iden

tifica

ndo

o pa

pel d

as

pequ

enas

, méd

ias c

idad

es, e

das

m

etró

pole

s;•

Disc

utir a

form

ação

das

regi

ões

met

ropo

litan

as n

o pr

oces

so d

e ur

bani

zaçã

o;•

reco

nhec

er o

Pla

no d

ireto

r e o

Es

tatu

to d

as c

idad

es, o

bser

vand

o as

pol

ítica

s púb

licas

ado

tada

s pa

ra o

cum

prim

ento

des

sas

orie

ntaç

ões;

•Id

entifi

car o

s pro

blem

as d

os

impa

ctos

am

bien

tais

e so

ciai

s ca

usad

os p

ela

polu

ição

sono

ra,

pela

pro

paga

ção

do li

xo n

o so

lo e

no

s rio

s das

cid

ades

bra

silei

ras;

•An

alisa

r o tr

abal

ho g

erad

o pe

la

prod

ução

do

lixo

na c

idad

e,

dest

acan

do o

pro

blem

a do

s ca

tado

res d

e lix

o.

O e

spaç

o ur

bano

em

tem

pos d

e gl

obal

izaçã

o•

urb

aniza

ção

cont

empo

râne

a e

orga

niza

ção

da c

idad

e•

A se

greg

ação

urb

ana

e a

desig

uald

ade

soci

al•

Rede

s e h

iera

rqui

as u

rban

as: a

cid

ade

no c

onte

xto

da e

cono

mia

glo

bal

• d

iver

sidad

e cu

ltura

l e v

iolê

ncia

urb

ana

A ur

bani

zaçã

o br

asile

ira•

O p

roce

sso

de u

rban

izaçã

o br

asile

ira•

Das p

eque

nas c

idad

es à

s met

rópo

les

no B

rasil

Regi

ões M

etro

polit

anas

: as c

idad

es

dorm

itório

s•

Org

aniza

ção

das c

idad

es: r

ede

e hi

erar

quia

urb

ana

no B

rasil

•de

sigua

ldad

es so

ciai

s e se

greg

ação

es

paci

al n

as c

idad

es b

rasil

eira

s•

Cida

des e

ace

ssib

ilida

de: o

dire

ito à

ci

dade

•Pl

ano

Dire

tor e

Est

atut

o da

Cid

ade:

o

Esta

do e

a o

rgan

izaçã

o da

s cid

ades

As c

idad

es e

os i

mpa

ctos

am

bien

tais

. •

O li

xo n

as c

idad

es: I

mpa

cto

ambi

enta

l e

soci

al•

Os c

atad

ores

de

lixo

e a

vida

na

cida

de•

Ocu

paçã

o ur

bana

e a

s áre

as d

e pr

eser

vaçã

o•

Polu

ição

: no

ar, n

a ág

ua e

no

solo

•Pe

squi

sand

o, e

m jo

rnai

s e re

vist

as, o

s pr

oble

mas

urb

anos

, soc

iais

e am

bien

tais;

•Fa

zend

o um

pai

nel f

otog

ráfic

o, c

om

imag

ens d

e jo

rnai

s, d

e re

vist

as e

da

inte

rnet

;•

Pesq

uisa

ndo,

por

mei

o de

obs

erva

ção

de

cam

po, o

s pro

blem

as u

rban

os e

nfre

ntad

os

pelo

bai

rro

onde

a e

scol

a es

tá in

stal

ada;

•Id

entifi

cand

o, n

o m

apa

do B

rasil

, as

cida

des c

onsid

erad

as m

etró

pole

s;•

Dram

atiza

ndo

cena

s de

segr

egaç

ão

espa

cial

nas

cid

ades

;•

Sim

ulan

do jú

ri po

pula

r que

disc

uta

o di

reito

à c

idad

e;•

Elab

oran

do u

m “

Plan

o Di

reto

r” e

m p

rol d

e um

a ci

dade

ace

ssív

el a

todo

s;•

Elen

cand

o, a

par

tir d

e um

que

stion

ário

ap

licad

o ao

s mor

ador

es d

o ba

irro,

os

prob

lem

as d

e im

pact

o am

bien

tal;

•Id

entifi

cand

o, n

o m

apa

do B

rasil

, as á

reas

de

pre

serv

ação

am

bien

tal;

•Id

entifi

cand

o, n

o m

apa

do A

maz

onas

, as

área

s de

pres

erva

ção;

•M

onta

ndo

um p

aine

l com

imag

ens q

ue

iden

tifiqu

em p

robl

emas

am

bien

tais.

Page 47: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

47GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

2 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•in

terp

reta

r o c

once

ito

de su

sten

tabi

lidad

e,

com

pree

nden

do q

ue e

ste

tem

dire

cion

ado

as p

olíti

cas

inte

rnac

iona

is e

naci

onai

s qu

e en

volv

em a

s que

stõe

s te

rrito

riais

e am

bien

tais;

•Co

mpr

eend

er a

par

ticip

ação

do

Bra

sil n

as p

olíti

cas d

e co

ntro

le a

mbi

enta

l, be

m

com

o as

pol

ítica

s púb

licas

ad

otad

as p

ara

o co

ntro

le e

us

o do

s rec

urso

s nat

urai

s.

•Co

nfro

ntar

as p

olíti

cas d

e de

senv

olvi

men

to e

conô

mic

o co

m

a pr

opos

ta d

e um

a ec

onom

ia

sust

entá

vel,

indi

cada

s nas

co

nfer

ênci

as a

mbi

enta

is;•

Iden

tifica

r as p

rinci

pais

ON

Gs

ambi

enta

is e

os re

spec

tivos

disc

urso

s;•

dife

renc

iar o

s disc

urso

s co

nser

vaci

onist

as e

pre

serv

acio

nist

as;

•Id

entifi

car a

s pol

ítica

s de

cont

role

am

bien

tal a

dota

das p

elo

Bras

il e

espe

cific

adas

na

legi

slaçã

o am

bien

tal;

•De

finir

os c

once

itos d

e Zo

neam

ento

ec

onôm

ico

e ec

ológ

ico,

uni

dade

s de

cons

erva

ção

e co

rred

ores

eco

lógi

cos.

A no

va o

rdem

am

bien

tal i

nter

naci

onal

•A

econ

omia

e a

sust

enta

bilid

ade

•Po

lítica

s int

erna

cion

ais a

mbi

enta

is:

As c

onfe

rênc

ias i

nter

naci

onai

s•

As o

rgan

izaçõ

es n

ão g

over

nam

enta

is (O

nGs

) e o

deb

ate

da p

rese

rvaç

ão e

da

con

serv

ação

As p

olíti

cas a

mbi

enta

is n

o Br

asil

•O

con

trol

e do

uso

e d

e co

nser

vaçã

o do

s rec

urso

s nat

urai

s. A

Leg

islaç

ão

Ambi

enta

l•

O Z

onea

men

to E

conô

mic

o Ec

ológ

ico,

as

uni

dade

s de

cons

erva

ção

e os

co

rred

ores

eco

lógi

cos n

o Br

asil

•A

Amaz

ônia

e a

s pol

ítica

s am

bien

tais

inte

rnac

iona

is e

naci

onai

s

•Di

scuti

ndo,

em

sem

inár

io, a

s qu

estõ

es re

laci

onad

as à

eco

nom

ia e

à

sust

enta

bilid

ade;

•Pe

squi

sand

o so

bre

as O

NGs

am

bien

talis

tas;

deba

tend

o os

con

ceito

s de

pres

erva

ção

e de

con

serv

ação

;•

Disc

utind

o, e

m g

rupo

, as p

olíti

cas d

e co

ntro

le a

mbi

enta

l;•

Iden

tifica

ndo,

no

map

a do

Bra

sil, a

s áre

as

de p

rese

rvaç

ão a

mbi

enta

l; •

Iden

tifica

ndo,

no

map

a do

Am

azon

as, a

s un

idad

es d

e co

nser

vaçã

o e

os c

orre

dore

s ec

ológ

icos

.

