46
Exercícios 1. (PUCCamp-SP-Adaptada) É sob uma base econômica rural que vive bem mais da metade da população indiana. Sobre ela podemos afirmar que: a) realiza uma agricultura intensiva de trabalho, na área meridional dos planaltos centrais, o que permitiu a su- peração de grande parte dos problemas de abasteci- mento e subnutrição do país. b) embora viva no campo, a maior parte exerce atividade urbana, pois a rápida industrialização e o avanço do se- tor de informática absorveram grande número de tra- balhadores, retirados da agricultura. c) receberam o impacto da Revolução Verde, introduzindo técnicas agrícolas que intensificaram a produção, mas trouxeram também alguns problemas ambientais. d) concentram-se nos altos planaltos da região central e ocidental, desenvolvendo apenas a agricultura de plan- tation, herança da dominação inglesa. e) enfrentam conflitos no campo, pois a maior parte dos camponeses reivindica reformas estruturais, inclusive a reforma agrária, para diminuir os problemas sociais que sofrem. 2. (UFRGS-RS) Miséria, escassez e má distribuição de alimen- tos, desnutrição e degradação ambiental continuam afligindo o mundo. A chamada Revolução Verde, baseada na utilização de tecnologia intensiva em insumos, ocorreu sem a devida distribuição de terras e também contribuiu para a expansão da erosão dos solos, a poluição das águas e perda da biodi- versidade. Com relação à Revolução Verde, são feitas as seguintes afir- mações. I. Os sistemas de cultivo predominantes são as policulturas geneticamente heterogêneas. II. Tem maior produtividade em termos de mão de obra e gera retorno econômico mais rápido do que os sistemas agroecológicos. III. Utiliza o conhecimento tradicional e incentiva a participa- ção das comunidades locais. Quais estão corretas? a) Apenas I. d) Apenas I e II. b) Apenas II. e) Apenas II e III. c) Apenas III. OCEANO ÍNDICO Trópico de Câncer OCEANO ÍNDICO ZONA SUL Madurai Bangalore Madras Vijayawada Nagpur Belgaum Jamshedpur ZONA OESTE ZONA LESTE Mumbai Ahmadabad Indore Calcutá Nova Délhi Gorakhpur Digboi Darjeeling N S L O Zonas industriais secundárias Maiores regiões industriais Maiores cidades industriais ZONAS INDUSTRIAIS DA ÍNDIA G o l f o d e B e n g a l a O C E A N O Í N D I C O J J J A A A Deserto de Thar Trópico de Câncer Juta Chá Amendoim Produtos de subsistência A J Milhete Trigo Arroz Cana-de-açúcar Hévea Algodão Áreas irrigadas PRODUÇÕES AGRÍCOLAS DA ÍNDIA N S L O O C E A N O Í N D I C O ALFA-5 850150510 165 ANGLO VESTIBULARES Aula 39 ÍNDIA ECONÔMICA setor 1702 17020510 17020510-SP

PRODUÇÕES AGRÍCOLAS DA ÍNDIA Exercí · PDF filedo o ícone do Geografia ao Vivo em nossa página na internet. ... missão, referindo-se à obrigação do muçulmano de seguir

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Exercícios1. (PUCCamp-SP-Adaptada) É sob uma base econômica rural

que vive bem mais da metade da população indiana. Sobreela podemos afirmar que:a) realiza uma agricultura intensiva de trabalho, na área

meridional dos planaltos centrais, o que permitiu a su-peração de grande parte dos problemas de abasteci-mento e subnutrição do país.

b) embora viva no campo, a maior parte exerce atividadeurbana, pois a rápida industrialização e o avanço do se-tor de informática absorveram grande número de tra-balhadores, retirados da agricultura.

c) receberam o impacto da Revolução Verde, introduzindotécnicas agrícolas que intensificaram a produção, mastrouxeram também alguns problemas ambientais.

d) concentram-se nos altos planaltos da região central eocidental, desenvolvendo apenas a agricultura de plan-tation, herança da dominação inglesa.

e) enfrentam conflitos no campo, pois a maior parte doscamponeses reivindica reformas estruturais, inclusive areforma agrária, para diminuir os problemas sociais quesofrem.

2. (UFRGS-RS) Miséria, escassez e má distribuição de alimen-tos, desnutrição e degradação ambiental continuam afligindoo mundo. A chamada Revolução Verde, baseada na utilizaçãode tecnologia intensiva em insumos, ocorreu sem a devidadistribuição de terras e também contribuiu para a expansãoda erosão dos solos, a poluição das águas e perda da biodi-versidade.

Com relação à Revolução Verde, são feitas as seguintes afir-mações.

I. Os sistemas de cultivo predominantes são as policulturasgeneticamente heterogêneas.

II. Tem maior produtividade em termos de mão de obra egera retorno econômico mais rápido do que os sistemasagroecológicos.

III. Utiliza o conhecimento tradicional e incentiva a participa-ção das comunidades locais.

Quais estão corretas?a) Apenas I. d) Apenas I e II.b) Apenas II. e) Apenas II e III.c) Apenas III.

O C E A N O Í N D I C O

Trópico de Câncer

O C E A N OÍ N D I C O

ZONA SUL

Madurai

BangaloreMadras

Vijayawada

Nagpur

Belgaum

Jamshedpur

ZONA OESTE ZONA LESTE

Mumbai

Ahmadabad

IndoreCalcutá

Nova Délhi

Gorakhpur

DigboiDarjeeling

N

S

LO

Zonas industriais secundáriasMaiores regiões industriais

Maiores cidades industriais

ZONAS INDUSTRIAIS DA ÍNDIA

��������������������������������������������������� � ��������Golfode Bengala

O C E A N O Í N D I C O

J

JJ

A

A

A

Desertode Thar

Trópico de Câncer

JutaCháAmendoim

Produtos de subsistência

A

J

MilheteTrigoArroz

Cana-de-açúcarHéveaAlgodão

Áreas irrigadas�PRODUÇÕES AGRÍCOLAS DA ÍNDIA

N

S

LO

OC

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NO

ÍN

DI

CO

ALFA-5 850150510 165 ANGLO VESTIBULARES

Aula 39ÍNDIA ECONÔMICA

setor 170217020510

17020510-SP

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3. (PUC-SP) A Índia oferece modelos de espaços geográficosbastante diferenciados, projetando-se de forma global entreas nações em vias de desenvolvimento; todavia, em algunssetores são verificados avanços tecnológicos que lhe garan-tem posição entre os países desenvolvidos, como na:a) rentabilidade da rizicultura.b) produção da indústria de equipamentos.c) educação maciça de sua população.d) produção de energia nuclear.e) intensidade de tráfego aéreo.

