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NDICE
A) - PREMBULO............................................................
I O PE como instrumento para a autonomia da escola .
3
II O PE como documento orientador da funo educativa
. 6
III O PE como meio para a concretizao dos Direitos Educao,
Cultura e Cincia,
.. 10
B) BREVE CARACTERIZAO DO AGRUPAMENTO E MEIO ENVOLVENTE
13
I O edifcios e espaos escolares
. 15
II O meio envolvente
.21
III Problemas Identificado/ reas de Interveno
...23
C) - A ESCOLA/AGRUPAMENTO QUE QUEREMOS:
A FUNO EDUCATIVA QUE O AGRUPAMENTO SE PROPE CUMPRIR...
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I Princpios
40
II Valores ...
.41
III Metas ou Objectivos
42
IV Estratgias e Meios
44
D) - AVALIAO DO PROJECTO
50
E) DIVULGAO DO PROJECTO
51
D)
CONCLUSO..........................................................................................................5
2
A) - PREMBULO
I O Projecto educativo - instrumento para a autonomia da
escola/agrupamento.
Um projecto educativo hoje entendido como o documento que consagra aorientao educativa duma escola no qual se explicitam os princpios, os valores,
as metas e as estratgias segundo os quais a escola se prope cumprir a sua
funo educativa, devendo tal documento serelaborado e aprovado pelos rgos
de administrao e gesto da escola para um horizonte de trs anos. No caso
actual para o trinio de 2007/2010.
Neste sentido, o projecto educativo deve assumir-se como o instrumento
essencial do processo de autonomia do agrupamento, tal como est previsto e______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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definido no art. 3 do Decreto-lei n. 115-A/98 relativo ao regime de autonomia,
administrao e gesto dos estabelecimentos pblicos do ensino no superior.
Assim, ser atravs do projecto educativo que o Agrupamento de Escolas
Professor Abel Salazar poder prosseguir a meta da autonomia entendida como
diversos nveis de poder reconhecidos escola/agrupamento que lhe permitam
tomar decises nos domnios estratgicos, pedaggico, administrativo, financeiro
e organizacional de forma a melhor cumprira sua funo educativa. E para isso,
ser importante que em articulao com o projecto educativo, o Regulamento
Interno e o Plano Anual de Actividades do Agrupamento e das escolas e Jardins que
o integram sejam elaborados e resultem duma mesma ideia de Agrupamento e
escola. Haver assim uma trade de documentos essenciais ao processo de
autonomia e funo educativa da escola/agrupamento, os quais se inserem e inter-
relacionam no contexto da mesma realidade geogrfica, econmico-social e
cultural. O projecto educativo pois, um instrumento para a autonomia. Os poderes
decorrentes desta autonomia tm em vista uma maior eficcia e eficincia do sistema
educativo na concretizao do Direito Educao, cujo quadro geral de objectivos e
estrutura organizativa constam da Lei de Bases do Sistema Educativo LBSE (Lei n.
46/86, com as alteraes introduzidas pela Lei N 115/1997, de 19 de Setembro, e com
as alteraes e aditamentos introduzidos pela Lei n 49/2005 de 30 de Agosto), tudo
decorrendo da consagrao constitucional do direito de todos os cidados
educao, cultura e a um ensino tendencialmente gratuito com garantia da
igualdade de oportunidades de acesso e sucesso escolar. Convm realar que a
Constituio da Repblica Portuguesa prev esta matria no captulo dos direitos
fundamentais (Arts 73.,74. e seguintes), o que significa que esto sujeitos a um
regime jurdico subordinado ao princpio da mxima efectividade, o que se traduz
numa exigncia mais forte de na prtica prosseguir uma existncia concreta e de factodesses direitos, muito para alm da mera consagrao normativa e programtica.
Num estado de direito democrtico, pluralista e moderno, existem cinco Bens
essenciais para o bem-estar e progresso das populaes: Educao, Sade, Justia,
Defesa e segurana. Estes so bens imateriais preciosos que se assumem de
natureza e ordem pblica, dada a extrema importncia na vida em sociedade. A
educao assim um dos principais pilares num estado de direito. O nvel de
desenvolvimento da sociedade nesse estado de direito depende da forma como se trata______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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cada um dos quatro sectores acima referidos, seja no plano das propostas e orientaes
polticas, seja ao nvel da respectiva implementao e eficcia.
A educao e o sistema de ensino esto no topo da hierarquia das obrigaes
do Estado. H normas que constituem os alicerces de tal sistema, onde se definem as
suas finalidades, os grandes objectivos: aquilo que se quer, como se quer, tendo em
conta os recursos e os sujeitos a quem tudo se dirige. Estas grandes linhas
orientadoras para alm de emanarem da Constituio, esto estabelecidas na referida
Lei de Bases do Sistema Educativo Portugus, que prev a sua organizao, aponta
metas, estabelece princpios e indica valores e objectivos a ter em conta na
definio dos currculos dos diversos nveis de ensino.
Essa lei foi aprovada por unanimidade aglutinando os grandes desgnios de um
pas, e por feliz coincidncia ou talvez no, foi promulgada em Guimares,
estabelecendo-se no mesmo local um certo paralelismo entre o nascimento dum pas e
este diploma como fundador do sistema de ensino livre e democrtico, identificado com
o pulsar nacional.
Entre os princpios orientadores do sistema e a sua concretizao prtica
existe o desenvolvimento curricular com planificao e aco didactico-
pedaggica. a implementao do processo ensino-aprendizagem que poder garantir
ou no os direitos constitucionais consagrados em matria de educao para todos. Da
a extrema importncia e dignidade do papel do Professor, do seu saber cientfico
e da arte do seu acto educativo, ser disso que depender a eficincia e
eficcia das intenes e objectivos do sistema. Por isso, ao professor e escola o
projecto educativo apresenta-se como instrumento essencial no s para
prossecuo dos fins do sistema, mas tambm para desenvolvimento da autonomia
como factor e valncia no cumprimento da Funo Educativa. Neste contexto todos
os elementos da comunidade educativa estaro mais envolvidos e integrados; d-se
mais credibilidade e transparncia ao sistema reconhecendo no professor o
elemento habilitado profissionalmente para agir num contexto cientifico-pedaggico,
bem como para coordenar e fazer convergir os vrios elementos da comunidade
educativa. Isso na prtica significa maior confiana nos docentes por parte das pessoas,
como alis j o demonstra as prprias preocupaes da tutela vertidas no decreto
regulamentar relativamente avaliao de desempenho, o qual tambm conclui que
essa confiana base para a estabilidade e qualidade da educao. Convm referir que______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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em educao a estabilidade condio necessria para promoo das aprendizagens.
Alis, tambm por isso que um projecto educativo tem por base um horizonte de
trs anos.
Hoje em dia comummente aceite em todas as sociedades modernas e
democrticas que para uma efectiva concretizao prtica das grandes finalidades e
objectivos do sistema educativo necessrio uma descentralizao nos mtodos
de gesto do prprio sistema, bem como desconcentrao de recursos. Ou seja,
preciso aproximar o sistema aos cidados, entregando a prpria gesto a
comunidades geograficamente to localizadas quanto possvel, seja desconcentrando
servios centrais, seja descentralizando poderes. Dessa forma, melhor se garantir uma
real fruio e benefcio a todos os cidados, numa optimizao de recursos.
Em sntese, o PROJECTO EDUCATIVO constitui um instrumento de Gesto
participada e de Gesto de Autonomia que visa essencialmente a descentralizao e
a desconcentrao da Administrao Educativa, tal como est consagrado na Lei de
Bases do Sistema Educativo n. 46/86 com as alteraes introduzidas pela Lei N
115/1997, de 19 de Setembro, e com as alteraes e aditamentos introduzidos pela Lei
n 49/2005 de 30 de Agosto e nos Decretos-Lei n. 115-A/98 e n 43/89, Alis, neste
ltimo, designadamente no captulo relativo autonomia das escolas, podemos ler o
seguinte:
A autonomia da escola concretiza-se na elaborao de um projecto educativo
prprio, constitudo e executado de forma participada, dentro dos princpios de
responsabilizao dos vrios intervenientes na vida escolar e de adequao s
caractersticas e recursos da escola e s solicitaes da comunidade escolarem
que se insere.
Assim, e pelas suas caractersticas prprias, o Projecto Educativo deve, antes de
mais, assumir-se como um instrumento de dilogo permanentemente aberto aosvalores do pluralismo democrtico. Alm disso, e na medida em que construdo
em estreita articulao com os documentos directores que regem a vida da
escola/agrupamento, nomeadamente o seu Regulamento Interno e o seu Plano de
Actividades, o PROJECTO constitui uma ocasio soberana para potenciar a reflexo
sobre a realidade do nosso agrupamento e das escolas e jardins que o integram,
contribuindo assim para uma avaliao construtiva de modelos e de prticas
educativas.______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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II O Projecto Educativo como orientador da Funo Educativa.
Um projecto educativo visa pois a eficincia do sistema educativo na
concretizao das suas grandes finalidades em cada escola/agrupamento, sendo
certo que a tambm relevam as especificidades de cada escola/agrupamento
concreto. No esquecendo que Ler Saber, o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem ser o contexto real onde a eficcia do sistema poder ser conseguida ou
no. certo que para isso devem ser facultados poderes para a tomada de decises em
vrios domnios, assim se desenvolvendo uma real autonomia escolar. Para isso, o
projecto educativo o grande documento de referncia para que a escola cumpra
a sua funo educativa.
