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COLÉGIO ESTADUAL BOM PASTOR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 3336-6335 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No Diário Oficial de 11 de setembro de 1964 foi publicada a Portaria nº 4.045, ... já em fase final de construção o Ginásio de Esportes foi

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COLÉGIO ESTADUAL BOM PASTORENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

3336-6335

PROJETOPOLÍTICO

PEDAGÓGICO

2010

COLÉGIO ESTADUAL BOM PASTORENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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I- APRESENTAÇÃO

A construção do,Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Bom Pastor teve início nos cursos de formação continuada de 2009, de forma mais sistematizada nas jornadas pedagógicas 2009-2010, semana pedagógica, reuniões pedagógicas, grupos de estudos, horas atividade, pesquisas e consultas junto à comunidade. Foram diversas as iniciativas que garantiram de fato olhar nossa prática e perceber os avanços e pontuar os limites que impossibilitam ofertar um ensino com mais qualidade. Esperamos nos aproximar de forma organizada do Colégio que queremos e consequentemente do trabalho que queremos oferecer, garantindo:

• Igualdade para todos, acesso e permanência.

• Qualidade para todos.

• Gestão democrática, abrangendo as dimensões pedagógicas, administrativa e financeira, exigindo uma compreensão profunda dos problemas postos pela prática pedagógica.

• Liberdade e autonomia, fazendo parte da própria natureza do ato pedagógico.

• Valorização do magistério como princípio central na discussão do Projeto Político Pedagógico

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II- IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO

Nome: COLÉGIO ESTADUAL BOM PASTOR – ENSINO FUNDAMENTAL ,

MÉDIO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Endereço: RUA CARLOS RAZERA, Nº 445.

Bairro: VISTA ALEGRE

CEP: 80.810-310

FONE/FAX: 3336-6335

E-MAIL: [email protected]

MUNICÍPIO: CURITIBA – PARANÁ

NRE: CURITIBA

Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Horário de Funcionamento: MANHÃ – 7:30 ÀS 11:50 HORAS

TARDE - 13:30 ÀS 17:50 HORAS

NOITE - 18:30 ÀS 22:00 HORAS

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III- HISTÓRICO DO COLÉGIO

Em fevereiro de 1941, por ordem do Sr. Antônio Beira Fontoura, Inspetor Municipal, foi instalada no município de Curitiba, a então ESCOLA ISOLADA DE TAQUATUVA. Na época, era Diretor Geral da Educação o Sr. Hostílio César de Souza Araújo. A escola funcionava em uma sala de propriedade do Sr. Antônio Gruba. A primeira professora foi a SRTA. Lenira Alice, professora normalista. Em maio de 1945, por ordem do então Diretor Geral de Educação, Sr. Antenor Pamphilio dos Santos, a Escola mudou-se para uma sala de propriedade da professora Maria Viezzer Hermann que desde 12 de fevereiro de 1942, passara a exercer a função em virtude da remoção da professora Lenira Alice. Em 1946, dado o grande número de alunos, a escola passou a funcionar em dois períodos e, a partir de 1959, em três períodos letivos. A 13 de julho de 1964, pelo decreto nº 15.448, foi criada a Casa Escolar de Tatuquara e, a 18 de agosto do mesmo ano, o decreto nº 15.704 retificou o Decreto anterior, declarando que a referida criação foi da Casa Escolar de “Tatuquava”, com a denominação de CASA ESCOLAR “BOM PASTOR”. No Diário Oficial de 11 de setembro de 1964 foi publicada a Portaria nº 4.045, que designou a professora Maria Viezzer Hermann para a função de Diretora. Em fevereiro de 1965 a Escola mudou-se para um prédio especialmente construído para este fim, de propriedade da paróquia de Nossa Senhora das Mercês. Aposentada em 05 de setembro de 1967, a Diretora Maria Viezzer Hermann foi sucedida pela professora Maria Rodrigues Morais e Silva, cuja portaria de designação como Diretora de nº 10.097, foi publicada no Diário Oficial de setembro. O Decreto nº 538, de 07 de julho de 1971, assinado pelo governador Aroldo Leon Peres, publicado no Diário Oficial de 08 de julho, declarou de utilidade pública um terreno com área de 4.214,65 metros quadrados, localizado na Quadra nº 1 da Planta Jardim das Mercês, para a construção das novas instalações do GRUPO ESCOLAR BOM PASTOR, DENOMINAÇÃO QUE A ESCOLA PASSARA A TER DESDE 16 DE NOVEMBRO DE 1965, PELO Decreto nº 19.997, assinado pelo então Governador Ney Braga. O Decreto nº 1.357, de 23 de dezembro de 1975, publicado no Diário Oficial de 29 de dezembro de 1975, autorizou o funcionamento da ESCOLA ESTADUAL BOM PASTOR – ENSINO DE 1º GRAU, nos termos da Lei Federal nº6.592, de 11 de agosto de 1971, que fixou Diretrizes e Bases do Ensino

