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PROJETO PEDAGÓGICO ESCOLA SESI JOSÉ CARVALHO 2017 FEIRA DE SANTANA - BAHIA

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PROJETO PEDAGGICO ESCOLA SESI JOS CARVALHO

2017

FEIRA DE SANTANA - BAHIA

FEDERAO DAS INDSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

PRESIDENTE Antnio Ricardo Alvarez Alban

SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA

DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIA

SUPERINTEDENTE DO SESI Armando Alberto da Costa Neto

GERNCIA DE EDUCAO DO SESI Clssia Lobo de Morais

EQUIPE DE ELABORAO

Unidade Feira de Santana Jamile Olivia Bove Silva

Jacqueline Louise Carvalho Nascimento

SESI Departamento Regional Bahia Qualquer parte desta obra poder ser reproduzida, desde que citada a fonte. SESI/BA Gerncia de Educao

FICHA CATALOGRFICA

Servio Social da Indstria. Departamento Regional Bahia

Projeto Pedaggico Escola SESI Jos Carvalho / Servio Social da Indstria. Salvador: SESI/BA, 2015.

1. Projeto Pedaggico 2. Escola SESI Jos Carvalho 3. SESI. Ttulo SESI Servio Social da Indstria Departamento Regional Bahia Sede Federao das Indstrias do Estado da Bahia Rua Edstio Ponde, 342, Stiep 41.770-395 Salvador - Ba Tel.: (71) 3879-1618/1607 http://www.fieb.org.br/sesi Unidade Feira de Santana Rua Gonalo Alves - Cruzeiro, Feira de Santana - BA 44.100 000 Feia de Santana Ba Tel.: (75) 302 9715

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"O Projeto Poltico Pedaggico [...] um instrumento terico-metodolgico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, s que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgnica e, o que essencial, participativa. uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ao de todos os agentes da instituio." (Vasconcellos, 1995, p.143).

O projeto pedaggico no um conjunto de planos e projetos de professores, nem somente um documento que trata das diretrizes pedaggicas da instituio educativa, mas um produto especfico que reflete a realidade da escola situada em um contexto mais amplo que a influencia e que pode ser por ela influenciado". Portanto, trata-se de um instrumento que permite clarificar a ao educativa da instituio educacional em sua totalidade. O projeto pedaggico tem como propsito a explicitao dos fundamentos terico-metodolgicos, dos objetivos, do tipo de organizao e das formas de implementao e de avaliao institucional. (Veiga, 1998, p. 11-113).

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Sumrio 1. Apresentao ............................................................................................................................. 4

2. Identificao da Escola ............................................................................................................ 5

2.1 Quadro de Docentes/Disciplinas/Tcnico Administrativo ............................................. 6

3. Objetivo Geral ............................................................................................................................ 7

3.1 Objetivos Especficos...................................................................................................... 7

4. Introduo .................................................................................................................................. 7

5. Processo de Construo do Projeto Poltico Pedaggico ................................................... 8

5.1 Processo de avaliao do Projeto Poltico Pedaggico ............................................. 10

6. Bases Legais ........................................................................................................................... 10

7. Histrico da Implantao da Escola SESI Jos Carvalho no Municpio de Feira de Santana .......................................................................................................................................... 12

7.1 Caracterizao da Metodologia EBEP ........................................................................... 13

7.2 Da Insero no Programa ................................................................................................ 14

7.3 Do Currculo ........................................................................................................................ 14

8. Esquema de articulao entre Ensino mdio SESI e Educao Profissional SENAI 14

8.1 Cursos Tcnicos ofertados pelo SENAI no perodo de 2003 a 2016 na Bahia15

9. Estgio ..................................................................................................................................... 16

9.1. Do Plano de Estgio ......................................................................................................... 16

9.1.1. Do Theoprax ................................................................................................................... 16

9.1.2. Do Ncleo Theoprax ..................................................................................................... 17

10. Referncias Legais da articulao do Ensino Mdio e Educao Profissional ............. 17

11. Declarao Estratgica do SESI ............................................................................................ 20

13. Diagnstico .............................................................................................................................. 22

13.1. IDEB 9 ano Escolas Estaduais ................................................................................ 25

14. Matrculas ........................................................................................................................... 25

15. Objetivos da ao Educativa ................................................................................................. 25

16. Marcos Educacionais ............................................................................................................. 26

16.1 Marco Situacional ............................................................................................................ 26

16.2 Marco Doutrinal ................................................................................................................ 27

16.3. Marco Filosfico .............................................................................................................. 30

16.4. Marco Operativo ............................................................................................................. 31

16.4.1. Dimenso Pedaggica ............................................................................................... 31

16.4.2. Organizao da Composio do Currculo Escolar ............................................... 31

16.4.3. Parte Diversificada ...................................................................................................... 32

3

17. Matriz Curricular do Ensino Mdio ........................................................................................ 33

17.1. Pressupostos e dimenses Curriculares .................................................................... 34

18.Organizao dos Grupos Etrios .......................................................................................... 35

19. Princpios Norteadores da Ao Educativa ......................................................................... 36

20. Concepo e Prtica da Avaliao Escolar .......................................................................... 37

20.1. Da Avaliao Institucional ............................................................................................. 38

20.2. Da Avaliao do Processo Ensino Aprendizagem .................................................... 39

20.2.1. Avaliao Diagnstica ................................................................................................ 39

20.2.2. Avaliao Qualitativa .................................................................................................. 40

20.2.3. Retroalimentao ........................................................................................................ 40

20.2.4. Avaliaes Parciais ..................................................................................................... 40

20.2.5. Avaliaes Finais ........................................................................................................ 40

20.2.6. Avaliaes de 2 chamada ........................................................................................ 40

20.2.7. Avaliaes de Recuperao Paralela ...................................................................... 41

20.2.8. Avaliao de Recuperao Final .............................................................................. 41

21. Do Conselho de Classe .......................................................................................................... 41

22. Formao e acompanhamento Pedaggico do Corpo Docente ........................................ 41

23. Da Educao Inclusiva ........................................................................................................... 43

24. Do Atendimento Educacional Especializado (AEE) ............................................................ 46

25. Dimenso Administrativa ....................................................................................................... 47

25.1. Diretrizes para Gesto ................................................................................................... 47

26. Organizao da Ao Educativa ............................................................................................ 48

26.1. Rotina de Funcionamento ............................................................................................. 49

26.2. Projetos Pedaggicos ................................................................................................... 49

26.2.1. Ncleo de Pesquisa .................................................................................................... 49

26.2.2. Oficinas Tecnolgicas Robtica ............................................................................ 50

27. Setores da rea Pedaggica ................................................................................................. 50

27.1 Equipe de Educao ....................................................................................................... 50

27.1.1. Gerncia da Unidade de Negcio - Diretor (a) escolar ......................................... 50

27.1.2. Coordenador (a) pedaggico (a) .............................................................................. 50

27.1.3. Bibliotecrio (a) ............................................................................................................ 51

27.1.4. Secretrio (a) Escolar ................................................................................................ 51

27.1.5. Professores(as) ........................................................................................................... 51

27.2 NAF Ncleo Administrativo Financeiro ..................................................................... 51

28. Organizao do Ambiente Fsico .......................................................................................... 51

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28.1 A Biblioteca ....................................................................................................................... 53

28.2 Laboratrio de Informtica ............................................................................................. 53

28.3 Laboratrio de Qumica compartilhado com Biologia ................................................ 53

28.4 Laboratrio de Fsica ...................................................................................................... 53

28.5 Laboratrio de Robtica ................................................................................................. 53

29. Referncias ............................................................................................................................. 54

ANEXOS ........................................................................................................................................ 56

1. Apresentao

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Esse documento contm os objetivos, metas, diretrizes e orientaes do fazer pedaggico que nortearo a nova unidade escolar de ensino mdio regular integrado a Educao profissional (EBEP) do SESI, no municpio Feira de Santana. Seu perodo de vigncia ser de 12 meses podendo ser revisado e reconstrudo, sempre que se fizer necessrio levando em considerao as necessidades pedaggicas de toda comunidade escolar. A Escola SESI Jos Carvalho tem como princpio ser uma escola formadora de cidados profissionais, que atuem no mundo do trabalho, construindo a sociedade que se deseja, pois relaes sociais devem se orientar pela tica, pelo respeito famlia, pela responsabilidade social e pelo respeito entre os povos. As aes tcnicas e pedaggicas sero orientadas por meio deste Projeto Poltico Pedaggico, documento em construo/reviso coletiva permanente, fundamentado nas determinaes da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, LDB 9.394/96, nos Parmetros Curriculares Nacionais do Ensino Mdio e na legislao vigente. A construo de um projeto poltico pedaggico visa formar cidados, com conhecimentos, atitudes e valores que os tornem solidrios, crticos, ticos e participativos, sem dispensar os saberes histricos e sistematizados, como patrimnios universais da humanidade; dessa forma devem estar atentos s necessidades da educao atual, pois.

...a concepo de um projeto poltico pedaggico deve apresentar caractersticas tais como: ser processo participativo de decises; preocupar-se em instaurar uma forma de organizao de trabalho pedaggico que desvele os conflitos e as contradies; explicitar princpios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estmulo participao de todos no projeto comum e coletivo; conter opes explcitas na direo de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade especifica; explicitar o compromisso com a formao do cidado. (VEIGA, 2001, p. 11).

com esta compreenso que a construo coletiva deste projeto traz tona algumas questes para reflexo da realidade e levantamento das possibilidades da comunidade escolar em operar as mudanas, cumprindo a sua funo social. Isto significa que a proposta precisa estar focada na formao dos jovens, contribuindo para que estes se tornem sujeitos crticos, participativos e agentes de transformao na sociedade.

