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PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS ATRELADOS AO
LÚDICO
Autora: Marilda Bueno1
Orientadora: Ceres Ribas Hübner2
Resumo
O presente artigo que aqui está sendo apresentado faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – Turma 2010, abordando o tema: “Produção de Materiais Didático Pedagógicos, Atrelados ao Lúdico”. O estudo de caráter teórico prático foi desenvolvido para professores e alunos da rede pública estadual do Paraná. As atividades foram realizadas com as 6ª séries do Ensino Fundamental de escola pública do Município de Campo Mourão - PR. com o objetivo de que compreendessem que o material didático-pedagógico é o componente essencial ao processo de ensino-aprendizagem dos alunos e o lúdico ajuda a incentivar o ensino de qualquer disciplina, sendo importante para o desenvolvimento integral do ser humano. A justificativa da escolha do tema foi à necessidade de orientar os professores nesse trabalho, mostrando-lhes que a função do material didático e do lúdico, é enriquecer e motivar as aulas. A metodologia usada foi de pesquisa bibliográfica, baseando nas ideias de vários autores que tratam do assunto, coletando textos que discorrem sobre materiais didáticos, sobre jogos lúdicos educativos, para propor a confecção de alguns materiais, nos grupos de estudo, com os profissionais da educação, bem como pesquisar jogos educativos para trabalhar nas aulas e torná-las mais significativas. Cadernos, lápis, réguas, livros em geral, são os materiais mais utilizados nas atividades do dia a dia escolar, porém, só com estes, as aulas não se tornam muito atraentes e os alunos se sentem desmotivados. Uma alternativa para solucionar o problema seria o uso de materiais didáticos pedagógicos diferenciados, atrelando-os ao lúdico. Essas abordagens serviram de suporte para o trabalho desenvolvido na sala de aula, quando se realizaram reflexões com o intuito de proporcionar atendimento de qualidade a todos os alunos. Palavras-chave: Materiais didáticos, Lúdico, Professores, Alunos.
1 Professora (Orientadora Educacional) da Rede Estadual de Ensino, integrante da turma do Programa de
Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE: 2010/2011. 2 Professora Orientadora – IES Vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM/ FECILCAM.
2
Abstract
This article is being presented here is part of the Educational Development Program - EDP - Class 2010, addressing the theme: "Production of Instructional Materials Pedagogical trailers to Playful." The study of theoretical and practical character was designed for teachers and students of public schools in Paraná. The activities were held with six grades of primary public school in the city of Campo Mourao - PR. in order to understand that the teaching-learning material is the essential component in the process of teaching and student learning and play helps encourage the teaching of any discipline. The justification of the choice of theme was the need to guide teachers in this work, showing them that the function of teaching material and the playful, the motivation is to be enriched classes. The methodology used was literature research, based on the ideas of several authors dealing with the matter, collecting texts that talk about textbooks on educational fun games, to propose the construction of some materials, the study groups, with the education professionals as well as educational games search for work in class and make them more meaningful. Remember that notebooks, pencils, rulers, books in general, are the materials most used in day to day school, but only with these, the classes are not very attractive and make students feel discouraged. An alternative to solve the problem would be to use different pedagogical learning materials, and tying them to play. These approaches would support the work in the classroom, making reflections with the aim of providing quality care to all students. Key-words: Teaching materials, Playful, Teachers, Students.
1 Introdução
Atualmente ainda observamos que o ensino em algumas escolas continua
se dando de forma tradicional, descontextualizado, inflexível e imutável, onde o
aluno se torna um mero espectador em sala de aula e não um sujeito participante da
sua própria construção do saber.
Também encontramos educadores que consideram o uso de materiais
didáticos pedagógicos e do lúdico, como caráter “improdutivo”, como “perda de
tempo” e percebemos que isto significa anular o aluno no papel que ocupa num
contexto social específico, a educação a que ele se submete a integrar-se e
conhecer-se a si mesmo, formando a sua autoimagem e conceitos sobre o mundo
ao qual está inserido.
3
É verdade que existem boas escolas que desenvolvem atividades em sala
de aula utilizando materiais didáticos variados, jogos e brincadeiras,
descaracterizando o mito de que a sala de aula é o espaço da aprendizagem, da
atividade “séria”, que não é o lugar de brincadeiras.
A forma de pensar em educação, e que fundamenta a prática dos
educadores quase de modo geral, consiste no pouco ou nenhum conhecimento a
respeito de ludicidade, o que comprova a prática tradicional exercida por muitos, que
ao reprimirem as atividades lúdicas na formação do aluno das séries iniciais e finais,
está adestrando o adulto de amanhã, não valorizando a sua criticidade,
desrespeitando-o como um ser ativo, atrapalhando sua espontaneidade e liberdade
de ação na sociedade em que vive.