Page 48: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

48 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

3 º BIMESTRE

cOm

PEtê

ncI

AshA

BIlI

DADE

scO

ntE

ÚDO

sPR

OcE

DIm

EntO

s m

EtO

DOló

GIc

Os

•Co

mpr

eend

er a

org

aniza

ção

do e

spaç

o de

circ

ulaç

ão e

a

disp

uta

de m

erca

dos,

que

co

nsol

idam

a fo

rmaç

ão d

e bl

ocos

eco

nôm

icos

; •

Anal

isar o

pap

el d

as

tecn

olog

ias d

e co

mun

icaç

ão

e de

tran

spor

te n

a re

de d

e ci

rcul

ação

.

•Id

entifi

car o

s paí

ses f

orm

ador

es d

os

dive

rsos

blo

cos e

conô

mic

os e

que

ga

rant

em se

us m

erca

dos n

a re

laçã

o co

mer

cial

;•

Aval

iar o

pap

el d

as te

cnol

ogia

s de

com

unic

ação

e se

us e

feito

s na

dim

inui

ção

das d

istân

cias

ent

re o

lo

cal e

o g

loba

l;•

reco

nhec

er a

s dife

rent

es re

des d

e tr

ansp

orte

que

liga

m a

s cid

ades

br

asile

iras;

•An

alisa

r a in

frae

stru

tura

da

rede

de

tran

spor

te b

rasil

eira

;•

Iden

tifica

r as p

olíti

cas p

úblic

as

adot

adas

par

a o

tran

spor

te u

rban

o;•

Anal

isar a

s pol

ítica

s púb

licas

, ve

rifica

ndo

se h

á pr

eocu

paçã

o co

m a

su

sten

tabi

lidad

e da

s cid

ades

.

O e

spaç

o da

circ

ulaç

ão d

e m

erca

doria

s •

O c

omér

cio

e a

disp

uta

de

mer

cado

s•

Os b

loco

s eco

nôm

icos

in

tern

acio

nais

e a

defin

ição

de

mer

cado

s•

Tecn

olog

ias d

e co

mun

icaç

ão:

dim

inui

ndo

dist

ânci

a e

apro

xim

ando

pes

soas

Tran

spor

te: a

circ

ulaç

ão d

e pe

ssoa

s e

mer

cado

rias

•Re

des d

e tr

ansp

orte

s: n

a te

rra,

na

água

e n

o ar

•A

rede

de

tran

spor

te n

o Br

asil:

fe

rrov

ias,

rodo

vias

, hid

rovi

as e

ae

ropo

rtos

•O

tran

spor

te u

rban

o: p

olíti

cas

públ

icas

, pen

sand

o um

a ci

dade

su

sten

táve

l

•De

stac

ando

, no

map

a-m

úndi

, os c

onju

ntos

de

paí

ses f

orm

ador

es d

os b

loco

s ec

onôm

icos

;•

Pesq

uisa

ndo

sobr

e as

prin

cipa

is te

cnol

ogia

s de

com

unic

ação

;•

Cons

trui

ndo

um m

apa

tem

ático

, re

pres

enta

ndo

os d

ifere

ntes

mei

os d

e tr

ansp

orte

util

izado

s no

Bras

il;•

Disc

utind

o, c

ritica

men

te, e

m se

min

ário

, o

prob

lem

a do

s tra

nspo

rtes

urb

anos

da

cida

de;

•Pe

squi

sand

o o

tem

a “c

idad

e e

sust

enta

bilid

ade”

.

Page 49: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

49GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

4 º BIMESTREcO

mPE

tên

cIAs

hABI

lIDA

DEs

cOn

tEÚ

DOs

PRO

cEDI

mEn

tOs

mEt

ODO

lóG

IcO

s

•Co

nhec

er a

geo

políti

ca

mun

dial

, que

defi

ne o

map

a do

m

undo

, rep

artin

do-o

ent

re o

s de

tent

ores

e o

s não

det

ento

res

da h

egem

onia

eco

nôm

ica

e po

lítica

;•

Com

pree

nder

a re

laçã

o de

po

der e

stab

elec

ida

entr

e os

pov

os e

o q

ue le

vou

à se

para

ção

entr

e el

es n

uma

disp

uta

econ

ômic

a, te

rrito

rial e

re

ligio

sa;

•An

alisa

r as p

olíti

cas

inte

rnac

iona

is do

s paí

ses

que

adot

aram

a c

onst

ruçã

o de

mur

os c

omo

solu

ção

para

di

min

uir o

s con

flito

s e a

m

igra

ção.

•De

finir

o co

ncei

to d

e ge

opol

ítica

, en

tend

endo

-o a

par

tir d

o re

orde

nam

ento

terr

itoria

l, do

po

nto

de v

ista

econ

ômic

o, p

olíti

co e

re

ligio

so;

•in

terp

reta

r os d

iscur

sos e

os

inte

ress

es q

ue ju

stific

aram

a

guer

ra, n

o Af

egan

istão

e n

o Ira

que,

co

nsol

idad

a pe

los E

uA;

•Id

entifi

car o

est

abel

ecim

ento

do

pode

r rep

rese

ntad

o na

con

stru

ção

de m

uros

que

div

idem

os h

omen

s e

man

tém

a p

rátic

a da

into

lerâ

ncia

.

