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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Secretaria de Educação a Distância Programa Universidade a Distância Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a Distância

Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

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Page 1: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Secretaria de Educação a Distância

Programa Universidade a Distância

Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências

Biológicas a Distância

Page 2: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

1. Dados de Identificação do Proponente

Proponente: Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UF: Rio Grande do Norte

Razão Social: Autarquia Federal

CNPJ/MF: 24.365.710/0001-83

Endereço: Campus Universitário - BR 101 – Natal – Rio Grande do Norte

Telefone: (84) 3215-3119

E-mail: [email protected]

DESCRIÇÃO DO PROJETO

1 - Denominação do curso ofertado

Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a Distância,

2 - Público Alvo

2.1 – Definição: o processo seletivo estará aberto a todos os que concluíram o ensino

médio.

2.2 - processo de seleção dos alunos: O processo de seleção acontecerá por meio de

vestibular simplificado, classificatório, com ponto de corte diferente de zero. As provas

objetivas serão de geografia, história, português/literatura, biologia, química,

matemática e de língua estrangeira, além de uma redação.

3 - Justificativa

A carência de professores licenciados em áreas específicas, sobretudo nas Ciências é um

dado por demais conhecido e comprovado na região Nordeste do Brasil. Segundo dados

do INEP, baseados no Censo Escolar de 2003, ainda é possível encontrar professores

lecionando no Ensino Médio e dispondo apenas de formação no nível fundamental. Na

região Nordeste Oriental, a situação se apresenta como no gráfico abaixo:

Page 3: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

874

2.056 2.062

743

0

1.000

2.000

3.000

RN PB PE AL

Número de professores do ensino médio com formação de nível fundamental

Os gráficos a seguir mostram, para a mesma região, a distribuição de professores de

Ensino Médio, com formação de Ensino Médio e com formação superior, mas sem

licenciatura:

22.834 29.620

50.167

24.262

0

20.000

40.000

60.000

RN PB PE AL

Número de professores do ensino médio com formação de ensino médio

23.68433.148

74.116

14.367

0

20.000

40.000

60.000

80.000

RN PB PE AL

Número de professores do ensino médio, com formação superior, mas sem licenciatura

O estado do Rio Grande do Norte tem uma população de quase 3 milhões de habitantes,

sendo que destes, mais de 2.700.000 estão no meio urbano, logo, potencialmente com

acesso a espaços escolares.

Dos 46.959 docentes, 37.142 estão em escolas públicas, estaduais ou municipais (dados

da SEC/RN). Segundo dados do INEP, baseados no Censo Escolar de 2002, o estado

Page 4: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

possui cerca de 9.000 professores com formação superior, mas sem licenciatura,

lecionando no Ensino Médio e/ou nas últimas séries do Ensino Fundamental. Possui,

ainda, quase 5.000 professores lecionando nessas mesmas séries, sem nenhuma

formação superior, sendo que destes, 42 possuem apenas a formação fundamental.

Nas áreas das Ciências e Matemática a questão mais séria é a atuação de professores

sem a formação específica na área. Apesar de graduados, os professores que estão em

salas de aulas lecionando essas matérias possuem formação bastante diversa, como

mostra o gráfico abaixo.

0

50

100

150

200

250

300

350

Matematica Quimica Fisica Biologia

Distribuição dos professores da rede estadual de ensino do RN que atuam na área das Ciências e Matemática

Formação na área

Formação em outras áreas

O gráfico abaixo mostra a diversidade dessa formação na área específica das Ciências

Biológicas. Como pode ser observado, inclui até professores sem formação superior.

Distribuição de professores da rede pública do RN por área de formação, lecionando Biologia

BiologiaExatasTecnologicaHumanasSaúdeSoc. Aplic.Ensino médio

Esses dados sinalizam para a necessidade de uma resposta das instituições públicas de

ensino superior da região, organizadas em consórcios, envidarem esforços no sentido de

reverter esse quadro de modo rápido, efetivo e com qualidade. Foi, pois, essa realidade

Page 5: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

que indicou a direção a ser tomada, no sentido de realizar cursos a distância, em áreas

de licenciatura que formem e qualifiquem professores, que não possuam tal titulação.

A justificativa da presente proposta se apóia, por um lado, na forte tradição da UFRN na

formação de professores na área das ciências, por outro, nos grupos já formados que dão

sustentação às pós-graduações na área. Além disso, vale ressaltar a presença da

Universidade em todo o interior do estado através de cursos presenciais, via PROBÁSICA

– Programa de Formação Básica para Professores da Rede Pública de Ensino.

4 – Duração

O curso terá duração de quatro anos, sendo as atividades acadêmicas distribuídas por

oito semestres letivos, conforme descrito no projeto pedagógico do curso.

5 – Descrição das equipes multidisciplinares

5.1 – Equipe de Professores - Planilha em anexo (Anexo 1)

5.2 - Equipe acadêmica responsável pela execução do curso

A equipe acadêmica central será composta por:

a) Coordenador do curso, com formação acadêmica na área de ciências biológicas e

pertencente ao quadro de professores da UFRN;

b) Professores regentes, com formação acadêmica na área de ciências biológicas e

pertencentes ao quadro de professores da UFRN, que atenderão aos tutores sobre

questões específicas da sua disciplina.

c) Tutores a distância, com formação acadêmica na área de ciências biológicas e

alunos de programas de pós-graduação da UFRN, que atenderão tutores

presenciais sobre questões específicas das disciplinas

d) Tutores presenciais, com graduação em Biologia ou áreas afins e experiência de

ensino, que atenderão aos alunos, orientando seus estudos, motivando-os e

estimulando-os. Esses tutores serão capacitados em tutoria para educação a

distância, através de curso oferecido pela UFRN;

e) Assessora pedagógica, professora da UFRN e doutora em Educação e Ensino de

Ciências.

5.3 - Definir a concepção de tutoria e tutor, incluindo tutoria presencial e a distância

Page 6: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

A concepção de tutoria presencial aqui proposta, baseia-se num modelo generalista que

dará acompanhamento ao aluno durante todo o processo de formação. O tutor presencial

é responsável pelo sistema de mediação entre o aluno, o material didático e o professor

regente, na busca de uma comunicação cada vez mais ativa e personalizada,

respeitando-se a autonomia da aprendizagem.

Assim, o sistema de tutoria funciona no sentido de assistir o aluno, orientando, dirigindo

e supervisionando o processo de ensino-aprendizagem, em uma proporção de 30 alunos

para cada tutor presencial. Portanto, o tutor deve possuir as qualidades, capacidades e

aptidões necessárias a esse fim, participando das diferentes etapas de atividades com as

seguintes aptidões:

a) Planejamento do Curso: conhecer e discutir com o professor-autor os conteúdos

do material didático a ser utilizado, além do sistema de acompanhamento e

avaliação dos alunos. Também terá uma formação específica em EaD para

conhecer o sistema de tutoria que irá exercer, suas funções e responsabilidades.

b) Desenvolvimento do Curso: será um estimulador e orientador do processo

pedagógico. Ele dará suporte cognitivo, afetivo e de motivação necessários para

o aluno superar os problemas encontrados na adaptação a essa modalidade de

ensino. Também deve informar ao professor-autor sobre a necessidade de textos

complementares de apoio, não constantes no material didático, quando observar

dificuldades de aprendizagem.

c) Avaliação do Curso: participará do processo de avaliação do curso a partir da sua

observação e manifestação quanto ao material didático, participação do professor-

autor, método de avaliação e infra-estrutura de suporte ao processo de

aprendizagem. Em síntese, terá uma atuação dinâmica e essencial no processo de

formação do aluno.

O tutor a distância será o responsável por dar suporte ao tutor presencial e aos alunos

nas questões específicas do conhecimento da área. Ele estará em contato direto e sob

supervisão do professor regente da disciplina que o orientará quando necessário. A

tutoria a distância funcionará na proporção de 30 alunos para cada tutor.

5.4 - Requisitos para ocupação das funções de tutor

Page 7: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

A tutoria será desempenhada por profissionais que demonstrem não só

conhecimento do conteúdo da área, mas também competência para trabalhar com

grupos, orientar e estimular estudos. Será não somente um professor, mas, sobretudo,

um animador. Espera-se selecioná-los entre professores da rede de ensino, alunos das

pós-graduações ou outros profissionais de nível superior que apresentem os requisitos

citados. O processo seletivo compreende análise do curriculum vitae e uma entrevista.

Os tutores presenciais serão selecionados obedecendo aos seguintes requisitos:

a) residirem no município do pólo ou em municípios vizinhos;

b) terem experiência docente na área do curso;

c) terem conhecimentos básicos de informática e internet;

d) apresentarem boa comunicação inter-pessoal e capacidade de acolhimento.

e) Os tutores a distância serão selecionados entre alunos dos programas de pós-

graduação da área da Biologia da UFRN ou profissionais graduados e/ou pós-

graduados. Eles não necessitarão residir no município do pólo, mas exige-se os

demais requisitos dos tutores presenciais.

6 - Projeto pedagógico do curso

6.1 - fundamentação e objetivos: referencial teórico, perfil do profissional que se deseja

formar, competências, atitudes e valores a desenvolver.

