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COLÉGIO ESTADUAL HORÁCIO RIBEIRO DOS REIS PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017 CASCAVEL PR- 2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017 · – Denominação da instituição Colégio Estadual Horácio Ribeiro - Ensino Fundamental, Médio e ... 1991 implantou-se o Ciclo Básico de

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COLÉGIO ESTADUAL HORÁCIO RIBEIRO DOS REIS

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2017

CASCAVEL – PR- 2017

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Sumário

1 - APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 4

MARCO SITUACIONAL ................................................................................................... 4

2 - IDENTIFICAÇÃO .......................................................................................................... 4

3 - HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO............................................. 6

4 - CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ............................................................... 8

4.1 - Bairro ....................................................................................................................................... 8 4.2 - Família ................................................................................................................................... 10 4.3 - Professores ............................................................................................................................ 11 4.4 - Funcionários .......................................................................................................................... 13 4.5 - Alunos .................................................................................................................................... 14

5 – DOS RECURSOS PEDAGÓGICOS .......................................................................... 16

5.1 - Biblioteca Escolar .................................................................................................................. 16 5.2 – Laboratório de Ciências ........................................................................................................ 16 5.3 – Recursos Tecnológicos – Laboratório de Informática ........................................................... 17 5.4 – Sala de Apoio Pedagógico ..................................................................................................... 18 5.5 – Sala de Recurso Multifuncional Tipo I .................................................................................. 18 5.6 - Celem .................................................................................................................................... 19

6 - ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS (RESOLUÇÃO Nº 03/2005 -

CNE/CEB) ........................................................................................................................... 19

7 - OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO .................................................................. 21

8 - JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 22

MARCO CONCEITUAL .................................................................................................. 25

9- PRESSUPOSTOS TEÓRICOS FILOSÓFICOS ........................................................ 25

9.1 Gestão Democrática ................................................................................................................ 29

MARCO OPERACIONAL ................................................................................................ 29

10 - DAS PROPOSTAS ...................................................................................................... 29

10.1 - Dos Educadores ................................................................................................................... 29 10.2 - Dos Funcionários ................................................................................................................ 31 10.3 - Plano De Ação Dos Docentes .............................................................................................. 32 10.4 - Formação Continuada ......................................................................................................... 35 10.5 – Organização da Hora Atividade .......................................................................................... 35 10.6 - Da Inclusão Educacional ...................................................................................................... 35 10.7 - Da cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena ................................................................... 37 10.8 - Dos estudos sobre o Paraná ................................................................................................ 37 10.9 – Dos Desafios Educacionais Contemporâneos ..................................................................... 37

11 - ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ............................................................................. 38

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11.1 – Justificativa: ........................................................................................................................ 38 11.2 – Objetivos: ........................................................................................................................... 39 11.3 - Atividades de Estágio: ......................................................................................................... 39

12 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS .................................................................................. 40

12.1 – Conselho Escolar ................................................................................................................ 40 12.2 - Da APMF .............................................................................................................................. 41 12.3 - Do Grêmio Estudantil .......................................................................................................... 41 12.4 - Do Conselho De Classe ........................................................................................................ 42 12.5 – Do Processo de Integração Família/Escola ......................................................................... 43

13 - AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS ............................................ 43

13.1 - Concepção ........................................................................................................................... 43 13.2 - Procedimentos e Critérios: .................................................................................................. 44 13.3 - Recuperação de Estudo ....................................................................................................... 46

13.3.1 Quinzena de Avaliação ...................................................................................................... 46 13.4 – Regime de Progressão Parcial ............................................................................................. 46

14 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................................. 47

14.1 - Concepção de Avaliação ...................................................................................................... 47

15 - BRIGADA ESCOLAR ................................................................................................ 48

16 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................. 49

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1 - APRESENTAÇÃO

O P.P.P. - Projeto Político Pedagógico de uma instituição é o documento que

norteia as ações da escola no sentido da organização do trabalho pedagógico. Deve seguir

especialmente a legislação vigente, as orientações da mantenedora, no nosso caso, a

Secretaria de Estado da Educação, bem como as Diretrizes Curriculares do Estado do

Paraná. Seu conteúdo é bastante abrangente, pois reúne dados mais completos possíveis

acerca da realidade da comunidade atendida no estabelecimento, explicitando quem é o

aluno, o funcionário, o professor da escola, seu contexto familiar, social, econômico,

religioso e cultural, de forma que suas necessidades sejam atendidas no planejamento

curricular e consequentemente na prática pedagógica diária.

A construção de um P.P.P. sólido, realizado de forma coletiva, contando com

todos os interessados, é a chave para a construção de uma gestão democrática, na qual

todos possam se manifestar sobre seus interesses, necessidades, desejos e que a decisão

sobre a melhor forma de conduzir a educação seja função de todos e não de apenas algumas

pessoas fechadas em seus gabinetes. Nesse sentido, consta também do P.P.P. a organização

das instâncias colegiadas como o Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres e

Funcionários e o Grêmio Estudantil, na tentativa de que se tornem em reais formas de

abertura à participação de toda a comunidade.

MARCO SITUACIONAL

2 - IDENTIFICAÇÃO

Identificação da instituição

Formulário 01

– Denominação da instituição

Colégio Estadual Horácio Ribeiro - Ensino Fundamental, Médio e EJA

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2 – Endereço completo

Rua Andrea Galafassi, nº 600

3 – Bairro/Distrito

Jardim União

4 – Município

Cascavel

5 – NRE

Cascavel

6 – CEP

85.803-170

7 –Caixa Postal

--------------

8 – DDD

(45)

9 – Telefone

3324-9857

10 – Fax

3324-9857

11 – E-mail

[email protected]

12 – Site

www.cschoracioreis.seed.pr.gov.br

13 – Entidade mantenedora

Governo do Estado do Paraná

A organização do Ensino Fundamental e Médio é seriada. A partir de 2012, com a

implantação simultânea no Estado do Paraná do Ensino Fundamental de Nove anos, os

anos finais dessa modalidade passaram a se chamar 6º, 7º, 8º e 9º anos. O Ensino Médio

continua seriado no período diurno e EJA – Educação de Jovens e Adultos no período

noturno.

A EJA segue as determinações da Secretaria de Estado da Educação, com turmas

apenas coletivas, por disciplinas.

CURSOS AUTORIZADOS – RECONHECIDOS

1 – Cursos Autorizados Número das Autorizações

Ensino Fundamental 3929/1988

Ensino Médio 4552/1996

Educação de Jovens e Adultos 4456/2007

2 – Cursos Reconhecidos

Ensino Fundamental 3373/1990

Ensino Médio 2870/1999

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Educação de Jovens e Adultos

Ensino Fundamental e Médio

5641/2013

3 - HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Colégio Estadual Horácio Ribeiro dos Reis, foi criado e autorizado a funcionar

pela Res. 3929/89 da SEED de 14/12/1988, situado à rua André de Barros e suas atividades

foram iniciados em 1999 atendendo 664 alunos de 1ª a 8ª série.

O prédio foi construído pela prefeitura Municipal em convênio com a Fundepar,

composto de 6 (seis) salas de aulas e a parte administrativa.

Em 1990 a Escola já atendia 748 alunos, distribuídos em 19 turmas e funcionava

em 4 (quatro) períodos. Manhã, tarde, intermediário/noite e noite.

O processo de reconhecimento deu-se pela Resolução 3.373/90 de 06/11/1990. Em

1991 implantou-se o Ciclo Básico de Alfabetização de 2 (dois) anos amparado pelo decreto

2.545/88 do Governo do Estado do Paraná.

Em 1992 foi instituído o Conselho Escolar e nomeados pelo Secretário Estadual de

Educação pela Resolução nº 2.683/92 de 13 de agosto de 1992, publicado em diário oficial

em 11 de setembro do mesmo ano.

Em 1993 a Escola já atendia 923 alunos neste ano foi autorizado o funcionamento

do Programa de Educação Especial, área de deficiência mental, sob a forma de Classe

Especial, pela Resolução nº 3.575/93 de 30 de junho de 1993, pois a Escola tinha muitos

alunos com necessidade de atendimento especial inclusos no ensino regular.

Em 1996 deu-se início da construção de um novo prédio com mais 12 salas de

aula, sala para Educação Artística, Laboratório de Ciências, Biologia, Química e Física,

sala de Informática, sala de uso múltiplo, uma quadra poliesportiva e mais parte

administrativa.

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Em 1997, com a liberação do novo prédio, foi implantado o Ensino Médio, antigo

2º grau, com o curso de Educação Geral, autorizado a funcionar pela Resolução nº 4.552/96

da SEED em 03/12/1996. Sua implantação foi gradativa com 7 turmas de 1ª série com um

total de 256 alunos. Neste ano a Escola passou a denominar-se Colégio Estadual Horácio

Ribeiro dos Reis - Ensino de 1º e 2º graus.

Neste ano iniciou o atendimento a Educação Infantil com três (3) turmas de Pré-

escolar, com total de noventa (90) alunos.

Em fevereiro de 1997, deu-se a implantação do Ciclo Básico – 4 anos. Ciclo

Básico de Alfabetização, continuada de 4 anos. Ainda neste ano implantou-se o Programa

de Correção Idade/Série, Projeto Pais para alunos de 5ª a 8ª série com defasagem escolar a

Educação Jovens e Adultos (supletivo de 1ª a 4ª série) em convênio com a prefeitura, o

PAC (supletivo de 5ª a 8ª série) em convênio com a Cesvel.

Possuía 1.730 (um mil setecentos e trinta alunos), 73 (setenta e três) professores,

(01) uma diretora, (1) uma diretora-auxiliar, (2) duas pedagogas (Orientação Educacional).

No ano de 1998 e 1999 com a implantação do Projeto Pais – defasagem idade/série

oportunizou a esta escola abrandar a defasagem idade/série ocasionados pela evasão e

repetência escolar.

No ano de 1999 houve a primeira conclusão de curso de Educação Geral, onde

concluíram 154 (cento e cinquenta e quatro) alunos dos quais um considerável número

prestou vestibular e vários deles foram aprovados.

A partir de 2001 a Prefeitura Municipal de Cascavel, assumiu o ensino de 1ª a 4ª

série. O Colégio Estadual Horácio Ribeiro dos Reis passou a funcionar somente no Prédio

novo a rua Andrea Galafassi, oferecendo Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino

Médio Regular e Ensino Médio –EJA, autorizado e reconhecido pela Res.nº 1748/01.

