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JESSICA HOFER LOPEZ SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE CONTEÚDO PARA A DINAMIZAÇÃO DE SITES SÃO CAETANO DO SUL / SÃO PAULO 2012

Projeto SGCs

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Page 1: Projeto SGCs

JESSICA HOFER LOPEZ

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE CONTEÚDO PARA A

DINAMIZAÇÃO DE SITES

SÃO CAETANO DO SUL / SÃO PAULO

2012

Page 2: Projeto SGCs

JESSICA HOFER LOPEZ

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE CONTEÚDO PARA A DINAMIZAÇÃO DE

SITES

Relatório de Iniciação Científica

apresentado à Faculdade de Tecnologia

de São Caetano do Sul, sob a

orientação da Professora MSc.

Rosangela Kronig, como requisito

parcial para a obtenção do diploma de

Graduação no Curso de Bacharelado

em Análise de Sistemas e Tecnologia

da Informação.

SÃO CAETANO DO SUL / SÃO PAULO

2012

Page 3: Projeto SGCs

Dedico este trabalho a todos que estiveram do meu lado,

apoiando-me de alguma forma durante os quatro anos de

graduação.

Aos meus pais, Marco Antonio Lopez Zampack e Liane Regina

Hofer Lopez, pelo amor, carinho e atenção que me deram a

vida toda, além de me proporcionarem a melhor educação, que

me possibilitou chegar até aqui.

Às minhas irmãs, Isabella Hofer Lopez e Verena Hofer Lopez,

pelos anos de amizade e companheirismo, por terem estado ao

meu lado nos últimos meses, dando-me suporte para

ultrapassar as barreiras e momentos de descontração para

esquecer os problemas, além de terem aguentado os segundos

de estresse.

A toda a minha família, principalmente à minha avó, Maria

Zampack Lopez, pela força e carinho dados nos últimos meses,

e por não terem deixado de acreditar em mim.

E àqueles que marcaram esses anos difíceis de uma maneira

especial, que me deram força e motivos para eu chegar até

aqui e estiveram ao meu lado na maior parte do tempo, dando

apoio, oferecendo conselhos, sendo companheiros e,

principalmente, amigos; além de me mostrarem o valor e o que

esses sentimentos proporcionam à vida.

Page 4: Projeto SGCs

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, à minha orientadora, professora Msc. Rosangela Kronig,

por ter aceitado me orientar, por todo apoio e confiança dados ao meu trabalho,

além do conhecimento e experiência compartilhados. Agradeço, principalmente, pelo

grande aprendizado vivido.

Agradeço também à professora Dr. Maria Márcia Matos Pinto por toda ajuda e

suporte oferecidos durante suas aulas.

Agradeço à equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Relações do

Trabalho de São Caetano do Sul por toda a vivência e experiência adquirida nos

dois anos de estágio na SEDERT, além de todo apoio, material e liberdade para o

desenvolvimento deste trabalho.

Especialmente, agradeço a todos os amigos que fiz durante a faculdade, tanto

àqueles que estiveram ao meu lado desde o primeiro ano, quanto àqueles que me

conheceram depois, e que sempre me deram apoio e forças para continuar,

principalmente durante estes últimos meses de reviravoltas. Agradeço pelas alegrias

e tristezas divididas, e por todo sucesso que obtive com o auxílio de cada um.

Muito obrigada a todos!

Page 5: Projeto SGCs

RESUMO

LOPEZ, J. H. Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo para a Dinamização de

Sites. 121 f. Relatório de Iniciação Científica – Faculdade de Tecnologia de São

Caetano do Sul, São Caetano do Sul, 2012.

Com a globalização (processo econômico e social que estabelece a integração entre

os países), há a necessidade de se compartilhar e acessar informações pertinentes.

A internet possibilitou esse novo ambiente e muitas empresas começaram a

perceber o valor crescente das informações geradas internamente e, principalmente,

externamente. Diversas tecnologias são utilizadas para manter as informações

disponíveis, facilitando seu acesso e entendimento. Uma dessas tecnologias são os

Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo (SGC), que personalizam o conteúdo

dinâmico de forma a facilitar sua administração, com as funções básicas de criação

de uma página, edição de conteúdo e publicação, apresentadas de forma simples e

amigável, aumentando, assim, a produtividade e segurança. Este trabalho descreve

as características e vantagens de SGCs open source, entre eles WordPress, Drupal

e Joomla e, ao final, é apresentado o caso de aplicação do Portal Investe São

Caetano para exemplificar as facilidades de desenvolvimento com o SGC Joomla;

em paralelo, foi desenvolvido um site dinâmico utilizando o conhecimento adquirido.

Palavras-chave: Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo; WordPress; Drupal;

Joomla!; Portal Investe São Caetano.

Page 6: Projeto SGCs

ABSTRACT

LOPEZ, J. H. Content Management Systems for Dynamic Sites. 121 f. Relatório

de Iniciação Científica – Faculdade de Tecnologia de São Caetano do Sul, São

Caetano do Sul, 2012.

With globalization (economic and social process that establishes integration between

countries), there is a need to share and access relevant information. The internet has

allowed this new environment and many companies began to realize the increasing

value of information generated internally and, especially, externally. Several

technologies are used to keep the information available, making easier its access

and understanding. One such technology is the Content Management Systems

(CMS) that customize the dynamic content in order to facilitate its administration, with

the basic functions of creating a page, content editing and publication, presented in a

simple and friendly, increasing productivity and safety. This Thesis describes the

features and benefits of open source CMS including WordPress, Drupal and Joomla,

and at the end, the case of the application of Portal Invests Sao Caetano was

presented to illustrate the ease of development with Joomla CMS, in parallel, was

developed a dynamic website using the knowledge gained.

Key-words: Content Management Systems; WordPress; Drupal; Joomla!; Portal

Investe São Caetano.

Page 7: Projeto SGCs

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Estrutura de um site utilizando um SGC ............................................................... 23

Figura 2. Visão de um SGC pelo Usuário ............................................................................ 25

Figura 3. Hierarquia dos Usuários........................................................................................ 25

Figura 4. Esquema das camadas do Drupal ........................................................................ 43

Figura 5. Exemplo de pesquisa num site desenvolvido com Drupal ..................................... 44

Figura 6. Formulário de contato de um site desenvolvido com Drupal ................................. 45

Figura 7. Exemplo de fórum em um site desenvolvido com Drupal ...................................... 46

Figura 8. Galeria de imagens para um site desenvolvido em Drupal .................................... 46

Figura 9. Arquitetura do Joomla! .......................................................................................... 50

Figura 10. Funcionamento de um plug-in do Joomla!........................................................... 51

Figura 11. Arquitetura MVC ................................................................................................. 53

Figura 12. Estrutura Analítica do Projeto - EAP ................................................................... 61

Figura 13. Cronograma do Projeto ....................................................................................... 62

Figura 14. Contexto do Domínio do Problema ..................................................................... 67

Figura 15. Atores ................................................................................................................. 68

Figura 16. Caso de Uso - Encontre um local para seu negócio ............................................ 69

Figura 17. Caso de Uso - Rede de Empreendedorismo ....................................................... 70

Figura 18. Principais Módulos do Portal Investe .................................................................. 72

Figura 19. Tela Inicial do Componente Estate Agent ........................................................... 73

Figura 20. Tela Inicial do Componente Jom Social .............................................................. 74

Figura 21. Tela Inicial do Componente Mosets Tree ............................................................ 75

Figura 22. Linha do Tempo (em dias) do Desenvolvimento do Portal Investe São Caetano 77

Figura 23. Download do Joomla! ......................................................................................... 83

Figura 24. Etapas da instalação do Joomla! ........................................................................ 84

Figura 25. Painel de Controle .............................................................................................. 87

Figura 26. Download de traduções ...................................................................................... 88

Figura 27. Alteração do idioma ............................................................................................ 89

Page 8: Projeto SGCs

7

Figura 28. Alteração do tema ............................................................................................... 91

Figura 29. Criação de seção e categoria.............................................................................. 93

Figura 30. Inserindo um novo artigo ..................................................................................... 94

Figura 31. Editando ou excluindo um artigo ......................................................................... 95

Figura 32. Edição de um menu ............................................................................................ 96

Figura 33. Editando um item de menu ................................................................................. 97

Figura 34. Tipos e subtipos de menu ................................................................................... 98

Figura 35. Criando um item de menu ................................................................................... 99

Figura 36. Mapa do Site ..................................................................................................... 100

Figura 37. Site-Exemplo: Dinamização de Sites ................................................................ 101

Page 9: Projeto SGCs

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Características dos Principais SGCs open source .............................................. 29

Quadro 2. Funções de Ação ................................................................................................ 33

Quadro 3. Funções de Filtro ................................................................................................ 33

Quadro 4. Principais diferenças entre as versões do WordPress ......................................... 34

Quadro 5. Os tipos de módulos do Joomla! ......................................................................... 54

Quadro 6. Requisitos para Joomla 2.5.x, 1.7.x e 1.6.x. ........................................................ 56

Quadro 7. Requisitos para Joomla 1.5.x. ............................................................................. 56

Quadro 8. Levantamento e Análise de Riscos ..................................................................... 64

Page 10: Projeto SGCs

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

WWW - World Wide Web

HTML - Hyper Text Markup Language

W3C - World Wide Web Consortium

SGC - Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo

CMS - Content Management System

SEDERT - Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho de

São Caetano do Sul

CGI - Common Gateway Interface

SSI - Server Side Includes

XHTML - Extensible HyperText Markup Language

CSS - Cascading Style Sheets

FTP - File Transfer Protocol

WYSIWYG - What You See Is What You Get

API - Application Programming Interface

SQL - Structured Query Language

IRC - Internet Relay Chat

LAN - Local Area Network

Page 11: Projeto SGCs

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13

1 Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo ........................................................................ 17

1.1 Importância do Gerenciamento de Conteúdo ......................................................... 18

1.2 Histórico ................................................................................................................ 19

1.3 Características Críticas .......................................................................................... 21

1.4 Funcionamento ...................................................................................................... 22

1.5 Estrutura ................................................................................................................ 26

1.6 Vantagens ............................................................................................................. 26

2 Os Principais Sistemas open source de Gerenciamento de Conteúdo.............................. 28

2.1 WordPress ............................................................................................................. 29

2.1.1 Características ................................................................................................ 30

I. Desenvolvimento de Plug-ins ............................................................................. 31

II. Banco de Dados ................................................................................................. 33

2.1.2 Utilizando o WordPress .................................................................................. 34

2.1.3 Vantagens ...................................................................................................... 37

2.1.4 Comunidade ................................................................................................... 37

2.2 Drupal .................................................................................................................... 39

2.2.1 Características ................................................................................................ 40

I. Módulos ............................................................................................................. 40

II. Conteúdo ........................................................................................................... 41

2.2.2 Utilizando o Drupal ......................................................................................... 44

2.2.3 Vantagens ...................................................................................................... 47

2.2.4 Comunidade ................................................................................................... 47

2.3 Joomla! .................................................................................................................. 48

2.3.1 Características ................................................................................................ 49

I. Personalizando funcionalidades ......................................................................... 50

Page 12: Projeto SGCs

Plug-ins ................................................................................................................. 51

Componentes ........................................................................................................ 52

Módulos ................................................................................................................. 54

2.3.2 Utilizando o Joomla! ....................................................................................... 55

2.3.3 Vantagens ...................................................................................................... 56

2.3.4 Comunidade ................................................................................................... 57

3 Caso de Aplicação – Portal Investe São Caetano ............................................................. 59

3.1 Projeto de Desenvolvimento do Portal Investe São Caetano do Sul ...................... 60

3.2 Fases de Desenvolvimento .................................................................................... 65

3.3 Principais Funcionalidades .................................................................................... 66

3.4 Escolha do Joomla! ............................................................................................... 71

3.4.1 Módulos .......................................................................................................... 72

3.4.2 Desenvolvimento ............................................................................................ 76

3.5 Análise da Utilização do Joomla! ........................................................................... 77

3.5.1 Entrevista ....................................................................................................... 77

3.5.2 Questionário ................................................................................................... 80

4 Desenvolvendo um Site Utilizando o Joomla! ................................................................... 82

4.1 Instalando o Joomla! .............................................................................................. 82

4.2 Administrando o Site .............................................................................................. 86

4.2.1 Alterando o Idioma ......................................................................................... 87

4.2.2 Alterando o Tema ........................................................................................... 90

4.3 Administrando o Conteúdo do Site ........................................................................ 92

4.3.1 Artigos ............................................................................................................ 92

4.3.2 Menus............................................................................................................. 95

4.3.3 Ligando Artigos e Menus ................................................................................ 97

4.4 Estrutura do Site .................................................................................................... 99

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 102

Page 13: Projeto SGCs

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 104

APÊNDICE A – Entrevista com o gerente responsável pelo desenvolvimento do Portal

Investe São Caetano ......................................................................................................... 108

APÊNDICE B – Respostas do questionário aplicado aos administradores do Portal Investe

São Caetano ...................................................................................................................... 117

APÊNDICE C – Termo de Autorização .............................................................................. 121

Page 14: Projeto SGCs

13

INTRODUÇÃO

A World Wide Web (WWW ou web) foi desenvolvida a partir de 1989 no

Laboratório de Pesquisas Nucleares (Cern), em Genebra, Suíça, com o objetivo de

interligar os pesquisadores de vários institutos pela internet. É um sistema de busca

e obtenção de informações, cujos documentos componentes são estruturados na

linguagem HTML1 e podem conter imagens e recursos multimídia (CYCLADES,

2000).

A WEB 1.0 permitiu que uma grande quantidade de informações pudesse ser

acessada, gerando e ampliando o conhecimento. Porém, era caracterizada por suas

páginas estáticas, com textos, imagens e links que eram alterados somente pelo

webmaster.

De acordo com Buss (2011), as primeiras ferramentas voltadas para a criação

de conteúdos eram complexas e consumiam muito tempo, além de existir restrições

na forma correta de exibição de conteúdo para os navegadores da época,

desrespeitando os padrões da W3C (World Wide Web Consortium), órgão

responsável pela criação de padrões e protocolos que garantem a interoperabilidade

em aplicações voltadas para Web.

Com a introdução da Web 2.0, os próprios usuários passaram a produzir os

seus documentos e a publicá-los automaticamente, sem a necessidade de

conhecimentos técnicos, acabando com a dependência dos meios físicos de

armazenamento de dados. Através de ferramentas disponíveis, as informações são

mantidas online de forma pública ou privada.

Pensando em todos esses pontos, foram criadas ferramentas que usam o

paradigma da Web 2.0, que permitem a criação de uma rede social, a escrita

colaborativa, a comunicação online e o acesso a vídeos. Dentre essas ferramentas,

podem ser encontrados os Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo, conhecidos

pelo acrônimo SGC ou, em inglês, CMS (Content Management System).

1 Hyper Text Markup Language: linguagem de marcação que utiliza tags (< >) para descrever páginas

da web.

Page 15: Projeto SGCs

14

Assim, este trabalho apresenta o conceito, a estrutura e as vantagens dos

SGCs e os três SGCs open source mais utilizados (WordPress 3.2.1, Joomla 1.5.26

e Drupal 6), mostrando a utilização dessa ferramenta no desenvolvimento de sites

com conteúdo dinâmico e sempre atualizado, já que esses sistemas podem ser

utilizados tanto por pessoas que possuem conhecimento em sites e linguagens web,

e, principalmente, por pessoas que conhecem o básico em informática (edição de

textos e internet). Também aponta os resultados obtidos com a utilização do SGC

Joomla no desenvolvimento do Portal Investe São Caetano da Secretaria de

Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho, descrevendo as fases de

desenvolvimento do Portal.

Atualmente, a informação é um fator importante para a competitividade. Uma

grande empresa, que está constantemente lançando novos produtos e atraindo

novos clientes, precisa manter seu site sempre atualizado. Geralmente, esses sites

são atualizados pelos webmasters, que estão envolvidos com outras tarefas, ou, em

outros casos, esses sites são desenvolvidos, mantidos e atualizados por agências

que, como foram contratadas para diferentes projetos, não realizam um trabalho

com qualidade.

Os SGCs são uma alternativa para o desenvolvimento de sites dinâmicos e

atualizados constantemente, porque as funções básicas de criação de uma página,

edição de conteúdo e publicação são consideravelmente simples. E isso é uma

vantagem para aquelas pessoas que querem lançar um site, mas não conhecem a

programação web ou não têm condições de contratar profissionais para que façam

tal trabalho.

Como caso de aplicação, foi escolhido o Portal Investe São Caetano, projeto

desenvolvido pela SEDERT, pois a utilização do SGC Joomla dentro de um órgão

público para o desenvolvimento de um grande Portal foi visto, de acordo com o

gerente do projeto, como uma inovação considerável, já que muitos setores públicos

ainda não se adaptaram totalmente às novas tecnologias. Além disso, é um ótimo

exemplo para mostrar como a Tecnologia da Informação pode beneficiar as pessoas

quando acoplada a outras áreas, como, no caso, a Economia.

Page 16: Projeto SGCs

15

Além disso, o trabalho se caracteriza pela pesquisa exploratória, que segundo

Marconi e Lakatos (2011) tem como objetivo clarificar conceitos, obtendo através de

procedimentos de coleta de dados, como entrevistas, participação do autor, análise

de conteúdo, entre outros, descrições tanto quantitativas quanto qualitativas de um

objeto de estudo.

A partir de conteúdos bibliográficos contidos em livros, artigos científicos, e

experimentações aplicadas, foi desenvolvido o conteúdo do trabalho. Também foi

obtido em sites oficiais sobre os sistemas, nos fóruns das comunidades e em

apostilas de cursos o material necessário sobre os SGCs open source WordPress,

Joomla e Drupal.

O material sobre o caso de aplicação do Portal Investe São Caetano foi obtido

através da observação direta intensiva, por meio da entrevista com o gerente

responsável pelo projeto de desenvolvimento do Portal Investe São Caetano, que

“consiste no desenvolvimento de precisão, focalização, fidedignidade e validade de

um certo ato social como a conversação (GOODE E HATT, 1969 apud MARCONI E

LAKATOS, 2011), e pela observação direta extensiva realizada por meio de um

questionário, “um instrumento de coleta de dados constituído por uma série

ordenada de perguntas” (MARCONI E LAKATOS, 2011), direcionado aos

funcionários da SEDERT envolvidos com a administração do Portal Investe São

Caetano. Além disso, foram analisados documentos fornecidos pela própria

SEDERT sobre o desenvolvimento do projeto.