2. Identificao da Escola

Nome Escola SESI Jos Carvalho Nveis de Ensino Ensino Mdio articulado com Educao Profissional Endereo Rua Gonalo Alves - Cruzeiro, Feira de Santana BA

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Mantenedora Servio Social da Indstria SESI Porte Sero 480 vagas com implantao gradativa, sendo:

N de vagas para 1 srie Ano

160 2017

160 2018

160 2019

N de vagas para 2 srie Ano

160 2018

160 2019

N de vagas para 3 srie Ano

160 2019 2.1 Quadro de Docentes/Disciplinas/Tcnico Administrativo

NOME CARGO/FUNO

Luiz Figueiredo Pinto Filho Gerente da Unidade

Jamile Olvia Bove Silva Direo escolar

Jacqueline Louise Carvalho Nascimento Coordenador (a) pedaggico

Patricia Silveira Souza Secretrio (a) escolar

Hamilton Nunes Souza Bibliotecrio

NOME DISCIPLINA

Andra Santos Bento Matemtica

Soraia Oliveira Rebouas Lngua Portuguesa/ Literatura Brasileira

Dalila Leal dos Santos Lngua Portuguesa /Redao

Isaias Pvoas de Pinho Arte

Maristela Menezes Cavalcante Lngua Estrangeira /Ingls

Cristiane Oliveira Reis Espanhol

Paulo Rogrio Frana Dias de Souza Educao Fsica

Antnio Jernimo Moreira de Pinho Fsica

Fernando Viana Barreiros Moutinho Qumica

Loraine Dias da Cruz Biologia

Leandro Rangel dos Anjos Histria

Edson Rodrigues dos Santos Geografia

Jacqueline Lacerda de Oliveira Filosofia

Ktia Wojtysiak de Almeida Sociologia

ngelo da Silva Pinto Atualidades

Jemile Aguiar de Figueiredo Bahiana Cincias Aplicadas

Marcos Jos Santos Estevam Oficinas Tecnolgicas Fsica

Raimundo dos Santos Filho Oficinas de Tecnologia de Matemtica

Moiss de Almeida Sampaio Oficinas Tecnolgicas THEOPRAX

Jackson Amorim de Ges Oficinas Tecnolgicas Robtica

Loraine Dias da Cruz Projetos de Aprendizagem

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Dcio Pereira Silva Junior Oficinas Msica

Jlia Barreto Almeida Oficinas Teatro

Danuza de Campos Ges Cunha Informtica

3. Objetivo Geral

Articular as aes da Educao Bsica do SESI com a Educao Profissional oferecida pelo SENAI, de forma que estejam integradas aos diferentes processos de trabalho, cincia e tecnologia, visando formao integral e contnua do indivduo e sua insero na vida social e produtiva no mercado de trabalho. 3.1 Objetivos Especficos

Promover a formao e o desenvolvimento integral do aluno, ampliando suas condies para aprender a ser, aprender a aprender; aprender a fazer e aprender a conviver;

Viabilizar a melhoria dos processos, dos resultados e do atendimento s demandas da indstria e da sociedade;

Possibilitar aos alunos o acesso a nveis de formao profissionais, cada vez mais elevados;

Integrar as aes desenvolvidas na educao regular e profissional, por meio da articulao das instituies SESI e SENAI que integram o Sistema FIEB. 4. Introduo

O projeto busca um rumo, uma direo. uma ao intencional, com um sentido explcito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedaggico da escola , tambm, um projeto poltico por estar intimamente articulado ao compromisso sociopoltico com os interesses reais e coletivos da populao majoritria. poltico no sentido de compromisso com a formao do cidado para um tipo de sociedade. Na dimenso pedaggica reside possibilidade da efetivao intencionalidade da escola, que a formao do cidado participativo, responsvel, compromissado, crtico e criativo. Pedaggico, no sentido de definir as aes educativas e as caractersticas necessrias s escolas de cumprirem seus propsitos e sua intencionalidade. Veiga (2004, p. 13).

Sendo assim a Escola SESI Jos Carvalho busca por meio deste documento sistematizar e consolidar o seu Projeto Poltico Pedaggico, com a inteno de fortalecer a construo de uma educao mais humana, democrtica e justa, bem como melhorar as prticas educativas em sala de aula. A crena da Escola que a educao deve ser promotora de uma transformao na sociedade, atravs da comunicao, do avano tecnolgico e dos valores de vida, promovendo o bem comum e a paz universal. Assim, este projeto tem como base os fundamentos da legislao em vigor e as especificidades que caracterizam cada etapa da Educao Bsica e da Educao Profissional. Dessa forma este Projeto Poltico Pedaggico tem por objetivos:

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Posicionar-se quanto s questes sociais e interpretar a tarefa educativa,

intervindo na realidade presente; Tratar os valores essenciais como possveis de serem vivenciados e no

como conceitos ideais; Tornar os contedos significativos na vida dos educandos; Orientar e refletir sobre a formao de cidados profissionais que atuaro no

mundo do trabalho; Ampliar o processo de reflexo e debate, sobre a possibilidade de

implementao de uma experincia concreta que articula a Educao Bsica Educao Profissional, aproximando os profissionais responsveis pelo desenvolvimento dessas etapas e modalidades de ensino;

Contribuir efetivamente para uma melhor e mais completa formao e qualificao dos estudantes, a partir da ampliao das suas possibilidades de insero e permanncia no mundo do trabalho.

A educao aqui defendida deve proporcionar aos educandos os conhecimentos necessrios ao exerccio pleno da cidadania, de modo que possam desenvolver habilidades e competncias necessrias sua insero no mundo do trabalho. Para tanto fundamental tambm, trabalhar as dimenses cognitivas, afetivas, culturais, polticas e socioeconmicas, na medida em que a articulao da Educao Bsica com a Educao Profissional busca estabelecer uma slida formao geral que significa ao mesmo tempo a criao de condies de preparao para o trabalho a ser completada na educao profissional. Assim, este projeto reflete as mudanas a serem efetivadas e exige uma reflexo sobre a finalidade da escola, bem como a explicitao do seu papel social e a clara definio de caminhos, formas operacionais e aes a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo.

5. Processo de Construo do Projeto Poltico Pedaggico

A construo de um Projeto Poltico Pedaggico visa formar cidados com conhecimentos, atitudes e valores que os tornem solidrios, crticos, ticos e participativos, sem dispensar os saberes histricos e sistematizados, como patrimnios universais da humanidade, dessa forma devem estar atentos s necessidades da educao atual, pois:

...a concepo de um projeto poltico pedaggico deve apresentar caractersticas tais como: ser processo participativo de decises; preocupar-se em instaurar uma forma de organizao de trabalho pedaggico que desvele os conflitos e as contradies; explicitar princpios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estmulo participao de todos no projeto comum e coletivo; conter opes explcitas na direo de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade especifica; explicitar o compromisso com a formao do cidado. (VEIGA, 2001, p. 11)

com esta compreenso que a construo deste Projeto traz tona algumas questes para reflexo da realidade e levantamento das possibilidades da comunidade escolar em operar as mudanas, cumprindo a sua funo social. Isto significa que a proposta precisa estar focada na formao dos jovens,

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contribuindo para que estes se tornem sujeitos crticos, participativos e agentes de transformao na sociedade. Sonhamos com uma escola dialgica, mais humanizante e humanitria onde todos reconheam nela um espao de formao e transformao social. Para Paulo Freire (1987) a ao do educador humanista identifica-se com a dos educandos e deve orientar-se no sentido da humanizao de ambos. Segundo ele o dilogo possibilita o (des) velamento da realidade, pois os homens e as mulheres em relao solidria tornam-se capazes de dialogar sobre o seu lugar no mundo, sobre o lugar em que esto situados e sobre as relaes planetrias, percebendo-se como sujeitos integrados e integradores e/ou alienados dos seus direitos humanitrios e humanizantes. Amplia o conceito de dilogo quando diz:

O dilogo exige igualmente uma f intensa no homem, f em seu poder de fazer e refazer, de criar e recriar, f em sua vocao de ser mais humano [...]. O homem de dilogo crtico e sabe que embora tenha o poder de criar e de transformar tudo, numa situao completa de alienao, pode-se impedir os homens de fazer uso deste poder

(FREIRE, 1980, p.83 e 84).

O Projeto Poltico Pedaggico da Escola SESI Jos Carvalho se consolida e traduz de maneira singular a concepo pedaggica e a organizao das atividades de ensino com a finalidade de promover uma formao tica, poltica, tcnica e cidad. A elaborao deste Projeto que inaugura a rede SESI de Educao em Feira de Santana fundamentou-se no que estabelece a LDBEN 9.394/96, no artigo 15, que concede escola autonomia pedaggica, administrativa e financeira para elaborar seu prprio Projeto Poltico Pedaggico, definindo suas metas e traando os caminhos para cumprimento delas, levando-se em considerao as demandas da sociedade e o papel social da Escola. Nesse contexto, em carter provisrio do perodo de implantao, adotou-se o Projeto Poltico Pedaggico da rede SESI de Educao, em especial a Escola SESI Joo Ubaldo Ribeiro, localizada em Luis Eduardo Magalhes, detentora da metodologia de articulao da Educao Bsica com a Educao Profissional no mbito desta rede de ensino, como referncia maior construo desse instrumento, que ser revisitado assim que a comunidade escolar em Feira de Santana estiver devidamente formada. Diante da atuao do fazer Pedaggico nos encontraremos como atores da ao educativa onde todos devem se ver como construtores de seu saber e de sua histria. Criado para atender demanda de um novo mercado de trabalho, que exige novas posturas e competncias, sem abrir mo de valores profundos do ser humano, a Escola SESI Jos Carvalho um projeto que procura resgatar o prazer em aprender. Todas as aes, projetos e atividades educacionais se pautam nos eixos estruturantes constantes das Polticas e Diretrizes Nacionais da Rede SESI de Educao. O desejo desta escola ser a porta de entrada para que jovens conquistem seus sonhos e suas realizaes pessoais,

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estimulando no apenas suas vocaes, mas tambm os transformando em cidados solidrios, atuantes, ticos, bem-sucedidos e responsveis, comprometidos com a sustentabilidade e o futuro do planeta e capazes de se relacionar em todas as reas humanas e conquistar seu espao no mundo contemporneo. 5.1 Processo de avaliao do Projeto Poltico Pedaggico

Por se tratar de um documento que permite ajustes e por isso flexvel comunidade escolar da Escola SESI Jos Carvalho avaliar seu Projeto Poltico Pedaggico de forma coletiva, onde sero realizadas entrevistas com alunos, professores, funcionrios e pais de alunos, leituras, reunies onde nesses encontros, os vrios atores da escola podem: Retomar as aes, corrigindo o seu fluxo, com base na avaliao de como esto sendo desenvolvidas. Monitorar as aes que esto realizadas para identificar os pontos crticos e san-los de forma que satisfaa aos objetivos que se prope a ao e princpios educativos propostos pela Escola. Avaliar se as aes definidas como prioridades pelos segmentos so realmente viveis, ou seja, realistas. Acrescentar ou sugerir novas aes para alcanar com melhor xito as metas sugeridas.