6.1.1 - Referencial teórico

Partimos do pressuposto de que conceber um curso de graduação a distância é

essencialmente diferente de concebê-lo em sua modalidade presencial. A educação a

distância tem características próprias que a faz particular e distinta, tanto no seu enfoque

quanto nos seus objetivos, meios, métodos e estratégias.

Em princípio, é importante destacar a definição de educação a distância que vai ser

utilizada aqui: “A educação a distância se baseia em um diálogo didático mediado entre o

professor (instituição) e o estudante que, localizado em espaço diferente

daquele, aprende de forma independente (cooperativa)” (GARCIA ARETIO, L. p. 41).

Nessa definição, o autor resume o que considera características principais dessa

modalidade de ensino:

Page 8: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

a) a quase permanente separação do professor e aluno no espaço e no tempo,

salvaguardando-se que nesta última variável pode produzir-se também interação

síncrona;

b) o estudo independente no qual o aluno controla o tempo, espaço, determinados

ritmos de estudo e, em alguns casos, itinerários, atividades, tempo de avaliação,

etc. Aspectos que podem complementar-se – ainda que não necessariamente –

com as possibilidades de interação em encontros presenciais ou eletrônicos que

fornecem oportunidades para a socialização e a aprendizagem colaborativa;

c) a comunicação mediada de via dupla entre professor e estudante e, em alguns

casos, destes entre si através de diferentes recursos;

d) o suporte de uma instituição que planeja, projeta, produz materiais, avalia e

realiza o seguimento e motivação do processo de aprendizagem através da

tutoria”. (GARCIA ARETIO, 2001, p. 40).

Assim, por suas características, a educação a distância supõe um tipo de ensino em que

o foco está no aluno e não na turma. Esse aluno deve ser considerado como um sujeito

do seu aprendizado, desenvolvendo autonomia e independência em relação ao professor,

que o orienta no sentido do “aprender a aprender e aprender a fazer”.

A separação física entre os sujeitos faz ressaltar a importância dos meios de

aprendizagem. Os materiais didáticos devem ser pensados e produzidos dentro das

especificidades da educação a distância e da realidade do aluno para o qual o material

está sendo elaborado. Da mesma maneira, os meios nos quais esses materiais serão

disponibilizados. Entende-se que a realidade do nordeste brasileiro ainda vai comportar

principalmente material impresso, áudio e vídeo. No entanto, não se pode deixar de ter

em conta o avanço dos meios informáticos e digitais, sobretudo, como uma tecnologia

que facilita em grande medida a comunicação, a troca e a aquisição de informação. É

nesse sentido que, mesmo investindo preferencialmente em materiais impressos, não se

pode abrir mão de projetar também a elaboração de materiais para web, ou a utilização

de mídias digitais, como o CD-ROM.

Apesar da característica de estudo autônomo da EaD, as teorias de aprendizagem

apontam para a eficácia da construção coletiva do conhecimento, da necessidade do

grupo social como referência para o aprender. Um dos grandes desafios aqui é tornar

viável o coletivo em que a marca é o individual.

As tendências mais recentes em EaD vêm apontando para a necessidade do estudo

colaborativo e/ou cooperativo como forma de dar resposta à concepção e aprendizagem

Page 9: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

apontada acima. Experiências com ensino online, utilizando a metodologia dialógica

freiriana, vêm mostrar que isso é possível (AMARAL, V.L. 2002). Nesse sentido, o uso

das tecnologias de informação e comunicação vem desempenhando papel fundamental,

mas, nos espaços onde não é ainda possível usá-las, há que se propor alternativas

dentro dos modelos tradicionais de tutoria e material impresso.

A presença e a disponibilidade do tutor/orientador têm sido importantes não somente

como elemento motivador, mas também, e por isso mesmo, como estratégia de

diminuição da evasão. Um papel que a tutoria vem sendo chamada a desempenhar é o

de espaço de articulação e suporte ao estudo cooperativo, de modo a garantir a

construção coletiva do conhecimento.

É nesse sentido que o presente projeto pedagógico está sendo proposto: um curso de

graduação a distância, utilizando prioritariamente materiais impressos, suportado por um

sistema pedagógico e de tutoria que articule, organize e estimule o trabalho grupal,

cooperativo, mais do que o individual. Isso, sem abrir mão de uma das características

mais básicas da EaD, que é a autonomia do aluno e sua liberdade em aprender.

6.1.2 - Objetivo

Formar professores para a Educação Básica, com ênfase na formação para as

últimas séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

6.1.3 - Perfil do profissional que se deseja formar

Baseando-se nas propostas de diretrizes curriculares para as licenciaturas em Ciências

Biológicas, propõe-se que o profissional oriundo deste curso de graduação deverá

apresentar um sólido conhecimento dos conteúdos das ciências Biológicas, além de um

perfil que o capacite a ser:

a) generalista, crítico, ético e cidadão com espírito de solidariedade;

b) detentor de adequada fundamentação teórica, como base para uma ação

competente, que inclua o conhecimento:

• da diversidade dos seres vivos, bem como de sua organização e

funcionamento em diferentes níveis, suas relações filogenéticas e

Page 10: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

evolutivas e de suas respectivas distribuições e relações com o meio em

que vivem;

• de noções básicas sobre saúde e doença;

• capaz de orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos;

• comprometido com o sucesso da aprendizagem dos alunos;

• consciente e capaz de lidar com a diversidade existente entre os alunos;

• consciente da necessidade de atuar com qualidade e responsabilidade em

seu papel de educador em prol da preservação da biodiversidade, do meio

ambiente e da saúde, comprometido com a formação de cidadãos

conscientes e transformadores da realidade presente, na busca de

melhoria da qualidade de vida;

• apto a incentivar atividades de enriquecimento cultural;

• comprometido com o desenvolvimento de práticas investigativas;

• capaz de elaborar e executar projetos para desenvolver conteúdos

curriculares;

• apto a utilizar novas metodologias, estratégias e materiais de apoio em

prol da melhoria da qualidade de ensino;

• apto a atuar multi e interdisciplinarmente, de modo a desenvolver hábitos

de colaboração e trabalho em equipe;

• Empenhado na ampliação e atualização contínua do seu conhecimento.

Competências e Habilidades

O profissional formado deverá, quanto às suas competências e habilidades:

a) pautar-se por princípios da ética democrática: responsabilidade social e

ambiental, dignidade humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo,

participação, diálogo e solidariedade;

b) reconhecer formas de discriminação racial, social, gênero e outras, posicionando-

se diante delas de forma crítica, com respaldo em pressupostos epistemológicos

coerentes e na bibliografia de referência;

c) atuar no ensino de Ciências e Biologia nos níveis fundamental e médio,

comprometendo-se com o papel social da escola na formação de cidadãos;

d) entender o processo histórico de produção do conhecimento das ciências

biológicas referente a conceitos, princípios e teorias;

Page 11: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

e) dominar os conteúdos referentes às ciências biológicas, de modo que seus

significados possam ser trabalhados em diferentes contextos e permitam

despertar a curiosidade investigativa no aluno;

f) dominar o conhecimento pedagógico e aplicá-lo no seu exercício profissional;

g) estabelecer relações entre ciência, tecnologia e sociedade;

h) aplicar a metodologia científica para o desenvolvimento de processos de

investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica em

diferentes contextos;

i) utilizar os conhecimentos das ciências biológicas para formar cidadãos

comprometidos e transformadores do contexto sócio-político;

j) orientar escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos alinhados

com a democracia, com o respeito à diversidade étnica e cultural, às culturas

autóctones e à biodiversidade;

k) interagir com docentes de outras disciplinas, de modo a atuar de forma

interdisciplinar;

l) comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo uma

postura de flexibilidade e disponibilidade para mudanças contínuas, esclarecido

quanto às opções sindicais e corporativas inerentes ao exercício profissional.

6.2 - organização curricular

A concepção do currículo deste curso parte de alguns pressupostos básicos, que vão

nortear a organização e o desenvolvimento dos conteúdos. O princípio fundamental é a

maneira como se concebe a aprendizagem: ela é mais efetiva quando é significativa para

o aluno, quando se alicerça nas relações dialógicas e quando se constitui em uma

construção coletiva que considera as diferenças de desenvolvimento e as diversidades

culturais e sociais.

Assim, pensar a formação de professores que devam atuar em uma situação de

aprendizagem com essas características, é pensar que esta formação deve

necessariamente superar a dualidade teoria-prática, de modo a possibilitar situações em

que o professor reflita coletivamente sobre sua prática pedagógica, não apenas a partir

das teorias já existentes, mas produzindo novas teorias; tome conhecimento e analise

materiais didáticos disponíveis; esteja integrado nas discussões recentes acerca de

educação; conheça e analise metodologias de ensino inovadoras e assuma plenamente

seu papel de agente produtor de conhecimentos.