Para reforçar os conceitos levantados, foi desenvolvido um site com a

utilização do Joomla e documentados todos os passos de sua criação.

A estrutura do trabalho é constituída de uma introdução, quatro capítulos de

desenvolvimento, as considerações finais, referências e anexos.

O capítulo 1 do desenvolvimento apresenta os sistemas de gerenciamento de

forma geral, focando na importância da gestão do conteúdo, além de mostrar seu

histórico até a criação dos SGCs. Descreve as características, o funcionamento, a

estrutura e as vantagens desses sistemas.

Page 17: Projeto SGCs

16

O capítulo 2 descreve os principais sistemas open source de gerenciamento

de conteúdo, que são WordPress, Drupal e Joomla. Para cada um, são

apresentados um breve histórico, suas características, sua utilização e as vantagens

que proporcionam, além de mostrar o trabalho que cada comunidade realiza para

manter os sistemas e apoiar seus usuários.

No capítulo 3, o caso de aplicação do Portal Investe São Caetano, que utilizou

o SGC Joomla para seu desenvolvimento, é apresentado. Descreve-se as etapas do

projeto e a escolha do Joomla para a criação e manutenção do Portal. Além disso,

são analisados a entrevista e os questionários aplicados para a equipe da SEDERT.

No capítulo 4, há a descrição das principais etapas para a criação de um site

utilizando o SGC Joomla, baseando-se na experiência do Portal Investe São

Caetano, para ilustrar os resultados descritos nesse trabalho.

Page 18: Projeto SGCs

17

1 Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo

A internet é uma fonte rica e extremamente dinâmica de conteúdo. Para

tornar a web um ambiente social e acessível a todos os usuários, surge a web 2.0,

onde cada um pode selecionar e controlar informações de acordo com suas

necessidades e interesses.

Sendo conteúdo toda e qualquer informação útil para usuários que a buscam,

a web 2.0 promove conceitos como:

a) Autoria coletiva: o conteúdo é construído de modo iterativo,

constantemente atualizado e aperfeiçoado;

b) Avaliação: o usuário ganha o direito de avaliar as informações que são

publicadas;

c) Reutilização: os usuários deixam de competir para colaborar no processo

de produção de conteúdo;

d) Etiquetagem: é um processo de classificação e recuperação de conteúdo

de um local desestruturado de compartilhamento;

e) Colaboração: é o que ocorre em cada uma das atividades mencionadas

acima (FRANCO, et. al., 2009).

Com essa nova concepção, os sistemas de gerenciamento de conteúdo

passaram a ter um papel central numa organização, e tornaram-se uma ferramenta

auxiliadora para o dia-a-dia dos colaboradores.

A excelência em gestão de conteúdo representa, pois, de forma crescente, diferencial competitivo, tanto em nível operacional quanto gerencial, permeando os diferentes níveis funcionais e áreas de atuação dentro da organização. O acesso a informação de qualidade, na hora certa, com agilidade e precisão, [...] dependem dessa excelência (FRANCO, et. al., 2009, p. 26).

De acordo com Sordi (2003), os sistemas de gerenciamento de conteúdo

(SGC), mais conhecidos pelo acrônimo CMS (Content Management System), são

utilizados para:

1. Armazenar, buscar e recuperar grandes volumes de dados categorizados;

Page 19: Projeto SGCs

18

2. Trabalhar com a indexação de diversos formatos digitais dentro de uma

base de dados;

3. Prover controle de versão e capacidades de averiguação de entrada e

saída de dados;

4. Gerenciar usuários, administrando tanto os usuários que acessam o

sistema com o intuito de obter informações quanto os administradores do

sistema, divididos em categorias com níveis de permissões diferentes, se

necessário.

1.1 Importância do Gerenciamento de Conteúdo

Com o crescimento da internet, muitas empresas começaram a perceber o

valor crescente das informações geradas internamente e, principalmente,

externamente. Também percebem o aumento da importância em compartilhar e

acessar informações pertinentes em aplicações práticas, como:

a) Fornecer e obter notícias sobre a empresa, sobre a concorrência e sobre o

mercado;

b) Criar um canal aberto com os clientes, proporcionando, assim, uma

aproximação, o que pode aprimorar o atendimento;

c) Manter múltiplos canais internos e externos de coleta de informação,

tornando o ambiente mais propício à inovação (FRANCO, et.al., 2009).

Segundo Franco, et.al. (2009, p. 6), gerenciar conteúdo:

...significa focar nas necessidades do cliente/usuário, ao mesmo tempo em que se busca assegurar que suas demandas sejam atendidas de forma satisfatória permanentemente, agregando, para tanto, análise sistêmica e integrada de alinhamento estratégico, gestão de pessoas, governança, risco, comunicação e, também, tecnologia da informação.

A importância da gestão de conteúdo está diretamente associada à evolução

da internet, destacando que novas tecnologias e aplicativos permitiram o ingresso de

usuários não técnicos na concepção, no gerenciamento e em certas etapas da

operação dos sistemas de conteúdo nas organizações (FRANCO, et. al., 2009).

Page 20: Projeto SGCs

19

1.2 Histórico

De acordo com Franco, et. al. (2009), “a web passou, em questão de uma

década, de um aspecto técnico e estático para um instrumento com implicações

estratégicas evidentes”.

Um site era visto como algo que não agregaria valor à organização. Segundo

Byron, et. al. (2009), na década de 1990, as páginas web eram simples arquivos de

texto, desenvolvidos em HTML, alguns com imagens e outras mídias, e que eram

organizados em pastas específicas em um servidor da Internet.

Enquanto o site2 possuía poucas páginas, o webmaster3 realizava a

manutenção facilmente. Porém, com o crescimento do tamanho dos sites,

problemas começaram a aparecer, como:

a) Dificuldades em alterar o design do site, já que as informações

necessárias sobre formatação, layout e design eram feitas em cada

página, individualmente;

b) Duplicação massiva de conteúdo por conta da estrutura do site;

c) Impossibilidade de manter a consistência dos sites complexos, mesmo

eles organizados em diretórios e subdiretórios, porque, para adicionar uma

nova página em um diretório, também era necessário realizar a

atualização na página principal, notificando que uma nova página estava

no ar (BYRON, et. al, 2009).

Como solução para esses problemas, encontrou-se: o uso de scripts4 e

programas CGI5, que permitiu a utilização de tags especiais, as SSI6, em cada

2 Um site é formado por um conjunto de páginas em um endereço comum chamado URL e que fica

hospedado no em um servidor, sendo acessado por uma rede.

3 O webmaster é responsável pela criação, desenvolvimento, edição e manutenção de um site.

4 Script é uma sequência de comando e tarefas a serem executadas.

5 Common Gateway Interface: é um padrão para interface de aplicativos externos com servidores de

informação (servidores web) para que quando um programa CGI for executado em tempo real ele produza informação dinâmica, já que um documento HTML é estático, ou seja, um arquivo texto que não se altera.

Page 21: Projeto SGCs

20

arquivo HTML, possibilitando que o conteúdo de um arquivo fosse utilizado em outra

página, facilitando, assim, a atualização desse pedaço de memória, já que estão

armazenados em um só lugar.

Outra mudança foi a utilização de bancos de dados simples para o

armazenamento de conteúdo similar. Por exemplo, em um site de notícias ou em um

blog, todas as páginas têm a mesma estrutura, apesar do conteúdo diferente. Ao

invés de armazenar, separadamente, cada página como um arquivo HTML, os

webmasters usavam um programa no servidor web para buscar o conteúdo de cada

de cada artigo no banco de dados e exibi-lo em uma página já preparada com todas

as marcações HTML necessárias (BYRON, et. al, 2009).

Apesar dessas melhorias, ainda havia sérios desafios:

1. Grandes sites com diferentes tipos de conteúdo ainda utilizavam uma

variedade de scripts, bancos de dados separados, e outros elementos

para manter tudo funcionando. Os webmasters que atualizavam o

conteúdo tinham que descobrir se precisavam mudar um arquivo HTML,

uma entrada no banco de dados, ou o código de programa de algum

script;

2. Conteúdo dinâmico requer sua própria infraestrutura. Trabalhar com

diferentes sistemas (projetados separadamente) em um website unificado

não é uma tarefa simples (BYRON, et. al, 2009).

De acordo com Byron, et. al. (2009), surgiram programas para gerenciar os

diferentes tipos de conteúdo e recursos, com uma consistente interface de fácil

entendimento para o usuário. Os primeiros softwares focavam em uma tarefa ou

aplicação especifica, mas os SGCs mais novos ofereciam ferramentas para criar,

editar e organizar a informação no website.

6 Server Side Includes: são diretivas em páginas HTML que permitem adicionar conteúdo gerado

dinamicamente para uma página existente sem a necessidade de servir toda a página através de um programa CGI ou outra tecnologia dinâmica.

Page 22: Projeto SGCs

21

Em 1996, um dos primeiros SGCs, o Story Server, um sistema de

personalização de conteúdo web, foi desenvolvido pela Vignette Corporation, hoje

Open Text Corporation.

Garber e Webber, fundadores da Vignette, tinham a ideia de encontrar uma

maneira de tornar mais fácil e personalizável a publicação na web. Enquanto

trabalhavam nessa ideia, Garber entrou em contato com Jonathan Rosenberg, um

executivo da CNET (The Computer Network), uma nova companhia de mídia que

tinha uma tecnologia similar: Prism. CNET precisava comercializar esse produto e o

entregou a Vignette, que fundiu o Prism com a sua própria tecnologia e lançou o

Story Server (MALIK, 1998).

Atualmente, há uma grande variedade de sistemas de gerenciamento de

conteúdo, que engloba software open source7 até os proprietários, que trabalham

com uma mesma função: facilitar o gerenciamento de conteúdo dinâmico.

1.3 Características Críticas

Os sistemas de gerenciamento de conteúdo possuem funções, cada um no

seu modo, para atender às seguintes propriedades:

a) Gestão integrada: a ferramenta deverá ser capaz de gerenciar, de forma

consistente, os conteúdos que serão apresentados tanto em ambientes

públicos quanto restritos;

b) Gestão do ciclo de vida: uma das formas de lidar com a grande

quantidade de informação é adotando formas de se gerenciar o ciclo de

vida dos conteúdos publicados e armazenados, através da atribuição

dados para o gerenciamento dos conteúdos, como, por exemplo, o prazo

de expiração da informação;

c) Classificação automática: para facilitar a recuperação de conteúdos, o

sistema deve possibilitar a classificação destes, através de metadados

(dados sobre o conteúdo publicado), informando as propriedades dessa

publicação e, assim, facilitando as funcionalidades de navegação e busca;

7 Software com o código aberto, que pode ser executado, copiado, distribuído, modificado e

aperfeiçoado por todos seus usuários. É também conhecido como “free software”, com a palavra “free” indicando liberdade, não gratuidade.

Page 23: Projeto SGCs

22

d) Controle de versão: há um controle sobre as versões de um conteúdo

para facilitar o acompanhamento da evolução do conteúdo publicado.

e) Segurança e monitoramento: alguns destaques nos aspectos de

segurança:

1. Restrição do acesso de usuários a conteúdos, de acordo com o

perfil estabelecido para eles;

2. Somente pessoas qualificadas e autorizadas têm permissão para

editar e aprovar informações que serão publicadas (FRANCO et.

al., 2009).

1.4 Funcionamento

Em um nível conceitual, os sistemas de gerenciamento de conteúdo são uma

camada intermediária entre o backend (o que faz a Internet funcionar) e o frontend

(o que os usuários veem em seus navegadores).

De acordo com Byron, et. al. (2009), a figura 1 mostra que nas camadas

inferiores estão rodando o sistema operacional (lida com as tarefas de baixo-nível,

como conexões de rede, arquivos e permissão de arquivos, para manter o website

funcionando), o servidor web (permite que o computador seja acessível através da

internet e fornece o material correto quando um site é acessado), o banco de dados

(armazena todo o conteúdo do website, as contas de usuário e as definições de

configuração para posterior recuperação) e a linguagem de programação no qual o

SGC foi desenvolvido (gera as páginas dinamicamente e envia informações do

banco de dados para o servidor web).

Page 24: Projeto SGCs

23

Fonte: Adaptado de BYRON et.al., 2009 (tradução nossa).

Numa visão interna, os SGCs são formados por módulos, que adicionam

recursos aos sistemas e geram o conteúdo em qualquer página. Mas antes da

página ser mostrada ao usuário, ela passa por mudanças conforme as necessidades

de design; o conteúdo é emitido como XHTML8, além dos outros tipos de

processamento suportados, como CSS9, para controle de layout, cores e fontes, e

8 Extensible HyperText Markup Language: uma versão mais rigorosa e mais limpa de HTML.

9 Cascading Style Sheets: são os estilos que definem como para exibir os elementos HTML.

CSS JavaScript

HTML

Tema

Módulos e Plug-ins

Programação Banco de Dados

Servidor Web (Apache, ISS...)

Sistema Operacional

Figura 1. Estrutura de um site utilizando um SGC

Page 25: Projeto SGCs

24

JavaScript10, usada para elementos dinâmicos. Para apresentar uma página no

navegador do usuário, algumas etapas são seguidas:

1. O navegador do usuário solicita a página do servidor;

2. O servidor solicita a página ao SGC;

3. O SGC construirá uma página-base de acordo com os parâmetros de

publicação e de texto, gráficos, imagens e outros componentes, obtidos a

partir do banco de dados. Esta é então passada para o servidor de

aplicação.

4. O servidor, além de passar a página para o navegador, realiza outras

tarefas, como consultar o arquivo local htaccess, executar scripts

associados à página, entre outras (A3WEBTECH, 2011).

Na visão de usuário, um SGC funciona da seguinte maneira, conforme figura

2:

a) Os gerentes, aqueles que possuem um conhecimento técnico razoável

para alterarem o sistema, criam os templates (regiões editáveis de

conteúdo e a estrutura não editável, de recursos de navegação) dentro do

sistema;

b) Os contribuídores de conteúdo, que não precisam de conhecimentos

técnicos sobre o sistema, inserem o conteúdo nas páginas;

c) Editores e aprovadores, não possuem conhecimentos técnicos sobre o

sistema, revisam e editam as informações necessárias;

d) Quando aprovado, o site é publicado via FTP11 para o servidor, onde os

usuários irão acessá-lo (UBC, 2008).

10

É uma linguagem de script (linguagem de programação leve), que foi projetado para adicionar

interatividade a páginas HTML nas quais é embutida.

11 File Transfer Protocol: um protocolo usado para transferir arquivos pela Internet.

Page 26: Projeto SGCs

25

Figura 2. Visão de um SGC pelo Usuário

Fonte: Adaptado de UBC, 2008 (tradução nossa).

Como mostrado na figura 3, os SGCs são gerenciados por usuários que

acessam o sistema através de um login e senha. Geralmente, esses usuários são

organizados por papéis atribuídos pelo usuário administrador, de forma hierárquica:

Figura 3. Hierarquia dos Usuários

Fonte: Adaptado de SIARTO, 2010 (tradução nossa).

Page 27: Projeto SGCs

26

1.5 Estrutura

Um sistema de gerenciamento de conteúdo é formado pelo tema (templates)

e pelas extensões, constituídas em módulos e plug-ins.

a) Tema: conjunto de propriedades que definem como o site será exibido,

onde todos os elementos têm suas características definidas a partir dos

arquivos CSS; ou seja, “o tema é a identidade visual do site” (HOSTNET,

2010).

b) Extensões:

1. Módulos: blocos de código que contêm funcionalidades de um

sistema de gerenciamento de conteúdo; alguns módulos já estão

inclusos ao se instalar o sistema, como o módulo de usuário que

permite a autenticação no sistema, porém, no caso dos SGCs open

source, há muitos módulos conhecidos como “contribuídos”, já que

existem desenvolvedores que criam e fornecem módulos de acordo

com as necessidades (BYRON, et.al., 2009).

2. Plug-ins: scripts que realizam algum evento, como os editores de

texto, melhorando a mecânica do sistema (RIBEIRO, 2010).

1.6 Vantagens

Os sistemas de gerenciamento de conteúdo proporcionam aos usuários os

seguintes benefícios, já que possuem mecanismos cada vez mais eficientes para

gerenciar toda informação da organização:

1. Permitem que o pessoal sem conhecimento técnico em HTML, FTP, entre

outros, possa realizar a atualização do conteúdo do site;

2. Facilidade na utilização de ferramentas WYSIWYG12, similares ao Word,

para a edição do conteúdo;

3. Tornam simples aprovação do conteúdo;

4. Oferecem consistência visual ao site;

12

“What You See Is What You Get”, que significa “O que você vê é o que você obtém”. É um termo

usado para classificar ferramentas de edição e desenvolvimento que permitem visualizar, em tempo real, exatamente o que será publicado ou impresso.

Page 28: Projeto SGCs

27

5. Facilidade no arquivamento, armazenamento e recuperação de conteúdo;

6. Tornam mais simples a atualização dos conteúdos;

7. Facilidade de encontrar as informações necessárias;

8. Os webdesigners podem focar em outras tarefas, como o desenvolvimento

de funcionalidade interativa, melhorando a usabilidade do site;

9. Geram ganhos de produtividade;

10. Reduzem riscos operacionais;

11. Aumentam a segurança (UBC, 2009; FRANCO, et.al., 2009).

Page 29: Projeto SGCs

28

2 Os Principais Sistemas open source de Gerenciamento de Conteúdo

Um relatório realizado anualmente pela agência digital WATER & STONE,

conhecido como Open Source CMS Market Share Report, avalia vinte sistemas

open source de gerenciamento de conteúdo em uma variedade de métricas e

indicadores com o objetivo de sintetizar as tendências e padrões que definem os

líderes de mercado, de acordo com duas categorias: taxa de adoção e força da

marca.