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de 1º e 2º Graus. A partir de então, funcionam com turmas de 1ª a 6ª série, a escola fez parte do Complexo Escolar “Dona Rosa Saporski” - Ensino 1º Grau Regular e Supletivo e Ensino de 2º Graus, mantido pelo Governo do Estado do Paraná, complexo resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor Guido Straube, Grupo Escolar Dona Rosa Saporski Noturno, Casa Escolar Lar das Meninas Hermínia Lupion, Grupo Escolar Bom Pastor e Grupo Escolar São Francisco de Assis. Em 12 de outubro de 1977, deu-se a inauguração do novo prédio, com 12 salas de aula e demais dependências. A partir de 20 de janeiro de 1983, passou a denominar-se ESCOLA ESTADUAL BOM PASTOR – ENSINO DE 1º GRAU. Neste ano ainda, a Resolução nº 4.330 de 30 de dezembro, autorizou o funcionamento da 7ª série a partir de 1984. A Resolução nº 8.195, de 11 de dezembro de 1984, autorizou o funcionamento da 8ª série a partir de 1985. A Resolução nº 1.165, de 21 de março de 1986, publicada no Diário Oficial de04 de abril do mesmo ano, desvinculou a Escola do Complexo Escolar, passando a funcionar como unidade independente. A Resolução nº 1.100 de 12 de março de 1987, publicada no Diário Oficial de 25 de março de 1987, reconheceu o Curso de 1º Graus – Regular, em decorrência do que ficou também reconhecida a Escola Estadual Bom Pastor – Ensino de 1º Grau. Este ato integrou formalmente o Estabelecimento ao Sistema Estadual de Ensino para todos os efeitos legais. O Diário Oficial de 28 de dezembro de 1987, publicou a Resolução nº 4.753 de dezembro, designando o Professor Jorge Salles dos Santos para exercer a função de Diretor por um período de dois anos, a partir de 1º de janeiro de 1988. Foi o primeiro diretor eleito na Escola, por voto direto da comunidade escolar (pais, professores e funcionários). Foi reeleito nas eleições realizadas em 1989, para outro mandato de dois anos. Por sua iniciativa e criação, a Escola passou a ter uma Bandeira, usada pela primeira vez nas comemorações do Jubileu de Prata, em 18 de agosto de 1989. Devido à grande procura de matrículas, as doze salas do prédio se tornaram insuficientes e, a partir de 1990, foi necessária a criação de novos espaços, sendo a sala dos professores adaptada e utilizada como sala de aula. A Direção da Escola realizou várias solicitações junto às autoridades competentes para a construção de uma nova sala. Então, em 1993, foi inaugurada mais uma sala e a partir daí a escola começou a contar com treze salas de aula. Em 1996, teve início um projeto idealizado pelo professor Jorge Salles dos Santos, a construção de um Ginásio de Esportes, com 1.200 metros quadrados.