Page 12: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Tais pressupostos realçam a necessidade da construção de um currículo a partir de tema

gerador, como apontava Paulo Freire. O autor, aprofundando a idéia de diálogo e de

palavra geradora, que já usara ao tratar especificamente da questão da alfabetização de

adultos, propõe uma nova forma de conceber e criar programas educacionais pela

utilização de temas geradores, como forma de "devolver ao povo os elementos que

forneceram aos educadores-educandos de forma organizada, sistematizada e

acrescentada”. Mesmo falando, na época, de ensino para camponeses e operários, fora

do sistema educacional formal, propõe que esse ensino deveria se basear em programas,

estruturados antes do início das atividades de estudo sistemático.

O que essa proposta traz de novo é introduzir a dialogicidade na elaboração dos

programas. O último item do capítulo três da “Pedagogia do Oprimido”, aborda "a

significação conscientizadora da investigação dos temas geradores e os vários momentos

da investigação", onde o autor reflete sobre a sua experiência pessoal e de outros

colegas na elaboração de programas a partir de temas geradores e indica as principais

etapas e dificuldades do processo. Propõe uma sofisticada interação entre uma equipe

interdisciplinar e a população participante do processo ensino-aprendizagem, na busca de

situações que possam ser significativas e na definição dos tópicos de interesse, sua

seqüência e sua articulação.

Posteriormente a Paulo Freire e baseando-se em suas idéias, alguns projetos foram

realizados a partir de temas geradores em escolas, dentro do sistema regular de

educação. Dois deles subsidiaram diretamente a proposta que foi desenvolvida na

Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP): uma ocorrida na Guiné-Bissau

e outra no Rio Grande do Norte. Ambos, reflexões sobre práticas, tentam, sem alterar os

princípios propostos por Paulo Freire, redimensioná-los para uma prática escolar.

A proposta desenvolvida na SME-SP, entre 1989 e 1992, sob o título de “Projeto de

Interdisciplinaridade via Tema Gerador”, desencadeou projetos similares em várias

secretarias municipais, tais como Porto Alegre/RS, Belém/PA, Chapecó/SC, Angra dos

Reis/RJ, e também da Secretaria Estadual de Educação do RS (1998-2002). A

fundamentação epistemológica e pedagógica para esta proposta foi bem desenvolvida

por Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002).

Uma outra característica da organização curricular nesta proposta é a integração de

conteúdo com as outras licenciaturas em Ciências (Matemática, Química e Física) que

estão em andamento. Entende-se que várias disciplinas dos primeiros semestres do

curso podem ser as mesmas para as licenciaturas da área, uma vez que as respostas às

Page 13: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

perguntas geradoras implicam em um conhecimento mais amplo e interdisciplinar. Além

de conduzir a uma compreensão mais abrangente do fenômeno por parte do aluno, há

uma integração do corpo docente, que passa a se envolver com todas as licenciaturas.

A estrutura curricular, então, propõe nos quatro primeiros semestres do curso, matérias

comuns às quatro licenciaturas garantindo a interdisciplinaridade. A partir do quinto

semestre o currículo se orienta para os conteúdos específicos da área.

O Tema Gerador

A escolha de um tema gerador que organize os conteúdos curriculares deve partir do

estudo da realidade para a qual o curso se destina, fruto da “fala do educando”, como

dizia Freire. Ele é extraído da problematização da prática de vida dos alunos e é, a partir

daí, recriado, re-significado, no confronto com os conhecimentos aportados pela Ciência.

Assim, o tema gerador aborda as questões tal qual foram explicitadas na fala dos alunos;

são questões que os inquietam e para as quais as respostas de senso comum já não

satisfazem. Elas podem ser, em sua formulação original, questões ingênuas, mas que ao

longo do processo e com os aportes dos novos conhecimentos, vão se sofisticando de

modo que ao final elas possam se apresentar com um saber construído em um patamar

que supera a insatisfação do saber do senso comum.

O Curso de Graduação (Licenciatura) em Ciências Biológicas a Distância se destina

prioritariamente a alunos residentes no estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de um

estado pobre, inserido em uma região pobre do país, que padece de problemas sociais

graves como fome, desemprego, migração. Esta situação tem como um dos seus

determinantes a falta de chuvas regulares, gerando o fenômeno da seca, eterno e

aparentemente insolúvel problema do nordeste brasileiro.

A seca e a falta de um manejo adequado dos recursos hídricos são costumeiramente

apontadas pela população como uma das causas das mazelas sociais que atingem a

região. Faz parte do discurso e da compreensão da sua própria situação, entender que

ocorre fome porque o que se planta não “vinga” por falta de água. Assim, em uma região

tradicionalmente agrícola, não ter como sobreviver da agricultura significa não ter outra

fonte de renda. O resultado natural é a migração para os espaços urbanos: a seca agindo

como fator de expulsão e as oportunidades dos grandes centros, como fator de atração.

É nesta realidade que os futuros professores, graduados por este curso, irão atuar.

Page 14: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Seca e água foi, então, o tema gerador escolhido para nortear os conteúdos deste

currículo. Seca, por ser o tema local apontado como gerador de problemas de vida;

água, como uma questão mais global, que avança na questão específica da seca. As

respostas às questões problematizadas serão buscadas nos conteúdos específicos da

área.

Como a proposta é, fundamentalmente, multidisciplinar, tal aporte foi possível porque,

além de tratar-se aqui de um projeto para um Curso de Ciências Biológicas, o mesmo faz

parte de um projeto maior, que abrange também as licenciaturas de matemática, física e

química.

Assim, a escolha das disciplinas seguiu dois eixos norteadores: por um lado, a apreciação

das questões surgidas a partir do tema gerador; por outro, as indicações explicitadas nas

diretrizes curriculares do MEC.

A contextualização a partir do tema gerador será mais bem explicitada através dos

materiais didáticos, onde se buscará fortemente centrar os temas na realidade do aluno,

buscando o seu conhecimento prévio, fazendo-o refletir sobre esse conhecimento e o

conhecimento científico.

A Organização da Estrutura Curricular

Para garantir a multidisciplinaridade e a integração dos conhecimentos, os dois primeiros

semestres do Curso contemplam, na quase totalidade, as mesmas disciplinas já em curso

para as licenciaturas de Matemática, Química e Física. Já no terceiro semestre o curso

começa a abordar os conteúdos específicos da área do conhecimento. No entanto, a

integração dos conhecimentos será mantida através principalmente de dois tipos de

eventos: as atividades de formação que se desenrolarão ao longo do curso e o Seminário

de Final de Curso, onde todos os alunos apresentarão o resultado de seus trabalhos

práticos e de investigação, os quais deverão ter como principio norteador a

multidisciplinaridade.

Elegeu-se o primeiro semestre como aquele que fará o aluno refletir sobre sua realidade.

A disciplina Ciências da Natureza e Realidade, como pode ser visto em sua ementa,

propõe atividades eminentemente práticas, de levantamento de dados e informações

sobre a realidade local do aluno, buscando compreender os problemas ambientais

acarretados pela seca. Do mesmo modo, a disciplina “Educação e Realidade” propõe uma

Page 15: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

aproximação concreta com a realidade social e cultural, visando compreender os conflitos

ambientais. Ressalte-se que o termo “conflito” aparece aqui com o seu significado

sociológico, de problemas que são percebidos como tal pela população.

A partir desta problematização inicial, a estrutura curricular se desdobra em disciplinas

que se propõem a responder as questões, para além dos entendimentos de senso

comum. Fará parte de todas as disciplinas, perpassando todo o currículo, um conjunto de

habilidades, competências e conteúdos que são fundamentais, tais como: capacidade de

leitura e interpretação de textos, gráficos, imagens e planos espaciais; escalas, ordem de

grandeza, medidas e instrumentação, história e filosofia, novas interpretações da

Ciência.

A Instrumentação de Ensino deverá capacitar o aluno à leitura crítica de livros e textos

científicos, o desenvolvimento de materiais instrucionais, teóricos e experimentais,

próprios para o ensino fundamental e médio habilitando-o a transpor o seu aprendizado

para sala de aula.

As atividades de Estágio serão encaminhadas como práticas de sala de aula, iniciando-se

com o conhecimento da realidade escolar local, planejamento da disciplina a ser

ministrada e concluindo, no último semestre, com a apresentação de uma monografia em

um Seminário que reunirá presencialmente todos os alunos do curso, como referido

anteriormente.

Além das atividades curriculares regulares, estão previstas 200 horas de atividades

chamadas “de formação”, atividades de caráter científico-cultural que visam fornecer ao

aluno uma maior inserção no meio acadêmico, onde compartilhará seus conhecimentos

com os colegas e professores. Elas serão distribuídas ao longo dos 8 semestres e

computadas, desde que comprovadas oficialmente de acordo com o quadro a seguir:

ATIVIDADE DE FORMAÇÃO DO ALUNO

1. Capacitação dos alunos no uso das TICs

2. Colaboração em feira de ciências

3. Apresentação de Seminários

4. Participação em mini-cursos

5. Apresentação de trabalhos em Congressos

6. Desenvolvimento de projeto de Extensão Universitária

7. Desenvolvimento de projeto de ensino de Biologia

Page 16: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

8. Publicação de artigo em periódicos indexados

9. Publicação de artigos em revistas ou jornais de divulgação local ou regional

10. Monitoria

11. Trabalho de campo de pesquisa

12. Cursar disciplinas não obrigatórias das matrizes curriculares dos Cursos de

EaD

13. Atividades culturais

14. Outras atividades

A atribuição de valores correspondente às atividades de formação do aluno estará

associada ao nível de dificuldade da atividade desenvolvida. Para integralizar as duzentas

horas, o aluno deverá executar pelo menos cinco diferentes atividades das descritas no

quadro acima. A atribuição da carga horária a ser computada por atividade ficará a cargo

do Colegiado do Curso de Educação a Distância.