Geo

políti

ca: a

Nov

a or

dem

do

capi

tal

•De

finin

do a

Geo

políti

ca•

Capi

talis

mo

indu

stria

l, fin

ance

iro

e in

form

acio

nal:

reor

dena

ndo

terr

itório

s•

A fo

rmaç

ão d

e no

vos b

loco

s ec

onôm

icos

: reg

iona

lizaç

ão e

ga

ranti

a de

mer

cado

Geo

políti

ca e

pod

er•

A co

nqui

sta

da p

az p

ela

guer

ra: a

pr

esen

ça a

mer

ican

a no

Iraq

ue e

no

Afeg

anist

ão

Os m

uros

que

div

idem

as f

ront

eira

s e

os h

omen

s: a

s dis

puta

s pol

ítica

s,

econ

ômic

as e

relig

iosa

s•

O v

elho

mur

o: a

Mur

alha

da

Chin

a•

Os o

utro

s mur

os: d

ivid

indo

os

hom

ens e

os t

errit

ório

s•

iêm

em e

Ará

bia

Saud

ita•

Aráb

ia S

audi

ta e

Iraq

ue•

O m

uro

entr

e as

cor

eias

•Ín

dia

e Pa

quist

ão•

Esta

dos u

nido

s e m

éxic

o•

Pale

stina

e Is

rael

(Cisj

ordâ

nia)

•Bo

tsua

na e

Zim

bábu

e (S

ul d

a Áf

rica)

. •

Chip

re: o

mur

o en

tre

Turq

uia

e Gr

écia

•m

aurit

ânia

e m

arro

cos (

disp

uta

pelo

Sa

ara

Oci

dent

al)

•O

mur

o de

Bel

fast

(irla

nda

do n

orte

)

Os m

igra

ntes

da

guer

ra•

Os a

cam

pam

ento

s nas

fron

teira

s: o

s se

m-te

rritó

rio

•Pr

oduz

indo

text

os so

bre

geop

olíti

ca e

re

orde

nam

ento

terr

itoria

l; •

Pesq

uisa

ndo

os p

aíse

s ond

e es

tão

inst

alad

os o

s mur

os q

ue se

para

m

as fr

onte

iras p

olíti

cas,

relig

iosa

s e

econ

ômic

as;

•O

rgan

izand

o no

tícia

s de

jorn

ais,

de

revi

stas

e d

a in

tern

et so

bre

a gu

erra

no

Iraq

ue e

no

Afeg

anist

ão, d

ebat

endo

so

bre

elas

;•

Loca

lizan

do, n

o m

apa-

mún

di, o

s paí

ses

onde

est

ão in

stal

ados

os m

uros

que

di

vide

m su

as fr

onte

iras;

•Pe

squi

sand

o, e

m fo

ntes

bib

liogr

áfica

s,

a hi

stór

ia d

a M

ural

ha d

a Ch

ina,

ap

rese

ntan

do a

s inf

orm

açõe

s em

ca

rtaz

es;

•El

abor

ando

pai

nel f

otog

ráfic

o co

m

imag

ens d

e re

vist

as e

de

sites

dos

di

fere

ntes

mur

os q

ue d

ivid

em o

s lug

ares

;•

Disc

utind

o, e

m se

min

ário

, as

dive

rsid

ades

cul

tura

is e

relig

iosa

s;•

Org

aniza

ndo

mat

éria

s de

jorn

ais e

de

revi

stas

sobr

e os

aca

mpa

men

tos n

as

fron

teira

s.

Page 50: PROPOST A CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

1.3 Alternativas metodológicas para o ensino de Geografia

Diante das mudanças, as quais todos têm o dever de adaptar-se, uma das alterações mais evidentes é a do espaço. O estudo do espaço é o objeto da Geografia. Quando se fala do es-paço, fala-se do espaço natural e do espaço transformado pelo homem. Assim, cabe-lhe a enorme tarefa de descrevê-lo, analisá-lo e, ainda, de compreender as ações do homem sobre o mesmo.

As agressões ao ambiente estão às vistas: a poluição do ar, dos rios e dos mares envene-na os peixes e demais animais e flora aquáti-cos; a poluição das fábricas que se quer justi-ficar em nome do desenvolvimento, lança aos ares, todos os dias, quantidades imensuráveis de veneno que destroem a camada de ozônio; a energia nuclear, que continua sendo uma teimosia dos homens destrói vidas e cidades; a invasão urbana irracional põe em perigo a vida de inúmeros desfavorecidos e espalha a fealdade pelo espaço. Esses são alguns dos problemas que se situam no campo episte-mológico da Geografia.

Por tudo isso, como todos os demais sabe-res, a Geografia não escapa à redefinição re-querida pela quebra dos velhos paradigmas e pela construção de novos. Aos professores de Geografia cabe não somente fazer com que os educandos sintam-se presentes na cons-trução dos saberes, mas também que estejam aptos a intervir no seu meio.

Para os habitantes da Amazônia, a quem foi concedido por determinação da natureza a maior floresta e a maior bacia hidrográfica do mundo, é exigido que todos a conheçam, que saibam da sua importância para o mundo, dos riscos que ela corre no momento, da necessi-

dade que se tem de intervir, defendendo-a e defendendo-se.

é com o intuito de mostrar o espaço geo-gráfico, de fazer com que o educando o com-preenda e possa nele intervir, agindo como cidadão e evidenciar como a Geografia se inscreve na nova conjuntura mundial. Dessa feita, esta Proposta tem o educando como núcleo da aprendizagem, considerando a LDB, os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Enem.

As atividades sugeridas seguem as orien-tações apontadas. Assim, caro professor, você poderá utilizá-las, adaptá-las e trabalhá-las, conforme as necessidades dos seus educan-dos. O nível de complexidade é indicado. Es-peramos que todos tenham em mãos um ma-terial que possa auxiliá-los e facilitar-lhes o trabalho.

1.3.1 Sugestões de atividades didático-peda-gógicas

1ª série

AtIvIDADE 1Tipos de solos no Brasil e no Amazonas – In-terdisciplinar com a disciplina de Química.

Objetivo: demonstrar por meio da coleta de diferentes tipos de solos que em um mes-mo terreno não há homogeneidade de solo.

Competência: • Reconhecer os diferentes tipos de solo, no

Brasil e no Amazonas, a fim de entender a relação desses com as riquezas minerais e vegetais de cada lugar.

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51GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

habilidade: • Comparar e descrever os diferentes tipos

de solo, suas características químicas, rela-cionando-os com o seu potencial agrícola e mineral.

Passo a passo: No primeiro momento, o professor deve-

rá trabalhar o conteúdo sobre tipos de solo, mostrando ilustrações dos livros didáticos, bem como imagens pesquisadas via internet, revistas, jornais e outros livros.

No segundo momento, o professor orien-tará os educandos para que façam coleta de solos em terrenos de seus quintais, na escola e até em sítios visitados em passeios. Após a coleta, as amostras serão colocadas em pe-quenos vidros transparentes. A partir da cor, fazer a classificação, identificando o tipo de solo. O educando apresentará os resultados de suas observações em um pequeno rela-tório. A análise deverá ser feita em sala de aula sob a coordenação dos professores de Geografia e de Química. Ao seu final, ficará demonstrado os tipos de elementos químicos que compõem os diferentes solos.

1ª série

AtIvIDADE 2Concurso de painel

Objetivo: Estimular por meio de imagens fotográficas, de figuras e de desenhos a refle-xão sobre os problemas climáticos que afetam o Brasil e o mundo.

Competência: • Conhecer os problemas climáticos que afe-

tam o Brasil e a região amazônica, chaman-

do a atenção para as consequências am-bientais que estes acarretam.

habilidades: • Comparar os problemas climáticos das dife-

rentes regiões brasileiras, chamando a aten-ção para a Amazônia;

• Demonstrar, por meio de imagens e peque-nos textos, os problemas climáticos e as consequências ambientais.

