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Projeto Político Pedagógico
ABRIL - 2018
Escola Classe 111 de Samambaia
QS 111 AE 10 – CEP 72301-550
Telefone: 3901-7801
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
Secretaria de Estado de Educação
Coordenação Regional de Ensino de Samambaia
Escola Classe 111 de Samambaia
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SUMÁRIO
- Dados Institucionais ___________________________________________ 04
1. Apresentação _______________________________________________ 05
2. Evolução histórica da escola ___________________________________ 09
3. Diagnóstico da realidade _______________________________________13
4. Função social da escola _______________________________________17
5. Princípios Orientadores das ações pedagógicas e administrativas ______ 19
5.1 – Gestão democrática dando voz à comunidade escolar _________20
5.2 – Qualidade na/da educação para a transformação _____________22
5.3 – Coletividade nos processos _____________________________ 23
5.4 – Formação continuada __________________________________ 24
6. Objetivos e metas ____________________________________________ 26
7. Concepções teóricas _________________________________________ 30
8. Organização do trabalho pedagógico _____________________________ 32
8.1 – Organização escolar em ciclos ___________________________ 32
8.2 – Parceria com Projeto Acorde e Instituto Alfa e Beto ___________ 33
8.3 – O espaço/tempo da coordenação pedagógica _______________ 37
8.4 – Ações para transição dos alunos que chegam e saem da escola_ 38
8.5 – Programa Mais Alfabetização ____________________________ 38
8.6 – Atendimento Educacional Especializado a Estudantes com Altas
Habilidades/Superdotação _______________________________________39
8.7 – PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas __ 45
9. Concepções, práticas e estratégias de avaliação ____________________ 35
10. Organização curricular ________________________________________40
11. Plano de ação da equipe gestora para implementação do PPP _______ 44
* Planos de Ação
- Coordenação Pedagógica ______________________________________ 52
- Serviço de Orientação Educacional _______________________________ 57
- Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem _____________________ 58
- Merenda escolar – Alimentação __________________________________ 63
- Conservação e Limpeza ________________________________________ 65
* Projetos Macros
- Projeto “Ler e Escrever, Muito Prazer!” ____________________________ 68
3
- Projeto “Valorizando as Nossas Raízes” ___________________________ 74
* Referências _________________________________________________ 77
* Anexos _____________________________________________________ 79
“Ninguém educa ninguém.
Ninguém se educa sozinho.
Os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo.”
Paulo Freire
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DADOS INSTITUCIONAIS
1. Nome: Escola Classe 111
2. Coordenação Regional de Ensino: Samambaia
3. Localização: QS 111 – Área Especial 10 – Samambaia Sul
4. CEP: 72.301-545
5. Telefone: 3901-7801
6. E-mail: [email protected]
7. Turnos de funcionamento: matutino e vespertino
8. Facebook: Escola Classe 111 Samambaia
9. Código INEP: 53.00.90.61
10. Modalidade de ensino ofertada: Ensino Fundamental – Séries Iniciais
(1º ao 5º Ano).
11. Espaços disponíveis: 09 salas de aula, 01 Secretaria, 01 Sala para
Direção, 01 Sala para SOE e SEAA, 01 Sala dos Professores, 01 Sala de
Vídeo, 01 Cantina e 1 sala de Altas Habilidades (Polo).
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1 – APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico dentro de uma escola deve representar
o caminho ao qual a instituição seguirá no decorrer do processo de
ensino/aprendizagem e administrativo/financeiro. Neste documento encontram-
se registrados os objetivos que se deseja alcançar, as metas a cumprir e os
sonhos aos quais desejamos realizar enquanto uma instituição de ensino e
ainda, os meios que promoverão a concretização destes sonhos. Sobre as
intencionalidades do Projeto Político Pedagógico Veiga (2003, p. 275) orienta:
O projeto é um meio de engajamento coletivo para integrar ações dispersas, criar sinergias no sentido de buscar soluções alternativas para diferentes momentos do trabalho pedagógico-administrativo, desenvolver o sentimento de pertença, mobilizar os protagonistas para a explicitação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas, fortalecer a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que a ação coletiva produza seus efeitos.
A própria nomenclatura deste documento já estabelece suas funções
dentro da escola, pois ele é projeto porque há a união de propostas de ações
concretas que serão executadas durante algum tempo; ele é político porque
considera a instituição de ensino como um ambiente que promove a formação
de cidadãos críticos, conscientes e responsáveis; e ainda é pedagógico ao definir
e organizar as ações/atividades que farão parte do processo educativo, com o
objetivo de alcançar a aprendizagem significativa dos educandos e formá-los
cidadãos críticos e conscientes de seu papel dentro da sociedade em que vivem,
podendo assim contribuir para as mudanças sociais dentro da necessidade em
que o mundo busca, ou seja, amenizar as desigualdades sociais, promover a
preservação ambiental, dentre outras.
Ao unir todas essas dimensões o Projeto Político Pedagógico se torna
um guia para toda a comunidade escolar (gestão, professores, servidores, pais
e alunos), indicando a direção a seguir. Por isso, para não deixar dúvidas sobre
o caminho a adotar, este documento precisa ser completo e flexível o bastante
para adaptar-se às necessidades do cotidiano da instituição de ensino. O gestor
precisa promover relações de diálogos entre todos os segmentos existentes
dentro da escola de modo a atribuir a cada um a capacidade de compreender,
problematizar e refletir sobre todas as situações e processos que fazem parte do
cotidiano da instituição. Todas as questões levantadas a partir destas ações dos
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segmentos devem constar de forma estratégica dentro do Projeto Político
Pedagógica da escola, pois as mesmas adquirem um caráter formal e dão
abertura a avaliações e reavaliações das atividades e ações promovidas,
fazendo com que todos tornem-se co-responsáveis por todos os processos que
a instituição de ensino perpassa em sua caminhada diária.
Com toda esta importância que este documento traz para o cotidiano
da escola, houve uma grande preocupação em dar voz e vez a todos os
partícipes das ações da instituição, uma vez que cada integrante desta instituição
possui uma significativa importância dentro de suas atribuições para que todo o
trabalho pedagógico e administrativo aconteça da melhor forma possível,
atendendo verdadeiramente os objetivos traçados coletivamente.
A elaboração e a implementação de um Projeto Político Pedagógico
que atenda e respeite as necessidades e as especificidades da escola e de sua
comunidade, é um dos fatores preponderantes no processo de democratização
da gestão escolar, pois a escola que sabe onde está e aonde quer chegar tende
a atingir seus objetivos de forma mais rápida e eficiente. Tendo consciência da
importância desta articulação é que a equipe gestora da Escola Classe 111
promoveu, com orientações da Coordenação Regional de Ensino, momentos em
que todos os segmentos puderam participar da construção do Projeto Político
Pedagógico, proporcionando assim conversas onde todos deram sua opinião e
contribuíram com seus pensamentos e ideias.
Antes mesmo das orientações recebidas por parte de níveis
superiores da SEEDF, já tínhamos tido conversas formais com a comunidade
escolar a respeito deste projeto, bem como de sua importância. Inicialmente
acreditamos na necessidade de que, principalmente os segmentos que não
participam direta e cotidianamente da parte pedagógica (carreira assistência e
pais/mães e responsáveis), pudessem entender o verdadeiro sentido e a real
importância da construção coletiva e da implementação das ações do presente
documento. Por observar esta necessidade, a equipe gestora promoveu
encontros onde foi explicado sobre a seriedade do Projeto Político Pedagógico
e sobre as intervenções que o mesmo pode assegurar à escola, tornando-a
autônoma e democrática em suas ações e buscando oferecer uma educação de
qualidade aos estudantes.
Dentro dos diversos movimentos planejados e promovidos para a
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construção coletiva do projeto, esteve a inicial formação, organização e
preparação da comissão organizadora. Com a participação de toda a Equipe
Gestora, uma representante da Carreira Assistência, as Coordenadoras
Pedagógicas, a Orientadora Educacional, a Equipe Especializada de Apoio à
Aprendizagem e uma representante dos Professores, buscamos ter o pleno
conhecimento acerca dos documentos norteadores e orientadores da SEEDF,
para que pudéssemos estar teoricamente embasados no decorrer desta
construção, uma vez que o currículo ainda era um documento “novo” dentro da
rede. Já nos próprios dias pedagógicos a equipe gestora promoveu uma
“palestra” sobre este novo currículo e seus pressupostos teóricos, onde todos os
segmentos participaram. Neste momento, ainda falou-se sobre o próprio Projeto
Político Pedagógico e sua importância e, ainda, junto com todos os participantes,
já ficou decidido que utilizaríamos uma ficha para que pudéssemos traçar o
verdadeiro perfil econômico, cultural e social de nossa comunidade. Esta ficha
foi preenchida na primeira reunião de pais e mestres, e foi muito necessária para
a elaboração do diagnóstico da Escola Classe 111, com a adição de algumas
considerações realizadas pelo grupo nos momentos das coletivas.
Tendo realizado o estudo e o conhecimento sobre o currículo e outros
documentos norteadores, houve a elaboração de um cronograma das ações a
serem executadas para que a construção pudesse acontecer de forma realmente
coletiva, onde todos os interessados pudessem participar. Neste intermédio, a
comissão organizadora também participou de uma “roda de conversa”
promovida pela Coordenação Regional de Ensino para que pudéssemos ter um
caminho e algumas orientações e sugestões acerca do processo de construção.
Além da ficha perfil utilizada para o diagnóstico, também construímos
alguns questionários (anexo), com base nas orientações pedagógicas, que
foram utilizados em dois momentos: 1º - coletiva com docentes e representante
da carreira assistência, onde promovemos a discussão acerca da função social
da escola e outras questões pertinentes ao teor do projeto e todos puderam
contribuir com suas considerações; 2º - encontro com todos os segmentos da
escola, inclusive a comunidade e os estudantes, onde foi possível ouvir os
anseios e pensamentos dos mesmos acerca da função social da escola e sobre
outras reflexões levantadas que vieram a contribuir fundamentalmente para a
construção de um projeto sobre e para a realidade da Escola Classe 111. Neste
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momento fizemos a divisão dos participantes em dois grupos para que a
conversa ficasse mais organizada e possível; utilizamos um questionário para
orientar a discussão e, após o diálogo, foi escolhido um participante de cada
grupo para que explanasse as considerações elencadas por todos.
Após várias conversas, reuniões, discussões e registros realizados,
iniciamos então o processo da escrita do documento. Foram selecionadas da
comissão organizadora duas servidoras para que estas pudessem ficar
responsáveis pela organização escrita do projeto. Cada parte já registrada era
enviada para toda a comissão para que todos fizessem suas considerações.
Assim, foi realizada toda a escrita do Projeto Político Pedagógica da Escola
Classe 111.
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2 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ESCOLA
A Escola Classe 111 de Samambaia Sul está localizada à QR 111 Área
Especial 10, vinculada à Coordenação Regional de Ensino de Samambaia,
órgão administrativo que compõe a Secretaria de Estado de Educação do Distrito
Federal.
A Instituição de Ensino foi inaugurada no ano de 1989 para atender aos
moradores das quadras 111 a 117 e 311 a 317, compostas em sua maioria por
famílias carentes de recursos financeiros e sociais em geral.
Em 1989 a escola foi entregue com sete salas de aula e demais
dependências construídas em estrutura e cobertura de argamassa armada. Não
era murada e a demarcação da área escolar era estabelecida por meio de uma
cerca de arame farpado. Funcionou efetivamente a partir do início do ano letivo
de 1990, atendendo do Ciclo Básico de Alfabetização (CBA) a 4º Série do Ensino
Fundamental. Por questões de superlotação, era obrigada a funcionar em quatro
turnos diários, permanecendo assim até o ano de 1992.
No período inicial a escola desenvolveu várias atividades culturais com a
comunidade: Pelotão Verde (horta comunitária), Pelotão Cívico (horas cívicas,
teatros e gincanas) e Pelotão Saúde. Houve participação ativa da comunidade
escolar nos desfiles em homenagem ao aniversário da cidade e foi campeã do
torneio de futebol organizado pela então Diretoria Regional de Ensino de
Samambaia.
No primeiro semestre de 1992 foram construídas mais quatro salas de
aula, contribuindo para que a escola passasse a funcionar em três turnos.
Em 1993, a escola iniciou o ano letivo com apenas dois turnos de quatro
horas diárias. Nesse ano houve uma grande rotatividade de professores,
gerando insatisfação em toda a comunidade escolar. Havia turmas superlotadas
e os índices de repetência e evasão eram altíssimos.
No ano de 1994, a escola participou de momentos de estudo a respeito
do novo currículo adotado pela então Fundação Educacional do Distrito Federal
(FEDF), o “Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito
Federal”.
10
Em 1995 a escola teve uma direção provisória, a chamada “Administração
Tampão”, que tinha como meta preparar toda a comunidade escolar para a
eleição do diretor e vice-diretor da Unidade de Ensino, que veio a ocorrer em
novembro. No mesmo ano da eleição de sua nova direção, a escola elaborou
seu plano de ações e metas, que veio a dar subsídios aos trabalhos executados
em 1996 e 1997.
No decorrer de 1997 foi construída a parte administrativa da escola,
composta de: direção; sala dos professores; secretaria e um pátio coberto. Ainda
em 1997, a escola implantou as Turmas de Reintegração (TR), que tinham como
meta o trabalho com alunos defasados na relação idade/série. O ano de 1997
também marca o início da informatização escolar, tornando o trabalho de
secretaria e escrituração mais rápido e seguro.
Já no ano de 1998, com a nova direção eleita e já empossada, a escola
começa a atender alunos do Ensino Especial então chamados de portadores de
DML – Deficiência Mental Leve e DMM – Deficiência Mental Moderada. Além
das atividades executadas em sala, os alunos participavam de oficinas
pedagógicas diversas.
O ano de 2000 foi marcado pelo início do trabalho com coordenadores
pedagógicos, possibilitando a realização de coordenações coletivas e estudos
diversos.
O ano de 2004 marca a “volta por cima”, já que nos anos anteriores, a
escola enfrentou uma grande crise institucional. Nasce nesse ano, o projeto
político pedagógico que tem como objetivo central a formação integral do ser
humano, reconhecendo as suas dimensões físicas, intelectuais, emocionais e
espirituais.
O ano de 2005 foi marcado pelo avanço nas questões pedagógicas e
pelos seguintes projetos: Autores Brasileiros, PROERD, Momento Cultural,
Encontro de Pais, Hora da Leitura, entre outros.
O ano de 2006 foi marcado pelo Projeto “Mestre das Artes e da Música”
no qual a escola ganhou um novo visual inspirado na pintura do famoso pintor
Mondrian.
No ano de 2007, a partir de uma nova lei, o Ensino Fundamental passa
de oito para nove anos e a instituição foi inserida na proposta do Distrito Federal
que lançou a estratégia do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), onde o aluno
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inicia o Ensino Fundamental com seis anos, ingressando na I Etapa do BIA. E,
no âmbito geral, o projeto de aulas da criatividade trabalhando os Valores e a
revitalização da sala de leitura.
Com a nova proposta de trabalho surge em 2008 a gestão compartilhada,
onde os membros da direção passam por uma avaliação de provas e títulos
contemplando a Constituição Federal. Tem-se então um novo quadro de
funcionários, sendo um marco para o avanço na educação, apoiada na nova
estrutura educacional vislumbra-se então a escola tão sonhada, onde, a partir
desse momento, é possível contar com um Orientador Educacional, uma
Pedagoga e uma professora destinada à Sala de Recursos que atende nossos
alunos ANEE (Alunos com Necessidades Educativas Especiais).
Em 2012, assim como todas as instituições educacionais do Distrito
Federal, nossa escola passa pelo processo de Eleições Democráticas, onde toda
a comunidade escolar pôde participar e decidir, através de votos diretos, quais
os profissionais irão gerir todo o processo pedagógico e administrativo que uma
escola abrange. Neste momento foram eleitas como gestoras duas professoras
que já faziam parte do grupo da instituição.
No ano de 2017 a instituição conseguiu, através de emenda parlamentar,
construir um novo telhado no bloco que estava apresentando inúmeros casos de
inundação devido às chuvas. Hoje os professores não precisam mais sair das
salas de aula com seus alunos quando chove.
Durante todos os anos de funcionamento da Escola Classe 111 muitos
gestores fizeram parte desta história, buscando melhorar a cada dia o cotidiano
desta escola, por isso lista-se abaixo os nomes de todos os gestores que
passaram pela instituição:
Período: 1990 a 2018 DIRETOR(A) VICE-DIRETOR (A)
Nome Nomeação Nome Nomeação
Doraci Mendes da Silva 19/04/1990
Ivani Santos de Moura 11/10/1990
Luci Clenide Vieira de Souza
29/04/1993
Sônia Maria Moreira da Fonseca
20/09/1993
Márcia Nascimento 18/01/1995 Janice Gomes da Silva 05/01/1996
Margarete Neves Pereira 05/06/1998 Janice Gomes da Silva 05/06/1998
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Iara Moreira da Silva 30/12/1999 Érika Patricia de Freitas 02/03/2000
Erika Patrícia de Freitas 01/02/2001 Janice Gomes da Silva 03/04/2001
Margarida de Paiva Melo 09/05/2002
Eulina Nery de Araújo 13/02/2003 Lívia Araújo Campos Neri 04/04/2003
Teresa Guimarães dos Santos 12/03/2004
Márcia Adriana Pereira Duarte
24/09/2004 Lana Victória Ferreira Leite 24/09/2004
Mirtes Silveira e Silveira 18/05/2005 Isabel Mile Costa Militão Carneiro
24/06/2005
Eulina Nery de Araújo 27/10/2005
Leonardo Mauro de Jesus 20/02/2008 Margareth Akiyama 07/01/2008
Margareth Akiyama 10/09/2008 Iranildo Ferreira Barbosa 10/09/2008
Carine Graziele de Melo Colombo
04/01/2010
Maragareth Akiyama 10/01/2011 Maria do Rosário de Fátima Santos
22/02/2011
Márcia Nascimento Rodrigues
10/01/2012 Maria do Rosário de Fátima Santos
Márcia Nascimento Rodrigues
10/09/2012 Larissa Lima de Moraes 10/09/2012
Larissa Lima de Moraes 02/01/2014 Maria do Rosário de Fátima Santos
27/01/2014
Larissa Lima de Moraes 02/01/2017 Maria do Rosário de Fátima Santos
02/01/2017
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3 - DIAGNÓSTICO DA REALIDADE
A Escola Classe 111 está localizada na cidade de Samambaia Sul e
encontra-se a cerca de 5 quilômetros de distância do centro desta cidade, onde
existem bancos, grandes comércios, hospital etc. As ruas da comunidade são
asfaltadas e possuem saneamento básico. Bem próximo à escola existe uma
UPA – Unidade de Pronto Atendimento, onde a comunidade pode contar com
atendimento de emergência 24 horas, porém ainda existem muitas dificuldades
quanto à falta de médicos em alguns momentos em que a comunidade procura
este serviço. Segundo relatos dos próprios pais, mães e responsáveis pelos
estudantes, existe, nas mediações da escola, um substancial uso de drogas
lícitas e ilícitas, onde os alunos acabam tendo contato indireto (visual) com este
tipo de situação.