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Neste local os alunos, professores, funcionários e comunidade podem usufruir de várias modalidades desportivas e culturais. Em 1997, já em fase final de construção o Ginásio de Esportes foi cenário da Abertura da Semana Cultural com desfile e apresentações realizadas pelos alunos, Neste mesmo ano a Escola ampliou seu quadro de apoio havendo eleição para Diretor Auxiliar, sendo eleitos para o triênio 98/2000, Jorge Salles dos Santos, Resol. 04269/97 e Maria José de Araújo, Port. 00963/97, respectivamente. O Departamento de Ensino Fundamental aprova em 1998 a implantação do Ciclo Básico de Alfabetização – 04 anos, tendo em vista o disposto na Deliberação n} 033/93 do Conselho Estadual de Educação e na Resol. Secretarial nº 585/95. A Escola inicia uma nova fase na área pedagógica ao ampliar o CBA – 2 anos para 4 anos, cujos objetivos são : a) ofertar aos alunos através de aprendizagem, condições de apropriação e produção de conhecimento no período regular; b) propiciar aos alunos com defasagem de aprendizagem, estudo complementar em período contrário. E, para essa finalidade foram adaptadas duas salas de aula para receber com mais conforto os alunos do contra-turno. Foi revogada a autorização para funcionamento de uma Classe Especial em 04/06/98, Resol. 1804/98 e através de outra Resol. 1920/98 de 09/06/98 foi autorizado o funcionamento de uma Sala de Recursos. Em 2002, no dia 21/12/02, foi publicado no Diário Oficial a resolução nº3069/2001 designando a Professora Maria José de Araújo para exercer a função de Diretora em substituição ao Professor Jorge Salles dos Santos. Esse primeiro mandato foi indicação da Secretaria de Educação. No final de 2003, houve eleição novamente para a Direção e a professora Maria José de Araújo, foi eleita através do voto direto. Através da Resolução nº 3905/04, a Escola Estadual Bom Pastor passou a contar com Ensino Médio. Portanto, a partir de 2005 tornou-se Colégio Estadual Bom Pastor– Ensino Fundamental e Médio. Em 2006, foi implantada a Educação de Jovens e Adultos- EJA, para séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, à noite. Em 2009, tomou posse como diretora eleita a Professora Deolinda Ângela de Araújo de Figueiredo, que já realizou obras importantes como mudança da Secretaria para a entrada do Colégio e muitas outras que ainda estão em andamento. Neste ano de 2010, foi implantado o Ensino Médio em Blocos.

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IV- HISTÓRICO DO BAIRRO

Vista Alegre era denominado antigamente de Sítio do Mato e pelos depoimentos fica claro que ele pertencia também ao quarteirão de Nossa Senhora das Mercês. Segundo Vicente Viezzer, o Bairro Vista Alegre sempre foi conhecido como Mercês. Só depois de 1940 é que começaram a chamar de Vista Alegre. Possuía poucas casas e era tudo mato. Atualmente é um bairro que cresceu muito, contando agora com vários centros comerciais, suprindo a necessidade de seus moradores em diversas áreas. Situa-se entre Pilarzinho, Mercês, Bom Retiro e Santa Felicidade. A igreja local possui o mesmo nome de nosso Colégio, Bom Pastor. A sua população é heterogênea e sua imigração em sua maioria é composta por italianos, alemães, holandeses, poloneses, etc. É um bairro premiado por áreas de lazer. Uma grande parte de pontos turísticos de Curitiba, encontram-se nele e adjacências: Bosque Gutierrez, Bosque Alemão, Parque Tingui, Parque Tanguá. Nele também estão instalados alguns canais de televisão como Canal 21 e TV Transamérica e algumas rádios. Possui além do Colégio Estadual Bom Pastor, a Escola Municipal Nimpha Peplow, uma Creche Municipal e uma Unidade de Saúde. A indústria de Papel e Celulose Trombini, também encontra-se no bairro, gerando centenas de empregos.