O despreparo para confecção de materiais didáticos pedagógicos, a
insegurança, falta de vontade e indisposição para este aprendizado, por vezes
impedem a concretização da aprendizagem de qualidade. Mesmo com os materiais
e uso da ludicidade, o professor continua a confrontar-se com sérias dificuldades em
sua prática pedagógica.
Quando pensamos na inutilidade de uma aprendizagem mecânica, que
trabalha só com objetivo de leitura de códigos, não se apoiando em ideias e
conhecimentos construídos pelos educadores e educandos têm-se vontade de
buscar embasamento teórico entre autores, à luz de Piaget e Vygotsky ou outros
que discorram sobre o assunto. Com isso constata-se que a verdadeira concepção
acerca do lúdico está totalmente distante da percepção dos educadores, e que
infelizmente não possuem respaldo suficiente para trabalharem com essa proposta.
Nesse contexto dá para perceber que o jogo não vem sendo usado de
maneira certa, a brincadeira é desvalorizada, por ser compreendida como um
simples passatempo e/ou divertimento. Apenas o educador experiente sabe que o
brincar desenvolve inúmeras funções, cabendo ao professor aproveitar esta ação e
adequá-la aos inúmeros conteúdos exigidos pelo currículo escolar.
A valorização, pelo professor, do caráter lúdico e educativo dos jogos e
brincadeiras, torna o espaço de sala de aula adequado ao desenvolvimento do
educando, assim como ao aprendizado dos conhecimentos escolares.
Espera-se com esse artigo incentivar os educadores a tomarem consciência
do valor do uso de materiais didáticos e do jogo, porque além dessas atividades
proporcionarem o prazer de aprender, é fundamental também para o possível
4
“ressurgimento” do aluno enquanto sujeito do processo de construção do
conhecimento, tendo obviamente a orientação do professor, que deverá incentivar o
estudante a despertar sua imaginação, fantasia, criatividade, linguagem,
pensamento, dentre outros fatores relacionados ao desenvolvimento humano.
2 Materiais Didáticos Pedagógicos
Conforme Leite (2003) o uso de materiais pedagógicos possibilita ao
indivíduo trabalhar com imagens e movimentos, que promovem uma maior
flexibilidade de reflexão, maior abrangência e possibilidade distintamente
diferenciada de constituir e ampliar o processo de exploração conceitual
desenvolvido em sala de aula.
Para o autor citado, os materiais didáticos, se bem escolhidos e usados, se
forem de qualidade e adequados ao planejamento do professor, são grandes
instrumentos de apoio no processo de ensino-aprendizagem.
Sendo assim, entendendo material didático como um instrumento mediador
entre o aluno e o conhecimento, para que ele possa apreender o sentido e
significado do conteúdo de ensino, atribuímos ser de igual importância a produção e
utilização de materiais didáticos no ensino e a formação permanente de professores.
Dessa forma, para promover as reformas pretendidas no Ensino de modo geral, é
urgente a produção de recursos didáticos e concomitantemente a formação de
professores que incorporem os novos pressupostos.
Os materiais didáticos pedagógicos, mais comuns conforme Leite (2003)
são: álbum seriado, cartazes, flanelógrafo, gráficos, gravuras, ilustrações, letreiros,
livros, mapas, maquete, mimeógrafo, quadro de giz, rádio, reálias, revistas, slides,
retroprojetor, transparências, varal didático, desenhos, filme, folders, gravador,
histórias em quadrinhos, jornais, mural didático, computador, data show, televisão,
textos, videocassete.
Leite (2003) enfatiza que a primeira regra para a utilização de qualquer
material didático pedagógico é: se não estiver bem elaborado, construído, ou se
não souber utilizar, não o use! Vá buscar esse conhecimento!
5
Para a autora, os materiais didáticos não podem ser vistos pelos
professores como se fossem as aulas em si. Ao utilizar um filme, deve interromper a
projeção, fixar cenas, discutir com os alunos, fazer relatório, organizar jogo a
respeito do assunto.
Outro aspecto importante destacado por Leite (2003) diz respeito à seleção.
Os materiais precisam ser adequados aos objetivos propostos para a aprendizagem,
devem apoiar as atividades, sendo de acordo com os conteúdos e a metodologia
empregada. E quando não dá certa a utilização do recurso didático, o que fazer?
Segundo a autora citada, o professor deve já ter preparado outra atividade,
caso isto aconteça. Esporadicamente pode deixar-se conduzir pela inspiração. Se
dominar o conteúdo com profundidade, certamente ele encontrará rapidamente uma
alternativa. Os alunos podem colaborar na confecção dos materiais didáticos
pedagógicos que favorecem a concretização do ensino, tornando ideias e conceitos
mais próximos da realidade.
Os materiais didáticos pedagógicos ou qualquer recurso didático são
considerados elementos essenciais no trabalho dos conteúdos escolares com os
alunos. Nosso estudo tenta mostrar que eles têm a função de mediar relações
didáticas que ocorrem na sala de aula.