Nestes termos, o projecto educativo pretende aglutinarduas vertentes:
- Por um lado, contemplar os princpios, valores e metas ou objectivos de mbito
nacional, assim garantindo as grandes linhas orientadoras do sistema de ensino do
pas, plasmadas na Constituio e na Lei de Bases;
- E por outro lado, adequ-los com caractersticas ou especificidades de mbito
local inerentes s realidades e vivncias da comunidade onde se insere o agrupamento
e as escolas que o integram.
No entanto, uma vertente no pode anular a outra, sendo certo que a
componente local ter sempre de se articularcom o mbito mais geral, sob pena de
poder desvirtuar os grandes objectivos do sistema. Digamos que cada realidade e
comunidade educativa uma parte de um todo, mas que enriquece e acrescenta algo a
esse todo. Teremos de ter assim uma dupla perspectiva de cumprimento dos
objectivos do sistema educativo e de enquadramento da realidade socio-econmica e
cultural em que o agrupamento e as escolas que o integram, se inserem. nestes termos que se concebe este projecto educativo, incentivado pelo desejo
de cimentar uma nova e verdadeira comunidade educativa.
Assim, na prossecuo desse desejo este projecto pretende explicitar
princpios, valores, metas e estratgias para cumprir a funo educativa do
agrupamento e das escolas que o integram. Antes de os enumerar, h que clarificar
conceitos, bem como o significado que se vislumbra em cada palavra.
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Por um lado, os princpios so as regras fundamentais que esto na base de
tudo. Um princpio um incio, do qual tudo decorre e com o qual tudo o resto tem de
estar harmonizado. Assim, os princpios sero como normas que servem de norma a
outras normas hierarquicamente inferiores, as quais por isso no podem estar em
contradio com os princpios. Isto porque estes como normas fundamentais tm nvel e
valor mais elevado que invalida tudo o que os contrarie. Os princpios tm inerente um
regime de orientao das pessoas e das coisas, sendo que as regras ou normas que os
desenvolvem visam determinar as condutas de vivncia em sociedade. E isto assim
porque o homem como ser social que , precisa de regras para se relacionar com os
outros, para uma s convivncia onde tem de haver cedncias de parte a parte.
Por seu turno, os valores, decorrendo dos princpios, assumem-se como
propriedades ou caractersticas daquilo que no s desejvel mas tambm desejado.
Os valores esto ao nvel do Dever Ser ; tudo o que deve ser, segundo a tica e a
boa conduta, sabendo-se que esta tem um plano interno (a inteno e o pensar antes
do agir) e um plano externo (a aco propriamente dita). Um valor assim uma
qualidade essencial quer de um bem material, quer de um bem imaterial. Ora, para o
caso do presente projecto educativo falamos de valores imateriais como o bem, a
verdade, a liberdade, a dignidade, o belo, a criatividade, etc.
Por sua vez, as metas sero os grandes objectivos, o alvo a atingir, os fins,
os propsitos de algo que se idealiza e tenta concretizar.
Por fim, para se conseguir uma efectiva concretizao dos objectivos,
implementam-se diversas estratgias, entendidas estas como estratagemas, modos
usados e disponibilidade de meios visando alcanar as metas definidas. No plano das
estratgias h que usar imaginao, astcia, arte e capacidade de pesquisa, pois um
estratagema quase como uma cincia que visa a criao, desenvolvimento e
utilizao adequada dos meios para se atingirem os fins.O que ser ento a funo educativa que se pretende cumprir?
Neste aspecto, convm salientar antes de mais que a etimologia da palavra
Educao envolve trs dimenses que a escola ter de considerar no desenvolvimento
da sua funo educativa: Instruo, Estimulao e Socializao.
Assim, a funo educativa ser proporcionar aos alunos uma formao global
que integre estas trs dimenses. Trata-se duma tarefa difcil que no se compadece
com facilitismos ou artificialismos. Porm pode ser enriquecedora e compensadora,______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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valendo a pena o esforo. O desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
nesta escola ter por meta a motivao e orientao dos alunos para nveis de
excelncia tanto quanto possvel, no seu desempenho e percurso escolar, sendo
certo que os caminhos que podero levar quela meta/objectivo passam
necessariamente pelo estudo e trabalho metdico, esforo, rigor e exigncia com os
devidos momentos ldicos e de pausa. E tudo isto sendo sobretudo deveres dos alunos,
so-no tambm de todos os outros intervenientes no processo educativo, como a
famlia, os professores, funcionrios auxiliares e outros tcnicos de educao.
A dimenso da instruo o domnio do cognitivo, do conhecimento onde
se privilegia a busca incessante do saber. de facto o grande factor diferenciador do
Homem em relao aos outros seres vivos. E a sociedade evolui na medida em que ohomem progride nos seus conhecimentos, cuja aquisio tem aumentado ao longo dos
tempos. E aqui incluiu-se obviamente a componente prtica numa dialctica de aco e
conhecimento.
Por sua vez a dimenso da estimulao atinente participao do aluno e
desenvolvimento da sua auto-estima, enquanto a componente da socializao se refere
s atitudes e integrao cvica numa comunidade que se deseja de s convivncia,
podendo at aglutinar-se estas duas ltimas dimenses naquilo a que se chama o
domnio socio-poltico.
O ensino como actividade implementadora da funo educativa, ter ento em
considerao o domnio cognitivo e o domnio socio-afectivo em termos globais e
integrados, sendo certo que o peso do domnio cognitivo nessa globalidade ser maior,
face aos objectivos curriculares mdios nacionais e contedos a leccionar. Isto como
evidente, ser um princpio geral; o qual contemplar um princpio de excepo que
abrange caso a caso situaes em que se justifica maior valorizao ou prevalncia do
domnio socio-afectivo face a objectivos mnimos e especficos do aluno concreto e do
contexto social em que se insere.
No se deve cair no laxismo de generalizar os objectivos mnimos pois deve-se
ambicionar cada vez mais em termos de alargamento de horizontes.
De qualquer modo, em todas as situaes a avaliao do processo educativo
ter sempre em considerao conhecimentos, capacidades, competncias, atitudes
e destrezas por referncia s metas estabelecidas e tendo conta os critrios de
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avaliao definidos pelo rgo pedaggico com referncia a aspectos revelados
pelos alunos e observados no decorrer do processo.
Enquadrada assim a questo da educao permite-nos vislumbrar as formas
como o Agrupamento de Escolas e Jardins-de-infncia Professor Abel Salazarseprope cumprir a sua funo educativa, ao que dever estar sempre inerente um nvel
excelente de dedicao por parte de todos os intervenientes no processo educativo.
Nestes termos, neste Agrupamento a funo educativa traduzir-se- no
conjunto das actividades lectivas e no lectivas, para-lectivas, enriquecimento
curricular, ldicas, cvicas, sociais, desportivas, bem como quaisquer outras de
mbito humanista que sirvam de complemento educativo para a prossecuo e
alcance dos objectivos do ensino bsico, como tal definidos no art. 7. da Lei deBases do Sistema Educativo, bem assim como em relao a especificidades
prprias das escolas e jardins que o integram e da regio onde se insere.
Para isso toda e qualquer actividade deve ser formativa, tendo como princpio
enformador o integral desenvolvimento da personalidade numa perspectiva de
plena e livre cidadania, que harmonize a realizao individual com os valores da
solidariedade social. Pretende-se para isso uma dinmica de fazer pensando e
pensar fazendo, aliando teoria e prtica, reformulando sempre que necessrio (aco /
reflexo / aco), por via da avaliao formativa que serve de informao sobre o
desenrolar do processo educativo e eficcia dos seus resultados. Esta estratgia global
de fazer pensando, pensar fazendo surge assim como um lema, sendo o seu
mximo objectivo global uma mente s em corpo saudvel, investigao e saber
numa cidadania responsvel.
III O Projecto Educativo como meio para a concretizao dos Direitos
Educao, Cultura e Cincia, e a um Ensino com igualdade de oportunidades,
consagrados na Constituio como Direitos Fundamentais.
Nestes termos e para a definio ou adopo de princpios e valores, este
projecto educativo no pode deixar de se referir s grandes linhas programticas
consagradas no s na Constituio em matria de educao e ensino, como tambm
na Lei de Bases do Sistema Educativo. da que resultam todos os diplomas
normativos em matria de educao. Da resulta o desenvolvimento curricular, o tipo
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de currculo, contedos e programao das disciplinas, reas disciplinares e no
disciplinares estando as estratgias ao nvel da execuo sob a direco e
responsabilidade das estruturas de orientao educativa intermdias, dos
professores e, em particular, do Conselho Pedaggico, dos Conselhos de Turma e
Conselhos de Docentes. Aparece-nos assim como que uma pirmide com planos
hierarquizados em que o desdobramento dos seus vrios nveis se complementam e
articulam vertical e horizontalmente. Tambm neste sentido que ao nvel do
agrupamento e das escolas que o integram, como base e palco em que tudo se pode
concretizar, as iniciativas do plano de actividades devero inserir-se e desenvolver
pelo menos algum dos objectivos constantes no projecto educativo, bem como
veicular os seus valores respeitando os princpios gerais como traves mestras
da funo educativa.
Para tal, no Plano Anual de Actividades constar uma adequada programao
de actividades com as suas formas de organizao e recursos envolvidos, bem
como a vertente de objectivos perseguidos pelas actividades concretas, em
funo do projecto educativo.
Assim, por referncia pirmide hierrquica deve referir-se que a constituio
consagra o Direito Educao, Cultura e Cincia no seu art. 73., enquanto no art. 74.
se refere ao Ensino, a elencando as metas que incumbem ao estado para garantir a
igualdade de oportunidades de acesso e xito escolar. Como corolrio do pluralismo
democrtico e liberdade de aprender e ensinar, reconhece-se no art. 75. a coexistncia
do ensino pblico com o sector particular e cooperativo.
