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ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
IRATI
2019
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.........................................................................................................7
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
2. HISTÓRICO DA ESCOLA E ATUALIDADES........................................................11
2.1. GALERIA DE DIRETORAS.................................................................................14
3 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO..............................................................16
3.1. ENTIDADE MANTENEDORA..............................................................................16
3.2. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO.............................................................16
3.3. FINALIDADE DA ESCOLA..................................................................................16
3.4. RECONHECIMENTO DO CURSO FUNDAMENTAL DO 6º AO 9º ANO.............17
3.5. RENOVAÇÃO PARA A OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA ATÉ 12/03/2027.....17
3.6. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR.........17
3.7. DUALIDADE ADMINISTRATIVA.........................................................................17
3.8. SÍMBOLO OFICIAL..............................................................................................17
3.9. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO.....................................................................18
3.10. ETAPA E MODALIDADE DE ENSINO..............................................................19
3.11. MATRÍCULA E FORMA DE INGRESSO...........................................................19
4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.......................................................................21
4.1. DIREÇÃO............................................................................................................22
4.2. SECRETARIA......................................................................................................22
4.3. AGENTES EDUCACIONAIS II............................................................................23
4.4. CORPO DOCENTE (PROFESSORES) - 2018..................................................24
4.5. EQUIPE PEDAGÓGICA .....................................................................................28
4.6. AGENTES EDUCACIONAIS I.............................................................................28
4.7. CORPO DISCENTE (ALUNOS) .........................................................................30
4.8. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I..........................................30
4.9. INSTÂNCIAS COLEGIADAS..............................................................................32
5. ESPAÇO FÍSICO E ATIVIDADES PEDAGÓGICAS.............................................35
5.1. ATIVIDADE COMPLEMENTAR - AETE..............................................................36
5.2. PARTICIPAÇÃO NOS JOGOS ESCOLARES DO PARANÁ..............................36
5.3. JOGOS INTERSÉRIES.......................................................................................37
5.4. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM................................................................37
5.5. REGISTRO DE CLASSE ONLINE (RCO)..........................................................38
5.6. PROFESSOR DE APOIO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (PAEE)..............38
5.7. PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA...................................................... 39
5.8. OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA – OBMEP.................................. 40
5.9. ESTAGIÁRIOS................................................................................................... 41
5.10. PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA –
PIBID............................................................................................................... 42
5.11. BIBLIOTECA......................................................................................................43
5.12. MULTIMEIOS/INFORMÁTICA/TECNOLOGIA DIGITAL DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO.................................................................................................44
5.13. CENTRO DE MEMÓRIA...................................................................................45
5.14. HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES........................................................45
5.15. LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS.........................................................................46
5.16. SALÃO NOBRE.................................................................................................46
5.17. SECRETARIA ESCOLAR..................................................................................46
5.18. REFEITÓRIO.....................................................................................................47
5.19. PAISAGISMO....................................................................................................47
5.20. QUESTÃO AMBIENTAL....................................................................................48
5.21. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR...........................................................................48
5.22. BRIGADA ESCOLAR........................................................................................50
5.23. VISITA AO INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ..............................................50
5.24. DIVULGAÇÃO DOS CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS EM IRATI..............51
5.25. SEMANA CULTURAL........................................................................................51
5.26. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA...................................................52
5.27. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS – TEMAS
MULTIDISCIPLINARES......................................................................................53
6. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE EM QUE A ESCOLA ESTÁ INSERIDA..........54
6.1. REALIDADE GLOBAL.........................................................................................54
6.2. REALIDADE LOCAL...........................................................................................55
6.3. REALIDADE DAS FAMÍLIAS E CONTEXTO ESCOLAR...................................56
6.4. FRAGILIDADES DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA.......................58
6.5. FRAGILIDADES DA ESCOLA.............................................................................59
6.6. AVALIAÇÃO EXTERNA (IDEB)...........................................................................59
6.7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL............................................................................60
4
6.8. REGIMENTO ESCOLAR....................................................................................61
7. A ESCOLA E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE LEI 8.069 DE
13/07/1990..........................................................................................................62
8. FUNDAMENTOS E OBJETIVOS...........................................................................63
8.1. FILOSOFIA DA ESCOLA....................................................................................63
8.2. MISSÃO...............................................................................................................63
8.3. VISÃO..................................................................................................................63
8.4. VALORES............................................................................................................63
8.5. OBJETIVO DA ESCOLA.....................................................................................64
8.6. OBJETIVOS GERAIS..........................................................................................64
9. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ADOTADA PELA ESCOLA..................................66
9.1. PEDAGOGIA PROGRESSISTA..........................................................................66
9.2. TENDÊNCIA PEDAGÓGICA HISTÓRICO-CRÍTICA / PEDAGOGIA HISTÓRICO
CRÍTICA..............................................................................................................66
9.3. MÉTODO DE ENSINO........................................................................................66
9.4. CONTEÚDOS......................................................................................................67
9.5. RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO......................................................................67
9.6. AVALIAÇÃO.........................................................................................................67
9.7. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA, SEGUNDO A PEDAGOGIA HISTÓRICO-
CRÍTICA..............................................................................................................68
9.8. TEÓRICOS..........................................................................................................68
9.9. ESCLARECIMENTOS SOBRE CONCEITOS....................................................69
10. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS.........................................70
10.1. CONCEPÇÃO DE DEMOCRACIA NA GESTÃO ESCOLAR...........................70
10.2. INICIATIVAS PARA A DIREÇÃO COLABORAR DEMOCRATICAMENTE COM
A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO OFERTADA....................................................71
10.3. AÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR, PARA
GARANTIR A GESTÃO DEMOCRÁTICA..........................................................72
10.4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO.......................................................................73
10.5. O CURRÍCULO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA.............................73
10.6. CONCEPÇÃO DE MUNDO...............................................................................74
10.7. CONCEPÇÃO DE HOMEM..............................................................................74
10.8. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA................................................................74
10.9. CONCEPÇÃO DE JOVEM...............................................................................75
5
10.10. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE.....................................................................76
10.11. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO......................................................................76
10.12. CONCEPÇÃO DE ESCOLA E SEUS SUJEITOS...........................................77
10.13. CONCEPÇÃO DE TRABALHO.......................................................................80
10.14. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA......................................................................81
10.15. CONCEPÇÃO DE CULTURA.........................................................................82
10.16. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM..............................................82
10.17. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA............................................82
10.18. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA..................................................83
10.19. CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE..................................................................84
10.20. AVALIAÇÃO.....................................................................................................84
10.21. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO.....................................................89
11. ARTIGO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE) DA
PROFESSORA PEDAGOGA ARILDA MOLETTA: FAMÍLIA E ESCOLA........92
11.1. O PAPEL DA FAMÍLIA PARA O SUCESSO ESCOLAR....................................92
11.2. O PAPEL DA ESCOLA PARA O SUCESSO ESCOLAR...................................99
11.3. PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA.....................................................................101
12. SUBSÍDIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DOS PROFESSORES DO PDE
E DOS PROFESSORES COM MESTRADO................................................... 107
13. PROPOSIÇÕES DE AÇÕES – METAS..............................................................108
13.1. AÇÕES DESENVOLVIDAS E EM ANDAMENTO, COM O OBJETIVO DE
ESTIMULAR A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS REPROVADOS E
APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE................................................108
13.2. AÇÕES QUE VISAM ORGANIZAR O AMBIENTE ESCOLAR E ESTIMULAR O
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM........................................................109
13.3. AÇÕES PARA PREVENIR E ERRADICAR O BULLYING NA ESCOLA........110
13.4. AÇÕES PARA A FORMAÇÃO CULTURAL E HUMANA.................................111
13.5. AÇÕES QUE VISAM GARANTIR O APRENDIZADO.....................................112
14. CALENDÁRIO ESCOLAR – 2018......................................................................114
REFERÊNCIAS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA..............115
REFERÊNCIAS DO ARTIGO PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)
............................................................................................................................................117
ANEXOS - PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DAS DISCIPLINAS
DE ARTE, CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO FÍSICA, ENSINO RELIGIOSO, GEOFRAFIA,
HISTÓRIA, LÍNGUA PORTUGUESA, MATEMÁTICA, LÍNGUA ESPANHOLA.....120
7
APRESENTAÇÃO
No Paraná, o mais recente documento legal que orienta as normas para a
organização escolar nas escolas que integram o Sistema Estadual de Ensino e que
ofertam a Educação Básica é a Deliberação Nº 02/2018 de 12 de setembro de 2018.
Segundo o artigo 10 da referida Deliberação o Projeto Político-Pedagógico
(PPP) – “é o documento institucional que define o rumo, a intenção e os processos
pedagógicos e administrativos que serão utilizados para cumprir as metas,
expectativas e objetivos propostos pela comunidade escolar e local.” E o artigo 11
diz: “O PPP deve ser elaborado e atualizado coletiva e democraticamente pela
equipe diretiva da instituição de ensino, com a participação da comunidade escolar,
atendido o disposto nesta Deliberação e demais normatizações pertinentes.”
O Projeto Político-Pedagógico constitui-se nos fundamentos legais,
conceituais, filosóficos, ideológicos, metodológicos e operacionais das práticas
pedagógicas tendo em vista a função da escola pública que é o acesso ao
conhecimento.
O PPP deve ser discutido, aprovado e acompanhado em sua efetivação pelo
Conselho Escolar e deve ser legitimado pelo Regimento Escolar, o qual, da mesma
forma, deve ser construído e definido coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar.
Deve, ainda, expressar o diagnóstico das fragilidades e necessidades
escolares, buscar proposições e fundamentá-las. Isto significa que todas as ações
previstas no plano de ação da escola devem ser o resultado do que foi levantado na
prática pedagógica.
Na Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental, o
processo de construção e reconstrução do Projeto Político-Pedagógico foi
sistematizado levando-se em conta três eixos: Situacional, Conceitual e Operacional
de acordo com a Instrução n°003/2015 – SUED/SEED. Entretanto, não está sendo
apresentado em forma de “Marcos” e tomou como ponto de partida a versão do PPP de
2011. A fundamentação teórica apresentada aqui, expressa o diagnóstico da
representação dos professores e dos profissionais da educação da Escola Estadual
Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental sobre a função da escola e o
valor da formação por ela ofertada.
8
Procurou-se realizar ajustes no texto e atualizar os dados, quanto ao PPP
anterior, datado do ano de 2011, visto que, as discussões conceituais representam o
envolvimento da comunidade escolar atual para alicerçar o ensino-aprendizagem, o
currículo, o conhecimento, a avaliação e a gestão.
O PPP deve ser revisto a qualquer tempo e, necessariamente, quando houver
alteração da legislação educacional e das diretrizes que orientam a educação
básica. Portanto, deve ser revisto face às estratégias utilizadas no diagnóstico, os
princípios didático-pedagógicos definidos, o planejamento das ações, as tomadas de
decisões coletivas e a execução das ações por todos os segmentos da comunidade
escolar.
A Orientação Nº 01/2017 – CGE/DGE/SEED de 20 de julho de 2017 orienta
reelaborar anualmente o PPP, em decorrência da reorganização do trabalho
pedagógico, entretanto, não necessita de novo Ato Administrativo, Parecer, quando
as alterações forem quanto:
ao número de estudantes por turma, ano e turno, número de profissionais daeducação e organização dos tempos e espaços;
aos dados da avaliação: índices do desempenho escolar (aprovação, aprovaçãopor Conselho de Classe, reprovação e abandono), índices de evasão, dedistorção idade/ano e dados da avaliação externa (Prova Brasil, IDEB);
às necessidades de avanços da prática pedagógica observadas na avaliação doPlano de Ação da Escola;
às alterações, acréscimos ou exclusão de conceitos, no Marco Conceitual, sehouver.
às novas linhas de ação, a curto, médio e longo prazo, na perspectivapedagógica e administrativa, no Marco Operacional;
ao Calendário Escolar; às ações didático-pedagógicas como programas, projetos, atividades
complementares de ampliação de jornada. Quanto ao PPP 2019, desta escola, um novo Ato Administrativo será emitido
pelo Núcleo Regional de Educação de Irati, devido à mudança no Sistema deAvaliação da escola que passará a ser Trimestral.
Após as devidas alterações o PPP será publicizado no site da escola:http://www.irinossasragracas.seed.pr.gov.br
9
1. INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola Estadual Nossa Senhora das
Graças – Ensino Fundamental foi reavaliado, reformulado e construído na reflexão
coletiva, principalmente no ano de 2018.
O Projeto Político-Pedagógico (PPP), ou Proposta Pedagógica, foi previsto(a)
nos artigos 12, 13, 14 e 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB
9394/96) com o objetivo de democratizar e descentralizar as decisões pedagógicas
e organizacionais da escola, com vistas à participação de todos os envolvidos no
processo de educação escolar. Em razão disto, ele é único para uma comunidade
escolar e flexível às alterações do contexto.
A construção coletiva do PPP tem a finalidade de representar as expectativas
que a comunidade escolar (gestores, educadores, pais ou responsáveis, estudantes,
agentes educacionais, comunidade) tem quanto à formação dos estudantes. E,
quais valores, objetivos e compromissos são priorizados nas experiências de
aprendizagem propiciadas aos estudantes. Também, a elaboração do PPP, é uma
necessidade, porque a escola precisa registrar dados, situar-se no contexto social,
renovar-se, sistematizar a sua prática, descrever sua dinâmica, planejar a curto,
médio e longo prazo seu projeto de educação para a comunidade em que está
inserida.
Este projeto representa um agrupamento de ideias, reflexões, propostas e um
direcionamento para que o estudante aprenda aquilo que é necessário na idade e na
etapa escolar adequada. É o projeto de uma construção de escola que visa propiciar
aos estudantes conhecimentos, habilidades e valores essenciais que todos devem
aprender para seu pleno desenvolvimento e o desenvolvimento da sociedade. É a
equidade contribuindo na garantia do direito à aprendizagem do estudante para que
ele possa resolver demandas complexas da vida cotidiana e do pleno exercício da
cidadania.
Todas as propostas curriculares dentro da escola devem incorporar a
abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana,
preferencialmente de forma transversal, integradora e de forma contextualizada
(direitos da criança e do adolescente; educação para o trânsito; educação ambiental;
processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; educação em direitos
humanos; educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-
10
brasileira, africana e indígena; saúde; vida familiar e social; educação para o
consumo; educação financeira e fiscal; trabalho, ciência e tecnologia; diversidade
cultural).
E, finalmente, relacionar a teoria e a prática, contextualizando a sociedade em
que vivemos por meio de atividades próprias às características da etapa de
desenvolvimento humano do estudante do Ensino Fundamental. Tudo isso para que
o estudante conquiste um nível de qualidade educativa e continue a estudar em
etapas e níveis superiores. É a efetivação da intencionalidade da escola: a formação
do cidadão responsável, participativo, compromissado, crítico e criativo.
11
2. HISTÓRICO DA ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS E
ATUALIDADES
Ao longo de seus 88 anos, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças tem
contribuído com a educação iratiense por meio de práticas educativas
comprometidas com a formação dos seus estudantes. Esta escola funciona como
pertencente à rede estadual de ensino, ou seja escola estadual, há 66 anos.
O espaço físico da instituição é privilegiado pela localização e pelo tamanho
da área que disponibiliza para seus estudantes, professores, funcionários e
comunidade.
Toda instituição tem uma história, formada de fatos, pessoas, marcos legais...
A história de uma das mais tradicionais instituições de educação iratienses teve
início com as Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em 12 de agosto
de 1930.
Atendendo a solicitação da população católica da cidade de Irati, a Província
Brasileira da Congregação das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo,
com sede em Curitiba, resolveu enviar a Irati duas irmãs para providenciarem a
instalação de um Colégio, cuja finalidade seria a educação integral das crianças
iratienses.
Mesmo antes da chegada das irmãs, alguns colonos poloneses já haviam
doado um pedaço de terra ao lado da Igreja São Miguel para a construção do
Colégio.
Em 12 de agosto de 1930, chegaram a Irati a Irmã Helena Olek e Irmã
Edvirges Miketa. As Irmãs foram recepcionadas na estação ferroviária pela
população católica de Irati e também pelos colonos poloneses. Foi um
acontecimento emocionante e significativo para todos que lá se encontravam. As
Irmãs foram morar em uma pequena casa de madeira ao lado da Igreja São Miguel.
Em princípio de 1931, foram inaugurados o Curso Primário e o Jardim de
Infância, ambos de caráter particular. Em pouco tempo, o número de alunos
começou a aumentar, tornando-se necessária a construção de um novo prédio.
A inauguração do novo Colégio aconteceu em 1937 e além do Jardim de
Infância e do Curso Primário, também eram ministrados cursos de pintura, trabalhos
manuais, flores artificiais, preparatório ao Exame de Admissão, preparatório ao
Exame de Madureza e Línguas Estrangeiras.
12
Em 10 de janeiro de 1938, o Diretor Geral da Educação, através do Decreto
nº 6.149, oficializou o funcionamento da escola com a denominação de Colégio
Nossa Senhora das Graças.
Atendendo ao apelo da comunidade, a Direção do Colégio solicitou a criação
do Curso Ginasial, em 1945, tendo início o funcionamento do Ginásio. Em 17 de
julho de 1946, o Ginásio Nossa Senhora das Graças era reconhecido pela Portaria
Ministerial nº 445, publicado no Diário Oficial de 13 de agosto de 1946.
Em 1946, as Irmãs ampliaram as atividades do Instituto Nossa Senhora das
Graças, implantando um orfanato para meninas abandonadas e órfãs. O orfanato
funcionou até 1971.
Ainda em 1946, a pedido das graduandas, foi requerida à Secretaria de
Educação e Cultura a criação do Curso Normal Colegial para que a juventude
pudesse adquirir a formação pedagógica na própria cidade.
Em 1947, o Curso Normal Colegial começou a funcionar, sendo o primeiro
curso normal da Província das Filhas da Caridade de Curitiba, onde muitas Irmãs se
prepararam para o Magistério.
Pelo Decreto nº 8334, de 15 de janeiro de 1953, o Ginásio Nossa Senhora
das Graças foi integrado à rede estadual de ensino com o nome de Ginásio
Comercial Estadual de Irati.
A partir do ano da estadualização, 1953, houve aumento significativo de
alunas a esse estabelecimento de ensino que, em 1956, se fez necessária a
ampliação da Escola, levando a Irmã Emília Obrzut, com auxílio da Província, a
iniciar a ampliação da construção, a qual foi inaugurada em 1957.
Pelo decreto nº 7602, de 16 de novembro de 1967, o Ginásio Comercial
Estadual de Irati passou a denominar-se Ginásio Estadual de Irati e, em 13 de
fevereiro de 1969, o decreto nº 1417 alterou a denominação para Ginásio Estadual
Nossa Senhora das Graças.
A Escola Normal Colegial Nossa Senhora das Graças funcionou no Instituto
Nossa Senhora das Graças até 1974 quando, então, foi implantada a Reforma de
Ensino. Nesta época o Curso Normal foi transferido para Colégio Estadual São
Vicente de Paulo.
Após várias mudanças no nome da Escola, finalmente passou a chamar-se
Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino de 1º Grau, oferecendo o
ensino de 1ª a 8ª séries.
13
Em 1989 foi inaugurada uma nova ala da escola, construída pela
Congregação em parceria com a comunidade.
Através da Resolução 4268/96, as atividades relativas ao ensino de 1ª a 4ª
série foi municipalizado; a partir de então, a Escola Estadual Nossa Senhora das
Graças – Ensino de 1º Grau passou a oferecer somente o Ensino Fundamental de 5ª
a 8ª série e o ensino de 1ª à 4ª série passou a ser oferecido, no mesmo prédio
escolar, pela Escola Municipal Irmã Helena Olek.
Ainda em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº
9.394/1996) estabeleceu dois níveis de ensino: a Educação Básica e a Educação
Superior. Definido no artigo 21 da lei, o conceito de Educação Básica congregou,
articuladamente, as três etapas da educação nacional: a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio.
Portanto, após a Lei nº 9.394/1996, essa instituição passou a ofertar a
Educação Básica – Ensino Fundamental e em 1998 passou a denominar-se Escola
Estadual Nossa Senhora das Graças– Ensino Fundamental.
Em 06 de fevereiro de 2006 a Lei Nº 11.274 altera a redação dos artigos 29,
30, 32 e 87 da Lei no 9.394/96 e regulamenta a duração de 9 (nove) anos para o
Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.
Após essa alteração, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino
Fundamental passa a ofertar o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano.
E, assim, iniciaram-se discussões coletivas para reelaboração do PPP da
Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental, nos atuais
moldes: crítico, democrático e orientado pelas legislações vigentes, o qual vem,
desde então, sendo reformulado.
No ano de 2018 surgiu a necessidade de discutir/repensar sobre o sistema de
avaliação da escola. Após as discussões o coletivo resolveu adotar o sistema de
avaliação Trimestral, com vigência a partir de 2019. Em alguns momentos
específicos (Semana Pedagógica, Formação em Ação, reunião de Planejamento e
Replanejamento escolar e outras reuniões) a comunidade escolar pôde refletir e
propor mudanças na avaliação. Tais discussões acarretaram alterações no
Regimento Escolar, aprimorando o processo de avaliação e reforçando uma das
funções da escola: acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem por
todos os envolvidos. Um dos motivos elencados para a alteração do sistema de
14
avaliação para Trimestral foi oportunizar mais tempo para o diagnóstico da
aprendizagem e retomar os conteúdos não apreendidos.
Ainda, em 2018, por orientação e determinação do Corpo de Bombeiros foram
garantidas as condições necessárias de segurança, como a aquisição de
equipamentos e adequações físicas do ambiente escolar (muro ao redor da quadra
esportiva coberta).
No que diz respeito à direção da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças,
a mesma é designada pela Presidente da Província Brasileira da Congregação das
Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo – Província de Curitiba – locadora
do prédio. A diretora indicada deve pertencer ao Quadro Próprio do Magistério e
preencher os requisitos legais para o exercício da função mediante a homologação
de portaria da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Atualmente e desde o
ano de 2015, a diretora da escola é Irmã Alecsandra David.
Para o ano de 2019, novamente, apresenta-se o desafio de reformular e
adequar, com a comunidade escolar, o PPP da escola e as Propostas Pedagógicas
Curriculares (PPC) das disciplinas, segundo a BNCC, homologada em 20/12/2017 e
o Referencial Curricular do Estado do Paraná, em construção neste ano de 2018, de
modo a garantir aos estudantes uma aprendizagem significativa e atualizada
segundo a legislação da educação.
2.1. GALERIA DE DIRETORAS
Foram diretoras da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças:
Irmã Helena Olek - 12/08/1930 à 30/01/1939
Irmã Emília Obrzut – 30/01/1939 à 20/01/1959
Irmã Emília Dybas – 20/01/1959 à 20/02/1965
Irmã Margarida Paschoal – 20/02/1965 à 26/07/1965
Irmã Emília Dybas – 26/07/1965 à 15/02/1971
Irmã Verônica Sawtzuk – 15/02/1971 à 08/12/1971
Irmã Helena Pietrovski – 08/12/1971 à 28/03/1975
Irmã Celestina Zaffari – 28/03/1975 à 23/03/1977
Irmã Julia Lorenz – 23/03/1977 à 28/04/1981
Irmã Ignez Andrzejeski – 28/04/1981 à 01/12/1982
15
Irmã Magdalena Ruginski – 09/02/1983 à 06/01/1984
Irmã Juliana Gawlak – 14/01/1984 à 01/01/1985
Irmã Regina Giovanella – 07/01/1985 à 07/02/1991
Irmã Helena Gadonski – 07/02/1991 à 20/03/1994
Irmã Ana Apolônia Lermen – 21/03/1994 à 20/08/2000
Irmã Francisca Maria da Silva – 21/08/2000 à 20/02/2007
Irmã Lúcia Cecília Griminger – 21/02/2007 à 16/04/2015
Irmã Alecsandra David – 16/04/2015 até a presente data
A escola possui 88 anos (até 2018)
Irati possui 111 anos (até 2018)
16
3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental
Rua 19 de Dezembro, 36, Centro, Irati / Pr. CEP: 84500-000;
Telefone: (0XX) 42 – 3422-3592
CNPJ: 76.416.965/0001-21
site: http://www.irinossasragracas.seed.pr.gov.br
e-mail: [email protected]
3.1. ENTIDADE MANTENEDORA
Governo do Estado do Paraná - Secretaria de Estado da Educação (SEED) - Núcleo
Regional de Educação de Irati (NRE Irati).