Também foi criado um questionário, respondido por mais de duas mil e

quinhentas pessoas de oitenta e seis países para mostrar a participação do mercado

de uma forma direta. Dessa pesquisa, pode-se destacar:

a) 84,3% dos entrevistados indicaram que eles eram responsáveis pela

escolha do SGC que usam atualmente;

b) 43,5% dos usuários utilizam o SGC atual por mais de três anos;

c) 94,8% disseram que recomendariam o SGC atual para outras pessoas

(WATER & STONE, 2011).

Após a análise de todas os dados obtidos, chegou-se à conclusão que, pelo

quarto ano consecutivo, os SGCs WordPress, Drupal e Joomla dominam o mercado

e as avaliações referentes à força da marca, liderando a maioria das métricas

analisadas, como o número de downloads e de instalações, o suporte oferecido por

desenvolvedores e publicações, o índice de busca, a popularidade do projeto e

reputação, entre outras. (WATER & STONE, 2011).

De acordo com Hall, et. al. (2010), Drupal e Joomla foram desenvolvidos para

serem repositórios de gerenciamento de conteúdo, que trabalham com diferentes

tipos de conteúdo, múltiplos autores em vários papéis e enviam conteúdo para o

usuário que o solicitou. Já o WordPress, inicialmente desenvolvido para ser um

sistema de blogs, tem como objetivo final exibir o conteúdo para um leitor; porém,

pode ser integrado a outros sistemas de gerenciamento de conteúdo.

O quadro 1 apresenta as principais características dos sistemas

apresentados:

Page 30: Projeto SGCs

29

Quadro 1. Características dos Principais SGCs open source

WordPress Drupal Joomla

Versão 3.3.2 7.14 2.5

Desenvolvimento PHP e MySQL PHP e MySQL PHP e MySQL

Criação Sucessor do b2/cafelog,

por Matt Mullenweg

A partir de um

Message Board, por

Dries Buvtaert.

Nova versão do

código do Mambo.

Utilização Blogs:

WordPress.com

WordPress.org

WordPress MU

Diversos sites e

blogs.

Diversos sites e

blogs.

Comunidade Comunidades participativas.

Fonte: Criação nossa.

2.1 WordPress

WordPress é um sistema open source de gerenciamento de conteúdo para

web, livre e gratuito, desenvolvido em PHP e com banco de dados MySQL, para a

criação de sites e blogs.

Segundo Sabin-Wilson (2009), o WordPress é o sucessor oficial de uma

plataforma de blogs conhecida como b2/cafelog, desenvolvida por Michael Valdrighi,

que não manteve seu desenvolvimento, preocupando, assim, vários usuários que

haviam escolhido b2/cafelog como a ferramenta de publicação de conteúdo na web.

Um desses usuários, Matt Mullenweg, resolveu criar a partir do código original

da b2/cafelog uma nova aplicação chamada WordPress, aproveitando o que havia

de melhor da antiga ferramenta. Assim, em dezembro de 2003, foi lançada a

primeira versão oficial do software WordPress (SABIN-WILSON, 2009).

Atualmente, o WordPress está em sua versão 3.3.2 e é referência para a

criação de blogs, ferramenta geralmente utilizada para a publicação de pensamentos

e ideias, como um diário pessoal. Porém, com o crescimento da influência da

internet no cotidiano das pessoas, um blog passou a ser utilizado também como:

Page 31: Projeto SGCs

30

1. Negócio: para promover os serviços e produtos de uma empresa, os

blogs são ferramentas eficientes para promoção e marketing, além de

oferecerem informações úteis para leitores e consumidores e permitirem

que leitores deem opinião e ideias para que as empresas possam

melhorar seus serviços.

2. Mídia/jornalismo: para fornecer informações sobre eventos atuais,

política e notícias a nível nacional e internacional, grandes redes de

comunicação adicionaram blogs em seus sites.

3. Profissional: pessoas estão sendo pagas para anunciar produtos e

serviços ou escrever sobre um tema específico de interesse a uma

empresa ou a um site (SABIN-WILSON, 2009).

2.1.1 Características

O WordPress é um sistema de publicação pessoal que permite a criação de

um blog e a publicação do conteúdo dinâmico sem a necessidade de se conhecer a

programação por trás das páginas.

As principais características destacadas no site WordPress.org são:

1. Total cumprimento com padrões: garante-se que o código gerado do

WordPress segue os padrões ditados pela W3C. Isso é importante não

somente pela interoperabilidade com o navegador atual, mas por ser um

diferencial competitivo com as ferramentas futuras.

2. Sem reconstrução: mudanças nos templates ou entradas são mostradas

imediatamente no site, sem a necessidade de reconstrução de páginas

estáticas.

3. Páginas do WordPress: permitem fácil gerenciamento do conteúdo

estático.

4. Links do WordPress: permitem criar, manter e atualizar qualquer número

de blogrolls13 através da interface de administração.

13 Uma lista de links para blogs recomendados pelo autor de um blog, que ganha destaque em uma

barra lateral ou em uma nova página.

Page 32: Projeto SGCs

31

5. Temas do WordPress: o sistema fornece diversos temas, dos mais

simples até aqueles com design mais completo, que podem ser alterados

facilmente.

6. Ferramentas de comunicação “cross-blog” (entre blogs): o WordPress

suporta os padrões trackback (método de notificação entre sites)14 e

pingback (cria uma ligação verificável entre blogs).

7. Comentários: visitantes podem deixar comentários em entradas

individuais e, através das ferramentas de comunicação citadas acima,

podem comentar em seus próprios sites.

8. Proteção contra spam: o WordPress possui ferramentas robustas para

verificar os casos de spam como, por exemplo, existe uma lista negra

integrada e há um verificador de proxy15 aberto para gerenciar e eliminar o

spam dos comentários inseridos.

9. Registro completo do usuário: existe um sistema de registro de usuário

que permitem às pessoas se registrar e manter perfis, assim é possível

deixar comentários com identificação em blogs.

10. Mensagens protegidas por senha.

11. Fácil instalação e atualização.

12. Fácil importação: caso um usuário queira importar um blog já existente

em outra ferramenta.

13. Formatação de texto inteligente.

14. Múltiplos autores: o sistema permite que até 10 níveis de usuários, com

diferentes níveis (configuráveis) de privilégio, publiquem e editem e

controlem as publicações.

I. Desenvolvimento de Plug-ins

De acordo com Sabin-Wilson (2009), PHP (Hypertext Preprocessor) é uma

linguagem de script embutida no HTML para criar páginas dinâmicas. Quando um

14

Um exemplo de trackback: uma pessoa A escreve algo em seu blog e uma pessoa B quer fazer um comentário, porém, quer que seus leitores visualizem; esse comentário pode ser feito no próprio blog da pessoa B e a pessoa A recebe uma notificação dessa ação.

15 Servidor que atende as requisições de um cliente e que pode, opcionalmente, alterar a resposta

enviada.

Page 33: Projeto SGCs

32

visitante abre uma página desenvolvida em PHP, o servidor processa os comandos

para enviar os resultados ao navegador usuário.

De acordo com o site oficial do projeto, um dos motivos principais para o

WordPress ser um software popular é a facilidade de se adicionar funcionalidades

através de plug-ins, conjunto de funções escritas na linguagem PHP, que acrescenta

recursos ou serviços para o WordPress.

A estrutura que permite essa extensibilidade é formada por ganchos (hooks),

regiões do código dos plug-ins essenciais para modificar o comportamento do

sistema sem modificar, de fato, o código do núcleo (HALL, et. al., 2010; BRAZELL,

2010).

Segundo Brazell (2010), essa arquitetura oferece aos desenvolvedores

extrema flexibilidade, pois muitos recursos do WordPress são implementados

através desse sistema de ganchos. Assim, o núcleo do sistema continua com o

mesmo tamanho, já que inicialmente a intenção era criar uma plataforma leve, com

os elementos principais necessários e que permitia os usuários estender e modificar

o WordPress conforme suas vontades.

A API (Application Programming Interface), interface de programação, é

composta por dois elementos principais, os ganchos:

a) Ações: desencadeadas por eventos específicos que ocorrem no

WordPress como, por exemplo, quando uma nova publicação é inserida.

b) Filtros: modificam o conteúdo antes de salvá-lo no banco de dados ou

exibi-lo na tela (HALL, et. al., 2010).

Os quadros 2 e 3 mostram as funções específicas dos ganchos, que na sua

forma mais básica, possuem dois argumentos, sendo o primeiro o nome do gancho

e o segundo o retorno que deve ser passado pelo mesmo. Para se utilizar um

gancho, devem ser seguidos os passos:

1. Criar uma função em PHP, que deve ser executada quando um evento

ocorre (ação) ou para filtrar os dados (filtro).

Page 34: Projeto SGCs

33

2. Ligar um gancho para a ação ou o filtro no WordPress, chamando as

funções add_action() ou add_filter().

3. Adicionar a função no arquivo de plug-in e, então, ativá-lo (BRAZELL,

2010; CODEX.WORDPRESS.ORG, 2012).

Quadro 2. Funções de Ação

Funções Descrição

has_action() Verifica se o gancho registrou alguma ação.

add_ action() Relaciona uma função a uma ação específica.

do_action() Cria um gancho para ligar ações via add_action().

do_action_ref_array() Executa as funções ligadas a um gancho de ação específico,

passando os argumentos em uma matriz.

did_action() Recupera o número de vezes que uma ação é executada.

remove_action() Remove a função ligada a um gancho de ação específico.

remove_all_actions() Remove todos os ganchos de uma ação.

Fonte: Adaptado de CODEX.WORDPRESS.ORG, 2012 (tradução nossa).

Quadro 3. Funções de Filtro

Funções Descrição

has_filter() Verifica se o gancho registrou algum filtro.

add_filter() Relaciona uma função a um filtro específico.

apply_filters() Chama as funções adicionadas pelo filtro.

current_filter() Recupera o nome do filtro atual ou ação.

merge_filter() Mesclar as funções de um filtro específico com as funções de

um filtro genérico.

remove_filter() Remove uma função ligada a um gancho de filtro específico.

remove_all_filters() Remove todos os ganchos de um filtro.

Fonte: Adaptado de CODEX.WORDPRESS.ORG, 2012 (tradução nossa).

II. Banco de Dados

Praticamente todos os sites da web estão conectados a um banco de dados

que armazena informações sobre esse site; com o WordPress não é diferente. O

banco de dados utilizado é o MySQL, um sistema open source de gerenciamento de

Page 35: Projeto SGCs

34

banco de dados relacional que utiliza SQL (Structured Query Language), a

linguagem mais popular para adicionar, acessar e processar dados em um banco de

dados (SABIN-WILSON, 2009).

Hall et. al. (2010) informa que durante a instalação do WordPress são criadas

11 tabelas padrões no banco de dados, já que sua estrutura é projetada para ser

mínima e ainda permitir flexibilidade quando houver desenvolvimento para o

WordPress. Com isso, plug-ins e temas têm a capacidade de criar tabelas

personalizadas dentro do banco de dados.

A estrutura das tabelas do WordPress é muito consistente, pois cada tabela

contém um campo de identificação único como chave primária e um ou mais índices

nos campos, o que melhora a velocidade de recuperação dos dados ao executar

uma consulta (HALL, et. al., 2010).

O campo de identificação é o mais importante, pois é auto-incrementado e

usado para dar a cada registro na tabela um identificador exclusivo. Por exemplo,

cada publicação tem uma identificação única que pode ser usada para ligar uma

tabela a outras no banco de dados.

2.1.2 Utilizando o WordPress

O WordPress é o único SGC que oferece três versões do seu software. Cada

versão é desenvolvida para suprir as necessidades dos usuários:

a) A versão hospedada em WordPress.com;

b) A versão auto-instalada e auto-hospedada disponível em WordPress.org;

c) A versão multiusuário, o WordPress MU (SABIN-WILSON, 2009).

Quadro 4. Principais diferenças entre as versões do WordPress

Característica WordPress.com WordPress.org WordPress UM

Custo Gratuito Gratuito Gratuito

Download de

Software

Não Sim Sim

Instalação de Não Sim Sim

Page 36: Projeto SGCs

35

Software

Necessidade de

web hosting

Sim Sim, alugando um

espaço

Sim

Controle de

customização do

CSS

Sim, pagando pelo

serviço

Sim Sim para o

administrador; não

para o usuário final

Acesso ao

template

Não Sim Sim para o

administrador; não

para o usuário final

Menu lateral de

widgets

Sim Sim Sim

RSS Sim Sim Sim

Acesso ao código

fonte

Não Sim Sim para o

administrador; não

para o usuário final

Instalação de plug-

ins habilitada

Não Sim Sim

Instalação de

temas

Não Sim Sim

Suporte multiautor Sim Sim Sim

Número ilimitado

de instalação de

blogs em uma

conta

Sim Não Sim

Comunidade

baseada em fóruns

de suporte

Sim Sim Sim

Fonte: Adaptado de SABIN-WILSON, 2009 (tradução nossa).

Versão WordPress.com

Segundo Sabin-Wilson (2009), é uma solução hospedada gratuita, portanto

não é necessário realizar download do software e configurar um servidor. Tudo isso

é feito no backend automaticamente.

Page 37: Projeto SGCs

36

Apesar da facilidade, existem limitações para essa versão: não é possível

instalar plug-ins ou customizar os arquivos do código fonte. Porém, para um usuário

que está aprendendo a utilizar o blog como ferramenta de publicação, o

WordPress.com é uma boa opção.

Se o usuário quiser utilizar a versão do software auto-hospedada oferecida no

WordPress.org, ele pode fazer a migração do conteúdo do blog no WordPress.com

para a nova versão. Ao existir essa opção, o software mostra que não é totalmente

limitado para as necessidades do usuário (SABIN-WILSON, 2009).

Versão WordPress.org

A versão obtida pelo site WordPress.org deve ser instalada num servidor web,

com os requisitos mínimos:

a) Versão do PHP 4.3 ou posterior;

b) MySQL versão 4.0 ou posterior (SABIN-WILSON, 2009).

O único gasto que o usuário poderá ter será com a necessidade de se alugar

um espaço em um servidor web, que geralmente é oferecido por web hostings

através de planos de hospedagem.

Sabin-Wilson (2009) afirma que com o software instalado o usuário pode

utilizar seu blog e customizá-lo, instalando plug-ins que estendem a funcionalidade

do sistema e controlando os arquivos principais e seu código fonte. Então, se o

usuário tiver conhecimento em programação, ele poderá alterar o código do

WordPress e mudá-lo conforme suas necessidades e interesses.

Versão WordPress MU

De acordo com Sabin-Wilson (2009), o WordPress.com, que oferece

hospedagem de blogs, é o melhor exemplo para mostrar o funcionamento do

WordPress MU, já que é possível executar no site até um milhão de blog. O

WordPress MU permite que diferentes blogs sejam executados em um único

domínio (endereço), sendo o usuário o administrador dessa rede de blogs,

proporcionando aos usuários as funcionalidades que o software possui.

Page 38: Projeto SGCs

37

Porém, essa versão é indicada para usuários mais experientes e nas

seguintes situações:

1. Para redes que concentram mais de 150 blogs;

2. Para jornais e revistas renomadas, e grandes universidades, a fim de

gerenciarem as seções de blog em seus sites;

3. Em grupos específicos de redes de blogs, permitindo o gerenciamento dos

blogs voltados aos interesses de pessoas de uma área particular (SABIN-

WILSON, 2009).

2.1.3 Vantagens

Segundo Sabin-Wilson (2009), o WordPress oferece as seguintes vantagens

competitivas como a ferramenta mais popular do mercado:

1. Diversidade: três versões estão disponíveis para atender diferentes

interesses e necessidades dos usuários: WordPress.com, WordPress.org

e WordPress MU.

2. Facilidade de uso: a instalação do WordPress é rápida e o software é

fácil de usar.

3. Extensibilidade: o WordPress é extremamente extensível, já que é

possível obter plug-ins e ferramentas para customizá-lo a fim de atender

às necessidades do usuário.

4. Comunidade dos usuários: formada pelos próprios usuários, a

comunidade oferece apoio através de fóruns, listas de discussão e blogs

voltados para o uso do WordPress.

2.1.4 Comunidade

A comunidade do WordPress é formada por pessoas com diferentes níveis de

conhecimento. De fato, é essa diversidade que faz a comunidade ser uma das mais

fortes e participativas da web. Por ser um projeto open source, o WordPress mantém

ativo seu desenvolvimento graças à comunidade, que é auto-sustentável, divulgando

listas de discussão, fóruns de suporte, manuais e realizando eventos WordCamp

organizados pelo mundo (HALL, et al., 2010; BRAZELL, 2010).

Page 39: Projeto SGCs

38

Além de ajudar com o código fonte do WordPress, há várias formas para se

contribuir com o projeto do sistema, como encontrar e testar erros, corrigir erros e

adicionar funcionalidades, adicionar documentação sobre o WordPress, trabalhar

nas traduções e outras.

Segundo Brazell (2010) e Hall, et al. (2010), para haver um controle sobre

erros e sobre o gerenciamento dos projetos de software, foi criada a Trac, uma

ferramenta open source essencial para o processo de desenvolvimento. A Trac é

responsável por manter o controle sobre relatórios de bugs e patches, consolidar a

tomada de decisões, permitir conversas sobre os recursos e bugs, e descobrir as

alterações feitas para o software principal; ou seja, qualquer alteração realizada no

WordPress passa pela Trac.

Para os usuários finais buscarem ajuda e expandirem conhecimento sobre o

WordPress, alguns recursos podem ser utilizados:

a) Fóruns: encontrados no site wordpress.org, são mantidos por voluntários

e fornecem aos usuários um canal para realizarem perguntas e receberem

respostas.

b) WordPress Codex: é um projeto de documentação no estilo wiki, ou seja,

qualquer pessoa pode contribuir para os artigos e

conteúdos apresentados. Com tutoriais, exemplos, funções, e muito mais,

é um manual online para os usuários do WordPress, que mostra desde a

instalação até a personalização.

c) IRC (Internet Relay Chat): é uma das mais antigas formas de salas de

chat que permite obter suporte em tempo real.

d) Listas de discussão: o WordPress possui múltiplas listas sobre os

diferentes tópicos do projeto. Basta um membro enviar seu problema ou

pergunta para alguma lista, através de um e-mail específico, e esperar as

respostas enviadas por outros membros. Algumas das listas principais

são: Anúncios, Profissional, Documentação, Testers, Suporte da

comunidade, entre outras.

e) WordCamps: conferências que reúnem centenas de participantes e

totalmente voltadas para diversos assuntos relacionados ao WordPress

(HALL, et al., 2010; BRAZELL, 2010).