4. Sobre o processo de industrialização na Índia, assinale asafirmações verdadeiras (V) ou falsas (F):( V ) a industrialização se deu sob influência da Inglaterra;

daí a predominância inicial de indústrias siderúrgicase têxteis.

( V ) hoje o país está passando por uma redução de sua de-pendência tecnológica e comercial da Rússia.

( V ) embora existam grandes e modernas indústrias, umaparte considerável da produção industrial ainda é reali-zada por pequenos estabelecimentos de baixo nível tec-nológico.

( V ) a industrialização indiana enfrenta dois graves proble-mas: a população de baixo poder aquisitivo e de máformação técnica.

• Leia os itens 3 e 4, cap. 13.

• Faça os exercícios 14, 17 e 18, série 11.

• Faça os exercícios a seguir.

1. (CESUMAR-Adaptada) Nas últimas décadas do século XX, a pro-dução agrícola indiana aumentou de forma significativa, princi-palmente como resultado da aplicação das propostas da RevoluçãoVerde. Estas novas práticas agrícolas visam ao aumento da produ-tividade, mas têm provocado alguns impactos ambientais, como:a) A redução do índice pluviométrico e a intensificação das inver-

sões térmicas.b) A contaminação do solo e das águas por agrotóxicos.c) O aumento das inundações, devido à impermeabilização do

solo.d) A aceleração da erosão e a ocorrência de chuvas ácidas.e) O aumento do buraco na camada de ozônio e a intensificação

da ilha de calor.

2. (UERJ-Adaptada) Leia o texto:

O CÉU E O INFERNO NO “VALE DO SILÍCIO” INDIANO

“Bangalore, a capital do Estado de Karnataka, no sul da Índia, podeter de 6 a 10 milhões de habitantes. Poucos acreditam na es-tatística oficial, de 6 milhões. As ruas de Bangalore têm um trân-sito indisciplinado e inimaginável até para quem vive na confusãode São Paulo. Esse burburinho, típico das metrópoles asiáticas,em Bangalore representa o sintoma de uma cidade que crescealucinadamente. Estima-se que a população dobrou nos últimoscinco anos, por uma razão simples: com todo o seu aparente caos,Bangalore é a capital tecnológica da Índia. Nos últimos vinte anos,tornou-se um avançado centro mundial em produção de software,aviões, pesquisas espaciais, supercomputadores e biociências”.

Valor Econômico, 17/03/2003.

A formação de um tecnopolo como Bangalore, em um país comas disparidades socioeconômicas e a complexidade da Índia, é ex-plicado, principalmente, pelo seguinte fator:a) produção de silício em grande escala.b) aliança estratégica com a China e a Rússia.c) alto poder aquisitivo da maioria da população.d) formação de quadros locais de alta qualificação.e) a posição geográfica no centro do país.

Desafio

Tarefa Complementar

Tarefa Mínima

� Livro 3Caderno de Exercícios — Unidade II

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-5 850150510 166 ANGLO VESTIBULARES

Geografia ao Vivo

• Assista aos programas Índia: potência emergente,

Expansão dos BRIC’s e As castas na Índia, acessan-do o ícone do Geografia ao Vivo em nossa página nainternet.

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Mar Mediterrâneo

Ma

r Ve

rme

lho

BagdáDamasco

Constantinopla(Istambul)

ÁSIA

ÁFRICA

EUROPA

Medina

Meca

Até a morte de Maomé (622–632)Pelos quatro primeiros califas (632–656)Pela Dinastia Omíada (661–750)Capitais islamitas ao longo dos séculos

Áreas conquistadas

A EXPANSÃO DO ISLAMISMO

N

S

LO

��������������������������������������������������� � ������������������������������ � ����������� � �� ����� ��������������������������������������������������������������������������������������������� � ������������������������������ � ����������� ��� ����� ��������������������������������������������� �������������������������������������������� � ������������ � � �������������������������41

16 13 10

5

26

11 912

14

7

8

3

A

B

C

D

E

ÁSIA

ÁFRICA

Fon

te: T

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t boo

k 20

07. W

ash

ing

ton

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, 200

6.

Mar Cáspio

Mar Negro

Mediterrâneo

MarVerm

elho

O C E A N O

Í N D I C O

Trópico de Câncer

Golfo Pérsico

Mar Arábico

Mar

1517

N

S

LO

Pontos estratégicos

A – Canal de SuezB – Estreito de Bab el MandebC – Estreito de OrmuzD – Estreito de BósforoE – Estreito de Dardanelos

Unidades Políticas

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

Arábia Saudita

Irã

Turquia

Afeganistão

Iêmen

Iraque

Omã

Síria

Jordânia

EAU

Israel

Kuwait

Catar

Líbano

Cisjordânia (West Bank)

Barein

Faixa de Gaza

2.149.690

1.648.000

780.580

647.500

527.970

437.072

212.460

185.180

92.300

83.600

20.770

17.820

11.437

10.400

5.860

665

360

Área (km2)

POSIÇÃO GEOGRÁFICA E FRONTEIRAS DO ORIENTE MÉDIO

ALFA-5 850150510 167 ANGLO VESTIBULARES

Aula 40ORIENTE MÉDIO: ASPECTOS HUMANOS

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VOCABULÁRIO BÁSICO

• Islamismo, Islão ou Islã são termos empregados para se referir à religião monoteísta surgida na Península Arábica no séculoVII, baseada nos ensinamentos do profeta Maomé e na escritura sagrada, o Alcorão. Os termos Islão e Islã são também usadospara se referir aos Estados teocráticos que seguem a religião Islâmica. Na sua origem árabe, o termo Islã também significava sub-missão, referindo-se à obrigação do muçulmano de seguir a vontade de Deus.

• Muçulmano é a pessoa que se submete à religião islâmica.

• Árabe é uma das etnias ou dos povos que vive no Oriente Médio, em sua maioria, seguidores do Islamismo. A eles, portanto,pode-se aplicar o termo muçulmano. No entanto, nem todo muçulmano é árabe, já que existem muitos outros povos ou etniasque seguem a religião islâmica, a exemplo dos iranianos (persas), afegãos, turcos e muitos outros da África e Ásia. Também nemtodo árabe é muçulmano, pois existem árabes cristãos.