Porm, o texto constitucional vai mais longe, enunciando princpios e
concretamente apontando objectivos quando no n. 2 do art. 73. estatui para que serve
a educao e a escola: O estado promove a democratizao da educao e as demais
condies para que a educao, realizada atravs da escola e de outros meios
formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, para a superao das
desigualdades econmicas, sociais e culturais, para o desenvolvimento da
personalidade e do esprito de tolerncia, de compreenso mtua, de solidariedade e de
responsabilidade, para o progresso social e para a participao democrtica na vida
colectiva.
Como evidente, os princpios organizativos e os objectivos do ensino bsico
enunciados nos art. 3. e 7. da LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO tm de______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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estar e esto em sintonia com os imperativos constitucionais acima referidos, o que do
mesmo modo acontece para os objectivos especficos de cada ciclo de ensino.
O que h a reter do texto constitucional que:
1) A educao para todos;
2) - Realiza-se atravs da escola e de outros meios formativos, sendo que
nestes se insere desde logo a famlia, como bvio;
3) - E que a educao tem de contribuir para:
a) - A igualdade de oportunidades;
b) - A superao das desigualdades econmicas, sociais e culturais;
c) - Para o desenvolvimento da personalidade e esprito de tolerncia, de
compreenso mtua, de solidariedade e de responsabilidade;
d) - Para o progresso social;
e) - Para a participao democrtica na vida colectiva, a que poderemos
chamar a plena e livre cidadania.
Por tudo isto, convenhamos, gigantesca a tarefa que pende sobre os ombros da
escola e da famlia, bem como sobre o estado que se compromete a promover e
garantir as condies para tal tarefa.
No sentido de dar cumprimento aos imperativos constitucionais, o sistema
educativo organiza-se de acordo com objectivos gerais de modo a:
- Contribuir para a defesa da identidade nacional e reforo da fidelidade
matriz histrica de Portugal atravs da consciencializao relativamente ao
patrimnio cultural do seu povo, em ligao com uma tradio universalista de
abertura ao mundo;
- Assegurar a formao cvica e moral, bem como uma formao geral
comum a todos os cidados, que lhes garanta o desenvolvimento das suas
aptides e interesses, da sua capacidade de raciocnio, memria, esprito
crtico, criatividade e sensibilidade esttica; sendo que nessa formao geral
se interliga o saber e o saber fazer, a teoria e a prtica de modo a
proporcionar uma realizao individual e desenvolvimento harmonioso da
personalidade por referncia a valores imateriais de humanismo e
solidariedade social;
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- Proporcionaruma formao especfica para a ocupao de um justo lugar
na vida activa, que permita ao indivduo prestar o seu contributo ao progresso
da sociedade, conciliando capacidades, vocao e interesses individuais com
interesses da colectividade;
- Sensibilizar para a necessidade de articulao de interesses e direitos
individuais com interesses e direitos de mbito colectivo, uns e outros
cedendo proporcionalmente ou prevalecendo de acordo com a hierarquia de
princpios e valores que em cada situao estejam em causa;
- Fomentar a justia cumutativa, a equidade e o civismo;
- Promover o saber e o saber fazer com a aquisio e desenvolvimento de
conhecimentos, competncias, capacidades, atitudes e destrezas;
- Fomentar o gosto pela cultura, pela cincia e pela arte, bem como por uma
frequente actualizao de conhecimentos.
Como lgico, para uma melhor implementao, essas metas desdobram-se em
objectivos mais especficos segundo os nveis e estruturas intermdias em que se
desenvolvem, sendo a sala de aula o ltimo reduto onde tudo pode germinar, atravs do
processo ensino-aprendizagem.
Sendo gigantesca a tarefa da educao, e face a to idlicas metas, quase sepoderia dizer que tudo se assemelha a uma quimera! Veja-se por exemplo que
contribuir para a superao de grandes desigualdades econmicas e para o progresso
social como prev a Constituio, s por si, algo que nenhuma organizao mundial
ou economia de vanguarda conseguiu at hoje! Ora, tambm por isto que o sector
educativo tem um fascnio especial numa miscelnea de utopia e esperana ao mesmo
tempo, face a to nobre tarefa.
No entanto, convm no esquecer que apesar da escola e da famlia se
depararem com uma tarefa herclea, ao Estado, a toda a sociedade, que compete
garantir as condies para a prossecuo das grandes metas educacionais. Da que, ao
fomentar a elaborao de projectos educativos, o sistema est afinal a tentar
assegurar na prtica a realizao das suas atribuies. E assim que tambm se
vai de encontro ao artigo 77. da Constituio que assegura a professores, alunos e
associaes de pais o direito a participar na gesto democrtica das escolas, em termos
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definidos ou a definir em lei ordinria e outros regulamentos, estando entre estes o
regulamento interno deste Agrupamento de Escolas.
Tudo isto leva-nos pois a uma entidade ou instituio para a qual se concebe e
elabora o projecto educativo: a comunidade educativa. No caso presente a
comunidade educativa do Agrupamento, os seus alunos, professores, auxiliares de
aco educativa e outros funcionrios, pais e encarregados de educao, bem como
outros agentes e instituies sociais e culturais do meio envolvente localidade
geogrfica onde est implantada a escola/agrupamento. Nestes termos, impe-se uma
breve anlise ou caracterizao do Agrupamentoe seu meio envolvente, antes de
se explicitarem mais sinteticamente os princpios, valores, metas e estratgias para
cumprimento da funo educativa face ao tipo de escola que se quer, bem como
ideia e concepo que lhe est subjacente.
B) - CARACTERIZAO DO AGRUPAMENTO E MEIO ENVOLVENTE.
CONTEXTUALIZAO
Composio
O Agrupamento Vertical de Escolas Professor Abel Salazar Guimares
(150812), promover a adequao necessria das escolas e jardins-de-infncia que ointegram s exigncias prprias de uma escola autnoma e descentralizada capaz de
corresponder ao objectivo de concretizar na vida da escola a democratizao, a
igualdade de oportunidades e a qualidade do servio pblico da educao. Foi
nesta perspectiva que encarou a deciso da sua constituionuma dinmica que tem
como pedra de toque o princpio fundamental:
Fazer pensando, pensar fazendo.
Rumo a uma escola de excelncia e de sucesso educativoO Agrupamento Vertical de Escolas Professor Abel Salazar, criado pela
deciso conjunta de todas as Escolas e Jardins-de-infncia que o constituem,
atravs dos seus rgos prprios, em 1999/2000, e semelhana da escola sede,
deve o seu nome a Abel Salazar, Pintor e professor universitrio, que nasceu em
Guimares em 1889, ao que consta na freguesia de Vermil e morreu em Lisboa em
1946.
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Mdico de profisso e professor catedrtico de Histologia e Embriologia na
Universidade do Porto, notabilizou-se sobretudo como artista amador, alm de ensasta,
historiador e crtico de arte.
No campo da cincia criou novos mtodos de tcnica histolgica, entre eles o
mtodo tano-frrico que o ir tornar mundialmente conhecido.
A sua pintura, de temtica urbana e rural, sada do naturalismo, vai fixar-se numa
iconografia de crtica social, com especial incidncia na problemtica da mulher
trabalhadora.
Em 1935, comeou a ser perseguido por razes de ordem poltica e foi afastado
da sua ctedra. Apesar de expulso da Faculdade e das mltiplas dificuldades que lhe
foram levantadas, continuou a publicar importantes trabalhos de ndole cientfica.
Abel Salazar foi tambm pedagogo ousado, prosador de excepcionais recursos,
crtico agudssimo, filsofo criador e sistematizador, divulgador de doutrinas e ideais
progressistas, e acima de tudo, homem de honra e homem de corao.
A sua residncia em S. Mamede de Infesta, onde viveu mais de 30 anos, foi, em
1963, transformada em Casa Museu.
O Agrupamento Vertical de Escolas Professor Abel Salazar integra os
seguintes estabelecimentos de ensino:
1. Escola EB 2,3 Abel Salazar Ronfe:
2. Escola EB 1 de Gemunde Ronfe;
3. Escola EB 1 de Lourinha - Ronfe;
4. Escola EB 1 de Ribeira Brito;
5. Escola EB 1/JI de Casais Brito;
6. Escola EB 1 de Monte Vermil;
7. Escola EB 1/JI de Poas Airo Santa Maria;
8. Escola EB 1 de Roupeire Airo So Joo;9. Escola EB 1 de Barreiro Leites;
10. Escola EB 1 de Entre-Latas Figueiredo;
11. Escola EB 1 de Bairro Oleiros;
12.Jardim-de-infncia de Calada Vermil;
13.Jardim-de-infncia de Roupeire Airo So Joo.
Por deciso unnime de todos os rgos representativos dos estabelecimentos
de ensino que o integram e Comunidades Educativas envolvidas, a Sede do______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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Agrupamento situa-se na Escola do Ensino Bsico do 2. e 3. Ciclos Abel Salazar
Ronfe, com o cdigo 343638.
A referida escola foi criada pela Portaria n. 519/98, de 19 de Agosto, entrando
em funcionamento a 1 de Setembro de 1998. uma escola cuja Tipologia (T 24) se
adequa existncia de 24 turmas, localizada na rua 13 de Maio, na Vila de Ronfe,
Concelho de Guimares, Distrito de Braga.
Situada na proximidade da estrada nacional n. 206, que faz a ligao entre as
cidades de Guimares e Vila Nova de Famalico, em pleno Vale do Ave, distando cerca
de 10 km de Guimares, sede do municpio.