NRE Irati – código 15
Irati – código 1080
Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – código 00074
Código do INEP da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças é 41113489 –
INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
3.2. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
Decreto nº 1639/76 de 24/02/76
3.3 FINALIDADE DA ESCOLA
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças tem por finalidade, atendendo
ao disposto nas Constituição Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional e na Resolução nº 1052/2012, de 14/02/2012 que credencia a
Educação Básica nesta instituição, ministrar o Ensino Fundamental – Anos Finais
observadas a legislação e as normas específicas.
17
3.4. RECONHECIMENTO DO CURSO FUNDAMENTAL DO 6º AO 9º ANO
Resolução nº 2679/81 de 07/12/81
3.5. RENOVAÇÃO PARA A OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA ATÉ 12/03/2027
Resolução nº 3337/2016 – SEED de 22/08/2016
3.6. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR
Nº 410/2007 de 31/12/2007 – SEF/NRE Irati (o Ato será alterado após o
Regimento Escolar ser aprovado pelo Setor de Estrutura e Funcionamento do NRE).
3.7. DUALIDADE ADMINISTRATIVA
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental (Anos
finais – 6º ao 9º ano) possui dualidade administrativa com a Escola Municipal Irmã
Helena Olek – Educação Infantil (Pré- Escola para alunos com 5 anos completos até
31/03 do ano corrente) e Ensino Fundamental (Anos Iniciais– 1º ao 5º ano).
3.8. SÍMBOLO OFICIAL
Logomarca:
Significado da logomarca da Escola Estadual Nossa Senhora das
Graças
18
ANCORA: simboliza firmeza, segurança, convicção tanto no aspecto físico,
quanto ideológico. Na escola busca-se uma educação alicerçada em valores,
conhecimento e sabedoria. Levando a todos: segurança, tranquilidade, força, fé e
fidelidade. Mesmo diante das instabilidades humanas e sociais pretende-se uma
educação que dê suporte de conhecimento e espiritualidade proporcionando,
com isto, um equilíbrio humano, tornando o indivíduo mais preparado e seguro
para os desafios da vida.
CORDA EM FORMATO DE E: a corda simboliza vínculo, ligação entre
educadores, alunos, familiares e comunidade, que estão diretamente ligados à
escola, ou que já passaram pela mesma. Significa também uma ligação com
Deus, por isso, almejamos uma educação fundamentada na fé, no saber e no
compromisso social.
LETRAS (INICIAIS DA ESCOLA - EENSG): esta ligada diretamente ao nome da
escola e significa assumir sua identidade.
AZUL: é a cor do céu e do mar. É associada à profundidade e estabilidade.
Simboliza confiança, lealdade, sabedoria, inteligência, fé e verdade. Esta cor
também é considerada um benefício para o corpo e para a mente. Pode
relacionar-se também ao infinito, assim como o conhecimento que não tem fim.
BRANCO: cor universal da paz, da espiritualidade, pureza e limpeza. Também
chamada de “cor da luz” porque reflete todas as outras cores, está relacionada à
clareza. A escola busca esta clareza para ensinar e transmitir os ensinamentos. A
limpeza relaciona-se ao ambiente que se pretende proporcionar, ou seja, que
seja limpo, organizado, harmonioso, tranquilo e agradável a todos.
VERMELHO: simboliza energia, paixão, amor e ação. Para a escola significa
paixão pelo ato de ensinar e aprender, força e também relacionado à afetividade
na ação educativa.
3.9. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO
Os horários de funcionamento da Escola Estadual Nossa Senhora das
Graças, em seus dois turnos de oferta de aulas regulares são:
Matutino – 07h30min às 11h55min
19
Vespertino – 13h05 às 17h30min
3.10. ETAPA E MODALIDADE DE ENSINO
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças- Ensino Fundamental, oferta:
Uma das etapas da Educação Básica:
Ensino Fundamental – Anos Finais (6º ao 9º ano).
E, uma Modalidade de Ensino:
Educação Especial – Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I.
3.11. MATRÍCULA E FORMA DE INGRESSO
As escolas estaduais, quanto à matrícula escolar em suas diversas
oportunidades, seguem a Deliberação nº 09/2001 do Conselho Estadual de
Educação, que dispõe:
Art. 1.º - Matrícula de ingresso, por transferência e em regime de progressão
parcial; o aproveitamento de estudos; a classificação e a reclassificação; as
adaptações; a revalidação e equivalência de estudos feitos no exterior e
regularização de vida escolar em estabelecimentos que ofertem Ensino
Fundamental e Médio nas suas diferentes modalidades no Sistema Estadual do
Paraná, serão regidas pela presente Deliberação.
Ensino Fundamental
Etapa da Educação Básica destinada a alunos do 6º ao 9º ano, com idade
entre 11 e 14 anos (considerando a idade própria da lei vigente).
A forma de ingresso para alunos novos é feita por meio de critérios e normas
estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação – SEED – PR.
Ressalta-se que o Estado garante ao aluno uma vaga na rede pública
estadual de ensino, porém, não há possibilidade de garantia de instituição de ensino
ou turno de preferência.
Todos os anos a SEED emite uma Instrução Normativa que instrui os
procedimentos de matrícula para todas as escolas estaduais. Na instrução, até o
20
presente momento, no que se refere à Escola Estadual Nossa Senhora das Graças,
está previsto para ingresso no 6° ano do Ensino Fundamental:
alunos para o 6º ano do Ensino Fundamental oriundos da rede municipal de
ensino concluintes do 5º ano do Ensino Fundamental, em instituição de ensino
com dualidade administrativa (Escola Municipal Irmã Helena Olek – Ensino
Fundamental), na qual a instituição estadual atenda a totalidade da demanda,
serão direcionados para o 6º ano da instituição estadual, preferencialmente pelo
Sistema de Matrículas Fluxo, e não receberão Carta Matrícula;
Educação Especial – Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I (SEM)
os alunos que ingressarão no 6º ano da rede pública estadual de ensino,
egressos dos serviços e apoios da Educação Especial nos anos iniciais, terão
matrícula assegurada nas Salas de Recursos Multifuncionais, anos finais, sem
necessidade de nova avaliação de ingresso, desde que apresentada cópia do
relatório da avaliação de ingresso e cópia do último relatório pedagógico do
serviço ou apoio especializado que frequentava;
a efetivação da matrícula será em turno contrário ao da escolarização, conforme
instruções específicas vigentes da SEED/SUED;
o diagnóstico do aluno da Educação Especial deverá ser registrado no Sistema
Escola WEB, no Cadastro do aluno, no campo “Portadores de Deficiências”.
Quanto à forma de ingresso na escola por classificação, as
informações serão contempladas em outro tópico, neste Projeto Político-
Pedagógico, no item sobre avaliação.
Demais informações sobre matrícula e formas de ingresso nesta instituição
de ensino, consultar a respectiva Instrução Normativa que a SEED publica todos os
anos.
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4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
604 Alunos
43 Professores
4 Professoras Pedagogas
9 Agentes Educacionais I
4 Agentes Educacionais II
1 Secretária (Agente Educacional II)
1 Diretora (Professora)
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental
desenvolverá suas atividades educativas tendo como base a Matriz Curricular 2018,
sendo 25 aulas semanais de 50 minutos cada, perfazendo um total de 200 dias
letivos ou 800 horas-aula, distribuídas por disciplinas e turmas, conforme a
legislação vigente.
A Escola possui turmas de 6ª ao 9ª ano do Ensino Fundamental e oferece
dois turnos de atendimento: matutino e vespertino, sendo:
20 turmas de Ensino Fundamental – Anos Finais – 6º ao 9º ano.
02 turmas de Salas de Recursos Multifuncionais.
01 turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Língua portuguesa.
01 turma de Sala de Apoio à Aprendizagem – Matemática.
01 turma do Programa Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (AETE).
Matutino:
12 turmas com 5 aulas de 50 minutos cada, sendo:
Uma turma de 6º ano com 30 alunos.
Uma turma de 7º ano com 33 alunos.
Cinco turmas de 8º ano com 162 alunos.
Cinco turmas de 9º ano com 142 alunos.
E, ainda:
Uma turma de Sala de Recursos Multifuncional com 14 alunos.
Duas Salas de Apoio à Aprendizagem com 18 alunos cada turma.
O total de alunos do período matutino é 367 alunos.
22
Vespertino:
08 turmas com 5 aulas de 50 minutos cada, sendo:
Quatro turmas de 6º ano com 115 alunos.
Quatro turmas de 7º ano com 122 alunos.
E, ainda:
Uma turma de Sala de Recursos Multifuncional com 08 alunos.
Uma turma do AETE com 21 alunos.
O total de alunos do período vespertino é 237 alunos.
4.1. DIREÇÃO
A Direção é responsável pelo funcionamento dos serviços escolares no
sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de
Ensino, definidos no Projeto Político-Pedagógico, e das normas estabelecidas no
Regimento Escolar.
Tem como função a garantia do pleno funcionamento dos serviços escolares,
o trabalho dos professores, as atividades dos alunos, as relações com a comunidade
escolar (interna e externa à escola).
A diretora da escola é a Professora Alecsandra David, designada através da
Resolução nº 1441/2016 – DOE de 11/04/2016, cuja formação acadêmica de ensino
superior é Sociologia. Especialização em Gestão Escolar. Mestrado em Teologia.
4.2. SECRETARIA
A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência da Escola, bem como é o setor responsável pela
conferência, organização, guarda e conservação dos documentos escolares. A
Secretaria deve executar seu trabalho de forma integrada com a Direção e Equipe
Pedagógica e participar da tarefa de articulação entre família, escola e comunidade.
Além disso, está sob o encargo da secretaria o atendimento à demanda de alunos,
professores, equipe pedagógica e comunidade escolar, que chegam até a secretaria
escolar, com solicitações às mais diversas possíveis.
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A secretária da escola é a Agente Educacional II Giselda Korevar, designada
pela Resolução nº 04829/2016 – DOE de 07/11/2016, cuja formação acadêmica de
ensino superior é Ciências Contábeis, Ciências licenciatura plena e Matemática.
Especialização em Gestão Escolar.
4.3. AGENTES EDUCACIONAIS II
Cinco (5) Agentes Educacionais II são o suporte para o bom funcionamento
dos outros setores da escola, propiciando condições para que os mesmos cumpram
suas reais funções.
Agentes Educacionais II, nomes e formações acadêmicas:
NOME FORMAÇÃO
Dirce de Fátima Pereira Bem Ensino Médio / Pró-Funcionário
Giselda Korevar
Pró-Funcionário, Licenciada em Ciências, Matemática,
Bacharel em Ciências Contábeis, especialização
Leila Homiak Pró-Funcionário / Licenciada em Geografia, especialização
Odair Tadeu Rudniak Pró-Funcionário, Superior em Gestão Pública, especialização
Roseni Formankevsky Ensino Médio em Técnico em Contabilidade / Pró-Funcionário
São os funcionários que trabalham na secretaria escolar, na Biblioteca e no
Laboratório de Informática. Prestam atendimento a professores, pedagogos,
funcionários, alunos e comunidade.
Como profissionais e educadores, devem pautar suas ações pela realização
de todas as atividades administrativas, zelando pelo patrimônio escolar e pelos
documentos e materiais inerentes a estes setores. Auxiliam na administração da
escola, na gestão dos espaços, ambientes, comunicação, documentação e demais
aspectos ligados à organização do trabalho pedagógico e administrativo, mantendo
em dia toda a escrituração escolar de acordo com a Legislação Educacional vigente,
24
bem como de acordo com as normas contidas no Regimento Escolar. Um dos 5
(cinco) profissionais (Agentes Educacionais II) é indicado pela Direção, para, através
de Ato Oficial ser designado como Secretário Escolar, responsabilizando-se por
realizar, acompanhar e verificar todo o serviço de elaboração de documentos,
primando pela veracidade e assinando-os junto à direção da escola.
Junto aos educandos e demais profissionais da escola, os responsáveis pela
Biblioteca e pelo Laboratório de Informática devem orientar a utilização, o manuseio
e o aproveitamento de materiais didáticos, pedagógicos e tecnológicos.
Esses educadores devem participar das reuniões realizadas no ambiente
escolar e, quando solicitados, acompanhar os educandos em atividades
extracurriculares ou extraclasse. A participação em eventos de capacitação
propostos pela SEED ou outros de interesse dos profissionais deve ser oportunizada
e valorizada.
4.4. CORPO DOCENTE (PROFESSORES) - 2018
Quanto aos professores, em 2018, a Escola conta com 43 profissionais: 30
professores trabalham no período da manhã e 22 professores trabalham no período
da tarde, sendo que, destes, 15 professores trabalham nos dois períodos (manhã e
tarde).
São:
37 professores;
02 professoras das Salas de Apoio à Aprendizagem;
02 professoras das Salas de Recursos Multifuncionais;
02 professoras que trabalham como Professoras de Apoio Educacional
Especializado (PAEE).
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Professores, nome, atuação e formação acadêmica:
NOME ATUAÇÃO FORMAÇÃO
André Luiz Montanheiro Rocha Ciências
Licenciado em Biologia, Bacharelem Ciências Biológicas, especialização.
Adriane Michele Schevisbisky Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.
Ana Maria Ruva Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.
Andréa Luiza Gontarz Suidnicki Arte
Licenciada em Artes Visuais, Letras, Geografia, especializaçãoe PDE
Cárin Chicalski Santana MatemáticaLicenciada em Ciências, Matemática, especialização.
Cássia Regina Pauluk Matemática
Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização, PDE.
Edla Mara de Souza Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.
Edicléia Trojan ArteLicenciada em Artes, Pedagogia,Geografia, especialização.
Edislaine Terezinha Fernandes Vitoriano
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I / Tarde
Licenciada em História, especialização.
Eliane Delonzek Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.
Elisane Chicalski Santana GeografiaLicenciada em Geografia, especialização.
Evelyn Luitz Matemática
Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização, PDE.
Fátima Maria Klasmann Pereira de Oliveira Geografia
Licenciada em Geografia, especialização.
Fábio Kruk HistóriaLicenciado em História, especialização, Mestrado.
Frederico Ruva Neto Educação FísicaLicenciado em Educação Física, especialização e PDE.
Giceli Maria Parapinski HistóriaLicenciada em História, Pedagogia, especialização.
26
Janaina dos Santos EspanholLicenciada em Letras/língua estrangeira, especialização.
Janete Aparecida Giliczynski Pereira Língua Portuguesa
Licenciada em Letras, especialização, PDE.
Juliana Bastos HistóriaLicenciada em História, especialização, PDE.
Juliane Menezes Lourenço Machado Ciências
Licenciada em Ciências, especialização.
Kátia Andréia Senderski Matemática
Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização.
Lidiane Bobrovicz Holzapfel
Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa
Licenciada em Letras, especialização.
Luciana Schneider Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização, Mestrado.
Luciane Corso Espanhol
Licenciada em Letras/língua estrangeira, Educação Física, especialização.
Luciane Dombroski CiênciasLicenciada em Ciências, especialização.
Luciane das Graças Ferreira HistóriaLicenciada em História, especialização.
Luiza Dzerva
Sala de Apoio à Aprendizagem - Matemática
Licenciada em Matemática, Bacharel em Ciências Contábeis,especialização.
Marcos Dziurkowski CiênciasLicenciado em Ciências, especialização.
Marlon Kelvin Fernades Laroca ArteLicenciado em Arte-Educação, especialização.
Mari Estela Tchmolo Mores Matemática
Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização, PDE.
Marinês Aparecida PetrouskiPAEE (Professora de ApoioEducacional Especializado)
Licenciada em História, especialização.
Michelly Luteski Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.
Natália Novak de Lima ArteLicenciada em Artes Plásticas, especialização.
27
Rafaela Tchmola Franczak GeografiaLicenciada em Geografia, especialização.
Rodrigo Denczura Ensino ReligiosoLicenciado em História, especialização.
Rosane Cristina Fink Educação FísicaLicenciada em Educação Física, especialização.
Roseli Malach MarochiSala de Recursos Multifuncional Tipo I
Licenciada em Pedagogia, especialização.
Rosenilda Novak GeografiaLicenciada em Geografia, especialização.
Selma Wiciuk CiênciasLicenciada em Ciências, especialização.
Silvane Deila Feix Espanhol
Licenciada em Letras/língua estrangeira, especialização, Mestrado.
Sueli Terezinha Filipak GadensPAEE (Professora de ApoioEducacional Especializado)
Licenciada em Ciências, especialização.
Vanderléia Fiori Eidan Matemática
Licenciada em Ciências, Biologia, Matemática, especialização.
Valter Wagner HistóriaLicenciado em História, especialização.
4.5. EQUIPE PEDAGÓGICA
Coordena o processo de ensino-aprendizagem, o sistema de avaliação e
garante o direito dos alunos ao acesso ao saber sistematizado. Interage com os
demais setores da escola e com a comunidade escolar, contribuindo para a
formação integral do educando, estimulando a criatividade, a política da igualdade, o
respeito, a sensibilidade e a ética.
Cabe, ainda, à Equipe Pedagógica: a organização do trabalho pedagógico, a
organização da formação continuada, subsidiar a prática docente e discente e a
articulação do currículo escolar, expresso através da Proposta Pedagógica
Curricular e do Plano de Trabalho Docente de cada disciplina.
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Elaborar com o corpo docente e comunidade escolar o Projeto Político-
Pedagógico da escola, em consonância com as diretrizes nacionais, com as
diretrizes do Conselho Estadual de Educação e da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, pois o PPP irá nortear o fazer pedagógico.
Também, são responsáveis pela conferência do Registro de Classe Online
(RCO), entre outras funções escolares.
Pedagogas, turno de atendimento e formação:
NOME TURNO DE ATENDIMENTO FORMAÇÃO
Aline MenonTarde Licenciada em Pedagogia,
especialização.
Arilda da Luz Moletta
Manhã Licenciada em Pedagogia, História, especialização em Planejamento Educacional, PDE.
Maria Inês Gomes
Manhã e Tarde Licenciada em Pedagogia, especialização em Psicopedagogia, PDE.
Regiane Barbosa OconoskiManhã Licenciada em Pedagogia,
especialização.
4.6. AGENTES EDUCACIONAIS I
Os Agentes Educacionais I têm a seu encargo a manutenção, preservação,
segurança e a merenda escolar da escola, sendo coordenados e supervisionados
pela Direção, ficando a ela subordinados.
Agentes Educacionais I, nomes e formação acadêmica:
NOME FORMAÇÃODorotéa Bobak Ensino MédioElizandra Regina Teixeira Ensino Médio, Ensino Superior em Gestão
PúblicaGenovefa Wisniewski Ensino MédioGlaci Pieczykolan Ribas Ensino MédioJanete Kollaritsch Pró-Funcionário, Ensino Superior em Gestão
PúblicaRegiane Ramos Gutervil Ensino Médio
Rennan Henrique Lopes Pereira Ensino Médio
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Simone Skubisz Lopes Pedagoga, especialização.
Sueli de Macedo da Silva Ensino Médio
Os Agentes Educacionais I acima especificados são os que atuam na
alimentação escolar (trabalham na cantina com a merenda) e infraestrutura escolar
(trabalham na manutenção dos espaços escolares).
Como educadores interagem com os educandos, objetivando a construção de
hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do
patrimônio escolar, orientando-os sempre que necessário e dialogando sobre as
questões de higiene, lixo e poluição, do uso consciente da água como recurso
natural esgotável, do uso consciente da energia elétrica, etc, de forma a contribuir na
construção de bons hábitos.
Os Agentes Educacionais I também zelam pela correta preparação da merenda
escolar, observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local,
programando e diversificando o cardápio, bem como, são responsabilizados pelo
correto acondicionamento e conservação dos alimentos recebidos (não esquecendo
de proceder à verificação das datas de validade dos mesmos). Quando solicitados,
acompanham os alunos em atividades extraclasse e extracurriculares. Outra
questão pertinente às suas funções é o direito e o dever de participação em cursos,
capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções
exercidas ou sempre que forem convocados.
Os Agentes Educacionais I, também podem ser contratados para a função de
Auxiliar Operacional e exercer, além das funções mencionadas acima, as seguintes
funções:
Atendimento ao aluno e ao Professor com Deficiência Física Neuromotora;
Atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos regularmente
matriculados em estabelecimento de ensino estadual.
Apoio à locomoção, higiene, alimentação de alunos e professores com
mobilidade reduzida, devido ao uso de cadeira de rodas, ou auxiliares de
locomoção, que inviabilizam a marcha independente, e daqueles que dependem
de outros para se alimentarem e fazerem a higiene pessoal.
4.7. CORPO DISCENTE (ALUNOS)
30
6º ano – 145 alunos
7º ano – 155 alunos
8º ano – 162 alunos
9º ano – 142 alunos
Total – 604 alunos – 20 turmas (5 turmas de cada série)
367 alunos - 12 turmas - Matutino
237 alunos - 08 turmas - Vespertino
Em relação ao corpo discente, no último ano (2017) foram matriculados na
escola 590 estudantes. Essa é uma média que vem se mantendo nos últimos anos,
com pequenas oscilações, pois, em 2018 foram matriculados 604 alunos.
Não há índice de aluno desistente em nossa escola. Ao menor indício dessa
possibilidade a família é convocada e a equipe pedagógica orienta os responsáveis
e, até mesmo, solicita apoio da Rede de Proteção do município.
Outro dado importante se refere às reprovações. O número de estudantes
retidos na mesma série teve queda no último ano. Em 2016 foram 34 alunos
reprovados e no ano de 2017 foram 26 alunos reprovados. O índice de retidos em
2016 representa 6% do total de matriculados e em 2017 representa 4,5% do total de
matriculados.
Esses dados e índices quantitativos, bem como outros provenientes tanto de
avaliações externas quanto e, principalmente, relativos à avaliação interna e
acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem, devem ser pautas de
contínuos estudos e debates, com vistas ao aprimoramento da prática pedagógica,
função primeira da escola, o que acontece, em nossa escola, nas formações
pedagógicas.
4.8. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL – TIPO I (SRM - TIPO I)
É um serviço de apoio complementar especializado, de natureza pedagógica,
ofertado a estudantes que apresentam deficiência intelectual, deficiência física
neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais
específicos.
31
O encaminhamento dos estudantes para as SRM - tipo I se efetiva a partir da
avaliação psicoeducacional no contexto escolar. Esta avaliação é realizada pelo
professor da Sala de Recursos Multifuncional, pelos professores das disciplinas e/ou
pedagogos da escola, enfocando aspectos relativos à aquisição da língua oral e
escrita, interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,
medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento, considerando as
habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais.
Deficiência intelectual - DI: Em conformidade com a Associação Americana deDeficiência Intelectual, estudantes com deficiência intelectual são aqueles quepossuem incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamentointelectual e no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades práticas,sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade. Deficiência física neuromotora - DFN: aquele que apresenta comprometimento
motor acentuado, decorrente de sequelas neurológicas que causam alterações
funcionais nos movimentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a
organização do contexto escolar no reconhecimento das diferentes formas de
linguagem que utiliza para se comunicar ou para comunicação.
Transtornos globais do desenvolvimento - TGD: estudantes com diagnóstico
médico de Autismo, Síndrome do Espectro Autista (Asperger – é um autismo
atenuado), Transtorno desintegrativo da infância (psicose) que apresentarem
dificuldades de aprendizagem em decorrência de sua patologia.
Transtornos funcionais específicos - TFE: Refere-se à funcionalidade específica
(intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual. Diz respeito a um grupo
heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas:
na aquisição e uso da audição, linguagem oral, leitura, linguagem escrita,
raciocínio, habilidades matemáticas, atenção e concentração;
Distúrbios de Aprendizagem – dislexia - dificuldade de leitura; disortografia -
dificuldade na escrita; discaligrafia - dificuldade grafomotora; discalculia -
dificuldade para lidar com números e raciocínio lógico-matemático; dislalia - troca
fonética; disfazia - dificuldade para organizar uma frase.
Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH.
4.9. INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF
32
Importante instância de participação democrática que representa pais,
professores e funcionários. Busca integrar os segmentos escolares e colaborar no
aprimoramento do processo educacional e na integração família-escola. Atua na
gestão da escola, em conjunto com o Conselho escolar, em todos os aspectos:
administrativos, pedagógicos e financeiros.
Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado máximo de gestão para a tomada
de decisões no âmbito escolar, representativo da comunidade escolar, de natureza
consultiva, deliberativa e fiscalizadora, não tendo caráter político-partidário, religioso,
racial e nem lucrativo, pois seus conselheiros não são remunerados. É composto por
representantes de todos os segmentos da comunidade escolar e presidido pela
direção da Escola. Seu objetivo é o de avaliar, deliberar e acompanhar a
implementação do Projeto Político-Pedagógico no que se refere a sua ação,
organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da
legislação em vigor. Tem o poder de tomar decisões e emitir pareceres relativos às
ações pedagógicas, administrativas e financeiras. Para tanto, precisam de
oportunidade para elaborar ideias e atuar de forma consciente, reconhecendo seu
espaço de participação, seus limites e possibilidades. Todas as atribuições e funções
do Conselho Escolar estão definidas no Estatuto do Conselho Escolar.
Discutir a pauta da reunião, propor ações e dar retorno aos pares dos
segmentos é um processo decisório democrático que o Conselho Escolar deve
atuar. A formação continuada dos conselheiros e dos demais componentes da
gestão é imprescindível.
Grêmio Estudantil
É uma organização sem fins lucrativos, que representa o interesse dos alunos
da escola e cuja preocupação deve ser a qualidade da escola, em todos os seus
aspectos. Deve representar a vontade coletiva dos estudantes, promover a
ampliação da democracia (desenvolvendo a consciência crítica) e estabelecer
comunicação entre os estudantes e os outros segmentos da comunidade escolar.
33
Promover atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais na própria
escola e realizar intercâmbio com outras instituições a fim de garantir a
democratização da gestão escolar. Ao atuar no Grêmio Estudantil, o educando
defende seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania na prática. O Grêmio
Estudantil tem sua constituição, funcionamento e objetivos definidos em Estatuto
próprio. Cabe à Direção e à Equipe Pedagógica acompanhar as atividades do
Grêmio Estudantil, bem como dar suporte para o seu bom funcionamento,
respeitando a autonomia e o Estatuto próprio.
O Grêmio Estudantil da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças foi criado
e instituído em 26 de junho de 2017, com o nome “Âncora Azul”.
Conselho de Classe
Responsável pela avaliação coletiva da aprendizagem do aluno. É um espaço
em que professores das diversas disciplinas, juntamente com a direção, equipe
pedagógica, alunos e família ou comunidade escolar reúnem-se para discutir, avaliar
e propor ações para acompanhamento do processo pedagógico da escola, durante
momentos específicos para cada situação apresentada. É um momento para refletir,
avaliar e repensar a eficácia do processo ensino-aprendizagem e reorganizar a
prática pedagógica.
O Conselho de Classe organiza-se em três momentos:
Pré-Conselho – situações de aprendizagem são apresentadas e outras como:
falta dos alunos, não realização das atividades propostas, tarefas, etc; reunião
em sala de aula para averiguação de dificuldades coletivas da turma; diálogo
com as famílias dos educandos, entre outras ações;
Conselho de Classe – encaminhamentos, ações, propondo ações concretas
para superação dos problemas apresentados durante o processo de Pré-
Conselho;
Pós-Conselho – retorno aos alunos e aos pais ou responsáveis das orientações
e decisões sugeridas no Conselho de Classe.
É importante ressaltar que as discussões no Conselho de Classe, as quais
são mediadas pela equipe pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela
34
direção escolar devem, por sua vez, se sustentar sobre alguns parâmetros (critérios
qualitativos):
Avanços obtidos na aprendizagem;
Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
Desempenho do aluno em todas as disciplinas;
Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
Situações de inclusão;
Questões estruturais que prejudicam os alunos.
35
5. ESPAÇO FISICO E ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental possui
12 salas de aula, com aproximadamente 50 m² cada, as quais possibilitam o número
de 30 a 35 alunos por sala.
A maioria das salas possui carteiras em bom estado de conservação.
As salas são ventiladas, possuem boa iluminação e são limpas todo final de
período.
A Escola contempla, ainda:
uma sala de matemática;
uma sala de tênis de mesa (ping-pong);
uma biblioteca;
uma secretaria;
uma sala de professores;
uma sala de hora atividade;
uma sala de direção;
uma sala de coordenação pedagógica;
um laboratório de Ciências com 30 carteiras universitárias;
um laboratório de informática com 20 computadores;
um laboratório do PROINFO com 16 computadores;
um salão contendo auditório com capacidade para 300 pessoas, com palco
para apresentações e dois banheiros, sendo: um masculino e um feminino;
uma sala de materiais pedagógicos;
um refeitório para alunos;
uma sala de aula para os alunos da Sala de Apoio à Aprendizagem com 20
carteiras;
uma sala de aula para as Salas de Recursos Multifuncionais com materiais
pedagógicos, carteiras e equipamentos próprios a esta modalidade de ensino;
três banheiros para professores com o total de 5 sanitários;
dois banheiros masculinos para alunos com o total de 5 sanitários;
três banheiros femininos para alunas com o total de 10 sanitários;
um banheiro adaptado segundo a lei de acessibilidade nº 10.098, de 19 de
dezembro de 2.000, para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida;
36
Infraestrutura com rampas;
uma quadra de esportes coberta;
uma quadra de esportes aberta;
um pátio coberto;
área livre de 6.909m².
5.1. ATIVIDADE COMPLEMENTAR - AETE
Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo - AETE
É um programa da SEED que tem por finalidade contribuir para o
desenvolvimento esportivo escolar e a melhoria da qualidade de vida do estudante,
no sentido de sua autorrealização, integração e efetiva participação nas competições
esportivas.
Na Escola Estadual Nossa Senhora das Graças, neste ano de 2018, o AETE
é na modalidade de Voleibol feminino e acontece no contraturno. As alunas, neste
ano, participaram dos Jogos Escolares do Paraná
A carga horária diária é de duas horas-aula, duas vezes por semana,
totalizando quatro horas-aula semanais.
O AETE tem como objetivos:
Democratizar a prática do esporte, assegurando o direito de participação a todos; Proporcionar treinamento esportivo direcionado ao encaminhamento do esporte
de rendimento, assim como, visa à participação da escola nos Jogos Escolares
do Paraná; Formação de jovens comprometidos com a transformação social de maneira que
o estudante atleta, por exemplo, ultrapasse seus limites, entendendo e
respeitando seu corpo (dando importância à prática regular de atividades físicas
e alimentação adequada).
5.2. PARTICIPAÇÃO NOS JOGOS ESCOLARES DO PARANÁ
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças, como citado acima, possui o
Programa Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – AETE e, em 2018,
37
oferece treinamento de voleibol feminino. As alunas participaram dos Jogos
Escolares do Paraná, ficando assim classificadas:
Na Fase Municipal – campeãs.
Na Fase Regional – campeãs.
Na Fase Macro-Regional – vice-campeãs.
Na Fase Final, na cidade de Apucarana, ficaram em quarto lugar.
As alunas participantes do programa, bem como o professor, podem sagrar-
se campeões, visto que, foi a escola estadual melhor colocada da competição dos
Jogos Escolares do Paraná.
5.3. JOGOS INTERSÉRIES
Nos jogos interséries os educandos de todas as turmas de 6º ano ao 9º ano
do Ensino Fundamental participam de atividades esportivas e recreativas que visam
complementar o trabalho realizado nas aulas de Educação Física. Para os
participantes, o evento é, de fato, um enriquecimento porque têm a possibilidade de
treinar e fortalecer as amizades, visto que, ficam mais tempo juntos durante os
jogos.
As competições envolvem várias modalidades: basquetebol, voleibol, futsal,
badminton, voleibol de duplas, tênis de mesa. Todas as modalidades: masculino e
feminino.
Também visam resgatar e enfatizar, através da prática do esporte, valores
como a solidariedade, lealdade, justiça e responsabilidade. A disputa fica somente
dentro da quadra e, mesmo assim, acontece de forma sadia. Além disso, as turmas
têm a oportunidade de participar intensamente das brincadeiras e das torcidas e
trazem materiais para animar as torcidas.
5.4. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
O programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender às
dificuldades de aprendizagem de alunos que frequentam o 6º ano ou o 7º ano do
Ensino Fundamental. Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e
Matemática no contraturno, que têm como finalidade trabalhar as defasagens de
38
conteúdos referentes a essas disciplinas. As aulas de Língua Portuguesa e
Matemática acontecem em horários diferentes e com professor(a) devidamente
habilitado(a) na disciplina.
5.5. REGISTRO DE CLASSE ONLINE (RCO)
A Secretaria de Estado da Educação (SEED), através de seus
departamentos, desenvolveu um sistema de registro de frequência, notas e
conteúdos, chamado Livro Registro de Classe Online (LRCO) ou Registro de Classe
Online (RCO). Este processo de informatização da frequência escolar, de todo o
registro da avaliação escolar e dos conteúdos escolares substituiu o Livro Registro
de Classe em forma de papel. Os registros efetuados pela escola são padronizados de forma que
constituam a perfeita escrituração da vida escolar do estudante e garantam a
qualquer tempo integridade e veracidade das informações, dentro dos prazos
estipulados pela mantenedora.
O RCO foi implantado, em nossa escola, em 2017 e possibilita que a consulta
ocorra a qualquer tempo e de forma digital pelos professores, equipe pedagógica,
direção e secretaria escolar. Está em estudo pela SEED a liberação de consulta do
RCO pela comunidade escolar. A responsabilidade dos registros é do docente da
disciplina e a conferência do RCO é de responsabilidade da Equipe Pedagógica
juntamente com a secretaria da escola.
5.6. PROFESSOR DE APOIO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (PAEE)
Professor de Apoio Educacional Especializado é um profissional com
habilitação comprovada em Educação Especial, contratado para atuar nas escolas
estaduais, para atender os estudantes com diagnóstico médico de Transtorno do
Espectro Autista.
O PAEE é o profissional de mediação do aprendizado e escolarização do
aluno diagnosticado como Autista. Atua de forma colaborativa com os professores
das diferentes disciplinas, para a definição de estratégias pedagógicas que
favoreçam o acesso do estudante ao currículo e sua interação com os colegas,
desde a promoção de condições de acessibilidade no contexto escolar até as
39
modificações mais significativas na organização da sala de aula, dos materiais e
recursos pedagógicos utilizados pelo estudante e pelo professor.
Autismo: problema neurológico que afeta a percepção, o pensamento e a
atenção, traduzindo-se numa desordem no desenvolvimento vitalícia, que se
manifesta nos três primeiros anos de vida. Pode vir acompanhado de outras
problemáticas, como a deficiência mental, auditiva, visual e epilepsia. Acrescentam-
se características que, pela sua magnitude, devem ser apontadas:
incapacidades severas de interação social;
limitações na imaginação lúdica;
resistência a mudanças, dependência de rotinas;
comportamentos anormais no que tange ao seu relacionamento com pessoas,
objetos e eventos;
níveis de atividades invulgares (muito altos ou muito baixos);
movimentos repetitivos, tais como: rotação e balanço constante do corpo e
batimentos persistentes com a cabeça.
Para o atendimento digno e responsável ao aluno Autista, solicita-se a leitura
e análise da Lei Federal 12.764/2012 e da Lei Estadual nº 1.755/2013 sobre a
proteção dos direitos do estudante diagnosticado com Transtorno do Espectro
Autista.
5.7. RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA
O Programa de Residência Pedagógica (PRP) é uma das ações que integram
a Política Nacional de Formação de Professores nas Universidades. É uma atividade
de formação realizada por um residente (acadêmico) regularmente matriculado em
curso de licenciatura (Ensino superior) e desenvolvida numa escola pública de
educação básica, denominada escola - campo. O residente (acadêmico) só pode
participar do Programa de Residência Pedagógica a partir da segunda metade de
seu curso.
Este programa surgiu no curso de Pedagogia da UNIFESP (Guarulhos) em
2007.
40
Quanto à residência pedagógica em nossa escola, os acadêmicos da
UNICENTRO, do curso de História, vivenciam em turmas de diferentes anos do
Ensino Fundamental as realidades que o dia a dia escolar proporciona. Tudo isso
amparado por um professor da UNICENTRO (Docente Orientador) e um professor
da escola (Preceptor), ora representado pela Professora Juliana Bastos, que além
de ministrar aulas também auxilia nas atuações realizadas pelos residentes que
devem apresentar Plano de Ação Pedagógica (PAP) e Ações Pedagógicas (AP).
Todas estas ações fazem com que além do residente (acadêmico) poder atuar em
sala de aula, realizando uma prática pedagógica, também os conhecimentos
teóricos adquiridos na Universidade sejam utilizados de maneira efetiva em sala de
aula.
Esta é uma nova forma de trabalhar o estágio dos acadêmicos das
Universidades, visto ser remunerado, dando uma nova perspectiva ao ensino e
também deixando os campos teóricos e práticos mais próximos.
A presença nas escolas públicas de estudantes e professores universitários
em diálogo com seus profissionais de educação potencializa a identificação e
análise de questões, dificuldades e desafios postos para a prática pedagógica na
educação básica, assim como as possibilidades de superação, ampliando a
produção de conhecimentos na área da educação e no campo da formação de
professores.
5.8. OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA – OBMEP
A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP é um
projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo
Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, com o apoio da Sociedade
Brasileira de Matemática – SBM, e promovida com recursos do Ministério da
Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações –
MCTIC.
Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos
na área, a OBMEP tem como objetivos principais:
Estimular e promover o estudo da Matemática;
41
Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando
que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material
didático de qualidade; Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas
áreas científicas e tecnológicas; Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas,
contribuindo para a sua valorização profissional; Contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades
públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas; Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.
O público-alvo da OBMEP é composto de alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental até último ano do Ensino Médio. Em 2017, mais de 18 milhões de
alunos participaram da olimpíada.
A cada ano, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças realiza uma
cerimônia para homenagear alunos e professores que obtiveram destaque na
OBMEP. A cerimônia conta com a presença dos alunos premiados, familiares,
professores, direção da escola, responsável pela OBMEP e chefia do Núcleo
Regional de Educação de Irati.
Na OBMEP 2016, em nossa escola, destacaram-se 17 alunos, sendo destes, 1
medalhista de bronze e 16 menções honrosas.
Na OBMEP 2017, em nossa escola, destacaram-se 17 alunos, sendo destes, 3
medalhistas de bronze e 14 menções honrosas.
A escola parabeniza os alunos pelo excelente desempenho obtido até o ano de
2017 e agradece e parabeniza as professoras da disciplina de Matemática: Ana
Cláudia Onisko do Valle, Cássia Regina Pauluk, Eloisa Van Der Neut Moraes, Kátia
Andréia Senderski e Mari Estela Tchmolo Mores pelo amor à profissão e dedicação,
pois é através da relação professor – aluno que elos são fortalecidos e o
conhecimento aguçado.
5.9. ESTAGIÁRIOS
Segundo a Lei Federal nº 11.788/2008 sobre estágio de estudantes, o estágio
visa à preparação para o trabalho produtivo dos educandos, objetivando o
desenvolvimento para a vida cidadã e para o trabalho. O estágio poderá ser
42
obrigatório ou não obrigatório dependendo do que conste no PPP do curso ofertado
pela instituição de ensino superior, no caso do município de Irati, representada pela
UNICENTRO.
Considerando que ESCOLA é, por excelência, espaço onde se ensina e se
aprende, fundamentada nessa concepção, esta comunidade escolar abre seu
espaço para acolher e acompanhar estagiários das instituições de ensino que tem
parceria com a SEED e que respeitam e se empenham pelo processo de ensino-
aprendizagem dos educandos deste estabelecimento de ensino.
5.10. PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO Á DOCÊNCIA -
PIBID
O PIBID é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação
de professores para a educação básica.
O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos
de iniciação à docência, desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES),
no caso do município de Irati é a UNICENTRO, em parceria com escolas de
educação básica da rede pública de ensino.
Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das
escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam
atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de
um professor da escola.
Objetivos do PIBID:
Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica; contribuir para a valorização do magistério; elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura,
promovendo a integração entre educação superior e educação básica; inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação,
proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências
metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e
interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no
processo de ensino-aprendizagem;
43
incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores
como coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos
processos de formação inicial para o magistério; e contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos
docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de
licenciatura.
Quanto ao PIBID, em nossa escola, os acadêmicos da UNICENTRO, do
curso de Educação Física, vivenciam com turmas do Ensino Fundamental as
realidades que o dia a dia escolar proporciona. Tudo isso amparado por um
professor da UNICENTRO (Coordenador Institucional) e um professor da escola
(Supervisão), ora representado pelo Professor Frederico Ruva Neto, que além de
ministrar aulas também auxilia nas atuações realizadas pelos acadêmicos de
iniciação à docência. O professor responsável supervisiona, no mínimo, cinco e, no
máximo, dez bolsistas de iniciação à docência.
5.11. BIBLIOTECA
A Biblioteca, nominada, Rui Barbosa, da Escola Estadual Nossa Senhora das
Graças, funciona de segunda à sexta-feira, no período das aulas dos turnos
matutino e vespertino. A escola dispõe de um funcionário, que se responsabiliza pelo
empréstimo de livros e atendimento aos alunos, professores e comunidade,
prestando auxílio e orientação nas pesquisas, trabalhando também na conservação
e catalogação dos livros e materiais didáticos disponíveis. O acervo bibliográfico
atual consta de aproximadamente 8.900 obras, as quais estão disponíveis para toda
comunidade escolar interessada. A Biblioteca é equipada com armários, estantes,
mesas, cadeiras, proporcionando ambiente adequado para estudos. O espaço da
Biblioteca de nossa escola não é suficiente para realização de atividades
pedagógicas dentro da própria Biblioteca.
A cada 15 (quinze) dias os alunos da escola têm a oportunidade de escolher,
entre os títulos disponíveis, livros para empréstimo. O livro escolhido é levado para
casa, para leitura, e devolvido após 15 (quinze) dias à Biblioteca da escola.
A Biblioteca Rui Barbosa é responsável pelo(a):
Empréstimo de livros;
44
Catalogação, registro, manutenção, revisão e organização do acervo;
Organização de painéis informativos com notícias educacionais;
Divulgação de novos títulos;
Seleção de material para pesquisa, como auxílio a alunos e professores.
5.12. MULTIMEIOS / INFORMÁTICA / TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO
E COMUNICAÇÃO
O laboratório de informática é um espaço pedagógico para uso dos
professores e alunos (quando possível). Tem por finalidade auxiliar a compreensão
de conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental, como
uma alternativa metodológica diferenciada. Todo professor tem acesso a utilizar o
laboratório de informática. A partir de 2017, cada professor, necessariamente utiliza
o laboratório de informática, devido ao preenchimento do Registro de Classe Online.
Os Agentes Educacionais II, que trabalham na secretaria da escola, realizam
ações voltadas à utilização de recursos e tecnologias educacionais, entre elas,
destacamos a conversão de arquivos de áudio e vídeo para utilização em sala de
aula. Estes Agentes responsabilizam-se pelos recursos tecnológicos existentes em
espaços como o salão nobre, operando-os durante os eventos e promovendo a
manutenção primária desses equipamentos. Fazem, ainda, empréstimo de
equipamentos de suporte tecnológico para uso pedagógico em sala de aula e em
outros espaços da escola, tais como: projetor multimídia, rádio, TV multimídia,
aparelho de DVD e alguns periféricos.
Compreende-se a importância da utilização de novas mídias digitais e
tecnologias educacionais, como processo de dinamização dos ambientes de
aprendizagem, principalmente para os alunos, entretanto, esta instituição é pública e
uma das fragilidades da escola é que investimentos nesta área podem demorar um
tempo maior para se concretizar. As Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC), após adquiridas e instaladas, possibilitariam novas relações,
novas formas de sociabilidade, de comunicação e possivelmente melhor ensino-
aprendizagem para os alunos da escola.
A inserção de novas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
(TDIC) no desenvolvimento educacional será importante porque uma das principais
45
incumbências da educação escolar é tornar os conteúdos “transmissíveis”,
assimiláveis, “ensináveis” às novas gerações, logo, a presença da tecnologia no
processo de ensino-aprendizagem poderá favorecer a formação de estudantes e
professores.
Como forma de pontuar expectativas (sonhos projetados) quanto à aquisição
de tecnologias digitais, pode-se exemplificar: computador fixo em sala de aula,
projetor fixo em sala de aula, internet Banda Larga com velocidade suficiente para
comportar o trabalho a ser desenvolvido na escola, tablets, laboratório de informática
atualizado e disponível para utilização pelos educandos (supervisionados pelos
professores), etc.
5.13. CENTRO DE MEMÓRIA
A sala destinada ao Centro de Memória abriga o acervo histórico da escola. É
o espaço onde ocorre a organização de documentos, mobiliário, fotos e as mais
diversas formas de registro da história da instituição. Possui objetos, obras
bibliográficas antigas e documentos escritos para pesquisa.
Preservar é proteger, resguardar, manter livre de perigo ou dano e conservar.
Cabe ao Centro de Memória o inventário dos objetos considerados importantes para
a preservação histórica.
Não há, ainda, organização de tempo ou profissional disponível para que
aconteça visitação ao Centro de Memória da escola.
5.14. HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES
Para a hora-atividade dos professores, os mesmos contam com o Laboratório
de Informática equipado com mesas, cadeiras, estantes, quadro de recados,
telefone e microcomputadores com acesso à internet. É um ambiente destinado à
interação entre os profissionais da escola, ao estudo e ao trabalho docente, no que
se refere à organização e planejamento da prática educativa, como: preparação e
conclusão de aulas; correção de avaliações; reflexão sobre o desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem; diálogo com equipe pedagógica, direção, pais
ou responsáveis pelos alunos; atendimento personalizado aos educandos;
desenvolvimento de projetos; entre outros.
46
Uma meta a ser atingida é a utilização da hora atividade concentrada, quando
a Equipe Pedagógica poderá fazer uso dessa sala e desses momentos para realizar
as mediações necessárias no assessoramento pedagógico à prática docente.
5.15. LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS
O laboratório de Ciências é utilizado constantemente e faz parte da prática de
ensino e aprendizagem da disciplina de Ciências. Nas aulas de laboratório são
aplicadas atividades práticas.
Também, o laboratório de Ciências, é equipado com notebook, data show,
caixa de som e 30 cadeiras universitárias, podendo ser utilizado por outros
professores para trabalhar conteúdos digitais com os alunos, quando a sala não
estiver sendo utilizada pelos professores da disciplina de Ciências.
5.16. SALÃO NOBRE
O Salão Nobre da escola é equipado com sistema de som, microfone, tela de
projeção, bandeiras (Brasil, Paraná, Irati) e um piano em perfeito estado de
conservação. Possui palco para apresentações, camarim e dois banheiros sendo,
um masculino e um feminino. O auditório comporta 300 pessoas sentadas em
cadeiras.
No Salão Nobre acontecem palestras, apresentações artísticas, aulas
diferenciadas e reuniões que complementam o currículo escolar. Esse espaço
também é utilizado por outros segmentos da comunidade, os quais o solicitam para
eventos e atividades externas à escola, sem comprometer a rotina escolar.
5.17. SECRETARIA ESCOLAR
A secretaria escolar está localizada no andar térreo do prédio.
Além de suas funções próprias, descritas nas funções dos Agentes
Educacionais II, possui uma caixa de primeiros socorros com o objetivo de prestar o
primeiro atendimento ao aluno e oferecer conforto e segurança em momentos de
indisposição. O atendimento prevê o acompanhamento do estudante e comunicação
à família, caso seja necessário. Em casos mais graves, é solicitado atendimento de
47
emergência, através do Corpo de Bombeiros (em casos de trauma) e, informado o
procedimento aos pais ou responsáveis.
5.18. REFEITÓRIO
A Escola conta com o refeitório, onde é servido a merenda escolar nos
períodos matutino e vespertino. Serve, ainda, almoço para os estudantes que
participam de atividades escolares em turnos diferentes dos quais estão
matriculados, como Sala de Apoio à Aprendizagem e Sala de Recursos
Multifuncional.
Ainda como espaço de alimentação há a cantina comercial, que é
administrada pela APMF. Na cantina comercial vendem-se Krep’s, com o objetivo de
adquirir verba extra para a escola e, com isso, adquirir materiais pedagógicos para
os alunos e socorrer necessidades emergenciais da escola. Para esclarecimento, as
verbas, oriundas do Governo do Estado do Paraná, têm datas específicas para
chegar à escola e, nem sempre, estão disponíveis quando a escola precisa.
5.19. PAISAGISMO
A educação ambiental contribui significativamente para a proteção do meio
ambiente e a melhoria da qualidade de vida. Um ambiente colorido, arborizado é
esteticamente favorável ao desenvolvimento psicológico e social das crianças e
adolescentes.
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças busca incentivar nos
educandos o desenvolvimento de ações que contribuam com a conservação
ambiental por meio do aproveitamento e fruição de seu grande espaço externo de
uso coletivo. Como exemplo, as floreiras, nos corredores da escola, são
periodicamente regadas, cuidadas e replantadas pelos Agentes Educacionais I para
que proporcionem um visual colorido e alegre.