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V- CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS

A comunidade escolar do Colégio é formada por crianças, adolescentes e adultos, numa faixa etária a partir de 10 anos, de ambos os sexos, que são atendidos no Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. O período vespertino abriga alunos a partir de 10 anos. O nível sócio econômico desses alunos é classe média/baixa. Em sua maioria residem no bairro. Os que moram mais distantes, utilizam o transporte escolar (vans) ou os pais se incumbem de trazê-los e buscá-los. A grande maioria dos pais possui o Ensino Fundamental completo, muitos o Ensino Médio e alguns o Ensino Superior e as mais diversas profissões. Fazem parte também da comunidade Escolar, as crianças das Casas Lares Padre João Ceconello e da Irmã Diva. O Colégio presta atendimento aos mesmos nas atividades necessárias. A partir de 2004, com a cessação de funcionamento de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio do Colégio Estadual Nympha Peplow, o Colégio passou a receber alunos vindos daquele local. Já os alunos do noturno são bem heterogêneos. A maioria é do próprio bairro, muitos pais de alunos do colégio. Pertencem, com poucas exceções, à classe baixa.Trabalham nas mais diversas profissões. Conforme prevê a Lei número 11788-08, o Estágio não obrigatório, vem sendo uma prática realizada pelos alunos do Ensino Médio de nossa escola, estando em contato direto com empresas, proporcionando estágio remunerado, integrando escola-aluno-comunidade. Os estágios remunerados não obrigatórios são também regidos pela atual Legislação de estágios e constam como Ato Educativo. O Capítulo II em seus artigos 7 e 8, destaca as obrigações das instituições de ensino em relação aos estágios de seus educandos.

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VI- CURSOS OFERTADOS

Dos objetivos e modalidades

O Colégio Estadual Bom Pastor – Ensino Fundamental e Médio, considerando o nível e modalidade de ensino ofertado tem por objetivo:

I- Ensino Fundamental – 5ª a 8ª séries – tem por objetivo educar o aluno para a cidadania dentro de uma perspectiva emancipadora, formando um cidadão autônomo, crítico, consciente, capaz de se organizar socialmente, de reelaborar seus conhecimentos a partir do que historicamente foi construído, visando um indivíduo mais participativo.

II- Ensino Médio em Blocos – 1ª a 3ª séries – deverá proporcionar a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos, a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.

III- Educação de Jovens e Adultos – deverá assegurar gratuitamente, aos jovens e adultos que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas.

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VII- RECURSOS HUMANOS

CARGO NÚMERO

DIRETORA 01

VICE-DIRETORA 01

SECRETÁRIA 01

AGENTE EDUCACIONAL II 05

PEDAGOGA 06

PROFESSORES 85

AGENTE EDUCACIONAL I 09

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VIII- NÚMERO DE TURMAS

SÉRIE NÚMERO DE TURMAS

5ª EF 04

6ª EF 04

7ª EF 05

8ª EF 05

1ª EM 04

2ª EM 02

3ª EM 02

TOTAL 26

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IX- TOTAL DE ALUNOS POR TURNO

TURNO NÚMERO DE ALUNOS

MANHÃ 378

TARDE 340

NOITE 219

TOTAL 937

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X- ASPECTOS FÍSICOS

QUANTIDADE/ESPAÇO DESTINADOS

12 SALAS DE AULA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1 SALA BIBLIOTECA/LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

1 SALA DIREÇÃO

1 SALA SECRETARIA

2 SALAS EQUIPE PEDAGÓGICA

1 SALA PROFESSORES

1 ALMOXARIFADO EDUCAÇÃO FÍSICA

2 BANHEIROS PROFESSORES

2 BANHEIROS FUNCIONÁRIOS

4 BANHEIROS ALUNOS

1 DESPENSA MERENDA

1 SALA PEQUENA CONTRATURNO

1 PÁTIO COBERTO FORMAÇÃO DOS ALUNOS

1 GINÁSIO COBERTO ESPORTES

1 CASA CASEIRO

1 TEATRO APRESENTAÇÕES E REUNIÕES

1 COZINHA MERENDA

1 CANTINA COMERCIAL MERENDA

1 LABORATÓRIO AULAS PRÁTICAS CIÊNCIAS/ BIOLOGIA/FÍSICA/QUÍMICA

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XI- OBJETIVOS GERAIS

1- Garantir a construção coletiva de um Currículo que assegure, aos alunos, da escola pública, um conhecimento de qualidade.

2- Garantir a valorização dos profissionais da educação em sua formação básica e continuada.

3- Proporcionar condições adequadas de aprendizagem a todos os alunos.