Apesar da sua proximidade relativa a estas duas cidades, e da razovel rede de
transportes que a serve, o facto de a Escola/Sede ficar numa confluncia
campo/cidade, uma zona semi-urbana / semi-rural, empresta-lhe um ar mitigado em
que a grande implantao fabril e industrial convive, paredes-meias, com a
ruralidade original, acaba por ter reflexos profundos na escola, quer quanto
populao discente que a frequenta, quer quanto ao enquadramento econmico, social
e cultural da mesma, com implicaes do ponto de vista pedaggico e do processo
ensino/aprendizagem, da sociabilizao e integrao.
Grande parte da populao da Vila de Ronfe, e das freguesias que constituem o
seu territrio educativo e que, obviamente, coincidente com o territrio educativo do
Agrupamento, trabalha na indstria, executando tarefas e funes que no exigem
mo-de-obra especializada e/ou qualificada, o que se reflecte nos baixos salrios
com que regra geral so remunerados. Paralelamente a esta actividade, continua a
existir uma agricultura de subsistncia que, ora d uma pequena ajuda no parco
oramento familiar, ora constitui mesmo a nica fonte de subsistncia das famlias.
O territrio Educativo que constituiu o Agrupamento tem uma extensa rea
territorial, bastante fragmentada por locais e lugares distintos. atravessada pelorio Ave, parte da sua fronteira natural, bastante poludo como consequncia de alguma
incria por parte da indstria e apesar das recentes tentativas de recuperao de um rio
que outrora desempenhou um papel importante na vida e na subsistncia das suas
gentes.
A boa localizao da Escola/Sede do Agrupamento e da maior parte dos
estabelecimentos de ensino que o integram, a meio caminho entre Guimares e Vila
Nova de Famalico (Braga fica apenas a 19/20 Km), bem como o crescente parque______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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industrial da rea envolvente, nos ltimos anos tm contribudo para um forte
incremento populacional, com particular incidncia nas Vilas de Ronfe e de Brito, e,
simultaneamente, a necessidade de criar e desenvolver infra-estruturas que
possam dar resposta s crescentes necessidades da populao. Foi esta, em
parte, a razo da implantao de um equipamento escolar (a escola sede) e de um
servio pblico, que garanta a escolaridade bsica obrigatria e satisfaa as
necessidades educativas, culturais e formativas da regio.
Ao lado de casas antigas, outrora verdadeiras casas senhoriais, erguem-se
bairros pobres, casas de emigrantes e alguma construo vertical que emprestam
regio um certo ar citadino, mas tambm a ideia do campo aqui to perto.
A rea educativa que as escolas e jardins-de-infncia servem, dispe de algumas infra-estruturas,
culturais, educativas, recreativas e desportivas. Dispe, ainda, de alguns espaos de lazer e interesse
pblico, e embora no tenha uma Biblioteca Pblica, a Biblioteca Municipal Raul Brando criou plos ou
extenses em algumas localidades do territrio educativo, como o caso da Vila de Ronfe. Para alm
disso, a Biblioteca Escolar da Escola Sede, bem como as Bibliotecas Escolares das escolas EB1/JI de
Casais Brito e de Poas Airo Santa Maria esto integradas na rede de Bibliotecas Escolares do
Ministrio da Educao o que permite populao em geral poder aceder a estes servios. O pavilho
gimnodesportivo de que dispe, Municipal e o que serve a Escola/Sede de Agrupamento nos termos
do protocolo com o Ministrio da Educao. Para alm deste Pavilho, na escola EB1/JI de Casais Brito
existe um outro pavilho gimnodesportivo, cuja gesto da responsabilidade da Junta de Freguesia mas
que tambm utilizado pelas escolas do 1. ciclo do ensino bsico daquela freguesia nas mais diversas
iniciativas escolares e para escolares.
As manifestaes culturais so as habituais para uma rea ou regio desta tipologia. Em geral,
esto centradas na Igreja, com a qual a populao tem uma forte ligao, destacando-se o rancho
folclrico, o escutismo, algumas manifestaes desportivas e algumas iniciativas do associativismo.
A implantao da Escola Sede em 1998 e a criao do Agrupamento em
1999/2000 alargaram os horizontes da comunidade, quer atravs da construo de
infra-estruturas e equipamentos que abriram o leque de opes destas comunidades,
quer atravs de criao de uma oferta formativa e educacional que seguramente
contribuiu para a melhoria da qualificao desta rea geogrfica.
Foi, dentro desta opo estratgica, que o Agrupamento foi constitudo.
O Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar serve uma populao de cerca de 2000
alunos, em mdia, distribudos pelos diferentes anos de escolaridade, do Pr-Escolar ao 9. ano de
escolaridade, incluindo alunos dos Cursos Novas Oportunidades, seja de Educao e de Formao
de Jovens, seja de Educao e de Formao de Adultos, cerca de 145 professores e 50 funcionrios
(8 so Administrativos) que laboram nas diferentes escolas e jardins-de-infncia do Agrupamento.
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Na Escola/Sede, onde funciona o 2. e 3. Ciclo do Ensino Bsico e os Cursos
Novas Oportunidades, tendo em conta a sua tipologia, relembra-se que se trata de uma
escola que nas especificaes tcnicas se designa de T24, no limite, em regime diurno,
apenas poder assumir a leccionao de 36 turmas. Esta situao, no entanto, retira
qualidade pedaggica Escola/Sede pela sobrelotao que representa com a
consequente ocupao de espaos com aulas, impossibilitando, ou retirando eficcia a
outras actividades, nomeadamente de enriquecimento ou complemento curricular. Este
problema tende a agravar-se porque com o alargamento da oferta educativa atravs da
incluso dos Cursos de Novas Oportunidades reduzir-se- as taxas de abandono
escolar, o que obviamente manter e aumentar a presso sobre a escola quanto sua
frequncia ou populao residente. Em todo caso, actualmente conta j com um corpo
docente com cerca de 100 professores, sendo cerca de 70 do quadro de escola, dos
quais e nos termos do Decreto-Lei n. 15/2007 e do Decreto-Lei n. 200/2007, sete (7)
professores so docentes com a categoria de professores titulares, um (1) de quatro (4)
vagas no Departamento Curricular de Lnguas, um (1) de trs vagas (3) no
Departamento Curricular de Cincias Exactas e Experimentais, dois (2) no
Departamento Curricular de Cincias Sociais e trs (3) de quatro (4) vagas no
Departamento Curricular das Expresses que no nosso caso, e na formatao do
presente regulamento, dois (2) esto integrados no Departamento Curricular de Artes e
Tecnologias e um (1) no Departamento Curricular de Apoios Educativos e Especiais.
Ao todo existem cerca de 950 alunos, incluindo os alunos que frequentam os
cursos novas oportunidades, CEF e EFA, distribudos por 44 turmas. A mdia de alunos
por turma no ensino regular de 26 alunos por turma. As turmas contendo alunos com
necessidades educativas especiais tm 20 alunos conforme a legislao em vigor.
Quanto a funcionrios administrativos existem 7, sendo 19 o nmero de auxiliares de
aco educativa.As 10 Escolas do 1. Ciclo do Ensino Bsico, assumem a leccionao de 737
alunos distribudos por 39 turmas (do 1. ano ao 4. ano), asseguradas por 39
professores e 18 auxiliares de aco educativa.
Os 4 Jardins-de-infncia da Educao Pr-Escolar, assumem a educao de
cerca de 160 crianas, distribudas por 7 grupos, asseguradas por 7 educadoras e 6
auxiliares de aco educativa.
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O Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, destina-se essencialmente a
servir a populao das Vilas de Ronfe e de Brito e das freguesias de Vermil, Airo S.
Joo, Airo Santa. Maria, Oleiros, Figueiredo e Leites, todas do Concelho de
Guimares, o que em termos geogrficos corresponde zona oeste do municpio,
que faz fronteira com o municpio de V. N. Famalico, nomeadamente com a Vila de
Joane. de referir que Ronfe, plo aglutinador do agrupamento, nesta vila, conforme
referimos, que se situa a sua sede, e Joane so vilas com algumas semelhanas ao
nvel das caractersticas socio-econmicas das populaes. O que alis comum a
quase todas as terras do chamado vale do Ave, parte sul da antiga provncia do Minho
entre as cidades de Guimares e Famalico com ligaes de Santo Tirso.
I) OS EDIFCIOS E ESPAOS ESCOLARES
O Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, como atrs se referiu,
constitudo porum vasto territrio educativo, que abrange as freguesias de Ronfe,
Brito, Vermil, Figueiredo, Airo Santa Maria, Airo S. Joo, Leites e Oleiros, e integra
para alm da escola sede, a EB 2,3, mais 8 escolas do 1. Ciclo, 2 Unidades escolares
EB/JI e 2 Jardins-de-infncia. Trata-se de um Agrupamento com uma enorme disperso
geogrfica, que lhe empresta, igualmente, uma grande diversidade cultural. A escola
sede do Agrupamento, EB 2,3 Abel Salazar de Ronfe, situa-se na rua 13 de Maio da vila
de Ronfe, do concelho de Guimares, distando cerca de 10 km. da sede do municpio.
Ocupa um espao fsico aprecivel com boa localizao e exposio solar,
proporcionando amplos recreios, que se deseja possam vir a contemplar zonas verdes,
to essenciais descarga e recuperao das energias dos alunos.
A escola de construo recente, foi construda em duas fases, a primeira entre
Junho e Setembro de 1998, tendo terminado a 2. fase em Abril de 1999. A escola foi
inaugurada oficialmente em 16 de Junho de 1999 pelo Sr. secretrio de estado da
educao, com a presena do presidente do municpio, entre outras entidades civis ereligiosas, bem como de professores, alunos, funcionrios e populao das localidades
envolventes.