Nas proximidades da escola existe uma igreja católica razoavelmente
grande e várias igrejas evangélicas com diferentes nomenclaturas. A
comunidade conta com paradas de ônibus e sinalizações de trânsito básicas e
que precisam ser melhoradas nas mediações da escola para a segurança das
crianças. Próxima à escola existe também uma praça onde a comunidade conta
com uma PEC – Ponto de Encontro Comunitário, em que todos podem se
exercitar com aparelhos de ginástica existentes no local.
Alguns alunos da escola ainda contam com a parceria da Assistência
Social Casa Azul Felipe Augusto, conhecida pela nossa comunidade
popularmente somente como “Casa Azul”, localizada a cerca de 1 quilômetro,
onde os estudantes em situação de vulnerabilidade contam com diversas
atividades que “buscam a inclusão social e econômica a partir da garantia e
defesa dos direitos de crianças, adolescentes e jovens. As atividades de
convivência são ofertadas no contra turno escolar, com incentivo à formação
profissional e ingresso no mercado de trabalho.” Outros alunos também
participam de aulas de reforço oferecidas por uma igreja evangélica localizada
bem próxima à escola, no turno contrário.
A maioria das pessoas que compõe as famílias dos alunos encontra-
se no perfil “baixo poder aquisitivo”, onde segundo perfil traçado com dados dos
próprios pais e responsáveis, cerca de metade da comunidade possui renda
14
familiar de um salário mínimo. Observa-se, porém, que a situação financeira
desta comunidade tem melhorado ao longo dos anos e que muitas famílias já
atingem uma renda igual ou superior a dois salários mínimos, tendo atualmente
cerca de onze famílias na escola que possuem renda igual ou superior a quatro
salários mínimos. Cerca de 120 famílias também contam com o auxílio financeiro
do governo “Bolsa Família” e o “Cartão Material Escolar”, onde recebem um valor
para a compra dos materiais escolares dos estudantes.
A maior parte dos estudantes mora com cerca de 4 a 5 pessoas na
residência e muitas famílias contam com a “nova” estrutura familiar, seguindo os
novos padrões do mundo contemporâneo, o qual podemos afirmar que existem
diversificados e inovadores arranjos familiares, onde as crianças são criadas
e/ou educadas apenas pela mãe, ou apenas pelo pai, avos etc, ou seja, não
contam com a estrutura familiar “completa” segundo parâmetros sociais. A partir
de observações e levantamentos realizados pelos segmentos da escola, é
possível afirmar que a comunidade ainda é carente de cultura e lazer, mas
percebe-se certo avanço em relação à boa alimentação, vestimenta e renda
familiar como já exposto anteriormente. Em relação à formação acadêmica da
comunidade, também é possível verificar um maior número de anos de estudo
dos responsáveis, onde a maioria completou o Ensino Médio e cerca de 5%
cursou ou está cursando faculdades, porém o número de pais que fizeram
apenas o Ensino Fundamental completo ou incompleto ainda é grande.
De acordo com todos os dados obtidos através da ficha perfil em que
os professores gentilmente preencheram com todos os pais, mães e
responsáveis durante as Reuniões de Pais e Mestres do 1º Bimestre de 2016,
chegamos aos seguintes resultados sobre a situação econômica, formação
acadêmica, social, e auxílios recebidos do governo (Bolsa Família):
15
RENDA FAMILIAR
Até 1 salário
2 a 3 salários
Acima de 4 salários
FORMAÇÃO DOS PAIS/RESPONSÁVEIS
Analfabetos
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Superior
QUANTIDADE DE PESSOAS NA RESIDÊNCIA
1 a 3 moradores
4 a 5 moradores
Mais que 5moradores
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Infelizmente é possível observar que as famílias, em geral, ainda não
dão prioridade à educação dos filhos(as), mesmo tendo tido uma considerável
melhora em suas condições financeiras, pois muitos não investem nos passeios
proporcionados pela escola e deixam muito a desejar na aquisição dos materiais
individuais básicos e necessários para o cotidiano escolar. Toda a equipe da
escola foi unânime na observação e no relato de que muitos estudantes
encontram-se desmotivados e sem interesse em ter uma boa formação
acadêmica com objetivo de modificar sua realidade, porém a escola tem
modificado e buscado novas estratégias para que possamos, com o trabalho de
todos os segmentos, mudar esta situação indesejada dentro da escola. Ainda
observa-se que a assiduidade de muitos alunos se dá devido ao benefício do
Bolsa Família, onde é necessário que o aluno tenha frequência alta para que sua
família possa receber tal benefício. Ainda é importante salientar que é preciso
que as famílias acompanhem mais de perto todo o processo de ensino e
aprendizagem dos alunos, inclusive participando de todos os eventos e reuniões
promovidos pela escola, uma vez que os professores sentem a necessidade da
parceria com a família para que o desenvolvimento dos estudantes possa
acontecer de maneira completa.
De acordo com os dados disponíveis no site do MEC – Ministério da
Educação, em relação ao IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica, a escola tem apresentado um resultado satisfatório nos últimos anos, o
que vem possibilitando à equipe observar que as novas estratégias e posturas
quanto ao trabalho pedagógico têm alcançado implicações satisfatórias com o
BENEFÍCIOS DO GOVERNO
Recebem
Não recebem
17
passar do tempo, uma vez que no ano de 2012 a instituição obteve a melhor
média entre as escolas de Samambaia.
Desde o início do ano de 2013 a escola aderiu ao sistema de ciclos,
buscando colocar em prática o que esta política propõe. A partir de então, pôde-
se observar que a escola passa por um momento de aprendizado, onde todos
têm se empenhando em realmente proporcionar aos estudantes um tempo mais
adequado às suas aprendizagens.
4 – FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
A constituição Federal de 1988 estabelece a educação como direito de
todos e dever do Estado e da família. O Estado por entender que é através da
educação que o indivíduo vai conseguir transformar e se posicionar criticamente
na sociedade em que está inserida, cumpre o seu dever de oferecer educação
escolar pública e gratuita; assim também como está previsto na LDB – Lei de
Diretrizes e Bases 9394/96, e é através de políticas públicas educacionais que o
Estado promove ações e programas para efetivar esse direito adquirido que
perpassa a vontade individual do cidadão.
E com esse entendimento é que a Escola Classe 111 veio fomentar estas
discussões e através de reuniões onde toda a comunidade escolar foi convidada
para contribuir com sua opinião sobre a função social da escola pública, houve
a possibilidade de ouvirmos os pais, mães e/ou responsáveis, além dos
professores e servidores da escola, sobre seus anseios a respeito de qual tipo
de formação desejam que os estudantes alcancem. Foi possível, através de
debates e respostas a um questionário, observar que todas as contribuições e
falas são coincidentes, onde todos citaram a “formação de cidadão” como uma
das principais funções da escola.
A Escola Classe 111 entende, em todo o seu conjunto, que a sua
função social é a de formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes
de seus direitos e deveres, capazes de compreenderem a realidade em que
vivem preparados para participar da vida econômica, social e política do país e
18
aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Assim, como pondera Libâneo (2003):
(...) Ser cidadão significa ser partícipe da vida social e da política do País, e a escola espaço privilegiado para esse aprendizado, e não para ensinar a ler, escrever e a contar, habilidades importantes, mas insuficientes para a promoção da cidadania. (p. 145)
Diante disso, a escola tem como função básica garantir a
aprendizagem de habilidades, conhecimentos e valores indissociáveis à
socialização do indivíduo. Para que o aluno compreenda melhor a realidade que
o cerca, as aprendizagens devem converter-se em instrumentos que favoreçam
sua participação em relações sociais cada vez mais amplas, possibilitando a
leitura e interpretação das mensagens e informações que hoje são amplamente
veiculadas, preparando-o para a inserção no mundo do trabalho e para a
intervenção crítica e consciente na vida pública.
É imprescindível que a instituição possibilite também o pleno domínio
dos conteúdos sócio-culturais fundamentais, da leitura e da escrita, das ciências
e das artes, pois estas aprendizagens propiciam aos estudantes exercerem seus
direitos de cidadão. Portanto, a escola possui o compromisso social de navegar
além da comum transmissão de conhecimento sistematizado, buscando
repertoriar o aluno da possível capacidade de ir ao encontro de informações de
acordo com as necessidades de seu desenvolvimento pessoal e social e de
acordo com as exigências de seu campo profissional. Precisamos preparar
nossos alunos para uma aprendizagem permanente, que tenha continuidade
mesmo após o término de sua vida escolar. Isto significa que em sala de aula
devemos estar preocupados em desenvolver determinadas habilidades
intelectuais sem as quais o aluno nunca será capaz de uma aprendizagem
autônoma.
Temos consciência de que a construção de uma escola democrática,
competente e de qualidade é uma exigência social atual, porém esta construção
deve ser alicerçada pelos órgãos governamentais, pois estamos falando de
escola pública, onde esta está inserida em um estado que deve garantir a
qualidade da educação. De acordo com todas as colocações dos participantes
do processo de construção do Projeto Político Pedagógico, a instituição de
ensino sozinha não consegue cumprir com sua função social. É possível
identificar a elaboração, por parte do poder público, políticas educacionais com
19
objetivos bem definidos e claros, com alvo principal a boa qualidade da
educação, porém é preciso que toda a sociedade controle, acompanhe e fiscalize
essas ações, exigindo do governo o cumprimento dos meios legais, e a garantia
de infra-estruturas adequadas e fundamentais ao excelente desempenho da
escola.
5 – PRINCÍPIOS ORIENTADORES DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS
A Escola Classe 111, por ser uma instituição de ensino relativamente
pequena comparada às demais, possui características peculiares. Com o passar
dos anos foi possível estabelecer e enraizar, além de princípios norteadores,
alguns valores que estão cada vez mais aparentes dentro do ambiente e nas
ações de todos os segmentos que se encontram na escola. Ao promovermos
uma reflexão coletiva sobre os principais valores que estão prevalecendo em
todo o grupo e que estão cada vez mais presentes em todo o cotidiano, chegou-
se unanimemente em sete principais, que são eles: cooperação,
compromisso, respeito, responsabilidade, coletividade, perseverança e
amor. Todos os profissionais que chegam à escola percebem que precisam se
adequar às práticas de tais valores, pois vai tornando-se claro que esta ação
contribui para o fazer pedagógico e administrativo como um todo.
Aos poucos os novos profissionais percebem que tais valores são
fundamentais para que haja um trabalho verdadeiramente coletivo e que alcance
o aluno dentro da sala de aula, promovendo uma aprendizagem mais
significativa e recheada de valores para que os estudantes também possam ser
colaborativos, respeitosos, solidários, responsáveis etc. Vejamos o que relata
Sousa (2009), sobre a importância de viver valores para que possamos repassá-
los aos nossos estudantes pelo exemplo:
Os valores não são conhecimentos apenas cognitivos", (Associação Filosófica Scientiae Studia 2008). Eles
20
transcendem a cognição. Uma pessoa pode falar o tempo todo de justiça e mesmo assim ser injusta nos seus atos cotidianos. Os valores devem ser vividos e experimentados. A vivência dos valores no nosso dia-a-dia deve ser tão convicta que contagie os jovens que ao nos ver vivendo tais valores tenham o mesmo desejo de vivê-los e de experimentá-los.
Estamos em busca de formarmos cidadãos capazes de conviverem
salutarmente com seu próximo, sabendo dos seus direitos e deveres, não
somente na busca pela formação conteudista e/ou para o mercado de trabalho.
Sabemos que atualmente as relações humanas estão sendo primordiais para a
formação de um bom profissional, por isso precisamos colocá-las também como
princípios norteadores de nossas ações. Precisamos viver tais valores para
repassá-los aos nossos alunos.
Além das práticas de valores dentro de nossa escola, temos como
princípios orientadores de nossas ações os seguintes eixos: gestão democrática,
qualidade, coletividade e formação continuada.
5.1 – Gestão democrática dando voz à comunidade escolar
Atualmente podemos citar como uma das conquistas da educação a
autonomia que lhe foi confiada através da Gestão Democrática segundo lei
complementar da educação que regula e estabelece as diretrizes. Trata-se da
Lei nº 9.394/96 de Diretrizes Bases da Educação (LDB) proporcionando uma
descentralização do poder e uma nova forma de gestão escolar onde os
principais autores estão dentro da própria instituição escolar, assim como relata
Oliveira, Moraes, Dourado (2010, p.4):
A gestão democrática implica um processo de participação coletiva. Sua efetivação na escola pressupõe instâncias colegiadas de caráter deliberativo, (...) além da participação de todos os segmentos da comunidade escolar na construção do Projeto Político-Pedagógico e na definição da aplicação dos recursos recebidos pela escola.
Assim, a gestão democrática vem para estreitar os laços entre
gestores e a comunidade escolar em um processo democrático, onde o estado
através de suas políticas públicas deliberou autonomia para a escola organizar
os seus trabalhos quanto aos aspectos administrativos, financeiros e
pedagógicos.
É neste movimento e após reflexões coletivas que pudemos analisar,
entender e perceber que a instituição está em busca da verdadeira prática da
21
gestão democrática, onde todos são ouvidos e podem participar das principais
decisões que estão presentes no cotidiano da instituição. Entendemos que é
uma tarefa árdua e trabalhosa, porém temos percebido que este é o melhor
caminho para que possamos alcançar efetivamente uma educação de melhor
qualidade e mais significativa aos nossos estudantes.
Por em prática a gestão democrática com ações compartilhadas para
melhor organizar a escola, elaborar o Projeto Político Pedagógico
democraticamente, ofertar uma educação justa e libertadora faz parte dos
anseios da nossa escola. A este respeito Cury (2006, p.11) aborda:
A gestão democrática como princípio da educação nacional, presença obrigatória em instituições escolares públicas, é a forma dialogal, participativa com que a comunidade educacional se capacita para levar a termo, um projeto pedagógico de qualidade e da qual nasçam “cidadãos ativos” participantes da sociedade como profissionais compromissados.
O processo das eleições democráticas também nos possibilitou a
legitimação desta forma de gestão, uma vez que toda a comunidade escolar
pôde, através de voto direto, escolher e eleger quem acredita ser a melhor opção
para aquela função. Em um processo onde as chapas candidatas precisam
apresentar à comunidade seu plano de trabalho para aquela instituição, foi
possível que a comunidade escolar decidisse qual plano de trabalho seria mais
adequado para a escola.
Neste processo democrático estamos buscando a valorização, a
criação e a efetivação de um ambiente de incentivo, para que todos os atores do
processo de ensino e aprendizagem experimentem a liberdade e a vontade de
realizar ações que sejam significativas para todos os segmentos da instituição.
Sobre o atual perfil do gestor escolar Bancovsky (2008, p.22) ressalta o seguinte:
O diretor, gestor escolar, deve ter a visão da totalidade e da complexidade da escola, da sociedade e do mundo para garantir o alcance dos objetivos educacionais, pois, para superar as dificuldades, pressões e inseguranças, é necessário envolver todos num trabalho de parceria, o que é fundamental para a construção do projeto pedagógico da escola, no qual todos se inter-relacionam.
A gestão da Escola Classe 111 está buscando levar em
consideração todo o contexto escolar que abrange desde as funções
administrativas e financeiras, perpassando pelas relações interpessoais e
potencializando as ações pedagógicas da instituição de ensino. Tal contexto
requer a necessidade de basear todas as ações em atitudes transparentes,
22
articuladas e organizadas que façam a diferença positiva para o avanço do
processo sócio-educacional, agindo de forma democrática na tomada das
decisões imprescindíveis no cotidiano escolar.
Numa gestão democrática, onde as opiniões e as decisões são
tomadas coletivamente, os resultados são de responsabilidade de todos os
membros de um grupo. Todos sentem-se valorizados e inteirados uns com os
outros. Consequentemente, as aptidões e os talentos serão multiplicados, uma
vez que serão a soma dos talentos e aptidões de várias pessoas. Logicamente,
para que todos estes aspectos positivos sejam valorizados e aproveitados, com
o máximo de sucesso, é necessário que haja, no grupo, uma harmonia e um
respeito constantes. Para Goleman (1995), “um dos importantes fatores de
maximização de excelência de um grupo era o quanto os participantes eram
capazes de criar um clima de harmonia interna, de forma que o talento de cada
um fosse aproveitado.”
É a gestão, dentro da visão democrática, que irá promover, no
ambiente escolar, um clima propício ao prazer de criar, de dialogar com
diferentes, aproveitando habilidades e talentos presentes no grupo. Isto, porém,
não significa ausência de conflitos, mas sim a administração dos mesmos na
busca pelo consenso.
5.2 – Qualidade na/da educação para a transformação
A Escola Classe 111 entende que a qualidade da/na educação não
pode ser privilégio de apenas uma minoria econômica e social, por isso temos
também como princípio a oferta da qualidade do ensino e aprendizagem da
escola. Temos o desafio de proporcionar aos nossos estudantes uma educação
de qualidade que interfira no presente e no futuro dos mesmos, tornando-os
plenos cidadãos que possam e consigam atuar positivamente na sociedade de
modo a transformá-la.
Sabemos que é preciso e possível inovar e construir propostas
curriculares e educativas que visem à formação não somente para as exigências
do mundo contemporâneo, mas também para possibilitar uma educação para a
vida e para a construção e formação de uma sociedade demandada por todos
os processos de mudanças em que passamos cotidianamente. Vejamos o que
diz Gentili (1996) a respeito do paradigma que precisamos romper na educação:
23
Na escola, a reprodução das desigualdades sociais ratifica-se nas similitudes do ambiente educacional com as estruturas e processos empresariais, baseando-se na competição e no mérito individual, pressupostos dos sistemas de qualidade total adotados pelas empresas e transferidos, sem mediações, para a escola.