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37 14

2113

3

25 12

138

5049

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4055

52 5654 57

5147 29

43

36

22

32

1723

24 28

7

15

35 9

30

26

1610 2

48

5

42

39

19

8

41

Equador

Trópico de Câncer

O C E A N OP A C Í F I C O

O C E A N OA T L Â N T I C O

O C E A N OÍ N D I C O

45

18

2753

4

11

20

34

MUNDO ISLÂMICO EM 2006

Parcela da população que segue o Islamismo (%)

Sudão (70)Quirguistão (76)Níger (80)Barein (81)Bangladesh (83)Guiné (85)Kuwait (85)Indonésia (88)Turcomenistão (88)Uzbequistão (88)Azerbaijão (89)Egito (90)Gâmbia (90)Mali (90)Síria (90)Tadjiquistão (90)Omã (92)Djibuti (94)

1.2.3.4.5.6.7.8.9.

10.11.12.13.14.15.16.17.18.

Jordânia (94)Saara Ocidental (94)Senegal (94)Catar (95)EAU (96)Iraque (97)Líbia (97)Paquistão (97)Faixa de Gaza (98)Irã (98)Somália (98)Afeganistão (99)Argélia (99)Iêmen (99)Marrocos (99)Tunísia (99)Turquia (99)Arábia Saudita (100)Mauritânia (100)

19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.34.35.36.37.

Chade (51)Líbano (60)Serra Leoa (60)Brunei (67)

38.39.40.41.

Malásia (20 a 30)Tanzânia (35)Costa do Marfim (40)Eritreia (40 a 50)Guiné-Bissau (45)Etiópia (45 a 50)Cazaquistão (47)Burquina Fasso (50)Nigéria (50)

42.43.44.45.46.47.48.49.50.

Rep. Centro-Africana (15)Gana (16)Israel (16)Benin (20)Libéria (20)Togo (20)Camarões (24)

51.52.53.54.55.56.57.

Mais de 70,1% Entre 50,1 e 70% Entre 10 e 25%Entre 25,1 e 50%

�������NS LO

ALFA-5 850150510 168 ANGLO VESTIBULARES

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Trópico de Câncer

Mar NegroM

ar Cáspio

Mar

Mediterrâneo

Mar Verm

elho

O C E A N O Í N D I C O

ÁFRICA

PRINCIPAIS GRUPOS ÉTNICOS DO ORIENTE MÉDIO

Semitas

Turcos

Iranianosou Persas

Predominância

N

S

LO

M a r A r á b i c o

Golfo Pérsico

ALFA-5 850150510 169 ANGLO VESTIBULARES

Países emEtnias dominantes (%) Línguas mais faladas

Religião dominante2006 (%)

Afeganistão Patanes (42) e tadjiques (27) Pachto e dari Islamismo (99)

Arábia Saudita Árabes sauditas (51) e outros árabes (40) Árabe Islamismo (100)

Barein Árabes barenitas (62) e outros árabes (37) Árabe Islamismo (81)

Catar Árabes catares (25) e outros árabes (15) Árabe Islamismo (95)

EAU Árabes emirenses (19) e outros árabes (23) Árabe Islamismo (96)

Iêmen Árabes iemenitas (80) Árabe Islamismo (99)

Irã Persas (51) e azeris (24) Persa e turco Islamismo (98)

Iraque Árabes iraquianos (80) e curdos (15) Árabe e curdo Islamismo (97)

Israel Judeus (76) e árabes (16) Hebraico e árabe Judaísmo (77)

Jordânia Árabes palestinos (60) e árabes jordanianos (38) Árabe Islamismo (94)

Kuwait Árabes kuwaitianos (45) e outros árabes (35) Árabe Islamismo (85)

Líbano Árabes libaneses (80) e árabes sírios (18) Árabe e francês Islamismo (60)

Omã Árabes omanis (74) e paquistaneses (21) Árabe Islamismo (92)

Síria Árabes sírios (90) Árabe Islamismo (90)

Turquia Turcos (80) e curdos (18) Turco e curdo Islamismo (99)

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Ma

rC

ás

pio

NAKHICHEVAN(no Azerbaijão)TURQUIA

M a r N e g r o

SÍRIA

IRAQUE

IRÃ

GEÓRGIA

AZERBAIJÃO

ARMÊNIA

CHIPRE

ISRAEL

LÍBANO

N

S

LO

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DE CURDOS

75-100%30-75%Menos que 30%

CURDOS NAPOPULAÇÃO

ALFA-5 850150510 170 ANGLO VESTIBULARES

Dados populacionais 2009

PopulaçãoCrescimento Proporção Composição

Paísesvegetativo sexual etária (%) 2006

milhões por km2 (%)homens/mulheres menos de mais de

(2006) 15 anos 65 anos

Afeganistão 28,3 48 2,58 105/100 44,6 2,4

Arábia Saudita 28,6 11 1,85 116/100 38,2 2,4

Barein 0,74 1.112 1,29 135/100 27,4 3,5

Catar 0,83 54 0,96 172/100 23,4 3,7

EAU 4,8 37 3,69 185/100 24,9 3,9

Iêmen 22,8 39 2,79 103/100 46,4 2,6

Irã 66,4 41 0,88 105/100 26,1 4,9

Iraque 28,9 59 2,51 103/100 39,7 3,1

Israel 7,2 303 1,67 105/100 26,3 9,8

Jordânia 6,3 60 2,19 108/100 33,8 3,9

Kuwait 2,7 145 3,65 151/100 26,9 2,8

Líbano 4,1 36 1,11 96/100 26,5 7,1

Omã 3,4 136 3,14 134/100 42,7 2,7

Síria 21,7 98 2,01 103/100 37,0 3,3

Turquia 76,8 90 1,31 105/100 25,5 6,8

TOTAIS 303,5 44 — — — —Fonte: CIA. The World Factbook 2010.

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Exercícios1. (FUVEST) No mapa, está destacada a região habitada pelos , que buscam construir um estado nacional.