Concurso de painéis, entre as turmas de primeiras séries, com o tema “Os problemas climáticos no Mundo, no Brasil e na Ama-zônia”. Fazendo painéis fotográficos ou com ilustrações produzidas pelos próprios educan-dos – desenhos ou montagem de imagens ti-radas da internet – com frases criadas pelos educandos que chamem a atenção para os problemas climáticos do Brasil, do mundo e, particularmente, da Amazônia.

O trabalho deve ser feito em grupo, cada um pesquisará um dos problemas e construirá frases para compor os painéis. Estes seriam ex-postos na escola e avaliados pelos professores de Geografia, Arte, Língua Portuguesa e tam-bém pelos educandos das terceiras séries do Ensino Médio, os quais farão a avaliação por meio de um formulário elaborado pelo profes-sor de Geografia.

2ª série

AtIvIDADE 3 – Jornal TemáticoInterdisciplinar com Matemática, Língua Por-tuguesa e Artes

Jornal temático

Objetivo: Promover a interdisciplinarida-de entre a Matemática a Língua Portuguesa, a

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Arte e a Geografia, tomando como eixo temá-tico a questão ambiental.

Competência: • Interpretar o que são áreas de preservação

e de conservação, entendendo quais as di-ferenças entre elas.

habilidade: • demonstrar a diferença entre áreas de pre-

servação e de conservação ambiental.

Editando jornal com o tema: “O que é Área de preservação e de conservação ambiental”.

Ao término da aula sobre “Área de conser-vação e de preservação ambiental”, os edu-candos da primeira série, sob a coordenação do professor, organizarão um questionário, contendo três perguntas: Você sabe o que é uma área de preservação ambiental? você conhece alguma? você já ouviu falar sobre al-guma? Este será aplicado entre os educandos da segunda e da terceira séries do Ensino mé-dio em número de 20 questionários para cada uma das séries.

Com as perguntas respondidas, orienta-dos pelo professor de Matemática, os edu-candos tabularão as respostas e produzirão gráficos ou tabelas com os percentuais dos resultados. Esses resultados serão colocados no jornal, que terá pequenas matérias, escla-recendo o que é “Uma área de preservação e de conservação”, trará curiosidades sobre este tema e um mapa do Brasil, mostrando as áreas de preservação, destacando as localiza-das no Amazonas. Os textos para o jornal se-rão elaborados com a orientação do professor de Língua Portuguesa, as ilustrações e a arte--final ficarão sob a orientação do professor de Arte.

2ª Série

AtIvIDADE 1Índice de Analfabetismo na cidade – o bairro como referência.Promovendo a interdisciplinaridade com a Matemática.

Objetivo: Estimular a pesquisa interdisci-plinar a partir da realidade vivida, orientando para o levantamento e análise dos dados.

Competência: • Interpretar a situação das condições eco-

nômicas e sociais da população, tomando como referência os índices de escolarização.

habilidades: • Analisar os problemas sociais e econômi-

cos da população brasileira, por meio da variável escolarização;

• Associar índice de analfabetismo ao desen-volvimento econômico.

Nos estudos específicos sobre a popula-ção brasileira, o professor deverá trabalhar os problemas sociais enfrentados pela popula-ção da cidade; ao final da explanação, apon-tará um deles para que os educandos verifi-quem qual a situação da população local, no caso do bairro. Sugere-se que se priorize uma pesquisa sobre a situação da escolarização dos moradores.

A pesquisa será levantada por meio de questionários onde cada educando aplicará dez. Os resultados serão sistematizados em gráficos, produzidos nas aulas de Matemáti-ca, sob a orientação do professor. O resultado será apresentado e debatido em sala de aula.

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2ª Série

AtIvIDADE 2terrário do ciclo da Água

Objetivo: Produzir a dinâmica de um fenô-meno da natureza (o ciclo da água) para esti-mular a observação sistemática.

Competência: • Compreender o equilíbrio do ciclo da água,

do solo e da vegetação na reprodução da vida humana, animal e vegetal.

habilidades: • Identificar a importância da inter-relação

dos fenômenos físicos para a manutenção dos ecossistemas;

• Interpretar fenômenos naturais por meio da observação.

Passo a passo: • montar um terrário; • Simular um ambiente terrestre; • Verificar a ocorrência do ciclo da água e do

solo na vida das plantas, dos animais e dos homens;

• Conscientizar os educandos da importância da água;

• Observar que há diferentes tipos de solo; • Incentivar a observação e o cuidado com a

natureza; • Estimular o registro das observações em

diá rios e tabelas. • Esta atividade desenvolver-se-á em diver-

sas etapas e momentos.

conteúdos: • Solo, ciclo da água, ciclo da vida dos ani-

mais e dos vegetais, partes das plantas e decomposição.

material: • Recipiente para montar o terrário (aquário

vazio, vidro ou garrafa PET); • Pedrinhas ou argila expandida; • Carvão ativado (utilizado para absorver

componentes orgânicos, evita o mau chei-ro, proliferação de fungos);

• Solo para jardim, mistura de solos trazida pelos educandos;

• Mudas de plantas ou sementes.

Manutenção:O terrário se mantém sozinho. Semanal-

mente, podemos abrir o terrário para co-locar um pouco de água (verifique sempre se é necessário, o mesmo deve estar úmido e não encharcado), limpar o vidro e colocar mais plantas e animais. Se tiver água demais no terrário, é necessário deixá-lo alguns dias aberto para que a água evapore.

Se as plantas crescerem, tomando todo o espaço, corte-as ou substitua-as. Folhas e os bichinhos mortos podem ser deixados no terrário, para ver como ocorre sua integração ao solo, mas podem causar uma proliferação exagerada de fungos. Se houver mais de um terrário, podemos deixar um deles com os restos de plantas e animais e outro limpo.

Início:Nessa atividade, o professor já deve ter mi-

nistrado aulas sobre solo e hidrografia. Come-çará questionando a função e a diferença da argila, da areia, do adubo orgânico, da terra, do vegetal etc. Após esse estudo, o professor poderá questionar os educandos: Para onde vai a água que cai no solo? O que acontece com a água usada para molhar as plantas? As plantas comem terra? As plantas bebem água? O que acontece quando uma planta ou um bichinho morre?

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montagem:A fim de ilustrar o objetivo a ser alcançado,

o professor apresentará ao educando um ter-rário montado, além de fotos de outros tipos de terrários com plantas e com animais.

A montagem do terrário faz parte da ati-vidade proposta e deve ser realizada pelos educandos, sob a orientação do professor. É interessante que a classe seja organizada em grupos, de modo a permitir que todos os edu-candos participem dessa e das outras etapas da atividade.

O terrário poderá ser montado em um aquário com tampa ou outro recipiente como um vidro de conserva ou uma garrafa PET. Pode ser pequeno ou grande, de acordo com o material disponível.

A montagem do terrário começa pela lim-peza do recipiente, que deve ser limpo e seco. no fundo do recipiente colocam-se as pedri-nhas (ou argila expandida), formando uma ca-mada para drenagem da água. Imediatamen-te acima, se possível, uma fina camada de carvão ativado é colocada para evitar o cres-cimento de fungos na água, o apodrecimento das raízes e a formação de gases. Finalizando, coloca-se uma camada de terra, até comple-tar cerca de ¼ da altura do vidro.