Queremos oferecer uma educação de qualidade aos nossos
estudantes, buscando a mudança de perspectivas sociais para cada indivíduo
que está “em nossas mãos” e que esta mudança possa refletir em suas famílias,
transformando sua realidade. Sabemos da importância de relacionarmos a
escola e a vida, configurando-se como facilitador no percurso de interação do
educando com seu meio, objetivando sempre um maior domínio e compreensão
dos acontecimentos e situações que se desenrolam a sua volta, partindo de uma
micro-visão (diagnóstico) para uma macro-visão do mundo, dando ênfase à
formação dos estudantes leitor e escritor, às vivências de situações-problemas,
experiências, investigações e pesquisas, levando em consideração os
conhecimentos que o educando já possui, em um contexto em que a relação
professor e aluno seja caracterizada por vínculos de respeito mútuo.
5.3 – Coletividade nos processos
Durante a construção do presente projeto os diversos segmentos
presentes na escola puderam participar de discussão acerca do trabalho coletivo
realizado por todos e foi possível perceber, também através do dia a dia, que a
instituição busca pautar sua organização baseada no princípio da coletividade.
Entende-se que ainda é necessário potencializar este espírito coletivo, porém é
perceptível que há uma preocupação em promover e realizar um trabalho que
envolva a participação de todos os envolvidos com objetivos comuns, na busca
pela aprendizagem e na formação de valores em nossos alunos.
O trabalho coletivo requer o desprendimento de paradigmas e costumes
para que haja a aceitação do novo, a mudança de posturas e a troca de
experiências, onde é possível construir novos rumos, estratégias e melhorias do
fazer pedagógico e administrativo da instituição. Segundo o site
“significados.com.br”,“(...)o trabalho em equipe pode ser descrito como um
conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou
determinado trabalho, por obrigação, ou não.”No âmbito educacional Furasi
(1993) traz as considerações acerca do trabalho coletivo, onde relata:
24
Por trabalho coletivo entende-se aquele realizado por um grupo de pessoas - diretores, coordenadores, professores, funcionários, alunos, membros do Conselho de Escola e demais representantes da comunidade - que têm um compromisso com a causa da democratização da Educação Escolar no País, no Estado, no Município, e que atuam com o objetivo de contribuir para assegurar o acesso do aluno à Escola, sua permanência nela e a melhoria da qualidade de ensino. (p.70)
Nossa instituição está, a cada dia, buscando promover a efetiva
participação de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem na
perspectiva de alcançar o cumprimento dos objetivos elencados, de forma a
“abrir” espaço e tempo para discussões coletivas acerca de todo o
funcionamento da escola. Através de várias experiências que temos vivido com
a tentativa de realmente efetivar o trabalho coletivo dentro da instituição,
estamos percebendo o quanto este princípio tem contribuído para melhorar a
qualidade dos serviços oferecidos para o público em geral. Para Furasi (1996, p.
71) o trabalho coletivo possibilita “a troca de conhecimento e agilidade no
cumprimento de metas e objetivos compartilhados, uma vez que otimiza o tempo
de cada pessoa e ainda contribui para conhecer outros indivíduos e aprender
novas tarefas”.
5.4 – Formação continuada
A nossa instituição tem priorizado a parte pedagógica com o foco no
ensino aprendizagem dos nossos educandos, por entender que esta é a parte
mais significativa e relevante de nossa instituição, e para que isso aconteça de
forma significativa, entendeu-se que é indispensável a formação continuada de
toda a equipe para ofertar uma educação de qualidade, justa e plural. Assim,
como pondera Costa apud Perrenoud (2004, p. 65):
Na implantação de qualquer proposta pedagógica que tenha implicações em novas posturas frente ao conhecimento, conduzindo a uma renovação das práticas no processo ensino-aprendizagem, a formação continuada de professores assume um espaço de grande importância.
E a partir do levantamento realizado com todos os docentes, foi
unânime a fala de que a Escola Classe 111 tem buscado promover a formação
continuada e que esta é “rica em detalhes” e tem contribuído também para a
sintonia do grupo, para a realização do trabalho e para o desenvolvimento dos
projetos da escola. Percebemos também que ainda é necessário melhorar esta
25
formação continuada no sentido de proporcionar oportunidades para que os
próprios professores da escola possam contribuir para esta ação.
Esta formação continuada é realizada no locus da escola, e
preferencialmente, nas coordenações pedagógicas por entender que “(...)
representa também espaço e tempo de educação continuada uma vez que, pela
formação crítica e reflexiva, os professores promovem avanços na prática
pedagógica, na organização do trabalho pedagógico (...)” (FERNANDES, 2010,
p. 7) sendo mais sistematizadas no dia de quarta-feira, onde fazemos a coletiva
numa ação intencional, reflexiva e transformadora. Neste dia a equipe gestora
solicita que tenha, no mínimo, a participação de um representante da carreira
assistência para que este possa contribuir com o momento e também repassar
tudo que foi discutido aos demais.
Então, a formação continuada se faz presente na instituição, pois é
um dos caminhos quando se pretende contribuir para um bom desempenho
educacional, proporcionando a todos os indivíduos’ as mesmas oportunidades.
Conhecer é dá voz ativa aos atores envolvidos, é oportunizar um processo
democrático com reflexões e críticas construtivas do que se pretende alcançar,
pois não basta elaborar metas, plano de ação se não houver um entendimento
maior e um acompanhamento das estratégias elaboradas no decorrer deste
processo, avaliando e reestruturando sempre que necessário.
26
6 – OBJETIVOS E METAS
Ao definirmos nossos objetivos e metas, nos atentaremos
primeiramente aos objetivos pautados nas Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica, pois as instituições públicas do Distrito Federal precisam estar
cientes, também, de seu papel enquanto unidades que compõem um sistema de
educação que vem buscando unificar sua oferta de um ensino e aprendizagem
que sejam significativos para todos dentro deste sistema e dentro de todas as
instituições. Por isso citamos a seguir estes objetivos, que também nos
pertencem, trazidos no Currículo em Movimento da Educação Básica do Ensino
Fundamental Anos Iniciais (2014, p.9), são eles:
- Possibilitar as aprendizagens, a partir da democratização de
saberes, em uma perspectiva de inclusão considerando os eixos transversais:
Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos
Humanos e Educação para a Sustentabilidade;
- Promover as aprendizagens tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo e a formação de atitudes e valores,
permitindo vivências de diversos letramentos;
- Oportunizar a compreensão do ambiente natural e social, dos
processos histórico-geográficos, da diversidade étnico-cultural do sistema
político, da economia, da tecnologia, das artes e da cultura, dos direitos
humanos, e de princípios em que se fundamentem a sociedade brasileira, latino-
americana e mundial;
27
- Fortalecer vínculos da escola com a família, no sentido de
proporcionar diálogos éticos e corresponsabilização de papéis distintos, com
vistas à garantia de acesso, permanência e formação integral dos estudantes;
- Compreender o estudante como sujeito central do processo de
ensino, capaz de atitudes éticas, críticas e reflexivas, comprometido com suas
aprendizagens, na perspectiva do protagonismo infanto-juvenil.
Temos ainda os objetivos geral e específicos pensados e
construídos coletivamente para que todos os partícipes da Escola Classe 111
sejam mediadores da prática para garantir o alcance destes:
Objetivo Geral:
Ofertar uma educação de qualidade e emancipatória que capacite o
educando a questionar, criticar e dialogar com seus pares e adultos, tornando-
se um cidadão consciente enquanto indivíduo, autônomo, participativo e
integrante de uma sociedade.
Objetivos Específicos:
- Assegurar a alfabetização na idade certa (até 8 anos);
- Assegurar as aprendizagens aos alunos que ainda não atingiram os
objetivos traçados para seu bloco, respeitando suas especificidades enquanto
indivíduo;*
* De acordo com a LDB 9394/96, Art 12 inciso V – Promover meios para
a recuperação dos alunos de menor rendimento;
- Garantir a continuidade do pleno desenvolvimento do educando que
está alcançando as metas estabelecidas;
- Formar cidadãos críticos, criativos e conscientes não só da sua
participação na sociedade, mas também de sua responsabilidade consigo, com
o outro e com o global. Ampliando assim a consciência de que uma ação pontual
interfere no todo.
De acordo com o Currículo em Movimento da Educação Básica do Ensino
Fundamental – Séries Iniciais, elencamos também as metas que pretendemos
alcançar ao final de cada ano para que todos possam contextualizar o ensino e
28
aprendizagem, buscando alcançar metas comuns e pautadas em um
planejamento coletivo. Deixamos claro que as metas traçadas não dividem o
trabalho realizado dentro dos anos, apenas colocam níveis maiores de
conhecimento ao passar de cada ano letivo para o estudante. São elas:
1 Denominamos grupo de força, as sequências de palavras que se juntam na fala e que, muitas vezes, as crianças repetem em suas
escritas. 2 Relacionar um texto a outro texto.
LÍNGUA PORTUGUESA
(1º ANO) (2º ANO) (3º ANO) - Expressar-se oralmente em diferentes situações e contextos (experiências, vivências, situações do cotidiano). - Reconhecer o alfabeto com consciência fonológica e topografia, identificando letra maiúscula e minúscula e as possibilidades de combinação para formação de sílabas e palavras. - Ler e escrever em caixa alta, reconhecendo letras de diferentes formas. - Estabelecer relação entre significante e significado (relação palavra/objeto). - Sistematizar a escrita com as devidas segmentações, evitando junções arbitrárias (grupo de força1), considerando desvios. - Estabelecer os três níveis de leitura (objetiva, inferencial e avaliativa) em pequenos textos verbais e não-verbais, compreendendo a necessidade e o prazer de ler, na perspectiva do letramento. - Reconhecer e ler diversos gêneros textuais, mais próximos do contexto escolar, com base em suas características gráficas.
Nível: Alfabetizado
- Participar e discutir oralmente acerca de uma determinada temática. - Ler por prazer, para esclarecer dúvidas e obter novas informações. - Ler e interpretar comandos, textos simples, realizando intervenções necessárias. - Sistematizar a escrita com as devidas segmentações, evitando junções arbitrárias (grupo de força), considerando desvios. - Identificar e aplicar conhecimentos linguísticos (convenções gráficas), utilizando regularidades da língua em produções, revisões e leituras (considerar desvios). - Sistematizar os três níveis de leitura (objetiva, inferencial e avaliativa) em contextos verbais e não-verbais, passando da leitura objetiva para a intertextualidade2. - Reconhecer a funcionalidade e a intencionalidade dos diversos tipos de texto (narrativo, argumentativo, expositivo, descritivo, injuntivo) e
gêneros textuais, na perspectiva do letramento. - Escutar, contar, recontar e registrar fatos e características. - Escrever textos simples de diferentes gêneros com criatividade, coerência e coesão.
Nível: Alfabetizado 2
- Relatar e ouvir com autonomia e criticidade experiências, vivências, situações cotidianas e diferentes temáticas, expondo opinião, sintetizando ideias e defendendo pontos de vista. - Reconhecer os diferentes modos de fala e as variedades linguísticas, fazendo monitoração nos diversos contextos. - Aplicar conhecimentos linguísticos em atividades de autocorreção e correção de textos alheios, observando os três tempos verbais, os sinais de pontuação e organização do parágrafo. - Produzir textos com coerência, coesão, consistência argumentativa e unidade temática, fazendo uso de regularidades e irregularidades ortográficas, aproximando-as das convenções gráficas. - Reconhecer a funcionalidade e a intencionalidade dos diferentes tipos de texto (narrativo, argumentativo, expositivo, descritivo, injuntivo) e
gêneros textuais, identificando os elementos constitutivos da organização interna, na perspectiva do letramento. - Utilizar os três níveis de leitura (objetiva, inferencial e avaliativa) com autonomia, por meio das estratégias de decifração, seleção, antecipação e verificação, combinando-as com a leitura de textos previstos para o ano. - Revisar os textos produzidos, fazendo uso do monitoramento da escrita.
Nível: Alfabetizado 4
MATEMÁTICA (GERAIS)
29
4º Ano
Ao término do ano os alunos deverão:
Produzir textos estruturados, coesos e coerentes (uso de parágrafo e pontuação);
Utilizar corretamente o dicionário;
Ser capaz de realizar pesquisas;
Ler utilizando as três estratégias de leitura e interpretar textos escritos e de diferentes gêneros;
Ler, identificar e escrever numerais (centena de milhar);
Reconhecer o valor posicional e absoluto dos numerais;
Resolver as quatro operações;
Interpretar e resolver situações – problemas contextualizados envolvendo as quatro operações;
Apresentar bom raciocínio lógico – matemático;
Realizar cálculo – mental;
Identificar figuras geométricas planas, espaciais e os sólidos geométricos;
Interpretar gráficos e tabelas. 5º Ano
Ao término do ano, os alunos deverão:
Produzir textos estruturados, coesos e coerentes (uso de parágrafo e pontuação);
Utilizar corretamente o dicionário;
Ser capaz de realizar pesquisas e fazer resumos;
Ler utilizando as três estratégias de leitura e interpretar textos escritos e de diferentes gêneros;
Ler, identificar e escrever numerais (classe dos milhares);
Resolver as quatro operações com precisão;
Interpretar e resolver situações – problemas contextualizados envolvendo as quatro operações;
Apresentar bom raciocínio lógico-matemático;
Realizar cálculo – mental;
- Compreender o sistema de numeração decimal, contagem de numerais de 0 até 99. - Desenvolver a noção de adição e subtração simples. - Reconhecer e diferenciar as figuras geométricas. Simples.
- Dominar as operações de adição e subtração com desenvoltura e adquirir noções (através do concreto) de multiplicação e divisão. - Resolver situações problemas de adição e subtração. - Ler e escrever os numerais até 500. - Compreender noções de unidade, dezena e centena.
-Compreender/realizar as quatro operações, interpretando e resolvendo situações-problema.
30
Identificar figuras geométricas planas, espaciais e os sólidos geométricos;
Interpretar gráficos e tabelas.
7 – CONCEPÇÕES TEÓRICAS
O presente documento constrói-se a partir de considerações,
ponderações e orientações que outros escritos que regem a educação do Distrito
Federal nos trazem. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica,
as Diretrizes de Avaliação, o Currículo em Movimento e alguns outros, já nos
permitem seguir uma linha teórica já discutida com toda a rede em outros
momentos, como o próprio Currículo em Movimento (2014, p. 17) cita:
O processo de elaboração coletiva da proposta curricular, vivenciado nos últimos anos, explicita o projeto político-pedagógico de escola que almejamos para o Distrito Federal. Numa visão dinâmica, admitindo o Currículo como um instrumento que se realiza em diferentes âmbitos de decisões e realizações, ganha vida no processo de implantação e se materializa no processo de concepção, desenvolvimento e expressão de práticas pedagógicas e em sua avaliação(...)
A Teoria Crítica trazida como pressuposto teórico do Currículo em
Movimento vem ao encontro das reflexões realizadas pelos atores da Escola
Classe 111, uma vez que estamos buscando mudar a realidade tão impregnada
e mantida há anos, de geração em geração, nas famílias de nossos educandos,
sem esta ser questionada pela sociedade, pelo governo e nem tão pouco pelas
próprias vítimas deste processo. Esta teoria questiona o que pode parecer
natural na sociedade, como: a hegemonia do conhecimento científico em relação
a outras formas de conhecimento, as desigualdades sociais, a neutralidade do
currículo e dos conhecimentos. Ainda tem como “defesa a busca por uma
31
racionalidade emancipatória para fugir da racionalidade instrumental e a procura
de um compromisso ético que liga valores universais aos processos de
transformação social” (PUCCI, 1995; SILVA, 2003).
Queremos, enquanto escola e função social que temos, buscar
sermos os mediadores dos processos de mudança desta atual realidade que
nossos educandos ainda enfrentam, fazendo-os atores principais do processo
de ensino e aprendizagem com o objetivo de incentivá-los a questionarem o que
pode ser natural. Para nossa escola é necessário um trabalho de
reconhecimento das desigualdades para democratizar as oportunidades, tendo
os estudantes como protagonistas e os professores como mediadores do
processo, onde exista a possibilidade da emancipação pelo conhecimento.
Observamos também a importância de alguns pressupostos da
Teoria Pós-Crítica, pois esta abre espaço, também, para a provocação de
análises “(...) dos processos pelos quais as diferenças são produzidas através
de relações de assimetria e desigualdade” (Silva, 2003, p.89), onde questiona
constantemente todas essas diferenças. Para tanto, assim como proposto no
Currículo em Movimento, a Escola Classe 111 também realizará seu trabalho
perpassando pelos seguintes eixos transversais: educação para a diversidade,
educação para a cidadania, educação para a sustentabilidade e educação para
e em direitos humanos.
32
8 – ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO PEDAGÓGICO
8.1 – Organização escolar em ciclos
Desde o início do ano de 2013 a escola optou por trabalhar a partir da
organização em ciclos, uma vez que a equipe acredita que esta proposta é
possível de acontecer, porém a instituição encontra-se em fase de aprendizado
e estudo referente à melhor e mais correta forma de trabalhar com esta proposta
que pode proporcionar ao aluno um grande avanço em suas aprendizagens. Ao
aderirmos a esta proposta, tivemos o cuidado de discutirmos, estudarmos e
avaliarmos todos os pontos elencados nesta organização.
Alguns estudiosos têm alertado sobre interpretações inadequadas
dos ciclos. Por exemplo, Arroyo (2004) diz que se costuma encarar que a política
de ciclos significa dar mais tempo aos alunos mais lentos e aos que possuem
problemas de aprendizagem. Diferentemente disso, os ciclos trabalham com a
adequação dos tempos escolares aos tempos da vida. A esse respeito, Lima
(2000) pondera que seria um equívoco considerar o ciclo como uma proposta
voltada àqueles que têm dificuldades de aprendizagem ou que fracassem na
escola ou que os ciclos têm apenas a finalidade de acabar com a repetência.
Para ela, a educação por ciclos de formação “é uma organização do tempo
escolar de forma a se adequar melhor às características biológicas e culturais do
desenvolvimento de todos os alunos. Não significa, portanto, “dar mais tempo
para os mais fracos”, mas, antes disso, é dar o tempo adequado a todos”. No
33
contexto da proposta da escola em ciclos, isso não é considerado algo negativo,
mas é algo próprio da dinâmica da vida humana.