Page 40: Projeto SGCs

39

2.2 Drupal

Drupal é um sistema open source de gerenciamento de conteúdo utilizado

para construir sites ricos em conteúdo, através da combinação de “blocos” para

customização. Uma vez construído, o site pode ser mantido com formulários online,

sem a necessidade de modificar o código manualmente. Drupal é livre para uso, e

possui uma vasta biblioteca de ferramentas que evolui constantemente (BYRON, et.

al, 2009).

Byron et. al. (2009) afirma que Drupal é também um framework de

gerenciamento de conteúdo, que além de fornecer ferramentas para a construção

dos sites, oferece formas, principalmente para programadores e desenvolvedores,

para a personalização do compartamento do Drupal utilizando módulos, grande

parte deles desenvolvida pela comunidade.

O Drupal começou a ser desenvolvido por acidente, em 1998. Dries Buvtaert,

PhD em Ciência da Computação pela Universidade de Ghent, Bélgica, enquanto

ainda estudava na Universidade, começou a explorar a Internet sem fio juntamente

com seus colegas.

Para construir uma LAN (Local Area Network), rede local, foi necessária

intensa troca de informação, e com isso Dries decidiu desenvolver um Message

Board, um painel de mensagens que lembra os fóruns atuais, e que, posteriormente,

foi compartilhado no site Drop.org para que o grupo pudesse manter contato após a

gradução.

Por volta de 2000, o público que acessava a esse site mudou e então Dries

percebeu um interesse crescente das pessoas nesse software, que sugeriam novas

ideias e mudanças. Assim, decidiu compartilhar o código fonte do software para que

as pessoas pudessem experimentar e desenvolver novos recursos conforme suas

necessidades. Dessa forma, o Message Board se tornou o sistema open source

Drupal (DRUPAL.ORG, 2012).

Page 41: Projeto SGCs

40

2.2.1 Características

Hoje, o Drupal está na versão 7.14 conciliando flexibilidade e simplicidade

para que seus usuários utilizem as ferramentas necessárias para a criação de um

site. Algumas das suas características que podem ser destacadas são:

1. Livre: Drupal é distribuído como sistema open source, ou seja, pode-se

obter uma cópia do software, modificá-lo e adicionar conteúdo sem pagar

pela utilização, porém, caso um programador faça uma alteração direta no

código fonte, ela deve ser passada aos outros usuários.

2. Sistema modular flexível: os módulos que podem fazer parte do sistema

modificam e adicionam funcionalidades em um site. Caso não exista um

módulo específico para determinada necessidade, podem-se combinar

módulos já desenvolvidos para suprir o que o usuário deseja.

3. Customização: facilidade para personalizar os recursos do site, através

da adição de módulos.

4. Criação extensível de conteúdo: podem ser definidos diferentes tipos de

conteúdo, como blogs, eventos, palavras do dia, entre outros. Alguns

módulos permitem que sejam criados campos personalizados nesses tipos

de conteúdo recém-criados.

5. Permissões de acesso baseadas em papel: para permitir um controle

sobre quem pode acessar o que dentro do sistema. Cada papel é

personalizado e atribuído a um usuário.

6. Publicação social e ferramentas de colaboração: Drupal possui suporte

para ferramentas como grupos de blog, comentários, fóruns e perfis de

usuários, facilmente obtidas com adição de módulos (BEIGHLEY, 2010;

BYRON, et. al., 2009).

I. Módulos

Após a instalação, o sistema terá inicialmente apenas o núcleo, que é

responsável por fornecer a funcionalidade básica utilizada para suportar outras

partes do sistema. Esse núcleo permite que os módulos, blocos desenvolvidos em

PHP, se liguem a ele para fornecer as demais funcionalidades de um site (VANDYK;

WESTGATE, 2007).

Page 42: Projeto SGCs

41

Para estender o Drupal, um módulo precisa simplesmente implementar um

gancho (hook), uma função em PHP definida como evento interno no sistema. Cada

gancho é chamado da seguinte forma: nmodulo_ngancho(), onde “nmodulo” é o

nome do módulo e “ngancho” é o nome do gancho, e tem definidos um conjunto de

parâmetros e um tipo específico de retorno.

II. Conteúdo

Um bloco de conteúdo num site desenvolvido com Drupal recebe o nome de

nó, formado por vários campos. Cada nó tem um tipo de conteúdo, como, por

exemplo, as páginas, os tópicos de discussão de fóruns, as publicações num blog e

os artigos, e possui as propriedades básicas:

a) Um autor;

b) Data de criação;

c) Um título;

d) Corpo do conteúdo (BYRON, et.al., 2009).

Segundo Byron, et. al. (2009), Drupal vem pré-configurado com dois tipos de

nós: “Página” e “História”. Eles oferecem as características padrões presentes em

todos os tipos de nós, porém o que os diferenciam dos demais é a definição de

configuração; os nós desses tipos não possuem informações sobre autor e data de

criação.

Existem ferramentas que permitem a criação de outros tipos simples de nós,

como de notícia ou anúncio. Mas para armazenar outras informações, como título e

conteúdo, há módulos que adicionam essas e outras propriedades (BYRON, et.al.,

2009).

Para organizar os nós que compõem o conteúdo do site, cada um recebe um

endereço e é tratado como um espaço único de conteúdo. As páginas de um site

são criadas pela ligação de listas de nós que seguem um determinado critério e são

exibidos de diferentes formas:

a) A primeira página: por padrão, a página de um site desenvolvido em

Drupal possui a estrutura de um blog, apresentando as histórias mais

Page 43: Projeto SGCs

42

recentes publicadas. Para construir isso, o nó deve possuir bandeiras que

identifiquem a publicação como verdadeira.

b) Módulo de taxonomia: permite ao administrador do site criar categorias

para associar aos nós que são criados. Cada categoria possui uma página

no site que lista todos os nós ligados a ela (BYRON, et.al., 2009).

Byron et. al. (2009) afirma que o Drupal possui diversos módulos para

organizar os nós num site de diferentes maneiras. Porém, o importante é lembrar

que a maioria das “páginas” do Drupal ou são um nó de conteúdo especifico ou uma

lista de nós que compartilham um conjunto de propriedades.

Para entender o Drupal, deve se entender o fluxo da informação em suas

cinco camadas, como mostra a figura 4:

Page 44: Projeto SGCs

43

Figura 4. Esquema das camadas do Drupal

Fonte: Adaptado de DRUPAL.ORG, 2012 (tradução nossa).

1. Na base do sistema os nós são recolhidos.

2. A próxima camada concentra os módulos.

3. Na camada seguinte estão os blocos, que fornecem a saída de um módulo

ou são criados para exibir qualquer conteúdo, e os menus.

4. Em seguida, estão as permissões de usuário, que são configuradas para

determinar o que cada um pode visualizar e fazer.

5. A camada superior é o tema do site, construído predominantemente com

XHTML, CSS, e algumas variáveis em PHP, de modo que o conteúdo seja

gerado nos momentos apropriados e exibido da forma programada

(DRUPAL.ORG, 2012).

Page 45: Projeto SGCs

44

2.2.2 Utilizando o Drupal

Um site desenvolvido com o Drupal pode possuir diversos recursos sem a

necessidade de programação para obtê-los.

Pesquisas

O Drupal possui uma interface simples que permite a criação de pesquisas

personalizadas para que os visitantes possam opinar sobre um assunto específico,

assim criando discussões e troca de conhecimento entre os usuários.

Após um usuário registrar sua escolha, ele terá um resumo das respostas já

inseridas, como mostra na figura 5, e terá a opção de cancelar seu voto. Uma vez

respondida, o usuário não poderá responder uma mesma pesquisa novamente.

Figura 5. Exemplo de pesquisa num site desenvolvido com Drupal

Fonte: BEIGHLEY, 2010.

Blogs

Segundo Beighley (2010), os sistemas de gerenciamento de conteúdo são

extremamente populares pela facilidade que proporcionam para a criação de blogs.

E o Drupal fornece as características para o desenvolvimento de um blog completo,

como o arquivamento automático das publicações, a interface simples de se usar

para a criação de novas publicações e um sistema opcional para os visitantes do

blog comentarem sobre determinado assunto.

Os blogs são usados como alternativa para a publicação de novos conteúdos

que devem ser destacados. Ao invés da criação de novas páginas completas em

HTML, são inseridas novas publicações no blog. Além disso, pode ser desenvolvido

Page 46: Projeto SGCs

45

um histórico de todas as publicações e essas informações podem ser buscadas

através do campo de pesquisa (BEIGHLEY, 2010).

Formulários de Contato

De acordo com Beighley (2010), os visitantes precisam de um meio para

entrar em contato com o responsável de um site. O Drupal cria um formulário via

web, mostrado na figura 6, que envia o conteúdo para o e-mail cadastrado. Porém,

os campos do formulário são fixos, podendo ser modificados os textos e novas

informações serem adicionadas, como um endereço de contato, um mapa, entre

outros.

Figura 6. Formulário de contato de um site desenvolvido com Drupal

Fonte: BEIGHLEY, 2010.

Fóruns

Uma forma de desenvolver interação do público de um site e incentivar a

comunicação entre os usuários é através do fórum, o conjunto de discussões

apresentado na figura 7. Cada discussão é formada por um conjunto de tópicos,

onde cada usuário publica comentários e respostas a comentários de outros

usuários.

O Drupal permite configurar o fórum, controlando as permissões dadas aos

usuários, como, por exemplo, a criação de tópicos de discussão por eles e atribuir o

papel de moderador a determinados usuários para o melhor gerenciamento e

controle do fórum (BEIGHLEY, 2010).

Page 47: Projeto SGCs

46

Figura 7. Exemplo de fórum em um site desenvolvido com Drupal

Fonte: BEIGHLEY, 2010

Galeria de Imagens

Beighley (2010) afirma que apesar de existirem sites totalmente voltados para

o compartilhamento de imagens, a melhor alternativa para o usuário manter controle

sobre suas fotos, imagens e vídeos é utilizando módulos de galerias de imagens

(figura 8).

Com esses módulos, o usuário pode restringir o acesso a imagens e há um

controle maior sobre os visitantes da galeria, permitindo ou não que eles façam o

download de imagem.

Figura 8. Galeria de imagens para um site desenvolvido em Drupal

Fonte: BEIGHLEY, 2010.

Page 48: Projeto SGCs

47

2.2.3 Vantagens

O site oficial do Drupal (drupal.org) destaca os seguintes benefícios para o

usuário que escolheu esse sistema:

1. Organização e Pesquisa: Drupal possui muitas ferramentas para facilitar

a organização, a estrutura e a pesquisa de um conteúdo para reutilização,

através da categorização com taxonomia, URLs amigáveis, listas

personalizadas e padrões de criação.

2. Conteúdo criativo: possui uma interface web fácil de usar que lida com

diversos tipos de conteúdo, como vídeo, texto, blog, pesquisas, entre

outros.

3. Administração: é facilitada pela atribuição de papéis às contas de

usuários, cada um com suas permissões e funções específicas.

4. Colaboração: foca na publicação social como auxilio para a criação de

sites.

5. Construção: para um site ser desenvolvido, não é necessário programar

uma estrutura nova. Uma distribuição Drupal possui uma configuração pré-

definida de recursos e funções para um site.

6. Criação e Apresentação: a camada de apresentação permite aos

usuários criar sites de forma interativa para envolver os usuários e

aumentando, assim, o tráfego, pois um tema é a identidade do site.

7. Extensibilidade: a maioria dos requisitos de um site pode ser atendida

com a utilização de módulos, disponíveis no site, para que o esforço fique

concentrado na construção do site e não na recriação de recursos já

disponíveis.

8. Conexão: Drupal facilita a conexão com outros sites e serviços, por meio

de feeds e pesquisas, além de permitir a integração com redes sociais.

2.2.4 Comunidade

A comunidade é uma parte essencial para a construção de um site utilizando

o Drupal. Para responder as diversas dúvidas e questões que surgem nos novos

usuários, há manuais e guias sobre o sistema com todas as informações

importantes para sua utilização. Além disso, há FAQs com dicas úteis sobre as

Page 49: Projeto SGCs

48

mensagens de erro encontradas, fóruns para obter ajuda através de discussões em

tópicos e um IRC para tirar dúvidas em tempo real (BYRON, et.al., 2009). Há

diversos meios para encontrar seus membros:

a) Grupos on-line e local: fornece um lugar aos grupos para conhecer,

organizar e trabalhar em projetos de acordo com os interesses em comum

ou a localização geográfica, permitindo, assim, aprenderem e se

envolverem mais;

b) Encontros e eventos: os membros da comunidade se encontram em

eventos para obterem dicas e informações de novos e diferentes contatos.

c) Planeta Drupal: agrega as publicações de blogs escritos por membros do

Drupal, com informações úteis para a comunidade.

d) Suporte comercial: para uma ajuda profissional, o site oficial oferece um

espaço onde empresas ajudam em questões como hospedagem,

treinamentos e outros serviços necessários para o Drupal.

2.3 Joomla!

Joomla é um popular sistema de gerenciamento de conteúdo que permite

construir aplicações on-line e sites de fáceis criação e gerenciamento de conteúdo.

Muitos aspectos, incluindo a facilidade de uso e sua extensibilidade, fizeram do

Joomla uma ferramenta popular, além de ser uma solução open source disponível

gratuitamente para todos (JOOMLA.ORG, 2012).

Segundo Severdia e Crowder (2010), uma empresa australiana desenvolveu

em 2001 um SGC proprietário chamado Mambo e, um ano depois, o lançou

gratuitamente. Essa ferramenta ganhou apoio da comunidade, mas, em 2005, uma

disputa de direitos autorais fez a maioria dos membros da equipe de

desenvolvimento do Mambo renunciar. Com isso, foi criada uma nova versão do

código de Mambo chamada Joomla.

A primeira versão do Joomla, lançada em setembro de 2005, era basicamente

correções e algumas atualizações. Em janeiro de 2008, a primeira grande revisão da

ferramenta foi anunciada: Joomla 1.5, que adicionou uma nova API de

Page 50: Projeto SGCs

49

desenvolvimento, tornando o Joomla um SGC internacional (SEVERDIA;

CROWDER, 2010).

2.3.1 Características

Joomla se encontra na sua versão 2.5 e possui recursos importantes, além da

sua extensibilidade, destacados no site Joomla.org:

1. Gerenciamento de usuários: Joomla possui um sistema de registro que

permite ao usuário configurar as opções pessoais. Há nove grupos de

usuários com diferentes tipos de permissões para administração, acesso,

edição e publicação de conteúdo;

2. Gerenciamento de mídia: há uma ferramenta utilizada para gerenciar

facilmente arquivos de mídia ou pastas, integrada a qualquer editor de

texto;

3. Gerenciamento de idioma: vários idiomas estão disponíveis para a

construção de um site;

4. Gerenciamento de banners: para criar uma propaganda, utiliza-se uma

ferramenta que associa um banner a um perfil de cliente.

5. Gerenciamento de contatos: essa ferramenta permite a busca de

usuários e suas informações de contato.

6. Buscas: o usuário pode navegar por um site através dos itens de busca

mais populares; além disso, para o administrador há uma área que mostra

as estatísticas de pesquisa.

7. Criação de conteúdo: é simples, utilizando o editor WYSIWYG, para os

novos usuários desenvolverem textos da forma que precisarem; após a

criação de artigos, diversos módulos pré-instalados mostram os artigos

mais populares, os itens recentes, artigos relacionados, entre outros;

8. Gerenciamento de menus: há um sistema para a criação de menus e os

itens de menu necessários, estruturando a hierarquia de forma

independente da estrutura de conteúdo.

9. Gerenciamento de temas: o Joomla permite a utilização de um único

tema para todo o site ou um tema utilizado para cada seção, e permite a

personalização de cada região de uma página;

Page 51: Projeto SGCs

50

10. Sistema integrado de ajuda: Joomla possui uma seção de ajuda para

auxiliar os usuários, fornecendo um glossário que explica os termos, um

verificador de versão, uma ferramenta de informações do sistema para

solucionar problemas e outros links para obtenção de outras formas de

apoio.

I. Personalizando funcionalidades

Basta modificar ou criar componentes, módulos e plug-ins para customizar as

funcionalidades de um site, cujo gerenciamento é realizado independentemente do

núcleo do sistema (SHREVES, 2010).

De acordo com Shreves (2010), o SGC Joomla foi construído a partir de um

framework, projeto reutilizável para o desenvolvimento de um sistema ou subsistema

baseado em modernos padrões de projeto orientado a objeto, e composto por um

conjunto de classes abstratas e suas instâncias que colaboram para um tipo

específico de software. O framework pode incluir programas de apoio, bibliotecas de

código, linguagens de script e outros, tendo algumas partes apresentadas através de

uma interface de programação (API). Além disso, é uma parte importante da

arquitetura do Joomla, pois faz o núcleo do sistema altamente gerenciável e fácil de

ser estendido (JOOMLA.ORG, 2012).

Figura 9. Arquitetura do Joomla!

Fonte: Adapatado de JOOMLA.ORG, 2012 (tradução nossa).

Como mostra a figura 9, Joomla é um sistema de três níveis:

1. Camada de extensões: consiste em extensões para o framework do

Joomla e suas aplicações, como módulos, componentes e templates;

Page 52: Projeto SGCs

51

2. Camada de aplicação: formada por aplicações que estendem a classe

JApplication16 do framework. Existem três aplicações incluídas na

distribuição do Joomla: JInstallation, responsável por instalar o Joomla em

um servidor web e eliminada após a instalação ser concluída;

JAdmnistrator, responsável pelo administrador backend; e JSite,

responsável pelo frontend do site;

3. Camada do framework: composta pelo framework em si, as bibliotecas

requeridas pela estrutura ou instaladas por desenvolvedores, e os plug-ins

para estender a funcionalidade disponível no framework.