6. Bases Legais

A partir da segunda metade dos anos 90, com o advento da Lei 9394/96, foi estabelecida uma nova configurao para a educao brasileira. A Lei Darcy Ribeiro, como tambm chamada, traz algumas exigncias, entre elas, est formulao do Projeto Poltico Pedaggico das escolas. Assim, esse Projeto representa tanto o cumprimento de uma exigncia legal, bem como a definio de identidade, expressa por meio da Proposta Curricular, pela prtica pedaggica e pelas prticas cotidianas da escola. Diante do exposto, o presente Projeto encontra suas bases e orientaes legais nos seguintes documentos oficiais: Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional; o Parecer da Cmara de Educao Bsica n. 15/98, aprovado em 01/06/98, sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio; os Parmetros Curriculares Nacionais; as Matrizes Curriculares de Referncia para o Sistema Nacional de Avaliao de Educao Bsica (SAEB); e a Res. N 02, de 01/2012, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio. O desenvolvimento de uma ao articulada entre a Educao Bsica do SESI e a Educao Profissional oferecida pelo SENAI encontra respaldo legal na Lei de Diretrizes e Bases da Educao - LDB 9394/96 e nas legislaes complementares. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio e para a Educao Profissional Tcnica de nvel mdio foram atualizadas com a Resoluo CNE/CEB 01/2005 e a Resoluo CNE/ CEB 04/2005, incluindo novo dispositivo sobre a Resoluo CNE/CEB 01/05, determinado pelo Decreto 5.154/2004 que regulamenta o 2 do artigo 36 e os artigos 39 a 41 da LDB 9.394/96. O Ensino Mdio no Brasil, a partir do disposto na LDB 9394/96, constituiu-se sob um perfil curricular contextualizado. Assim, conforme a Resoluo 03/98 Parecer 15/98 da Reforma do Ensino Mdio, a capacidade de aprender e

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raciocinar so considerados mais importantes do que a capacidade de memorizar. Esta qualidade e organizao implicam em assegurar um processo educativo respeitoso, descrito no artigo 35 da LDB, quando determina como objetivo do Ensino Mdio a formao do cidado, mediante: I - a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico; IV - a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina. Este documento contempla o Estatuto da Criana e do Adolescente e as Leis 10.639/03 e 11.645/08 que estabelecem as diretrizes e bases da educao nacional para incluir no currculo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temtica "Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena" no currculo da Escola, com o objetivo de desenvolver aes afirmativas que valorizem a identidade e promova o resgate da autoestima dos estudantes e alunas pertencentes aos diversos grupos tnicos que compem a sociedade brasileira, assumindo o compromisso de garantir a participao de todos na construo de relaes sociais, sem discriminao. Contempla-se tambm a Lei n 13.185/2015 - Institui o Programa de Combate Intimidao Sistemtica (Bullying). A Escola cumpre a Lei 11.684/2008, que torna obrigatrio o ensino de Filosofia e Sociologia no Ensino Mdio e acredita que atravs dessas reas do conhecimento possvel que os jovens ampliem seus horizontes e capacidade crtica e de compreenso das relaes sociais, conforme dispe a Lei de Diretrizes e Bases da Educao. Cumpre o que estabelece a Lei 11.161/2005 sobre o ensino da lngua espanhola: Art. 1 O ensino da lngua espanhola, de oferta obrigatria pela escola e de matrcula facultativa para o aluno, ser implantado, gradativamente, nos currculos plenos do ensino mdio. Art. 4 A rede privada poder tornar disponvel esta oferta por meio de diferentes estratgias que incluam desde aulas convencionais no horrio normal dos alunos at a matrcula em cursos e Centro de Estudos de Lngua Moderna. A Escola est tambm de acordo com o que estabelece a Lei 11.769/2008, que constitui a msica como contedo obrigatrio, mas no exclusivo, do componente curricular e a Lei 13.278/2016 que inclui artes visuais, a dana, a msica e o teatro como linguagens que constituiro o componente curricular.

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A Educao Especial entendida como a modalidade de ensino que tem como objetivo quebrar as barreiras que impedem a criana e o jovem de exercerem a sua cidadania. A Resoluo CNE/CEB n 02/01 institui as diretrizes curriculares nacionais para a educao especial e o parecer CNE/CEB n 17/01, trata das diretrizes curriculares para educao especial, ambas respaldam, legalmente, a incluso enquanto poltica de educao. A lei 13.146, de 6 de julho de 2015, institui a Lei Brasileira de Incluso da Pessoa com Deficincia (Estatuto da Pessoa com Deficincia), ressaltando que dever do Estado, da famlia, da comunidade escolar e da sociedade, assegurar educao de qualidade pessoa com deficincia, colocando-a a salvo de toda forma de violncia, negligncia e discriminao. A Escola SESI Jos Carvalho atua de acordo com a lei e prope em seu planejamento, at 2019, quando forem ofertadas todas as sries de Ensino Mdio, a implantao de uma sala de recursos multifuncionais. A ateno legislao em vigor torna este Projeto Poltico Pedaggico uma ferramenta importante para o processo de democratizao da educao pela Escola SESI Jos Carvalho que tem como objetivo desenvolver integralmente a pessoa humana, neste caso o adolescente e o jovem, em seus aspectos fsico, psicolgico, intelectual e social; desenvolver sua capacidade criadora, sua identidade e autonomia, mediante um processo de socializao; vivenciar experincias de participao a partir da manifestao e expresso do pensamento, numa comunidade educativa, que estimula o interesse pelo desenvolvimento do ser humano, da natureza, da sociedade e tambm o seu papel social. Para atender as expectativas da comunidade escolar bem como os objetivos estabelecidos, a prtica educativa se dar de forma dialgica, consciente, crtica e favorecedora de aes com vistas transformao de mundo e da realidade. Como diz Freire (2002) a educao comunicao, dilogo, na medida em que no transferncia de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significao dos significados. 7. Histrico da Implantao da Escola SESI Jos Carvalho no Municpio de

Feira de Santana

A Escola SESI Jos Carvalho faz parte do programa de Interiorizao da Federao das Indstrias da Bahia visando ampliao da oferta de servios s micro, pequenas e mdias indstrias, em contribuio ao aumento da competitividade destas empresas, que representam 99% das indstrias instaladas em Feira de Santana. Com isso preparar os jovens desta faixa etria e escolaridade para o mercado de trabalho e para o mundo acadmico, traz um novo direcionador para a economia da cidade e regio uma vez que no ser mais necessrio busca por profissionais capacitados em outros estados ou cidades aquecendo assim o mercado local. Este, por sua vez, vem se mostrando cada vez mais ousado e desafiante. A Escola SESI Jos Carvalho vem ao encontro dos anseios da comunidade local que possui um dficit em escolas com o Ensino Profissional articulado ao Ensino Mdio.

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Este projeto tem como referencial a unidade SESI Piat que abriga a Escola Djalma Pessoa, detentora da metodologia de articulao da Educao Bsica com a Educao Profissional no mbito desta Rede de ensino, hoje j referncia nacional com seus projetos de inovao, participao dos alunos em feiras e Olimpadas do Conhecimento.

7.1 Caracterizao da Metodologia EBEP

A trajetria histrica do SESI e do SENAI define culturas e identidades prprias. A especificidade e as misses distintas de cada uma das instituies permite estabelecer um claro diferencial de qualidade aos programas educacionais oferecidos em conjunto. A afirmao da cultura e da identidade institucional essencial parceria que foi estabelecida entre essas unidades de educao. Sendo assim sempre atentos ao cenrio que se apresenta na Educao e no mundo do trabalho e com foco em sua misso, o Sistema FIEB prope a implantao do Programa de Articulao da Educao Bsica do SESI com a Educao Profissional do SENAI, como uma das aes estratgicas da instituio para o atendimento das demandas por trabalhadores escolarizados, com grande competncia tcnica e compromisso com o seu trabalho. A articulao entre a Educao Bsica do SESI e a Educao Profissional do SENAI (EBEP) assume uma relao de intercomplementariedade, mantendo a identidade de cada etapa e modalidade educacional, propondo uma comunho de finalidades por meio de aes planejadas. No contexto em que se dar a oferta do Programa de Articulao da Educao Bsica do SESI com Educao Profissional do SENAI (EBEP), destacam-se, sobretudo: a) as demandas por profissionais com uma capacitao tcnica mais especializada, o que pressupe uma maior escolarizao; b) as demandas por profissionais que apresentem caractersticas pessoais como: sociabilidade, capacidade de abstrao, comprometimento, comportamento tico, capacidade de aprendizagem, criatividade, dentre outras. c) a necessidade de garantir a mesma racionalidade, eficincia e eficcia requeridas pelo mundo do trabalho, a partir do acirramento da competitividade e da procura por novos espaos para crescer e garantir a sobrevivncia da instituio; d) a necessidade crescente de aumentar o padro de qualidade e de atendimento s empresas fornecedoras e parceiras das empresas centrais ou lderes; e) para incluir, alm disto, as pequenas e mdias empresas que ainda se situam do lado de fora do tecnolgico, estimulando-as a adotarem novos padres. importante ressaltar ainda que a presente proposta de Articulao da Educao Bsica (SESI) com a Educao Profissional (SENAI) est plenamente alinhada s polticas pblicas de elevao da escolaridade, qualificao para o trabalho, incluso social, gerao de emprego e renda e reduo das desigualdades sociais.