A Escola Classe 111, com o objetivo principal de assegurar as
aprendizagens de todos, respeitando as especificidades de cada aluno, traçou
as seguintes ações/estratégias para assegurar o trabalho com os ciclos:
- Promover a cada início do ano letivo e bimestralmente o diagnóstico
do nível de conhecimento das aprendizagens dos estudantes;
- Organizar atividades que sejam significativas para a aprendizagem
dos estudantes em detrimento de exercícios mecânicos;
- Promover um planejamento coletivo por parte dos docentes,
observando as necessidades dos níveis existentes em cada turma;
- Subsidiar o planejamento e desenvolvimento de todas as formas de
Reagrupamento como forma de promover o avanço do educando para o próximo
nível de aprendizagem;
- Subsidiar o planejamento e desenvolvimento do Projeto Interventivo
como forma de sanar as necessidades específicas de aprendizagem;
- Proporcionar momentos para reforçar/retomar conteúdos
trabalhados em sala que ainda não foram assimilados pelo educando (em horário
contrário);
- Promover momentos de formação em lócus aproveitando as
habilidades, conhecimentos e experiências dos nossos educadores;
- Possibilitar ao educando vivenciar experiências, atividades e
conhecimentos mais ampliados e aprofundados em relação à sua turma de
origem;
- Apoiar a execução de projetos específicos dos docentes;
- Possibilitar o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e social através
de atividades recreativas e direcionadas pelos docentes;
- Garantir aos estudantes atendimento diferenciado pela Equipe
Especializada de Apoio à Aprendizagem da escola;
- Utilizar os recursos tecnológicos (laboratório de informática, data-
show, mídias etc) para enriquecer e dinamizar a prática pedagógica.
Vale ressaltar que a proposta de trabalhar em ciclos não é algo novo,
pois em 2005 foi iniciada a implantação do BIA - Bloco Inicial de Alfabetização
34
que hoje constitui-se o 1º Bloco do 2º Ciclo do qual a escola faz parte. Apenas
estendemos esta proposta aos 4º e 5º Anos.
8.2 – Parceria com Projeto Acorde e Instituto Alfa e Beto
A Escola Classe 111 de Samambaia, em busca da melhoria de seus
resultados na aprendizagem dos estudantes, iniciou uma parceria com o Projeto
Acorde no ano letivo de 2017. Para a concretização dessa parceria, houve uma
rigorosa análise e reflexão sobre os resultados apresentados pelo Sistema de
Ensino Estruturado ao qual nortearia todo o trabalho da escola, bem como sobre
a proposta de subsídios pedagógicos e de gestão que o sistema ofereceria.
Diante da concretização desta parceria, iniciamos os trabalhos com
muitas dúvidas e inseguranças, pois tal proposta nos retirou da área de conforto
e trouxe nova demanda de estudos e práticas até então pouco conhecidas. O
início do trabalho se caracterizou pela ideia de “não darmos conta” do que foi
proposto, pois o plano de aula era totalmente diferente do que estávamos
acostumados e a demanda de ações era grande.
No decorrer do processo, fomos percebendo que a forma de organização
e estruturação do programa, no que diz respeito ao plano de aula, veio facilitar o
cotidiano, pois havia o acompanhamento semanal ao professor e a assistência
da consultora do projeto diariamente, fazendo com que o professor não se
preocupasse mais com confecção de materiais, de jogos, montagem de
atividades para xerox etc. Todo o material necessário para a aula já era ofertado
pelo próprio programa, sem atrasos.
Não estamos dizendo que o sistema é, por si só, capaz de resolver o
problema da não alfabetização escolar e também não estamos dizendo que é
fácil acompanhar e colocar em prática o que é proposto, porém é algo possível
e capaz. Comprovadamente, esse projeto trouxe subsídios para a melhoria na
alfabetização de nossas crianças, através de novas e eficazes estratégias de
gerenciamento pedagógico baseadas na análise crítica de indicadores de
resultados.
PROJETO ACORDE
O Acorde é um projeto da sociedade civil, financiado por recursos de
pessoas físicas de origem comprovada, sem vínculos com partidos políticos ou
35
instituições privadas, criado unicamente com o objetivo de atuar como agente de
apoio a uma transformação positiva no cenário da educação pública do país,
mesmo propósito de outras instituições nas quais se inspirou, como a Fundação
Lemman e o Instituto Ayrton Senna.
Missão “Atuar em parceria com a escola para oferecer soluções de ensino-
aprendizagem que assegurem para cada criança o domínio das habilidades de leitura e escrita e das operações fundamentais da matemática ao final das
séries iniciais do ensino fundamental, independente dos limites impostos pelo ambiente.”
O Projeto Acorde financia toda a estrutura do Programa Alfa e Beto para
ofertar às escolas parceiras, bem como as consultorias e capacitações que são
realizadas durante todo o ano letivo. Existe também, ao final de cada semestre,
a disponibilidade de simulados para aplicação em todas as turmas da escola (1º
ao 5º Ano), formulados a partir do plano de ensino norteador do planejamento
diário/bimestral. A equipe pedagógica da Escola Classe 111 (professores,
coordenação e equipe gestora), elencou os seguintes pontos positivos acerca
dos simulados:
• Feedback para professor e aluno
• Complemento da avaliação e auxílio na elaboração do relatório individual
• Acompanhamento e verificação de aprendizagem ∕ Nível da turma
• Identificação dos pontos fortes e de aperfeiçoamentos em relação aos
conteúdos
• Identificação da necessidade de aprofundar ou consolidar conteúdos
• Intervenção focada a partir dos resultados
• Possibilidade de redefinir metas e estratégias
• Planejamento em grupo
• Acesso a outra forma de avaliação além da utilizada pelo professor
• Preparação para avaliações futuras e externas
• Visão geral dos resultados da escola
• Instrumento padrão de avaliação para cada ano (Como na Prova Brasil,
ANA e outras). Por isso, não é possível considerar especificidade de cada
turma
• Foco nas expectativas de aprendizagem definidas no plano de ensino
para o período em avaliação (Ideal X Real)
36
• Neutralidade - Elaboração do simulado por um profissional que não seja
o professor Momento de feedback e análise de resultados para definição
de um plano de ação
• Devolutiva coletiva (Resultados geral do ano – Média todas as turmas)
IAB – INSTITUTO ALFA E BETO
O Programa Alfa e Beto de Alfabetização incorpora o que existe de mais
atualizado, eficaz e prático para alfabetizar crianças. Este programa vem sendo
implementado em centenas de municípios e já contribuiu, em todo o país, para
alfabetizar mais de meio milhão de crianças. Mas o êxito do aluno não depende
só do Programa: ele depende do envolvimento dos coordenadores pedagógicos,
diretores, e, principalmente, do professor.
O Programa se baseia nos princípios da Ciência Cognitiva da Leitura. As
pesquisas produzidas por esses cientistas fornecem indicações, não apenas a
respeito das competências e conteúdos de um programa de alfabetização, mas
também a respeito de métodos mais eficazes para alfabetizar.
O Programa Alfa e Beto de Alfabetização é um programa estruturado de
ensino. Isso significa que há uma consistência entre os objetivos, o programa de
ensino, a proposta pedagógica, os materiais, métodos, instrumentos de
avaliação e mecanismos de apoio ao professor. Neste Programa o professor
recebe todas as orientações, instrumentos e apoio necessários para alfabetizar
seus alunos. Isso dá ao professor um enorme espaço para exercitar sua
competência e sua criatividade, adequando o programa às características de sua
turma e de seus alunos.
Em seu livro “Uma professora muito maluquinha”, Ziraldo diz que, no
primeiro dia de aula, a professora escreveu no quadro uma frase muito bonita e
disse: “No final do ano, todos vocês serão capazes de ler o que eu escrevi no
quadro.” Todo professor de turma de alfabetização deve ter essa mesma atitude
de compromisso, e alcançar esse objetivo com seus alunos ao final do ano letivo.
O Programa Alfa e Beto de Alfabetização pode ajudá-lo(a) a chegar lá.
Os resultados do IAB são comprovados por diversas avalições externas
e pelas próprias redes de ensino, com base na melhoria nos resultados dos
alunos a partir de práticas gerenciais e pedagógicas mais eficazes. Como
37
referência, existe o município de Sobral (CE), onde o Programa foi adotado
como método padrão de alfabetização.
IDEB EF Anos Iniciais 2015: Média nacional = 5,3 Sobral = 8,8
* Para maiores informações sobre o IAB: www.alfabeto.org.br
Para o trabalho com o Programa Alfa e Beto, é imprescindível que o(a)
educador(a) lance mão da formação continuada através de muita leitura, estudos
e participação eficaz nas capacitações ofertadas. O Programa oferece todo o
suporte de material que possui vasto conteúdo para apoio ao professor e à
escola, por isso é de extrema importância que o professor adote uma rotina de
estudo para que todo esse material seja rebuscado e, quando necessário,
discutido com a equipe pedagógica da Escola Classe 111 de Samambaia.
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR QUE ATUA EM TURMA COM O PROGRAMA ALFA E BETO
Para que o programa tenha um excelente resultado ao final do ano letivo
é necessário que o(a) professor(a):
- Leia e estude os materiais oferecidos pelo programa, pois todos eles trazem
conteúdos que estão vinculados com o desenvolvimento e estratégias da
proposta;
- Tenha compromisso com o sucesso dos alunos;
- Dedique-se com afinco a preparar e ministrar suas aulas;
- Auxilie a equipe gestora no repasse de informações sobre faltas dos
estudantes;
- Procure tirar todas as dúvidas no momento do planejamento coletivo;
- Siga as instruções dos manuais e fazer uso de toda riqueza do conteúdo deles;
- Não utilize atividades contraditórias, para que não haja conflito entre métodos;
- Acompanhe diariamente o processo de aprendizagem de cada aluno.
8.3 – O espaço/tempo da Coordenação Pedagógica
Antes mesmo de possuir qualquer outra característica, ressaltamos a
coordenação pedagógica como uma vitória política da categoria dos professores
do Distrito Federal, conquistada através de lutas históricas promovidas durante
anos, pois todos acreditavam que este espaço/tempo seria de grande relevância
38
para a melhoria da qualidade da educação ofertada aos estudantes da rede
pública de ensino. A partir deste triunfo, o Distrito Federal passou a ser referência
em relação aos demais estados. Dentro de nossa instituição é possível perceber
o valor que é dado a esta conquista, pois os docentes e toda a equipe
pedagógica (SOE, EEAA, Equipe Gestora e Coordenadores) utilizam este
espaço para que todas as ações da escola, voltadas ao ensino/aprendizagem,
sejam dialogadas, planejadas e avaliadas, de modo a assegurar a oferta de uma
educação de melhor qualidade.
Buscamos utilizar este espaço/tempo para promover reflexões acerca
da organização do trabalho pedagógica da escola, onde aconteçam diversas
ações que possibilitem o repensar e à construção de novas estratégias que
alcancem efetivamente o estudante dentro da sala de aula. Também é
importante ressaltar que a escola tem buscado ofertar a formação continuada e
a troca de experiência entre todos os profissionais, de modo a garantir
qualitativamente a correta utilização deste momento dentro da instituição.
8.4 – Ações para transição dos alunos que chegam e saem da escola
1º Anos: recebemos os alunos que estudarão no próximo ano letivo na instituição
e apresentamos as salas e demais estruturas da escola. Buscamos iniciar uma
integração dos estudantes com o ambiente.
5º Anos: para os alunos que sairão da escola, promovemos debates e conversas
informais sobre a nova realidade que estes terão no próximo ano letivo.
8.5 – Programa mais alfabetização
Ao saber sobre o Programa Mais Alfabetização lançado pelo Governo
Federal, a equipe gestora da Escola Classe 111 logo se interessou e
providenciou o cadastro da unidade, após discussão com os docentes.
O Programa Mais Alfabetização cumpre a determinação da Base
Nacional Comum Curricular – BNCC, aprovada pelo Conselho Nacional de
Educação – CNE, por meio da Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de
2017, quando estabelece que nos dois primeiros anos do ensino fundamental, a
ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas
oportunidades, para que os alunos apropriem-se do sistema de escrita
39
alfabética, de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de
leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de
letramentos.
O objetivo do PMALFA é fortalecer e apoiar as unidades escolares
no processo de alfabetização - para fins de leitura, escrita e matemática - dos
estudantes no 1º ano e no 2º ano do ensino fundamental. Para isso, o Ministério
da Educação garantirá apoio adicional - prioritariamente no turno regular - do
assistente de alfabetização ao professor alfabetizador, por um período de cinco
horas semanais para unidades escolares não vulneráveis.
O Programa será implementado, ainda, por meio do fortalecimento da
gestão das secretarias de educação e das unidades escolares e do
monitoramento processual da aprendizagem. Além disso, as formações do
professor alfabetizador, do assistente de alfabetização, das equipes de gestão
das unidades escolares e das secretarias de educação são elementos
indissociáveis do Programa.
FINALIDADES: I - a alfabetização (leitura, escrita e matemática) dos estudantes
regularmente matriculados no 1º ano e no 2º ano do ensino fundamental, por
meio de acompanhamento pedagógico específico; e II - a prevenção ao
abandono, à reprovação, à distorção idade/ano, mediante a intensificação de
ações pedagógicas voltadas ao apoio e fortalecimento do processo de
alfabetização.
As ações do programa serão iniciadas no 2º Bimestre letivo de 2018,
após seleção do(s) assistente(s).
8.6 - Atendimento Educacional Especializado a Estudantes com Altas Habilidades/Superdotação
Em 2018 a Escola Classe 111 recebeu duas turmas (uma sala) de
Altas Habilidades como Polo de Samambaia, este consiste no atendimento às
necessidades educativas dos estudantes identificados com potencial de talento
artístico e/ou acadêmico em salas de aula do ensino regular. Fundamenta-se no
desenvolvimento de estratégias diferenciadas de abordagem das habilidades e
competências do currículo comum, com vistas à suplementação, diferenciação,
modificação e ao enriquecimento curricular.
40
Os estudantes frequentam normalmente as atividades na sala de aula
do Ensino Regular e são atendidos no contra turno, de uma a duas vezes por
semana, em Salas de Recursos de altas habilidades/superdotação.
A equipe de atendimento é formada por: psicólogo(a), professor(a)
itinerante e professor(a) mediador(a) na área de talento artístico e na área
acadêmica; esses são responsáveis pelo desenvolvimento das atividades na
sala de recursos com horário definido com os pais e estudantes.
PLANO DE AÇÃO – EQUIPE DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
Apresentação - A sala de recursos de Altas Habilidades/Superdotação constitui
uma modalidade especializada de atendimento educacional, desenvolvida por
um profissional devidamente capacitado, destinada a apoiar a educação dos
estudantes com Altas Habilidades/Superdotação, incluídos em classe comum do
ensino regular, seja da rede pública ou privada, na proporção de 70% (setenta
por cento) de vagas para o atendimento da rede pública e 30% (trinta por cento)
para o atendimento da área privada.
Justificativa - O atendimento ao estudante com características de superdotação
tem se mostrado uma necessidade emergente no mundo de hoje. Em diversos
países, nota-se a existência de programas especiais para esses estudantes e
esforços no sentido de favorecer sua identificação e formação. De acordo com
Winner (1998), a sociedade não pode ignorar os indivíduos mais capazes e deve
refletir seriamente sobre como educar e desenvolver seus talentos. O futuro de
qualquer nação depende, entre outros fatores, da excelência de seus sistemas
educacionais, de condições favoráveis ao desenvolvimento dos talentos, da
qualidade e competência de seus profissionais (Alencar & Fleith; 2001), o que
refletirá no avanço cultural, científico e tecnológico do país.
Vale ressaltar que o direito ao atendimento especializado está previsto na
legislação educacional brasileira, como por exemplo, no art. 9º da Lei 5.692, de
11 de agosto de 1971 – a LDB de 1971 – o qual estabelece que:
“Art. 9º - Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação”. (grifos nossos)
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, considerada
referência no atendimento ao estudante superdotado, oferece esse atendimento
41
desde 1976, sendo que o atendimento em sala de recursos de AH/SD em
Samambaia teve seu início em novembro de 2003 e mais recentemente nesta
UE em fevereiro de 2018. A SEEDF segue a definição de superdotação presente
em documentos do Ministério da Educação, a qual postula que o indivíduo
superdotado apresenta um notável desempenho e/ou elevada potencialidade em
qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade
intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criador ou
produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes visuais, artes
dramáticas e música; capacidade psicomotora (Virgolim, 2007). O referencial
teórico norteador das práticas do atendimento é o “Modelo dos três anéis”
proposto por Renzulli (1985), sendo consideradas na avaliação as habilidades
gerais acima da média, a criatividade e a motivação intrínseca na realização de
tarefas.
A proposta atual aspira pelo envolvimento de toda uma equipe
multiprofissional no processo de identificação e desenvolvimento das habilidades
dos estudantes atendidos e sugere a participação mais ativa da própria família
do estudante, desde seu encaminhamento. A proposta é ampliar o olhar sobre o
fenômeno da superdotação e considerar as potencialidades e subjetividades do
estudante em desenvolvimento. O processo de identificação tornou-se mais
flexível priorizando aspectos qualitativos e dinâmicos, ao invés dos
procedimentos tradicionais de avaliação única por meio de instrumentos
psicométricos realizados quase que em moldes clínicos e que desconsideram o
papel das interações e de todo ambiente escolar do indivíduo.
Dessa forma, o estudante que apresentar habilidade geral acima da
média, criatividade ou grande motivação na realização de tarefas de seu
interesse, ou potencial para desenvolver esse conjunto de características,
poderá ser encaminhado à sala de recursos. O encaminhamento pode ser
efetuado pela escola, família, amigos ou até mesmo auto indicação. Esse modelo
de identificação foi denominado por Renzulli (1998) de “Portas Giratórias”,
indicando as várias portas de entrada que possibilitam ao estudante frequentar
o atendimento. Ressalta-se que, de acordo com esse modelo, as características
citadas anteriormente estariam presentes entre 15 e 20% da população de
alunos. Uma vez identificados, os estudantes vão formando um “pool de
talentos”, devendo ser selecionados aqueles com maior potencial para se
42
beneficiar dos serviços oferecidos no atendimento e disposição para se engajar
em projetos na área acadêmica ou artística.