4- Promover reflexões e discussões permanentes sobre as políticas educacionais.

5- Promover a inclusão social com ensino de qualidade.

6- Garantir o acesso e a permanência dos alunos que apresentam necessidades especiais.

7- Incutir o respeito, a solidariedade e a integridade quanto às diferenças étnico raciais (afro descendentes e indígenas) para a superação dos preconceitos.

8- Despertar o senso de responsabilidade ambiental no que se refere à conservação e preservação da natureza.

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XII- MARCO SITUACIONAL

As conquistas tecnológicas e científicas, hoje em dia, caminham mais rapidamente do que os autores de filmes de ficção. Quem poderia supor, no início do século XX, que residências, escritórios, bancos e hospitais viessem a estar interligados por redes de informação, pedindo e prestando serviços por meio de mensagens quase instantâneas ? A rapidez com que as coisas se transformam a cada dia, tanto nos ambientes naturais como nas relações sociais e econômicas, torna ainda mais complicado planejar a educação das novas gerações para a vida que terão em sociedade. O Brasil enfrenta profundas desigualdades sociais, econômicas e culturais, configurando-se na sociedade capitalista como país dependente. Em decorrência, vive um processo histórico de disputa de vários interesses sociais, por vezes inteiramente opostos. Nesse processo, homens e mulheres, organizando-se em várias instituições, fazem, a todo momento, a história dessa sociedade. Passamos por várias fases do processo capitalista, incluindo períodos ditatoriais, em que aprendemos o valor de lutas pela reconquista e pelas garantias da democracia. Uma democracia em que todos os cidadãos como sujeitos históricos conscientes, lutam pelos seus direitos, acompanham e controlam socialmente a execução desses direitos, sem deixar de cumprir, em contrapartida, os deveres constitucionais de todo o cidadão. O século XXI chegou mudando os conceitos da humanidade. O mundo não acabou no ano 2000. O acesso aos meios de comunicação transformam o mundo a cada dia numa aldeia global mais fácil de ser reconhecida. A escola não é mais o único lugar onde as crianças podem aprender a ler o mundo. E a escola, como se encaixa nesse novo tempo? Quais são as atribuições dela ? O que é esperado dos professores ? Quem são estes alunos que já chegam mais à vontade com as novas tecnologias que o próprio mestre contratado para orientá-los ? A finalidade da escola, que sempre foi a de educar, está sendo estendida. Não basta mais só ensinar conceitos, é preciso debatê-los. Em vez de só ensinar conteúdos, é necessário relacioná-lo à realidade, ao cotidiano, à prática do dia a dia. Partindo desse princípio, o cidadão que se propõe a trabalhar nessa escola, a trabalhar com a educação, precisa estar preparado para rever seus conceitos de mundo, ouvir perguntas que não sabe responder, ter jogo de cintura para solucionar conflitos e ser paciente com ele mesmo e com os alunos, uma vez que o tempo de aprendizado de cada um é distinto.