Atualmente (2016) oferta as séries finais do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano,

Ensino Médio diurno, Educação de Jovens e Adultos no período noturno, Sala de Apoio

escolar para 6º ano, Língua Espanhola, Sala Multifuncional, Projeto de Astronomia, Aulas

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Especializadas de Treinamento Esportivo e parcerias com o poder público municipal com o

Projeto Transformar que oferece aulas de Flauta Doce. Os alunos estão assim distribuídos:

500 alunos no Ensino Fundamental nos períodos matutino e vespertino;

298 alunos no Ensino Médio; período matutino;

39 alunos nos cursos de Espanhol, períodos intermediário-tarde / noturno e

vespertino respectivamente;

23 alunos de Sala Multifuncional, período matutino e vespertino;

40 alunos nas Salas de apoio de Português e Matemática, período matutino;

295 alunos na Educação de Jovens e Adultos – período noturno;

82 professores, que atuam nos períodos: matutino, vespertino e noturno.

50 alunos do projeto de vôlei/treinamento esportivo;

25 alunos do projeto de astronomia/iniciação científica.

Ressaltamos que, no período noturno, o colégio oferta a Educação de Jovens e

Adultos desde 1997.

4 - CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

4.1 - Bairro

O Colégio Estadual Horácio Ribeiro dos Reis está localizado no bairro Nova

Cidade – Jardim União, ao sul de Cascavel.

O terreno do bairro é acidentado com ligeiro declínio. As ruas, em sua maioria são

asfaltadas, mas ainda consta no bairro ruas sem asfaltamento. Algumas possuem meio-fio

sem acesso para cadeirantes, calçadas em más condições de conservação ou inexistente,

dificultando a acessibilidade.

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O Colégio foi construído ao lado de dois conjuntos habitacionais planejados, com

casas, na horizontal. Está bem servido de água tratada, fornecida pela Sanepar e possui

sistema de esgoto desde o ano de 2010. A coleta de lixo é realizada por uma empresa

terceirizada e existe a coleta seletiva de reciclados uma vez na semana. O número de

habitações vem crescendo consideravelmente, em virtude novos conjuntos. No entanto, a

escola continua com a mesma capacidade de atendimento.

O bairro possui um terminal rodoviário de transporte coletivo com alguns ônibus

adaptados para cadeirantes.

A qualidade do ar é boa, pois não há fábricas nas proximidades, apesar das poucas

árvores, já que não há projeto de arborização.

Próximo ao Colégio funciona uma UBS – Unidade Básica de Saúde, que presta

atendimento básico de Clínico Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Serviço de

Assistência Social. Ao lado da UBS existe um Ambulatório dentário, que atende a

população do bairro com seus serviços.

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) está localizada no bairro,

aproximadamente a três quadras do Colégio. Entre seus cursos estão os de Odontologia,

Fisioterapia e Enfermagem, que oferecem serviços à população local, mediante laudo

médico e auxiliam o desenvolvimento de Projetos, ligados a essas áreas.

Ao lado da UBS funciona um CMEI, Centro Municipal de Educação Infantil, que

atende aproximadamente 100 crianças de 0 a 4 anos, divididos em Berçário, Maternal I,

Maternal II e Pré I.

A Escola Municipal Maria dos Prazeres Neres da Silva, está localizada ao lado do

Colégio, e oferece Educação Fundamental para alunos dos quatro anos em diante

oferecendo as séries iniciais Pré II e do 1º ao 5º anos.

Perto da Escola e do Colégio funciona uma unidade da Pastoral da Criança,

oferecendo atendimento a crianças, jovens, adultos e idosos e um salão da Associação de

Moradores do bairro.

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No ano de Dois Mil e Quatro (2004) foi construído no bairro, pela prefeitura

municipal, um Centro Poliesportivo, com uma quadra de areia, uma quadra de futsal e uma

pista de skate, entregue a população no final do referido ano, sendo este o único espaço de

lazer para a população do bairro. Em 2010 a Prefeitura construiu nesse Centro

Poliesportivo, uma Capela Mortuária para atender a comunidade local e a pista de skate foi

destruída. Foi construída também nesse local uma academia da melhor idade.

4.2 - Família

Os pais dos alunos que frequentam esta escola são em sua maioria, moradores

deste bairro e das proximidades, Nova Cidade, Faculdade, Santa Catarina, Santa Felicidade

e de Área Rural. Os pais que moram em conjuntos habitacionais, (80%) possuem casa

própria, adquirida através de convênio com a Cohapar.

Segundo pesquisa realizada pela equipe pedagógica e direção junto aos alunos, os

dados levantados apontam para as seguintes características dessa comunidade escolar:

* Os pais ou responsáveis são trabalhadores e a maioria ganha entre um (1) a

três (3) salários mínimos, sendo que grande parte tem mais de uma pessoa que trabalha na

família.

* Cerca de 80% dos entrevistados respondeu que moram em casa própria, com

pai e mãe. Constou na pesquisa também uma quantidade significativa de alunos que moram

com a mãe e irmãos, tendo o pai ausente, ou com avós, ou ainda, outros.

* A religião predominante é a católica. No entanto, outras religiões estão

presentes como as evangélicas. Existem também famílias ateias ou não praticantes.

* A expectativa dos pesquisados com relação à escola é predominada pelo

acesso ao conhecimento. Também constou a busca pelo certificado e as possíveis vantagens

financeiras.

* A escolarização é bastante variada, incluindo analfabetos e pós-graduados. A

maioria respondeu que, a respeito da escolaridade dos pais ou responsáveis, gira entre

Ensino Fundamental incompleto ou completo e Ensino Médio completo.

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A maior parte dos pais e/ou responsáveis vem à escola somente nas reuniões de

entrega de boletins. A frequência dessas pessoas tem aumentado significativamente nos

últimos anos, especialmente devido à política de abertura à comunidade, dentro da

perspectiva de gestão democrática.

A parte administrativa foi construída longe das salas de aula do último bloco,

dificultando a visualização e o acompanhamento do que ocorre. Além disso, não há inspetor

de alunos, o que auxiliaria na segurança dos mesmos. No entanto, pensando nisso, foi

investido num sistema de câmeras especialmente nos locais de entrada e saída, aumentando

a sensação de segurança da comunidade na escola.

4.3 - Professores

Segundo dados do ano letivo de 2017, os professores que atuam nesta instituição

são setenta e nove (79), sendo que todos têm formação pedagógica com Licenciatura Plena

e a grande maioria tem alguma especialização. Dos 79 professores, apenas 50 fazem parte

do Quadro Próprio do Magistério (QPM). Desses, 11 fizeram ou estão cursando o PDE

oferecido pelo Governo do Estado. Todos os anos, recebemos muitos professores em

regime PSS, o que dificulta o trabalho, uma vez que são professores temporários, que

atuam em vários estabelecimentos e que sempre estão trocando de escola pela necessidade

de se ampliar a carga horária ou ter contratos mais longos. Desta forma, a troca de

professores tem sido constante.

Estes profissionais sentem necessidade de aprimoramento profissional ao longo de

sua carreira docente, porém os baixos salários e a longa jornada de trabalho dificulta em

partes essa realização. Alguns alegam não dispor de tempo necessário para participar de

cursos e eventos que proporcionem atualização de conhecimentos. É de fundamental

importância para a formação continuada dos profissionais, os cursos promovidos pela

Secretaria de Estado da Educação, como oficinas, reuniões técnicas, jornada pedagógica,

grupos de estudos aos sábados, grupos de estudos on-line, PDE, Núcleo e DEB itinerante.

No entanto, a maioria já não é mais ofertada pela Secretaria. Apesar do pouco tempo, se

envolvem bastante no desenvolvimento de projetos e experiências, sendo o planejamento

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dessas atividades realizadas por vezes fora do horário remunerado de trabalho dos

professores.

Conscientes da necessidade da formação continuada para seu aperfeiçoamento

profissional solicitam que se trabalhe especialmente nas reuniões pedagógicas os temas:

Metodologias e Técnicas de Ensino, Função Social da Escola na Atualidade, Avaliação e as

formas de Registro, Conselho de Classe, Metodologias Práticas de Laboratório, Estudo do

desenvolvimento cognitivo e flexibilização curricular.

QUADRO DE PROFESSORES (QPM)

Nome Capacitação Máx. (Licenciatura)

Adalgiza Pereira da Silva PÓS-GRADUAÇÃO

Adriani Angela Alves Menegoto PÓS-GRADUAÇÃO

Alessandra Araujo PÓS-GRADUAÇÃO

Alessandra Isernhagen PÓS-GRADUAÇÃO

Andreia Marques PÓS-GRADUAÇÃO

Angela Maria Limberger Martins PÓS-GRADUAÇÃO

Antonio Cristovam Salvador Neto PÓS-GRADUAÇÃO

Christiano Tortato PÓS-GRADUAÇÃO

Cleonice Adriane Winck Batista PÓS-GRADUAÇÃO

Daniele Lopes Gomes PÓS-GRADUAÇÃO

Dorival Sesso Junior PÓS-GRADUAÇÃO

Edinei Baccin PDE

Elaine Aparecida Donatoni PÓS-GRADUAÇÃO

Elaine Gomes Nogueira PÓS-GRADUAÇÃO

Eneas Jose Corbari PÓS-GRADUAÇÃO

Frederico Leonel PÓS-GRADUAÇÃO

Gilberto Comiran PÓS-GRADUAÇÃO

Iraci Anzolin PÓS-GRADUAÇÃO

Isabel Cristina Antunes Moreira Parise PÓS-GRADUAÇÃO

Ivanilda Moha Vicente PÓS-GRADUAÇÃO

Izabel Cristina Riquetti PÓS-GRADUAÇÃO

Janaina de Camargo PÓS-GRADUAÇÃO

Joao Henrique Guarienti Dal'maso PDE

Jose Carlos Batista PÓS-GRADUAÇÃO

Josefina Pereira de Souza PDE

Josemara Alves de Morais Quintino PDE

Julsemara Ines Fraportti PÓS-GRADUAÇÃO

Lauderi Dalbosco PÓS-GRADUAÇÃO

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Laudiceia Rodrigues dos Santos Nascimento PÓS-GRADUAÇÃO