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O programa EBEP considera a natureza e as finalidades prprias da Educao Bsica e da Educao Profissional. A Educao Bsica, concebida como um todo contnuo, busca estabalecer os fundamentos da cidadania, por meio de uma slida formao geral que signifique ao mesmo tempo a criao de condies de preparao para o trabalho a ser completada na Educao Profissional. 7.2 Da Insero no Programa

Conforme Regimento Escolar da Rede SESI de Educao, Departamento Regional Bahia, a formalizao do vnculo do estudante com a instituio e que lhe permite o acesso a Unidade Escolar e a participao nas atividades curriculares inerentes ao nvel de ensino, srie e modalidade do curso se d por meio da matricula. A efetivao da matrcula na primeira srie do Ensino Mdio dar-se- mediante aprovao/classificao em processo seletivo, para estudantes concluintes do Ensino Fundamental, conforme diretrizes fixadas pelo SESI-BA e requisitos legais e institucionais. 7.3 Do Currculo

Alm da formao geral, garantida pelo currculo do Ensino Mdio do SESI, CBC (Contedos Bsicos Comuns) elaborado pelo SESI do Departamento Nacional em parceria com a UNESCO o estudante inserido no programa tem a oportunidade de, em concomitncia com a 3 srie do Ensino Mdio, fazer um dos cursos de formao inicial oferecidos pelo SENAI, o estudante cursa, em turno oposto, as disciplinas/mdulos especficos que compem o itinerrio formativo da educao profissional tcnica de nvel mdio escolhido. O currculo formativo do EBEP apresenta uma organizao que objetiva a articulao entre as Fases de Ensino da Educao Bsica e Educao Profissional, atravs do desenvolvimento de competncias nas suas reas curriculares e de maneira transversal. Mais que uma articulao superficial ou compulsria buscar-se- a continuidade e identificao entre os perfis de entrada e de sada do aluno que avanar dentro das etapas de escolaridade do Programa. Da mesma forma, queles que forem integrados ao processo formativo no decorrer de uma das Fases de Aprendizagem, o professor dever ter clareza das competncias previstas para a sua condio atual e aquelas que sero desenvolvidas ao longo do percurso formativo. A articulao possibilita sadas e reingressos no sistema formativo, reconhecendo estudos ou competncias adquiridos formalmente, ou por alguma vivncia de trabalho. Isto possibilita a eliminao de etapas por meio de avaliao, aproveitamento e certificao de competncias. Dessa forma, so garantidas aos alunos do EBEP diferentes trajetrias de formao originadas a partir da base comum, com possibilidades de progresso, visando perfis profissionais mais amplos e competitivos.

8. Esquema de articulao entre Ensino mdio SESI e Educao Profissional SENAI

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Concludo a 3 srie do ensino mdio do SESI, o estudante, a depender da carga horria do curso tcnico que esteja fazendo, continua seus estudos no SENAI por at um ano e meio, e, aps ter realizado um trabalho de final de curso (TCC) e concludo com desempenho satisfatrio todo percurso formativo, estar apto a receber o diploma de tcnico de nvel mdio. A experincia, pioneira e inovadora, j tem sido reconhecida nacionalmente como uma das melhores e mais bem sucedidas propostas de articulao do ensino mdio com educao profissional, que, dentre outros resultados, tem contribudo de maneira relevante para a insero dos jovens egressos do programa no mercado de trabalho.

8.1 Cursos Tcnicos ofertados pelo SENAI no perodo de 2003 a 2016 na Bahia

Alimentos Manuteno Industrial

Automao Industrial Mecatrnica

Construo Civil Mobilirio

Construo Naval Petroqumica

Desenvolvimento de Software Plsticos

Edificaes Processos Industriais

Eletrotcnica Processos Mecnicos

Fabricao Mecnica Redes de Computadores

Impresso Offset Refrigerao e Climatizao

Logstica Segurana do Trabalho

Jogos Digitais Telecomunicaes

Mecnica Vesturio

Manuteno Automotiva Manuteno Eltrica

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Metalurgia Eletrnica

9. Estgio

O estgio de estudantes nas empresas valorizou-se com as transformaes do processo de produo de bens e prestao de servios na medida em que a sociedade moderna convenceu-se da importncia do aperfeioamento da formao profissional como meio de combate ao desemprego e de integrao entre escola e empresa, assumindo mltiplas dimenses e motivando a institucionalizao de polticas de incorporao de jovens no mercado de trabalho. A Escola SESI Jos Carvalho assim como toda a rede de escolas SESI que possui o programa articulado EBEP compreende que o estgio um ato educativo, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho que visa formao e a preparao do educando para o ingresso no mundo do trabalho, nesse sentido pretendemos proporcionar ao estudante aprendizagens social e cultural que colaborem com o desenvolvimento de competncias profissionais necessrias ao ambiente de trabalho. Acreditamos que o estgio permite ao aluno aprender e conhecer o funcionamento de um ambiente de trabalho real, enriquecendo o seu percurso curricular. Conforme Resoluo CNE/CEB n. 01/2004 e Lei N 11.788/2008 o estgio profissional de estudantes do Ensino Mdio no obrigatrio uma parte da poltica de formao profissional para aqueles que querem ingressar no processo produtivo integrando-se na vida da empresa. Estgio no obrigatrio aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida carga horria regular e obrigatria. exatamente no estgio que o estudante vai aplicar os seus conhecimentos, ampli-los e desenvolver a sua criatividade como forma de afirmao pessoal e profissional. 9.1. Do Plano de Estgio

A etapa de estgio no programa EBEP e, portanto na Escola SESI Jos Carvalho bem como seu planejamento, execuo acompanhamento e avaliao realizado pelo SENAI que por sua vez, est atuando conforme a legislao vigente, sobretudo a Resoluo n 71/2005 e tem descrito em seu PG (padro gerencial) n 7.5 -06 todas as diretrizes necessrias a essa etapa do processo formativo. Outra situao que ocorre nessa etapa a metodologia Theoprax.

9.1.1. Do Theoprax

Trata-se de uma metodologia de origem alem, com objetivo de incrementar a motivao na aprendizagem, fazendo com que estudantes analisem problemas reais e proponham solues para serem aplicadas nas empresas. A iniciativa uma parceria do SENAI-BA e o Instituto Frunhoffer-ICT. Com primeiro Centro Theoprax fora da Alemanha, unindo teoria e prtica no processo de

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aprendizagem e melhorando a qualidade da formao e qualificao profissional voltada para a indstria. De acordo com o artigo 39 da Lei n 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, a educao profissional, integrada s diferentes formas de educao, ao trabalho, cincia e tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptides para a vida produtiva. Dessa forma, o ensino profissional no deve ser estanque, mas aberto a mudanas cientficas e tecnolgicas, capacitando o estudante a solucionar problemas complexos, ao trabalho em equipe, a raciocinar e refletir diante das novas situaes e com uma formao que o permita acompanhar as mudanas geradas pelos processos cientficos e tecnolgicos. Dessa forma os projetos so desenvolvidos por alunos dos cursos tcnicos e de graduao, com base nas competncias necessrias para o projeto. definida a equipe e o professor orientador, que realiza visita tcnica para conhecer a necessidade da empresa e, com base nos requisitos do cliente desenvolvida uma soluo e elaborado o planejamento para execuo do projeto. A soluo e o planejamento para execuo do projeto apresentando para a empresa e, aps a aprovao, assinado um contrato de servio.

Para as empresas, alm de terem acesso a solues de baixo custo e criativas para seus problemas, o mtodo permite conhecer jovens capacitados para recrutamento de futuros colaboradores. 9.1.2. Do Ncleo Theoprax

O Ncleo TheoPrax das Escolas Tcnicas do SENAI-DR/BA o responsvel pela prospeco, orientao, aplicao e acompanhamento da Metodologia TheoPrax junto aos discentes e docentes. So atribuies do Ncleo TheoPrax: I. realizar visitas para prospeco de novos temas de projetos; II. encaminhar relatrio de visita para o Coordenador de Cursos; III. validar os temas dos projetos; IV. solicitar assinatura do Termo de Autorizao de Incio do Projeto a empresa; V. ministrar todo o contedo da disciplina Projeto Final de Curso I; VI. avaliar e orientar quanto ao preenchimento dos templates e dotProject; VII. acompanhar o cronograma fsico dos projetos TheoPrax; VIII. realizar reunio semanal de acompanhamento com o Gestor do Projeto (aluno); IX. armazenar e controlar a documentao dos projetos finalizados; X. acompanhar os projetos monitorando o prazo de incio e concluso; XI. encaminhar Proposta Comercial do projeto, Termo de Aceite e Encerramento para validao e assinatura do Gerente da Unidade; XII. encaminhar para as empresas, Proposta Comercial, Avaliaes, Termo de Aceite e Encerramento dos projetos prospectados. XIII. exercer outras atribuies que sejam pertinentes ao acompanhamento da metodologia TheoPrax.

10. Referncias Legais da articulao do Ensino Mdio e Educao Profissional

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A organizao do Programa de Articulao da Educao Bsica do SESI com a Educao Profissional do SENAI EBEP est respaldada pelo Decreto n 5.154/2004, que regulamenta o 2 do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei n 9.394/96, e estabelece as diretrizes e bases da Educao Nacional. A LDB 9394/96, na seo IV, referente ao Ensino Mdio, artigo 36, pargrafo 4, nos remete ao desejo de integrar aes conjuntas entre essa etapa de ensino, de responsabilidade do SESI, s de Educao Profissional, de responsabilidade do SENAI nas normas complementares, a saber:

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11. Declarao Estratgica do SESI

MISSO DO SESI Prover e operacionalizar solues em educao e qualidade de vida visando sustentabilidade da indstria na Bahia. VISO DO SESI Ser referncia na promoo da competitividade da indstria do estado da Bahia. VALORES DO SISTEMA FIEB TICA A prtica de todas as aes estar sempre fundamentada em valores morais e na transparncia das inter-relaes com clientes, fora de trabalho, mantenedores, fornecedores e sociedade. TRANSPARNCIA Transparncia das inter-relaes com clientes, fora de trabalho, mantenedores, fornecedores e sociedade. VALORIZAO DAS PESSOAS A busca e promoo incessante de efetiva participao sinrgica no processo de gesto visam resgatar as necessidades de autorrealizao da fora de trabalho. O Sistema FIEB reconhecer, por meio de critrios claros e justos, o desempenho e comprometimento dos seus colaboradores. FOCO NO CLIENTE O xito dos clientes do Sistema FIEB e sua fidelizao aos seus produtos e servios estaro assegurados pela constante prospeco e atendimento das suas necessidades.