TURQUIA

Mar

Med

iterr

âneo

Mar Negro

Mar

Cás

pio

JORDÂNIA

40° N

IRAQUE

SÍRIA IRÃ

AZERBAIJÃO

ARMÊNIA

IDH 2009

US$Índice % Anos

África Subsaariana

Ásia Meridional

América Latina

Países árabes

PIB PER CAPITA 2007 (em PPC)

0 0,250 0,500 0,750 1 2.500

0,514

0,612

0,821

0,719

2.031

2.905

37

35

9

29

51,5

64,1

TAXA DEANALFABETISMO 2007

0 25 50 75 100

EXPECTATIVA DE VIDA2005

0 5.000 7.500 0 20 40 60 80

INDICADORES SOCIAIS DA ONU

73,410.077

8.202 68,5

ALFA-5 850150510 171 ANGLO VESTIBULARES

Dados populacionais 2009

ExpectativaTaxa de Taxa de

Paísesde vida (anos)

mortalidade analfabetismo (%) IDHinfantil (%) (2006)

Afeganistão 44,1 153 64 ND

Arábia Saudita 76,3 12 21 0,843

Barein 75,2 15 11 0,895

Catar 75,3 13 11 0,910

EAU 76,1 12 22 0,903

Iêmen 63,1 58 50 0,575

Irã 71,1 36 20 0,782

Iraque 69,9 44 48 ND

Israel 80,7 4 4 0,935

Jordânia 79,8 17 8 0,770

Kuwait 77,7 9 17 0,916

Líbano 73,6 21 12 0,803

Omã 74,1 17 24 0,846

Síria 74,2 16 23 0,742

Turquia 71,2 25 14 0,806Fonte: CIA. The World Factbook 2010.

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Assinale a alternativa que completa corretamente a frase.a) Chechenos d) Tibetanosb) Ossétios e) Palestinosc) Curdos

2. (Ibmec-Adaptada) Em recente artigo do Los Angeles Times,afirmou-se que o Islamismo, além de ser uma religião, éuma prática política. O Islã político se apresenta como alter-nativa de poder para os países pobres e se espalha por di-versos territórios, desde o norte da África até a Ásia Central,totalizando mais de 1 bilhão de adeptos. A atual abrangên-cia e expansão do Islã se deve:a) ao fato de os muçulmanos identificarem na religião os

valores da sociedade de consumo.b) ao fato de o Islamismo identificar-se com a ideologia so-

cialista marxista, transformando a guerra santa (Jihad)numa revolução proletária.

c) à busca de uma identidade política pelos países pobres,que veem nessa religião esperanças de mudança social.

d) à sua semelhança com as demais religiões do ocidente,que defendem soluções pacifistas para as nações pobresdo mundo.

e) à relação que esses povos fazem entre os preceitos re-ligiosos e a instalação de governos democráticos.

• Leia os itens 1, 2 e 4, cap. 14.

• Faça os exercícios 24, 26 e 27, série 11.

• Faça o exercício.

(FMC-MG-Adaptada) Leia o texto:

“Viajar de Bagdá para o norte é mudar de paisagem, de língua, de cul-tura e, nestes dias, também de cenário urbano. Os habitantes dessaregião foram vítimas sistemáticas da ditadura de Saddan Hussein,que se enfureceu com eles, sobretudo durante as rebeliões que ogrupo lançou em 1975, 1988 e 1991, pedindo mais autonomia ouresistindo à arabização forçada de suas aldeias, levada a cabo peloregime com a expulsão ou o massacre dos nativos e sua substituiçãopor árabes sunitas. Milhares foram atacados com gases tóxicos em1988, em operações de extermínio que faziam desaparecer popu-lações inteiras e culminaram na matança de Halabja, quando mais dequatro mil membros da etnia foram liquidados com armas químicas.”

Adaptada de Mario Vargas Llosa, in O Estado de São Paulo, 01/08/2003.

Respectivamente, o grupo étnico e o país a que se refere o autor é o:a) curdo, do Iraque.b) xiitas, do Irã.c) druso, da Palestina.d) palestino, de Israel.e) sunita, do Iraque.

Desafio

Tarefa Complementar

Tarefa Mínima

� Livro 3Caderno de Exercícios — Unidade II

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-5 850150510 172 ANGLO VESTIBULARES

Geografia ao Vivo

• Assista aos programas Fundamentalismo islâmico

e O que são águas fronteiriças?, acessando o íconedo Geografia ao Vivo em nossa página na internet.

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Rio Eufrates

Trópico de Câncer

M a r M e d i t e r r â n e o

M a r N e g r o

Ma

r C

ás

pi o

Go l f o P é r s i c o

MarMorto

OCUPAÇÃO RURAL NO ORIENTE MÉDIO

OC

E AN

O Í

ND

I CO

Agricultura irrigada

Agricultura não irrigada

Agricultura e criação extensiva

Pecuária Nômade�� Florestas

Desertos

Ma

rV

er

me

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o

N

S

LO������������������������������������������������������������������������������ � ������������������������������ � ����������� � �� ��������������������������������Mar

Mediterrâneo

Mar

Ver

mel

ho

Mar Negro

Mar

Cás

pio

OCEANO ÍNDICO

10 – 2021 – 5051 – 80maior que 81

Em %

PARCELA DAS TERRAS COM IRRIGAÇÃO

ALFA-5 850150510 173 ANGLO VESTIBULARES

Aula 41ORIENTE MÉDIO: ASPECTOS ECONÔMICOS

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Precipitações

De 1.001 a 1.500 mm/ano

De 501 a 1.000 mm/ano

De 251 a 500 mm/ano

Abaixo de 250 mm/ano

TEERÃ(Irã)

1.220 m35° LN250 mm/ano

HAIFA(Israel)

10 m32° LN650 mm/ano

KHORMAKSAR(Iêmen)

7 m12° LN25 mm/ano

J F M A M J J A S O N D

150

100

50

0

30º

20º

10º

–10º

–20º

ºCmm

J F M A M J J A S O N D

150

100

50

0

30º

20º

10º

–10º

–20º

ºCmm

J F M A M J J A S O N D

150

100

50

0

30º

20º

10º

–10º

–20º

ºCmm

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ÁFRICA

EUROPA

Ma

rC

ás

pi o

M a r N e g r o

Mar MediterrâneoM

ar Vermelho

O C E A N OÍ N D I C O

Trópico de Câncer

N

S

LO

ALFA-5 850150510 174 ANGLO VESTIBULARES

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1995 2000 2005 2010 2015– 50

0

50

100

150

Bilhões de m3

Disponibilidade BalançoConsumo

BALANÇO HÍDRICO DO ORIENTE MÉDIO

VERÃO

Trópico deCâncer

Trópico deCâncer

Massa polar Massa continental seca Massa quente e úmida

INVERNO

AÇÃO DAS MASSAS DE AR NO ORIENTE MÉDIO

ALFA-5 850150510 175 ANGLO VESTIBULARES

Balanço hídrico no Oriente Médio em 2000(em m3 per capita)

Países Disponibilidade Consumo Balanço

EAU 79 1.107 –1.028

Arábia Saudita 134 1.040 –906

Catar 96 528 –432

Kuwait 13 348 –335

Omã 455 728 –273

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Mar NegroM

ar Cáspio

O C E A N O

Í N D I C O

GolfoPérsico

S

S

Aden

Hodeida

Jiddah

RiyadAz Zãnnah

Gach Saran

Mechhed

Kabul

Teerã

Bagdá

HaifaTelavive

Izmir

Ancara

FregilIstambul

Mersin

Trópico de Câncer

Ma

rV

er m

el h

o

INDÚSTRIA NO ORIENTE MÉDIO

N

S

LO

Veículo automotor

Petroquímica

Química

S Siderurgia

Cimento

Oleodutos

Campo de petróleo ou gás

ALFA-5 850150510 176 ANGLO VESTIBULARES

Exercícios1. No cultivo tradicional do Oriente Médio, encontramos:

a) elevada produção de uva, com irrigação.b) legumes e verduras apenas nos oásis.c) associação da produção com a agroindústria.d) fazendas coletivas, como os kibutzim.e) o uso de técnicas antigas para a produção de subsistência.