Do nosso ponto de vista, os recursos didáticos são essencialmente
mediadores já que possibilitam uma efetiva relação pedagógica de ensino-
aprendizagem. Defendemos que tais recursos são mediadores tanto no trabalho dos
educadores nos momentos em que expõem os conteúdos escolares, como nos
trabalhos de grupos dos alunos, momento em que realizam reflexões sobre o
conteúdo escolar abordado na aula.
Pesquisas atuais de Morán (1997) e Moraes (1997) mostram que o
conhecimento se processa de forma interligada, mas com ênfase em caminhos
diferentes para cada pessoa. Uns se apoiam mais no visual, outros no sonoro,
outros no sinestésico.
6
2.1 O Lúdico
Analisando a experiência dos professores, percebemos que a escola precisa
evoluir trazendo atrativos para ter condições de competir com os interesses lúdicos
que rodeiam os alunos fora do mundo escolar. Uma das opções da escola para
empolgar os estudantes, é desenvolver a aprendizagem trabalhando com atividades
lúdicas educativas e muitas delas para serem desenvolvidas, requerem algum
material didático pedagógico.
O lúdico faz parte da atividade humana caracterizando-se por ser
espontâneo, funcional e satisfatório. Na atividade lúdica não importa apenas o
resultado, mas sim, a ação, o movimento vivenciado.
Segundo Kraemer (2007, p. 13) as atividades lúdicas educativas
representam hoje, uma forma moderna de ensinar em sala de aula, servindo de
instrumento de apoio divertido e alegre, dirigido ao professor e indiretamente ao
aluno, tendo o objetivo de trabalhar de maneira diferenciada as dificuldades de
aprendizagem. Leva o aluno a sentir-se estimulado e em condições de desenvolver
o processo de construção do conhecimento com sucesso e, portanto, leva à
aprendizagem.
As atividades lúdicas educativas que os manuais trazem não são estáticas e
cada professor deve usá-las em séries diferentes, mas fazendo as devidas
adaptações para sua realidade. Por meio das atividades lúdicas, o aluno desenvolve
sua coordenação motora, atenção, movimento ritmado, conhecimento quanto à
posição do seu corpo, direção a seguir e outros, participando do desenvolvimento
em seus aspectos biopsicológicos e sociais. No sentido de benefício físico, a
ludicidade satisfaz as necessidades de crescimento e de competitividade dos alunos
(BITENCOURT, 2002, apud MENEZES, 2010).
Vygotsky (1998) entende que o lúdico influencia o desenvolvimento do ser
humano. É através dele que o estudante aprende a agir, sua curiosidade é
estimulada, consegue tomar iniciativa adquirindo autoconfiança. O jogo proporciona
o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.
Ainda conforme Vygotsky (1998, p. 126), “é no brinquedo que a criança
aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa,
7
dependendo das motivações e tendências internas, e não pelo dos incentivos
fornecidos pelos objetos externos”.
O estudante torna-se menos dependente da sua percepção e da situação
que a afeta de imediato, começando a dirigir seu comportamento também por meio
do significado dessa situação: “o indivíduo vê um objeto, mas age de maneira
diferente em relação àquilo que vê e assim, é alcançada uma condição em que ele
começa a agir independentemente daquilo que vê” (VYGOTSKY, 1998, p. 127).
Ao brincar, a pessoa passa a separar pensamento (significado de uma
palavra) de objetos e a ação surge das ideias. Por exemplo: um pedaço de madeira
se torna um boneco. Isso representa evolução na maturidade da pessoa.
Segundo Vygotski, Luria e Leontiev (1988. p. 130) “... nos brinquedos no
período escolar, as operações e ações dos alunos são sempre reais, sociais, e nelas
eles assimilam a realidade humana”.
Para estes autores, o aluno apresenta como característica o querer agir em
relação aos objetos para poder exercer domínio sobre eles, apesar de nem sempre
possuir as ferramentas necessárias para isso. Diante desta constatação, para
minimizar a distância entre o “querer” e o “conseguir”, a pessoa faz uso da
ludicidade, que não é considerada uma atividade produtiva e o seu objetivo está na
própria ação.
Os autores enfatizam que o jogo não nasce de uma situação imaginária, e
sim, de uma situação real, mas pela impossibilidade de realização de uma ação real,
procura na imaginação uma solução efêmera.
Vygotsky (2001) reafirma que a brincadeira é o meio natural para que o ser
humano possa desenvolver comportamentos morais. Na atividade lúdica o aluno
encontra uma considerável quantidade de normas, que não foram estabelecidas por
adultos.
Os professores precisam despertar o interesse dos educandos e para que
isto ocorra, o primeiro passo é conhecê-los e o segundo, é motivá-los. Para isto
ocorrer é necessário proporcionar aulas diferentes com atividades atraentes
(KRAEMER, 2007). Devem ter em mente que o aluno precisa passar a infância
brincando e o adolescente gosta de atividades lúdicas.