INOVAO A inovao, como um processo estratgico de reinveno contnua do prprio negcio e de criao de novos conceitos de negcio, uma prtica imprescindvel para que o Sistema FIEB oferte solues modernas, em suas diversas reas de atuao, voltadas para o aumento da competitividade e da capacitao de seus clientes.

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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL O Sistema FIEB assume responsabilidades com a sociedade e o meio ambiente no qual est inserido. A responsabilidade socioambiental representa o compromisso contnuo na promoo da sustentabilidade das partes sociais envolvidas. POLTICA DE GESTO O Servio Social da Indstria - Departamento Regional da Bahia, a partir do princpio de melhoria contnua da qualidade, assume com suas principais partes interessadas os seguintes compromissos: CLIENTE Prover solues em educao e qualidade de vida visando atender as necessidades da indstria, dos industririos e seus dependentes. MANTENEDOR Otimizar os recursos disponveis, ampliando o atendimento indstria e contribuindo para o aumento de sua competitividade. FORA DE TRABALHO Proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudvel, privilegiando o desenvolvimento das pessoas, segundo a legislao vigente e os princpios do Cdigo de Conduta tica. FORNECEDOR Manter um relacionamento tico, contribuindo com o desenvolvimento dos fornecedores. SOCIEDADE Fomentar a cultura de Organizao scio e ambientalmente responsvel. Este Projeto Poltico Pedaggico foi elaborado tomando como base os princpios da Declarao Estratgica do SESI, expressados na Misso, Viso e Valores do Sistema FIEB, desdobrados nos eixos estruturados do programa curricular.

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12. Organograma da Escola SESI Jos Carvalho

A estrutura funcional est organizada da seguinte forma:

13. Diagnstico A Escola SESI Jos Carvalho est localizada no bairro Jardim Cruzeiro, prximo ao Sobradinho. Suas principais vias so a Avenida Andara, Juazeiro, Miguel Calmon, Rua Nazar, Rua Paulo Afonso, provavelmente as ruas mais movimentadas do bairro. O municpio de Feira de Santana, intitulada de Princesa do Serto pelo ilustre escritor e poltico Ruy Barbosa, em sua estrutura geopoltica formado pela sede e mais oito distritos. Localizado na zona de plancie entre o recncavo e os tabuleiros semiridos do nordeste baiano, tem uma rea de 1.337 km2 , com uma populao de 617.528 habitantes estimados em 2015 segundo o IBGE. Possui uma rede pblica e privada de ensino com 74 unidades escolares que ofertam o Ensino Mdio, sendo que a maior parte dessas escolas fazem parte da rede pblica estadual, atendendo a uma exigncia da LDB 9.394/96, Art. 10 (IV) dever de o Estado assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino mdio. Conforme a LDB, o Ensino Mdio, etapa final da educao bsica, deve ser ministrado em trs anos, com as seguintes finalidades: a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental(...), a preparao bsica para o trabalho e cidadania(...), o aprimoramento do educando como pessoa humana(...) e a compreenso dos fundamentos cientficos e tecnolgicos dos processos produtivos(...). Alm dessas finalidades, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio (Resoluo 03/98) estabelecem fundamentos estticos, polticos e ticos: Esttica da Sensibilidade, Poltica da Igualdade e tica da Identidade. Com

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sobradinho_(Feira_de_Santana)

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base nesses fundamentos, o Ensino Mdio desenvolve-se assegurando os princpios de identidade, diversidade, autonomia, interdisciplinaridade e contextualizao nas atividades do ensino e da aprendizagem. Com o objetivo de diagnosticar a situao do Ensino Mdio no e traar um panorama do Ensino Mdio no municpio de Feira de Santana, fez-se a anlise dos dados estatsticos apresentados nas tabelas a seguir:

Fontes: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/grafico_cidades.php?lang=&codmun=291080&idtema=156&search=bahia|feira-de-santana|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015

http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/grafico_cidades.php?lang=&codmun=291080&idtema=156&search=bahia|feira-de-santana|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/grafico_cidades.php?lang=&codmun=291080&idtema=156&search=bahia|feira-de-santana|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015

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Fontes: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/grafico_cidades.php?lang=&codmun=291080&idtema=156&search=bahia|feira-de-santana|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015

Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/feira-de-santana_ba#educacao

Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/feira-de-santana_ba#educacao

http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/grafico_cidades.php?lang=&codmun=291080&idtema=156&search=bahia|feira-de-santana|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/grafico_cidades.php?lang=&codmun=291080&idtema=156&search=bahia|feira-de-santana|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/feira-de-santana_ba#educacaohttp://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/feira-de-santana_ba#educacao

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Em 2010, 76,31% da populao de 6 a 17 anos do municpio estavam cursando o ensino bsico regular com at dois anos de defasagem idade-srie. Em 2000 eram 65,44% e, em 1991, 60,60%. Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 11,01% estavam cursando o ensino superior em 2010. Em 2000 eram 4,13% e, em 1991, 2,55%.

13.1. IDEB 9 ano Escolas Estaduais

Fonte: http://ideb.inep.gov.br/resultado/

14. Matrculas

15. Objetivos da ao Educativa

Promover, no processo de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento de um conjunto de habilidades e competncias, que propicie a construo dos conhecimentos necessrios para a vida em sociedade, visando transformao da realidade; Garantir a permanncia do estudante na escola, a partir da sua motivao com vistas construo de uma educao de excelncia; Criar mecanismos de participao dos diferentes segmentos da comunidade escolar que traduzam o compromisso de todos na melhoria da qualidade do processo educativo, com o aperfeioamento do trabalho pedaggico; Promover a integrao escola-comunidade; Desenvolver polticas de Educao Bsica de qualidade articuladas formao profissional, observando os princpios da UNESCO: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver; Ofertar cursos de Educao Bsica, respeitando as diversidades com foco na formao de um cidado reflexivo, crtico, criativo e comprometido com o social; Integrar teoria e prtica de forma significativa, favorecendo a produo do conhecimento e o desenvolvimento da autonomia do estudante; Articular as demandas sociais do mundo do trabalho com os currculos de Educao Bsica e Educao Profissional.

2017 2018 2019

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http://ideb.inep.gov.br/resultado/

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Preparar o educando para o exerccio de profisses tcnicas, atravs da formao bsica, onde a prtica educativa garanta o acesso desses cidados de uma forma articulada com o trabalho, cincia, tecnologia, cultura e arte. A educao aqui defendida deve proporcionar aos educandos os conhecimentos necessrios ao exerccio pleno da cidadania, de modo que possam desenvolver habilidades e competncias necessrias sua insero no mundo do trabalho. Para tanto necessrio tambm, trabalhar as dimenses cognitivas, afetivas, culturais, polticas e socioeconmicas, na medida em que a articulao da Educao Bsica com a Educao Profissional busca estabelecer uma slida formao geral que significa ao mesmo tempo a criao de condies de preparao para o trabalho a ser completada na educao profissional. Assim, este projeto reflete as mudanas a serem efetivadas e exige uma reflexo sobre a finalidade da escola, bem como a explicitao do seu papel social e a clara definio de caminhos, formas operacionais e aes a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo.

16. Marcos Educacionais

Descrio e crtica da realidade, tal qual ela se apresenta, a fim de que a formao do profissional no se distancie do comprometimento com a soluo dos problemas da sociedade na qual atuar. (SAUPE e ALVES, 2000, p. 62). 16.1 Marco Situacional

Diante da nova realidade socioeconmica do pas e do fenmeno mundial da globalizao, que impe novos desafios em todas as esferas da sociedade, o Servio Social da Indstria (SESI), como entidade socialmente responsvel e realizadora de aes educacionais, tem o compromisso de propor estratgias para a melhoria da qualidade do ensino, contribuindo com a formao bsica dos cidados. No que tange aos processos de Educao observa-se que com a universalizao do atendimento no Ensino Fundamental deu-se o aumento da frequncia escolar entre os jovens na faixa etria de 15 a 17 anos. Um dos objetivos estratgicos do Sistema Indstria preconiza que a educao, alm de ser um fim em si mesmo, uma das vertentes fundamentais para o crescimento da economia, seja pelo efeito direto sobre a melhoria da produtividade formao de trabalhadores mais eficientes e capital humano qualificado seja pelo aumento da capacidade do pas de absoro e gerao de novas tecnologias. Observando a trajetria do Ensino Mdio no pas, em 1996, o Governo Federal, por intermdio do Ministrio da Educao e Cultura (MEC), iniciou um processo de mudana nesse segmento, para o qual muitas escolas brasileiras ainda no estavam preparadas. Pela Lei n. 9394/96 (LDB), o Ensino Mdio passa a ser considerada Educao Bsica. Segundo as Bases Legais das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio, uma nova concepo curricular para esta modalidade deve expressar a contemporaneidade e, considerando a