Luciley de Fatima Marques PDE

Maria Aparecida Boscariol PDE

Maria Auxiliadora de Miranda Marques da Silva PDE

Maria do Carmo do Nascimento PÓS-GRADUAÇÃO

Maria Salete Calixto PÓS-GRADUAÇÃO

Maria Sandreana Salvador da Silva PÓS-GRADUAÇÃO

Marise Gomes Rejes PDE

Marise Zanella PÓS-GRADUAÇÃO

Neiva Maria Amaral Rissi PÓS-GRADUAÇÃO

Rita Reni Cosmo PDE

Rogerio Guilhens de Souza LICENCIATURA

Rosangela Monteiro de Oliveira PÓS-GRADUAÇÃO

Sandra Maria Sirino PÓS-GRADUAÇÃO

Shirley Cavichioli Dotta PÓS-GRADUAÇÃO

Silvana Aparecida Cherone da Luz PDE

Silvania Lucia Magri Zanella PÓS-GRADUAÇÃO

Soeli Campos Lisboa PÓS-GRADUAÇÃO

Tatiane Araujo Santos Kovalchuk PÓS-GRADUAÇÃO

Vera Lucia Balbinotti PÓS-GRADUAÇÃO

Vilmar Lima Ramos PÓS-GRADUAÇÃO

Zilda de Oliveira Mota PDE

4.4 - Funcionários

Esta instituição conta com dezoito (18) profissionais de apoio, sendo onze (11)

Agentes Educacionais I e sete (07 ) Agentes Educacionais II.

Destes profissionais, dois (02) possuem Ensino Superior, seis (06) Pós Graduação

e dez (10) tem Ensino Médio completo.

O serviço prestado por estes profissionais é essencial para o bom andamento da

escola, tanto nas funções administrativas, burocráticas, organizacionais, como nas de apoio

ou de serviços como de limpeza e conservação.

Estes profissionais estão conscientes da necessidade de continuar se aperfeiçoando

e sugerem que sejam realizados no estabelecimento cursos de capacitação profissional,

desenvolvendo temas relacionados diretamente com suas funções. Os funcionários da

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Secretaria sentem necessidade de melhorar seus conhecimentos na Legislação Escolar

Brasileira, pois a qualidade do seu trabalho depende do conhecimento das mesmas.

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

Nome CH Semanal

Escola Função

Ana Aparecida do Nascimento 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Catarina Starke 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Elisangela Ribeiro Piva da Silva 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Eonice Alves de Oliveira Viana 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Ireni Fernandes Globes 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Ivanilde de Fatima Teles Pilar da Rosa 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Luana Paula Leonardi Seibert Nonato 40 AGENTE EDUCACIONAL II

Maria dos Santos de David 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Marilene Longoni 40 AGENTE EDUCACIONAL II

Marli Aparecida Ferreira Colaco Berteloni 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Neiva Ribeiro de Franca Araujo 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Nelma Lobo Garcia 40 AGENTE EDUCACIONAL II

Neura dos Santos 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Paulo Roberto Urban 40 AGENTE EDUCACIONAL II

Renata Lopes Oriente 40 AGENTE EDUCACIONAL II

Roseli Valter Antunes 40 AGENTE EDUCACIONAL I

Sheila Cristina de Oliveira 40 AGENTE EDUCACIONAL II

Tania Krzyzaniak Giacomini 40 AGENTE EDUCACIONAL II

4.5 - Alunos

Os alunos que estudam neste estabelecimento de ensino frequentam o Ensino

Fundamental, 6º ao 9º Ano, Ensino Médio Regular no período matutino e Educação de

Jovens e Adultos (EJA), no período Noturno. Frequentam também as Salas de Apoio e

Multifuncional, bem como o curso de Língua Espanhola, projeto de vôlei/treinamento

esportivo, as aulas de Flauta Doce, oferecidas pelo Projeto Transformar em parceria com a

Prefeitura de Cascavel.

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A grande maioria dos alunos moram no bairro ou em bairros vizinhos. Nossa

escola recebe também alunos oriundos da zona rural e que se utilizam do transporte escolar

oferecido pela Prefeitura Municipal em convênio com o Governo Estadual.

São filhos de pais trabalhadores que ganham entre um (01) a três (3) salários

mínimos. Uma pequena porcentagem tem pais desempregados e passam por dificuldades

financeiras.

A partir de 2012 os alunos que ingressaram no colégio, já ingressaram com nova

designação das séries/turmas e assim o Ensino Fundamental passou a ser chamado de ano e

não mais série. Muitos dos alunos que ingressam no colégio, apresentam dificuldades de

aprendizagem, por defasagem de conteúdos ou por apresentarem algum tipo de deficiência.

Algumas vezes são diagnosticadas e outras vezes, é necessário passar por avaliação de

contexto com o profissional especializado do colégio. Para alguns, essas dificuldades os

acompanham ao longo do período de escolarização como demonstram as taxas de

reprovação e evasão, principalmente no primeiro ano de ensino médio, que é o início de

uma nova etapa de estudos. Essas dificuldades persistem ao longo do período de

escolarização devido às condições em que estão inseridos: salas de aulas superlotadas, falta

de material de apoio didático-pedagógico adequado, falta de acompanhamento da família,

deficiência na formação inicial dos profissionais. A existência da Sala Multifuncional vem

amenizar esse problema, mas não soluciona.

Entre os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem estão os com

necessidades especiais, inseridos no ensino regular.

Os alunos com necessidades especiais são atendidos nesta escola desde o início do

seu funcionamento. Entre eles estão Dislexos, TDAH – Transtorno e Déficit de Atenção

com Hiperatividade, TDAH com comorbidade e Distúrbio de Conduta, DI - Deficiente

Intelectual, TFEs, Transtorno Funcional Específico, das áreas de matemática e português,

ou os dois casos, Distúrbio de Aprendizagem, Transtorno de Aprendizagem sem outra

especificação e Transtorno de Comportamento.

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Alguns alunos do Ensino Fundamental estão com distorção idade/série, pois a

idade destes está entre dez (10) e quinze (15) anos. A idade dos alunos do Ensino Médio

Regular diurno está na idade prevista entre 14 e 17 anos, com poucas exceções.

Os alunos que frequentam a Educação de Jovens e Adultos são na maioria adultos,

porém alguns possuem idade inferior a dezoito (18) anos, encaminhados pelo Ministério

Público e/ou que por variados motivos não frequentam o ensino regular diurno.

A maioria dos alunos que frequentam o ensino noturno trabalha ou estão em busca

de emprego. Eles veem na escola a possibilidade de continuar estudando, pois a maioria

pretende fazer vestibular e ingressar no ensino superior como forma de melhoria nos

rendimentos, especialmente.

5 – DOS RECURSOS PEDAGÓGICOS

5.1 - Biblioteca Escolar

Consta em nosso Regimento Escolar Seção IV a função da biblioteca:

Art. 39 - a biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à

disposição de toda comunidade escolar. A biblioteca funciona em sala própria, embora

pequena para o tamanho do acervo. Este espaço é fundamental numa escola em que se

prioriza o acesso ao conhecimento. Desta forma, nossa biblioteca é bastante dinâmica, com

projetos de leitura, procurando estimular este hábito nos alunos. É bastante utilizada pelos

professores como fonte de pesquisa, ressaltando aqui a importância do acervo da Biblioteca

do Professor. Ainda é pequena a frequência de pais ou ex-alunos pois não existe ainda um

projeto de estímulo a isso.

5.2 – Laboratório de Ciências

Este Estabelecimento de Ensino possui um espaço próprio para laboratório de

ciências/física/química/biologia.

As bancadas e instalações (exemplo: torneira), foram já implantados na construção

do colégio, porém alguns materiais de uso para experimentos foram adquiridos em

convênio com a SEED (módulo escolar) e outros pela própria APMF. Também a Unioeste

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(Universidade Estadual do Oeste do Paraná) colaborou com nosso laboratório, catalogando

vários animais e plantas que fazem parte do acervo do laboratório de Ciências/Biologia.

Neste sentido, os professores deste Estabelecimento, também possuem enorme parcela de

colaboração doando diversos exemplares de animais, o que enriquece enormemente a

aprendizagem do educando.

Nos últimos anos muitos materiais foram enviados ao laboratório pela Secretaria

de Educação do Estado, como microscópio, vidrarias e outros materiais. Porém, sempre se

faz necessário a reposição, pois no manuseio dos alunos, pela falta de experiência acabam

danificando muitos deles.

Os materiais e instalações existentes estão em conformidade com a proposta

pedagógica da Escola, enriquecendo o currículo escolar com práticas e experimentos

científicos, tornando-se um recurso indispensável para estas disciplinas.

5.3 – Recursos Tecnológicos – Laboratório de Informática

O laboratório de informática tornou-se essencial nos últimos anos, devido ao

fortalecimento do uso da tecnologia e os equipamentos disponibilizados pelo Estado como

os computadores, impressoras e televisão pendrive. É um recurso indispensável para que

professores e alunos se preparem para a sociedade do conhecimento em um contexto

moderno e dinâmico, garantindo um melhor desempenho no futuro profissional e também

no acesso à cultura produzida pela humanidade.

A utilização dos equipamentos é realizada mediante agendamento com o

responsável pelo setor. A sala também é disponibilizada para a comunidade escolar para

pesquisa em contra turno escolar, seguindo agendamento prévio. Essa sala possui

computadores do Programa Paraná Digital e Proinfo. São 37 aparelhos disponibilizados

para uso dos professores, alunos e comunidade. Também existe multimídia e lousa digital

nesta sala. A manutenção é feita quase que totalmente pela escola e pelo funcionário

responsável, o que traz inúmeros problemas de ordem financeira e técnica, diminuindo

muitas vezes, o número de equipamentos disponíveis para o trabalho pedagógico.

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5.4 – Sala de Apoio Pedagógico

É um recurso pedagógico que auxilia nas defasagens de aprendizagem dos alunos

da 6º Ano em Língua Portuguesa e Matemática. Os alunos são atendidos em contra turno e

frequentam as aulas duas vezes por semana, no laboratório de ciências, pois não há sala

disponível para esse atendimento. São atendidos somente alunos que frequentam o ensino

regular vespertino. Os alunos do período matutino não tem esse apoio pedagógico ofertado

pela mantenedora.