As atividades realizadas nas salas de recursos são desenvolvidas a
partir de um inventário de interesses e de estilos de aprendizagem do estudante.
A partir destas informações, ele inicia a montagem de seu portfolio com o auxílio
do professor, registrando todas as informações relevantes sobre suas
habilidades e produções. Segundo Renzulli (1985), descobrir o interesse do
estudante consiste na mola central para que ele se sinta motivado e passe a
demonstrar suas habilidades. O papel do professor é o de “encantar” por meio
de atividades de exploração de temas gerais e de elaboração de projetos de
pesquisa, para enfim, acompanhar o estudante em sua produção criativa. Após
a “fase de observação” e de “avaliação”, o estudante que estiver apresentando
as características de superdotação continuará a frequentar o programa pelo
tempo que durar sua vida escolar básica. Durante sua permanência no
atendimento, o estudante terá oportunidades de continuar suas produções
criativas com o auxílio dos professores da sala de recursos, e participar de
eventuais exposições abertas à comunidade.
Para garantir o desenvolvimento dessas atividades na Sala de
Recursos alguns recursos são primordiais, tais como: material pedagógico
compatível com seus interesses, sobretudo, o computador e o acesso à internet,
recurso tecnológico indispensável à contínua atualização num mundo
globalizado, transmitindo ao estudante uma visão correlacionada e crítica dos
acontecimentos mundiais. Paralelamente, difícil encontrar à disposição kits de
laboratório, kits de robótica, livros de curiosidade e atualidades, acesso às
reportagens de revistas amplamente divulgadas, dorso e esqueleto humano,
recursos catalisadores de um fácil vislumbre da vida prática. Ademais, não se
poderiam esquecer os futuros artistas de plásticas, cênicas e música que veem
podadas a sua criatividade e potencialidades em meio à falta de materiais
compatíveis com o desenvolvimento de cada habilidade.
Sobre isso o Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, dispõe
sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único
do art. 60 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo
ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007, que determina as formas de
oferta e a responsabilidade técnica e financeira do MEC na sua ampliação,
43
definindo ainda aspectos como a transferência adicional para os alunos
atendidos por essa modalidade de educação. Assim, por exemplo, o art. 1º do
Decreto estabelece que:
“Art.1º A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular. § 1º Considera-se atendimento educacional especializado o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. § 2º O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.” (grifos nossos)
Público alvo - O atendimento suplementar a estudantes superdotados destina-
se prioritariamente aos estudantes oriundos de escolas públicas do Distrito
Federal, da educação infantil e educação fundamental anos iniciais/anos finais,
devendo, conforme a disponibilidade de recursos, ser estendido ao estudante do
ensino médio e de escolas particulares.
Objetivo geral - Oferecer oportunidades aos estudantes com Altas
Habilidades/Superdotação, para que explorem áreas de interesses, aprofundem
conhecimentos já adquiridos e desenvolvam habilidades relacionadas à
criatividade, resolução de problemas e raciocínio lógico.
Objetivos específicos - Em anexo, por cada segmento do Atendimento.
Cronograma - A estratégia do programa envolve três momentos distintos:
entrada; processo de desenvolvimento e saída do estudante.
Entrada do estudante: nessa fase, as ações enfatizam a identificação das
potencialidades. O estudante ingressa no atendimento e passa a frequentar a
sala de recursos por um período chamado de fase de observação. Neste
momento, as potencialidades do aluno são documentadas por meio do seu
histórico escolar, de instrumentos psicométricos, de escalas de características
44
comportamentais, de inventários e de um portfólio onde serão registradas todas
as informações e produções relevantes ao seu desenvolvimento. As três
principais fontes reveladoras do talento do estudante são suas habilidades, seus
interesses e seus estilos de aprendizagem. A fase de observação tem a duração
de no mínimo quatro e no máximo de 16 encontros, podendo ser estendida
mediante estudo de caso. O estudante que apresenta o perfil definido a partir
das características comportamentais listadas, somadas aos registros obtidos
nesta etapa, ingressará na fase do desenvolvimento e será efetivado na sala de
recursos.
Desenvolvimento do estudante: nessa fase, as ações enfatizam os serviços
oferecidos ao estudante, à família e à comunidade escolar visando o seu
desenvolvimento global. As atividades desenvolvidas nas salas de recursos
tornam-se mais específicas às necessidades de desenvolvimento do estudante
e a família é convidada a frequentar o grupo de pais para trocarem experiências
sobre as necessidades de desenvolvimento dos filhos. Espera-se que o
estudante desenvolva atividades de enriquecimento.
Saída do estudante: essa fase visa avaliar as performances do estudante
quando este deixa de frequentar o atendimento ao término do ensino médio.
Espera-se que o indivíduo, ao chegar nessa fase, possa atingir um nível superior
em suas performances acadêmicas, artísticas, criativas, produtivas ou de
liderança social. Para fins de registro, estudo e avaliação da qualidade dos
serviços prestados pelo atendimento, o estudante e sua família serão
convidados a prestar informações sobre o desempenho do estudante em todas
as fases às quais ele passou durante sua participação no programa. Após a sua
saída, encerram-se os vínculos com o atendimento.
Avaliação do aluno - O processo avaliativo é processual, contínuo e obedece
aos critérios adotados na legislação vigente, especificados na lei 9394/96
(Diretrizes da Educação Especial item 8.2) “Em relação às crianças com altas
habilidades (superdotada ou talentosa), a identificação levará em conta o
contexto socioeconômico e cultural e será feita por meio de observação
sistemática do comportamento e do desempenho do aluno, com vistas a verificar
45
a intensidade, a frequência e a consistência dos traços, ao longo do seu
desenvolvimento”.
Cada sala de recursos deverá manter um instrumento de registro de seus
estudantes, devendo entregar à secretaria da escola (onde está localizada a
referida sala), à Coordenação Regional de Ensino, para que encaminhe à escola
de origem do estudante e à Diretoria de Educação Especial, uma cópia da
listagem dos alunos atendidos com relatórios pertinentes.
O estudante evadido do atendimento sem justificativa, pelo período
previsto no regimento interno das escolas públicas do Distrito Federal, sairá da
sala de recursos, devendo entrar em lista de espera para registro no mesmo.
8.7 - PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas
O Programa Educacional de Resistência às Drogas - PROERD é a
adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistence
Education - D.A.R.E., surgido em 1983. No Brasil, o programa foi implantado em
1992, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e hoje é adotado em todo
o Brasil.
Através de solicitação por meio de ofício, respeitando as exigências
do programa, a Escola Classe 111 vem conseguindo há 3 anos oferecer tal
projeto que tanto tem influenciado nossos estudantes dos 5º anos no que diz
respeito à prevenção ao uso de drogas e à violência. As aulas são ministradas
semanalmente por um policial fardado e devidamente treinado que desenvolve
um “curso” através de conversas informais, exposições de imagens,
participações em grupo, aulas expositivas etc.
Ao final do programa os alunos ainda participam de uma formatura
com a presença do professor policial, de toda equipe pedagógica da escola, e
da equipe gestora.
46
9 – CONCEPÇÕES, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
Após muitos debates e discussões envolvendo gestores,
coordenadores e professores, ficaram claras as concepções que o grupo tem e
quer formalizar a respeito das avaliações presentes em nossa instituição escolar,
portanto, em nossas práticas e ações pedagógicas. Essas concepções vão de
encontro com as percepções que o Currículo em Movimento e outros
documentos norteadores da Secretaria de Educação do Distrito Federal nos
apresentam, voltados para a Educação Integral do ser humano. Integral no que
se refere à totalidade do ser biológico e social, assim como pondera as Diretrizes
de Avaliação Educacional (2014, p.7):
(...) o ser em formação é multidimensional, com identidade, história, desejos, necessidades, sonhos, isto é, um ser único, especial e singularidade, na inteireza de sua essência, na inefável complexidade de sua presença.
Diante disso, percebemos a necessidade de um olhar cuidadoso para
nosso educando. Olhando-o como um ser integral, um ser pensante, com
emoção, prazer e sentimentos, e que traz consigo uma história de vida que
precisa ser entendida, valorizada e respeitada. Por isso, não é possível ofertar
uma educação fragmentada, desconectada do mundo; diante disso se faz
necessário realizar uma avaliação diagnóstica e processual que irá nos ajudar a
entender a historicidade cultural dos nossos educandos e as aprendizagens,
47
para direcionarmos e avaliarmos tanto as nossas ações pedagógicas como
nossos educandos, com o objetivo de ofertar uma educação de qualidade capaz
de promover a emancipação dos nossos cidadãos. Nesta perspectiva é que
entendemos e pautamos nosso trabalho de acordo com avaliação formativa, pois
segundo Silva e Lima (2004, p. 8-9):
(...) a avaliação formativa possibilita análise e apreciação do processo ensino aprendizagem oportunizando a progressão continuada de todos os estudantes, onde torna-se possível corroborar avanços, progressos e continuação de aprendizagem durante toda a trajetória dos estudantes
São nestes momentos, e o tempo todo, que avaliamos os nossos
educandos e consequentemente nosso trabalho, elaborando, quando
necessário, novas estratégicas, (re) direcionando as nossas ações de acordo
com as necessidades, “avaliar para incluir, incluir para aprender e aprender para
desenvolver-se” (Diretrizes, 2014, p.9). Com isso, precisamos estar em
constante aprendizado, pois essa postura requer de nós, profissionais da
educação, dedicação e formação continua a todo tempo. Por entender que o ato
de educar está sempre em transformação, assim como nossa sociedade, a
formação continuada torna-se imprescindível para que possamos ofertar uma
aprendizagem de qualidade e significativa.
Para que possamos realizar efetivamente uma avaliação formativa,
temos buscado utilizar todos os instrumentos e recursos disponíveis de
avaliação que a própria SEEDF nos oportuniza, como o Registro de Avaliação
(RAV), o qual registramos o desempenho de cada estudante. O Conselho de
Classe também é uma importante estratégia de avaliação, onde temos mais uma
oportunidade de discutirmos junto com toda a equipe gestora, S.O.E., Pedagoga,
coordenadores e equipe de professores, questões pertinentes a aprendizagem
de cada aluno, promovendo uma reflexão sobre a relação entre as estratégias
utilizadas e a aprendizagem dos estudantes. A Vivência também faz parte de
uma avaliação diagnóstica e processual, o qual oportuniza o estudante a
promoção para o ano seguinte, caso isso seja percebido pelo professor e demais
profissionais.
A Avaliação Institucional também faz parte desse processo e se
apresenta como uma grande busca de melhorar a qualidade da educação e de
(re)organizar o trabalho da instituição escolar, por isso, tem a finalidade de
48
avaliar todo o trabalho da escola, principalmente, no que se refere à parte
pedagógica. A Avaliação Institucional se constitui pela necessidade de
verificarmos o que está indo bem e o que é necessário melhorar ou modificar,
sendo este instrumento uma forma coletiva de tornar as ações administrativas e
pedagógicas mais eficientes, através de debates intermediados pela equipe
gestora que possui a responsabilidade de promover tais momentos dentro do
ambiente escolar. Temos iniciado também um novo formato de organização e
planejamento desta avaliação, onde todos os servidores da instituição
colaboram, através de escala, com considerações acerca da estratégia que será
utilizada para a avaliação, os instrumentos, a dinâmica etc. Ou seja, todos
tornam-se co-responsáveis por este momento tão singular da escola.
Partindo deste pressuposto, o grande desafio é envolver toda
comunidade escolar neste processo que precisa ser coletivo, participativo,
transparente e principalmente democrático, dando voz a todos os atores desta
grande comunidade escolar que tem características, valores, expectativas e
crenças próprias e diferentes, mas que precisa ser discutida e respeitada, afim
de se chegar a uma singularidade, numa ação intencional que é melhorar a
qualidade da educação. Para isso é necessário avaliar. Nesta perspectiva Souza
(1999) aborda:
Avalia-se para afirmar valores, ou seja, avalia-se para subsidiar, induzir, provocar mudanças em uma dada direção, evidenciando-se que não há neutralidade nos caminhos, nos procedimentos e nos instrumentos que são utilizados em uma atividade ou em um processo avaliativo. (p.3)
O primeiro passo para que a avaliação institucional aconteça de forma
participativa é esclarecer para todo o grupo o quê e o por que da avaliação
institucional. Então, faz-se necessário ofertar uma formação abordando o tema,
de forma clara e sucinta, evidenciando os pontos mais relevantes e desvelando
a sua importância e sua eficácia quando todos estão comprometidos. Lembrando
que o Projeto Político Pedagógico tem que ser o norte deste trabalho, pois nele
estão impressos a missão da escola, sua finalidade e expectativas.
Neste grande debate conta-se com a participação de todos os
servidores de carreira assistência, professores, gestores, equipe do SOE, SEAA,
coordenadores, pais e alunos. Porém, sabemos que a participação dos pais e
alunos não é tão efetiva como gostaríamos. E, uma das estratégias que torna-
49
se viável para atingir o maior número de pais e alunos, é montar um questionário
contemplando os pontos discutidos na avaliação, que também dizem respeito a
eles, e entregar aos pais e os alunos, pedindo que assim que responderem
depositem em uma urna localizada na própria escola. Essa ação já foi executada
e deu muito certo.
Depois de todos esses passos é necessário um estudo para avaliar
todas as considerações feitas pelo grupo e analisar e catalogar todas as
respostas dadas pelos pais e alunos. Em seguida, organizar uma reunião para
fazer a devolutiva para toda a comunidade escolar. Sendo que, para os pais
aproveita-se uma reunião bimestral e para os alunos em um dia letivo,
demonstrando assim, compromisso, interesse e respeito da instituição pela
participação de todos os sujeitos envolvidos, democraticamente.
De posse dos resultados, buscam-se mudanças a partir do que foi
sugestionado. Então, é necessário (re) programar, aprimorar, criar, estudar,
mudar velhas práticas e hábitos para se alcançar os novos objetivos e assegurar
a continuidade das atividades da instituição, para ofertar uma educação de
qualidade, plural e justa com o compromisso de formar um cidadão participativo,
crítico e reflexivo.
Contamos ainda com as avaliações de larga escala, O Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB – que tem como objetivo:
(...) Conhecer a fundo os problemas e necessidades do sistema educacional brasileiro e fornecer subsídios para formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas, contribuindo para a ampliação da qualidade do ensino. (Oliveira e Lima, 2009, p.4).
Percebe-se a preocupação do estado com a qualidade do ensino
público, e o grupo de nossa escola também avalia de forma positiva as
avaliações externas, não só SAEB, mas também, a Prova Brasil, Provinha Brasil,
o IDEB e o SIADE, pois além de nos oferecer dados importantes para o
desenvolvimento de nosso trabalho enquanto práticas pedagógicas, ainda têm a
possibilidade de comparar nosso trabalho com as diversas regiões do nosso
Brasil e perceber essas diferenças, dando significado aos números que nos
chegam, além de ter a possibilidade de acompanhar a evolução da qualidade da
educação, não só de nossa escola, mas de todo o Brasil.
O IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é um
indicador de média de desempenho e fluxo escolar nas avaliações de larga
50
escala. Esta ferramenta permite, quando é bem articulada dentro da instituição
de ensino, traçar metas de qualidade da educação, levando em consideração
que a avaliação, seja ela específica ou de larga escala, é de suma importância
para as instituições, pois possibilita a reorientação e reorganização de todas as
práticas da escola (administrativas e pedagógicas). O IDEB é obtido através de
avaliação de larga escala na qual é aplicada de forma padronizada para diversos
segmentos da escola com o objetivo de melhor traçar a realidade das instituições
de ensino, buscando melhorar a qualidade do ensino oferecido. É evidente que
tais avaliações interferem e devem sempre interferir no planejamento diário dos
professores, pois estas também auxiliam nas especificidades das turmas e do
trabalho de cada docente somados ao trabalho coletivo.
Este tipo de avaliação precisa ser contemplado no Projeto Político
Pedagógico da escola, uma vez que se torna um dos instrumentos auxiliadores
do processo de melhoria da qualidade da educação, pois a busca para melhorar
os índices de reprovação, evasão e repetência está contida nas metas a serem
alcançadas pela escola, o que consequentemente, fará com que a mesma
busque apresentar melhores resultados nas avaliações em larga escala, tais
como: Prova Brasil e Provinha Brasil. Os resultados obtidos nas avaliações de
larga escala devem ser também discutidos nos momentos de Avaliação
Institucional, levando à reflexão para melhorar cada dia mais os resultados
obtidos, através de planejamentos coletivos, gestão verdadeiramente
democrática, responsabilidade profissional e organização institucional.
As avaliações externas em larga escala estão assumindo, cada vez
mais, uma posição de destaque no cenário da educação na sociedade. O grande
desafio aparente advindo dos resultados destas avaliações é a busca para o
encontro de soluções e procedimentos para que aconteça uma maior qualidade
do ensino oferecido para os nossos alunos. Na Escola Classe 111 é observado
o cuidado com estas avaliações no sentido de tê-las, também, como auxiliadoras
da melhoria do processo de ensino e aprendizagem, dada sua importância para
a educação brasileira em geral. Tivemos como resultado em 2011 o índice de
5.8, enquanto a média do Distrito Federal foi de 5.4 e a de nossa Regional de
Ensino foi de 5.2. Em 2015 também tivemos o resultado de 5.8. Acreditamos que
estamos traçando caminhos pertinentes na busca de melhorar a qualidade do
51
ensino oferecido aos nossos alunos, mas diariamente reavaliamos nossas ações
com o objetivo de aperfeiçoarmos nossas estratégias.
10 – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A escola deve ser “um espaço favorável para promover a educação
formal dos indivíduos”, como estabelecido em nossa Constituição Federal e pela
Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 que conta com políticas públicas e
profissionais da educação para garantir a qualidade do ensino.
Para realmente buscarmos a efetiva garantia da qualidade do ensino,
contamos com uma organização curricular que vai de encontro com as propostas
da SEEDF. Desde que se ampliou o Ensino Fundamental para nove anos houve
a necessidade de reorganizarmos o trabalho pedagógico e administrativo de
nossa instituição escolar. Assim também, quando decidimos fazer parte de uma
organização curricular em ciclos.