Para preencher estas necessidades dos alunos, é preciso que lhe ofereça
atividades lúdicas educativas para desenvolver os conteúdos e proporcionar a
aprendizagem de forma agradável e descontraída, porém disciplinada.
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No entender de Kraemer (2007) para que as atividades lúdicas educativas
se tornem instrumentos pedagógicos, devem estar sintonizadas com o planejamento
desenvolvido em sala de aula, e todo material apresentado de forma diferente, é
mais atrativo e interessante para o aluno, tornando-o descontraído, crítico, pensador,
pesquisador. Enfim, desperta maior curiosidade, fazendo com que ele aprenda.
Então o professor se sente recompensado com o êxito de seu trabalho e a tarefa de
ensinar, se torna menos árdua para ele.
Ainda segundo Kraemer (2007, p. 17):
Para o professor conseguir um material criativo e interessante além de seu esforço próprio, a escola precisa disponibilizar uma biblioteca abastecida com livros de autores conceituados e atuais, onde se possa pesquisar para esclarecer dúvidas, aperfeiçoar os conhecimentos e tirar idéias. É preciso do apoio da direção e da coordenação pedagógica para colocar em prática ou desenvolver sua criatividade.
Refletindo sobre o que foi apresentado e pensando na prática de sala de
aula, percebemos que quando o professor tem condições de apresentar aulas
criativas e interessantes, realmente os alunos sentem prazer em estar estudando, o
rendimento escolar torna-se satisfatório e a escola fica respeitada na sociedade em
que atua, por trabalhar de forma diferenciada.
2.2 A Construção dos Materiais Concretos e Uso de Jogos nas Aulas
Os materiais mais utilizados nas atividades do dia a dia escolar são
cadernos, lápis, réguas, livros em geral, mas só com estes, as aulas não se tornam
muito atraentes e os alunos se sentem desmotivados. Uma alternativa para
solucionar o problema seria o uso de materiais didáticos pedagógicos diferenciados,
atrelando-os ao lúdico.
A construção dos materiais didáticos pedagógicos e elaboração de jogos
que, intencionalmente subsidiam o trabalho do educador, não ocorrem fortuitamente,
mas sim, com um propósito determinado e necessário a funcionalidade específica do
9
processo de construção da organização socioeconômico cultural e do
desenvolvimento tecnológico e científico do grupo social em questão.
Kraemer (2007) também apresenta muitas sugestões de jogos lúdicos
educativos em sua obra “Lendo, brincando e aprendendo”, sendo que para
confecção dos materiais a serem usados nos jogos, no ensino de conteúdos
escolares, os professores podem optar pelo mais oportuno. Os materiais são de fácil
confecção, que se tornam mais simples se forem utilizados um computador e uma
impressora.
Além do uso do computador e da impressora, o professor pode usar
carimbos e gravuras. O papel a ser usado é o da preferência do educador e a escola
e coordenação pedagógica deve ajudá-lo, fornecendo os materiais necessários. Se
os alunos possuírem habilidades, podem ajudar o professor na confecção. É
aconselhável usar a sala de aula para desenvolver as atividades lúdicas educativas.
Para a construção dos materiais didáticos pedagógicos deve-se levar em
consideração a função que estes terão em termos de aprendizagem e, portanto,
devem garantir algumas das dimensões do processo de construção dos
conhecimentos científicos quais sejam: a problematização da realidade; a
construção de sistemas explicativos segundo a ciência; o desenvolvimento da
linguagem científica especifica; a utilização dos conhecimentos construídos em
outros contextos e a construção de diálogos com outras formas de pensar.
Medeiros e Santos (2001) consideram como material didático-pedagógico o
material concreto, os jogos e os recursos audiovisuais, embora outros também
possam ser considerados.
O material concreto possibilita que o aluno manipule, visualize e construa
significados, conduzindo-o ao raciocínio. Através dele, o educando observa, faz
estimativa, relaciona informações, busca soluções para os problemas apresentados,
compara os resultados, produz novas ideias, para depois chegar à abstração. Dessa
forma, ocorre a construção do conhecimento.
A manipulação de materiais concretos pelos alunos possibilita superar a aula
tradicional, criando ambientes de aprendizagens, onde os próprios alunos constroem
seus conhecimentos, mediados pelo professor. Ressalta-se, igualmente, que o
material por si só não trará benefícios à aprendizagem, depende da interação do
aluno com o mesmo e da forma como o professor atua como mediador. Permite
enriquecer a construção de conceitos, tornando o ensino de todas as disciplinas
10
mais agradável, promovendo o desenvolvimento de atitudes investigativas, pois o
aluno, primeiramente, o manipula e posteriormente, abstrai. É o que apontam
Medeiros e Santos (2001):
[...] o uso de materiais concretos manipuláveis tem a característica de atrair a atenção e o interesse dos alunos e estudantes (mesmo adultos) propiciando uma oportunidade de eles doarem-se para um momento de encontro com a disciplina. Além disso, tais materiais podem ilustrar e exibir via modelos e analogias subjacentes, certas idéias e conceitos da disciplina (p. 98).