O professor da sala regular apura as necessidades de cada aluno e o encaminha à

equipe pedagógica para que seja inserido na Sala de Apoio. Neste ano, os alunos da Sala de

Apoio, a partir do segundo semestre, terão matrícula regular no sistema SERE, que poderá

ser modificada a cada bimestre. É necessária uma constante troca de informações entre os

professores para que se verifique a melhora na aprendizagem e que se determine assim, o

momento em que esse aluno será dispensado desta atividade. A comunicação entre

professores e equipe por vezes se torna falha pela falta de contato destes profissionais que

frequentemente trabalham em períodos diferentes, não se encontrando para trocar

informações.

5.5 – Sala de Recurso Multifuncional Tipo I

É um serviço de apoio especializado para alunos de 6º ao 9º Ano do Ensino

Fundamental e também para alunos do ensino médio, que apresentam dificuldades de

aprendizagem ou atraso acadêmico significativo e, para alunos egressos da educação

especial que apresentam distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e necessitam

de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na

classe comum.

A sala Multifuncional funciona no período matutino e vespertino e atende alunos

que frequentam o ensino regular no período da tarde e da manhã. Assim que o professor ou

a equipe pedagógica percebe ou recebe a informação de que determinado aluno tem ou teria

alguma dificuldade, é encaminhado para o profissional da Sala Multifuncional para que

possa avaliá-lo e decidir sobre sua participação na sala. Há constante troca de informações

com os professores do ensino regular sobre o desempenho e dificuldades do aluno, bem

19

como dicas sobre como proceder com ele em sala de aula e a flexibilização curricular. Isso

acontece geralmente nos Conselhos de Classe e Reuniões Pedagógicas, nas quais os

professores de Sala Multifuncional normalmente participam. Uma avaliação, para ser

concluída pelos profissionais responsáveis do CRAPE – Centro Regional de Apoio

Pedagógico Especializado, leva aproximadamente sessenta a noventa dias. Após a avaliação

é que o aluno passa a frequentar regularmente a sala.

5.6 - Celem

O Celem (Centro de Língua Estrangeira Moderna) foi criado com o objetivo de

ofertar ensino plurilinguístico para alunos da rede estadual de educação básica.

Nesta escola a opção no Celem foi pela Língua Espanhola por se tratar de um

idioma falado pela maioria dos países que fazem fronteira com o Brasil e por ser o idioma

oficial de nossos parceiros no Mercosul.

O interesse dos alunos pelo aprendizado de outra língua, se deve ao fato de que

esse tipo de conhecimento abre portas profissionais e culturais, dando oportunidades de

trabalho bem como de troca de informações e aprendizado de outras culturas. Aliado ao uso

da tecnologia, amplia significativamente a forma de acesso e utilização da internet pois,

possibilita o uso de ambientes baseados em outras línguas.

As aulas são ofertadas nos períodos: intermediário/tarde e noturno, duas vezes por

semana, com turma de 25 alunos em média. Uma porcentagem das vagas (10%) é reservada

para a comunidade em geral. As inscrições são feitas na secretaria, por ordem de chegada.

O acompanhamento pedagógico é realizado pela pedagoga, realiza-se registros em RCO –

Registro de Classe on line, emite-se boletim escolar, realiza-se pré-conselho, participam do

conselho de classe e de todas as atividades pedagógicas e culturais do estabelecimento.

6 - ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS (RESOLUÇÃO Nº 03/2005 -

CNE/CEB)

A partir do ano de 2012, foi implantado de forma simultânea, em toda a Rede

Pública Estadual do Estado do Paraná, o Ensino Fundamental de nove anos. Desta forma,

conforme o Parecer CEE/CEB nº 407/11, da Câmara de Educação Básica do Conselho

20

Estadual de Educação, para os anos finais do Ensino Fundamental foram feitas algumas

considerações:

As séries finais do Ensino Fundamental de 08 anos correspondem aos anos finais do

Ensino Fundamental de 09 anos, quanto à idade/série/ano;

Não haverá alterações significativas na Proposta Pedagógica, no que diz respeito a

conteúdos e Matriz Curricular, ressalvando-se que os encaminhamentos metodológicos

serão revistos na perspectiva das necessidades dos sujeitos no processo de ensino

aprendizagem;

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, documento construído pela

Secretaria de Estado da Educação, apresenta o mesmo material para 5ª série e para o 6º ano

e assim para as séries/anos subsequentes, fato que não implica alterações na Matriz

Curricular e Conteúdos.

O Parecer nº 721/07 – CEE/PR apresenta tabela, deixando claro a correspondência

de idade entre os dois regimes, inclusive para os casos de retenção de alunos e/ou

transferências recebidas de outro regime;

Considerando a aprovação (instrução nº 008/2011 - SUED/SEED)

EF 8 anos - 2011 EF 8 anos - 2012 EF 9 anos - 2012

4ª série 5ª série 6º ano

5ª série 6ª série 7º ano

6ª série 7ª série 8º ano

7ª série 8ª série 9º ano

8ª série - -

Considerando a retenção

EF 8 anos - 2011 EF 9 anos - 2012

5ª série Retido 6º ano

6ª série Retido 7º ano

7ª série Retido 8º ano

8ª série Retido 9º ano

O Parecer CEE/CEB nº 407/11, diz ainda que

21

“(…) não houve o repensar das propostas pedagógicas por muitas instituições de

ensino e a ampliação do ensino fundamental foi reduzida ao acréscimo de 01 (um) ano para

sua integralização.

Assim, há que se resgatar o indispensável diálogo com as instituições de ensino que

ofertam os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) para a construção de proposta

pedagógica adequada à normatização para implantação com nove anos de duração (...)”

Tais considerações deixam claro que, basicamente há apenas uma alteração na

nomenclatura, passando de série para ano. Cabe especialmente às escolas dos anos iniciais,

a mudança e discussão acerca dos Projetos Políticos Pedagógicos, uma vez que a alteração

foi relativa a essa fase escolar. Nos anos finais, o que é nosso caso, a mudança diz respeito

à metodologia, uma vez que receberemos crianças que tiveram acesso a um ano a mais de

escolarização, o que corresponde à antiga pré-escola. Desta forma, pressupõe-se que esses

alunos virão com mais conteúdos, mais experiência no ensino formal e portanto, mais

preparados para acompanhar o desenvolvimento dos conteúdos inerentes aos Anos Finais

do Ensino Fundamental.

7 - OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO

Construir coletivamente as diretrizes básicas e a linha de atuação da

comunidade escolar, retomando e modificando constantemente, sempre que se fizer

necessário, não perdendo de vista o embasamento teórico-filosófico que norteia a Educação

no Estado do Paraná.

Promover a integração de toda equipe para alcançar o objetivo maior da

escola que é a aprendizagem dos alunos.

Buscar aprofundamento teórico – metodológico com a finalidade de

melhorar a prática educativa.

Refletir sobre a prática de avaliação realizada na escola, com a finalidade de

buscar formas de superação de práticas tradicionais.

Promover um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da

escola com vistas de construir ações para a superação dos mesmos, através de encontros,

debates, reuniões, grupos de estudo, entre outros.

22

Comprometer o coletivo do estabelecimento, professores, pais, funcionários,

alunos e demais comunidade, na construção de ações para solução dos problemas

detectados, instituindo um processo de avaliação constante, na perspectiva da gestão

democrática.

8 - JUSTIFICATIVA

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96, traz em seus artigos 2 e

3 os princípios e fins da Educação Nacional:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação

para o trabalho.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação

dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extraescolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Também sobre o direito à Educação Básica, nas perspectivas da L.D.B. 9.394/96, a

escola tem a finalidade de desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum,

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho

e em estudos posteriores (art. 21).

23

Para atender a estes princípios, as escolas têm autonomia para organizar-se de

modo a criar oportunidades de acesso a todos (crianças, jovens e adultos), e garantindo a

todos as condições para permanecer na escola e consequentemente aprender.

Diante disso, a escola refletirá constantemente sobre sua prática escolar

desenvolvida em conjunto com os educandos e certificar-se-á de que as experiências

educativas que estão ocorrendo favorecem a formação do cidadão crítico, responsável e

solidário.

Para garantir a formação desse cidadão, a escola romperá com práticas

pedagógicas excludentes que ainda existem em seu interior. É sabido, que estas práticas são

responsáveis por muitos dos problemas e dificuldades persistentes até hoje.

Portanto, é necessário romper com estas práticas e instituir na escola a postura do

acolhimento, da valorização dos saberes, do respeito à diversidade e da tolerância. Isso

implica promover situações de aprendizagens significativas, articulando-as com o meio e

com as necessidades reais dos nossos educandos.

Desta forma esta escola justifica a instituição de uma sistemática constante de

reflexão sobre a prática escolar desenvolvida e sobre a relevância do saber que está sendo

produzido. Se este saber está servindo para a emancipação do cidadão ou apenas

contribuindo para a manutenção das desigualdades já existentes em nossa sociedade.

Conforme a LBD – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, eu seu artigo

32º, são objetivos do ensino fundamental: O ensino fundamental obrigatório, com duração

de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por

objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;II - a compreensão do ambiente

natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que

se fundamenta a sociedade;III - o desenvolvimento da capacidade de

aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a

formação de atitudes e valores;IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos

laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida

social.§ 5o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente,

conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como

diretriz, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a

produção e distribuição de material didático adequado.

24

E quanto ao Ensino Médio, a LDB 9394/96 em seu artigo 35º dispõe:

O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três

anos, terá como finalidades:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino

fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica

para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a

ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou

aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa

humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos

científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a

prática, no ensino de cada disciplina.

25

MARCO CONCEITUAL

9- PRESSUPOSTOS TEÓRICOS FILOSÓFICOS

O homem, por natureza, é um ser incompleto, mas em constante processo de

crescimento. Isso o diferencia dos animais, pois possui a capacidade de ser sujeito da

própria ação. Somente ele tem condições de dar significado ao seu agir de forma histórica e

26

através da mediação do mundo, em comunhão com outros homens, faz com que somente o

homem se eduque.

Conforme Ribas, 2004, o homem educado é um ser capaz de adquirir, construir e

reconstruir conhecimentos, de ter acesso à herança cultural da humanidade.