Tendo o currículo como instrumento norteador para a efetivação da
prática pedagógica, procuramos desenvolver competências e habilidades para
que o educando possa adquirir autonomia para participar do mundo que está
inserido se posicionando de forma criativa, crítica e reflexiva. Para isso, é
necessário entender e ter consciência que o currículo não se compõe somente
por conteúdos prontos e acabados como relata Lima (2008):
52
(...) a consciência de que os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos. São uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas. Conhecimentos e práticas expostos às novas dinâmicas e reinterpretados em cada contexto histórico (...).(p.9)
É nessa perspectiva que endossamos o nosso fazer pedagógico,
respeitando as especificidades do ato de educar, para desenvolver a plenitude
de um cidadão, respeitando suas experiências individuais e oportunizando o
acesso a novas culturas, possibilitando a apropriação de um conhecimento
essencial como a leitura, escrita, cálculo, resolução de problemas etc; um
currículo que respeite os valores, diferenças, hábitos, raça, etnia, a diversidade
e a singularidade dos indivíduos presentes na escola e no mundo, ou seja, as
aprendizagens cognitivas, sociais e culturais. Para que, assim, consigam atuar
e se sentir agentes transformadores e participativos da sociedade que vive, “e
aprender, sobretudo, a utilizar estas aquisições não só para o seu
desenvolvimento pessoal, mas também para o uso coletivo. Ou seja, “o
conhecimento colocado a serviço do bem comum.” (LIMA, 2008, p. 19).
Temos consciência que a escola e a valorização da
educação/currículo são fatores determinantes para a construção de um mundo
mais justo e democrático. Atrelado a essa consciência construímos pequenos
projetos que têm sido uma das ferramentas utilizadas para que favoreçamos o
ensino aprendizado dos nossos estudantes. Elaboramos estratégias de
aprendizagem que motivem e despertem os seus interesses. Alguns eventos são
pensados e elaborados valorizando as diferenças culturais e sociais encontradas
em nossa comunidade.
Assim como a LDB 9394/96 nos garante, enquanto lei, trabalharmos
o Currículo com uma base comum e outra diversificada para atender as
especificidades e necessidades culturais e sociais da sociedade que a escola
está inserida, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 6) de artes
também nos convida a refletir dentro dos seus objetivos sobre:
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais.
Por acreditar nestas propostas é que a Instituição tem o compromisso
de valorizar as diferenças presentes na escola, na sociedade e no mundo. Na
construção do nosso Projeto Político Pedagógico, fica impresso o compromisso
53
da escola em trabalhar com as diferentes áreas do conhecimento, bem como,
como os eixos transversais do Currículo em Movimento da Educação Básica que
é educar para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os direitos
Humanos, Educação para a Sustentabilidade.
Para tanto, a instituição se propõe a desenvolver um trabalho que
oportunize aos educandos conhecerem a diversidade cultural durante o ano
letivo. Durante os meses de junho e julho, desenvolvemos o Projeto:
“Valorizando as Nossas Raízes”, e aproveitamos para realizar a tradicional
“Festa Junina”, onde garantimos aos estudantes a oportunidade de conhecerem
as particularidades e culturas de outras regiões brasileiras, através de um
trabalho direcionado para a pesquisa sobre as cinco regiões do Brasil. A
finalidade deste trabalho é a de que todos conheçam um pouco mais das
particularidades e as diversidades do nosso imenso Brasil, pois como Gomes
(2008, p. 18) relata:
Os currículos e práticas escolares que incorporam essa visão de educação tendem a ficar mais próximos do trato positivo da diversidade humana, cultural e social, pois a experiência da diversidade faz parte dos processos de socialização, de humanização e desumanização. A diversidade é um componente do desenvolvimento biológico e cultural da humanidade.
O reagrupamento intraclasse e interclasse, que é uma proposta da
SEEDF e um dos princípios das Diretrizes Pedagógicas do Bloco Inicial de
Alfabetização, acontece de forma sistematizada na Escola Classe 111. É um
projeto que tem como finalidade efetivar uma estratégia de trabalho em grupo
que atende a todos os estudantes e que permite o avanço contínuo das
aprendizagens, a partir da produção de conhecimentos que contemplem as
possibilidades e necessidades de cada aluno, durante todo o ano letivo. Em
nossa escola este projeto é elaborado com o envolvimento de toda a equipe
gestora junto com os professores, abordando temas de interesse dos
educandos, envolvendo peças teatrais, temas transversais, músicas, jogos,
brincadeiras, passeios culturais etc. Estas estratégias são utilizadas para colocar
os alunos como sujeitos ativos de forma divertida e criativa, e assim efetivarmos
um Currículo vivo e participativo. Pereira e Teixeira (2007, p. 5) destacam que:
Uma postura participante, crítica e libertadora, torna-se uma das grandes contribuições a serem dadas pela educação no processo de construção do exercício da cidadania plena, consolidando o foco da ação na pessoa, apontando para ela como sujeito da história.
54
O Projeto Interventivo é outra ação de nossa escola e também um dos
princípios do BIA (que se estendeu aos 4º e 5º Anos), destinado a um grupo de
estudantes com necessidades específicas de aprendizagem que acarretem o
não acompanhamento das situações de aprendizagens propostas para o ano em
que se encontram matriculados, independentemente da idade. O resgate
desses alunos com dificuldades de aprendizagem é o foco deste projeto para
que não aconteça a evasão escolar, bem como garantir o direito destes alunos
a progressão continuada das aprendizagens.
O desenvolvimento desses projetos oportuniza a socialização e o
trabalho coletivo e colaborativo de nossos educadores, pois todos são
elaborados coletivamente por toda a equipe de professores, gestores,
coordenadores, EEAA e S.O.E, onde procuramos privilegiar ações pedagógicas
diferenciadas com foco na aprendizagem significativa, contextualizada, lúdica e
prazerosa de nossos educandos.
Então, pensar em educação é pensar na construção de sujeitos
participativos e cidadãos críticos, reflexivos e autônomos, capazes de opinar e
mudar a sociedade que está inserido, valorizando a sua cultura, respeitando
suas diferenças sociais e econômicas, as diversidades, e o pluralismo de ideias.
Ou seja, é pensar em um Currículo dinâmico e transformador, capaz de incluir
os excluídos, que atenda as necessidades e acompanhe as transformações de
um mundo contemporâneo e global que traz na sua história a marca das grandes
injustiças sociais, econômicas e políticas. E, é a partir deste compromisso que
nossa instituição escolar tem buscado aprimorar nossas ações e práticas
pedagógicas, com o objetivo de mudar os olhares e proporcionar uma educação
humanizada, por entender que a escola é um espaço privilegiado para
disseminar o conhecimento e de grande interação cultural.
55
11 – PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE GESTORA PARA
IMPLEMENTAÇÃO DO PPP
Atualmente discute-se em demasia o tema Gestão Democrática, pois
estamos procurando buscar soluções para um melhor desempenho do sistema
atual de ensino da Rede Pública, especificamente o do Distrito Federal. É
necessário que iniciemos verdadeiramente uma descentralização do poder,
onde tenhamos uma ampla participação de todos os segmentos da instituição
educacional e da comunidade nas tomadas de decisões cotidianas da escola, no
que diz respeito a todas as áreas (pedagógica, administrativa e financeira).
Vejamos o que diz Alonso, (1988, p.11) sobre o papel do Gestor Escolar neste
novo processo de atuação:
“repensar a escola como um espaço democrático de troca e produção de conhecimento que é o grande desafio que os profissionais da educação, especificamente o Gestor Escolar, deverão enfrentar neste novo contexto educacional, pois o Gestor Escolar é o maior articulador deste processo e possui um papel fundamental na organização do processo de democratização escolar.”
É com este novo olhar e com este grande desafio que a Gestão da Escola
Classe 111 de forma a promover um trabalho baseado nos princípios da Gestão
Democrática, da qualidade do ensino público, da constante valorização de todos
os profissionais que atuam na educação, do elo entre escola e comunidade e da
formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, prezando sempre
56
por uma boa relação interpessoal no ambiente escolar como um todo, buscando
implementar verdadeiramente o presente projeto.
Coletivamente, buscaremos alcançar os objetivos comuns pautadas no
empenho, procurando envolver toda a comunidade escolar no trabalho diário da
instituição, na busca por novas alternativas para o desenvolvimento de ações
necessárias que venham beneficiar o ensino-aprendizagem e no fortalecimento
da relação entre escola e família, buscando alcançar efetivamente a participação
de todos no processo de formação integral de nossos educandos,
proporcionando-os prazer em estar no ambiente escolar. Vejamos o que diz
Vasconcelos, (2002, p. 24), sobre o perfil de um gestor para que possa alcançar
os objetivos traçados:
[...] antes de tudo. O diretor deve entender-se como um educador: a gestão envolve estratégias, onde a comunidade exerce papel fundamental, como ponto de partida, para que todos se entendam. Assim é importante ao gestor discutir soluções possíveis e promover negociações, assumir responsabilidades e deixar que os outros também assumam; ser ouvido, mas também ouvir, valorizar os aspectos do grupo, deixando claras as suas intenções para com a escola e zelar pela total transparência de todas as ações.
Sabemos e buscaremos disseminar que a Gestão democrática não se
finaliza no processo eleitoral. O trabalho que se objetiva desenvolver, também
pauta-se na promoção de momentos onde a comunidade, juntamente com a
equipe escolar, poderá engajar-se na resolução de possíveis problemas, bem
como na sugestão e realização de atividades onde possam promover,
gradativamente, o pleno desenvolvimento do aluno e o bom andamento da
administração escolar como um todo.
Proporcionaremos também a efetiva participação do Conselho Escolar,
promovendo encontros ordinários e extraordinários para, quando necessário,
consultar, deliberar e/ou fiscalizar, com o intuito de promover a articulação entre
escola e comunidade, focando a garantia da eficiência e da qualidade do seu
efetivo funcionamento. Segundo Ferreira (2000), a Gestão Democrática não se
efetiva via decreto, é preciso garantir canais de participação. Por isso, outro
canal que também continuará sendo efetivado nesta instituição de ensino é o
Conselho de Classe, onde o mesmo possui a natureza consultiva e deliberativa,
legitimando a Gestão Democrática no espaço escolar e atuando como mais um
dos momentos de reflexão sobre nossas ações.
57
Buscaremos também enfatizar no cotidiano escolar os princípios
metodológicos previstos no Projeto Político Pedagógico da instituição.
Lembramos que tais princípios servem como base comum na prática docente;
Por fim, temos a consciência de que a formação continuada é de extrema
importância em qualquer atividade que será desenvolvida, por isso assumimos
também o compromisso de buscarmos formação dentro da área de gestão
escolar, com o objetivo de atualizar a instituição em geral sobre novas formas de
trabalho e de administração pública, promovendo assim uma efetiva e eficiente
gestão democrática.
- Delimitação dos objetivos, metas, estratégias e da avaliação
- Objetivos Pedagógicos
Objetivo Geral:
Ofertar uma educação de qualidade e emancipatória que capacite o
educando a questionar, criticar e dialogar com seus pares e adultos, tornando-
se um cidadão consciente enquanto indivíduo, autônomo, participativo e
integrante de uma sociedade.
Objetivos Específicos:
- Promover a cada início do ano letivo e bimestralmente o diagnóstico do
nível de conhecimento das aprendizagens dos estudantes;
- Assegurar a alfabetização na idade certa (até 8 anos);
- Assegurar as aprendizagens aos alunos que ainda não atingiram os
objetivos traçados para seu bloco, respeitando suas especificidades enquanto
indivíduo;*
* De acordo com a LDB 9394/96, Art 12 inciso V – Promover meios para
a recuperação dos alunos de menor rendimento;
- Garantir a continuidade do pleno desenvolvimento do educando que
está alcançando as metas estabelecidas;
- Formar cidadãos críticos, criativos e conscientes não só da sua
participação na sociedade, mas também de sua responsabilidade consigo, com
58
o outro e com o global. Ampliando assim a consciência de que uma ação pontual
interfere no todo.
- Proporcionar ao educando condições para o desenvolvimento de suas
potencialidades, respeitando seu nível de aprendizagem/conhecimento, nos
diferentes aspectos de sua personalidade e na busca da auto-realização;
- Garantir a execução dos projetos macros da SEEDF, de modo a
assegurar a formação integral do sujeito autônomo, crítico e solidário,
adequando-os, sempre que possível, à realidade da instituição;
- Promover a educação inclusiva e o respeito às diferenças inerentes ao
ser humano, buscando a prática da alteridade;
- Valorizar os profissionais da educação;
- Promover, subsidiar e incentivar a formação continuada para o
aperfeiçoamento da prática pedagógica;
Metas
- Aprimorar, gradativamente, o planejamento e execução dos princípios
do trabalho pedagógico do Bloco Inicial de Alfabetização;
- Apoiar o SOE e o SEAA na realização de projetos e ações que possam
auxiliar no trabalho com os professores e educandos;
- Apoiar e orientar o trabalho dos Coordenadores Pedagógicos;
- Apoiar e subsidiar o desenvolvimento de ações apontadas pelos
docentes que visem o alcance de objetivos comuns;
- Promover a efetiva inclusão em todo o ambiente escolar;
- Promover e incentivar espaços para formação continuada, focando na
prática pedagógica;
- Aperfeiçoar e dinamizar as coordenações coletivas;
Estratégias
- Promovendo o planejamento coletivo das ações por parte dos docentes,
com auxílio efetivo dos Coordenadores Pedagógicos;
59
- Promovendo reuniões quinzenais com toda a equipe pedagógica
(Direção, Coordenação, SOE e SEAA) para o planejamento e organização do
trabalho pedagógico da instituição;
- Subsidiando a execução do planejamento, através da aquisição de
materiais que forem solicitados;
- Abrindo espaços para discussão e avaliação das experiências
cotidianas;
- Proporcionando momentos para sugestões referentes às diversas
atividades que serão realizadas na escola, como: carnaval, páscoa, festa junina,
natal, projetos etc;
- Utilizando os recursos tecnológicos (laboratório de informática, data-
show, mídias etc) para enriquecer e dinamizar a prática pedagógica;
- Buscando novas estratégias para o incentivo à leitura;
- Promovendo diariamente atividades que possibilitem a efetiva inclusão
em todo o ambiente escolar, bem como com todos os servidores da instituição;
- Promovendo, nas coordenações pedagógicas, grupos de estudo
envolvendo temas de interesse dos professores, incluindo também documentos
que norteiam a Educação Básica (LDB, Currículo, Regimento das Escolas
Públicas do Distrito Federal, Diretrizes Pedagógicas, etc.);
- Estimulando todos os profissionais da educação à qualificação e ao
aperfeiçoamento profissional, oferecendo condições e incentivo para
participarem de cursos, seminários, encontros, palestras, entre outros;
- Objetivos Administrativos
- Assegurar o atendimento adequado e satisfatório aos servidores da
instituição educacional para o bom desempenho de suas funções;
- Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento
das responsabilidades individuais, promovendo o trabalho coletivo e
colaborativo;
- Propiciar estímulos para que o clima de trabalho da escola seja
agradável, proporcionando sempre um bom relacionamento entre todos;
- Garantir organização e sigilo ao arquivo pessoal dos servidores da
instituição;
60
- Garantir espaço físico limpo e organizado em todas as dependências
da unidade escolar;
Metas
- Promover o trabalho coletivo e colaborativo;
- Manter organização no que diz respeito ao departamento pessoal e
administrativo da instituição;
- Atender a todos os servidores em suas necessidades, observando
critérios legais pertinentes a cada segmento;
- Criar meios eficazes para administrar o patrimônio e os recursos da
instituição;
Estratégias
- Garantindo materiais de trabalho;
- Mantendo constantes reparos nos equipamentos da escola, para o bom
desempenho das atividades;
- Atendimento diário, procurando sempre entender os problemas de cada
um, relacionados à escola, e tentar resolver as situações que nos apresentam;
- Promovendo confraternizações entre os servidores;
- Mantendo os dados funcionais e pessoais atualizados;
- Objetivos Financeiros
- Gerir coletivamente os recursos financeiros, assegurando que os
mesmos sejam administrados de forma a beneficiar todos os partícipes diretos e
indiretos do processo ensino/aprendizagem;
- Administrar os recursos financeiros de forma transparente, eficaz e
participativa;
- Estimular a participação do Conselho Escolar na tomada de decisões
de utilização da verba e aplicações financeiras da instituição;
Metas
- Utilizar os recursos financeiros de acordo com as necessidades
pedagógicas, administrativas e da legislação, favorecendo o pleno
desenvolvimento do trabalho diário na instituição;
61
Estratégias
- Promovendo reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Escolar
para o debate e tomada de decisões pertinentes à instituição de ensino;
- Proporcionando momentos para ouvir as reivindicações que dizem
respeito à utilização da verba de todos os segmentos da escola, tentando na
medida do possível, atendê-las;
Avaliação
A avaliação acontecerá trimestralmente, onde todos os segmentos que
compõem a instituição terão efetiva participação. É importante ressaltar que a
avaliação institucional terá o espaço que lhe cabe dentro deste processo
avaliativo.
Esta avaliação será de grande importância para avançarmos ou
recuarmos, pensando sempre na coletividade da escola e nos serviços que ela
oferece à comunidade.
62
PLANOS DE AÇÃO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Introdução
A ação do coordenador pedagógico predomina-se em um trabalho
onde a participação e integração de tríade aluno-professor-coordenador
pedagógico, aliada a uma dinâmica ativa e coerente, constitui-se num resultado
cujas linhas norteadoras contribuirão para um desenvolvimento eficaz em todo
fazer pedagógico da Escola Classe 111 de Samambaia. A Coordenação
Pedagógica tem por finalidade planejar, orientar e acompanhar as atividades
didático pedagógicas, a fim de dar suporte à Proposta Pedagógica, promovendo
ações que contribuam para implementação das Orientações Curriculares da
Secretaria de Educação em vigor.
Justificativa
A dinâmica do processo didático e do conhecimento que se ensina,
aprende e (re)constrói na escola, solicita do Coordenador Pedagógico que este
63
incentive e promova o hábito de estudos, leitura e discussões coletivas de textos,
tanto os que trazem subsídios aos conteúdos específicos, quanto os que
ampliam e aprofundam bases, encaminhamentos e concepções do ato educativo
de ensinar e de aprender, que caracteriza a especificidade da escola e do
conhecimento que deve ser garantido. Sendo assim, a função e /ou a ”missão”
do coordenador requer dele uma ampla e bem apoiada visão dos fundamentos,
princípios e conceitos do processo didático.