O uso desse tipo de material possibilita quebrar a rotina em que, muitas
vezes, se transformam as aulas e explorar um ambiente mais diversificado, rico em
recursos que permitem interações com os entes a serem estudados.
Assumimos o material concreto utilizado como meio de exploração e
investigação, conjecturas e demonstrações nesse processo, como uma ferramenta
indispensável e como potencial objeto de identificação de problemas, dos quais
resultam novas ideias e novos conceitos.
No processo de investigação, podem criar oportunidades e condições para o
estabelecimento de novos ambientes pedagógicos, nos quais os alunos, com papel
mais ativo e criativo, desenvolvem capacidades que lhes permitem construir o
próprio conhecimento. É importante destacar que o uso de material concreto em sala
de aula não irá substituir o lápis e o papel, mas será um instrumento presente e
disponível para uma prática educativa que quando bem planejada, estruturada e
com objetivos claros poderá trazer benefícios para a aprendizagem em geral.
O professor, quando realiza atividades com material concreto, deixa de ser
um mero transmissor de conhecimento, para assumir seu papel de mediador no
processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, podemos lembrar as palavras de
D’Ambrósio (1998, p. 80): “O professor que insistir no seu papel de fonte e
transmissor de conhecimento está fadado a ser dispensado pelos alunos da escola e
da sociedade em geral. O novo papel será o de gerenciar, de facilitar o processo de
aprendizagem”.
11
Como já mencionamos, existem outros recursos que podem ser utilizados
em sala de aula, com o intuito de prender a atenção dos alunos e despertar-lhe o
interesse e o desejo de aprender. Destacamos aqui os jogos.
O jogo é uma alternativa que, aliada a tantas outras, contribui para o
aprendizado das disciplinas, pois as atividades com esse recurso podem auxiliar o
aluno a ampliar sua linguagem, priorizar o trabalho em grupo, favorecer a troca de
ideias, o cálculo mental, a busca de estratégias, o cumprimento de regras pré-
estabelecidas, a concentração. Entretanto, depende da maneira como o mesmo será
utilizado.
Segundo Borin (1995, p. 18), “o jogo estimula as habilidades de testar,
observar, analisar, conjecturar, verificar, que compõem o raciocínio lógico, cujo
desenvolvimento é uma das metas do ensino da Matemática e caracterizam também
o fazer ciências”.
Outros aspectos muito importantes, trabalhados através do jogo, são: o
afetivo (na ajuda mútua dos participantes), o cognitivo (com o pensar para agir) e a
autonomia (o aluno tem que decidir).
Dessa forma, jogar é a oportunidade de participantes (educandos e
educadores) construírem um vínculo produtivo, pelo qual se fortalecerão num mundo
de buscas para alcançar os objetivos propostos. Se forem bem planejados, eles
constituem um recurso pedagógico para apresentar, fixar ou aprofundar conteúdos.
Por meio dos jogos, procuramos despertar no aluno a vontade de aprender,
incentivando-o a participar mais ativamente das atividades desenvolvidas e
quebrando a rotina do dia-a-dia.
Os jogos são uma das alternativas para tornar as aulas mais agradáveis e a
aprendizagem, fascinante, conseguindo despertar no aluno o interesse e a vontade
de buscar estratégias para a resolução de situações que lhe são apresentadas.
O caráter dado ao jogo em sala de aula depende de nossas concepções
sobre sua utilização e de nossos pressupostos em relação às vantagens ou
desvantagens do mesmo, pois somos autônomos e, como tal, temos e podemos
decidir o que queremos e como vamos explorar esse recurso em sala de aula.
Os jogos devem ser elaborados de forma que sejam interessantes e
desafiadores para os alunos. Alerta-se que é necessário saber lidar de forma
positiva com a competição que muitas vezes ocorre, sem incentivá-la, pois,
dependendo da maneira como for conduzida, poderá ter efeitos negativos.
12
Não é recomendável enfatizar o ganhar ou perder, mas a contribuição de
cada um para a aprendizagem, deixando bem claro que o objetivo do jogo é
despertar certas habilidades e não fazer uma competição, em que há ganhadores e
perdedores.
Segundo Almeida (2010), por meio de jogos, as aulas aproximam muito mais
os professores dos alunos, bem como estes estarão mais prontos e motivados para
a aprendizagem do conteúdo. Além disso, muito se crescerá nas relações pessoais,
no respeito mútuo, no trabalho em grupo e na cooperação.
Kraemer (2007, p. 18) entende que não haverá vencedores nem vencidos;
haverá vitoriosos na aprendizagem. “Trabalhar com jogos lúdicos educativos tornam
as aulas mais dinâmicas, proveitosas e agradáveis” enfatiza a autora.