O edifcio distribui-se por dois pisos, com salas de aula geral convencional
(normais) num total 14, salas de aula especficas (1 de Cincias, 1 de Educao
Visual, 2 de Educao Visual e Tecnolgica, 1 de Educao Tecnolgica, 1 de Educao
Musical e 1 Sala TIC), 2 laboratrios (1 de Cincias Fsico-qumicas e outra de
Biologia), 3 salas de Seminrio, 1 biblioteca (Integrada na Rede de Bibliotecas), 1 sala______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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de professores, convvio de alunos, cantina, bar, servios administrativos, de
direco e gesto, reprografia e papelaria entre outros servios, possuindo alm
disso um pavilho Gimnodesportivo, pertena da Autarquia, e que no mbito do
protocolo estabelecido, utilizado para educao fsica e desporto durante o perodo de
funcionamento lectivo. A escola sede obedece assim tipologia T24 com capacidade
para 24 turmas, embora, conforme o atrs referido, desde o segundo ano que aquele
limite foi ultrapassado, estando actualmente a leccionar para cerca de 41 turmas, 36 de
regime normal, 1 de Educao Formao de Jovens e 4 de educao e formao de
adultos, o que confirma a j velha e crnica sobrelotao nos estabelecimentos de
ensino de todo o concelho de Guimares.
A escola sede entrou assim pela 1. vez em funcionamento no ano lectivo
1998/99, tendo-se iniciado as aulas atempadamente em 21 de Setembro/98.
Apesar de se tratar de uma escola relativamente nova (cerca de 9 anos), os
materiais de construo proporcionam salas com ambiente glido no Inverno, apesar de
algumas delas estarem dotadas de aquecimento elctrico, e que sofrem um processo de
degradao acentuado e agravado pela incria dos alunos que por falta de vigilncia (os
auxiliares de aco educativa existentes so insuficientes) so pouco propensos a
respeitar a integridade do edifcio e do espao. Trata-se de uma atitude global que
resulta da prpria formao cultural dos alunos.
No que respeita ao restante parque escolar do Agrupamento, importa referir
que, na maior parte dos casos, no se repete o mesmo cenrio da escola sede. Tratam-
se, de edifcios que, na sua grande maioria obedecem ao famoso plano centenrio.
So os Casos das EB1 de Ribeira - Brito, EB1 de Gemunde - Ronfe, EB1 de Monte -
Vermil, EB1 de Bairro Oleiros, EB1 de Barreiro Leites, EB1 de Entre latas
Figueiredo, EB1 de Roupeire Airo S. Joo, EB1/JI de Poas Airo Santa Maria
(renovado). H ainda o caso da EB1/JI de Casais - Brito cuja tipologia um P3, e oscasos da EB1 da Lourinha Ronfe que um edifcio particular alugado pela autarquia,
os Jardins de Calada Vermil e de Roupeire Airo S. Joo que no obedecem a
qualquer tipologia. Em todo caso, trata-se de edifcios com uma idade bastante
grande, pelo que, regra geral so edifcios bastante degradados e com poucas
condies. Poucas so as que dispem de cantina, biblioteca e espaos
alternativos de recreio. Com efeito, apenas as escolas EB1/JI de Casais Brito, EB1
de Gemunde Ronfe e EB1/JI de Poas Airo Santa Maria, para alm dos Jardins-de-______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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infncia, dispem de cantina, sendo tambm aquelas escolas do 1. ciclo a dispor de
Biblioteca escolar integrada na rede de Bibliotecas, e ainda, no caso da EB1/JI de
Casais que dispe de pavilho Gimnodesportivo. Tais condies, apesar das diligncias
efectuadas junto das entidades responsveis, no se tm alterado, valendo
intervenes pontuais que em nada resolvem o problema. Esta situao condicionador
da eficcia de funcionamento destas escolas e jardins, nomeadamente no que respeita
ao princpio da escola a tempo inteiro consagrado no Despacho 12 591/2005,
obrigando implementao de solues engenhosas e criativas para asseguraro
regime normal de funcionamento, evitando a sua alterao para duplo e garantindo o
desenvolvimento das Actividades de Enriquecimento Curricular e a observncia
daquele princpio. Assim, os alunos da EB1 de Ribeira Brito beneficiam do servio de
refeies na escola EB1/JI de Casais - Brito, os alunos da EB1 de Lourinha Ronfe
beneficiam do servio de refeies na escola EB1 de Gemunde - Ronfe, os alunos da
EB1 de Roupeire Airo S. Joo beneficiam do servio de refeies no JI da mesma
localidade, os alunos da EB1 de Bairro Oleiros, EB1 de Barreiro Leites e EB1 de
Entre latas - Figueiredo beneficiam do servio de refeies no edifcio da Junta de
Freguesia de Oleiros. No caso da EB1 de Monte Vermil, foi instalado um pr-fabricado
pela autarquia para aquele efeito. Neste caso, como no caso da Junta de freguesia de
Bairro Oleiros, as refeies so transportadas e fornecidas pela UNISELF.
Na situao que implica a deslocao dos alunos o transporte assegurado pela
autarquia que o concessiona a outras entidades ano a ano.
Importa, ainda, referir que a EB1 de Gemunde Ronfe, embora integrada na
Rede de Bibliotecas Escolares, ainda no beneficia dela, em virtude da mesma ainda
no ter sido instalada por falta de espao/sala para o efeito. Com efeito, esta escola em
consequncia da extino da EB1 da Ermida Ronfe, acolheu os alunos daquela e os
alunos provenientes das localidades que eram servidas pela mesma, aumentando onmero de alunos que a frequentam, tendo actualmente 8 turmas constitudas para as 8
salas de que dispe.
Estas situaes, condicionam grande parte das opes pedaggicas e
organizacionais assumidas nas e pelas diferentes Estruturas de Orientao
Educativa do Agrupamento, Conselho Pedaggico e pelos rgos de
Administrao e Gesto do Agrupamento, com reflexos no aproveitamento escolar
dos alunos e no prprio sucesso educativo dos mesmos, sendo urgente a resoluo______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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e tambm zona de emigrantes, com os custos sociais da decorrentes, sendo a taxa
de alfabetizao e as habilitaes literrias tanto mais baixas quanto mais idosa a
populao, isto em termos mdios como lgico. obvio que a baixa escolarizao e
nvel cultural so uma forte condicionante da regio, marca de forma decisiva a
qualificao da mesma com reflexos bvios no aproveitamento escolar, no sucesso
educativo e, sobretudo, na atitude perante a escola e a escolarizao.
Pese embora esta realidade, de realar, no caso dos alunos com NEE, a
abertura que as diferentes instituies manifestam para com estes alunos, acolhendo-os
no seu seio e proporcionando-lhe alguma formaoo e experincias que facilitaro no
futuro a sua integraoo na vida activa
A forte industrializao trouxe o inconveniente da poluio, sendo o rio Ave e asua negritude o exemplo mais premente dos seus malefcios. O meio ambiente e o
fomento da educao ambiental e a promoo da sade so por isso uma
preocupao deste projecto educativo.
Sendo uma zona industrializada onde as famlias, ora trabalham em regime de
rotatividade e em perodo nocturno, ora complementam muitas vezes o seu trabalho
com actividades agrcolas quer nos campos, quer no seu quintal anexo residncia,
isso determina que falte o tempo para um acompanhamento adequado dos filhostanto no mbito do seu crescimento biolgico como no mbito da vida escolar, bem
como social. Neste sentido a Educao Ambiental, da Educao para a Sade, da
Educao para a Cidadania, da Defesa do Consumidor e da Segurana, como
pressupostos base da qualidade de vida e da Educao para a cidadania, tendo em
conta as metas prioritrias gerais deste Agrupamento, melhoria dos resultados
escolares e promoo do sucesso educativo, aumento da qualificao e nvel cultural,
combate ao abandono escolar, so outra preocupao deste projecto educativo.
Acresce que haver nesta regio algumas pessoas que ainda no esto
sensibilizadas para as vantagens da escolaridade obrigatria e da escolarizao
em geral, dos seus efeitos no seu prprio futuro, no futuro da regio, no futuro do pas e
das prximas geraes, pelo que estes sero aspectos que as escolas e jardins-de-
infncia tero em ateno.
Como evidente, o contexto econmico e social da rea envolvente ao
Agrupamento tem reflexos e influncias no eventual sucesso ou insucesso escolar,
______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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a que se junta a precariedade social, o desnimo e a descaracterizao a que esto
submetidas as famlias pela situao actual. neste contexto que o agrupamento,
atravs dos seus rgos prprios e estruturas de orientao educativa, deve ser o
motorpara reavivar a afirmao de valores mais slidos, profundos e duradouros de
esprito e sentido mais humanista.
Por outro lado, nesta regio h tambm uma parte da populao que desfruta j
duma qualidade de vida com algum conforto e bem-estar, meta desejvel deste pas
como membro da Unio Europeia.
Esta miscelnea provoca alguns contrastes sociais e constitui uma
problemtica econmico-social j analisada e difundida em estudos, cujo contributo
esperado na atenuao de algumas assimetrias, visando a melhoria da qualidade
de vida.
O desemprego, o alcoolismo e a toxicodependncia e consequentemente as
baixas expectativas de vida so os problemas emergentes e de mais urgente resoluo.
Todas estas complexidades condicionam condutas sociais, geram tenses e
aceleram ainda mais o ritmo frentico da sociedade, onde urge arranjar tempo para
reflectir e atenuar algumas assimetrias visando a melhoria da qualidade de vida.
Naturalmente, a escola e os prprios professores no escapam a esse ritmo e estado de
coisas, pelo que se reveste de maior complexidade o seu esforo para conseguir um
maior relaxamento para a prtica educativa e implicar mais os pais e
encarregados de educao no processo educativo.