Preparado o “terreno”, é hora de escolher as plantas adequadas para essa atividade. São mais indicadas as plantas que crescem pouco, como, por exemplo: musgos, pequenas sa-mambaias etc. É importante lembrar que nes-sa escolha deve-se levar em conta o tamanho do recipiente utilizado.

Para melhor simularmos uma paisagem natural, podemos acrescentar ao terrário al-guns elementos, como galhos, pedras e fo-lhas secas. Podemos também simular um lago, adicionando ao terrário um potinho com água. A presença de pequenos animais, como

tatuzinhos de jardim e caramujos, auxiliaria na introdução de outros assuntos, como: lo-comoção, alimentação, reprodução do com-portamento de animais da mesma espécie e de espécies diferentes, comportamento diante das características do ambiente, entre outros, podem ser observados e comparados pelos educandos. Após colocar as plantas e os animais, é necessário borrifar água com cui-dado dentro do vidro e fechar o terrário com a tampa ou com um plástico preso com um elástico.

O terrário deve ficar num local iluminado, mas sem receber sol diretamente. O excesso de exposição à luz solar transforma-o numa estufa. O professor poderá aproveitar e per-guntar: Você já ouviu falar em estufa? O que será que acontece com as plantas e os ani-mais em uma estufa? Que tal realizar uma pesquisa?

Acordo:A observação do terrário poderá ser rea-

lizada a qualquer momento, diariamente ou semanalmente, a frequência de observação deverá ser estabelecida pelo professor e edu-candos e deve levar em consideração o obje-tivo das mesmas. Se a intenção for medir o crescimento de uma planta, por exemplo, a observação poderá ser semanal. Se a inten-ção for acompanhar a germinação de uma semente, a observação poderá ser diária. O professor poderá questionar os educandos: Quais os tópicos que serão observados no ter-rário, como serão registrados? É importante que todos participem; portanto todos os edu-candos devem registrar suas observações no caderno.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Registro:Cada educando deve fazer um registro ini-

cial com a data da montagem e os componen-tes do terrário. O registro poderá ser realizado diariamente ou semanalmente por meio de desenhos, tabelas, redações etc.

Fonte:Baseado em texto produzido por Eleuza

Guazzelli (Secretária de Estado da Educação de São Paulo e Coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas). Encontra-se disponível no site www.cienciauspmao.usp.br.

3ª Série

AtIvIDADE 1Dramatização com o Tema: Economia Sus-tentável

Objetivo: Propiciar debate por meio da encenação de um problema, estimulando o exercício do diálogo.

Competência: • Compreender o conceito de sustentabili-

dade, analisando a viabilidade desta para o Estado e para a região.

habilidades: • Relacionar economia sustentável à preser-

vação ambiental; • demonstrar a importância da economia sus-

tentável para o desenvolvimento regional.

Os educandos, em trabalho de equipe, si-mularão um debate dentro do Congresso Fe-deral. O professor deve indicar os educandos que irão representar os deputados federais por Estado. Cada um desses levantará uma discussão sobre a sustentabilidade econômi-

ca e a viabilidade desta para a economia de seu Estado e da região. Será indicada uma equipe para secretariar as discussões e prepa-rar o relatório dos debates que será lido para todos e votado.

PARA As tRês sÉRIEs

AtIvIDADE 1Geografia por meio da música e da poesia

Interdisciplinando com a Língua Portu-guesa (literatura) e a Arte

Objetivo: Estimular a compreensão do mundo por meio da linguagem da ciência e da arte.

Competência: • Compreender os problemas sociais e am-

bientais do cotidiano por meio da ciência e da arte (literatura e música).

habilidade: • interpretar letras de músicas e de poesias

que ressaltem questões sociais, econômi-cas e ambientais;

• Reconhecer que os problemas sociais, eco-nômicos e ambientais não são preocupa-ções só da ciência, mas das outras formas de interpretar o mundo.

•Muitos temas ligados às questões econô-

micas, sociais e ambientais são tratados pela música e pela poesia. O professor, inicialmen-te, selecionará até duas músicas para ouvir e discutir, com seus educandos, o tema em evi-dência do ponto de vista da ciência geográfi-ca. Em um segundo momento, orientará equi-pes de educandos para que esses indiquem as

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músicas que tenham como letra estes temas e apresentem em sala de aula.

Os educandos poderão distribuir cópia da letra para os colegas e cantarem juntos, trazer algum educando que toque instrumento para tocar e cantar ou apresentar clipe dos canto-res ou autores da música. Da mesma forma com as poesias, estas serão inicialmente indi-cadas pelo professor de literatura, que inter-pretará com os educandos.

No segundo momento, os educandos, em equipe, escolherão os poemas e apresentarão em forma de um sarau. Os educandos podem escrever os próprios poemas. Em seguida, abrirão um debate sobre o problema levanta-do pelo poeta.

AtIvIDADE 2PROJETO DE PESQUISA: Desvendando os ín-dices: natalidade e mortalidade no bairro

Objetivo Geral • Averiguar, no bairro, se a natalidade e a

mortalidade são significativas na dinâmica da população.

Objetivos específicos • Levantar junto à população o número de

nascimento e de morte infantil ao longo do ano;

• Relacionar esses fenômenos com as ques-tões sociais.

Competência: • Compreender a dinâmica populacional da

cidade e do bairro, tomando como referên-cia a dinâmica populacional brasileira.

habilidades:

• Comparar a dinâmica populacional brasilei-ra com a dinâmica populacional da cidade e do bairro;

• relacionar os índices de natalidade e de mortalidade do Brasil com o da cidade e do bairro, percebendo as semelhanças e as di-ferenças.

O projeto de pesquisa deverá ser desen-volvido em todas as três séries do Ensino mé-dio. O professor sugere um tema de caráter local, relacionando-o com um tema mundial ou nacional, já trabalhado em sala de aula. Por exemplo:

Tomaremos aqui, como referência, o tema “População brasileira: natalidade e mortalida-de”. O professor abordará essa questão, dis-cutindo os índices de natalidade e de morta-lidade entre a população no Brasil: suas cau-sas, qual o reflexo destes nas questões sociais e quais as regiões no Brasil que possuem os mais altos e os mais baixos índices. Depois das explanações e dos debates com os edu-candos, o professor proporá aos mesmos que verifiquem esses índices no bairro onde está localizada a escola. Essa atividade será desen-volvida em conjunto.

O projeto deve conter os objetivos, justifi-cativa, procedimentos metodológicos, funda-mentação teórica e referência.

JustificativaSabe-se que o crescimento vegetativo de

uma população se dá pelo equilíbrio entre nascimento e morte, porém, quando os ín-dices de natalidade e, sobretudo, o de mor-talidade são grandes entre a população de 0 a 1 ano fica demonstrado problemas sociais e econômicos vividos por essa população. A pesquisa procurará compreender como esses fenômenos apresentam-se no bairro, a fim de

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57GEOGRAFIA

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

que se possam conhecer melhor os proble-mas sociais que atingem esse espaço.