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rapidez com que ocorrem as mudanas na rea do conhecimento e da produo, ter a ousadia de se mostrar prospectiva. O Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM), criado em 1998 pelo MEC, e reformulado em 2009, ao avaliar o aluno no trmino da escolaridade bsica, tambm tem como uma das finalidades melhorar a qualidade de ensino, provocando mudanas nas atuais concepes curriculares, sobretudo a de se romper modelos tradicionais. Apontar para a inter e a trandisciplinaridade que sero vividas atravs de projetos e pesquisas. Nesse cenrio, imprescindvel o estabelecimento de novos paradigmas de ensino no campo do conhecimento cientfico e tecnolgico que habilitem profissionais para atuarem, com competncia e comprometimento, nos diferentes e mutveis campos do trabalho. A este respeito Paulo Freire diz o seguinte: De fato, ao nos aproximarmos da natureza do ser que capaz de se comprometer, estaremos nos aproximando da essncia do ato comprometido. A primeira condio para que um ser possa assumir um ato comprometido esta em ser capaz de agir e refletir. (FREIRE, 1983, p.14) O mundo do trabalho est em processo de contnua mudana. De modo geral pode-se dizer que h transformao no padro tecnolgico, na organizao do trabalho e nos direitos trabalhistas. As escolas devem perceber e refletir sobre as mudanas do mundo do trabalho e assim avaliar as necessrias inovaes pertinentes sua prtica. Neste contexto, se exige pensar nos rumos da escola, quais so as suas prioridades e quais alternativas devem buscar para estar em conexo com as novas configuraes sociais. Gandin (1999.p. 63) afirma que "as escolas que no refletirem sobre este momento crucial sero, inevitavelmente, levadas a reboque dos interesses mais conservadores da sociedade em que vivemos". Assim, inevitvel e imprescindvel a modernizao das escolas, transformando-as num local privilegiado, onde a produo do saber no seu nico universo, mas tambm o de preparar indivduos crticos, sociais e competitivos para o mundo do trabalho. Isto significa, ento, que a escola alm de preparar para a vida deve assumir a responsabilidade do atendimento s demandas do mundo do trabalho. Isto inclui o desenvolvimento da capacidade de pensar e resolver situaes problema. Desse modo, a formao escolar deve incorporar o empreendedorismo como pressuposto bsico da formao, o que pode gerar maior grau de empregabilidade, atribuindo um novo valor agregado ao trabalhador. 16.2 Marco Doutrinal

Todo planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem de responder s marcas e aos valores dessa sociedade. S assim que pode funcionar o processo educativo, ora como fora estabilizadora, ora como fator de mudana. s vezes, preservando determinadas formas de cultura. Outras, interferindo no processo histrico, instrumentalmente. De qualquer modo, para ser autntico, necessrio ao processo educativo que se ponha em relao de organicidade com a contextura da sociedade a que se aplica. (PAULO FREIRE, 2002, p. 10)

A partir de uma viso de educao pautada numa concepo scio interacionista, dialtica e libertria, a Escola compreende a educao como

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construo coletiva permanente, baseada nos princpios de convivncia, solidariedade, justia, respeito, A partir de uma viso de educao pautada numa concepo scio interacionista, dialtica e libertria, a Escola compreende a educao como construo coletiva permanente, baseada nos princpios de convivncia, solidariedade, justia, respeito, valorizao da vida na diversidade e na busca do conhecimento. Nessa perspectiva, utiliza-se de uma metodologia cooperativa, participativa e dialgica, que contribui para a conscientizao e construo da autonomia moral e intelectual de todos os envolvidos no processo educativo, buscando humanizao e mudana social. Sobre isso Vygotsky (1991b, p. 131-132) conclui que

A relao entre o pensamento e a palavra um processo vivo: o pensamento nasce atravs das palavras. Uma palavra desprovida de pensamento uma coisa morta, e um pensamento no expresso por palavras permanece uma sombra. A relao entre eles no , no entanto, algo j formado e constante; surge ao longo do desenvolvimento e tambm se modifica. (...) As palavras desempenham um papel central no s no desenvolvimento do pensamento, mas tambm na evoluo histrica da conscincia como um todo. Uma palavra um microcosmo da conscincia humana.

E Simes Jorge (1979, p. 39-40) escreve que

Na reflexo de Paulo Freire sobre a conscincia, a conscincia do mundo e a conscincia de si vo crescendo, juntamente, num movimento dialtico. A conscincia , como conscincia, pelas suas relaes com outras conscincias: daqui que ela implica, necessariamente, uma relao com outra conscincia. a intersubjetividade das conscincias. (...) , pelo dilogo, que as conscincias se colocam na contemplao do mundo, vo ao mundo, e comunicam-se.

A vida em sociedade deve ser orientada por valores indispensveis a sua existncia, os quais devem ser cultivados tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar e em outros espaos. Destaca-se a solidariedade, por tornar mais humanos; o respeito, que necessrio nas relaes com as diferenas, com o prximo e suas limitaes; a unio, que promove o bem comum; e a honestidade, pela qual possvel estabelecer confiana mtua. Fortalecendo a concepo de educao que norteia as aes de ensino e aprendizagem da Escola SESI Jos Carvalho acredita-se que necessrio incluir na formao dos jovens e adolescentes o desenvolvimento das habilidades necessrias a atuao deles como cidados e profissionais, que contribuiro para a construo da sociedade que se deseja, estabelecendo relaes sociais pautadas pela tica, pelo respeito famlia, pela responsabilidade social e pelo respeito entre os povos. Assim, a educao proposta pela Escola SESI Jos Carvalho desenvolver suas atividades de ensino e aprendizagem contextualizadas e baseadas no dilogo entre professor, estudante e demais educadores da instituio; engajada nos movimentos sociais de incluso, comprometida com a produo cultural e capaz de articular a preparao para a vivncia social e o ingresso no mundo do trabalho.

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Com esta compreenso deseja-se o desenvolvimento de uma educao de qualidade que considere como pressuposto bsico a humanizao dos participantes do processo, sejam eles estudantes, professores ou equipe pedaggica. S atravs do dilogo e da produo de conhecimento os homens so capazes de criticar sua realidade, propor mudanas e reivindicarem seus direitos. A expectativa que a escola cumpra com a sua funo social de formar cidados para viver em uma sociedade onde os valores da igualdade, liberdade, solidariedade, equidade e tolerncia sejam cada vez mais imprescindveis. O grande desafio ser o de desenvolver a capacidade de avaliar e de fazer escolhas sobre qual tecnologia usar, sabendo diferenciar o que consumismo e o que corresponde s reais demandas da instituio nesta rea. As escolhas tm que considerar as mudanas concretas e, para tal, preciso aprender a indagar e achar respostas sobre o que originou determinada tecnologia, de que decorre a mudana tecnolgica e a quem beneficia. Perceber a origem das mudanas perceber, tambm, para onde aponta a dinmica mundial, a tecnologia e a demanda, a fim de alcanar os objetivos propostos. A concepo de escola precisa explicitar, tambm, as diferentes finalidades e realidades que envolvem a Educao Bsica e Educao Profissional. H um entendimento de que o Ensino Mdio alm de preparar para a vida prepara para o mundo do trabalho. Assim, preciso desenvolver competncias para que o estudante possa se apropriar dos conhecimentos universalmente relevantes para o ser humano, associados leitura crtica do mundo, de modo a construir bases intelectuais que o tornem profissional competente para dar continuidade sua vida acadmica. Tomando por base os preceitos legais, as aes educacionais devem sustentar-se nos princpios a seguir relacionados: - Todas as aes e vivncias escolares estaro imbudas de valores como a solidariedade e a tica. - Os membros que compe a comunidade escolar tratar-se-o com respeito, considerando as diferenas de qualquer natureza. - O processo educativo desenvolvido ser inclusivo, ou seja, respeitar a pluralidade prpria da sociedade humana. - O respeito natureza e a busca do equilbrio ecolgico sero prticas permanentes no cotidiano da vida escolar, na perspectiva do desenvolvimento sustentvel. - A gesto da instituio ser democrtica, com participao da comunidade escolar na tomada de algumas decises. - O trabalho educativo ser construdo mediante o dilogo permanente, principalmente no que tange ao processo ensino e aprendizagem. - O trabalho educativo ser entendido como um trabalho de humanizao, de formao de cidados e profissionais capazes de atuar e modificar a sociedade na qual esto inseridos. - A tecnologia ser valorizada pelo que acrescenta de qualidade vida humana. Para que a escola alcance estes princpios precisa admitir que os seus contedos, vo alm dos saberes escolares, pois devem se referir aos conhecimentos utilizados pelos sujeitos na sua vida cotidiana. Vale considerar que o processo de construo e de apropriao do conhecimento, a partir de

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interesses, motivaes, aspiraes reais de cada cidado busca a superao dos limites e desafios para aquisio de novos conhecimentos. Assim, desenvolver-se naquilo que se prope, transformando a sua vida e a sociedade da qual faz parte o grande desafio das prticas educativas propostas nesta escola. Do ponto de vista pedaggico compreende-se que o desenvolvimento do indivduo resultado de um processo scio histrico, sendo a linguagem de fundamental importncia nesse processo. Ressalta-se que a articulao entre o Ensino Mdio e a Educao Profissional incluiu na sua concepo o referencial histrico cultural, concebido por Vygotsky que enfatiza a construo do conhecimento como uma interao mediada por vrias relaes. Na troca com outros sujeitos e consigo mesmo vo se internalizando os conhecimentos, papis e funes sociais, o que permite a ampliao de conhecimentos e da prpria conscincia. Com esta compreenso a escola deve promover uma educao autnoma e crtica, como bem defendeu Paulo Freire, pois a sua funo a promoo de uma aprendizagem que oportunize o desenvolvimento de competncias que tornem os jovens e adolescentes aptos a atuarem como cidados crticos, ticos, solidrios e profissionais.

16.3. Marco Filosfico

Todo planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem de responder s marcas e aos valores dessa sociedade. S assim que pode funcionar o processo educativo, ora como fora estabilizadora, ora como fator de mudana. s vezes, preservando determinadas formas de cultura. Outras, interferindo no processo histrico, instrumentalmente. De qualquer modo, para ser autntico, necessrio ao processo educativo que se ponha em relao de organicidade com a contextura da sociedade a que se aplica. (PAULO FREIRE, 2002, p. 10)

A partir de uma viso de educao pautada numa concepo scio interacionista, dialtica e libertria, a Escola compreende a educao como construo coletiva permanente, baseada nos princpios de convivncia, solidariedade, justia, respeito, valorizao da vida na diversidade e na busca do conhecimento. Nessa perspectiva, utiliza-se de uma metodologia cooperativa, participativa e dialgica, que contribui para a conscientizao e construo da autonomia moral e intelectual de todos os envolvidos no processo educativo, buscando humanizao e mudana social. Sobre isso Vygotsky (1991b, p. 131-132) conclui que:

A relao entre o pensamento e a palavra um processo vivo: o pensamento nasce atravs das palavras. Uma palavra desprovida de pensamento uma coisa morta, e um pensamento no expresso por palavras permanece uma sombra. A relao entre eles no , no entanto, algo j formado e constante; surge ao longo do desenvolvimento e tambm se modifica. (...) As palavras desempenham um papel central no s no desenvolvimento do pensamento, mas tambm na evoluo histrica da conscincia como um todo. Uma palavra um microcosmo da conscincia humana.