Estrutura Curricular

1º Semestre

Disciplinas CHT T P E

Ciências da Natureza e Realidade 60 30 30

Matemática e Realidade 60 30 30

Educação e Realidade 60 45 15

Informática e Educação 90 45 45

História da Biologia 60 60

TOTAL 330 210 120

2º Semestre

Disciplinas CHT T P E

Física e Meio Ambiente 60 60

Arquitetura Atômica 60 60

Pré-Cálculo 60 60

Fundamentos da Educação 60 60

Biodiversidade 60 60

TOTAL 300 300

3º Semestre

Disciplinas CHT T P E

Page 17: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Diversidade Química do Ambiente 60 60

Organização e Diferenciação Celular 90 75 15

Nutrição Animal e Vegetal 60 45 15

Metabolismo da Vida Microscópica 60 45 15

Psicologia da Educação 60 60

TOTAL 330 285 45

4º Semestre

Disciplinas CHT T P E

Reprodução da Vida 75 75

Reprodução Humana 60 60

Bioestatística 60 60

Didática 60 60

Instrumentação para o Ensino de Biologia I 60 60

TOTAL 315 255 60

5º Semestre

Disciplina CHT T P E

Coordenação da Vida 90 90

Percepção e Sensibilidade nos Seres Vivos 60 60

Saúde, proteção e doença 60 60

Instrumentação para o Ensino de Biologia II 60 60

Estágio (prática de ensino) I 100 100

TOTAL 370 210 60 100

6º Semestre

Disciplina CHT T P E

Variação e Herança 90 90

Biotecnologia 60 60

A vida no Tempo e no Espaço 60 60

Instrumentação para o Ensino de Biologia III 60 60

Estágio (prática de ensino) II 100 100

TOTAL 370 210 60 100

7º Semestre

Disciplinas CHT T P E

Page 18: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Evolução da Vida 60 60

A Vida no Ambiente 90 90

Astronomia 60 60

Instrumentação para o Ensino de Biologia IV 60 60

Estágio (prática de ensino) III 100 100

TOTAL 370 210 60 100

8º Semestre

Disciplinas CHT T P E

Alterações Ambientais 90 90

Conservação da Vida 75 75

Educação Ambiental 90 60 30

Instrumentação para o Ensino de Biologia V 60 60

Estágio (prática de ensino) IV 100 100

TOTAL 415 225 90 100

Distribuição de Carga Horária

Atividades Carga horária

Conteúdos Curriculares 1905

Prática 495

Estágio 400

Atividades de Formação 200

TOTAL 3.000

Ementas e Referências

Primeiro Semestre

Ciências da Natureza e Realidade

A ciência e seus métodos. O universo e o sistema solar. Biosfera. Levantamento da

realidade local: caracterização do solo, clima, hidrografia da região Nordeste, fauna e

flora. Ação antrópica no meio ambiente. Identificação de problemas ambientais.

Page 19: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípio de química. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BAIRD, C. Química ambiental. Ed. 2. São Paulo: Bookman, 2002.

HEWITT, P. G. Física conceitual. Porto Alegre: Bookman, 2004.

Matemática e Realidade

Proporção e porcentagem. A importância do método estatístico na pesquisa científica e

na construção do conhecimento. Natureza dos dados estatísticos. População e amostra.

Tipos de séries estatísticas. Apresentação tabular e gráfica das séries estatísticas.

Distribuição de freqüência: tabelas e gráficos. Diagrama de ramo-e-folhas. Medidas de

tendência central. Medidas de dispersão. Relação entre as medidas de tendência central

e de dispersão e a forma da distribuição. Juros simples e compostos. Empréstimos.

Depreciação. Inflação. Correção monetária.

DA SILVA, Benedito Albuquerque. Contabilidade e Meio Ambiente. Editora Anna

Blume/ FAPESP. São Paulo, 2003.

MORGADO, Augusto César et alli. Progressões e Matemática Financeira. SOLGRAF

Publicações Ltda. 4ª. Edição. Rio de Janeiro, 2001.

NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas aplicações. Editora Atlas S. A.

7ª. Edição. São Paulo, 2002.

Educação e Realidade

Levantamento da realidade local: caracterização da população e sua origem, formas de

organização do trabalho, instituições e organizações sociais, hábitos e costumes, espaços

de sociabilidade. Representações sociais sobre clima, chegando a uma primeira

identificação de conflitos ambientais. A Educação como realidade social e como uma das

formas de transformação social.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

MINGUET, P. A. A construção do conhecimento na educação. Porto Alegre: ARTMED,

2001.

Informática e Educação

O papel das tecnologias na Educação. O uso dos mecanismos de busca na Web e dos

softwares de comunicação. O uso da plataforma de aprendizagem “Teleduc”.

LITWIN, E. Tecnologia educacional: políticas, história e propostas. Porto Alegre: ARTMED,

1997.

Page 20: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

VALENTE, J. A. (org.). Formação de professores para o uso da informática na

escola. Campinas: NIED, 2003.

História da Biologia

Avanços da Biologia ao longo do seu desenvolvimento como ciência. Problemas e

métodos da história da ciência. O pensamento antigo: história natural, técnica e

medicina. As bases da tradição biológica moderna (anatomia e fisiologia). Microscópios e

teoria celular. O surgimento do mundo “natural” e os dilemas históricos da taxonomia.

Teoria das doenças. As teorias da evolução. Da genética mendeliana ao Projeto Genoma.

Ecologia e bioética. Aspectos da história da biologia no Brasil.

THÉODORIDÈS, J. História da Biologia. Trad. Joaquim C. da Rosa. Lisboa: Edições 70,

1984.

TIEZZI, Enzo. Tempos históricos, tempos biológicos: a Terra ou a morte: os

problemas da nova ecologia. São Paulo, Nobel: 1988.

Thomas, K. O homem e o mundo natural. Ed. Companhia das Letras.

Segundo Semestre

Física e Meio Ambiente

Introdução: física e mensuração. Movimentos e conceitos da mecânica. Relatividade.

Temperatura, calor e termodinâmica. Ondas, som e audição. Eletricidade e magnetismo.

Ondas, luz e visão. Meio ambiente e física moderna. Aplicações tecnológicas

contemporâneas. Relatório de pesquisa como extensão de tema selecionado. Todos os

temas são desenvolvidos apoiados em vieses ambientais, preferencialmente regionais.

Okuno, E.; I.L. Caldas & C. Chow. Física para Ciências Biológicas e Biomédicas. São Paulo: Harper & Row, 1982.

Arquitetura Atômica

Classificando a Matéria. Estrutura atômica. Estrutura Molecular e Ligações. As

propriedades dos gases. Líquidos e sólidos. As transformações químicas.

Estequiometrias. Entalpia padrão e Lei de Hess.

ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípio de química. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MAHAN, B.; MYERS, R. J. Química – um curso universitário. Ed. 4, são Paulo: Edgrad

Blucher LTDA, 1993.

Pré-Cálculo

Page 21: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

A origem dos números. Sistemas de numeração. Frações. A reta real. Operações com

números reais. Desigualdades e intervalos. Valor absoluto. Equações e inequações.

Funções. Funções elementares. Funções Trigonométricas, exponenciais e logaritimicas.

Limite e continuidade. Contexto histórico.

ANTON, Howard. Cálculo, Um Novo Horizonte V.1. Bookman, 2000.

GUIDORIZZI, Hamilton. Um Curso de Cálculo, V. 1. LTC, 1985.

Fundamentos de Educação

O conhecimento enquanto especificidade humana e na cultura ocidental: esfera social,

simbolizadora e produtiva. Conhecimento no contemporâneo: natureza e trabalho; poder

e dominação; produção e organização da cultura, agir pessoal e prática social;

preocupações temáticas. Educação na história ocidental: papel social e educação escolar

para quem e ensinando o quê.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

COLL, C. Aprender conteúdos e desenvolver capacidades. Porto alegre: ARTMED, 2000.

MINGUET, P. A. A construção do conhecimento na educação. Porto Alegre: ARTMED,

2001.

Biodiversidade

História da vida na Terra. Diversidade biológica e evolução. Os reinos da natureza.

Características dos vegetais. Características dos animais.

Dobson, A. P. 1995. Conservation and biodioversity. Scientific American Library, New

York. 264 pp. World Resources Institute (WRI), World Conservation Union (IUCN), e United Nations

Environment Programme (UNEP) 1992. A estratégia global da biodiversidade: diretrizes

de ação para estudar, salvar e usar de maneira sustentável e justa a riqueza biótica da

Terra. Traduzido por P.P. Distéfano e M.D. Schlemm. Fundação O Boticário de Proteção à

Natureza, Curitiba. 232 pp. Rios, Aurélio Virgílio Veiga (2001). Aspectos jurídicos da biossegurança no Brasil. In

Azevedo, Cristina Maria do Amaral & Furriela, Fernando Nabais da (orgs).