Procedimentos metodológicos • Levantamento bibliográfico; • Elaboração de questionário que direcione

perguntas sobre o número de nascimento e de morte entre crianças de 0 a 1 ano;

• Aplicação de 10 questionários para cada um dos educandos da turma trabalhada;

• Sistematização dos dados; • Elaboração de um texto que reflita os da-

dos coletados, fazendo uma comparação com os índices nacionais;

• Apresentação por meio de painéis dos re-sultados.

Referencial teóricoOs educandos, com a coordenação do

professor, construirão textos, tomando como referência a discussão em sala de aula e a re-ferência bibliográfica levantada.

Cronograma das AtividadesO professor proporá que essa pesquisa

seja realizada em dois meses. As atividades serão programadas em um quadro.

Referência O professor orientará os educandos na ci-

tação das referências. Essa mesma atividade deverá ser desen-

volvida com outros temas. Propõe-se que o professor elabore um projeto de pesquisa a cada semestre, portanto, dois por ano.

1.3.2 Sugestões para pesquisa

sites

<http://astro.if.ufrs.br> traz diversas informa-ções sobre sistemas de coordenadas geográ-ficas, estação do ano, posição do sol, GPS e movimento ao redor da Terra.

<http://www.igu.usp.br/museu/geo_deriva.html> museu de Ciências do iGC-uSP traz informações sobre a deriva dos continentes, idade e evolução da Terra.

<www.ibge.gov.br> site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

<www.cnps.embrapa.br> site da Embrapa, in-formações sobre solos.

<www.senado.gov.br/web/senado/emilia/materias/alca.html> entender as consequên-cias da Alca para a economia brasileira.

<www.ipea.gov.br> site do Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada. Textos sobre a eco-nomia brasileira.

<www2.cnen.gov.br/default1.asp> informações sobre energia e usina nuclear.

<http://www.libreria.com.br/portal/> informações sobre países.

<www.terra.com.br/kids/geo.html>traz ferramentas para construção de mapas e mapas interativos.

<www.diplo.com.br> Edição brasileira de le Monde Diplomatique, com análises geopolí-ticas.

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<http://www.sabertudo.com/geografia> de-monstra a classificação das indústrias e his-tórico da industrialização, além das regiões industriais.

<http://www.greenpeace.org.br> traz infor-mações sobre problemas ambientais no mun-do, no Brasil e na Amazônia.

<http://www.fao.org/inicio.html> Organiza-ção das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.

<http://www.igeologico.sp.gov.br/ea_museu.asp> análise de fósseis, meteoritos, rochas e minerais.

<http://www.inmet.gov.br/> traz previsão do tempo, imagem de satélite, aborda os funda-mentos da previsão do tempo e dos fenôme-nos naturais, esclarece conceitos de meteoro-logia.

<http://www.sosmataatlantica.gov.br> Fun-dação SOS Mata Atlântica, atlas da Mata Atlantica, legislação ambiental, campanhas de preservação do ecossistema.

Filmes

Antes da Chuva (França/Macedônia/Reino Unido, 1994); de Milcho Manchevski. Três his-tórias interligadas. O diretor narra o confron-to entre muçulmanos, albaneses e macedô-nios ortodoxos na região da antiga Iugoslávia.

Dois songololo – as vozes da mudança (África do Sul, 1991) de Marianne Kaplan. Documen-tário de 54 minutos feito na África do Sul que discute as mudanças ocorridas naquele país,

no contexto social e cultural, após o fim do apartheid, mostrando a cultura popular local.

Fitzcarraldo – nesse filme, Herzog transporta--nos para o universo mítico, solo da Amazô-nia, e mostra a alucinação de um dos seus encantados.

O inferno de Dante (EUA, 1977), de Roger Do-naldson. É a história da erupção de um vulcão, inativo há séculos, na cidade de Dante.

Em busca do ouro (EUA, 1925), Charles Cha-plin; preto e branco, cinema mudo. As aven-turas de Carlitos no Alasca, durante a corrida do ouro.

Dersu Uzala (Japão, 1974), Akira Kurosawa. Com imagem da Sibéria, trata da amizade entre um caçador mongol e um pesquisador russo, encarregado de mapear as terras sibe-rianas, no final do século XIX.

No Rio Amazonas (1995), Ricardo Dias, Bra-sil, 1995. Retrata a travessia feita pelo músico Paulo Vanzolini no rio Amazonas. Nessa via-gem ele comenta a vida das populações ribei-rinhas.

Amazônia – Vida em perigo. (1988), Paulo Alceu, Brasil. Retrata o impacto da morte do líder seringalista Chico Mendes, costumes e lendas da população amazônica e sua diver-sidade étnica.

Floresta Tropical (1983), David Hughes. Esta-dos Unidos, National Geographic Society. Do-cumentário que mostra a fauna e a flora da floresta tropical na Costa Rica (América Cen-tral).

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

AvAlIAÇÃO: O culmInAR DO PROcEssO EDucAtIvO

aprendizagem. As avaliações a que o professor procede enquadram-se em três grandes tipos: avaliação diagnóstica, formativa e somativa.

Em se tratando da função diagnóstica, de acordo com Miras e Solé (1996, p. 381), esta é a que proporciona informações acerca das capacidades do educando antes de iniciar um processo de ensino-aprendizagem, ou ainda, segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975), busca a determinação da presença ou ausên-cia de habilidades e pré-requisitos, bem como a identificação das causas de repetidas dificul-dades na aprendizagem.

Em termos gerais, a avaliação diagnóstica pretende averiguar a posição do educando em face das novas aprendizagens que lhe vão ser propostas e as aprendizagens anteriores que servem de base àquelas, no sentido de evidenciar as dificuldades futuras e, em cer-tos casos, de resolver situações presentes.

No que se refere à função formativa, esta, conforme Haydt (1995, p. 17), permite cons-tatar se os educandos estão, de fato, atin-gindo os objetivos pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os resultados, efetivamente alcançados durante o desenvolvimento das atividades propostas. Representa o principal meio pelo qual o edu-cando passa a conhecer seus erros e acertos, propiciando, assim, maior estímulo para um estudo sistemático dos conteúdos. Um outro aspecto a destacar é o da orientação forneci-da por esse tipo de avaliação, tanto ao estudo do educando quanto ao trabalho do profes-sor, principalmente por meio de mecanismos de feedback. Esses mecanismos permitem que o professor detecte e identifique defici-ências na forma de ensinar, possibilitando re-

A avaliação é a parte culminante do pro-cesso que envolve o ensino e a aprendizagem. Benvenutti (2002) afirma que avaliar é mediar o processo ensino-aprendizagem, é oferecer recuperação imediata, é promover cada ser humano, é vibrar junto a cada educando em seus lentos ou rápidos progressos.

E pensando assim, acredita-se que o gran-de desafio para construir novos caminhos, inclusive, no contexto educacional brasileiro, está em verificar cada lugar nas suas especi-ficidades e nas suas necessidades. Segundo Ramos (2001), uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo, conectado, compar-tilhado e autonomizador no processo ensino--aprendizagem é o que se exigiria. Somente assim serão formados cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos.

Com isso, a avaliação ganha novo caráter, devendo ser a expressão dos conhecimentos, das atitudes ou das aptidões que os educan-dos adquiriram, ou seja, que objetivos do en-sino já atingiram em um determinado ponto de percurso e que dificuldades estão a revelar relativamente a outros.