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E Simes Jorge (1979, p. 39-40) escreve que:

Na reflexo de Paulo Freire sobre a conscincia, a conscincia do mundo e a conscincia de si vo crescendo, juntamente, num movimento dialtico. A conscincia , como conscincia, pelas suas relaes com outras conscincias: daqui que ela implica, necessariamente, uma relao com outra conscincia. a intersubjetividade das conscincias. (...) , pelo dilogo, que as conscincias se colocam na contemplao do mundo, vo ao mundo, e comunicam-se.

A vida em sociedade deve ser orientada por valores indispensveis a sua existncia, os quais devem ser cultivados tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar e em outros espaos. Destaca-se a solidariedade, por tornar mais humanos; o respeito, que necessrio nas relaes com as diferenas, com o prximo e suas limitaes; a unio, que promove o bem comum; e a honestidade, pela qual possvel estabelecer confiana mtua. 16.4. Marco Operativo

16.4.1. Dimenso Pedaggica

Construir uma escola que contribua na formao daquele homem e daquela sociedade, expressos anteriormente no marco doutrinal o desejo de toda a comunidade escolar. Em virtude disto, optou-se por uma educao que tem como referncia a realidade, que propicia a reflexo pelo desenvolvimento da conscincia crtica, respeitando o aluno em suas crenas, seus valores morais, culturais e ticos. A Escola SESI Jos Carvalho sustentada por este iderio, centrada nos princpios ticos que permeiam a conduta e os direitos do ser humano, acredita que, por meio de uma metodologia problematizadora e dialgica, adotada como proposta poder propiciar uma ao transformadora, pois favorece o desenvolvimento de trabalhos colaborativos e permite o exerccio da autonomia do aluno, tornando-o responsvel pela construo do seu conhecimento. 16.4.2. Organizao da Composio do Currculo Escolar

Tomando como referncia o art. 9 da resoluo 2, de 30 de janeiro de 2012 do Conselho Nacional de Educao, a organizao curricular do Ensino Mdio a partir de 2014 contem 2 grupos de disciplinas de formao geral. O primeiro, com as disciplinas da base nacional comum, constitui a parte comum do currculo e est organizado em 4 reas: Linguagens, Matemtica, Cincias Naturais e Cincias Humanas. A parte comum inclui as seguintes disciplinas na rea de Linguagens: Arte, Lngua Portuguesa, Lngua Estrangeira e Educao Fsica; Na rea de Matemtica: Matemtica; na rea de Cincias Naturais: Biologia, Fsica e Qumica; e na rea de Cincias Humanas: Filosofia, Geografia, Histria e Sociologia. O segundo grupo, correspondendo parte diversificada do currculo, inclui 4 disciplinas novas: Atualidades, Projetos de Aprendizagem, Oficinas Tecnolgicas e Cincias Aplicadas.

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16.4.3. Parte Diversificada ATUALIDADES

Objetivo: disciplina para estabelecer uma conexo estreita com temticas da vida cotidiana; fortalecer o respeito s diferenas, diversidade e promoo de aes voltadas para o exerccio da cidadania plena. Temticas: economia, poltica, cincia, cultura e vida social. PROJETO DE APRENDIZAGEM

Objetivo: desenvolver o protagonismo, atitude empreendedora, capacidade de trabalhar em grupo e engajar-se em projeto comum.

Temticas: FMI Festival de Msica e Imagem, Sexualidade, Ler, Criar e Pensar s comear, Qualidade de vida, Caf Cultural.

OFICINAS TECNOLGICAS

Objetivo: Trazer a tecnologia para dentro da escola, da mais moderna, como nanotecnologia; Dar oportunidade ao aluno para interagir e compreender as muitas das tecnologias atuais dentro da escola; Permitir o exerccio da criatividade, inventividade e utilizao de recursos computacionais.

Temticas: Matemtica, Informtica, Robtica, Fsica. CINCIAS APLICADAS

Objetivo: cumprir a LDB quanto s finalidades do ensino mdio: preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, seu aprimoramento como pessoa e compreenso dos fundamentos cientficos e tecnolgicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prtica.

Temticas: Qumica e Fsica

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17. Matriz Curricular do Ensino Mdio

Escola SESI Jos Carvalho

Rua Gonalo Alves Boa Ventura, s/n, Alto do Cruzeiro. CEP 44.022-074. Feira de Santana-Bahia

Adptao Lei N 9394/96 e Resoluo CNE/CEB N 02/2012

MATRIZ CURRICULAR ENSINO MDIO

Vigncia: 2017/ TURNO DIURNO

Dias Letivos: 200 Semana Letivas: 40 Dias Semanais: 5 N de horas aula/dia: 5:20

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

REA DO CONHECIMENTO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORRIA ANUAL POR SRIE

BASE NACIONAL COMUM

1 ano 2 ano 3 ano CH

Matemtica Matemtica 120 120 120 360

Linguagens

Lng. Portuguesa / Lit. Brasileira

120 120 120 360

Ling. Portuguesa /

Redao 80 80 80 240

Arte 40 40 40 80

Lngua Estrangeira (Ingls ou Espanhol)

40 40 80 160

Educao Fsica 40 40 40 80

Cincias da Natureza

Fsica 120 120 120 360

Qumica 120 120 120 360

Biologia 80 80 80 240

Cincias Humanas

Histria 80 80 80 240

Geografia 80 80 80 240

Filosofia 80 80 40 200

Sociologia 80 40 80 200

Part

e

Div

ers

ific

ad

a

Atualidades 0 0 40 40

Cincias Aplicadas 0 80 80 160

Oficinas Tecnolgicas 80 80 0 240

Projetos de Aprendizagem 40 0 0 40

TOTAL SERIADO (Base comum+Parte Diversificada

1.200 1.200 1.200 3.600

Total Ensino Mdio 3.600

Notas * Msica est contemplada na disciplina de Arte e Lngua Portuguesa.

http://intranet.fieb.org.br/sites/sesi

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* Educao Ambiental est contemplada transversalmente em todas as disciplinas com destaque em Biologia, Qumica e Lngua Portuguesa.

* No 1 ano a escolha da OFTEC ser a critrio da unidade escolar * No 2 ano a OFTEC ser preferencialmente de Fsica, Qumica e Matemtica, Robtica, Arduno ou Informtica.

* Histria e Cultura Afro Brasileira e Indgena esto contempladas nas disciplinas de Arte, Histria e Lngua Portuguesa.

17.1. Pressupostos e dimenses Curriculares

A concepo curricular desta escola pretende ultrapassar a estrutura das disciplinas isoladas, desarticuladas e linear. Para tanto, compreende que necessrio o estabelecimento de uma relao de reciprocidade e colaborao entre as diversas reas de conhecimento. O dilogo e a cooperao permanente so fundamentais para a compreenso das mltiplas relaes que constituem o mundo e a vida, nos quais os sujeitos, mediados pela comunicao, organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condies necessrias existncia. De acordo com as contribuies de Ferrao (2006),

Pensar os currculos de uma escola pressupe, ento, viver seu cotidiano que inclui, alm do que formal e tradicionalmente estudada, toda uma dinmica das relaes estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos currculos praticados nas escolas, necessrio estudar os hibridismos culturais vividos nos cotidianos. (FERRAO, 2006. p. 10).

O currculo deve, constantemente, redimensionar os espaos e tempos escolares, revendo as concepes e as prticas pedaggicas. Nesse contexto, a formao permanente dos educadores indispensvel, na medida em que promove a cooperao entre os envolvidos no processo educativo e possibilita mudanas com base na prxis reflexiva, objetivando melhor qualidade para o processo de ensino aprendizagem. O currculo aqui, tambm entendido como um conjunto de experincias pedaggicas que precisam ser analisadas, reelaboradas e vivenciadas em sala de aula. Tais experincias so carregadas de sentido, com uma intencionalidade educativa capaz de indicar os caminhos, admitir mudanas, criar atalhos, alteraes significativas em busca da aprendizagem de todos os estudantes. Nessa perspectiva, a educao ultrapassa a mera reproduo, possibilitando a troca de experincias e a construo de aprendizagens significativas. Assim, o currculo est diretamente relacionado ao contexto scio-poltico-cultural, na medida em que construdo de forma dinmica e participativa por meio de uma abordagem interdisciplinar, objetivando a formao do cidado comprometido eticamente com a transformao da sociedade. A crena de que a construo de um projeto interdisciplinar resultado do dilogo entre as reas de conhecimento, no pode prescindir da reflexo de que esse dilogo , sobretudo um dilogo entre as pessoas. Assim, um currculo disciplinar na sua base j se constitui num limite, aspecto que desafia o corpo

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docente e coordenao pedaggica da Escola no encaminhamento de aes que promovam a integrao dos contedos a serem estudados. Isto pode ser viabilizado a partir de projetos de trabalho que faam sentido para os estudantes e contribuam para a sua melhor insero na sociedade. Considerando que o Projeto Poltico Pedaggico da Escola nico e integra o conjunto das concepes e prticas a serem desenvolvidas, Escola SESI Jos Carvalho ao construir a sua proposta curricular admite a necessidade de considerar as especificidades de cada etapa da Educao Bsica e articular uma etapa com a outra para que o processo formativo dos estudantes no sofra descontinuidade. De acordo com o artigo 22 da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional a Educao Bsica tem por finalidade, desenvolver o educando, assegurar-lhe a formao indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Esta finalidade deve ser assumida pelo Ensino Mdio de maneira precpua, uma vez que entre as expectativas previstas para esta etapa tem-se a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, que deve ser desenvolvida por um currculo, que considera a educao tecnolgica bsica, a compreenso do significado da cincia, das letras e das artes; o processo histrico de transformao da sociedade e da cultura; a lngua portuguesa como instrumento de comunicao, acesso ao conhecimento e exerccio da cidadania.