Entretanto, o processo educativo na antiguidade era extremamente simples. Os

responsáveis pela educação eram os pais ou membros mais velhos da família que se

responsabilizavam pela transmissão do conhecimento acumulado aos filhos ou membros

mais jovens da comunidade.

Na sociedade moderna, com o desenvolvimento do conhecimento, bem como a

velocidade e o dinamismo que esse saber se renova, tornou-se impossível que uma pessoa

ou comunidade se responsabilizasse pela transmissão do conhecimento; houve então a

necessidade de se criar instituições que se responsabilizassem pela tarefa de educar.

Surgem então as instituições, entre elas a escola, cuja especificidade é

precisamente a transmissão/assimilação do saber de forma sistemática e organizada.

A escola é uma construção social fortemente condicionada pelos diferentes

momentos históricos, sociais e culturais. Por esse motivo é essencial que se construa

coletivamente um Projeto Político Pedagógico que oriente as ações da escola sem perder de

vista seus objetivos.

O Projeto Político Pedagógico de um estabelecimento se materializa na medida em

que se cumpre com o compromisso firmado junto à comunidade, no sentido de assumir a

função social da escola. Desta forma, este Projeto busca alicerçar o trabalho escolar de

modo a orientar suas ações sempre rumos à construção de “uma sociedade justa, onde as

oportunidades sejam iguais para todos” (DCE 2008 p.14).

Orientados por esse pensamento, não consideramos a escola somente como espaço

de reprodução das desigualdades sociais, embora isso esteja presente na escola, tampouco

como escola redentora. Segundo esta visão, a escola resolveria todos os problemas da

humanidade. Através dela, a sociedade se modificaria completamente. Não compartilhamos

dessa visão. Consideramos que a escola pode sim interferir na sociedade. No entanto, ela

também é condicionada pelos elementos sociais. Este espaço escolar, desta forma, se

transforma num espaço de discussão e construção de possibilidades transformadoras da

sociedade.

27

Destaca-se, então, sua principal função, a de transmissão cultural e formação do

cidadão para a democracia.

O desafio da escola atual é de não formar a pessoa apenas para o trabalho, mas

também para a cidadania, como sujeito histórico e transformador da sociedade.

Nesse sentido, a opção teórica desse estabelecimento não poderia ser outra

senão a abordagem Materialismo Histórico Dialético, pois entendemos que somente este

conjunto de ideias orienta adequadamente o nosso pensamento rumo aos objetivos

propostos aqui.

O trabalho pedagógico realizado na escola se fundamenta na concepção de ensino

e aprendizagem que considera o contexto histórico como elemento norteador para a

compreensão do momento vivido, inter-relacionando-o com passado e futuro, numa

perspectiva dialética. Tal opção pedagógica se fundamenta no compromisso filosófico da

escola com a classe trabalhadora e a proposta de emancipação desta.

Coerentes com a opção filosófica, a escola adota como opção pedagógica as

teorias com base no materialismo histórico dialético: Pedagogia Progressista e Pedagogia

Histórico Crítica. Estas concepções priorizam aspectos sociais, políticos e culturais, na

perspectiva de transformação social. Nesse sentido, autores como Demerval Saviani, Vítor

Paro, Miguel Arroyo, Gaudêncio Frigotto, entre tantos outros, são base para nossos estudos.

A opção pela teoria psicológica sócio-histórica de Vygotsky auxilia no

entendimento das condições histórico-sociais como fundamentais para a ampliação do

conhecimento, valorizando as funções psicológicas superiores.

Este conhecimento se traduz através dos conteúdos explícitos na proposta

curricular de cada disciplina (Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná) que estão em

consonância com as opções teóricas deste estabelecimento.

A educação que buscamos está alicerçada nas novas formas de organização do

trabalho escolar, enfatizando o fortalecimento da equipe escolar, da gestão democrática,

coletiva e da corresponsabilidade do grupo.

A gestão democrática na escola se fortalece através dos Conselhos Escolares, no

qual sua autonomia e identidade se fortalecem pela construção do seu próprio projeto de

trabalho.

28

No âmbito escolar, a autonomia reflete o compromisso com a aprendizagem dos

alunos que é concebida como um processo de assimilação/apreensão de determinados

conhecimentos, atitudes e valores, organizados e orientados em processo de ensino.

Na sala de aula, a autonomia tem como princípio, além da capacidade didática do

professor, seu compromisso com os alunos, fazendo do seu trabalho cotidiano de ensinar

um permanente voto de confiança na capacidade de todos para aprender. Por esse motivo, a

autonomia depende da qualificação permanente dos que trabalham na escola.

Assumir esse compromisso é instituir mecanismos de avaliação como prática de

acompanhamento. A avaliação democrática deve favorecer o desenvolvimento da

capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos sociais e tecnológicos

produzidas historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo de avaliação

diagnóstica.

A avaliação desenvolvida nesse enfoque passa a ser um instrumento a serviço da

aprendizagem dos alunos e estará direcionada para o diagnóstico da qualidade dos

resultados atingidos, bem como para reorientar o trabalho pedagógico, sem perder de vistas

os objetivos gerais da escola.

Na tarefa de reorganização da prática educativa deve estar presente o Conselho de

Classe, que se apresenta como uma instância colegiada e com possibilidades de superação

das relações fragmentadas e autoritárias da escola.

Diante dessa concepção o Conselho de Classe passa a ser uma instância colegiada

de avaliação permanente do aluno e das práticas pedagógicas. Assim ele será como um

instrumento de possibilidades de transformação da escola, como espaço de geração de

ideias e como espaço educativo.

As práticas avaliativas no âmbito de um projeto educativo deve voltar-se para a

emancipação humana e isso implica romper com o existente para avançar.

Diante disso é desafio para as escolas criar condições para gerar outra forma de

organização do trabalho pedagógico, que contribua efetivamente para a formação integral

do educando e possibilite sua participação na sociedade com direito à cidadania.

29

9.1 Gestão Democrática

” A democratização dos sistemas de ensino e da escola implica aprendizado e

vivência do exercício de participação e de tomadas de decisão. Trata-se de um

processo a ser construído coletivamente, que considera a especificidade e a

possibilidade histórica e cultural de cada sistema de ensino: municipal, distrital,

estadual ou federal de cada escola.” (BRASIL. Ministério da Educação.

Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento dos

Conselhos Escolares. Gestão da educação escolar. Brasília: UnB, CEAD,2004

vol. 5. p. 25).

Considerando o exposto acima, é valorizada e incentivada a participação das

instâncias colegiadas nas tomadas de decisões da escola, dentro do que preceitua a

legislação.

Podemos constatar a gestão democrática na participação dos profissionais da

educação na elaboração do Regimento Escolar e do Projeto Político Pedagógico, já a

comunidade escolar toma parte de decisões através das instâncias colegiadas, atendendo a

LDB nº 9394/96, Art.14, incisos I e II.

MARCO OPERACIONAL

10 - DAS PROPOSTAS

10.1 - Dos Educadores

Diante do mundo globalizado, das múltiplas mudanças ocorridas e da velocidade

em que o conhecimento é produzido atualmente, a educação torna-se muito complexa, e

com ela a profissão da docência.

As mudanças ocorridas requerem um profissional diferente, comprometido no

campo do conhecimento científico, pedagógico e cultural. Nesse propósito, a competência

técnica individual dos educadores precisa estar cotidianamente a serviço do coletivo da

30

escola, cujo desafio é zelar pela aprendizagem dos alunos, independente das condições

sociais, econômicas e culturais (Diretrizes Curriculares do Paraná e LDB 9394/96).

Desse modo, os educadores optam por adotar a linha teórica do Materialismo

Histórico Dialético, que aliada à perspectiva sócio-histórica de Vigostky, bem como da

pedagogia histórico crítica, trabalham para promover constantemente os valores da justiça,

fraternidade, solidariedade e o bem comum, assumindo assim coletivamente o processo

educativo com o intuito de:

* Refletir constantemente sobre a prática pedagógica a fim de verificar se está de

acordo ou não com os anseios da comunidade escolar;

* Atentar que o currículo trabalhado seja aberto e flexível (método, conteúdo e

avaliação), de modo a contemplar a participação de todos os alunos, considerando

seus conhecimentos prévios e suas necessidades individuais.

* Está interessado que a prática educativa possibilite o acesso à educação formal

transformando os saberes vivenciados em conhecimentos científicos;

* Que a sala de aula atenda a diversidade cultural valorizando cada educando,

respeitando os diferentes tempos necessários à aprendizagem de cada um;

* Considerar que os saberes adquiridos na vivência cotidiana são pontos de partida

para se adquirir conhecimentos mais elaborados;

* Priorizar a qualidade do processo educativo, adequando o tempo escolar ás

necessidades educativas do educando;

* Mediar o conhecimento e os indivíduos favorecendo o acesso á cultura e á

elaboração dos saberes pelos próprios sujeitos com práticas significativas;

* Adotar a flexibilização curricular para os educandos com defasagens acentuadas no

conhecimento;

* Valorizar a vivência democrática na escola, comprometendo-se com a superação de

preconceitos e desigualdades, rumo ao diálogo entre grupos sociais diversos e

interesses divergentes e, sobretudo assumir como valor fundamental o interesse

coletivo na melhoria de todas as pessoas;

* Tornar a escola mais atrativa/interessante, dando sentido e significado à

aprendizagem.

31

Dessa forma o trabalho dos educadores será a busca permanente do conhecimento

no sentido de possibilitar o exercício da tolerância, do diálogo, do respeito e da

solidariedade colocando a ação educativa acima de mera “transmissão/assimilação” de

conteúdos, querendo formar um cidadão autônomo, crítico e altamente responsável não só

com os que compõem seu grupo social, mas sim com a humanidade e a natureza.

10.2 - Dos Funcionários

Historicamente falando, a presença crescente dos funcionários na escola é um

tanto recente. Por isso, há pouco tempo começamos a refletir sobre a função educativa dos

funcionários. Contudo, cada vez mais a presença ativa destes profissionais está se tornando

indispensável numa escola cujo projeto de educação esteja dentro de uma gestão

democrática.