Por outro lado, deve referir-se que a constituio do agrupamento mexe com a
populao, motiva os seus habitantes, notando-se j o carinho e orgulho com que olham
a nova realidade educativa, ao que no ser alheio o seu bom funcionamento,
organizao e credibilidade. Pelo que, tudo conjugado constituiu factor de empatia no
enraizamento duma verdadeira e nova comunidade educativa que se deseja.III) PROBLEMAS IDENTIFICADOS / REAS DE INTERVENO (PONTO DE
PARTIDA):
Com efeito, Em observncia deste contexto econmico-social e cultural, e tendo em
conta a realidade e as especificidades prprias do territrio educativo no qual se insere
este agrupamento de escolas, possvel identificar um conjunto de problemas
globais das escolas e jardins que o integram, das suas estruturas de
orientao educativa e superviso pedaggica, nomeadamente problemas______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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organizacionais , sociais , culturais e comportamentais, como a baixa escolarizao e
qualificao, a pouca apetncia pela escola e a escolarizao,, e por isso, tambm, um
conjunto de problemas especficos das reas curriculares, disciplinares e no
disciplinares mais centrados na pratica pedaggica e nos problemas deaprendizagem, todos eles, no entanto, com um denominador comum, o seu reflexo na
globalidade do aproveitamento e sucesso escolar dos alunos, influenciando-o
negativamente, quer atravs do aumento progressivo das taxas de insucesso , quer
atravs do aumento gradual do abandono escolar , prematuro, precoce e antecipado,
quer, ainda, atravs do aumento dos problemas comportamentais e disciplinares. Tudo
isto, pode ser corroborado se consideramos como indicadores de medida, os resultados
das avaliaes internas efectuadas aos alunos ao longo dos ltimos 7 anos, ano lectivo
de 200/2001 a 2006/2007,bem como os resultados das avaliaes externas, exames
nacionais de Lngua Portuguesa e de Matemtica realizados de 2004/2005 a 2006/2007
e o resultado das provas aferidas do 4. e 6. ano de escolaridade realizadas disciplina
de Lngua Portuguesa e Matemtica no ano lectivo de 2006/2007 , os relatrios de
avaliao e de autoavaliao das diferentes estruturas de orientao educativa e
superviso pedaggic a, o levantamento da quantidade de participaes disciplinares
instauradas aos alunos e a tipologia das mesmas ,
Com efeito, o aproveitamento escolar deste Agrupamento de Escolas ao longo dos
ltimos 7 anos lectivos, considerando a totalidade dos alunos avaliados, em todos os
anos de escolaridade, com excepo do pr-escolar, o que se observa no seguinte
quadro:
Ano Lectivo2000/
2001
2001/
2002
2002/
2003
2003/
2004
2004/
2005
2005/
2006
2006/
2007
Total de Alunos Avaliados 1715 1857 1721 1677 1648 1648 1646
Total de Alunos Retidos 148 164 121 180 136 102 127Percentagem de Retidos 8,62 8,83 7,03 10,92 8,25 6,18 7,71
O que se verifica da anlise deste quadro que ao longo dos ltimos 7 anos o
universo de alunos avaliados manteve-se relativamente estvel, embora, ao longo
do mesmo perodo, se tenha registado uma diminuio de cerca de 69 alunos em
resultado da diminuio de novas matrculas efectuadas. Mais se verifica que as
percentagens de insucesso, traduzidas no nmero de retenes obtidas, embora
tenham alternado, mantiveram a mesma estabilidade, variando entre os 10,9 % de______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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2003/2004 e os 6,1%, de 2005/2006, ou, em termos absolutos, variou entre os 180
alunos retidos em 2003/2004 e os 102 alunos retidos em 2005/2006. Com efeito, se
em 2000/2001 para os 1715 alunos avaliados do 1. ao 9. ano de escolaridade, houve
um total de 148 retenes, correspondente a 8,6% do universo total dos alunosavaliados, em 2006/2007, em 1646 alunos avaliados ficaram retidos 127 alunos o que
corresponde a 7,7% do universo total dos alunos avaliados. O desvio entre estes
perodos da ordem dos 0,91%, ou seja, em 2006/2007, houve menos 21 alunos
retidos, embora, relembra-se, tambm tenham sido avaliados menos 69 alunos. Ou
seja, ao longo destes ltimos 7 anos as taxas de insucesso educativo, neste
Agrupamento de Escolas, mantiveram-se teimosamente altas, e se num determinado
ano melhorou no ano a seguir piorou, o demonstra a pouca eficcia das estratgias
educativas, pedaggicas e formativas entretanto mobilizadas para inverter esta
tendncia ou reduzir as taxas de insucesso.
obvio que estes resultados, se considerados por ciclo de ensino, 1., 2. e 3.
diferenciadamente, apresenta algumas divergncias quanto preponderncia das taxas
de insucesso conforme se pode observar atravs do seguinte quadro:
Ciclo Ano Lectivo2000/
2001
2001/
2002
2002/
2003
2003/
2004
2004/
2005
2005/
2006
2006/
2007
1.
Total de Alunos Avaliados 849 947 811 811 790 787 785
Total de Alunos Retidos 46 50 17 48 30 28 24
Percentagem de Retidos 5,42 5,28 3,33 5,92 3,80 3,56 3,06
2.
Total de Alunos Avaliados 409 392 366 381 366 382 386
Total de Alunos Retidos 36 42 45 47 44 25 32
Percentagem de Retidos 8,80 10,71 12,29 12,33 12,02 6,54 8,29
3.
Total de Alunos Avaliados 457 518 544 485 492 479 475
Total de Alunos Retidos 66 72 59 85 62 49 71Percentagem de Retidos 14,44 13,89 10,84 17,52 12,60 10,22 14,94
Com efeito, ao longo dos ltimos 7 anos, com excepo do 1. ciclo, que desde
2003/2004 tem demonstra uma tendncia para a recuperao do sucesso educativo
j que passou de 5,9 % de insucesso (48 alunos retidos), para os 3,1% em 2006/2007
(24 alunos retidos), numa tendncia gradual de recuperao que se repetiu nos anos
lectivos subsequentes culminando em 2006/2007 com a mais baixa percentagem de
insucesso educativo na ordem dos 2,8 %, correspondente a menos 24 alunos______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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retidos, embora se deva considerar que o universo de alunos avaliados menor
(menos 26 alunos), o 2. e 3. ciclos, na sua globalidade, apesar de alguma alternncia
e de avanos e recuos, apresenta taxas de insucesso educativo altas, com
particular incidncia no 3. ciclo, onde as percentagens de insucesso verificadas em2006/2007, 14,9% (71 alunos retidos), mantm-se praticamente nos mesmos valores
verificados em 200/2001, 14,4% (66 alunos retidos), reforando-os, embora devamos
considerar que o universo de alunos avaliados em 2006/2007 foi maior (mais 18 alunos)
do que em 2000/2001.
Em todo caso, tambm no 2. ciclo verificamos esta situao. Com efeito, se em
2000/2001 as taxas de insucesso neste ciclo de ensino situavam-se na ordem dos
8,8% (36 alunos retidos), em 2006/2007 situavam-se na ordem dos 8,2% (32 alunos
retidos), diminuindo, embora, neste caso o universo de alunos avaliados seja maior em
2000/2001 em cerca 23 alunos.
Esta tendncia ou situao verifica-se na globalidade destes dois ciclos de
ensino. Com efeito, se em 2000/2001 as taxas de insucesso de situavam em 11,7%
(102 alunos retidos), em 2006/2007 situavam-se em 11,9% (103 alunos retidos), embora
o universo de alunos avaliados seja maior em 2000/2001 em cerca 5 alunos:
Ciclos Ano Lectivo
2000/
2001
2001/
2002
2002/
2003
2003/
2004
2004/
2005
2005/
2006
2006/
2007
2./ 3.
Total de Alunos Avaliados 866 910 910 866 858 861 861
Total de Alunos Retidos 102 114 104 132 106 74 103
Percentagem de Retidos 11,77 12,52 11,42 15,24 12,35 8,59 11,96
Verifica-se, assim, a tendncia dos ltimos 7 anos lectivos quanto ao facto das
taxas de insucesso educativo neste Agrupamento de Escolas se manterem em
valores relativamente altos, com oscilaes e divergncias de preponderncia quando
aos ciclos e sua incidncia nos mesmos, o que demonstram a pouca eficcia das
estratgias educativas, pedaggicas e formativas entretanto mobilizadas para
inverter esta situao e reduzir as taxas de insucesso.
Se considerarmos agora estes resultados, observando a sua incidncia pelos
diferentes anos de escolaridade, verificamos que reafirmam aquelas concluses e
acrescentam novos dados, que podem ser sintetizados no seguinte quadro evolutivo:Ano de
Escolaridade
Ano Lectivo2000/
2001
2001/
2002
2002/
2003
2003/
2004
2004/
2005
2005/
2006
2006/
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1.
Total de Alunos Avaliados 235 193 168 188 195
Total de Alunos Retidos 0 0 0 0 0
Percentagem de Retidos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
2. Total de Alunos Avaliados 172 214 207 192 195Total de Alunos Retidos 14 16 15 12 11Percentagem de Retidos 8,14 7,28 7,25 6,25 5,64
3.
Total de Alunos Avaliados 201 198 201 204 184Total de Alunos Retidos 0 8 6 6 3Percentagem de Retidos 0,0 4,04 2,99 2,94 1,63
4.
Total de Alunos Avaliados 203 206 214 203 211Total de Alunos Retidos 24 24 9 10 10Percentagem de Retidos 11,65 11,65 4,21 4,93 4,74
5. Total de Alunos Avaliados 196 201 177 188 173 213 188Total de Alunos Retidos 17 23 12 19 24 17 15Percentagem de Retidos 8,67 11,44 6,77 10,10 13,87 7,98 7,97
6.