Biodiversidade e Propriedade Intelectual. Pgs.: 87-106. Lévêque, C. A Biodiversidade. São Paulo: EDUSC, 1999.

Storer, T.I., R.L. Usinger et al. Zoologia Geral. Nacional, São Paulo. 1991.

Villee, C.A., W.F. Walker & R.D. Barnes. Zoologia geral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

Page 22: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Raven, P.H., R.F. Evert; S.E. Eichhorn. Biologia Vegetal. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

Terceiro Semestre

Diversidade Química do Ambiente

A Natureza inorgânica do ambiente. Ácidos e bases. Oxidação e redução. Complexos

metálicos. A Natureza orgânica do ambiente. Funções orgânicas. Estereoquímica.

Correlação entre estrutura e reatividade. Compostos organometálicos. Métodos físico-

químicos de análises.

SHRIVER, D. F.; ATKINS, P. W. Química inorgânica. Ed. 3. Porto Alegre: Bookman,

2003.

LEE, J. D. Química inorgânica concisa. Ed. 5. São Paulo: Edgard Blucher, 1999.

Organização e Diferenciação celular

Estrutura e função das células eucarióticas e procarióticas. Organização dos tecidos

animais e vegetais. Aspectos evolutivos da organização celular.

Carvalho, H.F. & Recco-Pimentel, S.M. A célula. São Paulo: Manole, 2001.

De Roberts, E.D.P.; E.M.F. De Roberts. Bases da biologia celular e molecular. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.

Junqueira, L.C.; J. Carneiro. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 1997

Loreto, E.L.S. & L.M.N. Sepel. Atividades experimentais e didáticas de biologia molecular e celular. São paulo: SBG, 2002.

Junqueira, L.C. & J. Carneiro. Histologia básica. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

Nutrição Animal e Vegetal

Digestão, circulação e respiração nos animais. Fotossíntese vegetal. Transporte de

nutrientes nas plantas. Excreção e transpiração. Aspectos anatômicos e funcionais das

plantas de região semi-árida. Adaptações morfo-funcionais de animais da caatinga.

Raven, P.H., Evert, R.F.; Eichorn, S.E. Biologia Vegetal. 6 ed. Rio de Janeiro:

Guanabara-Koogan, 906p. 2001.

Hickman, C.P. Princípios Integrados de Zoologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2004.

Schmidt-Nielsen, K. & J.B. Dike. Fisiologia animal: adaptação e meio ambiente. São Paulo, 1999.

Page 23: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Metabolismo da Vida Microscópica

Processos de obtenção de energia pelos microrganismos: respiração aeróbica e

anaeróbica; fermentação. Fotossíntese bacteriana. Ecologia microbiana nos solos e na

água.

Pelczar jr. MJ, Chan ECS, Krieg NR. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. Vol. I e II.

2ª ed. Makron Books, 1996.

Tortora, G., Funke, B., Case, C. Microbiologia, 2000.

Barbosa, H. R.; Torres, B. B. Microbiologia básica. Ed. Atheneu,1998.

Madigan, Martinko, Parker. Biologia de microrganismos, 2004

Quarto Semestre

Reprodução da Vida

Mecanismos de reprodução nos organismos vivos. Desenvolvimento e ciclo de vida nos

vegetais. Reprodução de bactérias e fungos. Replicação viral.

Tortora, G., Funke, B., Case, C. Microbiologia, 2000.

Raven, P.H., Evert, R.F.; Eichorn, S.E. Biologia Vegetal. 6 ed. Rio de Janeiro:.

Guanabara-Koogan, 906p. 2001.

Gilbert, S.F. Biologia do desenvolvimento. Ribeirão Preto: SBF, 1994.

Garcia, S.M.L. & Fernandéz, C.G. Embriologia. Porto Alegre: Artemed, 2001.

Reprodução Humana

Mecanismos de reprodução da espécie humana. Ciclo menstrual. Fecundação.

Embriogênese humana. Contracepção.

Dangelo, J. G. & C.A. Fattini. Anatomia humana sistêmica e segmentar. São paulo: Ateneu, 1995.

Gardner, E.; D. Gray & R. O'Rahilly. Anatomia: estudo regional do corpo humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

Tavares, P.; M. Furtado & F. Santos. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro: Atheneu, 1984.

Bioestatística

Experimentos aleatórios. Espaço amostral. Eventos. Resultados equiprováveis. Conceitos

de probabilidade. Relação entre probabilidade e freqüência relativa. Probabilidade

Page 24: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

condicionada. Teorema de Bayes. Eventos independentes. Variáveis aleatórias discretas e

contínuas. Valor esperado. Variância. Distribuições de Bernoulli, Binomial e Normal.

Bussab, W.; Moretin, P. Estatística Básica. Atual, 1986.

Vieira, S. Introdução à Bioestatística. Campus, 1991.

Vieira, S.; Hoffmann, R. Elementos de Estatística. Atlas, 1986

Psicologia da Educação

Os aspectos psicológicos como parte da constituição do Homem. As relações mente-

corpo. Psicologia da adolescência. Aspectos psicológicos envolvidos no ato de aprender.

O cérebro e a aprendizagem. Desenvolvimento e aprendizagem.

Bee,H. A criança em desenvolvimento. São Paulo: Harbra, 1984.

Campos, D.M.S. Psicologia da Aprendizagem. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.

Coria-sabiniI, M. A. Fundamentos da Psicologia educacional. São Paulo: Ática,

2003.

Didática

Correntes do pensamento pedagógico. Relação teoria prática em propostas pedagógicas,

com ênfase em Freinet, Makarenko, Ferrière, Dewey, Pistrak, Montessori, César Coll,

Anísio Teixeira. Técnicas de elaboração de material didático: especificação de metas,

objetivos, desenvolvimento da atividade, uso de equipamentos, experiências e

observações. Elaboração de material didático para uma unidade de ensino, incluindo

textos, experimentos e recursos áudio visuais e eletrônicos.

PIMENTA, S. G. Didática e formação de professores. São Paulo: Cortez, 2004.

WEISSMAN, H. Didática das ciências naturais. Porto Alegre: ARTMED, 1999.

Quinto Semestre

Coordenação da Vida

Integração e regulação de sistemas e órgãos. Interação organismos-meio ambiente.

Mecanismos de controle e regulação nos organismos vivos. Papel dos hormônios e do

sistema nervoso na homeostase orgânica. Osmorregulaçao. Fitormônios.

Berne, R. M. Fisiologia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1990.

Schmidt-Nielsen, K. & J.B. Duke. Fisiologia animal: adaptação e meio ambiente.

Santos, 1999.

Page 25: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Storer, T.I.; R.L. Usinger et al. Zoologia Geral. São Paulo: Nacional, 1991.

Tavares, P.; M. Furtado & F. Santos. Fisiologia Humana. Rio de janeiro: Atheneu,

1984.

Raven, P.H., Evert, R.F.; Eichorn, S.E. Biologia Vegetal. 6 ed. Rio de Janeiro:

Guanabara-Koogan, 906p. 2001.

Percepção e Sensibilidade nos Seres Vivos

Respostas a estímulos ambientais. Tato, audição, gustação, olfação e visão. Irritabilidade

vegetal. Taxias.

Berne, R. M. Fisiologia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1990.

Storer, T.I.; R.L. Usinger et al. Zoologia Geral. São Paulo: Nacional, 1991.

Tavares, P.; M. Furtado & F. Santos. Fisiologia Humana. Rio de janeiro: Atheneu,

1984.

Raven, P.H., Evert, R.F.; Eichorn, S.E. Biologia Vegetal. 6 ed. Rio de Janeiro:

Guanabara-Koogan, 906p. 2001.

Saúde, Proteção e Doença

Conceito de saúde e doença. Imunidade e Sistema imunológico. Imunização. Parasitoses

e vetores. Infecções bacterianas e virais. Doenças sexualmente transmissíveis. Contexto

social de saúde e doença.

Trabulsi, L.R. Microbiologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 1999.

Calich, V.L. & C.A.C. Vaz. Imunologia Básica. Belo Horizonte: Artes Médicas, 1989.

Neves, D.P., A.L. Melo, O.Genaro & P.M. Linardi. Parasitologia Humana. Belo Horizonte: Atheneu, 1995.

Instrumentação para o Ensino de Biologia I

Avaliação critica dos livros didáticos utilizados no ensino de ciências e biologia. Discussão

sobre a importância das atividades experimentais no ensino de biologia.

Acrescentar bibliografia

BIZZO, N.M.V. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1998.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo: EPU, 1987.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora Harper & Row do Brasil

Ltda, 2a ed., 1986.

Page 26: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Estágio (prática de ensino) I

Diagnóstico inicial e conhecimento da realidade escolar: questões relacionadas a

aspectos históricos, físicos, pedagógicos e administrativos. Reflexão crítica da realidade

pedagógica da escola e do seu regimento escolar. Elaboração de relatório.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo: EPU, 1987.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora Harper & Row do Brasil

Ltda, 2a ed., 1986.