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A escola pública, que tem como função social formar o cidadão, isto é,construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, ético e participativo, poderá não apenas contribuir para a democratização da sociedade, como também ser um lugar privilegiado para o exercício da democracia participativa, para o exercício de uma cidadania consciente e comprometida com os interesses da maioria socialmente excluída ou dos grupos sociais privados dos bens culturais e materiais produzidos pelo trabalho dessa mesma maioria. A prática social da educação é um todo, com partes que se articulam e se complementam. O projeto político pedagógico, como instrumento de planejamento coletivo, procura resgatar a unidade do trabalho escolar, garantindo que não haja uma divisão entre os que planejam e os que executam. O eixo organizador da prática docente é a aprendizagem. O desenvolvimento e a aprendizagem das crianças precisam de tempo e espaço para acontecer. Cada aluno tem sua diferenciação cultural, sócio-econômica e política, considerando que tem aluno que precisa de mais tempo e metodologia diferenciada para aprender. Temos claro que o espaço da escola vem apresentando uma relação assistencialista no processo social assumindo e resolvendo questões que muitas vezes não é inerente ao processo ensino aprendizagem, mas que no contexto exige a participação efetiva da instituição. A desvalorização do magistério é algo presente no interior da escola com salas superlotadas, falta de material adequado para estar desenvolvendo metodologias de trabalho, o tempo escolar sem elasticidade, a organização do trabalho pedagógico comprometido em razão das políticas públicas adotadas pelo sistema. É necessário que se discuta a estrutura conjetural como: a reprodução das desigualdades sociais através da metodologia, conteúdos e avaliação; rever que os alunos têm direitos garantidos que muitas vezes não são respeitados e que poderão promover um desequilíbrio no sistema como evasão e repetência ou aqueles que porventura superarem as situações no campo do conhecimento poderão estar recebendo um conhecimento desvinculado da realidade. Discute-se a necessidade de metodologias inovadoras que possibilitam um trabalho de sala de aula que parta de situações reais, mas perfazendo um trajeto de pesquisa, investigação que o conduza à abstração. Quando se pensa em metodologias inovadoras possibilitar a esse professor estudos direcionados a sanar dificuldades. Percebe-se em outros momentos que há falta de recursos financeiros para a aquisição decomponentes quando se utiliza o laboratório, biblioteca que não atende ao avanço do conhecimento científico e tecnológico. Na tentativa de conseguir elementos para análise e melhor compreensão do envolvimento do professor numa situação de ensino aprendizagem, há necessidade de

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estarmos refletindo quanto ao tipo de sociedade, de homem, de escola que queremos. Se voltarmos o olhar para o sistema educacional, concluímos que realmente precisamos fazer algo e rápido. É preciso reconstruir as práticas de hoje. Mas para obtermos o sucesso que queremos para nosso colégio, não devemos ver os acontecimentos como uma coleção de eventos aleatórios, mas organizá-los em torno de uma visão clara daquilo que pretendemos. O desenvolvimento de valores e a formação de caráter de nossos alunos devem ser uma constância no cotidiano escolar. Mas a prática desses valores, não é algo que deva ser exercido simplesmente de forma protocolar, mas que esses valores reflitam genuinamente aquilo que existe dentro das pessoas. Queremos professores e alunos participativos, pois as decisões tomadas no Colégio fazem parte de projetos e esses projetos fazem parte de suas vidas. Devemos estar receptivos às inovações, assegurando motivação, integração, não deixando que as adversidades fragmentem nossos projetos. Nosso Colégio deve fazer acontecer, levar a teoria fundamentada para o campo da ação e conseguir gerar resultados efetivos. Devemos criar espaços para os avanços tecnológicos e bases necessárias para as novas abordagens educacionais do século XXI, preparando nossos alunos para a futura sociedade que é a sociedade do conhecimento ou em outras palavras, uma sociedade escolar que constrói seu próprio conhecimento sendo o professor o facilitador desse novo processo de aprendizagem.

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XIII- MARCO CONCEITUAL

Desde suas origens como parte do projeto burguês (final do século XVIII e início do século XIX), a escolaridade de massas tem sido um dos instrumentos usados para suprir as necessidades de mão-de-obra e garantir a formação e a domesticação das mentes e dos corpos. Desligando-se dos valores da Igreja Medieval e voltando-se para o mundo da produção e da técnica nos moldes capitalistas, a escola se apoiou em algumas premissas que iriam organizar a sociedade a partir de então: a Ideologia do Progresso, o Pensamento Cientificista e a Sacralização da Nação.

A escola foi organizada para dar conta destes três pilares, tornou-se um depósito da memória burguesa e adquiriu a função de formar o cidadão dentro da divisão social do trabalho para colocar a nação na direção do progresso técnico.

Esta escola desde o século XIX tem sido alvo de muitas críticas que se acirraram a partir das duas Guerras Mundiais, com a falência da promessa burguesa do progresso material e moral.

A dominação de classe continua perpassando a escola, mas a resistência e as lutas levaram grupos explorados e silenciados, colocados em situação de inferioridade nos conteúdos e nos rituais, a denunciarem sua invisibilidade.