Essa informação é necessária ao professor para procurar meios e estratégias que auxi-liem os educandos a resolver essas dificulda-des, bem como é necessária aos educandos para se aperceberem delas (não podem os educandos identificar claramente as suas di-ficuldades em um campo que desconhecem), e, assim, tentarem ultrapassá-las com a ajuda do professor e com o próprio esforço. Por isso, a avaliação tem uma intenção formativa.

A avaliação proporciona também o apoio a um processo que é contínuo, contribuindo para a obtenção de resultados positivos na

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

formulações no seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo. Para Bloom, Hastings e Madaus (1975), a avaliação formativa visa informar o professor e o educando sobre o rendimento da aprendizagem no decorrer das atividades escolares e à localização das deficiências na organização do ensino para possibilitar corre-ção e recuperação.

Em suma, a avaliação formativa pretende determinar a posição do educando ao lon-go de uma unidade de ensino, no sentido de identificar dificuldades e de lhes dar solução.

E quanto à função somativa, esta tem como objetivo, segundo Miras e Solé (1996, p. 378), determinar o grau de domínio do educando em uma área de aprendizagem, o que permite outorgar uma qualificação que, por sua vez, pode ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem realizada. Pode ser chamada também de função credi-tativa. Também tem o propósito de classifi-car os educandos ao final de um período de aprendizagem, de acordo com os níveis de aproveitamento.

Essa avaliação pretende ajuizar o progres-so realizado pelo educando, no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de afe-rir resultados já colhidos por avaliações do tipo formativa e obter indicadores que permi-tem aperfeiçoar o processo de ensino.

Diante do que foi visto, entende-se que é necessário compreender que as diferentes áreas do conhecimento precisam se articular de modo a construir uma unidade com vistas à superação da dicotomia entre as disciplinas das diferentes ciências. Essa superação se dá com o intuito de partilhar linguagens, pro-cedimentos e contextos de modo que possa convergir para o trabalho educativo na escola.

Para isso, é necessária a participação do professor, consciente do seu papel de edu-

cador e mediador do processo, na execução dos processos pedagógicos da escola e, ainda, professores que compreendam o processo de sua disciplina na superação dos obstáculos epistemológicos da aprendizagem.

A abordagem para o processo avaliativo se dá por meio de tópicos específicos que en-volvem aspectos relacionados à busca do re-sultado de trabalho: que educandos devem ser aprovados; como planejar suas provas, bem como qual será a reação dos educandos e como está o ensino em diferentes áreas do conhecimento que envolvem o Ensino Médio (KRASILCHIK, 2008).

Assim, a avaliação ocupa papel central em todo processo escolar, sendo necessário, des-sa forma, um planejamento adequado. Para isso, vários Parâmetros são sugeridos como ponto de partida:

• Servem para classificar os educandos “bons” ou “maus”, para decidir se vão ou não passar;

• Informam os educandos do que o pro-fessor realmente considera importante;

• Informam o professor sobre o resultado do seu trabalho;

• Informam os pais sobre o conceito que a escola tem do trabalho de seus filhos;

• Estimulam o educando a estudar.

Essas reflexões, remetem-nos a uma maior responsabilidade e cautela, para decidir sobre o processo avaliativo a respeito da construção e aplicação dos instrumentos de verificação do aprendizado e sobre a análise dos seus re-sultados. Devemos tomar cuidado, ainda, em relação aos instrumentos avaliativos escolhi-dos, para que esses estejam coerentes com os objetivos propostos pelo professor em seu planejamento curricular (KRASILCHIK, idem).

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

A avaliação, dessa forma, assume impor-tância fundamental, a partir dos seus instru-mentos e o professor, por sua vez, precisa estar atento aos objetivos propostos para que a ava-liação não destoe daquilo que ele pretende.

Assim sendo, a avaliação não é neutra no contexto educacional, pois está centrada em um alicerce político educacional que envol-ve a escola. Assim, para Caldeira (2000 apud CHuEiri, 2008):

A avaliação escolar é um meio e não um fim em si mesmo; está delimitada por uma determinada teoria e por uma determina-da prática pedagógica. Ela não ocorre num vazio conceitual, mas está dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de homem, de educação e, consequentemen-te, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na prática pedagógica (p. 122).

Para contemplar a visão de Caldeira, o pro-fessor necessita estar atento aos processos de transformação da sociedade, pois estes aca-bam por influenciar também o espaço da esco-la como um todo. Essa constatação é evidente, quando percebemos o total descompasso da escola com as atuais tecnologias e que, ao que tudo indica, não estão sendo usadas na sua de-vida dimensão. Por outro lado, quando o pro-fessor não acompanha as transformações re-feridas, a avaliação corre o risco, muitas vezes, de cair em um vazio conceitual. Infelizmente, é o que vem ocorrendo em grande parte das escolas brasileiras. É nesse sentido que cabe a todos nós repensarmos nossa prática, apren-dizado e aspirações em termos pedagógicos e, sobretudo, como sujeitos em construção.

Diante disso, precisamos ter claro o que significa avaliar no atual contexto, que edu-candos queremos, baseados em qual ou em

quais teorias nos embasamos para chegar a uma avaliação mais próxima da realidade.

Além do postulado pedagógico referido, é necessário debruçarmo-nos sobre as novas avaliações que se apresentam, quais os seus fundamentos, qual a sua forma e quais as suas exigências. É nesse contexto que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), criado em 1988, e que tem por objetivo avaliar o desem-penho do educando ao término da escolarida-de básica, apresenta-se como uma proposta de avaliação digna de ser analisada e assimila-da em seus fundamentos.

O Enem tomou um formato de “avaliação nacional”. Isso significa dizer que ele tornou--se o modelo que vem sendo adotado no país, de norte a sul. Nesse sentido, a ques-tão é saber o motivo pelo qual ele assumiu o lugar que ocupa. Para compreendê-lo, um meio interessante é conhecer a sua “engre-nagem” e pressupostos. Assim, é necessário decompô-lo nas suas partes, saber o que cada uma significa, qual a sua relevância e em que o todo muda a realidade avaliativa nacional, pois ele apresenta-se como algo para além de um mero aferidor de aprendizagens.

Esse exame constitui-se em quatro pro-vas objetivas, contendo cada uma quarenta e cinco questões de múltipla escolha e uma proposta para a redação. As quatro provas objetivas avaliam as seguintes áreas de co-nhecimento do Ensino Médio e respectivos Componentes Curriculares: Prova I – lingua-gens, Códigos e suas Tecnologias e Redação: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Arte e Educação Física; Prova II – Matemática e suas Tecnologias: Mate-mática; Prova III – Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e Sociologia; Prova iv – Ciências da natureza e suas Tecnologias: Química, Física e Biologia.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

é por meio da avaliação das Áreas de Co-nhecimento que se tem o nível dos educan-dos brasileiros e que lhes é permitido ingres-sar no ensino de Nível Superior. Nesse sen-tido, o Enem não deve ser desprezado; ao contrário, é obrigatório que os professores do Ensino médio conheçam os seus mecanis-

mos, a sua formulação e o modo como um item é transformado em um aval para o pros-seguimento dos estudos. E não só isso deve ser levado em consideração, pois alcançar um nível de aprovação exige uma formação que inicia desde que uma criança ingressa na Educação Infantil.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

cOnsIDERAÇõEs FInAIs

Após um trabalho intenso, que mobilizou especialistas na área, professores e técnicos, vê-se concluída a Proposta Curricular para o Ensino Médio. Esta Proposta justifica um anseio da comunidade educacional, da qual se espera uma boa receptividade. Inclusive, espera-se que ela exponha com clareza as ideias, a filosofia que moveu os seus autores.