Ademais, o bosque possui várias espécies de árvores, além de mesas e
bancos que podem ser utilizados em horário de aula para abordar diferentes
conteúdos e promover experiências junto à natureza.
A importância de manter os educandos em um ambiente agradável, tanto
dentro quanto fora de sala é um dos motivos pelo qual a escola investe em
48
paisagismo no seu espaço aberto, além de estimular discussões sobre a questão
ambiental.
5.20. QUESTÃO AMBIENTAL
O Brasil é detentor da maior biodiversidade do mundo, da maior floresta
tropical, da maior quantidade de solo agriculturável, da maior reserva de água doce,
além de consideráveis reservas de petróleo recém-descobertas. No entanto, através
da biopirataria, a biodiversidade tem sido expropriada por empresas de outros
países; a floresta tem sido devastada pela exploração madeireira, agrícola e mineral;
o solo destruído ou objeto de especulação; a água poluída, assim como o solo e o
ar; as reservas de petróleo já são alvo de disputa por corporações transnacionais.
A questão ambiental é um dos grandes temas do cenário mundial
contemporâneo: aquecimento global, escassez de água, esgotamento dos solos
agrícolas, destruição das florestas e perda da biodiversidade são apenas alguns
problemas que já se fazem presentes nas diversas regiões do planeta, ameaçando
as condições de vida de populações inteiras e mesmo a existência de determinados
territórios. Os países ricos do norte, cujo modelo econômico exerce uma pressão
insustentável sobre o meio ambiente, recusam-se a diminuir o consumo de recursos
naturais e a emissão de poluentes. Os países pobres do sul recusam-se a deixar de
seguir o mesmo modelo. Enquanto estendem-se as discussões políticas,
econômicas e científicas, as futuras gerações, e mesmo a atual, vão tendo
ameaçado o seu direito a condições mínimas de sobrevivência através do uso dos
recursos do planeta.
Para trabalhar o tema “Educação Ambiental”, nesta escola, solicita-se a leitura
e análise da Lei Federal nº 9.795/99 e a Lei Estadual nº 17.505/13, atuais
legislações sobre a educação ambiental.
5.21. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Cabe à Equipe Multidisciplinar:
valorizar a presença dos(as) educadores(as), funcionários(as) e estudantes(as)
negros(as) e indígenas da Escola, promovendo a capacitação e participação em
cursos, palestras e oficinas promovidas pela SEED e outras instituições;
49
promover ações para erradicar os preconceitos em relação à cultura africana e
indígena, buscando o fim de uma visão estereotipada das populações indígenas,
africana e afrodescendente, promovendo a equidade e o respeito;
interferir nos possíveis conflitos étnicos presentes no cotidiano escolar,
promovendo o diálogo e o respeito às diversidades étnicas.
É necessário também, estabelecer a efetivação no PPP da escola e no Plano
Curricular das diversas disciplinas, conteúdos e discussões previstas na atual
legislação educacional com relação à educação para a promoção da igualdade
étnico-racial e a diversidade sexual, desconstruindo ações e manifestações de
cunho racista e/ou preconceituoso no espaço escolar entre professores, estudantes,
funcionários, pais e/ou responsáveis, socializando, na medida do possível, com a
comunidade escolar os conteúdos apreendidos em capacitações, cursos, oficinas e
palestras.
Outra importante atuação da Equipe Multidisciplinar é interagir com os(as)
educadores(as) em suas práticas educativas para que promovam a educação para
as relações étnico-racial e para o respeito à diversidade no cotidiano da sala de
aula. Deve também promover oficinas e palestras durante o ano letivo e nas
Semanas Pedagógicas voltadas para a orientação a respeito da temática das
relações étnico-racial e da diversidade sexual; organizar atividades de formação e
orientação para professores(as), estudantes, mães e pais, responsáveis e agentes
educacionais, com o objetivo de promover o respeito à diversidade.
Também cabe à Equipe Multidisciplinar orientar a Secretaria da escola para
que, no ato da matrícula, seja preenchido o item cor/raça dos estudantes de acordo
com os critérios estabelecidos na legislação vigente; auxiliar a Secretaria da escola
para que, no ato da matrícula, sejam consideradas as orientações da Secretaria de
Estado da Educação a respeito do uso do nome social (para maiores de 18 anos).
Por fim, a Equipe Multidisciplinar deve divulgar para os docentes e Equipe
Pedagógica acervo (livros, teses, artigos, dissertações, vídeos, músicas, jogos)
disponíveis, relacionado à educação das relações étnico-raciais e História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena com o intuito de prevenir práticas de bullying.
5.22. BRIGADA ESCOLAR
50
O Programa Brigada Escolar busca desenvolver nos estudantes e nos
profissionais da rede estadual de ensino hábitos preventivos, promover mudanças
de comportamento, multiplicar medidas preventivas, desenvolver a conscientização
e capacitar a comunidade escolar acerca dos eventos danosos, naturais ou
provocados e no enfrentamento de situações emergenciais no interior da Escola e
desta forma garantir a segurança dos estudantes.
Existe também a necessidade de adequar a Escola aos aspectos legais no
sentido de atender às disposições legais de prevenção aos diferentes tipos de risco,
tais como acidentes pessoais, incêndios, acidentes naturais de acordo com as
recomendações legais do Código de Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Corpo
de Bombeiros.
O Programa tem basicamente dois eixos principais: a capacitação de gestores
e brigadistas e a adequação dos prédios escolares às normas de segurança do
corpo de bombeiros.
É imprescindível para a escola, ter o certificado de conformidade às
exigências de prevenção de incêndio e emergências que garantam a segurança da
comunidade escolar, expedido por órgãos competentes. Portanto, a retirada de
placas, extintores e iluminação acarreta transtornos e a não validação da oferta do
Ensino Fundamental na Escola.
Duas vezes por ano, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças realiza
um simulado, chamado Plano de Abandono, onde os educandos são orientados e
participam do simulado como forma de aprendizado, caso ocorra incêndio no prédio
escolar.
5.23. VISITA AO INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
O Instituto Federal do Paraná (IFPR) é uma instituição pública federal de
ensino vinculada ao Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica (SETEC). É voltada à educação superior,
básica e profissional, especializada na oferta gratuita de educação profissional e
tecnológica nas diferentes modalidades e níveis de ensino.
Todos os anos o IFPR, Irati, oferta transporte e convida os educandos do 9º
ano do Ensino Fundamental para visitar a estrutura física e divulgar os cursos
ofertados pela instituição. Os educandos participam de uma visita programada e da
51
mostra de cursos, que ocorre nas salas de aula do IFPR, coordenada pelos
professores e alunos veteranos da instituição.
Professores, equipe pedagógica e/ou agentes educacionais acompanham os
educandos durante a visita ao IFPR, zelando pelo bem estar dos mesmos e
assegurando o cumprimento dos objetivos propostos na atividade em questão.
5.24. DIVULGAÇÃO DOS CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS EM IRATI
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças libera a entrada dos
profissionais da educação ligados às diversas instituições de ensino de Irati para
divulgação de seus cursos técnicos, para os educandos do 9º ano do Ensino
Fundamental.
O objetivo é ampliar o conhecimento e possibilitar a reflexão sobre os
diversos cursos ofertados, para posterior escolha e continuidade dos estudos.
As instituições de ensino de Irati que ofertam cursos técnicos são: Colégio
Estadual Antônio Xavier da Silveira, Colégio Estadual Duque de Caxias, Colégio
Florestal Estadual Presidente Costa e Silva, Colégio Estadual João XXIII, Colégio
SESI e Colégio Estadual São Vicente de Paulo.
5.25. SEMANA CULTURAL
Uma escola onde as diferenças culturais são respeitadas, a tolerância é
estimulada e todos se sentem integrados, resultará num desempenho melhor de
todas as partes envolvidas. Portanto, as atividades culturais são de grande
importância.
Durante os dias destinados às atividades e apresentações culturais os
educandos se propõe a trabalhar diversos temas e apresentar para toda a escola.
Acontecem atividades de muitos estilos: folclore, cultura literária, cultura artística
(música, dança, teatro, etc), apresentações envolvendo convidados da comunidade
ou das famílias dos educandos e outras apresentações de talentosos e
surpreendentes educandos.
Esta é uma forma utilizada pela escola para proporcionar a inclusão,
complementar a formação e ajudar a desenvolver valores culturais e artísticos.
52
5.26. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Em 2003, foi sancionada a Lei nº 10.639 (BRASIL, 2018). Com essa lei, foi
estabelecida a obrigatoriedade do estudo da história da África e dos africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas diversas áreas da sociedade
e da História do Brasil. Desse modo, por ser uma temática interdisciplinar, a lei
determina que os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira, sejam
trabalhados no contexto de todo o currículo escolar.
É de grande relevância promover em sala de aula esta valorização, pois,
como mostram os índices, o Brasil possui a segunda maior população negra do
mundo e infelizmente o preconceito institucionalizado está muito presente em nossa
sociedade, o que faz com que muitos homens e mulheres não se reconheçam como
afrodescendentes. Assim, acredita-se que a melhor forma de quebrar com esses
paradigmas preconceituosos, é valorizar a cultura afro-brasileira, bem como,
demonstrar sua riqueza e contribuição para formação econômica, cultural e social do
Brasil.
A escola é o espaço adequado para se problematizar questões sobre a
cultura afro-brasileira no sentido de estimular os alunos a quebrarem estereótipos,
pois é no ambiente escolar que se faz presente toda a diversidade cultural. Projetos
educacionais e socioeducativos podem contribuir na formação de sujeitos críticos
reflexivos diante de seu papel de cidadão. E reconhecer o Brasil como uma
sociedade multicultural é o primeiro passo para o educando compreender a
diversidade étnica e cultural de diferentes grupos sociais brasileiros, onde todos
compõem nosso país com suas singularidades e nenhum grupo merece ser excluído
ou sofrer desigualdade pela cor da pele.
Reconhecer o passado histórico e a cultura dos povos marginalizados na
educação é um elemento relevante para a compreensão das diferenças. A
valorização da cultura afro-brasileira deve contemplar os homens e mulheres como
agentes sociais que atuaram na construção e desenvolvimento da sociedade
brasileira.
É preciso considerar que uma importante ação, a partir dessa legislação, é o
reconhecimento da relevância de uma data histórica que passou a integrar o
calendário escolar, o dia 20 de novembro, em que se comemora o “Dia Nacional da
53
Consciência Negra”. Essa data representa uma oportunidade significativa para se
trabalhar, na escola, as multiplicidades da cultura africana e afro-brasileira.
5.27. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS - TEMAS
MULTIDISCIPLINARES
A história da humanidade, construída em suas diferentes identidades de
gênero, de credo, etárias, de raça, cor, formação profissional, passa pelos sujeitos
que se constituem como protagonistas da história e desta escola. O compromisso
com o conhecimento universal perpassa por uma sociedade inclusiva, disposta a
enfrentar situações de ignorância, ou seja, de preconceito. E, consolida-se no
respeito e no tratamento igualitário. As demandas, abaixo especificadas, devem
ser abordadas como visão de mundo. Não adianta incluir no currículo os chamados
desafios educacionais, se isto não passar de encaminhamentos que se diluem entre
o dito, o pretendido e o feito.
direitos da criança e do adolescente; educação para o trânsito; educação ambiental; processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; educação em direitos humanos; educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira,
africana e indígena; saúde; vida familiar e social; educação para o consumo; educação financeira e fiscal; trabalho, ciência e tecnologia; diversidade cultural.
6. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE EM QUE A ESCOLA ESTÁ INSERIDA
6.1. REALIDADE GLOBAL
A realidade social hodierna, com os avanços tecnológicos, vem provocando
mudanças significativas na sociedade, principalmente no que diz respeito à mídia e
ao consumo. Desenvolveu-se assim a sociedade de consumo, no qual a geração
54
contemporânea está inserida. Esta sociedade do consumo vem provocando
mudanças significativas na maneira de viver e de pensar dos adolescentes de
nossos dias.
Zygmunt Bauman, em seu livro “Modernidade Líquida”, afirma que a
sociedade atual, chamada de modernidade líquida, ao contrário do que ocorreu no
século XX, apresenta pessoas que não pensam à longo prazo, não conseguem
traduzir seus desejos em um projeto de longa duração e de trabalho duro e intenso.
Os grandes projetos de novas sociedades se perderam e a força da sociedade não é
mais voltada para o alcance de um objetivo. A busca do prazer individual é o fim
último da sociedade líquida. Nesta sociedade é o mercado que dita as regras e as
regras do mercado são marcadas pelo objetivo econômico capitalista.
A passagem da sociedade de produtores para a de consumidores, em geral,
pode ser apresentada de forma gradual, com a emancipação dos indivíduos das
condições originais de não escolher, posteriormente para uma escolha limitada e
finalmente para uma sociedade livre de responsabilidades, ou seja, o indivíduo
possui sua liberdade de escolher e decidir como e da maneira que atender suas
necessidades naquele momento.
Esta realidade continua a manter e produzir uma desigualdade social
alarmante. A sociedade dos consumidores em potencial e não consumidores,
levando ao pensamento de que, a pessoa é o poder de compra que ela tem.
Além do mercado apresentar o excesso de mercadorias e o anseio de cultivar
os desejos, tal economia configura-se como economia do engano, que aposta na
irracionalidade dos consumidores e não em suas estimativas sóbrias. Criar o
excesso de mercadorias projeta o aumento das incertezas, das escolhas para os
indivíduos. Diante do consumo excessivo, possibilita perder-se nas múltiplas
escolhas e consequentemente resultando numa constante reformulação das
identidades como forma de assegurar os princípios de inclusão/exclusão, elaborados
pelo mercado. Para Bauman, não existe um não-consumidor, mas sim um
consumidor falho. Essa instabilidade dos desejos e a insaciabilidade das
necessidades harmonizaram-se bem com a nova liquidez do ambiente social.
Nesta sociedade, denominada por Bauman, como modernidade líquida,
apresenta-se uma nova geração remanescente de tal realidade: “Geração Z”. O “Z
de zapiar”, ou seja, estar conectado a vários objetos ao mesmo tempo. Pode jogar
no celular e ouvir música ao mesmo tempo, ao passo que a TV também está ligada,
55
pois, pode ser que apresente algo que lhe agrade. Denomina-se “Geração Z” os
adolescentes por volta dos 11 aos 18 anos de idade. Esta geração já nasceu
conectada.
A realidade virtual tem seus benefícios, contudo, vem trazendo mudanças na
construção da identidade dos adolescentes e jovens e consequentemente, refletindo
no âmbito escolar.
6.2. REALIDADE LOCAL
O nome Irati tem origem no vocabulário Tupi (Ira = mel e Ty = rio). Irati fica a
153 km de Curitiba, capital do Estado do Paraná, na região sudeste do estado.
Possui uma área de aproximadamente 999 km². Segundo pesquisas do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) o Censo de 2010 indica que a cidade
possui 56.207 habitantes. Estudos recentes, 2018, indicam que tenha população
estimada em 60.357 habitantes.
Os limites geográficos do município de Irati são: ao norte: Imbituva e
Prudentópolis; ao sul: Rio Azul e Rebouças; ao leste: Fernandes Pinheiro e ao oeste:
Inácio Martins.
A população é formada pela mescla de diferentes etnias, especialmente
ucranianos e poloneses, assim como italianos, alemães e holandeses.
A vida econômica do município gira em torno da prestação de serviços,
agricultura, pecuária, beneficiamento de cereais e poucas indústrias. Sendo, 57,89%
comércio e serviços, 26,18% indústria e 15,93% agropecuária.
Irati, dentro do contexto social brasileiro, enfrenta dificuldades como:
desemprego, falta de habitação, prostituição, carência na área da saúde, drogas,
alcoolismo, fumo, gravidez na adolescência, violência, especificamente, contra
mulheres, crianças e idosos.
6.3. REALIDADE DAS FAMÍLIAS E CONTEXTO ESCOLAR
Com o objetivo de reavaliar o Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual
Nossa Senhora das Graças foi realizada uma coleta de dados por meio de
questionário, com questões fechadas, possibilitando múltiplas escolhas, e
posteriormente analisadas numa perspectiva qualitativa. Participaram da pesquisa
os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e suas famílias. Dos 604
56
questionários entregues aos alunos para responderem, em casa, retornaram 454
questionários.
Renda Familiar:
Após análise e tabulação dos dados verificou-se aproximadamente, que: 9%
das famílias recebem até um salário mínimo mensal, 19,7% recebem de um a dois
salários mínimos, 17,8% recebem de dois a três salários mínimos, 16,8% recebem
de três a quatro salários mínimos, 14,9% recebem de quatro a cinco salários
mínimos, 17,8% recebem acima de cinco salários mínimos e 4% deixaram em
branco ou marcaram mais de uma alternativa. Portanto, a maioria dos alunos e suas
famílias possuem um nível sócio-econômico médio a um nível sócio-econômico
baixo, incluindo alunos muito carentes.
Computador em casa e acesso à internet:
78,8% responderam que possuem computador em casa, com acesso à
internet.
5,4% responderam que possuem computador, sem internet.
16,6% responderam não possuir computador, nem internet.
Casa Própria:
84% responderam que possuem casa própria.
14% responderam que não possuem casa própria.
2% não responderam.
Luz e água instaladas:
96% responderam sim.
3% responderam somente luz instalada.
1% deixaram em branco.
Participação no Programa Bolsa Família:
7% reponderam sim.
93% responderam não.
Local de moradia:
29% na área central de Irati
57
46% num bairro próximo à área central de Irati.
10% num bairro distante da área central de Irati.
13% na área rural de Irati.
2% em outra cidade.
Função da Escola:
Das respostas apresentadas pelos alunos e famílias 60% responderam:
“Ensinar conhecimentos gerais e competências necessárias para participar da vida
em sociedade e do mundo do trabalho de forma reflexiva e crítica.” E 10%
responderam: “Oferecer conteúdos necessários para obter um emprego e se inserir
no mercado de trabalho.” E, 19% responderam: “Possibilitar a continuidade dos
estudos, a qualificação para o trabalho e exercício da cidadania”. As demais
respostas ficaram em branco ou marcaram mais de uma alternativa.
Continuidade dos Estudos:
28,7% quero fazer curso superior.
7,3% quero concluir Ensino Médio, apenas.
60,5% quero fazer curso superior e continuar nos estudos de pós-graduação.
0,5% tenho intenção de terminar apenas o 9º ano (o que é contra as leis
vigentes).
3% marcaram mais de uma alternativa.
Por que escolheram a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças:
61,5% meus pais ou responsáveis acreditam na qualidade da educação da
escola.
10,5% eu acredito na qualidade da educação oferecida pela escola.
2,8% sou esportista e aqui tem possibilidade de treino.
6,7% oferece uma grande estrutura.
2% tenho colegas e amigos que estudam aqui.
2,5% tenho pai, mãe ou alguém da família que trabalha na escola.
14% marcaram mais de uma alternativa.
A totalidade de questões que envolveram o questionário foram 23.
Posteriormente e com maior tempo, uma análise mais detalhada das questões será
58
efetivada e na reformulação do PPP, no ano de 2019, serão argumentadas questões
relativas à participação da família no contexto escolar, nível de escolarização dos
pais/responsáveis, recuperação de estudos, rendimento escolar, e ainda, sobre a
geração que já nasceu conectada à internet e à realidade virtual.
A participação dos pais ou responsáveis ao responder o questionário acima
mencionado é uma importante ação que traduz em melhoria no desempenho escolar
dos filhos, visto que, a escola pode planejar suas ações conhecendo melhor a
realidade de seus alunos. Para que aconteça a construção da formação do
indivíduo, a família e a escola devem estar em consonância. Os pais ou
responsáveis precisam sentir-se à vontade para conversar sobre seus problemas e
apreensões, expressar seus êxitos e alegrias, contestar, sugerir, propor soluções e
interessa-se pelo andamento da educação de seus filhos.
6.4. FRAGILIDADES DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA
Famílias que não conseguimos entregar o boletim escolar, quanto mais,
conversar sobre o rendimento escolar do filho/aluno;
famílias que precisamos chamar à escola através do Conselho Tutelar, caso
contrário não comparecem;
famílias que trocam os números de telefones e não avisam a escola,
impossibilitando o contato;
famílias que residem na Zona Rural do município e não conseguimos contato;
famílias sem instrução, que acham desnecessário estudar e, portanto,
comparecer na escola é totalmente desnecessário.
6.5. FRAGILIDADES DA ESCOLA
rotatividade do corpo docente, devido a vários fatores: contratação através do
PSS (Processo Seletivo Simplificado), transferências recebidas pela escola de
professores estatutários vindos de outros municípios e até mesmo de outros
59
Núcleos Regionais de Educação, professores estatutários que solicitam remoção
da escola para outro estabelecimento, etc.;
fragilidade na formação acadêmica oferecida por algumas Instituições de Ensino
Superior e, portanto, despreparo na formação acadêmica de alguns profissionais;
número insuficiente de Agentes Educacionais I e II para atendimento à escola e
alunos;
número insuficiente de novas mídias e tecnologias educacionais;
número insuficiente de dias, no calendário escolar, destinados à formação dos
profissionais da escola.
6.6. AVALIAÇÃO EXTERNA: IDEB
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) reúne, em um só
indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade
da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. Ele é
calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e
das médias de desempenho nas avaliações do INEP (com base no aprendizado dos
alunos em português e matemática). Esta escola, em 2013, obteve no IDEB
resultado 5,8 quando a meta era 5,7. Em 2015, obteve no IDEB resultado 5,9
quando a meta era 6,0. Em 2017, obteve no IDEB resultado 6,5 quando a meta era
6,2. Durante os anos de 2018 e 2019 esta escola será avaliada, através do IDEB, e
a meta projetada pelo IDEB é 6,4.
Como base de comparação, a meta do IDEB para o Estado do Paraná para o
9º ano do Ensino Fundamental, em 2015 foi 4,5 e a média atingida no Estado do
Paraná foi 4,3. Em 2017 a meta estadual foi 4,8 e em 2019 a meta estadual será 5,1.
Hoje, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças possui conceito 6,5 no
IDEB, acima da meta projetada para o Estado do Paraná em 2019, que será 5,1. A
média 6,5 no IDEB, em 2017, é a maior média das escolas (de Ensino Fundamental)
pertencentes ao Núcleo Regional de Educação de Irati
O foco da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças é: manter a situação e
progredir para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado.
Para que o IDEB da escola cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e
frequente a sala de aula.
60
O índice é medido a cada 2 (dois) anos e o objetivo é que o país, a partir do
alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 (seis) em 2022 –
correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos. (Portal do MEC).
Os pais ou responsáveis valorizam o trabalho escolar e interessam-se mais
pelo andamento da educação escolar de seus filhos quando sentem uma gestão
escolar voltada para a satisfação do usuário (aluno e comunidade escolar).
6.7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional é um processo de pesquisa e de comunicação que
visa proporcionar uma reflexão contínua e revisar permanentemente a atuação da
escola, tendo em vista o alcance de sua missão, de seus objetivos e o
aprimoramento da qualidade institucional. A avaliação institucional se constitui em
um instrumento capaz de identificar os destaques e as fragilidades da escola
pública, além de estabelecer a relação da instituição com o sistema estadual de
ensino e a comunidade usuária deste serviço.
Constituem objetivos da avaliação institucional:
Instituir o processo de avaliação institucional como prática permanente de leitura,
análise e reflexão crítica sobre as ações desenvolvidas na escola, tendo em vista
o aperfeiçoamento de suas funções de ensino e gestão.
Criar condições para a construção de uma cultura avaliativa que possibilite
trabalhar as limitações e as potencialidades da escola.
Promover a melhoria da qualidade dos atendimentos administrativos e
pedagógicos nas diversas áreas de atuação da escola.
Promover a valorização dos recursos humanos da escola, através de atualização
contínua.
Centrar a avaliação institucional nos currículos, na prática docente, nos serviços
e no perfil do aluno egresso como instrumento de apoio à tomada de decisões.
Avaliar o Projeto Político-Pedagógico para que se estabeleçam novos rumos e
para que a comunidade escolar se coloque como parte do processo e lute pela
melhoria da qualidade do ensino.
6.8. REGIMENTO ESCOLAR
61
Segundo a Deliberação nº 02/2018 – CEE/PR, em seu artigo 23, “O
Regimento Escolar é o documento que define a organização administrativa, didático-
pedagógica e disciplinar das instituições de ensino e deve ser elaborado pela equipe
diretiva da respectiva instituição, com a participação da comunidade escolar,
observados os princípios constitucionais, a legislação geral e as normas específicas,
particularmente as fixadas nesta Deliberação.”