Propiciando o desenvolvimento do currículo da escola, visando um
melhor e mais eficiente desempenho do trabalho didático-pedagógico e,
obviamente a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, tem
o presente plano a função de orientar e avaliar todas as atividades do corpo
docente, dinamizando, facilitando e esclarecendo a atuação pedagógica, junto
ao corpo administrativo, docente e discente da escola. Este plano é flexível de
acordo com as necessidades reais da escola e de toda clientela nela atendida.
Objetivo Geral
- Promover no, ambiente escolar, momentos que possibilitem aos
professores avaliar e repensar a sua prática, almejando assim, a melhoria da
qualidade do processo ensino-aprendizagem.
Objetivos Específicos
- Coordenar e participar da elaboração, execução e avaliação do
Projeto Político Pedagógico;
- Promover, junto com a supervisão pedagógica, a integração dos
professores de diferentes anos, garantindo a interdisciplinaridade e o trabalho
coletivo;
- Elaborar, junto com todo o grupo escolar, um plano de ação coerente
e pautado na realidade da instituição escolar;
- Orientar e acompanhar os desenvolvimentos de atividades e
projetos realizados pelos docentes, além dos já realizados pela escola como
reagrupamento e projeto interventivo.
- Identificar quais as prioridades das turmas e professores para
prestar-lhes um melhor atendimento.
64
- Orientar e acompanhar o desenvolvimento da turma, possibilitando
um melhor atendimento aos professores e alunos, relatando avanços e
dificuldades na aprendizagem.
- Realizar duplicações de atividades previamente planejadas pelos
professores.
- Ministrar aula, em caso de falta ou impedimento do docente.
Atribuições do Coordenador Pedagógico
- Participar da elaboração, implementação, do acompanhamento e da
avaliação da proposta pedagógica da instituição educacional;
- Articular as ações pedagógicas entre professores, equipes de
direção, e da Coordenação Regional de Ensino, assegurando o fluxo das
informações;
- Estimular, orientar e acompanhar o trabalho docente na
implementação das Orientações Curriculares da Secretaria de Estado de
Educação do Distrito Federal, por meio de pesquisas, de estudos individuais e
em equipe e de oficinas pedagógicas locais;
- Propor reflexão avaliativa da equipe, objetivando redimensionar as
ações pedagógicas;
- Propor ações educativas que visem ao avanço de estudos e a
recuperação do processo de ensino-aprendizagem.
Metodologia de Trabalho
O método de trabalho é simples, dinâmico, democrático, cooperador
e de acordo com as necessidades apresentadas, colaborando com os
professores na procura por meios e afins para a melhor aprendizagem e
formando um trinômio indispensável aluno-professor-coordenador, buscando
uma significativa forma de organização pra atingir os objetivos, procurando
envolvimento e colaboração de todos os elementos, desenvolvendo assim, um
verdadeiro trabalho de equipe.
Avaliação
- A avaliação consiste em um trabalho progressivo e cooperativo entre
a direção, coordenação pedagógica, orientador educacional, SEAA, corpo
65
docente e administrativo, integrados no diagnóstico dos problemas que
interferem no processo ensino-aprendizagem, para dar-lhe solução adequada.
- Esta avaliação contínua e progressiva será realizada por meio de
diagnósticos, fichas avaliativas, levantamentos estatísticos/tabulação de
resultados, conversas.
- Análise dos planos elaborados para verificar se os objetivos foram
alcançados.
- Observação e acompanhamento de todas as atividades
desenvolvidas.
- Reflexão, análise e conclusão dos dados coletados.
Período de execução
- Todo ano letivo de 2018.
Conclusão
O alcance dos objetivos deste plano, a melhoria do processo ensino-
aprendizagem e o processo de aprendizagem dos alunos não dependem
somente do coordenador pedagógico, mas também, da colaboração da gestão
da escola, do orientador pedagógico do comprometimento e aceitação dos
professores, do empenho dos demais funcionários da escola, do interesse do
educando e ainda, do compromisso dos responsáveis pelos alunos.
Portanto, o coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que
se apresenta a sua volta, valorizando e tendo um bom relacionamento com os
profissionais, pois a interação entre coordenador e professor é essencial para
obter-se um bom resultado. Cabe também, ao coordenador refletir,
constantemente, sobre suas práticas para superar dificuldades e criar
estratégias para desenvolver com qualidade o processo de ensino-
aprendizagem.
Cronograma de atividades 2018 AÇÃO
OBJETIVO METODOLOGIA J
A
N
F
E
V
M
A
R
A
B
R
M
A
I
J
U
N
J
U
l
A
G
O
S
E
T
O
U
T
N
O
V
D
E
Z
Formação
Professores/Coletiva
Direcionar
as atividades da pauta.
Estudo/Debate/
leitura de textos, vídeos e outros
x x x x x x x x x x
66
Formação
Professores
Currículo e PPP
Formação
continuada para os professores
e direcionar as atividades
pedagógicas
Leituras/
Dinâmicas/ debates e outros
x
x
Acompanhamento Acompanhar o
planejamento
dos professores
x x x x x x x x x x
Apoio nas reuniões de
pais e professores
Conversa x x x x
Analisar e orientar na
realização de
diagnósticos e ficha
perfil
Acompanhar o Desempenho
dos alunos
Gráficos x x x x x x
Agenda semanal do Coordenador Pedagógico da EC111
Equipe de Professores - 2018
Professor Ano Turno
Edilene 2º A Matutino
Maria Leuza 2º B Matutino
Izabella 3º A Matutino
Irone 3º B Matutino
Eliene 4º A Matutino
Daise 4º B Matutino
Lizandro 5º A Matutino
Gisela 5º B Matutino
Elisarcanja CE Matutino
Rayane 1º A Vespertino
Sandra 1º B Vespertino
Daniela 1º C Vespertino
Daniele 2º C Vespertino
Glaudson 2º D Vespertino
Fátima 3º C Vespertino
Eliane 3º D Vespertino
Dia Atividade
Segunda - Reunião com Equipe Gestora
Terça - Acompanhamento/apoio ao professor no horário de coordenação.
Quarta - Realização de coletiva com professores, direção,
orientação, SEAA, representante da área assistência, para formação continuada e discussão da pauta do dia.
Quinta - Acompanhamento/apoio ao professor no horário de coordenação.
Sexta - Duplicação de atividades, apoio ao docente e organização interna.
67
Venício 5º C Vespertino
Maria Geruza CE Vespertino
SOE - SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Profissão e Valores
Objetivos
- Conhecer as profissões dos pais;
- Identificar as principais funções das profissões que almejam;
- Reconhecer a importância dos valores (respeito, responsabilidade,
disciplina e honestidade) dentro da profissão, principalmente a profissão
estudante;
- Entender que toda profissão necessita de estudo, esforço e dedicação.
Ações
68
- Trabalhos com as profissões dos pais e expor na festa da família;
- Pesquisa sobre as profissões que almejam;
- Palestras com os profissionais mais citados;
- Apresentações teatrais.
Avaliação das ações
A avaliação será realizada durante as ações, observando a participação,
o desempenho e o interesse dos alunos pelo trabalho.
Cronograma
- fevereiro a novembro – atendimento aos alunos, pais e professores;
- fevereiro – conversar com os alunos sobre o que é profissão e a
importância dos valores dentro dela;
- março/abril – realizar um trabalho sobre as profissões dos pais e expor na
festa da família e realizar uma apresentação sobre profissões;
- maio – levantamento das profissões mais desejadas pelas crianças;
- agosto – palestras com os profissionais mais citados pelos alunos;
- setembro – exposição de trabalhos sobre os profissionais que vieram à
escola;
- outubro – apresentações realizadas pelos alunos sobre o profissional em
ação;
- novembro – culminância do projeto.
EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM
JUSTIFICATIVA
A Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem apresenta uma
atuação institucional e, portanto, tem como foco o contexto escolar envolvendo
parcerias com todos os atores da escola.
Partindo desse pressuposto torna-se necessário compreender como
se processa o desenvolvimento dos estudantes e do corpo técnico pedagógico-
sujeitos envolvidos no processo do ensinar e do aprender- para então, planejar
69
as ações avaliativas, preventivas e institucionais que promovam a aprendizagem
e impulsionem o desenvolvimento de todos os envolvidos no contexto escolar.
Sendo assim, é preciso analisar cada situação para então planejar
situações adequadas de forma que os profissionais que atuam junto às
dificuldades de escolarização tornem-se co-responsáveis pela promoção das
aprendizagens dos estudantes e dos outros responsáveis pelo processo
educativo. Portanto, o aluno será apenas o sinalizador de que algo não está bem.
Nesse contexto, a atuação institucional passa a ter um caráter
avaliativo e interventivo ancorados na perspectiva da mediação assumindo
assim uma abordagem contextualizada, dinâmica, processual e interativa.
OBJETIVO GERAL
Promover a melhoria da qualidade do processo de ensino e de
aprendizagem, por meio de assessoria à prática pedagógica e ao
acompanhamento desse processo em suas perspectivas avaliativas, preventivas
e institucionais com ações interventivas de maneira que envolva todos os atores
do processo educativo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Favorecer a ressignificação das concepções de ensino e de aprendizagem dos
atores da instituição educacional, promovendo a consolidação de uma cultura de
sucesso;
- Contribuir para a reflexão acerca dos diversos aspectos pedagógicos e
intersubjetivos, com vistas à oxigenação das práticas e das relações no contexto
escolar;
- Realizar procedimentos de avaliação-intervenção às queixas escolares,
visando conhecer e investigar os múltiplos fatores envolvidos no contexto
escolar;
- Contribuir com a formação continuada do corpo docente;
- Sensibilizar as famílias para maior participação no processo educacional dos
estudantes;
70
- Assessorar a direção e a comunidade escolar, com vistas à criação de reflexões
acerca do contexto educacional que facilitem a tomada de decisões, a
construção e a implementação de estratégias administrativo-pedagógicas;
- Articular ações com os profissionais do Serviço de Orientação Educacional e
das salas de recursos, quando se tratar dos estudantes com necessidades
educacionais especiais.
1ª DIMENSÃO: MAPEAMENTO INSTITUCIONAL CONHECIMENTO DO CONTEXTO ESCOLAR
Objet. Espec. Metas Ações Integração Cronograma
Conhecer e analisar as práticas educativas
Identificação da prática pedagógica as concepções de ensino e aprendizagem, a Avaliação e sua percepção do contexto
Observações dos espaços e das dinâmicas pedagógicas: Sala de aula, reuniões de coordenação e de planejamento.
Supervisor, coordenador pedagógico, professor, EEAA, SAA e SOE
Março a Dezembro
ESCUTA INSTITUCIONAL
Objet. Espec. Metas Ações Integração Cronograma
Analisar os sentidos subjetivos presentes nas vozes institucionais.
Conhecer as convergências, conflitos e avanços das práticas escolares.
Criar um espaço de escuta institucional para conhecer concepções e expectativas a respeito dos desempenhos escolares dos alunos.
Comunidade Escolar
Março a Dezembro
SUPORTE AO PROCESSO DE GESTÃO Objet. Espec. Metas Ações Integração Cronograma
Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola.
Auxiliar na construção do Projeto Político Pedagógico.
Participação dos encontros para a construção do PPP.
Comunidade escolar
Março a Maio
Auxiliar na reflexão e análise dos dados referentes à avaliação institucional
Contribuir para a análise de dados estatísticos relacionados ao rendimento dos alunos, em
Analisar os dados coletados e buscar intervenções pontuais nas coord. coletivas em processo de colaboração
Equipe pedagógica
Durante o ano
71
colaboração com a equipe escolar.
2ª DIMENSÃO: ASSESSORIA AO TRABALHO COLETIVO ASSESSORIA AO TRABALHO COLETIVO
Objet. Espec. Metas Ações Integração Cronograma
Fornecer subsídios para que as ações escolares ocorram tanto em uma dimensão coletiva quanto individual.
Contribuição com estudos para a reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico da escola.
Nas coletivas pedagógicas e nos encontros em grupo com os professores favorecendo a troca de conhecimentos entre eles.
Professores, Equipe Pedagógica, SEAA,SOE e SAA.
Março a Dezembro
Desenvolver coletivamente estratégias que favoreçam o trabalho em equipe.
Promoção de reflexões, discussões e estudos que fortaleçam as experiências de sucesso na prática pedagógica e consequentemente a troca e mudança em situações do contexto escolar com intencionalidade.
Materialização e troca de materiais que visam intervir na prática de sala de aula. Ouvir os colegas de profissão e refletir sobre a prática nos encontros a serem definidos com a Equipe Psicopedagógica da escola.
Professores, EEAA, SOE, SAA
Março a Dezembro
3ª DIMENSÃO: ACOMPANHAMENTO
DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Discussão acerca das práticas de ensino OBJET. ESPEC. METAS AÇÕES INTEGRAÇÃO CRONOGRAMA
Contribuir para que o professor promova situações didáticas de apoio à aprendizagem do aluno construindo alternativas teórico metodológicas de ensino.
Promover a discussão e a reflexão sobre a prática pedagógica e suas relações interpessoais.
Observação da dinâmica em sala de aula e dos demais contextos educativos. Análise em parceria com o professor das intervenções pedagógicas desenvolvidas em sala de aula.
Professores, Equipe Pedagógica, EEAA
Março a Dezembro
Contribuir para a diminuição das queixas escolares buscando promover a
Promover a reflexão e analise da OTP juntamente com o professor, com
Analise e reflexão da rotina pedagógica em leitura, produção, analise linguística, desenvolvimento
Professores, Equipe Pedagógica, EEAA
Março a Dezembro
72
cultura do sucesso na escola.
vistas a tornar visível o trabalho desenvolvido com o aluno, buscando novas formas de intervenção que promova a cultura do sucesso escolar.
da oralidade e letramento matemático. Oportunizar a troca de experiências e a divisão de responsabilidades por meio de encontros com os professores subsidiando-os com a materialização das ações definidas.
Intervenção nas situações de queixas escolares (PAIQUE- Procedimento de Avaliação e Intervenção das Queixas Escolares)
OBJETIVOS METAS AÇÕES INTEGRAÇÃO CRONOGRAMA
Realizar ações de intervenção educacional junto aos professores, às famílias e aos alunos encaminhados com queixas escolares, individualmente ou em grupo, de acordo com a demanda apresentada, com vistas ao sucesso escolar.
Desenvolver estratégias junto aos professores, às famílias e aos alunos para a promoção da aprendizagem.
Realizar atividades em parceria com o professor, caso seja necessário envolveremos a família e o aluno com intervenções nas situações de queixas escolares.
Professor, aluno e família.
Março a Dezembro
Avaliar de maneira contextual e processual os estudantes para encaminhamentos necessários e/ou previstos na estratégia de matrícula da SEE-DF e ainda promover a adequação curricular.
Promover a avaliação mediada e processual inserindo ações e encaminhamentos para minimizar as queixas e atender as necessidades dos estudantes.
Nos atendimentos dos estudantes individuais e coletivos e na escuta com os professores e com a comunidade escolar.
Estudantes/EEAA/Professores/ pais.
Março a Dezembro
Elaborar documentos/relatórios apresentando a conclusão de cada caso e indicando as possibilidades de adequação educacional e de intervenção pedagógica para a situação escolar do estudante.
Elaboração dos relatórios de avaliação ou reavaliação ou estudos de casos para adequações curriculares e educacionais
Elaborar o relatório/estudos de casos e fazer a devolutiva com a direção, professores, pais, SOE.Sala de Recursos e SAA.
Estudantes/EEAA/Professores/ pais/SOE/SAA..
Março a Dezembro
Criar um espaço de escuta do discurso dos professores, para
Promover junto ao professor um espaço de
Compreender, de maneira integrada com o professor, a história escolar do aluno,
Estudantes/EEAA/Professores.
Março a Dezembro
73
conhecer suas concepções e suas expectativas a respeito dos desempenhos escolares dos alunos
reflexão para conhecer suas concepções de maneira que seja possível compreender a história escolar do aluno e analisar suas produções escolares.
reconstruindo e contextualizando a escolaridade, por meio da: Análise das produções escolares do aluno; Compreensão do histórico escolar do aluno; conversa com os professores das séries anteriores.
O SOE foi o primeiro serviço de apoio a compor a equipe da Escola
Classe 111 de Samambaia. A EEAA surgiu posteriormente mas, atualmente,
está com a equipe reduzida, pois há carência do profissional de pedagogia e
apenas a psicóloga itinerante atua na equipe duas vezes por semana nesta
unidade escolar. Os alunos que necessitam da sala de recursos (AEE) são
encaminhados e atendidos no polo da Escola Classe 511 de Samambaia.
ALIMENTAÇÃO – MERENDA ESCOLAR
VIDA SAUDÁVEL
OBJETIVOS
Empreender uma proposta de alimentação saudável na qual
possamos contribuir, ofertar, participar, e estimular de forma consciente, criativa
e inovadora uma alimentação agradável e nutritiva e principalmente de excelente
aceitação, contribuindo de forma presente e contínua na formação de novos
cidadãos.
74
AÇÕES
Limpeza, manutenção e conservação do ambiente para cocção do
lanche ou merenda.
Promover em sala de aula os lanches com menor aceitação:
Elaborando e confeccionando atividades de forma participativa e criativa para
chamar a atenção dos alunos, buscando maior envolvimento da equipe junto aos
docentes.
Pesquisa de sugestões de lanches com os alunos: De forma prática
e direta, entender os gostos e vontades de nossos alunos.
Aprimoramento e adaptação do cardápio: Criando opções de
lanches ou merenda que tenham uma melhor aceitação, conforme as normas
elaboradas pela nutricionista e de acordo com as necessidades identificadas
diariamente.
Horário e motivação: Esclarecimentos e informações sobre a
importância da entrega do lanche ou merenda no horário determinando, pois a
demora ou atraso envolve na perda de nutrientes e sabor do alimento, exemplo:
macarrão. A motivação para melhor aceitação do aluno com colaboração dos
professores.
Palestras: Com a comunidade e alunos, ensinando receitas
práticas e saudáveis e prestando informações necessárias, visando a integração
e a participação de todos, com sorteio de uma turma para ajudar a confeccionar
e desfrutar de um lanche especial.
Coletivas: Participação de um representante nas reuniões de
quarta-feira, visando maior participação e contribuição no desenvolvimento
escolar.
AVALIAÇÕES DAS AÇÕES
Na avaliação das ações, estaremos observando a participação, o
desempenho, o interesse e principalmente a adesão dos alunos, da comunidade
e da equipe pelo sucesso do trabalho.
