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PRONOMES
Professoras: Fernanda Machado e Patrícia Lopes
DEFINIÇÃO:
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere,
ou ainda, que acompanha o nome, ou uma expressão, qualificando de
alguma forma.
Exemplos:
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é,
essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos
permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado
por meio dos pronomes no ato da comunicação.
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais
pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso
ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no
espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma
forma específica para cada pessoa do discurso.Exemplos:
1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
2. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
3. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
CLASSIFICAÇÃO:
PRONOMES PESSOAIS
Pronomes pessoais podem ser retos, oblíquos ou de tratamento.
Os pronomes retos são aqueles que substituem os substantivos, assumindo
maioritariamente a função de sujeito da oração.
Exemplo:
Nós saímos ontem para o mercado.
Eles pediram um aumento de salário.
Os pronomes pessoais do caso reto indicam ainda as pessoas do discurso, ou
seja, quem fala (eu e nós), com quem se fala (tu e vós) e de quem se fala
(ele, ela, eles, elas).
Esses pronomes não costumam ser usados como complementos
verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na
praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana,
devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal,
devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Frequentemente observamos a omissão do pronome reto em
Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais
marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas
pelo pronome reto. Por exemplo:
Fizemos boa viagem. (Nós)
Omissão dos pronomes pessoais retos
Para que se evitem repetições desnecessárias, pode ocorrer a
omissão do pronome pessoal do caso reto nos enunciados, uma vez que
a pessoa do discurso é marcada pela desinência verbal indicada pelos
pronomes pessoais do caso reto.
Cursei veterinária, mas nunca segui a profissão. (eu)
Passeamos muito no domingo passado. (nós)
Gostaste do jogo? (tu)
Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a
função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou
complemento nominal. Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação
tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Pronomes oblíquos átonos (me, te, o, a , lhe, se, nos, vos, os, as, lhes)
Pronomes oblíquos tônicos (mim, si, ti, nós, vós, ele, ela, eles, elas, comigo,
contigo, consigo, conosco e convosco)
Os pronomes pessoais oblíquos átonos são usados com formas verbais
(sem preposição)
Ex.: A mãe esperava-o ansiosa
Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com preposição
Ex.: A mãe ansiosa esperava por mim.
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e
convosco) é obrigatória na construção dos pronomes de 1ª e 2ª pessoas
do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por
possuírem uma forma iniciada por vogal (ele, por exemplo), se
apresentam separadas da preposição “com” (com ele, com elas e etc.).
Vi ele, ajudei ele, encontrei ele ou vi-o, ajudei-o, encontrei-o?
É comum ouvirmos, na linguagem oral, as seguintes construções
frásicas: “Ajudei ele na arrumação do armário.” e “Encontrei ela na
praia.”. Contudo, estas construções não obedecem às regras da norma
padrão.
Nessas frases, os pronomes ele e ela não se referem ao sujeito da
ação, por isso não podem ser utilizados pronomes pessoais do caso reto.
Têm que ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: o e a.
•Ajudei-o na arrumação do armário.
•Encontrei-a na praia.
Pronome substantivo: quando um pronome ocupa o lugar de umsubstantivo, substituindo-o.
Isso foi um grande erro.Todos permaneciam em silêncio durante a prova.
Pronome adjetivo: quando um pronome acompanha umsubstantivo, caracterizando ou definindo-o.
Meus amigos são somente aqueles três.Qualquer indivíduo tem direito à saúde e à educação.
Função substantiva e função adjetiva dos pronomes
PRONOMES PESSOAIS E AS PESSOAS DO DISCURSO
CLASSIFICAÇÃO:
Pronomes pessoais de tratamento
Além dos pronomes retos e oblíquos, há também os de
tratamento, empregados em referência à pessoa com quem se fala,
em tratamento respeitoso ou cerimonioso.
Funcionam, então, como formas de tratamento de segunda
pessoa, mas a concordância se dá na terceira pessoa.
Exemplos:
Você viu onde deixei minhas chaves?
Vossa excelência está preparado para o discurso.
Sua excelência não pode atendê-lo agora.
Aquela senhorita deseja falar com o senhor.
Gostaria que Vossa Magnificência assinasse esses papéis.
O pronome você, como é do senso comum, é um pronome que
sofreu derivação regressiva. Originalmente era Vossa Mercê, mas a
economia linguística acabou encurtando a forma para o “cê” da
variedade coloquial. Além de designar a 2ª pessoa do discurso, o
pronome você pode também indeterminar alguém, como ocorre
no último quadrinho do Calvin.
Bom estudo!