De acordo com Santos (2010) o jogo educativo, o brincar, é uma ferramenta
a mais que o educador pode lançar mão para favorecer o desenvolvimento e a
aprendizagem dos alunos, proporcionando um ambiente escolar planejado e
enriquecido, que possibilite a vivência das emoções, os processos de descoberta, a
curiosidade e o encantamento, os quais favorecem as bases para a construção do
conhecimento.
A autora destaca ainda, que muitos educadores já perceberam que a
atividade lúdica é uma das mais educativas atividades humanas e não serve
somente para aprender os conteúdos escolares, mas ainda para afiar as habilidades
e educar as pessoas a serem mais humanas.
Para a mesma autora, quando os educadores propõem a criação de
espaços lúdicos como forma de implantar projetos pedagógicos inovadores,
deparam com inúmeras dúvidas que normalmente estão calcadas na relação teoria-
prática, ou seja, teoricamente reconhecem o valor dos jogos no processo de
aprendizagem, mas faltam-lhes as estratégias práticas, pois em sua formação
acadêmica as práticas lúdicas raramente faziam parte das atividades de formação,
deixando uma lacuna neste quesito.
Pelo valor das atividades lúdicas educativas, percebemos que elas podem
ser a luz que faltava para iluminar as mentes dos alunos. Então, os educadores
devem utilizar recursos que ativem a capacidade do educando para que descubra
um modo mais simples e eficiente de aprender; se assim o fizer essa capacidade
pode se tornar uma atitude permanente.
13
O lúdico é educativo quando desperta no aluno a curiosidade e os
educadores precisam aproveitá-lo em sala de aula como facilitador da
aprendizagem. Os jogos e as brincadeiras pedagógicas despertam nos alunos o
gosto pela vida.
Ao descobrir o brincar com intencionalidade educativa, descobre-se um
processo que torna a aprendizagem algo que os alunos desejam e se sentem
atraídos e, o mais importante, é que, também a escola pode cumprir a função não
só de ensinar, mas de educar.
Baseando-nos nas reflexões feitas, embasados nas leituras de diferentes
autores já citados, acreditamos que cabe aos professores mostrar um modo
diferente de brincar para aprender e argumentar com os pais, o valor das
brincadeiras no processo da aprendizagem. Então, haverá uma nova postura dos
pais frente ao brincar na escola, por entenderem o significado da atividade lúdica
que seus filhos realizam e, certamente, não a relacionariam apenas com a recreação
e lazer, mudando sua opinião a respeito da escola e dos educadores.
Com esta conscientização buscamos nos jogos, uma maneira diferente de
tratar didaticamente, os conteúdos de ensino, dando mais sentido e significado à
prática escolar.
Foi importante lembrar que o educador não deve usar o jogo pelo jogo, isto
é, o jogo apenas como técnica, mas usar os jogos e dinâmicas com intencionalidade
educativa e com objetivos claros que enriqueçam a sua ação e principalmente, que
essa ação possa modificar o comportamento dos alunos.
Embasando-se em Santos (2010), vimos que para trabalhar com atividades
lúdicas o educador precisa buscar a sua formação pessoal, isto é, vivenciar
atividades lúdicas que lhe permitam experimentar, descobrir, criar, aprender,
conhecer as possibilidades do jogo para si próprio e não apenas jogar como se
fosse uma criança ou voltar à infância. O jogo na escola deve ser visto como
atividade do aluno e do educador, por isso não é possível que o educador
desenvolva um jogo com os alunos sem nunca o ter vivenciado, porque seria como
ensinar um conteúdo sem sabê-lo.
O educador precisa ter vontade de mudar e a mudança não acontece como
num passe de mágica. É fundamental ter coragem de mudar, arriscar e
experimentar, para que cada um faça o seu próprio caminho. Para organizar essa
14
vontade de mudar e transformá-la em prática, devemos agir rápidos, mesmo na
incerteza.
Conforme Santos (1997), para o ser humano, brincar é viver. Esta é uma
afirmativa que se usam sendo muita aceita, pois a própria história da humanidade
nos mostra que as crianças sempre brincaram, brincam hoje e, certamente,
continuarão brincando. Sabemos que ela brinca porque gosta de brincar e que,
quando isso não acontece, alguma coisa pode não estar bem. É por isso que é de
grande importância o uso dos jogos.
3 Metodologia e Resultado da Prática
As atividades realizadas durante o trabalho serão apresentas na sequência:
Primeiramente foi apresentada a proposta de intervenção junto aos
professores do Colégio para discussão sobre o tema.
A seguir houve a aplicação de uma pesquisa de campo por meio de uma
entrevista para que os professores respondessem de acordo com a sua prática em
sala de aula, com o objetivo de diagnosticar sua percepção em relação ao uso de
material didático pedagógicos, pois como enfatiza Santos (2010), para trabalhar com
atividades lúdicas o educador precisa buscar a sua formação pessoal conhecendo
as possibilidades do jogo para si mesmo.