Esta “lei interna” precisa ser conhecida por todos os envolvidos com a
comunidade escolar: conjunto das normas que regem o funcionamento da escola. E
não parece possível organizar a educação escolar desconsiderando o que afirma e
propõe o Regimento Escolar.
Como principal legislação interna da escola, o Regimento Escolar, é muito
importante para o planejamento e o sucesso escolar, pois os direitos e deveres,
funções, atribuições e procedimentos estão ali regulamentados. Serve como um
instrumento guia do gerenciamento da escola, para facilitar os procedimentos
normativos, técnicos e pedagógicos.
O Regimento Escolar descreve a organização da escola: didático-pedagógica,
administrativa e disciplinar. E, explicita os direitos, deveres e proibições de todos os
envolvidos com a comunidade escolar.
62
7. A ESCOLA E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI Nº 8.069
DE 13/07/1990
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com respaldo na Constituição
Federal de 1.988, reforça a ideia de que crianças e adolescentes também são
sujeitos de direitos como todo cidadão, estabelecendo igualdade de homens e
mulheres, independentemente de sua idade, em direitos e deveres.
No que se refere ao âmbito escolar, o art. 53 do Estatuto da Criança e do
Adolescente enfoca que crianças e adolescentes têm “direito de serem respeitados
por seus educadores”. Respeito é um direito natural de todo ser humano,
independente de sua idade, sexo, raça e condição social ou naturalidade. Deste
modo reforça a ideia que crianças e adolescentes precisam ser respeitados em
especial por aqueles encarregados da missão de educá-los, preparando-os para o
exercício da cidadania, considerando sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
O Estatuto apenas veda o autoritarismo, mas não subtrai dos educadores, em
nenhuma circunstância, a possibilidade de exercício da cidadania. É direito das
pessoas em formação receber os limites necessários para torná-las aptas à vida em
sociedade.
Considerando que a Lei nº 8.069 de 13/07/1990, estabelece direitos e deveres
daqueles que estão sob nossos cuidados e responsabilidade, faz-se necessário
observar que o educando tem o direito de tomar conhecimento do processo
pedagógico da escola e o dever de observar seu cumprimento, a partir de ações
conjuntas da escola, da família e dos órgãos competentes.
63
8. FUNDAMENTOS E OBJETIVOS
8.1. FILOSOFIA DA ESCOLA
Buscar uma educação de qualidade, contextualizada, com aquisição de
conhecimentos e habilidades, com formação de atitudes e valores, preparando
nossos alunos para a construção de uma sociedade mais justa, ética, democrática,
responsável, inclusiva, solidária, que respeite e promova a diversidade e os direitos
humanos.
8.2. MISSÃO
Promover uma educação de qualidade, contextualizada historicamente, que
possibilite o desenvolvimento do cidadão consciente e solidário, detentor do
conhecimento científico e da dignidade humana, apto a agir como transformador da
realidade social, assegurada a equidade na prestação do serviço público.
8.3. VISÃO
Ser reconhecida como uma escola que efetiva o ensino e a aprendizagem
com qualidade, ética e comprometimento.
8.4. VALORES
Humanos (afetividade, autonomia, criatividade, criticidade, resiliência) –
compromisso com a promoção do bem estar social.
Éticos (amizade, cooperação, cordialidade, determinação, disciplina,
honestidade, justiça, perseverança, pontualidade, respeito, responsabilidade,
tolerância) – contribuindo para eliminar quaisquer manifestações de preconceito
e discriminação.
Responsabilidade social e cidadania – busca da equidade no acesso à educação,
à saúde, à segurança, ao trabalho, aos bens culturais, etc.
64
Responsabilidade ambiental e solidária com as gerações futuras – preservação
dos recursos ambientais.
8.5. OBJETIVO DA ESCOLA
Desenvolver a capacidade de aprender através do pleno domínio da leitura,
da escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores em que a
sociedade se fundamenta, promovendo a formação integral da pessoa para o
exercício da cidadania.
8.6. OBJETIVOS GERAIS
Propiciar uma escola de qualidade, oferecendo um ambiente favorável para
que o aluno se desenvolva plenamente, respeitando as diferenças individuais no
que diz respeito à raça, credo, ideologia política, valorizando os limites e o
desempenho de cada um, reforçando a inclusão social e educacional dos
indivíduos portadores de necessidades especiais, conforme Deliberação
002/2003 - CEE/PR da Educação Especial;
Possibilitar que a avaliação seja contínua, permanente, cumulativa e
diagnóstica no desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos. A mesma deve ser entendida como um dos meios de
ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de
seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo
de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-
lhes valor, conforme a Deliberação nº 007/99 – CEE/PR.
Ofertar matrícula de ingresso por transferência, classificação e
reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos feitos no
exterior e regularização de vida escolar, conforme a Deliberação 009/01 –
CEE/PR e instruções atualizadas e emanadas da Secretaria de Estado da
Educação como, por exemplo, a Instrução 08/2017 – SUED/SEED que trata
especificamente da Reclassificação, dentre outras instruções específicas para
cada assunto.
Garantir a elaboração do Projeto Político-Pedagógico, envolvendo todos os
segmentos da comunidade, bem como sua plena execução, zelando pela
65
aprendizagem dos alunos, adaptando o currículo à função social da escola
conforme a Deliberação 02/2018 – CEE/PR, de 12/09/2018.
Garantir a unidade filosófica, político-pedagógica, estrutural e funcional do
Estabelecimento, conforme Deliberação 02/2018 - CEE/PR, de 12/09/2018, que
trata do Regimento Escolar.
66
9. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ADOTADA PELA ESCOLA
9.1. PEDAGOGIA PROGRESSISTA
É um termo utilizado para designar três Tendências Pedagógicas: a
Pedagogia Libertária, a Pedagogia Libertadora de Paulo Freire e a Pedagogia
Crítico-Social dos Conteúdos ou Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani.
9.2. TENDÊNCIA PEDAGÓGICA HISTÓRICO-CRÍTICA / PEDAGOGIA HISTÓRICO-
CRÍTICA
Essa tendência nasceu nos meios acadêmicos durante a redemocratização
brasileira e tem, como seu “fundador” Dermeval Saviani que escreveu livro
homônimo a essa tendência. Marco teórico – 1979.
A Pedagogia Libertadora de Paulo Freire é dialógica – diálogo, concessão,
solidariedade. É do senso comum, das práticas de ensino.
A Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani é dialética. É da
fundamentação, à luz da teoria.
O governo do Estado do Paraná admite a tendência pedagógica de Paulo
Freire (Libertadora), mas assume a tendência pedagógica de Saviani (Histórico-
Crítica).
Eles são fundamentalmente opostos e é incoerente filosoficamente defender
um assunto com os dois teóricos.
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental tem o
propósito de transmitir os conteúdos no sentido Histórico-Crítico, ou seja, relacionar
o saber com o saber do aluno (articulando) e tornar aquele conhecimento dele.
Nessa tendência a escola é vista como socializadora dos conhecimentos e saberes
universais, preparando o aluno para o mundo e suas contradições.
9.3. MÉTODO DO ENSINO
O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada
com o saber sistematizado. Uma aula começa pela constatação da prática real,
havendo em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referi-la aos termos
67
do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação
do professor. Vai-se da ação à compreensão e da compreensão à ação, até a
síntese, o que não é outra coisa senão a unidade entre a teoria e a prática. A
transferência da aprendizagem se dá a partir do momento da síntese.
9.4. CONTEÚDOS
São os conteúdos culturais universais que são incorporados pela
humanidade, mas permanentemente reavaliados frente às realidades sociais. Os
conteúdos não podem ser meramente ensinados; eles precisam ser ligados de
forma indissociável à sua significação humana e social.
9.5. RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO
Ambos são sujeitos ativos no processo. O professor direciona, criando
situações de aprendizagem. Há um confronto do aluno entre sua cultura e a herança
cultural da humanidade, entre seu modo de viver e os modelos sociais desejáveis
para um projeto novo de sociedade. E há um professor que intervém, não para se
contrapor aos desejos e necessidades ou à liberdade e autonomia do aluno, mas
para ajudá-lo a ultrapassar suas necessidades e criar outras, para ganhar
autonomia, para ajudá-lo no seu esforço de distinguir a verdade do erro, para ajudá-
lo a compreender as realidades sociais e sua própria experiência. O educando é um
ser social que tem sua história de vida e precisa da experiência de um professor
comprometido que atue como mediador para promover a elevação como homem
dando-lhe uma identidade social e cultural. O professor e o aluno são mediadores
entre a aprendizagem escolar e o desenvolvimento intelectual do aluno.
9.6. AVALIAÇÃO
Emancipadora, diagnóstica e contínua.
68
9.7. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA, SEGUNDO A PEDAGOGIA HISTÓRICO-
CRÍTICA
Ensinar os conteúdos referentes ao conhecimento produzido e acumulado pela
humanidade. Articular educação, trabalho e cidadania em perspectiva politécnica e onilateral. Proporcionar a ascensão dialética do senso comum à consciência filosófica:
senso comum – conhecimento científico – consciência filosófica.
A Pedagogia Histórico-Crítica faz a crítica à educação capitalista e considera
a escola como instituição articulada à sociedade:
Formar o homem é mais que formar o cidadão; O cidadão é mais que o trabalho; Depois formar o trabalhador.
9.8. TEÓRICOS
Dermeval Saviani, Jamil Cury, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos Freitas, José
Carlos Libâneo, Marx, Gramsci, Snyders, Manacorda, Makarenko, Suchodolski.
Essa teoria está fundamentada na teoria filosófica Marxista cuja essência é o
método dialético prática–teoria-prática, tem grande relação com a Psicologia
Histórico-Cultural desenvolvida por Lev S. Vygotsky e as concepções pedagógicas
são defendidas por Saviani.
João Luiz Gasparin publicou o livro “Uma Didática para a Pedagogia
Histórico- Crítica” em 2005, para fundamentar a concepção metodológica e o
planejamento do ensino-aprendizagem numa perspectiva Histórico-Crítica. Para
isso, elenca cinco “passos” pedagógicos necessários para uma prática docente e
discente a partir de uma perspectiva histórico-crítica de educação:
1. Prática Social Inicial – nível de desenvolvimento atual do estudante.2. Problematização – discussão de questões inerentes ao conteúdo proposto.3. Instrumentalização – momento em que o estudante vai se apropriar de
instrumentos culturais e científicos necessários para modificar aqueles
conhecimentos espontâneos mostrados na prática social inicial.4. Catarse - quando ocorre a síntese mental por parte do estudante dos conteúdos
trabalhados. Quando o estudante compreende e disserta sobre aquele conteúdo,
69
mostrando que o mesmo foi assimilado e auxiliou na transformação de seus
conteúdos prévios.5. Prática Social Final – momento em que o estudante demonstra através de ações
que aquele conteúdo problematizado, teorizado e sintetizado mentalmente, agora
é capaz de transformar a sua existência, ou seja, assumir uma nova proposta de
ação a partir do que foi aprendido.
Os “passos” da didática de Gasparin são uma sugestão de trabalho docente e
se põe como uma proposta de didatização da Pedagogia Histórico-Crítica.
Entretanto, é uma forma, de muitas outras possíveis, de se trabalhar numa
perspectiva dialética.
A Pedagogia Histórico-Crítica se orienta por um modelo de sujeito que supera
o estado de alienação. Trata-se da pessoa onilateral, formada pelo princípio da
politecnia.
9.9. ESCLARECIMENTOS PARA MELHOR COMPREENSÃO DOS CONCEITOS
ACIMA CITADOS
Alienado – aquele que lhe é negado as capacidades políticas e estéticas
(conhecimentos mais refinados) e se valoriza só a formação para o trabalho.
Dialética – debate, confronto. As coisas mudam dialeticamente. É na
contradição que se pode compreender a vida, os fatos. É na contradição que a gente
deve procurar as respostas. Tudo anda: com conflitos, com luta, com discórdia, com
avanços e retrocessos. Contradição de ideias que levam a outras ideias. A dialética
é considerada como a mais elaborada forma de Filosofia.
Método dialético – o método dialético nos insita a revermos o passado, à luz
do que está acontecendo no presente. Ele questiona o presente em nome do futuro,
o que está sendo em nome do que “ainda não é”.
Onilateral – (contrário de unilateral, mutilado, não evolui, dependente). A
formação onilateral (politécnica) forma para o trabalho, a política (a crítica) e para as
artes (estética).
Politecnia – formação geral (artes, cultura), qualificação profissional e
formação política. Refere-se ao mundo tecnológico e ao mundo sócio-cultural.
10. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
70
Este documento do Projeto Político-Pedagógico expressa a construção
coletiva, por meio da qual foram oportunizados momentos de discussão acerca da
prática pedagógica e da função social da escola pública, tornando-se um projeto de
escola em sua totalidade, evitando a fragmentação e a incoerência.
Na democracia, liberdade de expressão não significa consenso. O processo
de produção de um documento orientador que envolve 62 profissionais da
educação, não pode pressupor unidade de concepções e teorias, entretanto,
representa a construção coletiva.
10.1. CONCEPÇÃO DE DEMOCRACIA NA GESTÃO ESCOLAR
Durante o processo de reelaboração do PPP da Escola Estadual Nossa
Senhora das Graças estudamos teorias sobre a educação escolar, o currículo, o
ensino-aprendizagem, assim como a democracia como método e gestão e o papel
das instâncias colegiadas neste contexto.
Conforme Ferreira (2004, p. 1241), gestão: “Significa tomar decisões,
organizar e dirigir as políticas educacionais que se desenvolvem na escola
comprometidas com a formação da cidadania, [...] É um compromisso de quem toma
decisões – a gestão -, de quem tem consciência do coletivo – democrática, - de
quem tem responsabilidade de formar seres humanos por meio da educação”.
E, compartilhar decisões significa envolver pais ou responsáveis, alunos,
professores, funcionários e outras pessoas da comunidade na administração
escolar.
É democrático na escola: uma educação com qualidade, a socialização do
saber construído coletiva e historicamente pela humanidade, a participação ativa dos
cidadãos na vida pública, o exercício da cidadania, a participação dos profissionais e
da comunidade escolar, a autonomia administrativa e pedagógica, a mobilização dos
segmentos de gestão a partir de suas várias instâncias: conselhos escolares,
grêmios estudantis, associação de pais, mestres e funcionários e os conselhos de
classe, enfim, a construção coletiva do projeto político-pedagógico.
Parafraseando FERREIRA (2004,1242-1243), a democracia na gestão escolar
passa pelo respeito, paciência e diálogo, a fim de construir uma escola e uma
sociedade ética, humana e solidária, comprometida com a verdadeira formação da
cidadania (ser engajado, participar, formar opinião).
71
É através da produtividade e dos bons resultados alcançados pelos alunos,
que se comprova a boa gestão.
Quando o papel da escola vai ao encontro das necessidades daqueles que
dependem da escola pública como espaço de acesso ao conhecimento, então,
estamos falando em democracia e, portanto, da função social da escola pública. E,
para a democracia se efetivar, a direção da escola deve primar pela transparência e
comunicação nos processos de gestão, em prol da aprendizagem dos estudantes,
com ações que visam o acesso e permanência dos estudantes na escola, bem como
a qualidade da educação básica.
10.2. INICIATIVAS PARA A DIREÇÃO COLABORAR
DEMOCRATICAMENTE COM A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO OFERTADA
O diagnóstico detalhado do contexto escolar, observando os sujeitos da escola e
a realidade socioeconômica e cultural do entorno escolar como subsídio para o
planejamento escolar em suas diversas instâncias;
A organização e o incentivo ao uso pedagógico dos espaços escolares – salas de
aula, quadras esportivas, pátios, biblioteca, laboratório de informática e de
ciências, murais de corredores;
O apoio ao uso pedagógico das tecnologias digitais de informação e
comunicação, nas aulas e projetos especiais que a escola venha a desenvolver;
O compromisso no direcionamento e acompanhamento das questões
documentais ligadas à secretaria escolar, como matrículas, transferências, e
promoção/retenção de estudantes, bem como da vida legal da escola;
A transparência nas informações e nas consultas à comunidade escolar para a
aplicação dos recursos financeiros destinados à escola;
A promoção da participação das instâncias colegiadas na tomada de decisões da
escola;
A mobilização da comunidade escolar em torno da elaboração do Projeto
Político-Pedagógico da escola;
O incentivo à participação efetiva dos agentes educacionais, equipe pedagógica
e professores em reuniões;
72
A organização do acesso à formação continuada de forma que todos os
profissionais da educação da escola tenham oportunidade de participar;
A atenção aos processos de ensino-aprendizagem e de avaliação da
aprendizagem (interna e externa) que envolvam questões sobre currículo,
didática e metodologia de ensino;
A efetivação com a avaliação institucional;
O compromisso com a permanência dos educandos na escola;
O cuidado e o zelo pelo patrimônio escolar;
A atenção à logística de distribuição de estudantes, turmas, professores e
funcionários por turnos de atendimento;
O acompanhamento dos Programas dos quais a escola participa, como Sala de
Apoio, Alimentação Escolar, Transporte Escolar, Livros Didáticos e outros.
Quanto à gestão democrática da escola pública, cabe à direção e à equipe
pedagógica primar pelo fortalecimento do trabalho coletivo, da ética profissional e do
comprometimento político-pedagógico com a educação pública. Ao acompanhar o
trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores e participar da gestão
pedagógica dos espaços e tempos escolares, a equipe pedagógica avalia, auxilia,
apresenta propostas alternativas e sugestões objetivando o aprimoramento dos
processos de ensino-aprendizagem, a permanência e a efetiva aprendizagem dos
estudantes.
10.3. AS AÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO COTIDIANO
ESCOLAR, PARA GARANTIR A GESTÃO DEMOCRÁTICA, DEVEM PAUTAR-
SE NO COMPROMISSO COM:
A formação e manutenção de um ambiente educativo onde as diversas práticas
pedagógicas considerem a dimensão humana social da aprendizagem;
A formação continuada como processo permanente;
A atenção ao direito dos estudantes ao conhecimento científico e ao respeito aos
seus pertencimentos étnicos, culturais, sociais, geracionais e sexuais;
A articulação em torno da formação dos estudantes com atenção ao currículo, ao
planejamento em suas diversas dimensões, a ação docente nas disciplinas, as
73
relações didáticas de ensino-aprendizagem (nas quais se incluem as complexas
relações de avaliação).
A efetivação da democracia e, portanto, da gestão democrática é o aluno e
seu direito à aprendizagem como responsabilidade de todos.
10.4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças é uma escola pública que
oferece a universalização do acesso, trabalha pela permanência de seus educandos
e prima pelo sucesso dos mesmos. Fundamenta-se nos princípios emancipador,
democrático e inclusivo, possibilitando o acesso aos conhecimentos universais,
disciplinares e interdisciplinares.
Traz para o debate em suas disciplinas, questões multidisciplinares, como: a
discussão da diversidade de gênero, etária, cultural, étnica e a perspectiva inclusiva
de todos os estudantes, enfrentando o preconceito através do conhecimento.
O currículo da escola segue as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica do Paraná e as Expectativas de Aprendizagem, sob a tendência pedagógica
histórico-crítica. A partir de 2020 o currículo será efetivado tendo como base o
Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações e a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC).
Mais que listagem de conteúdos, o currículo define o que ensinar, como
ensinar e as formas de avaliação. Representa os conhecimentos e valores, é uma
expressão de mundo, de homem e sociedade, uma educação para a emancipação
humana através dos conhecimentos universais.
10.5. O CURRÍCULO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA
A possibilidade de chegar ao conhecimento, através do currículo, tem em si
duas tarefas, segundo Gramsci:
1. Enfrentar a massificação ingênua e inconsciente perpassada pelas
superestruturas da hegemonia capitalista (constituindo o próprio grupo de
intelectuais independentes);
74
2. Educar os filhos da classe trabalhadora com autonomia intelectual para se
autogovernarem.
É, nesta perspectiva, que Gramsci defende uma escola voltada para formar
dirigentes.
10.6. CONCEPÇÃO DE MUNDO
É uma visão conjunta da natureza e do homem. Lugar onde vivemos e
construímos nossa identidade, onde as pessoas interagem e transformam...
10.7. CONCEPÇÃO DE HOMEM
Sujeito histórico e produto das relações sociais e do meio o qual está inserido.
Que transforma o mundo e é transformado por ele, exercendo um papel reflexivo e
crítico, sendo responsável por suas escolhas.
10.8. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência
compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos completos. O Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), entretanto, restringe essa fase para a idade entre 12 e 18 anos.
A adolescência é um momento de autoafirmação, em que a construção da
identidade se faz necessária entre os iguais. Dessa forma, a busca por uma
identidade faz com que o adolescente rompa com os vínculos do mundo adulto,
inclusive com seus pais, e busque uma aceitação social que costuma provocar
mudanças de comportamento evidenciadas nas gírias, nos bonés, nas roupas, nas
músicas, e em outras características que costumam chocar o adulto.
Nesse estágio, desportistas e artistas (entre outros) servem como modelos de
comportamento.
A dualidade entre o amadurecimento do corpo e o amadurecimento
psicológico, frequentemente causa certa susceptibilidade à instabilidade emocional,
que pode levar ao consumo de drogas ou álcool, problemas mentais como
esquizofrenia, distúrbios alimentares (como anorexia e bulimia) e problemas sociais
como gravidez na adolescência.
75
Os adolescentes são também bastante susceptíveis às influências do meio
social em que se encontram, influenciando em suas escolhas. Essas escolhas,
dependendo da ausência de limites, da base familiar e religiosa, do meio social em
que vive, podem determinar até mesmo o envolvimento com atos infracionais ou o
início da utilização de substâncias psicoativas, o que acontece muitas vezes apenas
para provar a superioridade em relação aos iguais, e em outras, para ter o que a
sociedade capitalista tem para oferecer.
A psicologia entende que o adolescente necessita vencer três lutos: o luto
pela perda do corpo infantil, tendo que se adaptar a um novo corpo e com a maneira
de lidar com ele e também com a forma como as pessoas o observam; o luto pela
perda dos pais da infância, os que antes tinham todo um modo especial de lidar e de
cuidar, agora já repreendem e exigem uma adaptação à condição de alguém que
não é mais criança; e em terceiro lugar, lidar com a morte do mito das figuras
paterna e materna, que deixam de ser herói/heroína para revelarem os limites e
fragilidades, e o luto pela perda da identidade infantil, pois têm que enfrentar as suas
próprias crises e dar rumos aos seus atos e história (ABERASTURY e KROEBEL,
1981, p. 71).
A partir destas perspectivas, a adolescência pode ser entendida como
construção histórica, que tem seu significado determinado pela cultura e pela
linguagem, que media as relações sociais, sendo estas referenciais para a criação
dos sujeitos que passam neste momento por várias transformações no corpo e na
mente. Neste sentido, a compreensão da totalidade constitutiva da adolescência
passa não só pelos parâmetros biológicos, como idade ou desenvolvimento
cognitivo, mas necessariamente pelo conhecimento das condições sociais que
constroem uma determinada adolescência.
10.9. CONCEPÇÃO DE JOVEM
Tempo em que se completa a formação física, intelectual, psíquica, social e
cultural dentro de um determinado momento histórico e cenário cultural,
processando-se a transição para uma possível autonomia. Esse é o momento no
qual emergem a responsabilidade individual e a criatividade.
10.10. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
76
Espaço de interação, que está em constante transformação. Lugar de
contradição, onde há forças interessadas em manter o poder e forças lutando para
superar a desigualdade e opressão, onde o elemento que possibilita o
desenvolvimento do homem é o conhecimento. Uma luta que busca a igualdade,
justiça e participação de todos aos bens produzidos ao longo da história,
principalmente, a produção do conhecimento.
10.11. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação sempre esteve presente na sociedade, num complexo de
experiências, relações e atividades, apresentando-se das mais diversas maneiras
considerando-se o momento histórico e o contexto das pessoas. Em casa, na rua,
na igreja, na roda de amigos, mistura-se a vida com a educação.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional também afirma o caráter
amplo da educação. A lei estabelece que a educação abrange todos os processos
formativos: família, trabalho, movimentos sociais, organizações da sociedade civil,
manifestações culturais.