2. Em geral, a pecuária no Oriente Médio é:a) extensiva, com predominância de caprinos, ovinos e ca-

melos.b) nômade ou transumante.c) praticada em locais mais secos.d) todas as alternativas anteriores são corretas.e) todas as alternativas anteriores estão erradas.

3. A presença de petróleo em diversas regiões do Oriente Mé-dio é explicada:a) pela formação geológica recente, onde se destaca a cadeia

do Atlas.b) pela existência de grandes bacias sedimentares antigas co-

mo as da península Arábica e do planalto do Irã.c) pelos grandes investimentos multinacionais.d) pela presença do clima árido.e) pelo intenso vulcanismo que assolava a região no passado.

4. A indústria no Oriente Médio é:a) inexistente, pois a base econômica da região é o extrati-

vismo mineral.b) baseada nos produtos agropastoris.c) assentada no capital do petróleo e vem se diversificando.d) totalmente controlada pelo capital transnacional.e) totalmente estatal.

5. (ESPM-SP) Observe a matéria:

“O Iraque tem cerca de 115 bilhões de barris em jazidas com-provadas — a segunda maior reserva do mundo —, mastambém se admite que teria entre 100 bilhões e 200 bilhõesde barris em reservas não comprovadas. A Arábia Sauditatem reservas comprovadas de 265 bilhões de barris.”

(Saeed Shah, in Folha de S. Paulo, 16 de março de 2003.)

Levando em consideração o que diz a matéria acima e seusconhecimentos sobre a geografia do petróleo, é possível afir-mar que:a) a imensa quantidade de reserva petrolífera acumulada nos

dois países revela toda a importância em se conhecermelhor as províncias formadas por núcleos cristalinos,área de ocorrência desse importante hidrocarboneto.

b) essa alta ocorrência de petróleo explica o interesse geopo-lítico que desperta a região do Golfo Pérsico, só superadaem produção pela zona caucasiana.

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c) toda a movimentação militar e estratégica norte-ameri-cana na orla do Golfo Pérsico leva em consideração arealidade descrita anteriormente, assim como o fato deserem esses dois países tradicionais inimigos norte-ameri-canos.

d) esse petróleo iraquiano não vem sendo aproveitado pe-lo país, pois o mesmo encontra-se sob rígido embargoeconômico desde que o Iraque invadiu o Catar em 1990.

e) o petróleo segue sendo a mola econômica do mundo ea região a qual pertence os dois países no texto detémaproximadamente 65% das reservas mundiais, justifi-cando sua importância.

• Leia o item 5, cap. 14.

• Faça os exercícios 29, 30, 31 e 34, série 11.

• Leia a notícia retirada de um site e veja a charge:

Petróleo atinge novo recorde de alta com

temor de quebra do fornecimento

Londres (Reuters) — “Os futuros de petróleo negociados em Londrese Nova York bateram novo recorde de alta na quinta-feira, depois que o mer-cado ignorou a promessa da Opep de aumentar a produção para conter aescalada dos preços e com compras estimuladas por fundos especula-tivos. Os contratos do tipo Brent negociados em Londres com entrega pre-vista para novembro atingiram um novo recorde, batendo na máxima de48,50 dólares o barril.”

Adaptado de http://www.notícias.uol.com.br/ultnot/2004/10/07ult27u44884.jhtm.Acesso em: 10 out. 2004.

a) Explique a charge.b) Relacione sua explicação à notícia.

Desafio

Tarefa Complementar

Tarefa Mínima

� Livro 3Caderno de Exercícios — Unidade II

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-5 850150510 177 ANGLO VESTIBULARES

Geografia ao Vivo

• Assista ao programa Petróleo vai acabar?, acessan-do o ícone do Geografia ao Vivo em nossa página nainternet.

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PALESTINA APÓS 1949

Mar Mediterrâneo

Mar

Verm

elho

MarMorto

LÍBANO

ARÁBIA SAUDITA

Haifa

Gaza

Telavive

ISRAEL

SÍRIA

JORDÂNIA

EGITO

Invasões

CISJORDÂNIA

Jerusalém

N

S

LO

PARTILHA DA ONU – 1947

Mar Mediterrâneo

Mar

Verm

elho

LÍBANO

ARÁBIA SAUDITA

Haifa

Gaza

Estado JudeuEstado ÁrabeZona Internacional (ONU)

ISRAEL

SÍRIA

TRANSJORDÂNIA

EGITO

MarMorto

N

S

LO

Jerusalém

ALFA-5 850150510 178 ANGLO VESTIBULARES

Aula 42ORIENTE MÉDIO: CONFLITOS

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GUERRAS DE 1967 e 1973

LÍBANO

SÍRIA

LÍBANO

SÍRIA

Jerusalém

Faixa deGaza

EGITO

Penínsulado

Sinai

Colinasde Golã

Cisjordânia

JORDÂNIA

ARÁBIA SAUDITA

JORDÂNIA

ARÁBIA SAUDITAEGITO

ISRAEL

Penínsulado

Sinai

Colinasde Golã

Telavive

Haifa

Faixa deGaza

Mar Mediterrâneo

Mar Verm

elho

Retirada de Israel seguindoo Acordo Intermediário, 1975.

Retirada de Israel seguindo o Acor-do de Separação de Forças, 1974.

Ataques egípcio e sírio em 1973.