Foram feitas discussões com todos os professores sobre a importância do
material didático e do lúdico, tomando por base as diretrizes curriculares e o
referencial teórico pesquisado em várias obras que aparecem na referência final,
quando ficou compreendido que esses recursos são o componente essencial ao
processo de ensino e aprendizagem dos alunos, mas mesmo os alunos gostando de
jogar, por mais motivadora que seja a aula com jogos, este apenas deve ser
disponibilizado, se vier a reforçar a aprendizagem, pois como adverte Selbach
(2010, p. 13) “Um jogo descontextualizado do enfoque do conteúdo a aprender, é
somente brincadeira que diverte, mas não ensina”.
15
Questão Material D. Pedagógico Quantidade de Professores
1- Tipo de Material Cartaz TV Pendrive Transparência Data Show Slides Jogos
08 13 02 00 07 10
2 – Quantos Profº Cartaz 1 x por semana ....................... 03 Nunca usa ............................... 05 Uma x por mês ....................... 03 Quinzenalmente...................... 02
3 – (idem) Transparência 1 x por semana ....................... 02 Nunca usa ............................... 10 1 x por mês ............................. 00 Quinzenalmente...................... 01
4 – (idem) Slide 1 x por semana ....................... 04 Nunca usa ............................... 03 1 x por mês ............................ 02 Quinzenalmente...................... 04
5 – (idem) TV Pendrive 1 x por semana ....................... 08 Nunca usa ............................... 00 1 x por mês ............................. 02 Quinzenalmente...................... 03
6 – (idem) Data Show Nunca usa ............................... 00
7 – (idem) Jogo 1 x por semana ....................... 03 Nunca usa ............................... 03 1 x por mês ............................. 05 Quinzenalmente...................... 02
Tabela 1 – Dados quantitativos referentes à percepção dos educadores sobre recursos pedagógicos
Conforme a tabela, quanto às respostas dadas, o que se nota é que quase
todos os materiais didáticos pedagógicos que foram citados por Leite (2003) e que
estão na tabela são utilizados no dia a dia, por alguns professores com exceção do
Datashow, pois muitas escolas ainda não o possuem para disponibilizá-los aos
professores.
Nota-se que a transparência é o instrumento menos usado e que a TV
pendrive é o mais utilizado pelos professores.
Em relação à TV pendrive é a mais utilizada por ser de fácil aquisição, uma
vez que ela já se encontra presente e disponível em todas as salas de aula, para
uso dos professores.
Em se tratando de jogos, que Kraemer (2007) recomenda que devam estar
sintonizadas com o planejamento desenvolvido em sala de aula, por meio das
discussões realizadas na escola sobre os mesmos, deu para notar que muitos
educadores percebem a importância do lúdico na vida dos alunos e no aprendizado,
pois sabem que os jogos além de tornar as aulas mais dinâmicas, favorecem a
16
mediação entre professores e alunos, possibilitando a construção de conhecimentos,
mas eles apontam várias dificuldades para a sua aplicação na sala de aula.
No entanto, é preciso lembrar o que afirma Almeida (2010), que por meio de
jogos, as aulas aproximam os professores dos alunos e estes prontos e motivados
para a aprendizagem do conteúdo.
Também Vygotsky (1998) destaca que o lúdico influencia o desenvolvimento
do ser humano e o estudante aprende a agir, consegue tomar iniciativa e adquire
autoconfiança. Para ele o jogo contribui para desenvolver a linguagem, o
pensamento e a concentração.
De acordo com os problemas levantados e que impedem a sua efetivação
na escola seria: a falta de tempo para a confecção desses jogos, a falta de tempo
em casa citando além desta os filhos e o marido. Kraemer (2007, p. 17) alerta que
precisa do apoio da direção e da coordenação pedagógica para ajudar o professor a
colocar em prática ou desenvolver a criatividade.
Quanto a isto, no final da discussão todos foram unânimes de que a
proposta somente será viável se os professores puderem contar com o auxílio de
alguém que pudesse lhes dar suporte.
Durante as discussões realizadas no âmbito escolar, foi lembrado do que
Kraemer (2007) destacou que para se trabalhar com jogos é necessário o
planejamento das etapas que devem ser seguidas para que o jogo contribua para a
aprendizagem do aluno e possa também ajudar o professor em sua intencionalidade
educativa que é o ensino de determinado conteúdo. Também afirma que precisa ter
clareza nos objetivos propostos, pensar na avaliação, na organização dos alunos,
nos materiais necessários para a aula, no tempo de duração, na forma de
acompanhar os alunos durante o jogo, as situações a ser exploradas no grupo.