Sexto Semestre

Variação e Herança

Variações fenotípicas e genotípicas. Hereditariedade. Genética pós-mendeliana. Gene e

código genético. Determinação cromossômica do sexo. Anomalias genéticas. Herança

ligada ao sexo. Mutação. Genética e evolução.

Burns, G.W. Genética: Uma introdução à hereditariedade. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1980.

Osório, R.B. & Robinson, W.M. Genética Humana. São Paulo: Artemed, 2001.

Suzuki, D.T., A.J.F. Griffiths, J.H. Miller & R.C. Lewontin. Introdução à genética. São paulo: Guanabara Koogan, 1992.

Biotecnologia

O papel dos microrganismos procariotos no desenvolvimento da Engenharia genética.

Clonagem. Transgênicos. Bioética. Avanços da biotecnologia no Brasil e no mundo.

Oda, Leila e Soares, Bernardo (2001) Biotecnologia no Brasil. Aceitabilidade pública e

desenvolvimento econômico. Parcerias estratégicas 10: 162-173. Biology of Microorganisms, Brock, T. D., Madigan, M. T., Martinko, J. M., Parker, J., 7ª

ed., 909 p., Prentice Hall, New Jersey, 1994.

A vida no tempo e no espaço

Origem da vida na Terra. História do desenvolvimento da vida no planeta.Tempo

Geológico. Processos de fossilização. Paleontologia histórica e evolutiva.

Evolução: uma Introdução: Stephen C. Stearns e Rolf F. Hoekstra Ed.brasileira: W. A.

Neves, Atheneu Editora São Paulo, 2003.

-Astronomia: uma Visão Geral do Universo: A. C. S. Friaça, E. Dal Pino, L. Sodré Jr.,

V. Jatenco-Pereira (orgs.), EDUSP (2000)

Page 27: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Instrumentação para o Ensino de Biologia II

Estudo das propostas de ensino da Biologia e de Educação ambiental para o Ensino

Fundamental e Médio. Análise de recursos e materiais para o e Ensino da Biologia.

Planejamento, elaboração, aplicação e avaliação de atividades e programas para o ensino

de Biologia no Ensino Fundamental e Médio.

BIZZO, N.M.V. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1998.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo: EPU, 1987.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora Harper & Row do Brasil

Ltda, 2a ed., 1986.

As disciplinas Estágio (prática de ensino) I, Estágio II, Estágio (pratica de ensino) III e

Estágio IV, estão inconsistentes, não deixando claro o que acontecerá em cada momento

de estágio e como se dará a prática pedagógica do professor em exercício na escola, em

Ciências no Ensino Fundamental e em Biologia no Ensino Médio. Não especifica como irá

trabalhar a proposta do tema gerados presente ao longo dos semestres, nas atividades

de estágio.

Estágio (Prática de ensino) II

Discussão sobre a didática na formação do professor. A construção do conhecimento na

sala de aula. Planejamento de ensino. Sistemas de avaliação no ensino. Investigação e

acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. Elaboração de um projeto

educacional com base em um tema gerador.

Libâneo, J.C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista Ande (São Paulo) 6: 11-19, 1983.

Piletti, C. Didática Geral. Cortez, SP. 1991.

Sétimo Semestre

Evolução da Vida

Evolução dos seres vivos. Seleção natural e adaptação. Origem e extinção das espécies.

Evolução humana. A natureza da mudança genética e dos fatores ecológicos envolvidos

no processo de especiação.

Burns, G.W. Genética: Uma introdução à hereditariedade. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1980.

Suzuki, D.T., A.J.F. Griffiths, J.H. Miller & R.C. Lewontin. Introdução à genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.

Page 28: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

A Vida e o Ambiente

A Terra como um sistema. A energia nos ecossistemas. Cadeias alimentares e inter-

relações entre os seres vivos. Ciclos da matéria e fluxo da energia. Ecossistemas

brasileiros. Ambientes de água doce. Ambientes marinhos. Ambientes terrestres.

Odum, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

Ricklefs, R.E. A economia da natureza: um livro-texto em ecologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

Purves, W. K.; Sadava, D.; Orians, G. H.; Heller, H. G. Vida: a ciência da biologia.

Artmed. Porto Alegre, 2002.

Astronomia

Introdução histórica e epistemológica. Galileu e a nova física: elementos diferenciadores

básicos. As leis de Kepler e a lei da gravitação universal de Newton: breve história da

astronomia ocidental. Esfera celeste e sistemas de coordenadas. O sistema solar (Sol,

planetas e luas, asteróides e cometas): comparações e instrumentos de exploração.

Fenômenos astronômicos básicos: eclipses e trânsitos, fases da Lua, marés e estações do

ano. Estrelas, constelações, a Via Láctea e o universo conhecido. Noções introdutórias

básicas de astrofísica e de cosmologia científica.

Instrumentação para o Ensino de Biologia III

Estudo dos parâmetros curriculares nacionais de ciências e biologia. Estudo de Propostas

curriculares para o ensino de Ciências e de Biologia desenvolvidas no nordeste do Brasil.

Desenvolvimento de materiais didáticos para auxílio nas aulas práticas e expositivas de

ciências e biologia

BIZZO, N.M.V. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1998.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo: EPU, 1987.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora Harper & Row do Brasil

Ltda, 2a ed., 1986.

Estágio (pratica de ensino ) III

A Seleção de Conteúdos programáticos. Procedimentos metodológicos e recursos

didáticos. Análise e aplicação das teorias de aprendizagem para o ensino de Ciências e de

Biologia. Atividade supervisionada de execução do projeto educacional, e/ou de uma

pesquisa de iniciação científica e/ou exercício de sala de aula em Ensino Fundamental e

Médio.

Freire, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

Page 29: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Libâneo, JC. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São paulo: Loyola, 1986.

Oitavo Semestre

Alterações Ambientais

Os grandes problemas ambientais. Desertificação. Poluição atmosférica, aquática e do

solo. Ameaça aos ecossistemas. Ecotoxicologia. Perda da biodiversidade. Extinção das

espécies.

RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

Odum, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

Conservação da Vida

Importância das áreas protegidas. Conservação de recursos genéticos. Motivações éticas

e o papel da educação na conservação da vida. Convenções internacionais e medidas

nacionais em favor da Conservação da diversidade biológica. Responsabilidade do biólogo

educador da educação com relação à sociedade e ao ambiente.

CONFERÊNCIA Mundial sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente - CMDMA. O nosso

futuro Comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.

Educação Ambiental

Educação ambiental e Cidadania. Percepção da realidade ambiental. Educação Ambiental

e Qualidade de vida. Reflexões e práticas em Educação Ambiental. Integração Escola-

Meio Ambiente-Comunidade.

RODRIGUES, V.R. (ed.). Muda o mundo, Raimundo!: educação ambiental no ensino

básico no Brasil. Brasília: WWF, 1996. ART, S. Guia para o planeta Terra. 2ª. Ed. São Paulo: Cultrix-Amana, 2001.

DIAS, G.F. Iniciação à Temática Ambiental. São Paulo: Gaia, 2002.

Instrumentação para o Ensino de Biologia IV

Desenvolvimento de materiais didáticos para auxílio nas aulas práticas e expositivas de

ciências e biologia.

Page 30: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Estágio (Prática de ensino) IV

Elaboração de um trabalho monográfico tendo como base a experiência em sala de aula

e/ou pesquisa desenvolvida e/ou projeto educacional executado.

Freire, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:

Paz e Terra, 1996.

Freire, P. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d’Água,

1997.

6.3 - proposta metodológica, orientada a viabilizar o processo de conhecimento e a

interação de educadores e educandos por meio da utilização de tecnologias,

compreendendo:

6.3.1 - descrição do material do curso:

a) Linguagens e mídias compatíveis com o projeto e com o contexto sócio econômico do

público alvo

Compreendemos educação a distância como um diálogo mediado por objetos de

aprendizagem, os quais são projetados para substituir a presencialidade do professor.

Nesse sentido, os materiais e objetos didáticos adquirem uma importância fundamental

no planejamento de cursos a distância. A escolha das mídias a serem utilizadas pode

interferir no aprendizado do aluno, se não for levada em consideração a sua realidade

sócio-econômica.

O perfil do aluno que ingressará no proposto curso de licenciatura é o daquele que reside

no interior dos estados nordestinos. Partindo dessa realidade, compreendemos que o

material impresso será o material mais indicado e melhor aproveitado se articulado a

outros materiais de áudio e vídeo. No entanto, não se pode deixar de ter em conta o

avanço dos meios informáticos e digitais, sobretudo como uma tecnologia que facilita em

grande medida a comunicação, a troca e a aquisição de informação. É nesse sentido que,

mesmo investindo preferencialmente em materiais impressos, não se pode abrir mão de

projetar também a elaboração de materiais para web, ou a utilização de mídias digitais,

como o CD-ROM

Os pólos disporão, igualmente, de um laboratório de biologia onde acontecerão as

atividades práticas das disciplinas, necessariamente presenciais, orientadas pelos tutores

e pelo professor-autor, em ocasiões definidas. O referido laboratório contará com

Page 31: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

equipamentos que atendam basicamente ao desenvolvimento de atividades

experimentais propostos nos materiais impressos.