Cisjordânia

Jerusalém

ISRAEL

Mar Verm

elho

EGITO

Mar MediterrâneoTelavive

Haifa

MarMorto

N

S

LO

N

S

LO

Áreas ocupadaspor Israel

Israel

ALFA-5 850150510 179 ANGLO VESTIBULARES

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������������Jenin

CISJORDÂNIA

Tulkarm

Nablus

Qalqilya

Ramallah

Jericó

Jerusalém

Belém

Hebron

Telavive

ISRAEL

JORDÂNIA

Mar Morto

CISJORDÂNIA

GAZA

ISRAEL

JORDÂNIA

SÍRIA

LÍBANO

EGITO

Grandes blocos de assentamentos,que o premiê promete manter“para sempre” como parte de Israel

Assentamentos menores queOlmert pretende desmantelar

Muro de separaçãoparcialmente construído

Fronteira pré-1967

CISJORDÂNIA EM 2006

N

S

LO

Mar Mediterrâneo

FAIXA DE GAZA EM AGOSTO DE 2005����������������������������������������������������������������������� � ������������������������������ � ����������� � �� ��Oarni (Nabal Oz)

Gaza

Jabalya

Erez

Rafah

Khan Yunus

ISRAEL

EGITO

Mar Mediterrâneo

TerminalSufa

Kissul

AeroportoInoperante

Dayr at Balah Shaykh al MaghaziAl Burayi

Nusayrat

Beach

Campo de refugiados da ONU

Postos de fronteira

Fronteiras internacionais

Fronteira do armistício de 1950

Principais rodovias de Gaza

N

S

LO

ALFA-5 850150510 180 ANGLO VESTIBULARES

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Exercícios1. (UEPB-adaptada) A região caracteriza-se pela:

I. presença do estreito de Bósforo, o canal de Suez e oestreito de Ormuz, alguns dos pontos nevrálgicos maisimportantes do mundo.

II. população heterogênea, sob o ponto de vista étnico,fruto da ocupação por diferentes povos desde a Anti-guidade.

III. importância política e econômica no mundo atual, devi-do à sua posição estratégica e abundância de reservaspetrolíferas.

Trata-se do(a):a) Mundo Indiano.b) Sudeste Asiático.c) África Oriental.d) África do Sul.e) Oriente Médio.

2. (MACK-SP) “No mês passado, um dos mais conhecidos geó-grafos de Israel, Arnon Sofer, apresentou ao primeiro-minis-tro do país mapas e propostas de separação física, por meiode muros e barreiras fortificadas, entre o Estado judeu e osterritórios palestinos”.

(Época — 20/08/2001.)

Essas propostas, que pretendem separar fisicamente dois po-vos, dificilmente atingirão seu objetivo, que é acabar com aviolência da região, exceto porque:a) existem inúmeras colônias judaicas instaladas nos terri-

tórios palestinos.b) importantes setores da economia de Israel dependem da

mão de obra palestina, de baixo custo.c) cerca de 20% da população de Israel é de origem pales-

tina.d) Israel tem total dependência da água e da energia obtidas

nos territórios palestinos, cujos suprimentos poderiamser cortados.

e) não resolvem o problema de Jerusalém, que é habitada ereivindicada como capital pelos dois povos.

3. (UFBA-adaptada) Observe a charge que se refere a um proces-so histórico centrado na região conhecida como Oriente Médio.

Em relação a fatos históricos ocorridos nessa região, escolhaas afirmações corretas:I. A imigração de judeus para a Palestina cresceu com a as-

censão do nazismo e com o apoio dado pelos árabes aomovimento sionista.

II. A Organização das Nações Unidas, após o término da Se-gunda Guerra Mundial, propôs a criação, na Palestina, deum Estado judeu e outro árabe.

III. A disputa pela cidade de Jerusalém, travada entre pales-tinos e judeus, tem constituído um forte entrave à soluçãoda Questão Palestina.

IV. A charge representa o momento em que passos importan-tes foram dados para solucionar rapidamente o conflitoentre Israel e os países árabes.

São corretas apenas as afirmações:a) I d) II e IIIb) I e III e) III e IVc) II

• Leia o item 6, cap. 14.

• Faça os exercícios 32, 33, 36 e 37, série 11.

Tarefa Complementar

Tarefa Mínima

� Livro 3Caderno de Exercícios — Unidade II

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-5 850150510 181 ANGLO VESTIBULARES

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• Faça os exercícios a seguir.

1. (UFSE-adaptada) Observe o mapa para responder à questão:

MARROCOS

SAARA

OCIDENTA

L

MAURIT

ÂNIA

SENEGAL

GUINÉ

MALI

ARGÉLIA

TUNÍSIA

LÍBIA EGITOARÁBIA

SAUDITA

IRÃIRAQUE

SÍRIA

TURQUIA

TURCOMENISTÃO

UZBEQUISTÃO

AFEGANISTÃO

PAQUIS

TÃO

EUROPA

ÁFRICAO C E A N OÍ N D I C O

OC

EA

NO

A

TL

ÂN

TIC

O

NÍGER

O MUNDO ISLÂMICO

JORDÂNIA

ÁSIA

Desafio

ALFA-5 850150510 182 ANGLO VESTIBULARES

Cerca de 1 bilhão de habitantes vivem na região mostrada no ma-pa que apresenta grande importância geopolítica e econômica.Sobre o mundo islâmico, analise as afirmações:

I. Sob o ponto de vista natural, a região é constituída, principal-mente, por planícies e baixos planaltos. Há, somente, uma únicaregião montanhosa, a Cadeia do Atlas. Ocorrem climas variadosque vão do tropical superúmido ao desértico. Adaptando-se aosclimas, encontram-se florestas tropicais e vegetação de deserto.

II. Na região predominam taxas de natalidade e mortalidade muitobaixas. Paralelamente, a produção e exportação de petróleo têmpossibilitado a elevação do PIB e gerado altas rendas per capitapor toda a região.

III. A economia está baseada nas atividades primárias. Os países donorte africano, além do petróleo, apresentam alguns cultivos des-tinados à exportação. No Oriente Médio, a agricultura tem umcaráter de subsistência. A industrialização ainda é incipiente emuito associada ao petróleo.

IV. O mundo islâmico é caracterizado por inúmeros conflitos, espe-cialmente no Oriente Médio, em que, além das disputas entreisraelenses e palestinos, destaca-se o movimento separatistado povo curdo, que ocupa terras da Turquia, Irã, Iraque e Síria.

V. Politicamente, os países que compõem o mundo islâmico apre-sentam governos democráticos que permitem a participação po-pular. A exceção era o Iraque, cujo governo autoritário de SaddamHussein foi derrubado.

São corretas apenas as afirmações:a) III e IV. d) I, II, III e IV.b) I e II. e) Todas são corretas.c) II, III e V.