Na educação, a aprendizagem e o desenvolvimento humano ocorrem pela
experiência e participação nas várias práticas e espaços sociais ao longo de toda a
vida. Parafraseando Saviani (1991): educar é produzir em cada pessoa a
humanidade, já que o indivíduo da espécie humana não nasce homem, ele se torna
homem, precisa ser educado. Cada indivíduo ao nascer vai sendo construído e vai
se construindo enquanto ser humano, num processo contínuo de passagem da
natureza para a cultura.
“Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está
inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como
o compreende e como dele lhe é possível participar.” (DCE, 2009, p.14).
O patrimônio cultural e o saber da comunidade onde a criança está inserida
forma a pessoa que ela é. O que fará a diferença é a capacidade crítica de
compreensão da abrangência dos fatos e fenômenos para poder atuar na
transformação da sociedade em que vive.
Tudo aquilo que dialeticamente favorece o sujeito é educação. Diz respeito
também à intervenção do ato educativo.
77
É um valor social importante para o homem, pois através da educação o ser
humano se modifica e constrói sua aprendizagem/identidade.
A educação é algo que só se resolve no cotidiano, através do esforço dos
alunos, da participação das famílias, da competência e dedicação dos professores,
da gestão escolar e do universo em que vive.
10.12. CONCEPÇÃO DE ESCOLA E SEUS SUJEITOS
A educação, além de atividade inseparável de nossa existência, é garantida
legalmente, a toda pessoa, através da educação formal (escola).
[...] o homem produz conhecimentos, técnicas, valores, comportamentos,atitudes, tudo que configura o saber historicamente produzido. Para que istonão se perca, para que a humanidade não tenha que reinventar tudo a cadanova geração, fato que a condenaria a permanecer na mais primitivasituação, é preciso que o saber seja permanentemente passado para asgerações subsequentes. Essa mediação é realizada pela educação,entendida como a apropriação do saber produzido historicamente (PARO,2007, p.11 e 12).
Segundo Paro (2007), a escola, para formar o cidadão, precisa “atualizar” o
indivíduo, ou seja, fazê-lo se apropriar de um mínimo do saber alcançado pela
sociedade da qual ele faz parte. Educação é a apropriação da cultura.
E Saviani pondera, “[...] na sociedade atual já não é possível compreender a
educação sem a escola, porque a escola é a forma dominante e principal de
educação.” (1991, p.113).
Para o autor:
[...] não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto a escola dizrespeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; aosaber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não àcultura popular” (1991, p. 22).
As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE), afirmam:
[...] essa função da instituição escolar é especialmente importante para osestudantes das classes menos favorecidas, que, têm nela umaoportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, doconhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.(2009, p. 14).
78
Uma escola precisa atender a todos os sujeitos, seja qual for sua condição
social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural. Cabe à escola promover a
aprendizagem dos conhecimentos para todos. A aprendizagem, implica, assim,
estabelecer um diálogo entre o conhecimento a ser ensinado e a cultura de origem
do aluno.
“O aluno faria um esforço se percebesse que os conteúdos da aprendizagem
são medianamente atrativos, úteis, conectados com sua vida diária, atraentes o
suficiente para que o esforço valha a pena” (MARCHESI, 2006 p. 66).
O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é importante meio deestimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado,sua importância está condicionada à possibilidade de [...] ter consciênciasobre seus modelos de explicação e compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a determinados contextos, enfrentar oquestionamento, colocá-los em cheque num processo de desconstrução deconceitos e reconstrução/apropriação de outros (DCE, 2009, p.28).
Quando se parte do contexto de vivência do aluno é preciso tomar cuidado,
pois o conhecimento pode estar no plano do senso comum, constituído por
representações equivocadas ou limitadas para a compreensão e a explicação da
realidade. É através da abordagem do conteúdo, da escolha do método de ensino e
da atuação do professor que as contradições presentes nas estruturas sociais são
compreendidas.
“Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto e diálogo entre
os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano [...]”. (DCE,
2009, p. 21).
A escola deve oferecer ao aluno “a formação necessária para o
enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política
de seu tempo.” (DCE, 2009, p.20). Espaço por excelência de socialização do
conhecimento científico, propiciando instrumentos de leitura e criticidade da
sociedade.
O compromisso da escola com a formação integral do aluno:
Posicionamento ético para o desenvolvimento intelectual;
Transmitir o conhecimento sistematizado de modo a, através dele, preparar o
educando para a vida em sociedade e atuar nela de forma autônoma, exercendo
a cidadania;
79
Ampliar a visão de mundo e suas possibilidades, promovendo uma consciência
critica e uma postura proativa na sociedade em que o educando se insere;
Formação do cidadão;
Autonomia intelectual.
Na Introdução às Diretrizes Curriculares (2006) afirma que uma escola que
assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do
desenvolvimento social, deve empenhar-se na construção de uma proposta para a
realização deste objetivo, e ainda, os sujeitos, que dela participam, devem
possibilitar a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico
e criativo. (PARANÁ, 2006)
Assim sendo, Zagury (2002) reforça que criticar, acompanhar e zelar para que
as crianças e jovens recebam da escola o tratamento e a educação esperados e
sonhados são um direito e um dever dos pais ou responsáveis. Também comenta
que se a escola não é ainda hoje aquela ideal, por outro lado, é ainda o único lugar
em que as crianças e jovens encontram pessoas que dedicam suas vidas – assim
como os pais – à formação das novas gerações.
Não se pretende na escola formar especialistas, mas dar acesso aossaberes e conteúdos que permitam o domínio de diferentes linguagens epor intermédio destas, garantir aos estudantes a leitura do mundo ediferentes formas de expressão sobre a sociedade que vivemos (PARANÁ -ARCO-VERDE, 2006, p. 26).
O exposto acima só ocorrerá se a escola tiver um PPP compatível com esse
objetivo e que realmente seja colocado em prática, que não fique apenas no papel.
Escola, concebida como lugar de formação do cidadão, o respeito entre todos os
segmentos passa a ser um dos principais condicionantes para que se cumpra esta
função. Com isso, há necessidade de se estabelecer limites aos estudantes (normas
disciplinares) e desenvolver responsabilidades e valores. Tanto o aluno como o
professor compartilham seus conhecimentos e seus processos de aprendizagem,
aprendendo um com o outro. O Professor precisa ser respeitado e respeitar os
alunos – relação professor-aluno com qualidade.
Concebe-se que é um direito do aluno ter acesso ao conhecimento
necessário para compreender seu contexto, a realidade que o cerca, as
contradições e as possibilidades de interferir nesta realidade.
80
O papel do professor está na relação entre o sujeito que media, o sujeito que
apreende e o conhecimento a ser sistematizado e produzido. Essa concepção
explicita a diferença entre autoritarismo e autoridade. Professores esperam
valorização por parte dos educandos. Isto acontece quando o próprio professor se
valoriza pelo compromisso de seu trabalho. O domínio do conhecimento legitima a
autoridade do professor, ou seja, sua autoridade se manifesta no domínio do
conhecimento, da técnica e no compromisso com a aprendizagem. Assim como,
conhecimento das características e das especificidades da faixa etária e do nível de
ensino (realidade) em que trabalha.
Quando o aluno se apropria do conhecimento científico adquirido pelos
conteúdos, espera-se que ele seja melhor cidadão, contribuindo para uma sociedade
mais justa e participando de decisões. Deste modo, teria ele condições de criticar e
colaborar para o bem de sua comunidade, usando o saber desenvolvido na escola
para engajar-se com responsabilidade nas demandas sociais.
Em suma, “O resultado educacional excelente se alcança pela coerência de
projeto, pela coesão da equipe educacional, pela autenticidade dos objetivos e -
especialmente – pela forma com que tudo isso ocorre na prática, na maior parte do
tempo, com a maior parte dos alunos.” (ZAGURY, 2002, p. 212).
10.13. CONCEPÇÃO DE TRABALHO
Trabalho é a atividade intencionalmente humana destinada a um fim. Por
meio do trabalho é que o homem se humanizou. Conceber trabalho como princípio
educativo significa, portanto, que se aprende especialmente em atividade. O
processo de ensinar e aprender é trabalho pedagógico.
Pais/responsáveis e professores não acreditam ingenuamente que a escola
seja determinante para a obtenção de um bom emprego, mas, que é um
[...] instrumento para facilitar a obtenção de um emprego, quer pelaqualificação para melhor desempenho de uma função profissional, quer pelamelhor apresentação pessoal e melhor desembaraço que a educaçãoescolar pode propiciar para a obtenção de uma colocação no mercado(PARO, 2007, p. 58).
E para isso espera-se que a escola contribua, porque ter conhecimento é dar
sentido ao mundo e, com isso, nos proteger contra as manipulações, a alienação, as
mentiras e os mitos.
81
E na era do conhecimento, das novas mídias digitais e tecnologias
educacionais a educação está se tornando um fator de inclusão social, ou seja, sem
uma educação básica de qualidade, as pessoas não terão condições de competir no
novo mundo do trabalho, transformado pelas novas tecnologias e pelas novas
formas de organização da produção.
Embora o trabalho seja humanizador, no modo de produção capitalista acaba
se configurando enquanto trabalho alienador: o bem produzido pelo trabalhador não
pertence a ele, ou seja, o trabalhador não usufrui o bem, tampouco, esse bem é
pensado por ele.
A relação com o conhecimento científico permite compreender a dupla
dimensão do significado trabalho: para alienação ou transformação, para a
emancipação ou adaptação.
10.14. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
A cidadania não nos é dada, ela é conquistada (na convivência pública e na
convivência social) a partir da capacidade de organização, participação e
intervenção social de cada pessoa.
É no convívio do dia a dia que a cidadania é exercitada, através das relações
com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania consiste
desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e
placas, respeitar os mais velhos (assim como todas as pessoas), saber dizer
obrigado, desculpe, por favor, bom dia..., até, saber lidar com o abandono e a
exclusão das pessoas necessitadas, os direitos das crianças e adolescentes e
outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país.
Aprender a ser cidadão e cidadã é, entre outras coisas, aprender a agir com
respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não-violência, aprender a usar o
diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na
vida coletiva da comunidade e do país.
10.15. CONCEPÇÃO DE CULTURA
82
É o resultado da ação (trabalho) sobre o mundo. A cultura é o próprio
ambiente do ser humano, valores, crenças, objetos, conhecimentos, suas obras,
produção ética e estética de uma sociedade, comunicação, arte, etc.
10.16. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Na abordagem Histórico-Cultural de Vygotsky, o ato educativo é a interação
entre o sujeito que ensina, o sujeito que aprende e o objeto do conhecimento
(conteúdos). Nessa ação, o educando pensa, planeja, socializa-se, comunica-se e
desenvolve suas funções psíquicas.
Educar pressupõe uma atividade intencional, ela não dispensa a relação entre
ensinar e aprender. E, a linguagem é um dos fatores essenciais para que a
mediação aconteça. Por meio dela, pela abstração, pela generalização e pela
memória ocorre o processo de internalização de conceitos.
A aprendizagem se constrói e o conhecimento se produz a partir das relações
com o outro, na prática pedagógica, nas trocas interculturais e nas vivências diárias
na escola e fora dela.
O processo de ensino-aprendizagem é mediado pelo professor, não é
espontâneo. Ter um planejamento, pré determinado e pré elaborado, é essencial ao
professor que vislumbra cumprir a intencionalidade do conhecimento, que tem visão
de mundo, de educação e de currículo. Todo conteúdo tem que ser planejado, não
pode ser trabalhado no espontaneísmo. O processo ensino-aprendizagem deve ser
crítico e orientado para a construção da autonomia intelectual.
O desenvolvimento da capacidade cognitiva, da capacidade de pensar,
analisar, abstrair, resolver situações problemas, formular hipóteses, ler,
compreender, interpretar, produzir, ou seja, das funções mentais superiores é
consequência da produção e do acesso ao conhecimento.
10.17. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada é aquela que se realiza ao longo do ano letivo,
constituindo-se componente necessário e importante dentre um conjunto de
capacitações que possibilitam o desenvolvimento profissional e a prática diária do
83
trabalho dos educadores. Assim, toda formação docente deve estar associada ao
exercício da avaliação contínua do dia a dia de cada educador.
Deve propiciar um espaço de divulgação de experiências didáticas, de
conhecimentos de novas práticas, de reflexão acerca dos acertos e erros e de
interação entre os diferentes educadores. Assim como, os momentos de formação
oportunizam tempo e espaço destinados a estudos, debates e troca de experiências.
10.18. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Inclusão é o processo de inserção de educandos que apresentam deficiência
intelectual, física, sensorial, múltipla, transtornos globais do desenvolvimento, altas
habilidades/superdotação, transtornos funcionais específicos, no sistema regular de
ensino.
As políticas públicas garantem essa inclusão baseada em leis que permitem
e incitam a luta pela igualdade de oportunidades e pelo direito à educação para
todos.
Assim, é de extrema importância que não se coloquem rótulos genéricos, nem
se teçam conclusões. Pelo contrário, que a família e a escola se unam para avaliar,
individual e cuidadosamente, cada criança inclusa, na busca de identificação de sua
expressão no processo de aprendizagem, bem como das necessidades
educacionais que apresenta, para que a escola possa dispor de flexibilização
curricular e/ou diferenciação curricular em todas as suas instâncias.
A LDBEN nº 9.394/96, no seu Capítulo V, definiu como prioridade o
atendimento educacional de estudantes com Necessidades Educativas Especiais no
sistema regular de ensino.
Vygotsky aponta que os estudantes com Necessidades Educativas Especiais
não se diferenciam qualitativamente dos indivíduos ditos “normais”, mas configuram
uma forma diversa de se desenvolver, aprender ou referenciar-se culturalmente.
Os educandos inclusos e, geralmente, atendidos na Sala de Recursos
Multifuncional tem direito à flexibilização curricular e/ou diferenciação curricular.
Diferenciação curricular é a adaptação do currículo às características de cada
aluno, com a finalidade de maximizar as suas oportunidades de sucesso escolar.
A diferenciação curricular é um conceito que representa, essencialmente,
mudanças na metodologia e na avaliação, pressupondo que os alunos têm um
84
mesmo percurso nas suas opções, mas que uns precisam seguir caminhos
diferentes para que todos possam atingir o sucesso educativo.
Diferenciação Curricular, a partir da premissa de escola para todos,
valorizando os diversos contextos de aprendizagem.
A diferenciação curricular pressupõe um currículo comum e culturas
diferenciadas, devendo ser disponibilizada, aos:
Estudantes público alvo da Educação Especial/ Sala de Recursos Multifuncional.
Estudantes atendidos pelo SAREH – Serviço de Apoio à Rede Escolarização
Hospitalar.
Estudantes afastados pelo Decreto – Lei nº 1044/69 – afecções.
Estudantes afastados pela Lei 6202/75 – cumprimento de medida socioeducativa.
10.19. CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE
O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias,
características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação
ou ambiente.
A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade,
diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E,
muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na
intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.
10.20. AVALIAÇÃO
De acordo com as leis vigentes e, atualmente, a Instrução nº 15/2017 –
SUED/SEED a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo
qual o docente estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos educandos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-
lhes valor.
A avaliação é contínua, permanente, cumulativa e diagnóstica e o docente
deve utilizar-se de instrumentos bem definidos e critérios que mostrem o quanto o
educando se apropriou de um conteúdo específico, como parte do todo social.
85
O objetivo maior da avaliação é a transformação social, é a tomada de
posição do docente que estudará e interpretará, através de sua avaliação, os dados
da aprendizagem dos educandos e de seu próprio trabalho. Constitui-se um
instrumento diagnóstico para o avanço do processo de ensino-aprendizagem,
comprometido com a Pedagogia Histórico-Crítica, uma vez que esta concepção tem
por objetivo levar o educando a apropriar-se dos conhecimentos e habilidades
necessários à sua realização como sujeito crítico e participativo da sociedade em
que vive.
O sistema de avaliação, nesta escola, é expresso em valores numéricos
(notas), é um instrumento quantificador do rendimento. Entretanto, não pode se
resumir a atribuição de notas para determinar se o aluno avança ou fica retido em
determinados conteúdos e/ou disciplinas. Nota não é instrumento de controle. Ela é
o balizador da aprendizagem, a qual deve ser constantemente mediada pela ação
docente e socializada todo o tempo, concebendo o aluno como sujeito do processo.
A avaliação expressa em nota deve refletir o desenvolvimento global do educando e
considerar suas características individuais, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Destaca-se que a nota é produzida em função
dos critérios definidos a partir dos conteúdos de cada disciplina. Os instrumentos
são apenas meios para verificação dos critérios avaliativos. Os critérios avaliativos,
além de expressar os conteúdos da disciplina, incidem de forma relevante na
atividade crítica, na capacidade de análise e síntese e na elaboração pessoal, sobre
os critérios de memorização.
Após discussões realizadas durante o ano letivo de 2018 o sistema de
avaliação da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças passa a ser trimestral, a
partir do ano letivo de 2019, devido aos seguintes motivos:
propiciar um maior número de aulas entre uma avaliação e outra, o que permite
abordar o conteúdo e sistematizar de forma aprofundada, gerando assim mais
aprendizagem; planejar ações, de melhoria de rendimento escolar, para os alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem nos conteúdos estudados. Assim
sendo, o professor passa a ter mais tempo para acompanhar a aprendizagem do
aluno em cada etapa da avaliação e maior tranquilidade para recuperar os
conteúdos que eventualmente o aluno não tenha conseguido (re) construir.
86
possibilitar aos professores um olhar mais qualitativo para a produção de seus
alunos. dar mais oportunidade e tempo para o aluno constatar seus avanços e suas
necessidades, ajudando-o, em conjunto com seus professores, a traçar planos e
metas de trabalho, de forma que ele entenda, participe e reconstrua seu
processo de aprendizagem.
Esta decisão objetiva favorecer a avaliação contínua e formativa; propiciar
maior tempo para que o aluno, em parceria com professores e pedagogas, possa
acompanhar os resultados que vai obtendo em seus trabalhos, provas, pesquisas;
estabelecer metas buscando soluções para as dificuldades encontradas, inclusive
com a família do educando; aprofundar os conteúdos favorecendo a aprendizagem.
Portanto, o processo de avaliação acontece com a utilização trimestral de no
mínimo 02 (dois) e no máximo 10 (dez) instrumentos de avaliação e no mínimo 02
(dois) e no máximo 10 (dez) instrumentos de reavalição (recuperação). Caso o
docente opte pelo mínimo de instrumentos de avaliação/recuperação, ou seja, 02
(dois) instrumentos, esses instrumentos de avaliação/recuperação devem ser
diferentes. Os valores definidos para cada instrumento de avaliação/recuperação
ficará ao encargo do docente da disciplina. Ao final de cada trimestre, o valor
somado dos instrumentos de avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos. É vedado
ao docente submeter o educando a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação e de reavaliação (recuperação).
Os critérios de avaliação serão elaborados em consonância com a
organização curricular e descritos na Proposta Pedagógica e no Plano de Trabalho
Docente.
Na avaliação do aluno, devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma. Ao detectar os avanços e as necessidades do
educando, durante as atividades avaliativas, o docente poderá estabelecer novas
ações pedagógicas, juntamente com a equipe pedagógica e a família do educando.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), por disciplina, sendo que o rendimento
mínimo exigido será 6,0 (seis vírgula zero).
Reafirmando, a nota no decorrer de cada trimestre deverá ser somatória.
Para efeito de cálculo da média anual será aplicada a seguinte fórmula:
87
Média anual = (nota do 1º trimestre) + (nota do 2º trimestre) + (nota do 3º trimestre)
__________________________________________________________ maior ou igual a 6,0
(seis vírgula zero)
3
Os resultados das avaliações deverão ser registrados no sistema Registro de
Classe Online (RCO), digitados pelo docente da disciplina e, posteriormente,
transferidos de forma digital ao Sistema Estadual de Registro Escolar (SERE), pela
secretaria da escola. E, informados aos pais ou responsáveis através do Boletim
Escolar.
O Boletim Escolar poderá ser encaminhado aos pais ou responsáveis
diretamente pelo educando, no caso de todas as disciplinas serem consideradas
satisfatórias quanto à aprendizagem e assiduidade ou em reuniões coletivas (pais ou
responsáveis, professores, equipe pedagógica, direção), para que os mesmos
fiquem cientes dos resultados da aprendizagem obtidos por seus filhos e tenham a
oportunidade de conversar com os professores regentes das disciplinas. Salienta-se
que, esta não é a única forma de entrega de boletins para as famílias.
Recuperação de estudos é a retomada do conteúdo, necessária após a
correção dos instrumentos avaliativos. O docente diagnostica os critérios não
atingidos, retoma o conteúdo em sala, explica o não entendido e em seguida aplica
outro instrumento de reavaliação. Reavaliação não pressupõe necessariamente
prova. O professor tem autonomia de planejar este instrumento desde que ele
oportunize que o conhecimento apropriado seja sistematizado em outro instrumento
avaliativo que expresse o rendimento do aluno. Este processo se caracteriza por
avaliação, retomada e reavaliação.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo de ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período avaliativo
trimestral, assegurando a todos os educandos novas oportunidades de
aprendizagem.
A oferta de recuperação de estudos é obrigatória e visa garantir a efetiva
apropriação dos conteúdos básicos, portanto, deve ser oportunizada a todos os
educandos, independente de estarem ou não com o rendimento acima da média.
É vetada a aplicação de instrumento de reavaliação sem a retomada dos
conteúdos.
88
É vetado oportunizar um único momento de recuperação de estudos ao longo
do período avaliativo trimestral.
Entre a nota da avaliação e da recuperação, prevalecerá sempre a maior.
A Promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno
expresso na forma de notas e apuração da assiduidade. Para aprovação exige-se
média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) do cômputo geral das 800 horas do ano letivo.
Todo estudante possui o direito de ser avaliado. Nesse sentido, terá direito a
uma segunda oportunidade de avaliação ou recuperação aquele que justificar, por
motivos legais, devidamente comprovados e/ou apresentar requerimento assinado
pelo responsável legal, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas de dia útil.
A avaliação e recuperação dos estudantes da Educação Especial deverá ser
flexibilizada, através da diferenciação curricular, adotando diferentes critérios,
instrumentos, procedimentos e temporalidade, de forma a atender às
especificidades.
O Conselho de Classe é parte integrante do processo avaliativo, onde todos
os sujeitos, de forma coletiva, se posicionam frente ao diagnóstico, analisam e
discutem acerca dos dados, avanços, problemas e proposições, para a tomada de
decisões que contemplem encaminhamentos relacionados às metodologias, ações e
estratégias que visem à aprendizagem e que levem em conta as
necessidades/dificuldades dos estudantes. Obrigatoriamente, realizaremos três
Conselhos de Classe durante o ano letivo, contemplando Pré-Conselho, Conselho
de Classe e Pós-Conselho.
No final do ano letivo, o estudante que apresentar frequência igual ou superior
a 75% (setenta e cinco por cento) e rendimento escolar inferior à média 6,0 (seis
vírgula zero), após a recuperação de estudos, será submetido à análise do Conselho
de Classe Final, que emitirá parecer favorável ou desfavorável à aprovação do
estudante. Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os estudantes que
demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrarem
condições de dar continuidade aos estudos no ano seguinte.
Os estudantes serão considerados retidos no final do ano letivo quando
apresentarem: frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independente do
aproveitamento escolar e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em disciplinas da
matriz curricular.
89
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui objeto de aprovação e
reprovação, no entanto, suas frequências deverão ser consideradas no cômputo
geral mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) para aprovação.
10.21. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças oportuniza a classificação e a
reclassificação na vida escolar dos estudantes, conforme a legislação vigente.
Classificação é o procedimento que o estabelecimento de ensino adota paraposicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência edesenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada: por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano/série, na
própria escola;
por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno no ano/série compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
organizar comissão formada por docentes, pedagogas e direção da escola para
efetivar o processo;
proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental,
ou seja, 1º (primeiro) ano do Ensino Fundamental.
Reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
90
estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do
que registre o seu Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem a possibilidade de avanço na
aprendizagem do estudante, devidamente matriculado e com frequência em um
determinado ano/série, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma
possa iniciar o processo de reclassificação e, após, os professores elaboram
instrumentos avaliativos que possibilitem uma análise do desempenho escolar do
estudante.
Quem avalia a competência e reclassifica é a escola. Não é um processo
automático.
O aluno deverá estar matriculado na escola, no ano/série para o qual foi
classificado no ano anterior.
Os pais ou responsáveis poderão solicitar aceleração de estudos através do
processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.
A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e
seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de
obter o devido consentimento.
A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe
do Núcleo Regional de Educação, instituirá comissão, conforme orientações
emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem
a necessidade da reclassificação.