Devemos olhar criticamente para a função da escola que temos e a que sonhamos, de seu papel nas lutas pela transformação, refletir as condições de trabalho e a necessária construção coletiva da organização do trabalho educativo.

A escola deverá ser o local por excelência do aprendizado da convivência humana. Formar o ser humano pleno, o sujeito, o cidadão consciente e atuante, capaz de estabelecer escolhas, que busque melhores condições de vida, que interaja com a natureza e a sociedade deverá ser a principal tarefa da escola. Na escola aprendemos a viver. Se, efetivamente aspiramos uma sociedade justa, igualitária e democrática necessariamente devemos exercitar estes princípios no cotidiano da escola.

A sociedade tem-se transformado muito rapidamente nos últimos anos, gerando a necessidade de adaptação aos novos desafios impostos pelos avanço tecnológicos.A grande velocidade das mudanças provoca angústia e ansiedade naqueles que se envolvem com o sistema educacional, uma vez que não há formas, pelo menos a curto prazo, de acompanhar os processos de evolução social que atropelam as

propostas de ensino. Uma solução intermediária para tal impasse seria promover, na 18

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esfera educacional, o desenvolvimento de estratégias específicas para lidar com as demandas da vida moderna. Isso pode ser traduzido por meio do trabalho sobre habilidades cognitivas essenciais que atendam as exigências de uma sociedade em transformação.

Construir uma escola pública solidária e fraterna, onde os sujeitos tenham condições de construir sua emancipação para assim também lutar e construir uma sociedade justa, fraterna e solidária é o que queremos. Para educação de qualidade é necessário termos mais recursos para a educação.

A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da transformação que envolve necessariamente a formulação de um Projeto Político Pedagógico libertador. A superação da cultura de gestão autoritária só vai acontecer com o debate e a construção coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar via conselhos de escola, conselhos de classe, grêmio estudantil, reunião de pais e reuniões pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que queremos e de como construí-la.

Currículo escolar é o resultado de escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade. As dificuldades residem em saber o que escolher, o que implica conhecer, em primeiro lugar , o que norteia nossas escolhas. O conteúdo curricular deve estar em concordância com os valores sociais, culturais, políticos e econômicos da sociedade vigente. Ele é o instrumento sistematizador, organizador do processo educativo. As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva, nenhum professor pode abdicar do direito e do dever de discutir o currículo com o qual vai trabalhar.

A avaliação é um critério de categorização usada para selecionar que funciona como uma espécie de filtro, quando se definem coisas como: distribuição de crianças nas séries, quando se deve reter ou avançar um aluno. A avaliação do ponto de vista crítico, não pode ser instrumento de exclusão dos alunos menos favorecidos, quando não se leva em consideração as particularidades dos alunos. A avaliação deve ser democrática, favorecendo o desenvolvimento da capacidade do educando em aprimorar seus conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente. A avaliação deve ser contínua e diagnóstica, correspondendo ao potencial de cada educando respeitando suas limitações. Programas de recuperação efetivos devem ser para todos e ao alcance de todos.

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A Educação Inclusiva busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógica coletiva, dinâmica e flexível, requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas na formação humana dos professores e nas relações família-escola. Não deve ser confundido com educação especial.

Combater o racismo, o preconceito e outras posturas xenofóbicas, não é responsabilidade exclusiva da escola. Trabalhar pelo fim da desigualdade racial e social, as quais estão em todos os setores da sociedade, permitindo uma realidade social humanizada, compete a todos, inclusive à escola.

Pela escola passaram também os equívocos sobre as civilizações africanas. A reversão desse processo está vinculada ao reconhecimento da diversidade, a valorização das pessoas negras e sua visão do mundo e não pode negar a sua participação histórica para o renascer de outra sociedade.

A inserção no Currículo de questões que envolvam o Meio Ambiente e o Impacto Ambiental se faz necessário. Promover espaço para discussão desta problemática, no intuito de propiciar para todo o ser humano uma mudança de comportamento na relação homem X natureza.

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XIV- MARCO OPERACIONAL

Uma das preocupações constantes da escola é oferecer aos educandos um ensino aprendizagem de qualidade. A escola, embora não seja a única instância de transmissão de conhecimento é, por excelência, a instituição incumbida disto.