Partindo desse princípio é que se alterou a nomenclatura para as funções

administrativas e organizacionais da escola. Verificando que esta equipe de funcionários

também influencia o processo educativo como um todo. A atual designação é “Agente

Educacional I” que engloba o antigo Serviços Gerais, Inspetor de alunos e Cozinheira. Para

as funções de apoio à biblioteca, laboratórios e secretaria, adotou-se o termo “Agente

Educacional II”. Estes termos definem melhor os aspectos educativos dos funcionários das

escolas.

A escola é um lugar privilegiado onde se produz aprendizagem compartilhada e

colaborativa.

Hoje em dia, todos têm responsabilidades sociais, uma vez que a educação

também se dá por meio de relações entre as pessoas, que direta ou indiretamente

contribuem através das atitudes vivências e práticas.

Dessa forma os funcionários desta escola auxiliam o processo educativo quando

participam e colaboram ativamente no planejamento das ações educativas da escola,

quando se integram aos alunos e professores, auxiliando-os em vários aspectos:

conservação do patrimônio, do meio ambiente, das relações entre alunos, ajudando-os na

compreensão e solução de problemas pessoais.

32

Diante disso os funcionários construíram o seguinte plano de ação:

* Participar das atividades de elaboração e de acompanhamento da Proposta Político

Pedagógica da escola;

* Sugerir e participar de atividades de estudo proporcionadas pela escola;

* Refletir sobre o trabalho realizado e buscar formas de aperfeiçoamento,

participando de projetos que enriqueçam a prática realizada e favoreça o trabalho

educativo contribuindo significativamente na educação dos alunos que frequentam

esta escola;

* Participar ativamente dos projetos desenvolvidos para enriquecer a prática

realizada e favorecer o trabalho educativo, contribuindo significativamente na

educação dos alunos que frequentam esta escola;

* Realizar atividades específicas, com a equipe pedagógica e os professores, para

tratar de determinados assuntos, como: o uso correto da biblioteca, do laboratório

de informática e de ciências, o cuidado com as paredes, carteiras, cadeiras, plantas,

materiais diversos tais como pratos e talheres, banheiro, etc.

* Na biblioteca: Projeto de Leitura. Atividades que envolvam os alunos para

estimular o hábito de leitura: confecção de livros temáticos, painéis, contação de

histórias e outros;

* Na secretaria: Preservação do patrimônio imaterial: fotografar, filmar os eventos e

acontecimentos diversos do colégio, construindo um arquivo de forma a preservar

a história da escola;

* Agente Educacional I: Conscientizar os alunos quanto a produção do lixo e o seu

destino correto, reciclagem, limpeza do ambiente e preservação ambiental.

10.3 - Plano De Ação Dos Docentes

* Reunião Pedagógica e Semana Pedagógica: para aprofundar e explicitar a pedagogia

histórico-crítica e o materialismo histórico dialético, opção teórica da rede estadual

33

de Educação no Paraná, bem como planejar ações para sua viabilização. Ocorrerá

durante o ano letivo, conforme o calendário escolar.

* Acompanhamento individualizado para diagnosticar as dificuldades de

aprendizagem dos alunos e encaminhá-los para a Sala de Apoio (alunos de

sexto/sétimo ano) e sala Multifuncional (alunos com necessidades especiais) de

todas as séries.

* Fortalecimento do Grêmio Estudantil: a partir da eleição dos representantes de

turma e formação de comissão pré-eleição, com a finalidade de implementar e

exercitar a consciência democrática na escola, comprometendo-os com o bem

comum e com os interesses da maioria e incentivar a participação de alunos nos

Conselhos de Classe e Conselho Escolar.

* Mostra Cultural: Possibilitar aos alunos oportunidade de demonstrarem seus

trabalhos artísticos, dando visibilidade às manifestações culturais presentes na

sociedade, expressando seus conhecimentos em diferentes linguagens. A mostra é

geralmente realizada no final do primeiro semestre.

* Festa Junina ou Festa da Cultura Popular – realizada em junho/julho, visa manter as

tradições populares brasileiras, suas danças, roupas, comidas típicas, realizar estudo

e pesquisa específicos sobre o tema.

* Mostra Científica: Este evento proporciona aos educandos condições de iniciação a

pesquisa científica e a construção da autonomia intelectual. É realizada anualmente

no segundo semestre.

* Mostra da Cultura Afro-brasileira e Contracultura – realizada a partir de meados do

segundo semestre, tem como objetivo pesquisar e dar visibilidade às manifestações

culturais afro-brasileiras e das minorias, especialmente àquelas excluídas da

indústria cultural; Cada disciplina trabalhará os conteúdos referentes à cultura afro-

brasileira e indígena, dentro do planejamento curricular. As disciplinas de Língua

Portuguesa, História e Geografia trabalharão o resgate histórico destas culturas,

culminando com uma apresentação cultural envolvendo toda a comunidade escolar;

(Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008).

34

* Jogos inter-salas: Geralmente realizada nos términos do primeiro e do segundo

semestre. Oportunizar momentos de lazer e envolver os educandos na prática

esportiva favorecendo a qualidade de vida dos mesmos.

* Atividades voltadas aos pais e alunos: Trabalho de prevenção ao uso de drogas

lícitas ou ilícitas. Desenvolver a consciência do prejuízo que estas drogas causam a

saúde. O tema será desenvolvido pelos professores da escola durante o ano letivo,

buscando ajuda de entidades especializadas como as UBS - Unidades Básicas de

Saúde e outras. (Lei Estadual nº 17650/2013)

* Trabalho de prevenção e conscientização sobre o Bullyng em todas as séries;

respeito às diversidades étnico-raciais e de gênero, doenças sexualmente

transmissíveis, saúde mental, gravidez na adolescência e outras. Para isso, serão

oportunizadas para todas as turmas palestras com profissional especializado através

do PSE – Programa de Saúde na Escola. (Leis Federais: 13.061/2014; 12.288/2010;

12.073/2009;)

* Assembleia geral: para informar os pais sobre as normas gerais da escola e coletar

sugestões para o aperfeiçoamento da prática educativa. Realizada no início do ano

letivo e no decorrer do ano conforme necessidade da escola pela Direção.

* Reuniões periódicas rais com os pais: para informar os pais sobre o desempenho

escolar dos filhos, suas dificuldades, questões de responsabilidade e convívio social.

* Orquestra de Flauta Doce: programa de fomento musical, realizado em parceria com

a Secretaria Municipal de Cultura. Aberto a toda a comunidade a partir dos 9 anos.

Tem como objetivo proporcionar o acesso à cultura musical e artística, daqueles

historicamente excluídos do processo de criação cultural. (Parecer CNE/CEB

nº12/2013)

* Projeto de vôlei/Hora Treinamento: Voltado para todos os alunos, com o propósito

de se atender preferencialmente os alunos em situação de risco ou com dificuldades

no desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

35

10.4 - Formação Continuada

De acordo com LDB 9.394/96, os sistemas de ensino deverão promover a

valorização dos profissionais de educação, assegurando-lhes aperfeiçoamento profissional

continuado e período reservado a estudo, planejamento e avaliação, incluído na carga

horária de trabalho.

Diante da exigência da LDB, da mudança no perfil e na incumbência dos

professores e a necessidade de continuar aprendendo para atender os desafios da sociedade

atual as escolas e os professores atualizar-se-ão frente às novas demandas.

A escola é lugar privilegiado para a formação profissional. A formação continuada

vem de encontro aos anseios da sociedade e ao mundo do trabalho. É preciso achar formas

de continuar aprendendo sempre e desenvolver-se profissionalmente.

A escola como espaço de formação planejará as atividades de acordo com a

necessidade de seus profissionais e comunidade. Dessa forma a capacitação continuada

nesta escola será realizada através de participação nas Reuniões Pedagógicas, Formação em

Ação e Semana Pedagógica. Reuniões Pedagógicas, previstas no calendário para

aprofundamento teórico na pedagogia histórico-crítica e materialismo histórico dialético.

10.5 – Organização da Hora Atividade

A hora atividade está organizada de forma individual, por professor, conforme

horário de trabalho de cada um. Os professores utilizam o horário da hora-atividade para

replanejamento (conforme necessidade), preparação de aulas, correção de atividades dos

alunos, atendimento a alunos e pais e também para estudo e aprofundamento.

10.6 - Da Inclusão Educacional

A Inclusão Educacional é um desafio a ser enfrentado por todos os profissionais da

educação. O desafio está em criar e garantir condições para que todos os educandos possam

manter-se na escola e aprender. Dessa forma é necessário desenvolver na escola, ações que

respondam às necessidades educativas de todos.

36

No planejamento do professor: flexibilização curricular, utilização de estratégias

metodológicas e recursos que respondam as necessidades individuais de todos os alunos,

dos que apresentam dificuldades de aprendizagem ou não. A flexibilização curricular

deverá respeitar o ritmo e estilos de aprender de cada um, independente das diferenças

culturais, econômicas e cognitivas.

Recuperação paralela: atender os alunos que não se apropriam totalmente dos

conteúdos trabalhados na sala de aula, ocorre imediatamente após a identificação da

dificuldade apresentada.

Nas disciplinas: desenvolvimento de temas em sala de aula que contribuam com a

formação de pessoas mais sensíveis e solidárias, dando condições aos alunos de tomarem

consciência das dificuldades e do esforço enfrentado pelas pessoas com necessidades

especiais e excluídos de serem aceitos e valorizados na sociedade. Os temas trabalhados

possibilitam ainda diminuir as diferenças, ressaltar e valorizar a capacidade que todas as

pessoas possuem de desenvolver seu potencial e seu senso crítico, desde que tenham as

oportunidades necessárias.

Sala de Apoio Pedagógico: atender alunos que frequentam o 6º Ano do Ensino

Fundamental e apresentam dificuldades de aprendizagem por defasagem de conteúdo.

Sala Multifuncional: atender alunos com necessidades educativas especiais por

apresentarem deficiência física ou mental temporária ou permanente que comprometa seu

desenvolvimento escolar.

Esses serviços pedagógicos têm por objetivo possibilitar o acesso à

complementação do currículo comum a todos os alunos, bem como diminuir a evasão e

repetência. Nem todos os educandos se desenvolvem da mesma forma e com as mesmas

condições acadêmicas formais dos demais educandos, necessitando de propostas

curriculares alternativas àquelas desenvolvidas pela escola regular, a fim de garantir o

processo de aprendizagem. A capacitação continuada é uma necessidade, pois dará

condições aos professores de buscarem novos caminhos para a superação de práticas

excludentes e construção de espaços inclusivos a fim de atender às necessidades de todos

os cidadãos, inclusive aqueles que apresentam necessidades educativas especiais.