Plug-ins

Rahmel (2009) afirma que os plug-ins são os tipos de extensão mais

avançados porque funciona entre o Joomla e o usuário (figura 10), sendo ativados

por vários eventos a partir do servidor (como eventos de sistema, eventos de

usuários, evento de editor, e eventos de conteúdo) e que podem modificar os dados

antes de serem enviados para o navegador e os dados recebidos pelo sistema.

Figura 10. Funcionamento de um plug-in do Joomla!

Fonte: Adaptado de RAHMEL, 2009 (tradução nossa).

16

É a classe base para uma aplicação Joomla. Age como uma classe de fábrica para objetos

específicos da aplicação e fornece muitas funções de apoio.

Page 53: Projeto SGCs

52

O sistema possui uma série de plug-ins, organizados em categorias e

mantidos no diretório /plug-ins, que exigem, no mínimo, dois arquivos:

pluginnome.php, que contém o código PHP principal; e epluginnome.xml, que

contém as informações necessárias de descrição para que o plug-in seja

reconhecido e utilizado pelo Joomla. Para classificar um plug-in, há oito categorias:

1. Autenticação: quando os usuários efetuam login em um site, tem seus

dados de login verificados, comparando-os com os dados dos usuários já

registrados;

2. Conteúdo: afetam os artigos, permitindo a adição de funcionalidades nas

páginas;

3. Editores: carregam os editores WYSIWYG em vários locais do frontend e

backend;

4. Editores-XTD: permitem estender a funcionalidade do editor, adicionando

botões extras para trabalhar em conjunto com o editor;

5. Pesquisa;

6. Sistema: são ativados a partir de vários pontos-chaves no processo de

construção da página;

7. Usuário: despacha tarefas enquanto os usuários executam ações num

site, que podem incluir o login, realizar o logout do sistema, adicionar um

usuário, excluir um usuário, e outros;

8. XML – RPC (Extensible Markup Language – Remote Procedure Call):

permite que um site interaja com outro site ou aplicativo de um servidor

diferente ou desktop. (SEVERDIA; CROWDER, 2010; SHREVES, 2010).

Componentes

Os componentes são as principais unidades funcionais do Joomla, podendo

ser vistos como mini-aplicações. A área de conteúdo de cada página é gerada por

um componente e muitos módulos locais são dependentes de algum modo dessas

extensões. Além disso, um grande número de componentes forma o Joomla em si,

como o sistema de gerenciamento de conteúdo, o formulário de contato e os web

links (JOOMLA.ORG, 2012; SHREVES, 2010).

Page 54: Projeto SGCs

53

De acordo com Shreves (2010), os componentes são divididos em duas

categorias: componentes do site e componentes de Administrador, e todos os

componentes usam a mesma convenção de nomenclatura: com_componentenome.

A partir da versão 1.5 do Joomla, foi adotada a arquitetura de componentes

MVC (figura 11), onde os componentes são construídos em torno da criação de

modelos, views e controladores. Model-View-Controller é um padrão de projeto de

software que apoia o planejamento de uma aplicação e a organização do código em

um framework consistente e lógico, facilitando a separação da lógica de negócios da

aplicação da apresentação dos dados. Com a utilização de modelos, views e

controladores, a principal vantagem é que se pode trabalhar com a apresentação de

dados sem alterar a lógica da aplicação (SHREVES, 2010).

Figura 11. Arquitetura MVC

Fonte: Adaptado de JOOMLA.ORG, 2012 (tradução nossa).

a) Modelo: fornece rotinas para gerenciar e manipular os dados, que são

obtidos pelo banco de dados, para a aplicação. O framework possui a

classe abstrata JModel.

Page 55: Projeto SGCs

54

b) View: processa os dados, não os modificando, apenas mostrando o que é

recuperado. É parte da camada de apresentação do site e inclui um ou

mais templates que permitem a formatação de dados. O framework possui

a classe abstrata JView.

c) Controlador: reage às ações, desencadeia a recuperação de dados a

partir do modelo e passa os dados da view para exibição. O papel do

controlador é associar o modelo com a view. O framework possui a classe

abstrata JController (SHREVES, 2010).

Módulos

Os módulos são os elementos mais modificados do sistema. A customização

dessa extensão é relativamente mais fácil; basta possuir conhecer básicos em

programação e arquitetura. Os tipos de módulo, descritos no quadro 5, seguem uma

convenção de nomenclatura padronizada, que inclui um prefixo (mod_) adicionado

ao nome do módulo (SHREVES, 2010; RAHMEL, 2009).

Quadro 5. Os tipos de módulos do Joomla!

Módulo Descrição

Todos Menus Fornece exibição de menus vertical e horizontal.

Arquivo Apresenta uma lista atualizada dos itens de

conteúdo movidos para o arquivo.

Banner Exibe uma propaganda que pode ser configurada

para um cliente específico.

Últimas notícias Apresenta os itens de conteúdo mais recentes em

uma categoria específica.

Login Oferece uma área de login no site com nome de

usuário e senha.

Newsflash Apresenta de forma aleatória os itens de

conteúdo de uma categoria específica.

Pesquisas Apresenta uma pesquisa on-line, cujos resultados

são armazenados no banco de dados MySQL.

Popular Apresenta uma lista dos itens de conteúdo mais

populares em uma categoria específica.

Page 56: Projeto SGCs

55

Imagem Aleatória (Random

Image)

Apresenta, de forma aleatória, uma imagem de

uma pasta específica de imagens.

Conteúdos relacionados Sugere conteúdos do site relacionados ao item de

conteúdo exibido.

Busca Fornece um campo para que o usuário busque

um determinado assunto no site.

Seções Exibe a área de seção disponível para o site.

Estatísticas Fornece as estatísticas do servidor atual do

Joomla.

Syndication Permite a um visitante se inscrever em um feed

RSS do site.

Links Fornece uma lista ligada de URLs,

complementada com sugestões de usuários.

Quem está on-line Exibe o número de usuários registrados on-line.

Wrapper Envolve o conteúdo HTML externo em um quadro

para melhor exibição no Joomla.

Fonte: Adaptado de RAHMEL, 2009 (tradução nossa).

2.3.2 Utilizando o Joomla!

Para Shreves (2010), os requisitos técnicos para a instalação do sistema são

básicos, como mostram os quadros 6 e 7. Em geral, o Joomla funciona na maioria

dos servidores comerciais que utilizam Linux, Unix ou até mesmo Windows, e

suporta todos os navegadores comuns. A configuração do servidor deve incluir o

servidor web Apache com banco de dados MySQL, além do PHP instalado, já que o

sistema é essencialmente escrito nessa linguagem.

Page 57: Projeto SGCs

56

Quadro 6. Requisitos para Joomla 2.5.x, 1.7.x e 1.6.x.

Software Recomendado Mínimo

PHP 5.3 + 5.2.4 +

MySQL 5.0.4 + 5.0.4 +

Apache 2.x + 2.x +

Microsoft IIS 7 7

Fonte: Adaptado de JOOMLA.ORG, 2012 (tradução nossa).

Quadro 7. Requisitos para Joomla 1.5.x.

Software Recomendado Mínimo

PHP 5.2 + 4.3.10

MySQL 4.1.x + 3.23

Apache 2.x + 1.3

Microsoft IIS 7 6

Fonte: Adaptado de JOOMLA.ORG, 2012 (tradução nossa).

O Joomla é um sistema utilizado para o desenvolvimento de diversos tipos de

sites:

1. Sites corporativos e portais;

2. Intranets e extranets corporativos;

3. Revistas, jornais e publicações on-line;

4. E-commerce e reservas on-line;

5. Aplicações governamentais;

6. Sites de pequenas empresas;

7. Sites organizacionais sem fins lucrativos;

8. Portais comunitários;

9. Páginas pessoais.

2.3.3 Vantagens

De acordo com Rahmel (2009), uma das razões para uma ampla adoção de

Joomla é a sua facilidade de uso, devido à sua interface intuitiva; outro motivo é o

vasto número de recursos disponíveis que permitem ampliar as funções de um site.

Além disso, muitos SGCs exigem um grau avançado de conhecimento técnico para

Page 58: Projeto SGCs

57

configuração e manutenção, diferente do Joomla, que permite realizar essas tarefas

através de uma tela de administração simples e baseada em web para ser acessada

a partir de qualquer computador.

Outras vantagens são destacadas por Shreves (2010):

a) Camada de apresentação: fácil de trabalhar, permitindo a personalização

da aparência do site conforme as necessidades;

b) Recursos para e-commerce: Joomla oferece todas as funcionalidades

para a venda de produtos on-line e gerenciamento de catálogos;

c) Suporte: para ajuda, há desenvolvedores, designers e outros serviços

disponíveis para responderem às dúvidas;

d) Documentação: além dos documentos disponíveis on-line, a forma

completa, também é possível encontrar documentação comercial numa

variedade de formatos;

e) Comunidade: ativa e dinâmica, fornecendo suporte através de fóruns e

contribuindo com a vitalidade contínua do projeto.

2.3.4 Comunidade

O apoio da comunidade é muito importante para manter o projeto do Joomla.

Pessoas se oferecem para ajudar dando suporte aos usuários, escrevendo módulos

ou até mesmo doando para pagar as despesas envolvidas no desenvolvimento,

proteção e promoção do Joomla.

Como toda ferramenta, Joomla pode ser um sistema complexo, porém, há

várias formas de obter ajuda, como:

1. Site de ajuda: o site oficial oferece ajuda na maioria dos tópicos, desde

requisitos de instalação até guias de desenvolvimento;

2. Wiki oficial de documentação: o site no formato do Wikipédia é o site

oficial do Joomla para documentação, sendo um grande recurso e

pesquisável;

3. Fóruns: para perguntas específicas, estão disponíveis os fóruns,

abordando diversos temas para que os próprios usuários tenham as

respostas;

Page 59: Projeto SGCs

58

4. Portal da Comunidade Joomla: permite às pessoas – especialmente aos

desenvolvedores – um local de reunião, através de listas, eventos,

contribuições e outros;

5. Grupos de usuários;

6. Equipes de tradução: Joomla pode ser instalado em muitos países e as

tradução são feitas por essas equipes, que são responsáveis por lançar

essas versões;

7. Guia de inicio rápido: inclui manuais de instalação, menus, templates e

módulos.

8. Vídeos de inicio rápido;

9. Manuais de instalação (HOLZNER; CONNER, 2009).

Page 60: Projeto SGCs

59

3 Caso de Aplicação – Portal Investe São Caetano

A cidade de São Caetano do Sul foi fundada em 1877, com emancipação de

Santo André em 1948. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia

Estatística (IBGE), o munícipio, inserido na Região Metropolitana de São Paulo e

possui, de acordo com o censo de 2010, aproximadamente 150.000 habitantes.

A Prefeitura é composta por diversas Secretarias, sendo uma delas a

SEDERT, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações do

Trabalho, que “é um órgão deliberativo, participativo e consultivo com a missão de

assessorar a administração no planejamento, definição e execução das estratégias

para o crescimento econômico da cidade”. É ela que define a política de

desenvolvimento econômico da cidade e é responsável pelo Centro Municipal de

Emprego e Qualificação (CEMEQ), para facilitar a recolocação de munícipes no

mercado de trabalho (PREFEITURA DE SÃO CAETANO DO SUL, 2012).

A SEDERT também gerencia o Espaço Investe São Caetano de Sul, um

centro de referência de fornecimento de serviços especializados aos empresários e

empreendedores do município, como:

a) Portal Investe São Caetano do Sul;

b) Microcrédito - Banco do Povo Paulista;

c) Palestras e eventos corporativos;

d) Formalização gratuita MEI;

e) Apoio à formalização – Sala do Empreendedor;

f) Atendimento SEBRAE;

g) Consultorias de apoio à atividade empresarial (Comércio Exterior,

certificações, estudo de mercado, etc) – Sala dos Plantões.

Atualmente, a Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul possui um site

oficial, com diversos serviços e informações sobre a cidade, porém, sem foco para

as questões relacionadas ao desenvolvimento econômico. Para atender essa

necessidade, o Portal Investe São Caetano foi desenvolvido com os objetivos de:

a) Atrair novos investimentos;

b) Incentivar o desenvolvimento das atividades já em operação no munícipio;

Page 61: Projeto SGCs

60

c) Divulgar informações que viabilizem o desenvolvimento de atividades

empresariais na cidade, gerando desenvolvimento econômico;

d) Desenvolver um espaço virtual para geração de oportunidades de

negócios;

e) Dar maior agilidade aos serviços prestados pela prefeitura;

f) Prover comodidade aos munícipes.

O Portal Investe São Caetano foi desenvolvido para ser um meio de

informações de interesse para empresários, empreendedores e investidores. Com o

objetivo de ser uma referência, foi a solução encontrada para se obter informações

sobre empresas e serviços, como abertura de empresa, impostos, licitações, entre

outros. Após dez meses de desenvolvimento, o Portal Investe São Caetano foi

lançado como uma boa estratégia para unir o melhor da TI com a administração

pública.

3.1 Projeto de Desenvolvimento do Portal Investe São Caetano do Sul

O projeto de desenvolvimento do Portal Investe São Caetano foi realizado

seguindo as melhores práticas do PMBOK, o Guia do Conhecimento em

Gerenciamento de Projetos, um documento formal que descreve normas, métodos,

processos e práticas estabelecidas para o gerenciamento de projetos (PMI, 2008).

O termo de abertura do projeto apresenta as informações gerais em relação

ao Portal. Um dos tópicos se refere às metas, que são:

1. O Portal deve ser uma referência aos empreendedores de toda a região;

2. O Portal deve possuir mais acessos do que hoje existe em relação ao

Portal Oficial da Prefeitura;

3. Aumentar o número de pessoas que se utilizam dos serviços on-line da

Prefeitura;

4. Produzir um ambiente de internet que possa ser futuramente ampliado

com novos serviços.

As principais informações sobre a documentação do projeto, obtidas a partir

de relatórios e documentos oficiais da SEDERT, são:

Page 62: Projeto SGCs

61

1. Escopo;

2. Prazo e Custo;

3. Qualidade;

4. Riscos.

Escopo

A figura 12 descreve as fases do projeto e as atividades envolvidas em cada

etapa. Essa estrutura analítica do projeto apresenta uma fase de gerenciamento,

três fases de execução e uma fase de apresentação.

Figura 12. Estrutura Analítica do Projeto - EAP

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2009.

A utilização do SGC Joomla está diretamente inserida na fase de execução,

que é subdividida em outras três (Conteúdo Informativo, Serviços online e

Desenvolvimento), pois foi nessa fase que ocorreu a criação dos conteúdos, a

estruturação do layout, o desenvolvimento dos serviços on-line relacionados aos

módulos do Joomla e a parte dos testes.

Page 63: Projeto SGCs

62

Prazo e Custo

Como mostra a figura 13, foi elaborado um cronograma de acordo com o

calendário da Prefeitura Municipal e da SEDERT, representando o compromisso do

gerente e da equipe de projeto, além das empresas contratadas para serviços

específicos e parceiros envolvidos na execução do mesmo. Algumas atividades não

possuíam prazo final para serem cumpridas, pois havia dependências de alguns

trabalhos no decorrer do projeto.

Figura 13. Cronograma do Projeto

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2009.

O custo estimado foi obtido através da estimativa de cada atividade mostrada

no cronograma, considerando os recursos necessários e quantidades:

a) Para elaboração dos textos informativos e estruturação das páginas e

menus, não houve custos;

b) Para elaboração dos protótipos dos serviços on-line, R$ 25.000,00;

Page 64: Projeto SGCs

63

c) Para tradução dos conteúdos das páginas e dos serviços on-line, R$

10.000,00;

d) Para o desenvolvimento das páginas dos serviços on-line utilizando o

Joomla, e transferência de know-how, R$ 55.000,00;

e) Para a apresentação ao público, também não houve custos.

Portanto, o custo total estimado foi de R$ 90.000,00.

O coordenador do projeto, apoiado pelas gerências setoriais, foi responsável

pelo controle do cronograma e do custo, garantindo que quando eventuais

mudanças ou eventos de risco ocorressem, fossem identificados para que as ações

corretivas necessárias fossem tomadas a tempo para não interferir no prazo final.

Qualidade

Foram traçadas metas de qualidade, sendo cada membro do time

responsável por executar o trabalho dentro dos requisitos especificados:

a) Custos bem controlados;

b) Geração de lições aprendidas bem documentadas, para serem usadas

como referência para o gerenciamento dos próximos projetos executados

pela SEDERT;

c) Adequação do portal ao escopo definido.

A qualidade do projeto foi obtida pelos responsáveis de cada área de atuação,

fazendo uso das seguintes ferramentas:

1) Seguir o plano de trabalho estipulado;

2) Realizar a monitoração, medição e controle através dos relatórios de

status;

3) Aplicar os controles e acompanhamento nos fornecedores do projeto.

Riscos

Os riscos considerados pelo Plano de Gerenciamento de Projetos (PGP)

foram os seguráveis e os de negócio, que envolvem o projeto desde o planejamento

até o encerramento, e foram monitorados para determinar se as respostas aos

Page 65: Projeto SGCs

64

riscos foram implementadas como planejadas e se foram efetivas como esperadas,

ou se novas respostas foram desenvolvidas, bem como se as premissas do projeto

foram válidas. O quadro 8 mostra quais foram os riscos levantados e analisados

durante o processo de gerenciamento:

Quadro 8. Levantamento e Análise de Riscos

Descrição Risco Ambiente Ações de Contenção

Conflito do portal com

sistemas internos

DTI (Departamento de TI)

e desenvolvimento

Constante alinhamento

com DTI, e testes prévios

para verificar

funcionamento do portal.

Design incoerente com

padrões da Prefeitura

SECOM (Secretaria de

Comunicação) e

desenvolvimento

Constante alinhamento

com SECOM para evitar

tais erros.

Excesso de lentidão do

site

Desenvolvimento Testes prévios de

validação antes da

entrega oficial

Alteração do quadro de

envolvidos no projeto

Todas Secretarias Documentação constante

dos avanços do projeto

Falta de background de

documentação (boas

práticas anteriores)

SEDERT Pesquisas constantes e

buscar referência no guia

PMBOK.