Ela propõe-se a seguir as novas orienta-ções, a nova filosofia, pedagogia, psicologia da Educação brasileira, daí que ela tem no seu cerne o educando, ao mesmo tempo em que visa envolver a comunidade, dotando de sig-nificado tudo o que a envolve. Essa nova pers-pectiva da Educação brasileira, que evidencia a quebra ou a mudança de paradigmas, exigiu que as leis, as propostas em curso para a Edu-cação brasileira fossem reconsideradas.

Durante o período da sua elaboração, mui-tas coisas se modificaram, muitos congressos e debates foram realizados e todos mostra-ram que, nesse momento, nada é seguro, que, quando se trata de Educação, o campo é sempre complexo, inconstante, o que nos estimula a procurar um caminho que nos per-mita realizar de forma consequente e segura

a nossa ação pedagógica. Por isso, os seus elaboradores foram preparados, por meio de seminários, oficinas e de discussões nos gru-pos que se organizaram, para concretizar os objetivos definidos.

A Proposta consta de treze Componentes Curriculares. Todos eles são vistos de forma que os professores tenham em suas mãos os objetos de conhecimento, assim como uma forma de trabalhá-los em sala de aula, reali-zando a interdisciplinaridade, a transversalida-de, contextualizando os conhecimentos e os referenciais sociais e culturais.

E, ainda, ela pretendeu dar respostas às determinações da LDB que requer um ho-mem-cidadão, capaz de uma vida plena em sociedade. Ao se discutir sobre essa Lei e a tentativa, via Proposta Curricular do Ensino Médio, de concretizá-la, a Proposta sustenta--se na aquisição e no desenvolvimento de Competências e Habilidades.

É assim que esta Proposta chega ao Ensino Médio, como resultado de um grande esforço, da atenção e do respeito ao país, aos profes-sores do Ensino Médio, aos pais dos educan-dos e à comunidade em geral.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

REFERêncIAs

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66 CiÊnCiAS HumAnAS E SuAS TECnOlOGiAS

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

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LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Es-colar: estudos e proposições. 14. ed. São Pau-lo: Cortez, 2002.

MARTINELLI, Marcelo. Gráficos e mapas, construa-os você mesmo. São Paulo: Moder-na, 1998.

MARTINS, Maria Helena P. somos todos di-ferentes: convivendo com a diversidade do mundo. São Paulo: Moderna, 2001. (Coleção aprendendo a com-viver).

MAGNOLI, Demétrio. Globalização, Estado Nacional e espaço mundial. São Paulo: Mo-derna, 2003.

MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina. Para entender o mercosul. São Paulo: Moderna, 2004.

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MORETTO, Vasco. Construtivismo, a produ-ção do conhecimento em aula. Rio de Janei-ro: DP&A, 2002.

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VESENTINI, José William (org.) O Ensino de Geografia no século XXI. Campinas, SP: Papi-rus, 2004 – (Coleção Papirus Educação).

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PROPOstA cuRRIculAR DO EnsInO mÉDIO PARA A REDE PÚBlIcA DO EstADO DO AmAZOnAs

Gerência do Ensino médiovErA lÚCiA limA dA SilvA Coordenação GeralTEnóriO TEllES

Coordenação PedagógicaLAFRANCKIA SARAIVA PAZ nEizA TEiXEirA

Consultoria PedagógicaEvAndrO GHEdinHElOiSA dA SilvA BOrGES

Assessoria PedagógicamAriA GOrETH GAdElHA dE ArAGãO

Coordenação da Área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias JOSÉ ALMERINDO A. DA ROSAKAROL REGINA SOARES BENFICA Coordenação da Área de Ciências Humanas e suas TecnologiasSHEYLA REGINA JAFRA CORDEIRO Coordenação da Área de Ciências da natureza e suas TecnologiasJOÃO MARCELO SILVA LIMA Coordenação da Área de Matemáticas e suas TecnologiasJOSÉ DE ALCâNTARA Organização do Componente CurricularAméliA rEGinA BATiSTA nOGuEirA

Equipe do Ensino MédioAnA lÚCiA mEndES dOS SAnTOSANTôNIO JOSÉ BRAGA DE MENEZESCilEdA nOGuEirA dE OlivEirADAYSON JOSÉ JARDIM LIMAJOÃO MARCELO SILVA LIMA

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JEORDANE OLIVEIRA DE ANDRADEKÁTIA CILENE DOS SANTOS MENEZESKAROL REGINA SOARES BENFICALAFRANCKIA SARAIVA PAZ mAnuEl ArrudA dA SilvAnAnCy PinTO dO vAlEriTA mArA GArCiA AvElinOSHEYLA REGINA JAFRA CORDEIRO

PROFEssOREs cOlABORADOREs

AnA lÚCiA PATríCiO dE limAAliCE OlivEirA mArTinSASHINGTON JOSÉ SILVA ALMEIDAANTôNIO DA MATA P. FILHOÁurEA lÚCiA PATríCiO dE limAAndrEA SimõES BArrOSOBEATriz dA SilvA PASSOSCINTHIA MARIA T. SAMPAIOEdilEnE AzEvEdO dA SilvAFAriziA FErrEirA GrAçAFrAnCiSCO AGuiAr dE SOuzAFrAnCiSCA SilvA dE SOuzAJANETE VIANA CASTROJOSÉ NATAL DE ALMEIDA XAVIERJOSÉ NUNES FILHOJOSÉ SEBASTIÃO AIRESJOSÉ WANDERLEY BARRETO JÚNIORKÁTIA RIBEIRO COSTAlídiA PinHEirO CAldASlÚCiO BArBOSA FilHOLUIZ CARLOS SILVA FEIJÃOMÁRCIO PAULO DO C. MENEZESmAriA dAS GrAçAS COElHO rOdriGuESmAriA dO CArmO TAvArES lOPESmAriA GOmES dE SOuzAmAriA irlAnE SOlimõES dA SilvAmAriA inÊS mOrAES PErEirAMARIA LENAIDE S. AUTRAN FONSECAmAriA SElmA rOdriGuES dOS rEiSmAurO mEndES dE mEllOOCIMAR R. NAVECAOSmAr FABríCiO SOuzA mArTinS

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PEdrO HEnriQuE rEiS PEdrAçArAimundA nOnATA BEzErrArAy AlvES viTAlrEGinA SuEly COrrÊA dE mElOuBErlAnE BrAGA dE mOrAESVâNIA MARIA FERREIRA DA SILVAvErA lÚCiA lOPES dA SilvA

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