37

10.7 - Da cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena

O currículo desta escola está organizado para atender às determinações da lei

9394/96 Artº. 26 de incluir o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em

todas as disciplinas do ensino fundamental e médio, como conteúdo complementar. (Leis

Federais 10.639/2003 e 11.645/2008)

A inclusão do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem como

objetivo valorizar devidamente a história e a cultura do povo negro na perspectiva de

ampliar o conhecimento para diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.

(Parecer nº 003/2004 pg. 21)

10.8 - Dos estudos sobre o Paraná

O estudo sobre o Paraná está incluído nas disciplinas de História Geral e Geografia

do ensino fundamental e médio como conteúdo complementar e como projeto nas demais

disciplinas. Conforme Lei 13381 de 18 de dezembro de 2001, o ensino de história do

Paraná passa a ser obrigatório no Ensino Fundamental e Médio da rede pública do Estado

do Paraná, objetivando formar cidadão cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso

Estado.

10.9 – Dos Desafios Educacionais Contemporâneos

A contemporaneidade exige da Educação muito mais do que os conhecimentos

formais abordados no currículo tradicional.

Temas como Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Educação para as Relações Étnico-Raciais (Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008),

Educação para o Trânsito, Educação Escolar Indígena, Prevenção ao uso indevido de

drogas, Enfrentamento a Violência na Escola, Gênero e Diversidade Sexual, são essenciais

para a formação do indivíduo. Desta forma, constantemente estes assuntos, têm sido

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abordados em nossas capacitações e por consequência nas Propostas Pedagógicas

Curriculares, como forma orientar e de fortalecer esses conhecimentos junto aos nossos

alunos.

11 - ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

11.1 – Justificativa:

Considerando que o trabalho na forma de estágio ou não, constitui-se numa parte

importante no processo de formação educacional do ser humano, dentro dos parâmetros

legais estabelecidos pela Lei Federal No 11.788, de 25 de setembro de 2008, a Instrução No

006/2009 – SUED/SEED e a Deliberação No 02/09 a escola poderá fazer o

encaminhamento dos alunos regularmente matriculados que desejam exercer o direito de

realização de estágio remunerado. Porém, como a preocupação central da escola não deve

ser o fornecimento de mão de obra para o mercado de trabalho dos próprios estagiários, a

escola precisa observar se as atividades laborais não trazem prejuízos para os alunos

estagiários no processo de sua formação acadêmica.

Conceber o trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir

das diferentes disciplinas, para se analisar as relações de contradições sociais, as quais se

explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos

conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as

possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho. O trabalho é a do homem,

pois é o meio pelo qual nos relacionamos com a natureza e a transformamos em bem, não é

uma atividade isolada, através dele entramos em contato um com os outros e construímos

uma relação de interesses.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer acesso aos conhecimentos

produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro

trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto

implica em ir para além de uma forma técnica que secundariza o conhecimento necessário

para se compreender o processo de produção em sua totalidade. Os conhecimentos

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escolares são a via para se analisar esta dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao

estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma autônoma, consciente e

crítica.

11.2 – Objetivos:

O estágio deve fazer parte do Projeto Político Pedagógico da escola, além de

integrar o itinerário formativo do educando.

O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e

a contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida

cidadã e para o trabalho, contribuindo assim para a formação do educando no

desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunize concebê-

lo como ato educativo.

Representa a complementação da formação profissional de seus alunos além do

intercâmbio estabelecido com a instituição que oferece o estágio, ocorrendo troca de

informações entre ambos.

11.3 - Atividades de Estágio:

Atividades que possibilitem:

* a integração social;

* o uso de novas tecnologias;

* produção de textos;

* aperfeiçoamento do domínio do cálculo;

* aperfeiçoamento da oralidade;

* compreensão das relações de trabalho, tais como: planejamento, organização e

realizações de atividades que envolvam rotina administrativa, documentação comercial e

rotinas afins.

40

12 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS

12.1 – Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa,

avaliativa e fiscal formado por todos os segmentos da escola professores, funcionários,

pais, alunos e representantes da comunidade, obedecendo o princípio da representação

paritária.

São atribuições do Conselho Escolar deliberar sobre:

* Diretrizes e metas da escola;

* Solução para problemas de natureza administrativa e pedagógica;

* Integração Escola – Família – Comunidade;

* Analisar projetos propostos por todas as categorias que compõem a comunidade

escolar, no sentido de avaliar sua necessidade e aprovar se for o caso;

* Apreciar e aprovar o plano de aplicação e prestação de contas dos recursos

financeiros da escola;

* Deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela direção, pertinentes ao âmbito

da administração da escola;

* Realizar a prestação de contas a comunidade através de boletins informativos das

despesas realizadas pela escola.

* Mobilizar a comunidade a participar da escola através de Assembleias, Reuniões e

atividades de entretenimento.

* Realizar em conjunto com a APMF atividades de entretenimento, para os pais dos

alunos, como Festa Junina, jogos inter salas e afins;

* Solicitar da SEED que realize a reforma física do prédio conforme projeto

encaminhado a mantenedora;

* Auxiliar à APMF a prover recursos para a escola a fim de ajudar no

desenvolvimento de projetos educativos, através de festas e contribuições.

41

12.2 - Da APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão colegiado de apoio a

instituição escolar que tem por objetivo a integração entre a família, educadores e escola.

A APMF é a entidade privilegiada para fazer acontecer a participação efetiva dos

pais na escola. Contribuir de forma fundamental para a melhoria da qualidade do ensino

através da democratização das discussões e do apoio efetivo voltado ao atingimento dos

objetivos da escola (Guia de Gestão – 2002).

Considerando a importância e a relevância do trabalho realizado pelos componentes

da APMF, estes se propõe realizar atividades com a equipe gestora e Conselho Escolar que

estimulem a participação efetiva dos pais na escola:

* Promover palestras para pais e alunos em parceria com os acadêmicos da Unioeste

que venham contribuir para a formação pessoal das pessoas. Os temas trabalhados

serão: Drogas Lícitas e ilícitas, Doenças Sexualmente Transmissíveis e temas

afins.

* Promover junto com o Conselho Escolar atividade de entretenimento para os pais

dos alunos a fim de motivá-los a participar de outros eventos realizados na escola.

* Reunir-se com o Conselho Escolar para acompanhar e analisar o desenvolvimento

da proposta pedagógica da escola, e sugerir alterações quando se fizer necessário.

12.3 - Do Grêmio Estudantil

O Grêmio estudantil é uma organização sem fins lucrativos e que representa o

interesse dos estudantes. Tens fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. O

Grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Um grêmio atuante

auxilia na defesa de direitos e interesses e ensina ética e cidadania na prática. Ele permite

que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação, tanto no

próprio ambiente escolar como na comunidade. O Grêmio é também um importante

espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.

42

Em nossa escola, as eleições acontecem logo no início do ano letivo, a partir das

eleições dos representantes de turma e da formação da comissão eleitoral, seguindo um

estatuto próprio, aprovado pelo coletivo dos estudantes. A eleição para representantes do

Grêmio Estudantil ocorre a cada dois anos, com alunos de todos as séries, exceto dos

terceiros anos.

12.4 - Do Conselho De Classe

O Conselho de Classe, segundo Dalben, é uma instância colegiada e

interdisciplinar de avaliação do processo ensino/aprendizagem e de todos envolvidos.

No entanto, essa organização coletiva é bastante complexa e desafiante.

Normalmente, essa prática não acontece de forma satisfatória, ele costuma ser apenas um

momento coletivo de professores, pedagogos e direção com a finalidade principal de

analisar o processo de aprendizagem com o intuito de promovê-los ou não para as séries

seguintes. Sempre orienta-se o trabalho para que haja discussões em torno dos

encaminhamentos possíveis e não só focando nos problemas. A partir de 2017, os conselhos

de classe ocorrerão ao término de cada trimestre. Após cada conselho será realizada uma

reunião de pais/responsáveis para que estes tenham conhecimento dos dados e entrega de

boletins. Realizamos também como parte das avaliações, uma avaliação institucional, na

qual todos os profissionais da escola participam do processo, avaliando e sendo avaliados,

incluindo os alunos para com os professores.

Todo esse processo nos dá orientações para as ações a serem tomadas, com vistas

ao sucesso do processo de ensino-aprendizagem.

Entendemos que é preciso aprimorar constantemente essa prática. Para isso o

assunto sempre é abordado em nossos momentos de formação e reuniões pedagógicas,

possibilitando a busca de novos encaminhamentos que contribuam com a construção de

propostas alternativas e que o Conselho de Classe se transforme em uma instância coletiva

e reflexiva das ações educativas da escola, com a participação efetiva de todos os

envolvidos, professores, alunos e pais.

43

12.5 – Do Processo de Integração Família/Escola

A família como alicerce da educação informal de toda a comunidade, precisa estar

em contato permanente com a Escola. E esta pode também oferecer momentos de formação

e informação aos responsáveis e pais, auxiliando no processo educativo familiar. Essa troca

constante de experiências e conhecimentos aprimora o processo educativo, promove a

integração entre os agentes educacionais, faz com que o aluno e a família se transformem

em sujeitos do processo, podendo interferir, dar sugestões, avaliar os serviços prestados.

Desta forma, compreendendo no calendário escolar é contemplado uma semana

destinada para ser realizada ações de integração entre família e escola. A Gestão

Democrática verdadeira possibilita uma real participação de toda a comunidade nas

atividades escolares, incluindo nos processos decisórios, é que se proporciona momentos

constantes de participação da comunidade, como por exemplo Mostra Cultural, Mostra

Científica, Avaliação por questionário, Conselho Escolar e APMF e Reunião de Pais para

entrega de boletins e também para formação e debate. Todo esse processo está elencado em

seus lugares específicos nesse documento.