Alteração do quadro de

envolvidos no projeto

Todas Secretarias Documentação constante

dos avanços do projeto

Resistências de outras

Secretarias

Demais Secretarias Reuniões pra

esclarecimentos, caso

necessário

Desistência das

consultorias

Contratação SEDERT Outras consultorias

alinhadas no projeto

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2009.

Page 66: Projeto SGCs

65

3.2 Fases de Desenvolvimento

Uma das atividades realizadas foi a de levantamento de requisitos do Portal,

que se iniciou em 2009, por um grupo de trabalho composto por setores da

administração municipal diretamente envolvidos na área de licenciamento das

atividades econômicas.

Havia uma necessidade de maior transparência das informações que

pudessem auxiliar na formalização da atividade empresarial, facilitando o trabalho

dos empresários e contadores, assim diminuindo o número de ligações nos órgãos

de licenciamentos. Também foram mapeadas as questões de desconhecimento das

empresas atuantes no município, desconhecimento dos esforços realizados no

município para geração de desenvolvimento econômico, dentre outras questões.

Durante o desenvolvimento do Portal, os parceiros foram contatados para o

fornecimento de informações úteis ao Portal: ITESCS, SEBRAE, IPT, CIESP,

ACISCS, Secretaria do Meio Ambiente de SCS e Secretaria da Fazenda de SCS.

Além disso, a Secretaria de Comunicação Social contribuiu com questões sobre o

layout e apresentação do site, e acompanhou os trabalhos desde seu início; já o

setor de TI&C da Prefeitura (divisão de Tecnologia da Informação) realizou, mais

fortemente em seu início, a verificação das questões técnicas de implantação do

Portal.

O levantamento dos requisitos do Portal foi realizado após os apontamentos

iniciais indicados e a partir destes a equipe da SEDERT obteve outras informações

de interesse empresariado que poderiam estar disponíveis no Portal, assim

realizando o levantamento das necessidades informáticas e de sistemas do Portal.

De acordo com estas informações, uma nova pesquisa foi realizada para determinar

o formato adequado para apresentação destes conteúdos, buscando as melhores

práticas mundiais em apresentação de informações para os setores empresariais.

Alguns bons exemplos dos EUA e Canadá foram utilizados como guia para a

constituição do que seria a futura estrutura do Portal e foi iniciado o desenvolvimento

dos conteúdos do Portal: textos, tabelas, gráficos, imagens e estruturas que seriam

publicadas de acordo com o necessário.

Page 67: Projeto SGCs

66

A partir destas informações, a Secretaria iniciou as aquisições de consultorias

externas responsáveis pelo levantamento de requisitos dos serviços online e

desenvolvimento da arquitetura e design do site, que atuaram de forma

concomitante à atuação dos trabalhos da própria equipe SEDERT. A última

contratação necessária para a realização do Portal foi para o desenvolvimento do

sistema e do Portal propriamente dito.

A estratégia de aquisições foi elaborada para diminuir os riscos de alteração

no escopo do site no momento do desenvolvimento dos serviços, o que geralmente

causa atrasos devido a alterações no contrato quanto aos valores negociados. Tal

estratégia foi desenhada pela equipe em conjunto com especialistas da área, já

acostumados com os riscos que envolvem o desenvolvimento de sites na internet.

Destaca-se deste projeto que as fases de construção do site foram

desenvolvidas simultaneamente; ou seja, as etapas independentes foram criadas,

atualizadas e testadas no mesmo período e com acompanhamento via online por

todas as partes envolvidas, dando agilidade e transparência na execução do projeto.

3.3 Principais Funcionalidades

Um profissional da área de TI foi contratado para fazer o levantamento de

requisitos dos serviços online e para desenvolver a arquitetura e o design do Portal.

Foi criado um modelo de análise para apresentar a especificação dos requisitos para

mostrar o que deveria ser feito e de acordo com o domínio do problema

correspondente aos conceitos gerais e aos atores envolvidos. A figura 14 mostra o

contexto obtido a partir dos requisitos, apresentando dois grupos de casos de uso.

Page 68: Projeto SGCs

67

Figura 14. Contexto do Domínio do Problema

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2010.

Também foram identificados os atores, que representam as características

consideradas, como entidades, tipos de pessoas, responsabilidades e sistemas

legados, que manipularão os diversos produtos derivados dos serviços (figura 15).

Page 69: Projeto SGCs

68

Figura 15. Atores

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2010.

Encontre um local para seu negócio

Possibilita que as imobiliárias, pessoas físicas e jurídicas que possuam um

imóvel ou terreno comercial em São Caetano do Sul divulguem este local no Portal

para que as pessoas, à procura de um local para iniciar ou ampliar seus negócios no

munícipio, encontrem estes pontos de forma rápida e sem custos.

Page 70: Projeto SGCs

69

Figura 16. Caso de Uso - Encontre um local para seu negócio

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2010.

De acordo com o caso de uso (figura 16), um empreendedor consulta a região

na busca de um local apropriado para seu negócio obtendo maiores detalhes sobre

este e com apoio do Sistema de Informação Geográfica, ele poderá navegar pela

região. Porém, para realizar o cadastro de um imóvel, o usuário deve estar

registrado na Rede de Empreendedorismo, descrita no item a seguir.

Rede de Empreendedorismo

Uma rede social que permite o contato entre os empresários, cujos cadastros

são validados pelo administrador do site de acordo com o perfil estipulado. Com a

Rede, é possível aproximar os empresários e afins, proporcionando troca de

experiências e facilidades para obter um cliente ou fornecedor.

Page 71: Projeto SGCs

70

A criação deste canal de relacionamento oferece um meio de viabilizar

negócios sem nenhum tipo de restrições para os participantes. Além disso, o

sistema conta com recursos para a criação de fóruns de discussão e comunidades,

cadastramento de perfis, entre outros.

Figura 17. Caso de Uso - Rede de Empreendedorismo

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2010.

Como mostra a figura 17, o caso de uso é iniciado quando o usuário cadastra

seus dados na Rede. A partir desse cadastro, ele pode utilizar os serviços

disponibilizados no Portal, como a procura por um local para o negócio e divulgar

seus produtos.

Vitrine de Empresas

O objetivo dessa funcionalidade é gerar contatos entre pessoas interessadas

em ampliar suas atividades econômicas. É uma espécie de mural, em que a

empresa relaciona suas necessidades, ampliando o alcance da informação e sendo

uma facilidade a mais para as empresas de São Caetano do Sul, já que aumenta o

Page 72: Projeto SGCs

71

índice de competitividade das mesmas. Além disso, o empresário pode cadastrar

cupons promocionais de desconto a fim de atrair novos clientes.

Calendário de eventos

Um calendário contendo todas as informações, como horário, local, descrição

e palestrante, de um evento, além das instruções para realizar a inscrição.

Notícias ao empreendedor

Na página inicial do Portal, há algumas notícias consideradas mais

importantes para os empreendedores, que são atualizadas permanentemente pelo

administrador do Portal para tornar o site uma referência em informações

empresariais.

3.4 Escolha do Joomla!

Algumas atividades que foram previstas pela consultoria inicial foram

realizadas pela agência de comunicação contratada para o desenvolvimento do

Portal. As estruturas do site discutidas durante a fase de levantamento dos

requisitos foram realizadas; as demais estruturas não indicadas, como a página

inicial e conteúdos detalhados, além do design, foram levantadas no decorrer do

desenvolvimento.

O Portal foi desenvolvido dentro com a plataforma Joomla, que possibilitou

uma atualização fácil e descomplicada dos conteúdos do Portal, sem a exigência de

funcionários especialistas em TI estejam presentes na gestão do site. Com isso, as

etapas de construção respeitaram o cronograma elaborado inicialmente.

Para a apresentação do conteúdo, foi definido um layout e as configurações

das páginas foram realizadas em conjunto pela agência e pela SEDERT, que

possuía um funcionário da área de TI apoiando o desenvolvimento do Portal, que,

após um treinamento básico, operava a área administrativa do Joomla.

Todos os recursos do Portal foram definidos para agilizar a administração,

não precisando de conhecimentos técnicos específicos. Assim, o SGC Joomla foi

escolhido por oferecer à SEDERT flexibilidade e independência na atualização de

Page 73: Projeto SGCs

72

conteúdos, e maior controle dos administradores porque, além do conteúdo estático,

o Portal tem aplicativos que permitem aos usuários cadastrados inserirem conteúdos

próprios, evitando-se a publicação de conteúdos impróprios e/ou fora dos objetivos

do Portal.

3.4.1 Módulos

De acordo com a estrutura dos sistemas especializados mostrada na figura

18, foram desenvolvidos três módulos principais: Rede de Empreendedorismo, Loja

Virtual e Imobiliária.

Figura 18. Principais Módulos do Portal Investe

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2011.

Para cada um, é utilizado um módulo desenvolvido especificamente para a

utilização conjunta com o SGC Joomla.

Estate Agent

Este módulo é utilizado para apoiar os serviços de imobiliárias, para controle

dos imóveis comerciais e terrenos cadastrados para fins comerciais em negociação.

Page 74: Projeto SGCs

73

É um componente de listagem de propriedades com finalidade para auxiliar os

agentes imobiliários a gerenciarem seus imóveis de forma mais ágil.

Figura 19. Tela Inicial do Componente Estate Agent

Print do sistema.

Como mostra a figura 19, o Estate Agent é utilizado em conjunto com o

Joomla e possui algumas características, como:

1. Categorização ilimitada;

2. Personalização de categorias;

3. Fácil configuração;

4. Configuração de privilégios de acesso;

5. Flexível filtro de pesquisa;

6. Conversor de moeda;

7. Apoio do GoogleMaps para as coordenadas da propriedade

(EAIMPROVED.EU, 2012).

Pode-se destacar que os usuários cadastros, conhecidos como agentes,

podem cadastrar suas propriedades através do frontend do site, sendo fácil a edição

das propriedades. Permite o cadastro de imagens, informações dos imóveis e há

suporte para diversos idiomas, incluindo o português.

Jom Social

Para a Rede de Empreendedorismo (figura 20), a rede social dos

empreendedores cadastrados no Portal, é utilizado o Jom Social, onde os usuários

Page 75: Projeto SGCs

74

podem inserir as informações que acharem relevantes em seus perfis e entrar em

contato com outros usuários da rede, adicionando-os a seu ciclo social.

Figura 20. Tela Inicial do Componente Jom Social

Print do sistema.

Existem recursos como a adição de imagens na galeria de fotos, separando-

os em álbuns e permitindo recursos interativos, como comentários, além de permitir

a inserção de vídeos. Também se pode criar de grupos de discussão e convidar

usuários para compartilhar informações e opiniões (JOMSOCIAL.COM, 2012).

Mosets Tree

A Vitrine de Empresas é um serviço que dá oportunidade às lojas, indústrias e

prestadoras de serviço cadastrar seus produtos e há uma página especial de busca

para quem tem interesse possa encontrar determinado produto.

O componente responsável pelo gerenciamento de produtos inseridos na

Vitrine é o Mosets Tree, que, como mostra a figura 21, lida com um diretório onde as

empresas e seus produtos estão gravados e separados em categorias. Permite a

divulgação de informações de empresas, de acordo com os campos personalizáveis,

e os produtos que esta comercializa.

Page 76: Projeto SGCs

75

Figura 21. Tela Inicial do Componente Mosets Tree

Print do sistema.

Como características, destacam-se:

1. Fácil interface de administração;

2. Classificação e avaliação de empresas/produtos, além de selecionar

favoritos;

3. Campos personalizáveis ilimitados;

4. Categorização ilimitada;

5. Permite recomendar a outros, denunciar ao administrador e contatar

proprietário do anúncio;

6. Suporte de idiomas, entre eles o português (MOSETS.COM, 2012).

Um detalhe importante é o controle sobre os anúncios cadastrados e

comentários inseridos. O administrador do componente é responsável por selecionar

o que será mostrado no Portal, através de um sistema de aprovação: de acordo com

seus interesses, os anúncios que aparecerão no Portal e os comentários de usuários

passam por uma análise antes de serem divulgados.

Page 77: Projeto SGCs

76

3.4.2 Desenvolvimento

Para o desenvolvimento do Portal Investe com o Joomla, foram definidas

etapas que seguiam os seguintes critérios:

1. Exposição da plataforma utilizada, detalhando possibilidades e aplicativos

disponíveis e utilizados em um site existente voltado a empreendedores;

2. Elaboração de estudo de fluxo realizado por consultoria terceirizada que

avaliou partes do Portal, potencializando fluxo de navegação e faces de

interação com outros serviços oferecidos pela Prefeitura de São Caetano

do Sul;

3. Criação de layout por parte da agência contratada e aprovação junta à

SEDERT;

4. Inserção de conteúdos nas páginas estáticas;

5. Conexão dos módulos (Rede de Empreendedorismo, Loja Virtual e área

de imóveis) e outros aplicativos;

6. Testes das equipes de trabalho para aperfeiçoamento de aplicativos e

funcionalidades do site;

7. Teste com público externo previamente contatado para avaliar navegação,

funcionalidade e tópicos de interesse a serem explorados e aperfeiçoados.

A construção do site foi dividida em seis partes, como mostra a figura 22,

sendo:

1. Desenvolvimento do layout: tempo de criação e estruturação, 30 dias;

2. Conteúdo (textos, imagens, banners, links, logomarcas): tempo

necessário, 30 dias;

3. Desenvolvimento dos módulos: tempo de criação e estruturação, 60 dias;

4. Integração de sistemas: tempo necessário, 60 dias;

5. Teste e ajustes finais: duração, 30 dias;

6. Treinamento do sistema: duração, de 3 a 5 dias.

Page 78: Projeto SGCs

77

Figura 22. Linha do Tempo (em dias) do Desenvolvimento do Portal Investe São Caetano

Fonte: SEDERT – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações de

Trabalho, 2011.

Os testes realizados foram para checar a eficiência e funcionalidade do

sistema, simulando situações reais de navegação para eliminar falhas para o usuário

final. Para obter opiniões, críticas e sugestões dos usuários, segmentos de mercado

foram convidados a participar dessa etapa, a fim de adequar o Portal aos objetivos

iniciais.

3.5 Análise da Utilização do Joomla!

Com a finalidade de analisar qualitativamente a importância da utilização do

sistema de gerenciamento de conteúdo Joomla para o desenvolvimento do Portal

Investe São Caetano, foi realizada uma entrevista com o gerente do projeto,

Fernando Cunha, e aplicado um questionário para os atuais administradores do

Portal.

3.5.1 Entrevista

Conforme Apêndice A, a entrevista estruturada, composta de treze perguntas,

foi desenvolvida de acordo com os ensinamentos passados durante as aulas de

Metodologia de Pesquisa em Tecnologia da Informação, da FATEC SCS. Teve

como objetivo conhecer o Portal Investe São Caetano, sua importância, entender as

etapas de desenvolvimento do projeto e de desenvolvimento do site, e,

Page 79: Projeto SGCs

78

principalmente, apresentar as razões para a utilização do Joomla como SGC de

apoio e as opiniões que a gerência do projeto adquiriu sobre o sistema utilizado.

A entrevista foi realizada em novembro de 2011 com Fernando Cunha,

contratado como gerente de projeto do Programa de Simplificação da Tramitação e

dos Serviços de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Caetano do Sul17.

Sua formação acadêmica inclui os cursos de Relações Internacionais e pós-

graduação em Gestão Estratégica de Projeto e em Economia Social e Solidária, pela

Universidad Nacional General Sarmiento, da Argentina. Os pontos em destaque

foram sintetizados a fim de retratar a opinião do entrevistado; a íntegra se encontra

no apêndice A.

Segundo Fernando, o Portal Investe São Caetano é um centro virtual de

informações e serviços de interesse para micro, pequenos, médios e grandes

empresários, empreendedores e investidores (de dentro e de fora do município, que

buscam um local para abrir sua empresa), desenvolvido após verificar-se que existia

dificuldade para se encontrar informações referentes às empresas, e que essas

informações estavam segmentadas em diferentes lugares, como no site oficial da

Prefeitura de São Caetano do Sul e outros sites, em fontes espalhadas. Além disso,

a intenção do Portal é gerar networking entre as pequenas empresas, cada vez mais

individuais, oferecendo um ambiente que permite comunicação, troca de

conhecimentos (experiências, informações sobre localidades, segurança, entre

outras) e relacionamento entre essas pessoas, e que permite criar uma cooperação

entre esses empresários para se vir como iguais, não como concorrentes e, a partir

disso, buscarem seus direitos e interesses.

Durante o processo de desenvolvimento do Portal, os ambientes que já

existiam foram usados para se buscar as necessidades, como o grupo de trabalho

formado por várias Secretarias, que discutia diversos temas para observar os

problemas. Assim, soluções foram buscadas pela equipe interna da Prefeitura,

criando-se um escopo do que se queria para, então, iniciar a parte de execução.

17

Programa firmado entre e a Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul e Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID), tem por finalidade contribuir para o desenvolvimento sustentável e de um ambiente de competitividade das MPE’s, por meio adequado de atendimento e articulação das diversas instituições e órgãos afetos ao segmento empresarial local.

Page 80: Projeto SGCs

79

Foi contratado, em regime de horas, um analista de requisitos para fazer a

análise de requisitos (como seria feito tecnicamente o Portal, qual o sistema mais

adequado, onde seria alocado o Portal, os desenhos das telas, entre outros),

separada da parte de execução para evitar retrabalho caso acontecesse mudanças

nos requisitos iniciais. Como os contratos de Prefeitura são difíceis de serem

alterados, foi uma estratégia utilizada para diminuir os custos com essa etapa de

desenvolvimento do Portal. Após isso, o conteúdo do Portal foi desenvolvido (os

menus, as telas e as páginas) e então foi contratada uma consultoria para

desenvolver o Portal. Finalizada essa etapa, as atualizações vão sendo realizadas

de acordo com a capacidade interna da SEDERT, a partir da utilização de um

sistema de gerenciamento de conteúdo sugerida pelo analista, o Joomla, que

permite modificar o conteúdo facilmente.