Os alunos também contarão com aulas de campo, com a participação e orientação dos

tutores presenciais e dos professores-autores. Estes se deslocarão até os pólos em datas

marcadas previamente pela mediação dos coordenadores de pólo.

b) Convergência e integração das diferentes mídias

Serão utilizados vários meios específicos, que se complementam entre si, para mediar os

conteúdos e propiciar interação entre os participantes do curso e seus tutores. O material

impresso será a base principal para o aluno, entretanto serão utilizados materiais

específicos, tais como: vídeo e material digital a serem utilizados durante as visitas

presenciais aos pólos. Essas mídias audiovisuais serão utilizadas conforme a necessidade

específica do conteúdo para melhor poder de ilustração e dinâmica da imagem em

movimento. Cada material produzido levará em consideração a linguagem específica de

cada tecnologia utilizada.

Durante as leituras do material impresso, o aluno será convidado e estimulado a buscar

outros materiais indicados em diferentes mídias, como sugestões de filmes, sites da

internet e programas televisivos. Ele também será estimulado a relacionar os conteúdos

propostos com experiências do dia-a-dia.

Uma plataforma de aprendizagem online será adotada como referência para o curso, no

sentido de disponibilizar outros materiais complementares aos materiais impressos e,

sobretudo, proporcionar ao aluno a experiência de conhecer e interagir com os colegas

por meio de ferramentas especiais de comunicação, como: os fóruns de discussão, os

chats e o correio eletrônico. Essa interação pode dinamizar e enriquecer os contatos dos

alunos entre si e dos alunos com tutores.

c) Recursos a serem utilizados, a quem se destinam e em que suportes (impresso,

digital, vídeo e outros) serão disponibilizados

O presente projeto pedagógico pressupõe um curso de graduação a distância, utilizando

prioritariamente materiais impressos, suportado por um sistema pedagógico e de tutoria

que articule, organize e estimule o trabalho grupal, cooperativo, mais do que o

individual. Isso, sem abrir mão de uma das características mais básicas da Educação a

distância, que é a autonomia do aluno e sua liberdade em aprender.

Page 32: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

Dentre os meios e recursos didáticos possíveis, planeja-se utilizar basicamente:

a) materiais impressos: guias de estudos, cadernos de exercícios, unidades

didáticas, textos, livros, etc;

b) materiais instrumentais: seja para utilização em aulas práticas de laboratório,

seja para observações individuais domésticas a partir de elementos da própria

realidade do aluno. Importante aqui é ressaltar a grande quantidade de objetos

de aprendizagem já disponíveis nos diversos sites da Internet;

c) materiais audiovisuais: fitas de áudio, vídeo, transmissões de programas por

televisão;

d) suporte informático: sistemas multimeios (CD-ROM), videoconferência;

e) Internet.

O meio impresso será o suporte básico. Concordando com Garcia Aretio (op. cit., p.

175), observa-se nesse meio algumas vantagens que o faz, ainda, o mais utilizado em

todo o mundo: trata-se de um meio acessível, fácil de usar e que não necessita de

equipamentos especiais; possui maior portabilidade, sendo transportado facilmente a

todos os lugares; permite releitura e leitura seletiva com aprofundamento de pontos

importantes. Por outro lado, é necessário que o aluno tenha a capacidade de interpretar

adequadamente os construtos simbólicos presentes no texto, o que nem sempre

acontece.

A utilização de materiais audiovisuais será bastante facilitada, na sua produção, pela

existência na UFRN de dois importantes setores: a Oficina de Tecnologia Educacional,

tradicional produtora de vídeos educativos, que também dispõe de uma videoteca com

cerca de 5000 vídeos educativos dos mais diversos conteúdos; e a Televisão

Universitária, pioneira em transmissão no estado do Rio Grande do Norte.

O conteúdo dos materiais didáticos será elaborado pelos professores responsáveis pelas

disciplinas. Será constituída uma equipe de profissionais (de artes gráficas, multimídia e

web) para transpor o conteúdo para os formatos apropriados, de acordo com a

concepção do professor da disciplina.

Page 33: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

d) Os materiais a serem utilizados pelos alunos para apoio e desenvolvimento do

aprendizado (guias para alunos, tutoriais e afins)

Além do material didático do curso, o aluno receberá um guia específico que o orientará

para ser um aluno na modalidade de educação a distância. Este material também traz

todas as informações sobre a instituição na qual ele está ingressando, sua estrutura física

e administrativa.

6.3.2 - estratégias de desenvolvimento da aprendizagem:

a) comunicação entre alunos, tutores e professores ao longo do curso

A presença e a disponibilidade do tutor/orientador têm-se mostrado importantes não

somente como elementos motivadores, mas também, como estratégia de diminuição da

evasão. Um papel que a tutoria deve desempenhar é o de espaço de articulação e

suporte ao estudo cooperativo, de modo a garantir a construção coletiva do

conhecimento.

Em função dos princípios que norteiam esta proposta curricular, a tutoria adquire aqui

uma importância fundamental, com a característica de orientação de estudos, de

organização das atividades individuais e grupais, de incentivo ao prazer das descobertas.

Esta proposta prevê dois tipos de tutorias: a tutoria presencial e a tutoria a distância.

A tutoria presencial será realizada nos pólos, através de professores especialmente

treinados para exercê-la, e será individual e grupal. A tutoria presencial individual

caracteriza-se pelo atendimento individual ao aluno e estará disponível todos os dias da

semana, inclusive aos sábados. Visará, sobretudo, a orientação de estudos e ao

acompanhamento do aluno na sua adaptação à modalidade de ensino. Terá o papel de

ajudá-lo na organização dos horários, na maneira de estudar, na superação das

dificuldades de ser um “aluno a distância”. A tutoria presencial grupal atenderá a grupos

de alunos e ocorrerá sempre que as atividades das disciplinas exigirem trabalhos

coletivos. Terá o papel de organização e dinamização dos grupos, estimulando o trabalho

cooperativo. A tutoria presencial será desempenhada por profissionais que demonstrem

competência para trabalhar com grupos, orientar e estimular estudos. Pretende-se que o

tutor seja não somente um professor, mas, sobretudo, um animador, os quais serão

selecionados entre professores da rede de ensino, alunos das pós-graduações ou outros

profissionais de nível superior que apresentem os requisitos citados.

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A tutoria a distância será responsável pela orientação dos conteúdos específicos das

disciplinas. Os tutores não se localizarão necessariamente no município do pólo e se

encarregarão de atender os alunos e tutores presenciais nas questões de conteúdo de

área.

O professor regente será o professor responsável pela disciplina. Na medida do possível

esse mesmo professor terá sido o autor dos materiais, sendo, portanto, uma autoridade

naquele assunto. Ele deverá dar suporte ao tutor a distância nas questões específicas da

área, orientará o tutor presencial no uso dos materiais e na realização das atividades

práticas e grupais, elaborará e corrigirá avaliações presenciais juntamente com o tutor a

distância.

b) projeto de trabalho da tutoria e a forma de apoio logístico a todos os envolvidos

O trabalho da tutoria será orientado pelos professores responsáveis pelas disciplinas.

Todo material didático do curso será apresentado ao tutor antes do aluno ter acesso, em

seminários específicos criados para esta finalidade.

c) relação numérica tutor/aluno, número de professores/hora e tutores/hora tutores/hora

disponíveis para o atendimento ao curso

Pretende-se estabelecer a relação de 30 alunos por tutor presencial, que os acompanhará

nas atividades já especificadas. Cada tutor a distância acompanhará também 30 alunos.

O professor regente da disciplina será o coordenador e responsável por sua equipe de

acompanhamento.

Os tutores presenciais deverão dedicar 20 horas semanais, durante 5 dias na semana,

que pode vir a incluir o sábado. A carga horária dos professores de dedicação ao curso

está especificada em tabela apresentada no item 5.1.

d) organização da prática de ensino com estágio supervisionado determinado pela

legislação

A concepção de Estágio não explicita a inclusão das questões ligadas à gestão escolar em

sala de aula enfatizando a prática dos conteúdos

As atividades de Estágio serão encaminhadas como práticas de sala de aula, iniciando

com o planejamento da disciplina a ser ministrada e concluindo no último semestre com

a apresentação de uma monografia em um Seminário que reunirá presencialmente todos

Page 35: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

os alunos do curso, como referido anteriormente (Observar item 6.2: Estrutura

Curricular).

Os estágios serão acompanhados de maneira semi-presencial por professores-autores,

numa relação de 1:10 alunos, com a mediação dos tutores, nas etapas a distância.