13 - AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS

13.1 - Concepção

A avaliação se constitui num meio para instrumentalizar o educador a alcançar seu

maior objetivo: a aprendizagem. No entanto, o que se pratica na escola é a avaliação como

“fim” educativo. Estuda-se não para se apropriar do conhecimento e sim para alcançar uma

determinada “nota”. Isso faz com que os estudantes usem meios considerados ilícitos para

se alcançar esse fim: a cola, por exemplo. E faz também com que professores “facilitem” a

aquisição da nota, ou dificultem sua obtenção, sendo então, objeto de negociações entre

aluno, professor e até mesmo a família. Na realidade o que se tem é o exame que, conforme

Luckesi, tem como objetivo aprovar ou reprovar, é pontual, pois as respostas precisam ser

dadas no momento, é classificatório, seletivo, estático e antidemocrático, entendemos que a

avaliação deve apresentar algumas características bem diferentes das citadas anteriormente.

Ela deve ser:

44

* Diagnóstica: levantando-se a situação dos indivíduos, este conhecimento pode

subsidiar novos procedimentos levando à melhoria da qualidade de ensino;

* Processual: é parte de um todo. Aprende-se até mesmo com a avaliação. Os

resultados não são definitivos, fazem parte do processo;

* Inclusiva: Incluir o educando no processo educativo, orientá-los e acompanhá-los

para que superem suas dificuldades, utilizando-se o tempo que for necessário;

* Democrática: Para todos, deve ajudar no processo ensino-aprendizagem, levando-

se em consideração a cada educando e suas possibilidades individuais, garantindo

que a aprendizagem se efetive;

* Dinâmica: serve como elemento de auxílio para outros encaminhamentos

pedagógicos;

No

Os educadores devem utilizar vários instrumentos avaliativos (no mínimo três

diferentes) tais como: provas objetivas, provas dissertativas, pesquisas individuais,

pesquisas em grupos, seminários, debates, relatórios, auto-avaliação e observação.

Munidos destes materiais, o professor atribuirá uma nota que mensurará o

conhecimento apreendido, a fim de verificar se o aluno apresentou a aprendizagem

necessária, ou não.

As avaliações serão contínuas e cumulativas, devendo ser registradas no mínimo

2 (duas) notas de avaliação e 2 (duas) notas de recuperação por disciplina no trimestre,

sendo os resultados convertidos em média expressa numa escala de zero (0,0) a dez (10,0).

O sistema avaliativo é trimestral e a recuperação de nota será realizada por bloco de

conteúdo. Todas as avaliações terão o valor de 10,0 (dez virgula zero).

13.2 - Procedimentos e Critérios:

* As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com a

finalidade educativa;

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* É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição, ou a um único instrumento avaliativo.

* O aluno que perder avaliação, deverá justificar a falta mediante a Equipe

Pedagógica apresentando atestado médico, que será registrado no caderno de turma,

no sistema SERE e posteriormente arquivado. Caso o aluno não tenha comparecido

ao médico deverá retirar, junto a Equipe Pedagógica formulário de Requerimento,

que deverá ser preenchido pelo seu responsável e entregue à equipe pedagógica que

analisará a sua justificativa que deferirá ou não pela realização da avaliação. Em

caso de deferimento aluno terá o direito a fazer a prova ou entregar o trabalho

posteriormente.

* Para todos os educandos é oportunizada a recuperação de conteúdo/estudo que

ocorre concomitante ao processo de aprendizagem. No trimestre será ofertada duas

recuperações de notas, por bloco de conteúdo, para todos os alunos,

independentemente de ter obtido a média mínima necessária.

* Os resultados das avaliações e recuperações serão registrados no Registro de Classe

On-line (RCO). A recuperação de conteúdos deverá ser realizada logo após cada

avaliação e registrada no RCO, no campo dos conteúdos “recuperação do conteúdo

da avaliação realizada, constar data e conteúdo recuperado”.

Após o término de cada trimestre será realizada reunião para entrega de boletim, onde os

pais são convocados e tomam conhecimento sobre o rendimento escolar do seu filho. Vale

ressaltar que os pais podem acompanhar a rotina escolar de seus filhos através das tarefas,

registros dos professores nos cadernos dos alunos, bilhetes emitidos pela Equipe

Pedagógica, convocações esporádicas e sempre que julgar necessário poderá comparecer no

colégio.

46

13.3 - Recuperação de Estudo

A recuperação será realizada paralelamente aos trabalhos do ano letivo, de forma

que o aluno possa ter oportunidades para obter a apropriação do conhecimento. Sendo a

recuperação paralela direito de todos os educandos, independentemente do nível de

apropriação apresentado.

A recuperação de conteúdo será realizada por meio de exposição dialogada dos

conteúdos, de novas atividades significativas, conforme descrito no regimento escolar.

A recuperação de notas acontecerá 2 (duas) vezes no decorrer do trimestre,

preferencialmente com um instrumento diferenciado. Todos os alunos terão o direito de

realizá-la e prevalecerá maior nota entre a nota de avaliação e a nota de recuperação.

Os alunos com necessidades especiais serão avaliados pelo desenvolvimento do

seu potencial, não em função de sua deficiência, nem em comparação com outros alunos e

será propiciado a flexibilização de conteúdos para os mesmos.

13.3.1 Quinzena de Avaliação

A cada trimestre 1 (uma) prova de recuperação será realizada em uma quinzena

específica, organizada pela equipe pedagógica e direção e divulgada para o corpo docente e

alunos previamente. O objetivo deste processo é auxiliar na organização do educando, de

sua família, bem como ampliar o sentimento de responsabilidade com a atividade escolar, e

a disciplina necessária ao bom desempenho. A outra prova de recuperação será aplicada em

data definida pelo professor de cada disciplina, conforme aplicação dos conteúdos.

13.4 – Regime de Progressão Parcial

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o educando, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes. Este estabelecimento não oferece o

regime de progressão parcial. As transferências recebidas de educandos com dependência

em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de

estudos. Este plano será elaborado anualmente pelos professores específicos das disciplinas

pendentes e a equipe pedagógica, procurando contemplar os conteúdos necessários à série

47

específica, sempre visando a aprendizagem. Será usada a hora-atividade do professor para

atender às dúvidas desses alunos, bem como para a elaboração do plano.

14 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

14.1 - Concepção de Avaliação

A avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo. Através dela

é possível saber como está a aprendizagem dos alunos e obter indícios para refletir e

melhorar a prática pedagógica.

Por meio da avaliação descobre-se se os objetivos propostos foram atingidos, e

quais os desvios e acertos, e como reorganizar as ações que se fizerem necessárias. Por isso,

não deve acontecer em momentos isolados, mas durante todo o percurso realizado.

Pela avaliação é possível garantir a qualidade do desempenho de todos os

participantes envolvidos no processo educativo da escola (pais, alunos, professores,

especialistas, etc.), o que implica consciência crítica e capacidade de ação do saber e da

formação do cidadão.

E por considerar a avaliação como parte integrante de um projeto educativo de

qualidade, esta escola opta em realizar a Avaliação Institucional através de paradas

sistemáticas para analisar o desenvolvimento do trabalho educativo realizado através de:

* Encontros periódicos dos profissionais: a fim de buscar aprofundamento, partilhar

preocupações e anseios, analisar e trocar experiências.

* Reuniões periódicas: com alunos, nas turmas, para consultar as expectativas frente

ao trabalho educativo realizado, através de questionário próprio.

* Questionário: aplicado anualmente, on-line, a fim de obter informações sobre o

nível de satisfação em relação ao ensino-aprendizagem e o desempenho dos

profissionais da escola. Participam desse processo todos os alunos, funcionários,

professores e os pais/responsáveis.

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* SAEB e ENEM: Utilizar os resultados apontados para analisar o desempenho dos

alunos e criar condições para educandos e educadores ampliarem seu

conhecimento.

A avaliação institucional é um instrumento valioso para a construção e

implementação de mudanças necessárias das políticas e das práticas educacionais.

A avaliação Institucional vinculada ao objetivo desta escola possibilita ao coletivo

da escola a reflexão, identificação dos fatores que facilitam ou dificultam o processo

democrático e a tomar consciência dos rumos e comprometimentos com ações inovadoras

que visem ao avanço e a melhoria da educação oferecida aos nossos educandos.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico é fundamental para todo esse

processo, pois é o documento norteador de toda prática pedagógica. Desta forma, será

realizada conforme as necessidades durante o ano. No entanto, sempre será retomada nas

discussões realizadas durante a Semana Pedagógica no início do ano letivo.

15 - BRIGADA ESCOLAR

A Brigada Escolar foi criada com o objetivo de capacitar os profissionais que

trabalham nas instituições a atuar preventivamente em situações de risco naturais ou

provocados pelo homem, bem como, intervir em caso de emergências para garantir a

integridade das pessoas envolvidas. Para tanto anualmente é propiciado curso de formação

de brigadistas para os profissionais da educação, preparando-os para agir em diversas

situações de risco.

Entre as ações desenvolvidas pela brigada escolar consta o Plano de Abandono

Escolar, atividade planejada conforme a planta do colégio, é realizada semestralmente,

prevista em calendário escolar e tem como objetivo o treinamento para saída emergencial

do prédio, da maneira mais segura e organizada possível. A Direção escolar e a Brigada

Escolar participam do planejamento e execução da atividade.

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16 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BALBEN, A.I.L.de F. Dimensões subjetivos na prática dos conselhos de classe.

Campinas, SP: Papirus, 1995

BRASIL, LDB. LEI 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Disponível em www.planalto.gov.br. Acesso em: 24 de maio de 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à Prática Educativa.

São Paulo: Ed. Paz e Terra, 1996.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola. Salvador: Malabares

Comunicação e Eventos, 2003

MEIRELES, Cecília. Problemas na Literatura Infantil. 3ª Edição. Rio de Janeiro. Nova

Fronteira, 1984.

RIBAS, Mariná Holzmann (org). Formação de Professores: Escolas, Práticas e Saberes,

UEPG, 2004.

SEED – A Educação Especial no Paraná, 2006.

SEED – Diretrizes Curriculares Para Educação Especial Para Construção de

Currículos Inclusivos, 2006.

SEED- Diretrizes Curriculares na Rede Pública de Ensino de Educação Básica do

Estado do Paraná 2005.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento: Plano de Ensino – Aprendizagem e

Projeto Educativo. 1995.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Ensino e avaliação: uma relação intrínseca à

organização, Campinas, SP: Papirus, 1996