Algumas dificuldades durante o projeto apareceram, como:

a) A falta de integração com os setores de Comunicação e de TI da

Prefeitura, que foram um pouco ausentes, e são importantes, já que ditam

a parte da informação (Comunicação) e a parte técnica (TI);

b) O desenvolvimento dos conteúdos, pois tinha que ser feito internamente

por conta das informações sobre a Prefeitura contidas no Portal;

c) A falta de apoio, principalmente técnico, da agência contratada para o

desenvolvimento do Portal.

Para contornar os problemas existentes, contratou-se uma estagiária do setor

de TI, fundamental no processo, pois, mesmo sem conhecer o SGC Joomla, teve a

habilidade para explorá-lo e conhecer o seu funcionamento, uma vantagem de se ter

um funcionário de TI em um setor totalmente distinto dessa área. Também existia

um nó de quem seria responsável pela gestão do Portal, porque no caso da

Prefeitura teria de se terceirizar o órgão de TI, sem compromisso com atualização, e

uma preocupação da Secretaria era deixar o Portal dinâmico, então utilizar um

sistema onde há uma interface convidativa, uma navegabilidade baseada em

software de edição de textos, faz o trabalho fluir, não sendo necessário um pré-

conhecimento grande para começar a desenvolver, dando uma independência para

fazer as alterações e atualizações.

Page 81: Projeto SGCs

80

A partir da entrevista, pode-se verificar que a utilização de um sistema de

gerenciamento de conteúdo como o Joomla proporcionou aos usuários facilidades e

funcionalidades que não foram previstas inicialmente, além de servir como solução

para agilizar a criação de um site.

A utilização de um SGC para o desenvolvimento do Portal foi a solução para

atingir os objetivos principais do site, que é ser um centro de referência de

informações, atualizado e dinâmico, e oferecer uma aproximação entre empresários

e uma divulgação de imóveis e serviços de uma forma diferente do que é conhecido.

Através do Joomla, como sistema em si, e os módulos utilizados que adicionaram

essas diferenciais funcionalidades, o Portal tende a crescer.

Além disso, uma preocupação era como seria realizada a gestão do Portal,

que seria responsabilidade da equipe da SEDERT por ser uma atividade interna e

diária, e deveria ser simples. O Joomla conseguiu oferecer essa simplicidade e

agilidade para a administração do Portal e para a atualização de informações.

3.5.2 Questionário

Composto por onze perguntas abertas, o questionário foi aplicado para

permitir aos funcionários da SEDERT responder de forma livre, expressando suas

opiniões sobre o Portal e sobre o SGC Joomla utilizado para seu desenvolvimento,

além de definir o perfil dos administradores que estão em contato com o sistema

diariamente.

Os retornos foram obtidos durante os meses de setembro e outubro de 2012,

totalizando três respostas, sendo uma delas do gerente do Projeto e as outras dos

atuais administradores do Portal Investe São Caetano.

Como mostra o apêndice B, inicialmente foram realizadas perguntas 1, 2 e 3

sobre o perfil acadêmico e profissional dos funcionários. A partir das respostas,

foram traçados os seguintes perfis:

1. Pós-graduado em Economia Social e Solidária, com experiência em aulas

de Inglês e como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento

Administrativo na SEDERT;

Page 82: Projeto SGCs

81

2. Superior incompleto em Administração de Empresas, com experiência na

área administrativa.

Esse perfil é importante para mostrar que o Joomla, como sistema de

gerenciamento de conteúdo, permite que pessoas sem vastos conhecimentos

técnicos na área da informática criem e administrem um site sem grandes

dificuldades.

Em outras perguntas, pode-se definir os papéis de cada um para com o

Portal. O gerente do projeto foi responsável pela implantação do Portal e os demais

funcionários são responsáveis pela atualização de notícias e eventos e liberação de

usuários e produtos nos serviços oferecidos pelo Portal. Indagados caso conheciam

o desenvolvimento de algum outro site, para verificar se tinham alguma experiência

sobre as atividades envolvidas, apenas um entrevistado respondeu que sim.

Sobre o Portal, perguntados sobre o diferencial em relação a outros meios de

comunicação, todos afirmaram que há um diferencial por ser aderente em relação ao

perfil dos munícipes e empresários da cidade.

Já sobre o Joomla, os entrevistados não conheciam o sistema, e afirmam que

é um sistema fácil de manusear e de implantar, e por isso não tiveram grandes

dificuldades em utilizá-lo. Concordam que o Joomla traz vantagens para o

desenvolvimento do Portal, por conta dos módulos que oferecidos, adicionando

facilidades não mapeadas.

Como experiência adquirida, eles se envolveram com o desenvolvimento de

sites, conheceram o processo e todas as dificuldades em criar um site, administrá-lo

e mantê-lo atualizado e convidativo para acessos.

Page 83: Projeto SGCs

82

4 Desenvolvendo um Site Utilizando o Joomla!

Esse capítulo descreve as principais etapas para a criação de um site,

baseando-se na experiência do Portal Investe São Caetano, a fim de ilustrar os

resultados esperados descritos nesse trabalho. As etapas consistem em:

1. Criar do banco de dados utilizando o MySQL;

2. Instalar o Joomla 1.5.26 no servidor web;

3. Realizar as configurações básicas para utilização da ferramenta, como a

escolha do idioma-padrão;

4. Personalizar o site-exemplo (layout, menus);

5. Realizar as operações básicas importantes de interesse para a criação de

um site: criação, edição e publicação de artigos.

Todas as etapas descritas serão apresentadas através de figuras e o

resultado final poderá ser acessado através do site Dinamização de Sites

(www.dinamizacaodesites.com).

4.1 Instalando o Joomla!

Inicialmente, foi adquirido o plano de hospedagem de sites básico, com

plataforma Linux e que oferece um site, dez caixas postais e três bases de dados,

assim estando de acordo com os requisitos básicos para a instalação do Joomla. Em

seguida, foi criado o banco de dados MySQL, dinamizacaodes2.

Page 84: Projeto SGCs

83

Figura 23. Download do Joomla!

Print do sistema.

Para instalar o Joomla no servidor web, foi realizado o download do sistema a

partir do site oficial, como mostra a figura 23. Ao digitar o endereço do site, há a

finalização da instalação do Joomla, onde o idioma para instalação é selecionado,

há uma verificação dos requisitos necessários, uma descrição da licença GNU/GLP

é apresentada, as configurações do banco de dados e do FTP são realizadas, além

da configuração principal, onde é inserido o nome do site e as informações do

administrador do site (figura 24).

Page 85: Projeto SGCs

84

Figura 24. Etapas da instalação do Joomla!

Page 86: Projeto SGCs

85

Page 87: Projeto SGCs

86

Print do sistema.

4.2 Administrando o Site

Para acessar o painel de controle, deve ser inserido após o endereço do site

o atalho “/administrator”. Informando o login e a senha do administrador, o painel é

acessado e as opções de administração são mostradas (figura 25).

Page 88: Projeto SGCs

87

Figura 25. Painel de Controle

Print do sistema.

4.2.1 Alterando o Idioma

Para alterar o idioma de um site, tanto da parte administrativa quanto do site

em si, deve ser adquirida a extensão referente ao idioma usado. Para isso, o

download pode ser realizado a partir do site oficial, como mostra a figura 26.

Page 89: Projeto SGCs

88

Figura 26. Download de traduções

Print do sistema.

A extensão deve ser instalada no site, na aba “Extensions / Extensões” e para

selecionar o novo idioma, na aba “Language Manager / Administrar Idioma” há a

opção para indicar qual idioma será utilizado como padrão (figura 27).

Page 90: Projeto SGCs

89

Figura 27. Alteração do idioma

Page 91: Projeto SGCs

90

Print do sistema.

4.2.2 Alterando o Tema

O tema também é considerado uma extensão, e um novo pode ser

desenvolvido utilizando HTML e CSS ou adquirido em sites que oferecem temas

diversos.

Para selecionar o tema, na aba “Extensões > Administrar Temas” há os temas

disponíveis no site e aquele que será usado deve ser selecionado como padrão

(figura 28). Caso seja necessário alterar algum detalhe no tema, ele pode ser

editado, e há a opção de editar tanto o código HTML, como o estilo (CSS).

Page 92: Projeto SGCs

91

Figura 28. Alteração do tema

Page 93: Projeto SGCs

92

Print do sistema.

4.3 Administrando o Conteúdo do Site

4.3.1 Artigos

Toda página no Joomla é considerada um artigo. Cada artigo está inserido

numa categoria, que está inserido numa seção, assim sendo uma forma de

organização, por assunto. Para criar seções e categorias, é necessário apenas

selecionar as abas “Conteúdo > Administrar Seção/Categorias”, como mostra a

figura 29.

Page 94: Projeto SGCs

93

Figura 29. Criação de seção e categoria

Fonte: Print do sistema.

Page 95: Projeto SGCs

94

Como mostra a figura 30, para inserir um novo artigo basta selecionar

“Conteúdo > Administrar Artigos”, clicar no ícone “Novo” e inserir o conteúdo no

campo indicado, além das informações sobre o artigo, como título, seção e

categoria. Uma característica relevante é que existem diferentes tipos de editores,

que podem ser adquiridos conforme a necessidade, a fim de facilitar a

personalização do conteúdo.

Figura 30. Inserindo um novo artigo

Fonte: Print do sistema.

Page 96: Projeto SGCs

95

Para editar um artigo ou excluí-lo, ele deve ser selecionado, como mostra a

figura 31, e o botão “Editar” ou “Lixeira” devem ser clicados.

Figura 31. Editando ou excluindo um artigo

Print do sistema.

De acordo com Holzner e Conner (2009), no Joomla, para os artigos serem

visualizados, eles devem ser solicitados, que é quando o conteúdo de cada um é

acessado do banco de dados, formatado e mostrado na tela. Essa solicitação é

possível porque cada artigo está ligado a um item de menu.

4.3.2 Menus

O menu torna o artigo acessível, sendo responsável por informar ao sistema o

que está sendo buscado no banco de dados. Além de ligar o conteúdo de um artigo

a um item, especifica em qual formato o conteúdo deve apresentado.

Por padrão de instalação, os menus criados automaticamente são: Main

Menu, User Menu, Top Menu, Resources, Example Pages e Key Concepts, cada um

com seus itens ligando a artigos.

Page 97: Projeto SGCs

96

Inicialmente, para editar um menu já existente, como foi feito com o Main

Menu, deve ser selecionada a aba “Menus > Administrar Menu”, ser selecionado o

menu e apertar o botão “Editar”. Como mostra a figura 32, basta inserir as

informações do menu, como nome, título e descrição, e salvá-las para editá-lo.

Figura 32. Edição de um menu

Print do sistema.

Para gerenciar os itens relacionados a esse menu, em “Administrar Menus”

há a coluna “Itens de Menu” com a opção para editá-los. Ao selecionar o item, para

inserir as informações desejadas e salvar para alterá-lo (figura 33).

Page 98: Projeto SGCs

97

Figura 33. Editando um item de menu

Print do sistema.

4.3.3 Ligando Artigos e Menus

Quando um novo item de menu é criado, ele deve ser relacionado a um artigo

obrigatoriamente. Além disso, seu layout é definido nesse momento, a partir dos

tipos de menu existentes: link interno, link externo, separador e apelido. Esses tipos

possuem subtipos, como mostra a figura 34, que apresenta o tipo link interno e o

subtipo “Artigos > Artigo > Layout Padrão de Artigo”, já que o artigo criado

anteriormente é desse subtipo.

Page 99: Projeto SGCs

98

Figura 34. Tipos e subtipos de menu

Print do sistema.

Além dos detalhes do item, como seu título e o menu a qual pertence, é

selecionado o artigo que será acessado através dele. A figura 35 mostra que,

quando é o botão “Selecione” é clicado, uma nova janela é aberta, apresentando

todos os artigos criados, para que um seja relacionado.

Page 100: Projeto SGCs

99

Figura 35. Criando um item de menu

Print do sistema.

4.4 Estrutura do Site

Após a finalização da estrutura básica do site, a figura 36 mostra os menus e

os artigos que compõe o site-exemplo Dinamização de Sites.

Page 101: Projeto SGCs

100

Figura 36. Mapa do Site

Figura nossa.

Já a figura 37 mostra como o site ficou após o seu desenvolvimento com o

SGC Joomla.

Page 102: Projeto SGCs

101

Figura 37. Site-Exemplo: Dinamização de Sites

Print do sistema.

Page 103: Projeto SGCs

102

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de um sistema de gerenciamento de conteúdo no

desenvolvimento de sites permite uma dinâmica na divulgação e atualização de

informações. Com ele, a complexidade em torno da criação de um site, como a

codificação de páginas, é atenuada para permitir que os interessados pelo

desenvolvimento de um site fiquem responsáveis pela sua manutenção.

O desenvolvimento deste trabalho possibilitou analisar as vantagens de um

SGC, principalmente o Joomla, como a facilidade para se armazenar e recuperar um

conteúdo para editá-lo; a simplicidade na aprovação do conteúdo; a redução de

riscos operacionais e o aumento da segurança das informações. Permitiu também

demonstrar a agilidade no desenvolvimento de sites dinâmicos com autonomia em

sua administração e facilidade de atualizações das informações.

Com um sistema de gerenciamento de conteúdo, é possível criar e

administrar um site completo sem a necessidade de conhecer linguagens e

tecnologias específicas para estruturar sites e desenvolver sistemas baseados na

web. Um SGC fornece opções de temas, um editor de textos simples para inserir os

conteúdos e os diversos módulos oferecidos para inserir as funcionalidades

adicionais ao site. Os sistemas open source de gerenciamento de conteúdo

oferecem uma opção viável para o desenvolvimento de sites, e com a vantagem de

serem apoiados pelas comunidades responsáveis pela evolução dos sistemas, além

de oferecer suporte, materiais e módulos para diversos casos e projetos.

Apesar das poucas referências bibliográficas encontradas sobre a gestão de

conteúdo e as referências consultadas sobre cada SGC estarem em língua

estrangeira, os objetivos deste trabalho foram cumpridos de forma satisfatória. O

conceito, a estrutura e as vantagens dos sistemas de gerenciamento de conteúdo

para a criação de sites com conteúdo dinâmico foram comprovados com o exemplo

do Portal Investe São Caetano e com o desenvolvimento do site denominado

Dinamização de Sites.

A maior contribuição deste trabalho foi analisar os principais SGCs open

source e exemplificar seu uso em uma aplicação real e com o desenvolvimento de

Page 104: Projeto SGCs

103

um site dinâmico como forma de despertar o interesse por estes sistemas como

alternativa para a criação de sites.

Os sistemas de gerenciamento de conteúdo é um tema pouco explorado

pelas empresas. Como sugestão para trabalhos futuros, poderia ser analisado os

motivos pelos quais as empresas não utilizam essa tecnologia, ou por falta de

conhecimento, por falta de divulgação ou se não há uma confiança em torno de sua

utilização.

Conforme apresentado, o projeto de desenvolvimento do Portal Investe São

Caetano foi realizado seguindo as melhores práticas do PMBOK, o Guia do

Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. Outra sugestão para trabalho futuro

seria a análise profunda de como foi desenvolvida toda a documentação de acordo

com esse guia, a fim de demonstrar como é realizada essa etapa.

Page 105: Projeto SGCs

104

REFERÊNCIAS

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Page 109: Projeto SGCs

108

APÊNDICE A – Entrevista com o gerente responsável pelo desenvolvimento do

Portal Investe São Caetano

A Inovação por trás do Portal Investe São Caetano

4 de novembro de 2011, São Caetano do Sul

Entrevista elaborada por Ariane M. N. da Silva, Bruna M. Rodrigues, Clarissa P. Casetta,

Jessica H. Lopez, Mirella Camilla C. O. Braga e Natália Colin

Entrevista sobre o novo Portal Investe São Caetano, recém-lançado no

município, com o Coordenador Administrativo-Financeiro do Programa de

Simplificação da Tramitação e dos Serviços de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas de São Caetano do Sul18, Fernando Santos Soares da Cunha, da

Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Relações de Trabalho de São Caetano

do Sul.

Fernando é formado em Relações Internacionais pela PUC-SP, cujo trabalho

de conclusão foi sobre a comunidade dos países de língua portuguesa, analisando-a

e comparando-a com a comunidade francófona. Possui pós-graduação em Gestão

Estratégica de Projetos pela FIAP, realizando o trabalho de conclusão para o

programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde analisou todas

as ferramentas que o Banco fornece para os gerentes de projeto, e as comparou

com o Guia de Gerenciamento de Projetos, o PMBOK, a fim de verificar o que

faltava nas metodologias do Banco e deixá-las mais completas, mais sólidas. E está

concluindo outra pós-graduação, virtual, em Economia Social e Solidária pela

Universidad Nacional General Sarmiento, uma universidade argentina. Já fez alguns

artigos, que não foram publicados, sobre o relacionamento entre política e

economia, para mostrar a economia como uma consequência de uma decisão

política, não simplesmente como algo natural da natureza humana, como colocam

18

Programa firmado entre e a Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul e BID, tem por finalidade contribuir

para o desenvolvimento sustentável e de um ambiente de competitividade das MPE’s, por meio adequado de

atendimento e articulação das diversas instituições e órgãos afetos ao segmento empresarial local.

Page 110: Projeto SGCs

109

alguns economistas atuais. Possui cursos voltados para as áreas de projetos,

relações internacionais e economia.

Estagiando na Prefeitura de São Caetano do Sul, pela Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, o interesse pela área de Economia surgiu. Após dois

anos morando em Londres, Inglaterra, completou seu estágio e foi contratado pelo

Banco Interamericano para a gestão desse programa, onde foram executados vários

projetos. Com isso, acabou se envolvendo em diversas áreas. Um caso é o Portal

Investe São Caetano, que lhe trouxe um conhecimento sobre informática,

Tecnologia da Informação e sistemas, principalmente.

O que é o Portal Investe São Caetano? Quais motivos levaram para seu

desenvolvimento?

O Portal é um centro de informações e serviços de interesse para micro,

pequenos, médios e grandes empresários, empreendedores e investidores (de

dentro e de fora de São Caetano, que buscam um local para abrir sua empresa).