A partir do 5º semestre até o último haverá uma disciplina de estágio (em cada

semestre), com vistas à pratica do ensino, com carga horária de 100 horas/aula cada,

mais 400 horas no último semestre. Ao final, o aluno terá 800h de estágio

supervisionado, sendo 400 horas de prática de ensino, de acordo com a legislação em

vigor.

e) freqüência, função e estrutura dos momentos presenciais planejados para o curso

Além dos momentos de interação com o tutor presencial e das atividades grupais

previstas no desenvolvimento das disciplinas, os alunos disporão de outros momentos

presenciais:

Abertura do semestre letivo – momento de confraternização e espaço para apresentação

do funcionamento do semestre que se inicia. Neste evento, os alunos serão apresentados

aos professores das disciplinas e aos novos tutores, quando for o caso. Este momento

também deverá ser aproveitado para conferências e seminários de interesse para o

aprendizado dos alunos;

Atividades culturais e de cidadania – Nos dias das avaliações presenciais os alunos terão

momentos de atividades culturais, tais como espetáculos teatrais, musicais, exposições

de artes plásticas e cinema. Também deverão ser planejadas atividades vivenciais e/ou

workshops que estimulem nos alunos a reflexão crítica com relação a suas práticas

cotidianas;

Acompanhamento do professor da disciplina – Pelo menos uma vez por semestre o

professor responsável pela disciplina estará presente no pólo, seja supervisionando uma

atividade prática, seja promovendo uma atividade do tipo palestra, de modo a poder

observar o desenvolvimento do aprendizado por parte dos alunos, avaliar com eles o

desempenho da tutoria e, quando for o caso, programar materiais suplementares;

Encerramento do semestre letivo – Ao final de cada semestre será organizado um

momento de avaliação das atividades desenvolvidas.

Page 36: Projeto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a

f) a forma de acompanhamento e monitoramento da produção e do desenvolvimento do

aluno

O aluno será acompanhado sistematicamente por um tutor que dará assistência durante

todo o percurso do curso. Este tutor receberá as atividades das disciplinas, tirará as

dúvidas dos alunos e fará consulta ao professor da disciplina quando necessário. Ele

também será responsável pela aplicação das avaliações presenciais.

6.3.3 - descrição da avaliação da aprendizagem:

O processo de avaliação é entendido como um processo de acompanhamento do aluno

em seu aprendizado, muito mais que um método de aferir resultados. Assim, ele será

desencadeado em vários momentos e não apenas ao final do período, e servirá para

correções de rumos quanto ao momento e à adequação dos materiais fornecidos, ao

desempenho da tutoria e das orientações acadêmicas, e quanto à necessidade ou não de

materiais de reforço. Será uma avaliação processual, com vistas ao objetivo final que é o

aprendizado do conteúdo por parte dos alunos. O sistema de avaliação para cada

disciplina se fará nos seguintes níveis:

a) auto-avaliação, através de exercícios disponíveis ao final de cada unidade do

programa, de modo que o próprio aluno tenha condições de saber do seu desempenho;

b) avaliações individuais escritas, presenciais, sendo duas por cada período letivo;

c) avaliação individual feita pelo tutor presencial, na qual se observará o andamento do

processo de aprendizagem, da motivação, do empenho do aluno, muito mais do que a

aquisição de conteúdos;

d) avaliação das atividades grupais feitas pelo tutor presencial, na qual se observará o

funcionamento do grupo e dos indivíduos dentro do grupo, bem como o rendimento dos

processos coletivos. Essa avaliação será feita sempre que a disciplina desenvolver

atividades dessa natureza;

e) avaliação final sob a forma de um trabalho escrito monográfico ou relato de pesquisa

desenvolvida a partir dos dados da realidade do aluno.

As avaliações feitas pelo tutor presencial serão anotadas em ficha própria, individual, sob

a forma de conceitos, que serão posteriormente transformados em notas, a fim de

entrarem na computação da média final do aluno para cada disciplina. Por outro lado, o

sistema de auferir notas não poderá se distanciar do sistema estabelecido pela UFRN,

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através da Resolução Nº 273/81, de seu Colegiado Superior de Ensino, Pesquisa e

Extensão. Assim, a nota a ser conferida deverá variar de 0 (zero) a 10 (dez). Para a

composição da nota final, será calculada uma média ponderada das três avaliações, com

os seguintes pesos: peso 4 (quatro) à primeira avaliação, 5 (cinco) à segunda e 6 (seis)

à terceira avaliação. Haverá, ainda, uma quarta avaliação para os alunos que não

tenham atingido nota 7 (sete) na média das três primeiras avaliações. Na média final, o

aluno deverá necessariamente obter nota mínima 5 (cinco). A média final é obtida

fazendo-se a média aritmética entre a média das três primeiras avaliações e a quarta

avaliação.

Para a diplomação, o aluno deverá ter cumprido a totalidade da carga horária exigida

pelo seu currículo.

6.3.4 - os pólos ou núcleos para atendimento descentralizado, inclusive avaliações e

encontros presenciais

Os estudos e avaliações sobre as experiências de educação a distância mostram que o

processo de ensino e aprendizagem são mais ricos quando os estudantes podem contar

com pólos regionais de atendimento. Um indicador importante é a queda nos índices de

evasão quando os estudantes dispõem dessa referência, onde podem contar com uma

infra-estrutura de atendimento e local para estudo, além da orientação e apoio afetivo

dos tutores. Assim, os pólos ajudam a manter o vínculo dos alunos com a Universidade.

Os alunos contam com facilidades como: salas de estudo, microcomputadores

conectados à internet, supervisão acadêmica, laboratórios didáticos, biblioteca, recursos

audiovisuais, seminários, serviço de distribuição de material didático.

Nos pólos também serão prestados os exames presenciais, e são de grande importância

na medida em que, também lá, o aluno pode encontrar tutoria presencial - semanal ou

diária - onde pode esclarecer suas dúvidas. Ademais, o pólo pode oferecer seminários

presenciais para introduzir ou aprofundar conteúdos de disciplinas. A tutoria a distância

também é uma das atividades de um pólo, realizada através de videoconferência,

Internet, telefone e outros meios que venham a ser necessários. Assim, o pólo regional

contribui na fixação do aluno no curso, criando uma identidade do mesmo com a

Universidade e reconhecendo a importância do papel do município, como centro de

integração dos alunos.

O pólo colabora com o desenvolvimento regional, uma vez que pode contar com

atividades diversificadas, como:

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a) Cursos de Extensão;

b) Atividades culturais;

c) Consultoria para a comunidade.

7 – Descrição do gerenciamento

7.1 - a produção, edição e distribuição de material didático

Todo o processo de produção, edição e distribuição de material didático será gerenciado

por uma coordenação geral. Serão as seguintes as equipes que comporão esse sistema:

Equipe de professores autores – responsáveis pelos conteúdos dos materiais, sejam

impressos, sejam para outras mídias. Esta equipe será composta por dois professores

por disciplina, respeitada a especificidade de sua formação, que será previamente

capacitada para respeitar o formato de escrita de materiais para EaD. Haverá uma

coordenação de conteúdo para esta equipe;

Equipe de revisores – responsável pela avaliação do formato de escrita para EaD e pela

revisão gramatical. Será formada, inicialmente, por 06 profissionais de nível superior e

competência na área, sendo 4 para revisão de formato e 2 para revisão gramatical.

Haverá uma coordenação de revisão;

Equipe de edição – responsável pela formatação gráfica dos materiais impressos e dos

materiais para Web e CD-ROM. Será composta por 03 profissionais de artes gráficas

(editor e ilustrador), 01 designer instrucional, 03 profissionais de arte web e mídias

eletrônicas. Haverá uma coordenação de edição.

Após impressão, os materiais serão distribuídos para os municípios do Rio Grande do

Norte através de transporte da própria UFRN.

7.2 - os momentos presenciais

Os momentos presenciais (descritos em detalhes nos itens 6.3.2.4 e 6.4.2) de cada

disciplina serão coordenados pelo Coordenador do Curso, que se encarregará de:

organizar cronograma de visitas dos professores responsáveis pelas disciplinas;

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fornecer aos professores relatório dos tutores que subsidie a avaliação da disciplina,

durante a visita;

articular com os Coordenadores dos pólos a visita dos professores;

planejar e coordenar, juntamente com os tutores e os coordenadores dos pólos, as

atividades culturais, a solenidade de abertura e de encerramento de semestre.

Caberá à coordenação do pólo garantir a presença do tutor no pólo nos dias e horários

determinados para o atendimento presencial dos alunos. Deverá, também, providenciar

condições de infra-estrutura e apoio logístico para a visita dos professores.

Aos tutores competem receber os alunos nos dias e horários determinados, organizar,

com o apoio do professor responsável, as atividades práticas e grupais.

8. Referências bibliográficas

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Ariel, 2001.

AMARAL, V. L. Tão Longe, tão perto: Experimentando o diálogo a distância. 2002.

Tese. (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação,

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2002.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M.M.C.A. Ensino de ciências:

fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

DELIZOICOV,D. Concepção problematizadora do ensino de ciências na educação

formal. 1982. Dissertação (mestrado), IFUSP/FEUSP, São Paulo, 1982.

FREIRE, P. A pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1975. p.83 e 84.

PERNAMBUCO, M. M .C. A. et al. Projeto ensino de ciências a partir de problemas da

comunidade. In: SEMINÁRIO CIÊNCIA INTEGRADA E/OU INTEGRAÇÃO ENTRE AS

CIÊNCIAS: Teoria e Prática. Anais... Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 1988.

PONTUSCHAKA, N. Ousadia no diálogo: interdisciplinaridade na escola pública. São

Paulo: Ed. Loyola, 1993