2. (CUVR-adaptada) Leia o texto:

“As grandes guerras sempre tiveram causas remotas e imediatas,como desavenças, ambição doentia, necessidade do poder, masprincipalmente ocorreram guerras de conquista, expansão de fron-teiras. Ou seja, mais terra. O alvorecer do novo milênio pode trazeruma mudança radical no próprio paradigma da guerra, porque águatende a ser um recurso ainda mais escasso que a terra, se não formanejada adequadamente. Pode parecer ridículo imaginar exércitosse movimentando, ou mísseis riscando os céus para brigar por água.

Como se briga hoje por petróleo, por mais espaço de terra, ou qual-quer outro motivo. Não sejamos literais, a guerra pode ser comercial.Voltemos ao ponto anterior: quando um recurso necessário se tornaescasso, passa a ser motivo de divergências, e a ambição pela suaposse ou domínio, motivo suficiente para movimentar as forças per-suasivas, desde o domínio econômico, através de trocas comerciais,até o uso da força, para atingir o objetivo ambicionado”.

(GAZZONI, Décio Luiz. Água, a próxima vantagem competitiva?Disponível em: http://www.sercomtel.com.br/ice/agro.

Acesso em 23 maio 2003.)

O texto traz a preocupação do novo milênio em relação à posse ou odomínio da água, porém a História nos mostra que isso não é novi-dade, se não vejamos:

I. Israel capturou as Colinas de Golã da Síria, em 1967, e anexou-aem 1981, pois tinha uma grande importância estratégica, pelo do-mínio das águas do rio Jordão.

II. A Caxemira é o pivô de uma disputa entre Índia e Paquistão,sendo uma das causas dessa disputa o controle das águas danascente do rio Indu.

III. A disputa pelos recursos hídricos dos rios Tigre e Eufrates foi res-ponsável pelos diversos conflitos do Iraque com seus vizinhos:Síria, Turquia, Kuwait e Irã.

Assinale:a) se somente as afirmações I e II forem corretas.b) se somente as afirmações II e III forem corretas.c) se somente as afirmações I e III forem corretas.d) se todas estiverem erradas.e) se todas estiverem corretas.

Geografia ao Vivo• Assista aos programas Irã: candidato à ocupação?,

Ásia Central: geopolítica do Cáspio e Iraque: ru-

mo à desintegração, acessando o ícone do Geogra-fia ao Vivo em nossa página na internet.

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1. INTRODUÇÃOAté o início da década de 1990, a região que antigamente era conhecida como Ásia Central estava incorporada à União das Repú-

blicas Socialistas Soviéticas (URSS). Com o fim desse país, em dezembro de 1991, surgiram 15 novas unidades políticas, entre elasas cinco que formam a Ásia Central. Várias das fronteiras locais são questionadas, já que muitas delas surgiram por imposição daURSS, o que tem gerado conflitos geopolíticos importantes. Veja o mapa e a tabela:

A Ásia Central ocupa pouco mais que 4 milhões de km2, sem acesso a mares abertos e oceanos.

Sua posição estratégica, entre a Rússia e o Oriente Médio, e a descoberta de importantes reservas de petróleo e gás natural con-ferem à região grande importância econômica e geopolítica, o que motiva e explica o crescente interesse internacional em se apro-ximar dos governos locais.

Originados pelo fim da URSS, esses cinco Estados criaram governos autoritários, em sua maior parte dominados por políticosque faziam parte da antiga administração da era comunista.

2. ASPECTOS HUMANOSA posição geográfica da Ásia Central fez com que a região fosse, desde a Antiguidade, rota de passagem de inúmeros povos que

se deslocavam pelo continente. A população originalmente tinha uma cultura sob influência turca e iraniana (persa), que legou osfundamentos da religião islâmica. Mas, nos dois últimos séculos, a influência maior sobre a região foi a eslava (russa), que trouxe areligião ortodoxa. No entanto, predominam largamente os seguidores do Islamismo (sunitas). Há grande diversidade étnica, o quedificulta as integrações internas e regionais, promovendo conflitos. Veja o mapa e os dados da tabela:

RÚSSIA

CHINA

IRÃ

AFEGANISTÃO

Mar Negro

Mar Cáspio

Mar Verm

elho

Golfo Pérsico

Mardo

Aral

Lago Balkash

Astana

BishkekTashkent

DushanbeAshgabat

1

2 3

5

4

Fonte: CIA. The World Factbook 2010.

ÁSIA CENTRAL: POSIÇÃO GEOGRÁFICA

1.

2.

3.

4.

5.

Países

Cazaquistão

Uzbequistão

Quirguistão

Turcomenistão

Tadjiquistão

Total

Área (km2)

2.724.900

447.400

199.951

488.100

143.100

4.003.451

Capitais

Astana

Tashkent

Bishkek

Ashgabat

Dushanbe

45°N

N

S

LO

ALFA-5 850150510 183 ANGLO VESTIBULARES

Aula 43ÁSIA CENTRAL

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Os problemas sociais da região são bem revelados pela má distribuição da riqueza. A pior situação é a do Tadjiquistão, onde 60% dapopulação vivia abaixo da linha de pobreza em 2009. Observe:

Embora a região seja pobre, o que também é indicado pela baixa expectativa de vida e pela taxa de mortalidade infantil relativa-mente alta, o crescimento vegetativo é baixo. Observe os dados:

��������������������������������������������������� ������������������������������� � ��������PRINCIPAIS GRUPOS ÉTNICOS DA ÁSIA CENTRAL

1

2

4

5

3

Mar C

áspio

Fonte: Adaptado de Globalization and diversity: geography ofa changing world. Les Rowntree et alli. Upper Saddle River:Pearson Education Inc. 2008.

Russos Cazaques��Persas Caracalpaques

Tadjiques Uzbeques

Quirguizes

Turcos

INDO-EUROPEUS ALTAICOS

N

S

LO

ALFA-5 850150510 184 ANGLO VESTIBULARES

Países Grupos étnicos predominantes Religião

1. Cazaquistão Cazaques 64% e russos 30% Islâmica 47% e Ortodoxa russa 44%

2. Uzbequistão Uzbeques 80% e russos 6% Islâmica 88%

3. Quirguistão Quirguizes 65%, uzbeques 14% e russos 13% Islâmica 75% e Ortodoxa russa 20%

4. Turcomenistão Turcos 85%, uzbeques 5% e russos 4% Islâmica 89%

5. Tadjiquistão Tadjiques 80% e uzbeques 15% Islâmica 85%Fonte: CIA. The World Factbook 2010.

População Crescimento População Mortalidade ExpectativaPaíses absoluta vegetativo urbana infantil de vida

(milhões) (%) (%) (por mil) (em anos)

Cazaquistão 15,4 0,73 58 25,7 67,8

Uzbequistão 27,6 1,22 37 23,4 71,9

Quirguistão 5,4 1,65 36 31,2 69,4

Turcomenistão 4,8 1,33 49 45,3 67,8

Tadjiquistão 7,3 2,01 26 41,3 65,3Fonte: CIA. The World Factbook 2010.