Total de Alunos Avaliados 213 191 189 193 193 169 198Total de Alunos Retidos 19 19 33 28 20 8 17Percentagem de Retidos 8,92 9,94 17,46 14,50 10,36 4,73 8,58
7.
Total de Alunos Avaliados 210 224 198 180 188 193 154Total de Alunos Retidos 41 35 41 36 38 11 25Percentagem de Retidos 19,52 15,62 20,70 20,00 20,21 5,69 16,23
8. Total de Alunos Avaliados 136 169 192 163 151 147 177Total de Alunos Retidos 13 17 15 18 13 11 25Percentagem de Retidos 9,55 10,05 7,81 11,04 8,60 7,48 14,12
9.
Total de Alunos Avaliados 111 125 154 142 153 139 144Total de Alunos Retidos 12 20 3 31 11 27 21Percentagem de Retidos 10,81 16,00 1,94 21,83 7,18 19,42 14,58
Com efeito, ao longo dos ltimos 7 anos lectivos as taxas de insucesso
educativo tiveram maior incidncia em anos de escolaridade que poderemos
considerarestratgicos, nomeadamente 2. e 4. ano de escolaridade (1. ciclo), 5. e
6. ano de escolaridade (2. ciclo), 7. e 9. ano de escolaridade (3. ciclo). De facto,
estes resultados demonstram que nos incios de ciclo e nos finais dos mesmos que
h maior incidncia de insucesso educativo. O 2. ano de escolaridade (1. ciclo),
revela aqui a tendncia de inicio de ciclo substituindo nesta tendncia o 1. ano de
escolaridade em virtude de, neste ano, no haver lugar a retenes. De resto no 1.
ciclo, e apesar de ao longo destes 7 anos lectivos termos assistido a uma inverso do
insucesso educativo, o facto que no 2. e no 4. ano de escolaridade que este tem
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maior incidncia, como de resto o no 6. ano de escolaridade (2. Ciclo) e no 7. ano
de escolaridade (3. ciclo), embora, aqui, no sejam negligenciveis o 5. ano de
escolaridade (2. ciclo) e o 9. ano de escolaridade (3. ciclo). Estes dados, e os
resultados que lhes esto associados, demonstram com alguma clareza que existemproblemas de articulao entre ciclo e anos de escolaridade com consequncias no
desenvolvimento e aquisio de aprendizagens e no prprio aproveitamento escolar dos
alunos. Com efeito nas transies de ciclo que existem maiores perdas de
sucesso educativo, e esta tendncia, embora com menor incidncia, depois
retomado nos finais de ciclo, o que natural, dado que, apesar da seleco que nos
anos de escolaridade intermdios efectuada, o facto que os critrio de aprovao
ou no aprovao so mais restritos, o que agrava e acentua as dificuldades e
problemas verificados, e para alm disso, pressupe, no final do 3. ciclo, a interveno
da avaliao externa, nomeadamente os exames nacionais de Lngua Portuguesa e
de Matemtica no 9. ano de escolaridade.
De resto, desde que aqueles exames foram implementados, 2004/2005, e que o
resultado dos mesmos pesou para na deciso quanto aprovao ou no dos
alunos, os resultados alcanados por este Agrupamento de Escola foram os que se
sintetizam no seguinte quadro:
Ano
Lectivo
Avaliao Final
(Interna e Externa)
Lngua Portuguesa MatemticaResultado dos
ExamesAvaliao interna
Resultado dos
ExamesAvaliao interna
Aprovados Retidos Positivas Negativas Positivas Negativas Positivas Negativas Positivas Negativas
2004/
2005
(E) 141
(94,0)
9
(6,0)
113
(76,4)
35
(23,6)
133
(89,8)
15
(10,2)
43
(29,1)
105
(70,9)
97
(65,5)
51
(34,5)
(G) 142
(92,8)
11
(7,2)Desvio: + 13,4 Desvio: + 36,4
Resultados Nacionais: (77,0) (23,0) Desvio: (29,0) (71,0) Desvio:
(-0,6) (+0,6) (0,1) (0, 1)
2005/
2006
(E) 113
(88,3%)
15
(11, 7)
75
(58,6)
53
(41,4)
110
(85,9)
18
(14,1)
63
(49,3)
65
(50,7)
100
(78,1)
28
(21,9)(G) 113
(80,7)
27
(19,3)Desvio: + 27,3 Desvio: + 28,8
Resultados Nacionais: (54,0) (46,0)Desvio:
(4,6) (4,6)(36,0) (64,0)
Desvio(13,3) (13,3)
2006/
2007
(E) 127
(92,0)
11
(8,0)
118
(85,5)
20
(14,5)
103
(74,6)
35
(25,4)
43
(31,4)
94
(68,6)
102
(74,4)
35
(25,6)(G) 122
(85,3)
21
(14,7)
Desvio: - 10,9 Desvio: + 43,0
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Resultados Nacionais: (86,3) (13,7)Desvio:
(-0,8) (+0,8)(27,2) (72,8)
Desvio
(4,2) (4,2)
Da anlise deste quadro e dos resultados alcanados o que se verifica que, em
termos globais, e no que respeita a avaliaes positivas nos exames, ao longo dos 3
anos em que os mesmos foram implementados, os resultados alcanados por este
Agrupamento de escolas, situaram-se sempre muito prximos dos resultados
nacionais, chegando mesmo a super-los, embora, ou apesar disso, no caso da
disciplina de matemtica nunca tenhamos chegado aos 50% de resultados positivos
(estivemos prximos em 2005/2006 com 49,3%), de resto o mesmo se verificou a nvel
nacional.
Com efeito, verificamos que na disciplina de Lngua Portuguesa os resultados
alcanados situaram-se sempre em nveis positivos e que os desvios negativos em
relao media nacional foram sempre residuais, chegando mesmo em 2005/2006 a
apresentar resultados francamente mais positivos que mdia nacional. No entanto,
trata-se de resultados que em termos de nvel se situaram sempre entre os 2,6 e os 3,
o que um nvel muito abaixo do que seria expectvel e desejvel, tanto mais que,
o desvio em relao avaliao sumativa interna, com excepo do ano lectivo de
2006/2007, foi sempre muito elevado. Este facto demonstra que a performance dos
alunos nos exames nacionais naqueles anos lectivos ficou aqum do seu desempenho
interno. A excepo verificou-se no ano lectivo de 2006/2007, onde de facto o
desempenho interno foi pior do que o desempenho nos exames.
J no que respeita disciplina de Matemtica os resultados alcanados situaram-se
sempre em nveis negativos, no entanto, os desvios em relao media nacional foram
sempre positivos, chegando mesmo em 2005/2006 a apresentar resultados francamente
mais positivos que mdia nacional (13,3%). Em termos gerais, e nos trs anos em que
fomos chamados realizao daqueles exames, os resultados alcanados em termos
de nvel se situaram sempre entre os 1,8 e os 2,0 o que um nvel muito abaixo do
que seria expectvel e desejvel, tanto mais que, o desvio em relao avaliao
sumativa interna foi sempre muito elevado. Este facto demonstra que a performance dos
alunos nos exames nacionais ficou sempre aqum do seu desempenho interno.
Em todo caso, estes dados revelam alguns dos problemas e das dificuldades que
esta escola/agrupamento tem para promover as aprendizagens e desenvolver as
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competncias previstas e estabelecidas com maior sucesso, indiciam alguma
desarticulao e falta de eficcia no estabelecimento de programas e estratgias
promotoras das aprendizagens, do desenvolvimento das competncias e de sucesso
educativo, a que no ser alheia a pouca valorizao da escola e da escolarizao, bem
como a sua importncia para a qualificao por parte dos alunos e das famlias. Tudo
isto apesar das inmeras estratgias, medidas e programas implementados para corrigir
o fraco desempenho.
, por isso, com profunda preocupao que verificamos que estes resultados
so pouco consentneos com o trabalho desenvolvido e com o investimento feito
pela escola e pelos professores.
certo que estes resultados revelam a tendncia dos resultados nacionais,contudo, e em termos globais, no que respeita ao desempenho dos nossos alunos
naqueles exames, temos de considerar que estes resultados so fracos, ficaram
muito aqum do que era expectvel e no so consentneos com o propsito deste
Projecto Educativo e com a edificao de uma escola, agrupamento de excelncia e de
sucesso educativo, por isso, estes resultados, requerem de todos, mobilizao,
empenhamento e persistncia no sentido de os alterar.
Dentro desta preocupao, reafirma-se a profunda frustrao pelos resultados disciplina de Matemtica, que de resto, confirmam o mau desempenho verificado por
esta escola nas provas de aferio do 6. ano realizadas em 2006/2007 , e a
necessidade de urgentemente se estabelecer um plano de interveno que inverta
esta tendncia a esta disciplina, isto apesar de estarmos j em plena aplicao do
Plano de Aco da Matemtica.