Antes de se fazer o Portal, foi feita uma análise para saber a demanda que havia

na cidade. Portanto, o Portal é fruto de uma pesquisa. Não foi feita uma

entrevista a campo, pessoas não foram entrevistadas; na verdade, foi coletado o

conhecimento da equipe, de pessoas que já estavam na Prefeitura, de pessoas

de outros setores da Prefeitura, de empresários da cidade, capitar as

informações e se descobrir onde há dificuldades. Verificou-se que existia uma

dificuldade de se encontrar informações referentes às empresas, e que essas

informações estavam segmentadas e espalhadas em diferentes lugares.

Em São Caetano, há o site oficial da Prefeitura, que fala um pouco sobre

determinado assunto, e existem outros sites que falam sobre outros assuntos

necessários, portanto, é muito espalhado, o que desinforma muito. Então se

observou que havia a necessidade de um centro de informação virtual e foi

verificado se havia o público-alvo para isso (pessoas que usavam o computador).

Após isso, foi feita uma nova pesquisa sobre quais informações poderiam ser

inseridas nesse espaço: legislação sobre empresa, notícias sobre empresas,

agenda sobre eventos que interessam às empresas.

Page 111: Projeto SGCs

110

Como foi o processo de desenvolvimento do Portal?

Foram aproveitados ambientes que já existiam para se buscar as necessidades.

Então havia o grupo de trabalho, formado por várias Secretarias, diversos temas,

e abríamos espaço para indagação para ver as necessidades. Também foram

feitas perguntas aos empresários para se descobrir outras necessidades.

A partir da necessidade mapeada, soluções foram buscadas pela equipe interna

da Prefeitura. Foi criado todo um planejamento, um escopo do que nós

queríamos e onde queríamos chegar, e então partimos para a parte de

execução, que foi dividida em três contratações pelo Banco Interamericano:

primeira fase foi fazer a análise de requisitos - como seria feito tecnicamente o

Portal, qual o sistema mais adequado, onde seria alocado o Portal, os desenhos

das telas, entre outros. A análise de requisitos foi separada da parte de execução

para evitar retrabalho caso acontecesse mudanças nos requisitos pedidos, pois

os contratos de Prefeitura são muito engessados, não é fácil alterá-los. Para isso,

foi contratado, em regime de horas, um analista de requisitos e juntamente com

ele foi desenvolvida a ideia, já que estava bem definido o objetivo a ser atingido;

assim, a empresa responsável pelo desenvolvimento não teria tanto retrabalho.

Foi uma estratégia utilizada para diminuir os custos com essa etapa. Durante a

análise de requisitos, foi feita a arquitetura do Portal.

Após isso, o conteúdo do Portal foi desenvolvido (os menus, as telas, as

páginas). Foi contratada uma consultoria para traduzir os textos. Enquanto essa

consultoria ia fazendo as traduções, foi contratada outra consultoria para

desenvolver o Portal, a parte de execução. Provou-se ser totalmente necessário

ter uma empresa que entenda o que é fornecer para a Prefeitura, porque é

preciso ser mais flexível, ser mais parceiro, diferente de simplesmente vender e

acabar o relacionamento com o cliente logo.

Com a finalização do desenvolvimento, as atualizações vão sendo realizadas de

acordo com a nossa capacidade interna, que não é a mesma da empresa, mas

como é um sistema que nos permite modificar o conteúdo facilmente.

Você comentou sobre esse relacionamento com a Prefeitura. Qual é a

diferença entre ter um cliente comum e ter como cliente a Prefeitura?

Page 112: Projeto SGCs

111

A primeira diferença é contrato. Para um cliente comum, é mais fácil fazer um

termo aditivo caso aumente o trabalho para a empresa. Já no caso da Prefeitura,

para um contrato ser assinado, demora alguns meses; para se fazer um termo

aditivo, existe um limite para aumentar o valor, acredito que 20%. Trabalhamos

com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que, apesar das

diferenças, segue um pouco a lógica de um departamento público.

Outra diferença é agilidade. Pela Prefeitura, todos os processos são demorados.

Para aprovar modificações, levam-se meses. E também a empresa fica alguns

meses esperando para receber, ou seja, ela acaba executando trabalhos sem

receber. Portanto, qualquer mudança de escopo é complicada, pois acaba

gerando atrasos, principalmente para pagamentos, e muitas empresas acabam

não gostando de não receber num curto prazo.

Qual foi a duração do projeto?

Da parte de levantamento de requisitos até o final, que ocorreu em fevereiro

desse ano, foram dez meses aproximadamente. A etapa de levantamento de

requisitos foi longa para não haver erros durante a etapa de desenvolvimento,

evitando o retrabalho.

O programa do BID, como um todo, teve duração de três anos.

Que tipos de estudo prévios você teve de realizar para desenvolver esse

projeto?

Durante a etapa de levantamento de requisitos, o especialista era de fora da

Prefeitura por justamente ter um conhecimento de mercado maior; conhecia

muito bem as novas e velhas tecnologias e o que era mais adequado à estrutura

que nós tínhamos. Ele fez essa análise e nos provou ser mais interessante o uso

do Joomla!19. Então, tecnicamente, essa análise foi terceirizada. A equipe interna

fez apenas a análise de conteúdo, do que seria o Portal.

19 O Joomla! é um sistema de gerenciamento de conteúdo (Content Management System – CMS),

opensource (software livre) cujo desenvolvimento é feito por vários analistas/programadores do mundo inteiro em colaboração. Com o Joomla! é possível desenvolver sites com recursos avançados e num curto prazo, com custos acessíveis.

Page 113: Projeto SGCs

112

Aproveitando que você citou o Joomla!, qual a sua opinião sobre a

ferramenta? Você não a conhecia?

Não, não conhecia. Eu achei muito interessante (a ferramenta). Não sou um

expert, mas tenho conhecimento suficiente em computação; conheço a

dificuldade que é mexer numa linha de programação e sei como os sites são

normalmente estruturados. Então, quando você entra em contato com uma

interface, que possui uma navegabilidade baseada em qualquer software de

edição de textos, que te faz instintivamente usar – usabilidade, você sabe por

onde começar, o trabalho não trava e não é necessário um pré-conhecimento

grande para começar a desenvolver.

Então, essa ferramenta foi uma grande solução, pois tínhamos esse nó de quem

faria a gestão desse Portal, porque no caso da Prefeitura teria de se terceirizar o

órgão de TI, só que este órgão não tem compromisso com atualização, a

intenção é só deixar funcionando. Uma preocupação nossa era deixar o Portal

atualizado, dinâmico, então essa ferramenta foi a melhor solução para esse fim,

pela forma de gerenciamento de um Portal.

Quais foram as maiores dificuldades no desenvolvimento do projeto? E o

que foi feito para contorná-las?

Foram tantas. Bom, tivemos uma dificuldade grande com a integração com os

setores de Comunicação e de TI da Prefeitura, que foram um pouco ausentes, o

que acabou atrapalhando um pouco o andamento do trabalho, já que são setores

que ditam a parte da informação (Comunicação) e a parte técnica (TI).

O desenvolvimento dos conteúdos também foi uma dificuldade, pois foi um

trabalho volumoso e eu, particularmente, fiquei sobrecarregado. Não teria como

contratar alguém para fazer esse conteúdo, tinha que ser feito internamente por

conta das informações sobre a Prefeitura contidas no Portal.

Outra dificuldade foi com a empresa que desenvolveu o Portal. Apesar de ter

sido parceira, ficaram algumas pendências, que até hoje estão sendo esperadas.

Acaba incomodando um pouco, pois já foi feito o pagamento, tem o

compromisso, mas eles acabam dependendo de um técnico próprio. Isso poderia

ser evitado se o setor de TI estivesse bastante envolvido, pois eles assumiriam e

Page 114: Projeto SGCs

113

resolveriam esse problema. Ou seja, é uma falta de amparo, principalmente de

maneira técnica.

Para contornar essas dificuldades, procuramos entrar em contato com a empresa

desenvolvedora para fazer as devidas cobranças sempre que possível. Também

foi contratada uma estagiária do setor de TI que foi fundamental no processo,

pois, mesmo sem conhecer a ferramenta, teve a habilidade para explorá-la e

conhecer o seu funcionamento. Essa é a vantagem de se ter um funcionário de

TI em um setor totalmente distinto dessa área.

O fato de a ferramenta ter se mostrado muito boa ajudou a contornar boa parte

das dificuldades que tínhamos, pois não ficamos dependentes de uma empresa

para fazer alterações e atualizações. Isso deve acontecer em muitos ambientes

públicos, pois estes são muito segmentados, não se trabalha pelo conjunto, e sim

pelo individual, e na hora de se fazer projetos que necessitam da integração dos

setores existem muitas dificuldades. No meu caso, outros projetos do programa

do BID tiveram problemas por conta da dificuldade de integração. O uso dessa

ferramenta contornou muito bem esse problema.

Como as suas experiências anteriores ajudaram nesse projeto?

Experiência anterior eu não tive. O que eu conhecia da área de TI era das

experiências do meu irmão, que trabalha na área, sempre esclarecia minhas

dúvidas com ele.

O que eu busquei, durante a etapa de levantamento de requisitos, foi deixar claro

para o consultor sobre as dificuldades que teríamos. Minha habilidade maior foi

ter trazido alguém da área de TI, que conhece a esfera de tecnologia, mas não

conhece o público, e mostrar minha experiência do público para ele me trazer a

solução.

Quais metas vocês esperam alcançar com o lançamento do Portal?

Não traçamos metas em relação ao número de acessos, ou quantidade de

cadastrados, ou número de mensagens trocados, ou outros pontos

consideráveis. O objetivo principal é que o Portal se torne um ponto de

referência. Por exemplo, um empresário de São Caetano encontrar os serviços

Page 115: Projeto SGCs

114

oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento pelo Portal, além de tirar suas

dúvidas em relação à formalização, entre outras. O Portal deve se tornar para a

cidade um bem público, deve-se criar um hábito acessar o Portal para encontrar

diferentes tipos de informação.

Quais serão os benefícios que o Portal trará para a população de São

Caetano?

Algo que é bem interessante, bastante inovadora, é a questão de gerar

networking entre as pequenas empresas, porque os pequenos e médios

empresários estão cada vez mais individuais, individualistas e individualizados. A

questão de se unir pela busca de direitos e interesses está cada vez mais fraca.

Como o Portal possui um ambiente que permite a comunicação, uma troca de

conhecimentos (sobre experiências, informações sobre localidades, segurança,

entre outras) e o relacionamento entre essas pessoas; permite criar uma

cooperação entre esses empresários para se vir como iguais, não como

concorrentes e, a partir disso, buscarem seus direitos e interesses.

Outro ponto é que o poder público oferece muitos serviços e apoio às empresas

que não são conhecidos pelo público-alvo. Então se há um centro forte de

informações, qualquer dúvida será esclarecida a partir do Portal. A informação

está muito centralizada hoje, não chega até as pessoas interessadas.

Outro ponto importante é que como em São Caetano muitos moradores fazem

suas compras fora da cidade, foi criada a aba “Compre em São Caetano”, onde

os empresários cadastram seus produtos, com a finalidade de estimular a

população a comprar na cidade, porque às vezes as pessoas não sabem se há

ou não determinado produto por aqui. Com isso, tentar mudar essa cultura de

sair da cidade para comprar, para assim rodar mais a economia local.

Você poderia explicar melhor os módulos que existem no Portal?

Há o módulo da “Rede do Empreendedorismo”, uma rede de relacionamento,

que possui ferramentas que permitem o relacionamento entre empresas.

Page 116: Projeto SGCs

115

Há a “Vitrine de Empresas”, onde as lojas, indústrias e prestadoras de serviço

podem cadastrar seus produtos e há uma tela especial de busca, em “Compre

em São Caetano”, para quem tem interesse em encontrar determinado produto.

Há a parte das imobiliárias, onde imobiliárias ou dono de imóveis podem

cadastrar imóveis comerciais e terrenos para fins comerciais em negociação. Isso

foi feito pensando no investidor que está fora da cidade e quer abrir seu negócio

aqui, que terá no Portal a opção para buscar um local para abrir sua empresa.

Há a “Agenda de Eventos”, que mostra todos os eventos de interesse para o

público. É muito interessante para Universidades também, que possui

dificuldades para atrair público em eventos internos.

Existe a parte de notícias, onde são mostradas as principais notícias da região

voltadas para o interesse do público.

Alguns serviços do Portal já existem, como Tributos Web, para tirar 2ª via de

boleto bancário de pagamentos, há uma página contendo informações sobre o

Pregão on-line que a Prefeitura oferece, e a parte sobre a Nota Fiscal Eletrônica.

Assim, centralizamos para o usuário.

E a seção se informações, que é muito vasta, com informações sobre a cidade,

sobre negócios, entre outros.

Quais são os projetos futuros em relação ao Portal?

Agora o Portal precisa ser fortalecido. O esforço é deixá-lo atualizado sempre.

Incentivar, estimular dentro da rede de relacionamento o uso pelas pessoas já

cadastradas.

O esforço maior é a divulgação, que é a fase atual do trabalho.

Considerações finais?

Precisam ser feitos estudos sobre a questão da administração pública com a

Tecnologia da Informação, porque a administração pública é algo ultrapassado e

difícil de mudar, e a Tecnologia da Informação é o contrário, é moderna,

dinâmica. É necessária uma estratégia para unir o defasado com o avançado. E

o Portal foi uma estratégia que se mostrou boa.

Page 117: Projeto SGCs

116

Futuramente, deverão ser realizadas ações parecidas com essa para outros temas,

e esperamos que o Portal e toda sua experiência sejam usados como exemplo para

outros trabalhos parecidos.

Page 118: Projeto SGCs

117

APÊNDICE B – Respostas do questionário aplicado aos administradores do

Portal Investe São Caetano

1. Qual seu nível de escolaridade?

a) Pós Graduado

b) Superior incompleto

c) Superior incompleto

2. Caso tenha nível superior ou técnico (concluído ou não), qual a área escolhida?

a) Bacharel em Relações Internacionais.

MBA em Gestão de Projetos.

Pós Graduação em Economia Social e Solidária.

b) Administração de Empresas

c) Administração

3. Qual sua experiência profissional?

a) Professor de Inglês.

Professor de Matéria "Exportação para o Brasil" para intercambistas latino-

americanos no Brasil.

Gestão do projeto como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento

Administrativo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Relações do

Trabalho - Prefeitura de São Caetano do Sul.

b) Sempre atuei na área administrativa, e há um ano na manutenção do Portal.

c) Área administrativa.

Page 119: Projeto SGCs

118

4. Quais seus papéis para com o desenvolvimento do Portal?

a) Gestor do projeto de implantação do portal (implantação de conteúdos,

estruturas e relacionamento com os órgãos envolvidos da Prefeitura municipal).

b) Atualização de notícias, eventos, liberação de usuários na vitrine de empresas,

atualização da página principal do site.

c) Cadastro de eventos, notícias e atualização na área de vitrine de empresas e

usuários.

5. Você teve a oportunidade de conhecer ou fazer parte do desenvolvimento de

algum outro site? Se sim, explique.

a) Sim. Site da Organização Não Governamental "Opção Brasil" - Site principal

(www.opcaobrasil.org) e site de intercâmbios que ela promove

(intercambios.orcaobrasil.org).

b) Não.

c) Não.

6. Você acredita que o Portal tenha algum diferencial em relação a outros meios de

comunicação?

a) Muito diferencial. Para uma cidade como São Caetano do Sul, ele é muito

aderente em relação ao perfil dos munícipes e empresários da cidade, que tem

um alto índice de utilização de internet. Além disso, ele é barato, limpo e com

poder multiplicador muito interessante (desde que já esteja popularizado).

b) Sim.

c) Sim.

Page 120: Projeto SGCs

119

7. Sobre o Joomla, você já conhecia esse sistema?

a) Não. Soube pela orientação de um consultor contratado para fazer o

levantamento de requisitos técnicos para a implantação do portal. Em sua

análise, ele indicou o Joomla como ferramenta mais apropriada para dar

sustentação a um site de conteúdos dinâmicos e complexos em uma estrutura

administrativa de serviço público.

b) Não.

c) Não, primeira vez que trabalho com esse sistema

8. Após conhecê-lo, qual a sua opinião sobre o Joomla?

a) Ferramenta robusta, de fácil implantação e manutenção. Ela não permite altos

índices de personalização, mas para a grande maioria das empresas e

entidades que necessitam de sites, ela supre com muita propriedade.

b) Um sistema fácil de trabalhar, e como eu não conheço muito sobre esse tipo de

sistema, foi fácil de aprender.

c) Fácil de manusear.

9. Você teve alguma dificuldade para utilizar o sistema? Se sim, descreva.

a) De forma geral, não. A única questão é que o Portal ficou bastante volumoso,

com muitos módulos e plug-ins instalados. Devido a este volume, como não atuo

todos os dias em todas as ferramentas, muitas vezes temos dúvidas em alguns

pontos. Contudo, para superar este problema, desenvolvemos uma apostila para

os administradores do portal e nela é narrado em detalhes como fazer a gestão

dos conteúdos, principalmente para aqueles mais comumente utilizados.

b) Não.

c) Não.

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10. Você acredita que o Joomla traz vantagens para o desenvolvimento do Portal?

a) Muita, pois como os módulos já vem prontos, muitas vezes eles trazem mais

vantagens e facilidades do que mapeado no planejamento.

b) Sim.

c) Sim.

11. Quais experiências você adquiriu com o Joomla e o Portal?

a) Experiência em desenvolvimento de sites, as dificuldades de formação de

conteúdos especializados (como os existentes no site), experiência de

relacionamento entre poder público e empresas (para desenho das ferramentas

disponibilizadas), entre outras.

b) Como nunca tinha trabalhado nessa área, isso ainda é muito novo para mim.

Aprendi como funciona por trás de um site, como é feita a montagem, a

administração, a manutenção, algo que eu nem imaginava como era.

c) Como nunca trabalhei com esse tipo de serviço, foi fácil de aprender a trabalhar

com ele.

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APÊNDICE C – Termo de Autorização