O currculo do Ensino Mdio desenvolvido no SESI prev a articulao desta etapa com a Educao Profissional. Esta articulao se d pedaggica e institucionalmente, uma vez que alm das relaes estabelecidas a partir do currculo tm-se as relaes estabelecidas entre a articulao dos profissionais da educao bsica do SESI, com os profissionais da educao profissional do SENAI. 18.Organizao dos Grupos Etrios

Os 160 alunos matriculados nesta escola em 2017, estaro distribudos em 04 turmas, no perodo matutino, conforme discriminao a seguir: Faixa etria: 14 a 17 anos

Turma TURNO QUANTIDADE

1A MATUTINO 40

1B MATUTINO 40

1C MATUTINO 40

1D MATUTINO 40

Total 160

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19. Princpios Norteadores da Ao Educativa

Socializar o conhecimento significa garanti-lo a todos, atravs de polticas que zelem pela incluso, isto tem diversas implicaes nas polticas educacionais e nas posturas dos educadores. A eles cabe estimular o desenvolvimento de uma maneira de pensar autnoma e transformadora por parte dos educandos. Para socializar o conhecimento numa perspectiva holstica importante valorizar a realidade dos estudantes como ponto de partida para trabalhar conhecimentos que expliquem essa realidade, e, ao mesmo tempo, o mundo. Como afirma Morim (2000, p. 55)

A complexidade humana no poderia ser compreendida dissociada dos elementos que a constituem: todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participaes comunitrias e do sentimento de pertencer espcie humana

A Escola, tendo em vista a realidade apresentada no Marco Situacional e o ideal de educao apresentado no Marco Doutrinal, assume o compromisso de contribuir para a construo de uma escola mais justa, fraterna e democrtica, onde a comunidade educativa participe do planejamento e da avaliao de suas propostas. Para concretizar a proposta de formao de cidados e profissionais conscientes, crticos e participativos na sociedade, a Escola organiza o seu fazer pedaggico atravs de contedos dinmicos, significativos e contextualizados. Conscientes da importncia do papel da Escola na formao da sociedade optam por uma educao que pressupe o crescimento histrico-scio-cultural do educando, para que seja capaz de construir novos conhecimentos, desenvolver a autonomia, buscar resolues de problemas, a exercer a cidadania, expressar-se e comunicar-se, tornando-se livre e respeitado. Frente ao exposto acima a comunidade escolar reafirma o seu compromisso, buscando: Ser desafiadora para desenvolver o esprito crtico, cientfico e participativo; Fortalecer os processos solidrios de convivncia e de trabalho, mediante

dinmicas participativas que promovam a integrao dos educandos, pais e educadores;

Aprimorar a prtica pedaggica, por meio de uma dinmica interdisciplinar no Ensino Mdio;

Valorizar a diversidade cultural, as tradies e formas prprias de expresso, resgatando a identidade do povo;

Comprometer-se com a busca de competncia profissional que vivencia o processo ao-reflexo-ao e na realimentao contnua de sua misso, dando maior sentido social e existencial ao seu trabalho;

Ter profissionais que priorizem a sua auto formao e as vivncias de valores tais como: dignidade humana, firmeza de carter, honestidade, senso tico e compromisso.

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Valorizar e realizar o planejamento participativo em todos os nveis, promovendo a capacidade de perceber os problemas e de encontrar para eles solues viveis.

Pretende-se, tambm, uma ressignificao curricular constante, no contexto da Educao Bsica e Profissional, compreendendo que [...] o currculo um conjunto de aprendizagens valorizadas socialmente e como uma construo permanente e inacabada, resultante da participao de todos, um espao integrado e dialtico, sensvel diferenciao e que, consequentemente no ignore a existncia de uma realidade que se constri na diversidade. (MORGADO, 2004, p. 117)

20. Concepo e Prtica da Avaliao Escolar A avaliao deve ser entendida como um processo contnuo da educao relacionada ao desenvolvimento do ensino e aprendizagem. preciso que a avaliao seja diagnstica, processual e mediadora, envolvendo toda a comunidade escolar. Nesta concepo:

Avaliar no apenas medir, mas, sobretudo sustentar o desempenho positivo dos alunos (...) no se avalia para estigmatizar, castigar, discriminar, mas para garantir o direito oportunidade. As dificuldades devem ser transformadas em desafios, os percalos em retomadas e revises, as insuficincias em alerta. (DEMO, 2000, p. 97).

O carter diagnstico da avaliao assume a funo de um processo abrangente, relacionado aprendizagem do educando e concomitantemente a organizao do ensino e as relaes que se estabelecem em sala de aula. A avaliao processual constitui-se na anlise e reflexo do programa de aprendizagem, das atividades curriculares, do desenvolvimento do educando, bem como da ao do professor. A ao avaliativa mediadora permite aos educandos expressar e discutir os saberes, realizar tarefas diversificadas que auxiliam no diagnstico das dificuldades e possveis descobertas de solues. Tais possibilidades de reflexo do processo ensino e aprendizagem utilizam os registros de avaliao como instrumento de acompanhamento dos alunos em seu processo de construo do conhecimento. Assim, a Escola prope a avaliao como instrumento para acompanhar a aprendizagem, permitindo ao professor diagnosticar o que o aluno aprendeu ou no, para aperfeioar as situaes de aprendizagem propostas. Nesse sentido, assegura-se que os processos de construo de conhecimento estabeleam relao com as caractersticas dos alunos e com a Educao Bsica e Profissional propostas pelo espao educativo. Em qualquer nvel de ensino, a avaliao no existe e no opera por si mesma, pois deve estar articulada a um projeto ou um conceito terico, assim determinada pelas concepes que fundamentam a proposta de ensino.

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A avaliao escolar um meio e no um fim em si mesma; est delimitada por uma determinada teoria e por uma determinada prtica pedaggica. Ela no ocorre num vazio conceitual, mas est dimensionada por um modelo terico de sociedade, de homem, de educao e, consequentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na prtica pedaggica. (CALDEIRA, 2000. p. 122).

A avaliao do processo de ensino e de aprendizagem no uma atividade neutra, pois necessrio compreender que h uma poltica e uma epistemologia que do suporte a esse processo de ensinar e de aprender que acontece na prtica pedaggica na qual a avaliao se inscreve. Esta uma atividade intencional e planejada. O professor como avaliador desse processo, interpreta e atribui sentido e significado avaliao escolar. Produz conhecimentos e representaes sobre a avaliao e seu papel de avaliador, baseado em suas prprias concepes, vivncias e conhecimentos. Assim, Sordi (2001) afirma que uma avaliao espelha um juzo de valor, uma dada concepo de mundo e de educao, e [...] revela quem o educador quando interpreta os eventos da cena pedaggica. (p.173). indispensvel, tambm, que, sistematicamente, a escola promova a avaliao dos processos tanto no mbito institucional quanto educacional. Assim, vlido salientar a importncia do compromisso coletivo de todos os segmentos da escola com o objetivo de promover aes que venham contribuir com a aprendizagem do aluno, com o currculo e com a prtica pedaggica docente. A avaliao educacional est relacionada ao cumprimento das finalidades da escola. Compreende a anlise quantitativa e qualitativa dos processos pedaggicos, dos cursos oferecidos, das condies disponveis, relacionando-os s demandas educacionais. Essa avaliao est associada aos processos e aes da escola, indagando s prticas correspondentes escola, ao currculo, gesto proposta. Por isso, todos sero envolvidos, mediante estratgias adequadas a cada situao e a cada momento. Portanto, nas salas de aula e at nas prticas mais rotineiras, a avaliao dever estar presente, de modo que seja um processo contnuo, reflexivo, individualizado e coletivo, mltiplo e participativo, com o objetivo de promover as mudanas necessrias ao alcance das metas e dos propsitos Escola SESI Jos Carvalho. 20.1. Da Avaliao Institucional

Na avaliao institucional busca-se obter dados quantitativos e qualitativos para realizao de anlises que permitam a tomada de decises acerca do desenvolvimento da instituio. Essa avaliao deve abranger a todos os envolvidos nos processos da Escola SESI Jos Carvalho. Essa prtica de avaliao servir para orientar a gesto tcnica e administrativa, visando garantia da democracia e da transparncia da gesto escolar. A Avaliao Institucional tem como objetivo o exerccio da reflexo, considerando a Misso e os Valores do SESI e as reais aspiraes e

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necessidades da comunidade que atende intervindo qualitativamente no desenvolvimento do processo pedaggico, da gesto e nas relaes em todas as dimenses da escola. 20.2. Da Avaliao do Processo Ensino Aprendizagem

A avaliao do processo ensino e aprendizagem esto relacionadas ao processo de construo do conhecimento, pelo qual possvel redimensionar o planejamento e a prtica pedaggica com o objetivo de elevar a qualidade da educao proposta. Nesse sentido, os critrios de avaliao devem ser discutidos, tambm, com os estudantes oportunizando a reflexo e propondo novas intervenes. Assim, atravs da avaliao que a Escola percebe a necessidade de mudana da prtica pedaggica, visto que a avaliao uma das dimenses do processo ensino e aprendizagem que contribui na localizao dos problemas e, consequentemente, na elevao da qualidade da aprendizagem. Contudo, a avaliao por si s, no transforma a qualidade da aprendizagem, essencial que o professor utilize diferentes estratgias como forma de retomar os contedos, a fim de oportunizar a aprendizagem dos estudantes antes de propor novas estratgias de avaliao. Uma avaliao que tenha clareza no estabelecimento dos seus critrios favorece a transformao das prticas de ensino, abrindo mais espao pesquisa, aos projetos, construo, expresso, criao, ao pensar e ao aprender a aprender. De acordo com o Regimento da Escola a avaliao tem por objetivos: Diagnosticar a situao de aprendizagem do educando para estabelecer os

objetivos que nortearo o planejamento da ao pedaggica. Verificar os a