Em todo caso, e com excepo disciplina de matemtica do 6. ano de
escolaridade, o desempenho deste Agrupamento de Escolas nas provas deaferio de Lngua Portuguesa e Matemtica do 4. e 6. ano de escolaridades
realizadas pelos alunos no ano lectivo 2006/2007, fogem quela tendncia, j que, em
termos de percentagem de positivas e negativas apresenta melhores resultados que os
resultados nacionais, conforme se constata no seguinte quadro:
Lngua Portuguesa - 4 ano (202 alunos)Agrupamento Nacional
Positivas Negativas Positivas Negativas Desvio
96.2 % 3.8 % 89.1 % 10.9 % 7.1 %______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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Matemtica - 4 ano (201 alunos)89.8 % 10.1 % 80.3 % 18.7 % 9.5 %Lngua Portuguesa - 6 ano (187 alunos)86.3 % 13.7 % 85.4 % 14.4 % 0.8 %Matemtica - 6 ano (187 alunos)
41.6 % 58.3 % 58.9 % 41.1 % 17.3 %
Contudo, se acrescentarmos a esta anlise a anlise dos mesmos resultados
considerando a percentagens de respostas absolutamente correctas aos itens
indicados, dentro de cada competncia especfica (caso da Lngua Portuguesa) e de
cada rea temtica (Matemtica), obtemos indicadores mais precisos e rigorosos
quanto ao desempenho deste Agrupamento dentro de cada competncia especfica
(Lngua Portuguesa) e de cada rea temtica (Matemtica), sobretudo na comparao
entre valores de turma e de escola, e de escola relativamente ao todo nacional:
Respostas correctas segundo a competncia especfica (ou domnio temtico) para estaUnidade OrgnicaLngua Portuguesa - 4 ano (202 alunos)Mdias Agrupamento Nacional DesvioExpresso Escrita 29,11% 32,6% -3,49Conhecimento Explcito da Lngua 67,51% 64,2% 3,31Leitura 62,76% 63,2% -0,44Matemtica - 4 ano (201 alunos)lgebra e Funes 74,38% 70,5% 3,88Estatstica e Probabilidades 66,92% 59,9% 7,02Geometria e Medida 76,55% 70,4% 6,15Nmeros e Clculo 73,56% 64,6% 8,96Lngua Portuguesa - 6 ano (187 alunos)Expresso Escrita 34,14% 34,7% -0,56Conhecimento Explcito da Lngua 8,24% 11,5% -3,26Leitura 60,26% 63,5% -3,24Matemtica - 6 ano (187 alunos)
lgebra e Funes 62,83% 66,9% -4,07Estatstica e Probabilidades 71,93% 73,2% -1,27Geometria 32,98% 41,1% -8,12Nmeros e Clculo 27,86% 40,1% -12,24
Adverte-se, no entanto, que estes indicadores no podem ser considerados
como notas ou classificaes (dos alunos) mas apenas como indicadores teis na
comparao entre valores de turma e de escola, e de escola relativamente ao todo
nacional.
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O que esta comparao nos demonstra claramente que, no 4. ano de
escolaridade, e no que respeita Lngua Portuguesa, na competncia da expresso
escrita que obtivemos a menor percentagem de resposta absolutamente correctas
(29,11%) e que embora este desempenho esteja dentro da tendncia nacional, o facto
que mesmo em relao ao desempenho nacional estivemos pior j que o desvio
negativo (- 3, 49 %).
Tambm na competncia da leitura, apesar da percentagem de resposta
absolutamente correctas ser positiva, (62,76 %) o facto que em relao ao
desempenho nacional o desvio negativo (-0,44 %), residual mas negativo, o que
significa que tambm nesta competncia estivemos pior que a mdia nacional.
Espantosamente ou no, no conhecimento explcito da Lngua que temos os
melhores desempenhos (67,51 %), mesmo em relao ao desempenho nacional j que
o desvio claramente positivo (+ 3,31 %). J no que respeita ao 6. ano de
escolaridade, em todas as competncias especficas ficamos abaixo do desempenho
nacional, sendo que no conhecimento explcito da lngua que o nosso desempenho
apresenta piores resultados, e que estes so mesmos preocupantes. Com efeito, o
nosso desempenho nesta competncia muito mau j que apenas conseguimos 8,24 %
de respostas absolutamente correctas. Contudo, o desempenho nacional apesar de
melhor que o nosso (+3,26%) tambm francamente mau, o que nos ajuda a estar
dentro da tendncia nacional. Segue-se, pela negativa, a competncia especfica da
expresso escrita que apesar de estar claramente na tendncia do desempenho
nacional, o desvio, apesar de negativo, residual (-0,56%). Em todo caso o nosso
desempenho negativo j que apenas conseguimos 34,14% de respostas
absolutamente correctas. A competncia da Leitura, onde apesar de o nosso
desempenho apresentar um desvio negativo de 3,24% em relao ao desempenho
nacional, o facto que conseguimos 60,26% de respostas absolutamente correctas.No que respeita matemtica, e em relao ao 4. ano de escolaridade, em todas
as unidades temticas obtivemos percentagens de resposta absolutamente correctas
francamente positivas, e mesmo na comparao com o desempenho nacional o desvio
sempre positivo e a nosso favor. Assim, sobressai desde logo o desempenho na
Geometria e medida onde obtivemos 76,55 % de resposta absolutamente correctas e
com um desvio de 6, 15% a nosso favor em relao ao desempenho nacional. Segue-se
a lgebra e funes com 74,38 de resposta absolutamente correctas e com um desvio______________________________________________________________________Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar, Guimares
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de 3, 88% a nosso favor em relao ao desempenho nacional. Depois aprecem os
nmeros e clculos com 73,56 % de resposta absolutamente correctas e com um
desvio de 8, 96% a nosso favor em relao ao desempenho nacional. Finalmente, e com
o pior desempenho, mas, ainda, assim positivo e com melhor desempenho que o
nacional (+ 7,02), aparece a Estatstica e probabilidades com 66,92% de resposta
absolutamente correctas. Quanto ao 6. ano de escolaridade o que esta comparao
nos demonstra claramente que, em todos os domnios temticos ficamos abaixo do
desempenho nacional, sendo que no domnio temtico dos Nmeros e Clculos que
o nosso desempenho apresenta piores resultados. Com efeito, o nosso desempenho
neste domnio muito fraco j que apenas conseguimos 27,86 % de respostas
absolutamente correctas. Mesmo em relao ao desempenho nacional e apesar deste
tambm se ficar por um desempenho negativo, o facto que o nosso desvio em relao
ao desempenho nacional de (-12,24%) o que apesar de revelar a tendncia nacional
muito negativo. Segue-se, pela negativa, o domnio temtico da Geometria. Com efeito,
o nosso desempenho neste domnio fraco j que apenas conseguimos 32,98 % de
respostas absolutamente correctas. Valha-nos o facto do desempenho nacional apesar
de melhor que o nosso (+8,12%) tambm negativo, o que nos ajuda a estar dentro da
tendncia nacional. Mesmo nos domnios temticos onde conseguimos percentagens
positivas de respostas absolutamente correctas, nomeadamente na Estatstica e
probabilidade (71,93) e lgebra e funes (62,83), o facto que o desvio em relao
ao desempenho nacional negativo (-1,27%) no primeiro caso e (4,07%) no segundo
caso.
Um dado que importa reter, que se cruzarmos os resultados obtidos no 4. ano
com os obtidos no 6. ano, verificamos que estes so incoerentes. Com efeito o pior
desempenho do 4. ano na Lngua Portuguesa na competncia especfica da
expresso escrita (29,11%),j no 6. ano no conhecimento explcito da Lngua (8,24%).
Na matemtica, o pior desempenho do 4. ano de escolaridade na estatsticas e
probabilidades, embora com percentagem positiva de respostas absolutamente
correctas (66,92), j no 6. ano nmeros e clculos (27,86%), que curiosamente
um dos domnios que o 4. ano tem melhor desempenho. Como de resto, tambm, no
6. ano o melhor desempenho nas estatsticas e probabilidades.
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Parece, por isso, claro que o plano de aco a elaborar no caso do 4. ano se deve
concentrar no que Lngua Portuguesa diz respeito no desenvolvimento das
competncias especficas da expresso escrita, sem contudo deixar de melhor os
desempenhos na Leitura e no conhecimento explcito da Lngua. Em relao ao 6.
ano, claro que a preocupao se deve centrar com maior acuidade no
conhecimento explcito da Lngua, mas tambm na expresso escrita. Mesmo a
competncia da Leitura precisa de ser melhorada.
No que respeita matemtica, no 1. Ciclo precisamos de melhorar o domnio da
estatstica e das probabilidades, e os outros domnios procurando melhores
desempenhos,j no 6. ano precisamos de melhorar todos os domnios, em particular
os nmeros e clculos onde estamos francamente mal,mas tambm a geometria.
Em ambos os casos, parece claro que o plano de aco ter necessariamente que
contemplar um captulo para a articulao entre o 1. e o 2. ciclo, entre o 4. e 5. ano
de escolaridade e entre este e o 6. ano, j que estes resultados demonstram
claramente que no h articulao nem sequencialidade entre estes dois ciclos e anos
de escolaridade.
De resto estes resultados na sua globalidade revelam a tendncia dos resultados
nacionais.
Em todo caso, nas disciplinas de Lngua Portuguesa e Matemtica que ao
longo dos 7 ltimos anos lectivos, em todos os ciclos e anos de escolaridade,
verificamos maior incidncia de nveis negativos. Com efeito, na disciplina de Lngua
Portuguesa as percentagens de insucesso situam-se em mdia na ordem dos 23,2%,
20,6% no 2. Ciclo e 25, 9% no 3. Ciclo, a disciplina de Matemtica na ordem dos
26,1%, 19,2% no 2. Ciclo e 33, 1% no 3. Ciclo. Segue-se a Disciplina de Francs com
24,7% 3. Ciclo, Ingls com 22, 3%, 19,2% no 2. Ciclo e 25, 4% no 3. Ciclo e HGP do
2. ciclo com 15,5.
Finalmente, estes dados mostram alguns dos problemas e das dificuldades que
este agrupamento tem para promover as aprendizagens e desenvolver as
competncias previstas e estabelecidas, indiciam alguma desarticulao entre os
diferentes ciclos de ensino e anos de escolarid