CRONOGRAMA
75
Março a novembro: atendimento diário, e participação todas as
quartas-feiras nas coletivas.
Março: Pesquisa de lanches com menor aceitação.
Abril: Aprimoramento e motivação do cardápio.
Maio: Enquete sobre possíveis sugestões de lanches fornecidas
pelos alunos.
Junho: Resultado da enquete e realização de algumas dessas
sugestões.
Julho: Palestras e sorteio da turma
Agosto: Realização do lanche especial para turma ganhadora.
Setembro: Reunião e pesquisa com professores sobre as ações.
Outubro: Semana da criança com lanches especiais e saudáveis.
Novembro: Conclusão das ações.
CONSERVAÇÃO E LIMPEZA
AMBIENTE LIMPO E VIDA SUSTENTÁVEL
OBJETIVOS
Criar formas e propostas de como manter e conviver em um ambiente
limpo e sustentável, onde todos possam contribuir e criar maneiras educadas e
criativas para uma vida sustentável.
AÇÕES
Limpeza, manutenção e conservação do ambiente escolar.
76
Pesquisar novas formas de vida sustentável de acordo com as
necessidades da escola e comunidade.
Transformar e criar espaços buscando, de forma criativa, modificar
lugares anteriormente inúteis em ambientes necessários e agradáveis, como
uma horta ou um espaço esquecido embaixo de uma árvore para uma tarde
inesquecível de leitura.
Participação no horário do recreio.
Consumo consciente: Orientando e informando sobre a importância
de se usar somente o necessário, mostrando de onde vem e como é produzido
aquilo que estamos consumindo. Exemplo: água e energia.
Palestras com a comunidade e alunos sobre problemas urgentes
como a Dengue e os diversos meios e motivos de uma vida sustentável.
Coletivas: Participação de um representante nas reuniões de
quarta-feira, visando maior participação e contribuição no desenvolvimento
escolar.
Confecção de Produtos recicláveis para os espaços que foram
transformados ou criados. Exemplos: pneus.
Promover um teatro, mostrando de forma criativa os motivos de
conviver em um ambiente limpo e sustentável.
AVALIAÇÕES DAS AÇÕES
A avaliação será feita de forma constante durante todas as ações,
buscando o maior envolvimento de todos os participantes do ambiente escolar.
CRONOGRAMA
Março a novembro: atendimento diário e com participação na hora
do recreio e as quartas-feiras nas coletivas.
Março: Pesquisa vida sustentável.
Abril: Orientação no consumo consciente.
Maio: Palestra sobre Dengue.
77
Junho: Transformação e criação de espaços.
Julho: Palestras sobre reciclagem
Agosto: Decoração e confecção dos produtos recicláveis.
Setembro: Continuação da transformação dos espaços.
Outubro: Semana da criança com teatro.
Novembro: Conclusão das ações.
78
PROJETOS MACROS
PROJETO “LER E ESCREVER, MUITO PRAZER!”
JUSTIFICATIVA
Sabendo da importância social que as instituições de ensino
possuem e de sua relevância para a vida de cada estudante, é que a Escola
Classe 111 busca, através do presente projeto, o trabalho significativo ao
estímulo da leitura. Ao escolher tal tema para o trabalho sistemático dentro da
escola, levamos em consideração a percepção que tivemos sobre a
79
precariedade da comunidade local em geral quanto à disponibilização do contato
com os livros.
Todas estas ações se fizeram e se fazem necessárias devido a
observamos que nossos alunos apresentam pouco interesse e insegurança no
processo de leitura e veem a escrita como um obstáculo, um ato solitário e
desvinculado da realidade de seu cotidiano.
O projeto visa ampliar os horizontes da leitura e escrita,
demonstrando sua importância como veículos de comunicação e expressão de
ideias, sentimentos, pensamentos e emoções. É fato que a leitura e a escrita são
habilidades que se adquirem e aprimoram com o exercício e o tempo como fruto
das atividades desenvolvidas pelas crianças em sua vida social e escolar.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: “A leitura, por um lado, nos
fornece a matéria-prima para a escrita. Por outro, contribui para a constituição
de modelos: como escrever.”
OBJETIVO GERAL
Despertar nos alunos o gosto, o interesse e a valorização da leitura,
de forma a perceber e construir o mundo em que vive, expondo ideias,
sentimentos e opiniões, expressando-se de maneira descontraída por meio da
oralidade, da escrita e do desenho.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Compreender a utilidade da leitura e escrita como exercícios
diários e essenciais ao nosso cotidiano;
- Facilitar a expressão de ideias, sentimentos e opiniões, tendo
como principais veículos a leitura e a escrita;
- Aprimorar a capacidade que o aluno possui de narrar, contar
histórias e fatos de forma oral e escrita;
- Desenvolver a criatividade;
80
- Tornar prazeroso o momento de leitura por meio de
apresentações realizadas pelos próprios alunos.
METODOLOGIA
Serão utilizados os seguintes procedimentos/estratégias durante o
desenvolvimento do projeto:
- Momento da Leitura - Toda sexta-feira a escola para durante 30 minutos ao
som de música instrumental, a fim de proporcionar uma leitura deleite a todos;
- Leituras compartilhadas e individuais;
- Apreciação de diferentes tipos de textos (narrativos, literários, poéticos, lúdicos,
informativos, publicitários, instrucionais, dissertativos e práticos);
- Registros no caderno de produções;
- Apresentações realizadas no Pátio com leituras, músicas, teatro e fantoches,
com o intuito de expressar-se e demonstrar as produções escritas das crianças;
- Produções escritas (recontos) e reestruturações de diversos tipos de textos
(incluindo as datas comemorativas);
- Empréstimos de livros de literatura;
- Confecção de varal da leitura;
- Culminância do projeto através de apresentações das turmas e exposição de
trabalhos realizados pelos estudantes.
- Envio de livros para a casa do aluno de modo a promover a leitura em família,
com prévias instruções;
RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS
- Livros de literatura infantil e infanto-juvenil;
- Folhas brancas e coloridas;
- Pasta e caderno para registro e empréstimo, quando necessário;
- Jornais, revistas, receitas, folders, folhetos, cartazes, cartas, fotos, contas,
bulas, manuais, convites, dicionários, etc;
- Materiais de papelaria em geral (cola, tesoura, cartolina, e.v.a, papel pardo,
papel canson etc);
81
- Servidor responsável pelo ambiente da Biblioteca (a ser providenciado).
CRONOGRAMA
As atividades deste projeto serão realizadas em todo o ano letivo
de 2018. Sendo adaptadas e integradas a outros projetos vigentes.
PÚBLICO ALVO
Todos os alunos matriculados na instituição.
PROJETO “VALORIZANDO AS NOSSAS RAÍZES”
JUSTIFICATIVA:
Com o objetivo de disseminar, propagar, valorizar a arte e cultura do
nosso imenso Brasil é que este projeto se faz presente na nossa instituição de
ensino. Assim como a LDB, o currículo e os PCNs falam sobre a importância do
resgate, valorização e conhecimento das várias culturas presentes na sociedade
e no Brasil, e por fazer parte da construção e da formação plena do ser integral
82
é que desenvolvemos este trabalho, a fim de oportunizar uma formação
verdadeira e significativa para toda comunidade escolar, e em especial, para
nossos educandos e seus responsáveis.
OBJETIVO GERAL:
Desenvolver ações que oportunizem os educandos a conhecerem
e valorizarem a nossa cultura e as tradições das regiões do Brasil, bem como a
sua localização, proporcionando momentos de socialização com toda
comunidade escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Reconhecer e valorizar as diferentes culturas presentes no Brasil;
Desenvolver trabalhos coletivos promovendo a socialização e
interação dos grupos;
Estudar as cinco regiões do Brasil, localização através do estudo e
entendimento dos mapas, clima, cultura, vegetação e relevo de cada região;
Ampliar e valorizar o vocabulário, bem como, os jargões e sotaques
das diferentes regiões do Brasil;
Incentivar e conhecer a culinária nas diferentes regiões;
Trabalhar cooperação, espírito esportivo, respeito através de
brincadeiras,
Promover a socialização de cantigas de rodas e poemas;
Trabalhar a psicomotrocidade, lateralidade, noção espacial através
de danças típicas das diversas regiões;
DESENVOLVIMENTO/ESTRATÉGIAS:
Pesquisar as cinco regiões do Brasil: cultura, tradição, localização,
clima e relevo;
Reconhecer com ajuda dos mapas a localização de cada região;
Confecção e exposição de trabalhos nos murais da escola;
Pesquisa no laboratório de informática;
Resgate cultural;
Conscientizar e promover o respeito ao próximo, sua cultura,
tradição;
83
Promover a socialização e interação entre a comunidade escolar;
Pesquisa com os pais e ou responsáveis sobre tradições, cultura
de seus familiares;
Promover eventos para as apresentações dos alunos de danças,
cantigas, comidas típicas de diversas regiões;
Montar danças com coreografias.
METODOLOGIA:
Pesquisa em livros didáticos, livros literários e internet;
Leitura de textos informativos;
Confecção de murais com trabalhos diversos;
Confecção de materiais para decoração: bandeiras, cartazes,
colagens, pinturas;
Conversação, histórias, músicas, artes;
Pesquisar a origem e significado de alguns dialetos, comidas,
danças.
CONTEÚDOS:
Linguagem oral e escrita: leitura e interpretação textual, produção
de texto relacionado com tema, textos coletivos, textos informativos, significado
de palavras, uso do dicionário;
Matemática: situações problemas relacionado ao tema, noções
espaciais, figuras geométricas e cálculos matemáticos;
Artes: desenho, pintura, colagens, confecção de bandeirinhas;
História e geografia: estudo dos mapas, história de vida das
comunidades passadas, mudanças culturais com advento das tecnologias;
tradições familiares; Estudo da cultura: religião, artes, dialetos, poemas, comidas
típicas das regiões do Brasil;
Ensino religioso: valores: respeito, solidariedade, perdão,
cooperação, diversidade de crenças;
RECURSOS:
Humanos;
Filmes;
84
Laboratório de informática;
Livros didáticos e literários, dicionário, revistas;
Mapas.
CRONOGRAMA:
Durante os meses de junho e julho.
CULMINÂNCIA:
Promover uma festa, conhecida popularmente como “Festa
Junina”, com a participação de toda comunidade escolar;
AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada ao longo da realização do projeto, com
trabalhos individuais e coletivos, leitura e interpretação de textos, confecção de
trabalhos para serem expostos nos murais.
REFERÊNCIAS
ALONSO, Myrtes. O Papel do Diretor na Administração Escolar. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 1988. ARROYO, M. G. Ciclos de desenvolvimento humano e formação de educadores. Educação e Sociedade, Campinas. ARROYO, M. G. Currículo, inovações curriculares e formação dos educadores. In: PALESTRA NA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFF, Niterói, 2004. BRASIL. CEB/ CNE/ MEC. Resolução nº 1 de 17 de junho de 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais
85
e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 jun. 2004. Seção I, p. 11. BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 1996. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. 130p. COSTA, Nadja Maria de Lima. A Formação contínua de professores – novas tendências e novos caminhos. Novos Caminhos. 2004 CURRÍCULO EM MOVIMENTO... CURY, Carlos Roberto Jamil. O DIREITO À EDUCAÇÃO: Um campo de atuação do gestor educacional na escola. Ministério da Educação, 2006. FERNANDES, Rosana C. de A. A Educação Continuada de professores no espaço e tempo da coordenação pedagógica: avanços e tensões. In: VEIGA, I.P.A.; SILVA, E. F. da (org). A Escola Mudou. Que mude a formação de professores! 3 ed. Campinas, SP: Papirus, 2010.
FURASI, José Cerchi - A Construção da Proposta Educacional e do Trabalho Coletivo na Unidade Escolar. Disponível em: <http:www.crmariocovas.sp.gov.br> Acesso em: 10 fev. 2014 GENTILI, P. Neoliberalismo e educação: manual do usuário. In: SILVA, T.T.; GENTILI, P. (orgs.) Escola S. A: quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo. Brasília: CNTE, 1996. GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. 64a ed., Rio de Janeiro: Editora Objetiva,1995.
GOMES, Nilma Lino. Diversidade e Currículo. In: Indagações sobre o currículo. Brasília: Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, 2007. LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. As políticas educacionais, as reformas de ensino e os planos e diretrizes: A construção da escola pública. In: ___. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. p. 125-164. LIMA, E. S. Ciclos de formação: uma reorganização do tempo escolar. São Paulo: Sobradinho 107 Editora, 2000. LIMA, Erisevelton Silva. Indagações sobre currículo: Currículo e desenvolvimento humano. Organização do documento Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
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PEREIRA, Eva; TEIXEIRA, Zulide. Reexaminando a educação básica na LDB: o que permanece e o que muda. Disponívele http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio2007/147.pdf. Acesso jan. 2012
SOUSA, José Francisco. Importância dos Valores Humanos na Educação. Brasília, 2009. http://www.webartigos.com/artigos/importancia-dos-valores-humanos-na-educacao/26221/#ixzz2yxDIhmDG.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do Projeto Político Pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.
87
ANEXOS
FICHA PERFIL – (UTILIZADA EM 2016)
Nome do aluno__________________________________________________
Idade____________ D.N. ______/____/___ Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
Nome do Pai __________________________ Grau de escolaridade: ________
Profissão: __________________ empregado ( ) sim ( )não Qual o dia
disponível em que pode comparecer à escola Cel ___________ Operad. ____
Nome da Mãe _________________________ Grau de escolaridade: ________
Profissão: ______________________ empregado ( ) sim ( )não Qual o dia
disponível em que pode comparecer à escola Cel _________ Operad.______
Endereço________________________________________________________
88
Telefone residencial_____________ p/ recado____________ nome:________
DADOS ESCOLARES
Série atual _______________________________Turma _________________
Professor (a): ____________________________________________________
Ano em que ingressou nessa Escola :_________________________________
Quem acompanha nas tarefas escolares: ______________________________
Apresentou dificuldades de adaptação: ( ) sim ( ) não ( )só no início ( )ainda sim
Escola de origem: ________________________ Estado:_______________
Segmento: ( ) Particular ( ) Pública ( ) Comunitária ( ) não estudava
Situação anterior: ( ) Aprovado ( ) Repetente
PERFIL DO ALUNO:
DADOS CLÍNICOS
Está em tratamento ( ) Sim ( ) Não Qual ______________________________
Toma algum remédio? ( ) Sim ( ) Não ________________________________
Apresenta alguma dificuldade especial ( )Visual ( )Mental ( )Motora ( ) Auditiva
Descreva
_______________________________________________________________
DADOS FAMILIARES
Com quem mora: __________________ Quantas pessoas moram na mesma
casa: _______
*Que horas dorme:____________*Que horas acorda:_______________
Renda familiar: ( ) 1 salário mínimo ( ) de 2 a 3 salários mínimos ( ) 4 ou mais Recebe algum benefício do governo: ( )não ( ) sim Qual: _______________ Quais os programas de televisão costuma assistir:_______________________ _______________________________________________________________ O que motivou a matricular o aluno nesta escola?________________________ ( ) perto de casa ( ) acredita no processo de ensino aprendizagem da escola ( ) outros_____________________________________________________ O que você espera em relação ao ensino ofertada pela escola? _______________________________________________________________ Você conhece os projetos de ensino aprendizagem desenvolvidos pela escola: ( ) Reagrupamento ( ) Projeto Interventivo ( ) Projeto de Leitura O aluno participa de alguma atividade no horário contrário de aula? ( ) Casa Azul ( ) IDE ( ) Reforço ( ) Vila Olímpica ( )Outros________
QUESTIONÁRIO – SERVIDORES DA INSTITUIÇÃO CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2016
De acordo com as fichas perfil de nossos alunos e sua convivência com nossa comunidade, solicitamos que responda às perguntas abaixo para que possamos dar início à construção do texto sobre o diagnóstico de nossa escola.
1. Descreva a característica:
a) Social:
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
89
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
b) Econômica:
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Cultural:
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
2. Relembre nossos últimos resultados alcançados (sondagens iniciais) e
reflita sobre as possibilidades e estratégias de melhoria que podemos
estabelecer para alcançarmos a aprendizagem significativa de nossos
alunos:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
90
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3. Quais os valores que orientam as nossas práticas pedagógicas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
4. O que significa educar para a sustentabilidade, para a diversidade, para
a cidadania e educação em e para os direitos humanos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5. Qual o entendimento do grupo sobre escola inclusiva (estudantes ANEE,
com transtornos funcionais, heterogeneidade, garantia do direito à
aprendizagem?
91
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6. Quais as concepções sobre a organização da escola em ciclos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
7. Quais são as nossas concepções sobre:
a) Currículo escolar:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
b) Avaliação da aprendizagem:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
c) Institucional e de redes:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
92
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
d) Gestão escolar:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
e) Formação continuada na escola:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
f) Educação Integral:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Outras considerações: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
QUESTIONÁRIO – COMUNIDADE ESCOLAR CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
1. Qual a função social da escola pública numa sociedade onde circulam
múltiplos saberes?
2. Que projeto de educação, de formação e de sociedade defendemos,
cotidianamente, no exercício das nossas funções?
3. Queremos reproduzir a atual realidade social dos nossos alunos ou
modificá-la? Justifique.
93
4. Quais os maiores problemas identificados em nossa escola? (Indisciplina,
violência, drogas, evasão, reprovação etc)
5. Qual escola queremos?
6. Quais ações temos que colocar em prática para conseguirmos alcançar a
escola que queremos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
DADOS FICHA PERFIL – Utilizada em 2016
PROFESSOR: ______________________________________________ DATA: ____/ _____/2016 TURMA: ______________________________
RENDA FAMILIAR
( )1 salário mínimo
( ) de 2 a 3
( ) acima de 4
Ensino Médio
Nível Superior
94
GRAU DE ESCOLARIDADE
Ensino Fundamental ( ) 1º ao 4º Ano ( ) 5º ao 9º Ano
( ) Completo ( ) Incompleto
( ) Completo ( ) Incompleto
RECEBE BENEFÍCIO DO
GOVERNO
( ) sim ( ) não
Quais:
QUANTOS MORAM
NA RESIDÊNCIA
( ) de 1 a 3
( ) de 4 a 5
( ) acima de 5
OBSERVAÇÃO: Registrar a quantidade dentro dos parênteses