Com a organização dos grupos, ocorreu o momento que se constituiu na
escolha do material didático que poderia ser confeccionados, e realmente foram
pesquisados e confeccionados, pois como apresenta Kraemer (2007), são de fácil
confecção ainda mais com o uso de computador e impressora. Fez-se a
apresentação do que foi pesquisado, do material confeccionado, culminando com a
aplicação de jogos com comentários sobre o resultado, dando sugestões para
melhorá-los.
Um jogo aplicado numa aula de história de 6ª série foi “Jogo dos treze
pontos”, aplicado pela professora da turma.
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Este jogo é composto de treze perguntas e como na loteria, o jogador tem
que escolher uma opção para marcar o X numa tabela previamente organizada,
tendo treze nºs correspondentes às perguntas. Assim, na pergunta de nº um, se a
resposta correta for à letra A, coloca-se X na coluna “Um”. Se a resposta certa for à
letra B, coloca-se X na coluna do meio e se for à última resposta a correta, deverá
colocar X na terceira coluna e procede-se dessa maneira em todas as treze
perguntas.
O jogo dos “treze pontos” foi proveitoso, pois cada jogador colocou nele
muitos conhecimentos já adquiridos nas aulas anteriores, podendo servir para
revisar matéria dada e até como avaliação da aprendizagem. Neste jogo os alunos
se sentem envolvidos e desafiados a fazer os treze pontos.
Ainda outros jogos foram aplicados a título de troca de experiências práticas
que superam o modelo de ensino tradicional. A manipulação de materiais concretos,
o uso de jogos, cria ambientes de aprendizagem onde os próprios alunos junto com
o professor, constroem conhecimentos. O ensino se tornou mais agradável como foi
apontado por Medeiros e Santos (2001, p. 98) que os materiais concretos
manipuláveis têm o dom de atrair a atenção e o interesse dos alunos.
A conclusão das atividades realizadas foi com exposição do material
didático-pedagógico confeccionado, para serem vistos pela comunidade escolar,
dando explicações sobre o uso de jogos na educação, suas possibilidades como
estratégias de ensino, onde pode ser utilizado com o objetivo de construir
conhecimentos, treinar habilidades já estudadas, aprofundar questões importantes e
desenvolver estratégias de raciocínio lógico.
Como avaliação foi considerada a participação de todos os envolvidos e o
comprometimento dos educadores no desenvolvimento das atividades propostas, na
produção do material, na busca dos jogos e na apresentação, dos depoimentos
colhidos durante a exposição.
4 Considerações Finais
Com a implementação desta proposta, os professores tiveram a
oportunidade e condição de refletir sobre a função do uso do material didático
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pedagógico atrelado ao lúdico. O resultado foi satisfatório, principalmente porque
além dos objetivos terem sido alcançados, no final da aplicação da prática, já se
pode constatar maior participação pela mediação entre os alunos e deste com o
professor, segundo depoimentos dados pelos educadores participantes do grupo de
estudo que aplicaram em suas respectivas disciplinas.
Foi desenvolvida uma metodologia de ensino que possibilitou utilizar os mais
diversos recursos didáticos disponíveis, oportunizando ao estudante uma forma
diferenciada de adquirir o conhecimento até mesmo brincando.
Teve-se como objetivo oferecer aos professores e alunos uma metodologia
que os auxiliasse no processo ensino aprendizagem, possibilitando que a interação
entre eles ultrapasse os limites da sala de aula. Isto foi alcançado.
Notamos que a dinâmica das aulas foi melhorada utilizando material didático
pedagógico correto e a ludicidade em todas as disciplinas. Também percebemos
maior afetividade no relacionamento entre professor e aluno por causa da forma
prazerosa de estudar.
Sugere-se que os educadores utilizem recursos que ativem a capacidade do
educando para que descubra um modo mais simples e eficiente de aprender. Se
assim o fizer, essa capacidade pode se tornar uma atitude permanente.
Vimos que cadernos, lápis, réguas, livros em geral, são os materiais mais
utilizados nas atividades do dia a dia escolar, mas só com estes, as aulas não se
tornam muito atraentes e os alunos se sentem desmotivados. Uma alternativa para
solucionar o problema é mesmo o uso de materiais didáticos pedagógicos
diferenciados, atrelando-os ao lúdico.
O papel do professor é fundamental no processo ensino-aprendizagem. Sua
atitude para com os alunos pode influenciar de maneira decisiva a construção da
auto imagem deles e a maneira de ver a si mesmos. O educador pode promover ou
estimular o crescimento emocional de seus alunos todos os dias, de mil e uma
formas. Por isso, foi discutido a respeito dos vários recursos facilitadores de
aprendizagem.
A aplicação da proposta permitiu que educados e educadores vivenciassem
na prática, o trabalho desenvolvido no processo de ação/transformação, onde os
alunos construíram, criou e brincou, utilizando uma variedade de materiais, com a
orientação constante do professor, que participou ativamente desta construção.
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Referências
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