Cabe à comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,
para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno, com o resultado final e
assinado pela comissão.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem e frequência
escolar.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará
a Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pela escola será
registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED e no Histórico Escolar.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada, ou
seja, nenhum aluno pode regredir em sua etapa de estudos já cursada.
91
Atualmente a Instrução nº 08/2017 – SUED/SEED de 09/02/2017 orienta o
processo de reclassificação de estudantes no Estado do Paraná.
92
11. ARTIGO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE) DA
PROFESSORA PEDAGOGA ARILDA MOLETTA: FAMÍLIA E ESCOLA: uma
parceria imprescindível para o sucesso escolar do aluno
O estudo, abaixo apresentado, não pretende esgotar o assunto a respeito da
relação família escola. Pretende estabelecer laços de colaboração entre a família e a
escola para diminuir barreiras, participar e colaborar na aprendizagem dos filhos, ou
seja, no crescimento pessoal e intelectual dos educandos.
Apresenta-se em três subtítulos:
O papel da família para o sucesso escolar.
O papel da escola para o sucesso escolar.
Parceria família e escola.
O artigo, abaixo apresentado, cumpre o princípio expresso no artigo 12, inciso
XI, da Deliberação n° 02/2018 – CEE/PR, ao abordar a integração da escola com a
comunidade, visando à celeridade na elaboração do PPP, uma vez que o artigo já
estava pronto. A comunidade escolar tem autonomia para escrever outro texto
relatando a integração família/escola, para substituir o artigo ora apresentado,
quando o PPP 2019 for reavaliado.
11.1. O PAPEL DA FAMÍLIA PARA O SUCESSO ESCOLAR
Segundo Orsi (2003), o homem necessita se unir a um outro humano para
garantir sua sobrevivência biológica e psíquica. “Com isso, a família torna-se o
agrupamento responsável para assegurar a sobrevivência biológica da espécie,
promovendo as bases para o desenvolvimento psíquico e o aprendizado da
convivência social.” (2003, p.12). Ao longo dos tempos, a família adquire formas e
funcionamentos bastante diversos, de acordo com o lugar, o momento histórico e os
fatores sociais, políticos, econômicos e religiosos predominantes em uma dada
cultura. Assim, os indivíduos passam a ter um novo comportamento, diferente de
seus antepassados, porque a sociedade se produz sob diferentes bases e sua
organização foi se modificando em decorrência de cada um dos fatores acima
descritos.
93
Para a autora, estudar a história social da família contribui substancialmente
para a compreensão dos fenômenos e descontentamentos atuais relativos à família
contemporânea. A história da família não é homogênea, nem linear, mas
descontínua. Portanto, os modelos de estruturas familiares, por suas diferentes
configurações e padrões distintos de funcionamento, devem ser considerados
sempre dentro do contexto histórico-social no qual estão inseridos.
Orsi (2003, p. 1) sustenta que “a partir da teoria freudiana, a família tem sido
tomada como referencial explicativo para o desenvolvimento emocional da criança e
como lugar potencialmente produtor de indivíduos saudáveis ou adoecidos.”.
É por meio das relações familiares que cada ser humano se faz e se constrói
capaz de relacionar-se consigo mesmo, com o mundo e com os outros. É por meio
do afeto, do aconchego, da ternura, da compreensão dos pais, do calor humano
dado por eles, que os vínculos afetivos são reforçados e se tornam a base para
futuros relacionamentos na fase adulta.
De acordo com Winnicott,
os bons cuidados maternos iniciais, uma vez internalizados, levam aodesenvolvimento da responsabilidade, da capacidade de cuidar de simesmo, da construção de uma personalidade segura e da inserção eadaptação social. O autor relaciona a “boa infância” à “boa cidadania”. [...]Destaca, ainda, o valor da capacidade da mãe de se permitir dizer não, delimitar e intermediar alguns desejos do filho com o fim de abrir espaço parao gesto criativo e outras possibilidades de satisfação, que são fundamentaisà aprendizagem de modo geral. (citado por ORSI, 2003, p.35-36).
A partir do capitalismo (século XX), fundamentado no desenvolvimento
tecnocientífico, modificam-se as concepções, os valores, os gostos, as regras de
conduta, as habilidades cognitivas, os hábitos e, fundamentalmente, a subjetividade
e os ideais humanos. Desde então, privilegia-se o individualismo, a falta de tempo e
o consumo acelerado. Ter é mais importante que ser.
Na década de 70, afirma Orsi (2003, p.44)
a família foi marcada pela passagem de uma estrutura patriarcal para umtipo de organização nuclear, como resultante de dois fatores importantes: ocrescimento rápido e desordenado dos centros urbanos - causado pelo fluxomigratório das zonas rurais - e pelo ingresso da mulher no mercado detrabalho.
Desde então, a mulher passa a partilhar com o homem o exercício do poder,
que era prerrogativa masculina quanto às decisões econômicas, colaborando ou até
respondendo pelo orçamento familiar. O relacionamento entre o casal passa a ser
94
semelhante, à medida que as mulheres conquistam mais autonomia, liberdade, voz
e voto. A educação dos filhos pode ser realizada pelo homem ou pela mulher.
Porém, muitas vezes, ambos vivem em clima de tensão: medo de desemprego, de
falta de atualização profissional.
Na década de 80, começaram a aparecer, de forma mais marcante, asfamílias reconstituídas, com filhos de casamentos anteriores convivendocom filhos frutos de novas uniões. Esse novo arranjo familiar foi favorecidopela lei do divórcio, que legalizou as separações e possibilitou novas uniões.Verificou-se, assim, um aumento significativo no número de famíliasreconstituídas e de famílias monoparentais. (Outeiral, citado por ORSI,2003, p. 45).
Para a autora estudada
Outro fator marcante dos tempos atuais é a reivindicação dos casaishomossexuais, que pedem a legalização de suas uniões e o direito decriarem e educarem filhos. [...] Atualmente, há uma forte tendência emreconhecer a família muito mais como uma instituição afetiva, do queexclusivamente consanguínea (ORSI, 2003, p. 45).
Por isso, não faz sentido falar em desestruturação familiar, muito menos
associar a ideia às classes mais populares. Essas novas possibilidades de união
não levam necessariamente à desorganização.
O bem-estar dos filhos não se encontra associado ao modelo de configuração
da família que pode ter diversas denominações: união livre, união homossexual,
família nuclear, família monoparental (mãe e filhos, pai e filhos e, recentemente,
avós e netos). Orsi (2003, p. 49-50) conclui “a competência familiar depende mais da
qualidade das relações estabelecidas em seu interior do que de estarem os
indivíduos casados, descasados ou recasados”.
Diante de todas as mudanças ocorridas na sociedade e na economia,
ninguém discute que educar não é precisamente fácil.
Orsi (2003), em sua dissertação de mestrado, faz uma análise da influência
da sociedade na família
A sociedade atual, capitalista, globalizada e de consumo, é marcada porvalores que formam a cultura e determinam regras e padrões a seremseguidos. Esses padrões, considerados como referenciais, uma vezmodificados, acarretam transformações na maneira dos indivíduos serelacionarem, em seus desejos e expectativas em relação ao mundo e aooutro. Os padrões alteram-se e as pessoas seguem tentando adaptar-se aeles para se sentirem parte da sociedade. (p.53).
95
As transformações ocorridas no âmbito da produção, as tecnologias, fazem
com que o jovem ame o sucesso rápido, o prazer imediato, os holofotes da mídia, e
viva conforme os ditames do capitalismo.
Com o advento da Internet nas sociedades informatizadas, o acesso às
informações ocorre de forma veloz e em grande quantidade.
(...) a sociedade cobra constantemente que o homem moderno sejaatualizado, bem informado e rápido, já que ela oferece recursos para isso.Assim, se por um lado os recursos contribuem para o desenvolvimentotecnológico e científico, trazendo ganhos para a humanidade, por outro,exclui e segrega todo aquele que se recusa ou se vê impedido deacompanhar a velocidade dessas transformações. Mais uma vez, issoreforça a ideia do efeito homogeneizante da cultura atual, onde tudo e todosdevem ser iguais. (ORSI, 2003, p. 57).
Essa rapidez da modernidade inevitavelmente se reflete nos conceitos e
valores que são passados para os filhos. Ao tomar como base a educação e
formação que receberam, os pais sentem-se confusos com relação à educação e
formação que deveriam ou poderiam dar aos filhos. Os pais ficaram flexíveis demais,
muitos deixaram de colocar limites, de estabelecer regras, tornaram-se permissivos;
e os filhos passaram a ser desobedientes, rebeldes, muitas vezes deixando de
estudar, de assumir compromissos profissionais. Adolescentes imediatistas que não
param para pensar, para agir, que descarregam rapidamente suas dificuldades e se
livram dos conflitos.
A relação impulso-pensamento-ação cede lugar a um impulso-ação, cujacaracterística maior é a supressão do pensamento, que necessita de tempopara sua elaboração, e a baixíssima tolerância à frustração, dificuldade depostergar o prazer e a necessidade de descarga das tensões sem mediação(Outeiral, 2001, citado por ORSI, 2003, p.57 e 58).
Entretanto, a missão da família, para ser uma célula saudável da sociedade, é
a formação de pessoas capazes de amar e relacionar-se socialmente de forma
construtiva, comprometidas com o bem comum, agindo com base em sólidos valores
éticos, transmitidos entre seus membros. A lista de valores não é pequena:
honestidade, sensibilidade social, compromisso com transformações humanizadoras
da sociedade, resistência às pressões externas que debilitam e desagregam,
capacidade de indignação frente a injustiças.
Para a psicopedagoga curitibana Parolin (2005)
Educar implica, antes de tudo, apresentar o mundo habitado por outros quetambém têm desejos; apontar caminhos para que a própria criança possa
96
desenvolver seu senso crítico, podendo avaliar a sua realidade com baseem valores morais sólidos e não no senso comum. (p. 56-57).
Vale ressaltar que, segundo Gasparin (2009), “os conceitos cotidianos das
coisas e das vivências são conhecidos pelas crianças muito antes de serem
estudados de maneira específica na escola.” (p. 17). A educação precisa ser posta à
disposição da criança. Não há regra definida para educar, quanto mais informações,
amor e confiança se demonstra aos filhos, maior será a chance de sucesso.
Maldonado reforça “Pais e filhos precisam crescer juntos: a cada etapa do
desenvolvimento é preciso fazer ajustes na maneira de lidar com as situações que
surgem” (1997, p. 30).
Se a criança não convive com referências seguras - padrões claros ecoerentes do que é certo ou errado, justo ou injusto – de forma a constituirsua bagagem moral confiante, o resultado será, ao longo da vida, ficar amercê de preferências pessoais que, facilmente, passem a ser considerados“valores”. (CARVALHO, 2009).
Portanto, a base da educação na família está na transmissão de atitudes,
conceitos e comportamentos que possam mostrar aos filhos um caminho a ser
seguido. No mundo agressivo em que vivemos, é preciso que as crianças sintam-se
seguras, onde existam pessoas coerentes, leais, que as ensinem valores como
respeito, perseverança, assim como espírito de luta e de participação. Os padrões
de conduta e atitude, apresentados pelos pais ou pelas pessoas que a cercam,
serão absorvidos e, consequentemente, influenciarão no seu relacionamento social
e no modo de conceber o mundo.
“O estabelecimento de regras no convívio familiar precisa vir acompanhado
de um clima afetivo e da compreensão dessas normas sociais.” (PAROLIN, 2005,
p.55). Os pais demonstram o amor que sentem pelo filho, à medida que se
interessam pelo seu crescimento pessoal e intelectual, sendo presença constante no
seu processo de aprendizagem.
“Muitos pais não repreendem seus filhos na tentativa de os pouparem das
frustrações e dos insucessos. Esquecem, no entanto, que experimentar tais
sentimentos é caminho para o amadurecimento e a competência”. (Parolin, 2005,
p.59).
Féres-Carneiro (1992), realizou um estudo que identifica o que leva uma
família a ter uma interação familiar saudável e concluiu:
97
que a interação familiar que favorece a saúde mental de seus membros éaquela em que a comunicação é congruente, clara, com direcionamento ecarga emocional adequadas; as regras colocadas de forma explícita,coerente e flexibilizadas, quando necessário; os papéis familiares bemdefinidos, diferenciados e flexíveis, a liderança presente, diferenciada edemocrática. Sendo assim, os conflitos podem ser expressos semdesvalorização e na busca de soluções. A expressão da agressividadepermitida e utilizada de forma construtiva, a afeição física se mostrapresente e aceita. A interação conjugal ocorre de forma gratificante para ocasal, a individualização se faz presente quando se efetiva a preservaçãodas identidades de cada um e a identidade do grupo favorece a integraçãofamiliar e a auto-estima mais elevada de seus membros. (citado por ORSI,2003, p. 50)
Os pais ou responsáveis devem, sobretudo, educar os filhos para ir mais
longe, não apenas para ser um cidadão ou um trabalhador, mas um homem que seja
capaz de compartilhar e comunicar-se com as pessoas. Despertar a inteligência e a
personalidade da criança para permitir que ela seja alguém por ela mesma
(autonomia). E assim ela será mais livre para fazer suas escolhas, acertar ou
assumir seus erros (aprendizagem).
Marturano (2000, p.93) afirma que “a influência do ambiente familiar no
aprendizado escolar é amplamente reconhecida.” Entretanto, “[...] é preciso cautela,
para não adotar posições extremas, seja isentando a família de qualquer influência,
seja atribuindo a ela toda carga de responsabilidade pelo desempenho escolar do
aluno.” Para tanto, precisa-se examinar [...] “recursos como ambiente físico,
interação pais-filhos, linguagem, clima emocional, práticas educativas e crença dos
pais.”
Para a autora, crianças expostas à ambientes familiares com certas
características vão desenvolver estratégias metacognitivas que favorecem o
sucesso escolar.
Grande parte do trabalho do professor seria facilitado se o estudante jáviesse para a escola pré-disposto para o estudo e se, em casa, ele tivessequem, convencido da importância da escolaridade, o estimulasse a esforçar-se ao máximo para aprender. (PARO, 2007, p. 16).
Segundo Marturano (2000), são recursos do ambiente familiar facilitadores do
desempenho escolar: espaços próprios, onde a criança possa realizar atividades,
bem como estudar, fazer lição de casa; disponibilidade de jogos e materiais
educacionais variados e adequados ao nível de desenvolvimento da criança; a
presença de livros de consulta ou outros materiais de leitura.
98
É importante frisar que os recursos do ambiente físico facilitam a
aprendizagem quando os pais funcionam como mediadores, ajudando as crianças a
usá-los. Nota-se que é importante o interesse ativo dos pais na criança, o
investimento de tempo e de recursos na sua criação e educação, assim como, que
os pais sintam prazer em dedicar parte do seu tempo a atividades conjuntas com a
criança.
De acordo com Marturano (2000), exemplos simples da vida quotidiana
ilustram o envolvimento dos pais: ler para a criança e ouvir sua leitura quando ela
solicita; promover e compartilhar atividades de lazer, passeios e férias; assistir a TV
junto com a criança e estimular a conversação sobre o que é visto; acompanhar as
lições de casa e mostrar interesse pelos conteúdos estudados; perguntar sobre a
escola; zelar pelo cumprimento das regras da escola; participar das reuniões da
escola sempre que convocados; monitorar as saídas, companhias e amizades.
Vale ressaltar que não cabe aos pais agir como professores, em casa. O que
sempre ajuda é demonstrar desde cedo e de forma concreta, quanto se valoriza a
educação. Pode-se afirmar ainda, que são estimuladoras atividades como contar
coisas para a criança, fazer comentários sobre o mundo que a cerca, ter disposição
para responder e formular perguntas. Marturano (2000) ressalta que o clima
emocional positivo da família, ou seja, a coesão familiar é fundamental e deve ser
traduzida em disposição para ajuda e apoio recíproco entre seus membros. As
crianças obtêm melhor desempenho escolar quando os adultos em casa são mais
unidos, cooperativos e cordiais. Porém, isso dependerá realmente de como está
estruturada a personalidade dos pais e de suas expectativas positivas e negativas
em relação aos filhos. Cabe lembrar que as expectativas por si só não determinarão
o desempenho da criança e, sim, todo o conjunto de atitudes que decorrem delas.
O progresso escolar, diz Marturano (2000), também está associado a duas
características: suporte à autonomia e estruturação de regras e rotinas.
A autonomia acontece quando há estímulo à independência, quando os pais
exigem que a criança resolva problemas por si mesma, prestando todo o apoio e a
assistência de que necessite. Quanto à estruturação de regras e rotinas é importante
que os pais procurem fazer com que a vida da criança esteja cercada de aspectos
que permaneçam constantes (horários, rotinas cotidianas), combinados de vez em
quando com uma certa dose de novidade.
99
A partir das considerações de Marturano (2000), acredita-se que o ambiente
familiar estável contribui positivamente para o bom desempenho da criança na
escola, mas não garante o sucesso escolar, porque este depende de outros fatores
que não exclusivamente os familiares.
Admitida a necessidade de envolvimento dos pais, é um direito dos mesmos
terem acesso à informação sobre o que eles podem fazer para facilitar o
aprendizado escolar de seus filhos, e isto é um dever da escola, que através da
gestão democrática, pode oportunizar esta participação.
11.2. O PAPEL DA ESCOLA PARA O SUCESSO ESCOLAR
A escola é o espaço social responsável pela apropriação do saber universal e
pela socialização deste saber, ou seja, responsável pela apropriação crítica e
histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade
social e atuação crítica e democrática para a transformação desta realidade.
[...] formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, quecompreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos eque, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadãe transformadora na sociedade (DCE – PARANÁ - SEED, 2009, p.31).
Arco-Verde (2006), na ocasião, Superintendente da Educação da SEED-PR,
na Introdução às Diretrizes Curriculares afirma que uma escola que assume a
responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social,
deve empenhar-se na construção de uma proposta para a realização deste objetivo,
e ainda, os sujeitos, que dela participam, devem possibilitar a formação do cidadão
participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. (PARANÁ, 2006)
Assim sendo, Zagury (2002) reforça que criticar, acompanhar e zelar para que
as crianças e jovens recebam da escola o tratamento e a educação esperados e
sonhados são um direito e um dever dos pais ou responsáveis. Também comenta
que se a escola não é ainda hoje aquela ideal, por outro lado, é ainda o único lugar
em que as crianças e jovens encontram pessoas que dedicam suas vidas – assim
como os pais – à formação das novas gerações.
Não se pretende na escola formar especialistas, mas dar acesso aossaberes e conteúdos que permitam o domínio de diferentes linguagens epor intermédio destas, garantir aos estudantes a leitura do mundo e
100
diferentes formas de expressão sobre a sociedade que vivemos (PARANÁ -ARCO-VERDE, 2006, p. 26).
O exposto por Arco-Verde só ocorrerá se a escola tiver um projeto pedagógico
compatível com esse objetivo e que realmente seja colocado em prática, que não
fique apenas no papel. No Estado do Paraná este projeto chama-se Projeto Político-
Pedagógico (PPP).
Colus & Lima (2007) salientam
[...] as representações sociais dos professores sobre a família de alunoscom dificuldades de aprendizagem revelam que o desempenho escolarinsatisfatório do educando é causado pela família, que não acompanha astarefas escolares e que não se interessa pelo cotidiano escolar de seusfilhos. Com isso, a escola se exime de suas responsabilidades sociais edelega o fracasso destes alunos a sua família “desestruturada” (p.206).
Parolin (2009), no Jornal Mundo Jovem, publicou um artigo “Aprendizagem:
um olhar psicopedagógico” e nele afirma
A escola tem de trabalhar naquilo que lhe compete: ensinar. Habituar-sebuscando conhecimento e desenvolvendo competência. Estudar, rever aspráticas cristalizadas.Para bem ensinar, necessitamos nos dispor ao outro que é nosso aluno,percebê-lo, caminhar com ele, estar junto. Tão importante quanto conhecero conteúdo que se ensina é saber o como se pode ensinar, prestandoatenção no clima e no tom em que essas aprendizagens acontecem (p. 5).
E Paro no texto “A escola pública que queremos” complementa “Depende de
eu buscar condições para cativá-lo, seduzí-lo democraticamente”. (2007, p. 47)
Liberdade se constrói com o outro: no diálogo, e isso é democracia.
Além disso, é importante que a escola olhe atentamente para aquilo que épróprio da formação de seus professores. Por mais que a escola invista emrecursos tecnológicos e se enriqueça com o saber científico, tais recursosjamais poderão substituir a presença humana, porquanto a criançanecessita do professor como mediador, modelo de identificação e balizadorna sua interação com o saber e com a realidade (ORSI, 2003, p. 131).
Percebe-se a importância do conhecimento ser compreendido como
ferramenta de mudança do mundo. O professor passa a ser compreendido como um
mediador do conhecimento que também pesquisa e aprende com seus alunos. Tanto
o aluno como o professor compartilham seus conhecimentos e seus processos de
aprendizagem, aprendendo um com o outro.
101
“O professor, [...], que encanta os alunos reúne em si uma série de
qualidades; talvez as mais importantes sejam: dominar o conteúdo, ter entusiasmo
pelo que faz e habilidade de comunicação.” (ZAGURY, 2002, p. 158).
Paro (2007, p.13) argumenta “a alegação da falta de interesse do aluno como
justificativa para o mau desempenho escolar precisa ser combatida de forma radical,
porque ela implica a própria renúncia da escola a uma de suas funções mais
essenciais”: educar. O professor, como detentor do conhecimento, tem
compromisso com o aprendizado do aluno.
E o papel do professor é o de garantir que o conhecimento seja adquirido,às vezes mesmo contra a vontade imediata da criança, queespontaneamente não tem condições de enveredar para a realização dosesforços necessários à aquisição dos conteúdos mais ricos e sem os quaisela não terá vez, não terá chance de participar da sociedade (SAVIANI,1991, p. 60).
A ação docente é complexa e o sucesso desta ação, segundo Kuenzer
(1999), precisará de um educador “[...] conhecedor da sociedade de seu tempo, das
relações entre educação, economia e sociedade, dos conteúdos específicos, das
formas de ensinar, e daquele que é a razão do seu trabalho: o aluno”. (citado por
Introdução do Documento Síntese do PDE, p. 12).
O professor é autoridade competente, direciona o processo pedagógico,
interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento e para isso
precisa ser respeitado e respeitar seus alunos – relação professor-aluno com
qualidade.
Um bom professor é a peça chave na mudança educacional. O discurso e a
postura do professor interferem na produção de “tipos” de alunos e cada turma
existente na escola pode ter uma reação diferenciada, dependendo da forma com
que se constroem estas relações. A construção de imagens e estereótipos: o “bom
aluno”, o “bagunceiro”, o “tímido”, o “doidão”, o “esforçado” interfere no desempenho
escolar do aluno e da turma, refletindo também em seu desempenho social, fora da
escola.
Em suma, “o resultado educacional excelente se alcança pela coerência de
projeto, pela coesão da equipe educacional, pela autenticidade dos objetivos e -
especialmente – pela forma com que tudo isso ocorre na prática, na maior parte do
tempo, com a maior parte dos alunos.” (ZAGURY, 2002, p. 212).
102
11.3. PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA
A integração da comunidade (pais ou responsáveis pelos alunos) com a
escola tem sido objeto de preocupação de muitas pesquisas, de vários autores.
Entre esses autores, Paro ressalta que a escola deve buscar uma relação de
continuidade entre a educação familiar e a escolar, e para tal, criar formas de obter a
adesão da família e da comunidade.
[...] a oportunidade de participarem melhor da educação dos filhos, pormeio, por exemplo, da instituição de grupos de formação de pais,proporcionados pela escola, sob a coordenação de educadores, em que ospais discutam questões da educação de seus filhos e possam melhor sefamiliarizar com as ações educativas da escola (PARO, 2010, p. 15).
Para que esta parceria dê certo é preciso não partir do princípio de que a
família necessita ser ajudada pela escola e sim de que a escola precisa da família,
para que juntas encontrem alternativas para a solução dos problemas que as
afligem.
Diante disso, é oportuno destacar a importância da participação dos pais na
escola, não como expectadores, mas como pessoas que venham colaborar, avaliar
e opinar sobre questões que possam ajudar no desempenho da instituição, para
compreender o seu funcionamento, estabelecendo assim compromisso e confiança,
que possibilitará a melhoria na qualidade do ensino-aprendizagem.
Parolin defende que na gestão democrática é preciso diferenciar papéis
(escola e família) e encontrar um eixo comum, integrador do trabalho de todos os
envolvidos com a aprendizagem. E que esse eixo comum seja sempre o aluno e
suas reais necessidades educacionais.