ATIVIDADES EXTRACLASSE -A escola pode promover práticas pedagógicas que favoreçam a reflexão e a interação do estudante com as demais atividades humanas de natureza cultural e artística, com exigência de frequência e sob a responsabilidade de professores habilitados e será caracterizada como atividade escolar.

RECUPERAÇÃO PARALELA- SALA DE APOIO -Para que a escola possa garantir um tratamento igualitário a todos é necessário considerar as diferenças. Nesse sentido, é importante possibilitar aos estudantes tempos diferenciados para favorecer o processo de aprendizagem.

Conseguir a autonomia da escola em relação à condução das atividades pedagógicas e administrativas, sem que ela perca sua vinculação com as diretrizes e normas do sistema público de ensino.

CALENDÁRIO ESCOLAR - Estabelecer um calendário com reuniões periódicas visando organizar os tempos e as situações de aprendizagem na escola.

REUNIÕES PEDAGÓGICAS- PRÉ CONSELHO- CONSELHO DE CLASSE.- Discutir a concepção de aprendizagem e de avaliação que dão a base de sustentação da organização das classes em ciclos de aprendizagem e organizar uma nova proposta de trabalho com previsão de tempo necessário para que os alunos de fato alcancem um novo patamar em sua aprendizagem.

PÓS CONSELHO – REUNIÕES COM PAIS- Organizar reuniões com o propósito de informar e discutir com os estudantes e pais sobre a possibilidade de usufruir mais tempo para realizar estudos de recuperação.

FICA (FICHA DE COMUNICAÇÃO DO ALUNO AUSENTE)- Procurar saber as razões que provocaram a ausência do aluno, considerando que esta prejudica a contribuição de cada aluno ao processo de construção coletiva do conhecimento.Combater a evasão escolar.

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HORA ATIVIDADE CONCENTRADA- Implementar ações de reforço, recuperação paralela, garantindo sistematicamente espaços para os docentes discutirem as metodologias e os materiais didáticos diferenciados.

REUNIÕES COM PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS- Acompanhar as atividades escolares, de modo a assegurar que o tempo pedagógico, como um aspecto central do currículo, seja objeto de atenção de todos que estão diretamente envolvidos com os alunos. EVENTOS EXTRA CLASSE - Criar os meios necessários para que a escola possa sempre participar de eventos extra classe como: passeios, viagens, eventos esportivos eventos culturais e científicos.- FERA- COMCIÊNCIA

EVENTOS CULTURAIS E ESPORTIVOS- Trazer os pais para a escola através de seus filhos, para vê-los em sessões culturais, exposições e eventos esportivos. CONSELHO ESCOLAR e APMF- Fazer com que os pais participem , pois são órgãos representativos da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o PPP e o Regimento Escolar.

FORMAÇÃO CONTINUADA- Organizar reuniões durante a jornada de trabalho para discutir a prática com colegas, pesquisas, cursos de atualização, estudos de caso, conselhos de classe. Ações de formação fora da jornada de trabalho: cursos,encontros e palestras promovidos pela SEED.

INCLUSÃO - Resgatar as pessoas que sofrem qualquer discriminação e segregação seja ela racial, econômica, física ou social. Valores éticos como tolerância, respeito,justiça, responsabilidade, paz, sejam buscados por toda a comunidade.

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA – Incentivar o seu uso, desde que seja usado com planejamento e organização.

HORA ATIVIDADE - Verificar, orientar e acompanhar a hora atividade fazendo com que a mesma seja um elo entre a Proposta Pedagógica e as atividades propostas.

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SUMÁRIO

I- Apresentação 02II- Identificação do Colégio 03III- Histórico do Colégio 04IV- Histórico do Bairro 07V- Caracterização dos Alunos 08VI- Cursos Ofertados 09VII- Recursos Humanos 10VIII- Número de Turmas 11IX- Total de Alunos por Turno 12X- Aspectos Físicos 13XI- Objetivos Gerais 14XII- Marco Situacional 15XIII- Marco Conceitual 18XIV- Marco Operacional 21