Que não existam culpados ou inocentes, mas pessoas envolvidas na tarefade educar e de promover mudanças que sejam favoráveis à retomada domovimento de aprendizagem. A atitude da família e da escola é quepotencializa ou minora o quadro como um todo. (PAROLIN, 2005, p.18-19).
É preciso tirar o foco da criança, como aquela que não aprende, e possibilitar
uma conversa em que todos se responsabilizam pela própria participação no
processo de aprendizagem.
Paro (2008) considera que a participação da população na escola, só trará
bons resultados e conseguirá algumas mudanças a partir de uma posição positiva
da escola, em relação aos usuários, quando a escola tomar consciência de que a
103
participação é importante, não como favor concedido, mas como direito que deve ser
exercido e respeitado, só assim a gestão democrática será concretizada. Paro
(2007) aponta que para isso, é preciso que, o aluno seja considerado sujeito de seu
próprio aprendizado, seja recebido pela escola como um todo, com seus sonhos e
sua bagagem anterior, e ainda que os pais sejam respeitados e que a escola
trabalhe em interação com eles. Por esse caminho, pais, alunos, professores e
diretores poderão deliberar em conjunto como deve ser a escola e assim atender as
reais necessidades de seus educandos.
Para Bordenave (1986), a participação na família, na escola, no trabalho, na
comunidade pode ser encarada como uma etapa de aprendizagem para a
participação em um nível mais elevado, a política, por exemplo.
Vale dizer, que se aprende a participar, participando, mas esta não é a
solução, nem todos os problemas se resolverão por esse caminho. A gestão
democrática da escola é a resposta para este equilíbrio, visto que deve permitir a
efetiva participação de todos na gestão do processo escolar.
Libâneo (2004) descreve o conceito de participação como sendo
[...] a atuação dos profissionais da educação e dos usuários (alunos e pais)na gestão da escola. [...] participação como meio de conquista da autonomiada escola, dos professores, dos alunos, constituindo-se como práticaformativa, como elemento pedagógico, metodológico e curricular. [...] pormeio de canais de participação da comunidade, a escola deixa de ser umaredoma, um lugar fechado e separado da realidade, para conquistar o statusde uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil (p.139).
A participação dos pais ou responsáveis no processo educativo é uma
importante ação que traduz em melhoria no desempenho escolar dos filhos.
Entretanto, nem sempre essa consonância acontece quando se forma o vínculo
entre diretores, professores e coordenadores pedagógicos e a família dos alunos.
Crianças e jovens são levados para a escola com o objetivo de que aprendam
os conteúdos e se preparem para a vida.
Os professores esperam que os alunos cheguem à sala de aula interessados
em aprender, prontos para o convívio social e para o trabalho disciplinado.
Quando estas expectativas não acontecem da maneira como se espera, não
adianta reclamar, nem culpar ninguém, é preciso pôr em prática atitudes de co-
responsabilidade para ajudar o aluno – razão de ser da relação entre a família e a
escola.
104
A participação efetiva dos pais nas decisões e encaminhamentos
pedagógicos e administrativos deve ser conquistada pela escola. A família precisa
sentir, e ser levada a sentir, a educação como uma co-responsabilidade de escola e
pais.
Segundo Paro (2010), no texto Estrutura da Escola e Prática Educacional
Democrática, algumas questões precisam ser lembradas para facilitar a participação
dos familiares nos mecanismos de participação coletiva na escola:
os representantes da comunidade precisam de tempo e espaço (na escola)
para se reunir e levar para as reuniões seus reais interesses;
liberdade de expressão, onde todos têm espaço para demonstrar seu
conhecimento, que é único e que poderá ser somado aos conhecimentos dos
demais.
A escola, ainda precisa perceber o
[...] constrangimento que muitos pais das camadas menos favorecidassentem em lidar com pessoas com nível escolar superior ao seu, o que ascoloca em desvantagem nas discussões do conselho de escola e outras.Isso requer iniciativas que possibilitem conscientizar os educadoresescolares a respeito da importância de uma melhor acolhida e compreensãodos pais ou responsáveis que concorram para minimizar esseconstrangimento (PARO, 2010, p.15).
Ainda, segundo o autor, para facilitar a participação direta, presencial, dos
pais ou responsáveis na vida da escola precisa de:
tomada de consciência, por parte dos educadores, da importância da
participação dos pais na vida escolar de seus filhos, e da necessária
continuidade entre educação familiar e escolar;
esclarecimento aos pais a respeito dessa continuidade, através de grupos de
formação de pais, onde se discutam questões da educação de seus filhos e
possam melhor se familiarizar com as ações educativas da escola;
desenvolvimento de uma visão positiva nos educadores a respeito da
importância da escola para a comunidade, induzindo os professores a entrarem
em contato direto com as famílias de seus alunos, para sentirem os problemas de
sua realidade e desenvolverem maior compreensão e generosidade com relação
a esses problemas;
promover o estímulo e a facilitação da utilização, pela comunidade, do espaço
escolar e seus equipamentos nos horários alternativos às atividades de ensino.
105
Todas essas medidas têm por finalidade inverter a visão que se tem da escola
pública, como local onde os pais são chamados apenas para resolver problemas de
disciplina de seus filhos ou para tomar ciência de que estão indo mal nos estudos
por culpa deles mesmos ou da família. Em vez disso, é preciso levar a comunidade
a ter uma concepção positiva da escola, onde são acolhidos e respeitados seus
direitos de cidadão.
“[...] a fórmula para a relação família-escola seria a seguinte: maisenvolvimento dos pais em casa equivale a maior aproveitamento epermanência na escola por parte dos alunos; mais participação dos pais nasescolas resulta em melhores escolas” (CARVALHO, 2010, p.4)
Parolin (2005) afirma que, são três os aspectos que devem ser considerados
quando se constata alguma dificuldade de aprendizagem: a família dessa criança, a
escola e as possibilidades e limites dela própria.
Igualmente a excelência do aluno, é fruto de muitas variáveis, tais como, o
suporte da família através de um ambiente favorável ao aprendizado, o talento
individual e os estímulos promovidos pela escola.
Para que a escola dê conta de alcançar resultados satisfatórios, pode
promover um apanhado de ajustes, entre eles, o constante intercâmbio com a
família e o incentivo para que haja envolvimento dos pais na vida escolar. O
envolvimento dos adultos com a Educação fornece as crianças um suporte
emocional e afetivo que se reflete no desempenho.
Quando o assunto é aprendizagem, o papel de cada um está bem claro, da
escola: ensinar, e dos pais: acompanhar e fazer sugestões. Porém, se o tema é
comportamento, as ações exigem cumplicidade redobrada. Ao perceber que existem
problemas pessoais que se refletem em atitudes que atrapalham o desempenho em
sala de aula, os pais devem ser chamados e ouvidos, e as soluções, construídas em
conjunto, sem julgamento ou atribuição de culpa. Um bom começo é ter um diálogo
baseado no respeito e na crença de que é possível resolver a questão.
tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar ascrianças para o mundo; no entanto, a família tem as suas particularidadesque a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam destamesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educaruma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seuprojeto educativo. (Parolin, 2003, p.99, citado por BRILHANTE, 2004).
106
Segundo Oliveira & Souza & Oliveira (1996, p. 12-13), a colaboração da
família em relação à ação educativa da escola se dá quando os pais: atendem às
solicitações da escola para participarem de reuniões, palestras ou outras atividades;
respeitam o calendário escolar, evitando faltas dos filhos às aulas; buscam
constantemente informações sobre adaptação, convivência e aproveitamento dos
filhos; procuram acompanhar as tarefas escolares diárias sem resolvê-las para os
filhos; buscam alternativas junto à escola, que levem à verdadeira aprendizagem;
conhecem e acompanham o processo de avaliação para verificar os avanços ou
dificuldades da criança; conversam com os professores; orientam seus filhos sobre a
importância da educação para a vida.
Brilhante (2004) considera ser fundamental e urgente esta parceria,
entretanto, os pais devem compreender que a escola não deve exercer a função
moral da família, a escola pode apenas contribuir. Para isso, será necessário, que a
escola promova um projeto de sensibilização junto às famílias de seus alunos,
salientando a importância do dever de cada um no desenvolvimento da criança e
que embora essa parceria escola e família seja essencial, cada um deve conservar
suas particularidades.
O Portal Educacional do Estado do Paraná traz algumas ações para
aproximar os pais do trabalho pedagógico. Entre elas: visitar as famílias dos alunos
em casa, para conhecer o bairro, a residência e os pais dos estudantes; fazer uma
entrevista com os pais e os alunos para conhecer para quem e com quem se
trabalha; criar uma escola de pais com palestras e debates, com a finalidade de
atingir os pais enquanto educadores, sensibilizando-os de sua responsabilidade na
formação de seus filhos; marcar encontros em horários adequados para os pais.
Espera-se que o estudo acima sirva de subsídio para uma reflexão mais
aprimorada acerca da parceria família e escola e que a participação não seja uma
oportunidade aberta a alguns privilegiados, mas, uma oportunidade efetiva e
acessível a todas as famílias.
107
12. SUBSÍDIOS TEÓRICO-METDOLÓGICOS DOS PROFESSORES DO PDE E
DOS PROFESSORES COM MESTRADO
Professor com formação do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)e seu respectivo Artigo ou Produção Didático-Pedagógica e Professor com
Mestrado e sua respectiva Dissertação
NOME ÁREA DE ESTUDO ARTIGO, PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA OU DISSERTAÇÃO
Andréa Luiza Gontarz Suidnicki
Geografia Água: fonte de vida, um bem escasso.
Arilda da Luz Moletta Pedagogia Família e Escola: uma parceriaimprescindível para o sucesso escolardo aluno.
Cássia Regina Pauluk Matemática Jogos: uma nova estratégia de avaliarmatemática.
Evelyn Luitz Matemática As ações do gestor escolar comoarticulador do processo democrático edo envolvimento da comunidadeescolar nas questões referentes aoprocesso ensino e aprendizagem.
Fábio Kruk História De “laboriosos e morigerados” aempecilhos para a Nação: colonizaçãoe escolarização dos imigrantespoloneses em Irati – Pr (1990 – 1939).
Frederico Ruva Neto Educação Física A influência do sistema TeachingGames for Anderstanding notreinamento do Futebol de Campo
Janete Aparecida Gliczynski Pereira
Língua Portuguesa O Gênero Divulgação Científica: umaproposta de leitura a partir da óticaBakhtiniana.
Juliana Bastos História Memória e patrimônio cultural dosimigrantes Ucranianos e Poloneses emIrati – Pr: vivenciando o ensino dehistória local com estudantes do 8ºano.
Luciana Scheneider Língua Portuguesa “Mãos que falam: o ensino da LínguaPortuguesa aos surdos do EnsinoSupletivo no Paraná”. UNC/UNICAMP
Mari Estela Tcmolo Mores Matemática Cálculo Mental: uma ferramenta para aformação do raciocínio lógico.
Maria Inês Gomes Pedagogia Bullying: a propagação do fenômeno eo limite da ação escolar.
Silvane Deila Feix Espanhol Políticas linguísticas e gestão delínguas em escolas interculturais defronteira: Brasil/Paraguai.
108
13. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES – METAS
É uma estratégia para que a escola planeje, monitore, execute e avalie os
desafios levantados a partir do diagnóstico da realidade em que a Escola Estadual
Nossa Senhora das Graças está inserida.
Abrange: alunos, famílias, professores, pedagogas, agentes educacionais,
direção e demais envolvidos com a comunidade escolar. O intuito é buscar a solução
de problemas que impedem a escolarização plena dos educandos.
13.1. AÇÕES DESENVOLVIDAS E EM ANDAMENTO, COM O OBJETIVO DE
ESTIMULAR A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS REPROVADOS E
APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
Convocação de reuniões e conversas individuais com os pais ou
responsáveis pelos alunos reprovados e aprovados por conselho de classe para
conscientizá-los da importância de acompanhar a escolarização dos filhos;
Conversa da direção, equipe pedagógica e professores com os alunos
acentuando a importância de dedicar-se aos estudos e assim alcançar resultados
satisfatórios no processo ensino-aprendizagem;
Os professores recebendo informações prévias junto à equipe pedagógica,
sobre os alunos com dificuldade ou defasagem de aprendizagem;
Encaminhamento dos alunos que apresentam defasagem de conteúdos (nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática) para a Sala de Apoio à
Aprendizagem (SAA) e/ou necessidade educacional especializada para a Sala de
Recursos Multifuncional (SEM);
Auxiliar o resgate e superação dos conteúdos defasados dos anos anteriores,
articulando teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual com atividades
práticas experimentais;
Proporcionar aos alunos atividades enriquecedoras e estimular a curiosidade
pelos conteúdos disciplinares, contextualizando-os;
Conscientizar os alunos da importância de serem responsáveis e dedicar-se
mais aos estudos, para vencer as dificuldades de aprendizagem e alcançar
resultados satisfatórios;
109
Valorizar a leitura em todos os conteúdos disciplinares desenvolvendo o
raciocínio crítico;
13.2. AÇÕES QUE VISAM ORGANIZAR O AMBIENTE ESCOLAR E ESTIMULAR O
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Conscientizar e responsabilizar os alunos por suas ações enquanto
estudantes, através do trabalho pedagógico referente à frase: “Você faz parte de
seu cuidado enquanto está na escola”.
Incentivo e promoção de aprendizagem significativa, como: participação da
OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas);
Orientar alunos e pais ou responsáveis sobre o rendimento escolar:
assembleia de pais, alunos e professores;
Orientar os alunos a seguir as normas da escola e com isso manter a
disciplina para que o aprendizado aconteça;
Escolha do aluno líder e do aluno vice-líder de turma (em todas as turmas);
Escolha do professor(a) regente de turma (para todas as turmas);
Orientar os representantes de turma quanto as suas atribuições;
Estratégias para o bom convívio e ensino-aprendizagem: aulas bem
preparadas, que instiguem a curiosidade e o interesse dos alunos;
Elaboração de atividades que priorizem o conhecimento científico e
provoquem o desenvolvimento do senso crítico para que, com isso, se efetive o
exercício da cidadania;
Desenvolver o senso de responsabilidade no que se refere à entrega de
tarefas, trabalhos e avaliações, em dia;
Utilizar diferentes instrumentos de avaliação para atender às múltiplas
aprendizagens;
Registro de alunos faltosos no SERP (Sistema Educacional da Rede de
Proteção) para resgate da vida escolar destes alunos;
Estudo do caderno do programa de Combate ao Abandono Escolar por todos
os envolvidos com o processo de escolarização dos educandos;
110
Parceria com estagiários da UNICENTRO para aulas de reforço de
Matemática e assim contribuir nos estudos para a participação na Olimpíada
Brasileira de Matemática e aprimorar os conhecimentos matemáticos;
Parceria com a UNICENTRO recebendo estagiários dos cursos de Pedagogia
e de Psicologia, para estagiar na escola, a fim de agregar conhecimentos para
melhor atender os alunos;
Indicar aos pais ou responsáveis exames otorrino, laringo, oftálmico e outros,
sempre que o aluno manifestar dificuldade de concentração e/ou mudança de
comportamento que altere ou prejudique o rendimento escolar;
Colaborar com a família atendendo o educando individualmente, orientando-o
e através de encontros de formação para os responsáveis legais;
Promover a formação continuada da comunidade educativa, a fim de adquirir
competências que a tornem apta a enfrentar as diferentes situações da
sociedade hodierna.
13.3. AÇÕES PARA PREVENIR E ERRADICAR O BULLYING NA ESCOLA
Bullying se refere a toda e qualquer atitude agressiva, verbal ou física,
intencional e repetitiva, provocada por um ou mais indivíduos. Deve ser evitada ou
mesmo erradicada. Suas consequências causam dor e angústia, podendo ter o
objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa que não tem possibilidade ou
capacidade de se defender, sendo realizada dentro de uma relação desigual de
força ou poder.
No âmbito escolar, tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer
consequências psicológicas. Faz-se necessário, atenção constante dos
responsáveis legais e dos educadores do ambiente escolar, para que tal ação não
aconteça.
Desde o primeiro dia de aula estabelecer normas claras de que o bullying não
é tolerado na escola. As vítimas devem comunicar imediatamente ao
professor(a), pedagoga e/ou à diretora, sendo que os casos mais graves serão
repassados ao Conselho Tutelar do município;
Explanação sobre o tema Bullying aos pais ou responsáveis na reunião do
início do ano letivo;
111
Esclarecer e promover debate sobre o tema Bullying;
Mobilizar os alunos a pesquisar sobre o tema;
Participação: de modo que os alunos busquem soluções para modificar o
comportamento considerado Bullying;
Objetividade: sempre que ocorrer alguma situação de Bullying, lidar com a
situação imediatamente, conversando com os autores e alvos, aplicar medidas
pedagógicas de conscientização e comunicar aos pais ou responsáveis;
Buscar intervenção da patrulha escolar com palestras e orientações, sempre
que necessário, sobre o assunto;
Escola sem Bullying: acontecerá quando o comportamento ético e solidário,
acontecer como ponto de partida para o reconhecimento dos deveres e direitos da
cidadania, para a prática do humanismo contemporâneo, para o reconhecimento,
respeito e acolhimento da identidade do outro.
Quanto ao Cyberbullying a escola orienta os alunos para o uso responsável e
ético dos recursos tecnológicos, assim como para os perigos do mundo virtual,
alertando para não fornecerem informações pessoais a estranhos, mesmo que
sejam amigos virtuais. Orienta, ainda, sobre os crimes que são praticados online e
que o “anonimato” e a menoridade não lhes isentarão das punições previstas em lei.
13.4. AÇÕES PARA A FORMAÇÃO CULTURAL E HUMANA
Participação dos alunos nos Jogos Escolares municipais, regionais e
estaduais;
Realização da Semana Cultural para estimular o gosto pela arte e cultura;
Incentivar o conteúdo “Música”, obrigatório, mas não exclusivo, da disciplina
de Arte, segundo o artigo 26, parágrafo 6, da LDBEN nº 9394/96, de forma a
promover o desenvolvimento cultural dos alunos;
Incentivar o patriotismo cantando o Hino Nacional e o Hino do Paraná com os
alunos, uma vez por semana, mudando o dia da semana a cada mês;
Desenvolvimento do projeto “Construindo Valores”: trabalhando temáticas
existenciais que visem promover a formação humana;
Promover atividades como Festa Junina ou Julina, Jogos Interséries para que
estimulem o convívio humano e interativo do mundo dos adolescentes;
112
Proporcionar dinâmicas de apresentações de poesias, teatros, paródias,
músicas, danças e demais atividades que valorizem as produções artísticas e
literárias dos educandos.
Ações que visam à organização do espaço escolar:
Ações de reciprocidade entre alunos, docentes e agentes educacionais: zelar
pela cortesia, gentileza, educação e a boa convivência;
Identificação do aluno: exigência do uso do uniforme completo do 6º ao 9º
ano, segundo a Lei Federal nº 8.907, de 06 de julho de 1994 e a Lei Federal
n°14361, de 19 de abril de 2004 e acordo coletivo com os pais ou responsáveis
pelos alunos, no início de cada ano letivo;
Orientar os alunos a cuidar da pontualidade ao chegar à escola, do retorno do
recreio, das aulas de Educação Física ou do empréstimo ou devolução de livros
na Biblioteca. O aluno ao chegar atrasado à sala de aula está perdendo tempo de
aula, ou seja, do processo de aprendizagem;
Conscientização aos alunos sobre a importância do respeito ao patrimônio
escolar, visto que, um ambiente bem cuidado estimula o aprendizado e cria o
gosto pela participação, exercendo assim a cidadania;
Conscientizar os alunos da importância de trazer para a escola somente o
material pedagógico. Não trazer nenhum objeto que atrapalhe a aprendizagem
ou ofereça risco a si mesmo e às demais pessoas que participam do ambiente
escolar.
13.5. AÇÕES QUE VISAM GARANTIR O APRENDIZADO
Definir metas de aprendizagem e ter claro o que se quer alcançar:
iniciar com o desenho de metas, prevendo onde se quer chegar;
definir parâmetros claros sobre o que quer que os alunos aprendam;
muito além de treinar os alunos para provas, envolver aspectos relevantes
para o sucesso escolar, como formação continuada para professores e reforço
para os alunos.
Acompanhar de perto e continuamente o aprendizado dos alunos:
diariamente e não apenas em época de avaliações;
113
relação natural com as avaliações – acompanhamento e supervisão do dia a
dia escolar para que as avaliações sejam um complemento ao aprendizado;
acompanhamento contínuo e focado no aprendizado.
Usar os dados sobre o aprendizado para embasar ações pedagógicas:
o que os alunos estão ou não aprendendo é a base para a formação
continuada dos professores;
reforço escolar;
as avaliações dos alunos são utilizadas como uma forma de diagnosticar os
principais pontos a serem aprimorados (mudança de técnica, de métodos, de
atitudes...).
Fazer da escola um ambiente agradável e propício ao aprendizado:
preocupação de todos com questões básicas e fundamentais, que vão da
segurança à limpeza;
comportamento dos alunos constantemente monitorado, sanando conflitos
que possam surgir e buscando soluções imediatas;
todos se preocupam com a disciplina;
a escola e as aulas com rotinas estruturadas, que ajudam a assegurar
frequência e pontualidade.
114
14. CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS -ENSINO FUNDAMENTAL
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018
Efetivo trabalho escolar – Delib. 02/02-CEE/PR: semana pedagógica (04 dias); formação em ação (01 dia); planejamento (02) dias; formação em ação disciplinar (01 dia). Dias e horas não computados para cumprimento da exigência legal para os alunos.
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 2 37 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 L11 4 5 6 7 8 9 10L 20
14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 A 08 11 12 13 14 15 16 17A 20
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 18 19 20 21 22 23 2428 29 30 31 25 26 25 26 27 28 29 30 31
1 Confraternização universal 13 Carnaval - 14 Cinzas 30 Paixão
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14L 20 6 7 8 9 10 11 12 L 21 3 4 5 6 7 8 9L 20
15 16 17 18 19 20 21A 20 13 14 15 16 17 18 19 A 21 10 11 12 13 14 15 16A 20
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
1 Páscoa - 21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho - 31 Corpus Christi
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7L 10 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14A10 5 6 7 8 9 10 11 L 23 2 3 4 5 6 7 8L 19
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 A 22 9 10 11 12 13 14 15A 1922 23 24 25 26 27 28L 05 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 A 02 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 2728 29
30
7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13L 21 4 5 6 7 8 9 10 L 18 2 3 4 5 6 7 8L 15
14 15 16 17 18 19 20A 20 11 12 13 14 15 16 17 A 18 9 10 11 12 13 14 15A 13
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 3112 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
28 Dia do Servidor Público 20 Dia Nacional da Consciência Negra
Início/Término das aulas Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes
Semana Pedagógica MÊS DIAS MÊS DIAS
Planejamento janeiro/fev 48 janeiro/ férias 30
Férias julho 14 fev/recessos 14
Recesso dezembro 12 julho/recessos 10
Feriados recessos 3 dez/recessos 8
Formação em ação Total 77 outros recessos 3
Formação em ação disciplinar (1 dia a ser determinado DEB/NRE) Total 65
Fechamento do ano letivo
Simulado de abandono B.E. Irati, 04 de dezembro de 2017.
Conselhos de Classe
115
REFERÊNCIAS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA
ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
A gestão democrática na escola pública – Anexo 1 – Semana Pedagógica – 1ºsemestre – 2016 – SEED/PR.
ABERASTURY, A.; KROEBEL, M. Adolescência Normal. São Paulo: Artmed, 1981.
BNCC – Base Nacional Comum Curricular para Educação Infantil e EnsinoFundamental, de 20/12/2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado,1998.
. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 dez. 1996.
Caderno Expectativas de Aprendizagem – Paraná, 2011.
DELIBERAÇÃO 02/03 – Conselho Estadual de Educação do Paraná
DELIBERAÇÃO 07/99 – Conselho Estadual de Educação do Paraná
DELIBERAÇÃO 09/01 – Conselho Estadual de Educação do Paraná
DELIBERAÇÃO 02/2018 – Conselho Estadual de Educação do Paraná
DIGIÁCOMO, Doutor Murillo José. Estatuto da Criança e do adolescente: Direitose Deveres. Procuradoria Geral de Justiça.
Estatuto da Criança e do adolescente – ECA – Lei nº 8.069 de 13/07/1990.
FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Gestão democrática da educação na “culturaglobalizada”. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 25, n. 89, p. 1227-1249,Set./Dez. 2004.
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