Parcela da população abaixo da linha de pobreza (%)

Cazaquistão 13,8

Uzbequistão 33,1

Quirguistão 40,1

Turcomenistão 30,2

Tadjiquistão 60,2Fonte: CIA. The World Factbook 2010.

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A população absoluta da região é pequena, pouco maior que 60 milhões de habitantes, o que determina um povoamento baixo: apenas 15 hab./km2. O quadro natural dificulta a ocupação da maior parte do espaço, já que predominam os climas áridos e semiáridos,com uma vegetação pobre de estepes. Apenas dois rios têm grande importância local: Amu Daria e Syr Daria. O Amu foi, no passado, afronteira entre os impérios turco, mongol e persa. Mais recentemente, separava o império britânico do russo. São nesses vales e nas proxi-midades das capitais que estão os pontos de maior concentração populacional. Observe o mapa:

A maior densidade demográfica da região está ao sul, onde os climas são mais amenos e os vales fluviais facilitam a ocupação humana. Emdireção ao norte, o clima se torna mais frio e mais seco, dificultando o povoamento.

3. ASPECTOS ECONÔMICOSAlém dos climas secos, a economia rural é dificultada pelo relevo montanhoso. A região é cercada de montanhas e tem dois deser-

tos em sua parte central: o Karakum, mais ao sul, quase todo dentro do Turcomenistão, e o Kyzyl Kum, que fica mais ao norte, noUzbequistão.

Os vales fluviais que descem as montanhas e atravessam esses desertos formam oásis, onde se formaram importantes cidades eas poucas regiões agrícolas importantes.

As terras aráveis ocupam entre 5% e 10% da extensão total desses países, e em todos eles a irrigação e o cultivo ribeirinho sãoessenciais. Veja os dados:

Após a ocupação soviética, a região passou a ter maior exploração de seus recursos naturais, graças à irrigação, em especial parao cultivo do algodão (com graves impactos ambientais, em especial o secamento do mar de Aral).

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Aral

Fonte: Adaptado de Globalization anddiversity: geography of a changingworld. Les Rowntree et alli. UpperSaddle River: Pearson EducationInc. 2008.

Rio Amu

Daria

Rio Syr Daria

�� Menos de 5

De 5 a 25

De 25 a 50

De 50 a 100

Mais de 100

Hab./km2

DENSIDADE DEMOGRÁFICA NA ÁSIA CENTRAL

Mar C

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Aral

N

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ALFA-5 850150510 185 ANGLO VESTIBULARES

Terras TerrasPaíses aráveis irrigadas Produções agrícolas de destaque

(% do país) (km2)

Cazaquistão 8 35.560 Trigo, algodão e gado

Uzbequistão 10 42.810 Algodão, frutas, verduras e gado

Quirguistão 7 10.720 Tabaco, algodão, batata e cítricos

Turcomenistão 5 18.000 Algodão, grãos e gado

Tadjiquistão 7 7.220 Algodão, grãos, frutas e caprinosFonte: CIA. The World Factbook 2010.

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A economia da maior parte dos países da região é pouco diversificada, e a maior parte dos trabalhadores é absorvida pelo setorprimário, apesar das dificuldades para a produção agrícola e pastoril.

As independências conquistadas após o fim da URSS foram seguidas de vários anos de dificuldades econômicas para ajustar aeconomia ao modelo capitalista. Os investimentos internacionais, em especial na área petroquímica, têm contribuído para alavancaras taxas de crescimento econômico.

As reservas de petróleo estimadas entre 70 e 200 bilhões de barris são consideradas importantes, mesmo se comparadas àmaior do mundo (Golfo Pérsico: 600 bilhões de barris). A produção, no entanto, só é importante no Cazaquistão, o que explica seuPIB mais elevado. Veja os dados de 2009:

O Aral é um mar fechado, alimentado pelos rios Syr Daria e Amu Daria, localizado, na fronteira entre o Cazaquistão e o Uzbe-quistão. Era classificado como o 4º- maior lago do mundo, com cerca de 66.000km2, mas, nas últimas décadas, sua extensão foimuito reduzida.

A desertificação da região está em pleno andamento desde a década de 1960, como fruto da introdução de culturas irrigadas,iniciadas por imposição soviética na década de 1930. As práticas de irrigação não sustentáveis secaram os rios que desembocamnesse grande lago. A extensão do mar de Aral, por exemplo, foi muito reduzida, como mostra o mapa a seguir:

A redução da extensão do Mar de Aral é considerada um dos maiores desastres hídricos do século XX e está relacionada ao usoexcessivo das águas dos rios Syr Daria e Amu Daria para irrigação.

Portanto, a seca e a desertificação estão associadas à diminuição do nível hídrico dos rios, lagos, lençóis freáticos e aquíferos.Além disso, o uso de métodos inadequados de irrigação está provocando a salinização dos solos nos vales dos rios da região, em es-pecial nas áreas que cultivavam o algodão.

ALFA-5 850150510 186 ANGLO VESTIBULARES

Países PIB 2009 Composição do PIB (%) Composição da PEA (%)

(US$ bilhões – PPC)P S T P S T

Cazaquistão 175 5 40 55 31 18 51

Uzbequistão 77 27 39 34 44 20 36

Quirguistão 12 30 16 54 48 12 40

Turcomenistão 33 10 34 56 48 14 38

Tadjiquistão 14 23 24 53 67 7 26Fonte: CIA. The World Factbook 2010.

Cazaquistão

Uzbequistão

1973 1986 1999

Cazaquistão

Uzbequistão

Cazaquistão

Uzbequistão

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TerrasMar de Aral

REDUÇÃO DA EXTENSÃO DO MAR DE ARAL

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Exercícios1. (GV-SP-modificada) Leia o texto:

“Comparada à russa, cada nacionalidade da Ásia Central pa-rece cada vez mais apegada às suas tradições, à sua língua;seja porque existe pouca migração; seja porque, por razõesreligiosas, os casamentos interétnicos são raros; seja porquea maioria da população não fala russo. Como a população

dessas repúblicas muçulmanas aumentava rapidamente enão emigrava para outras regiões mais industrializadas, énatural que elas queiram reivindicar mudanças políticas quetornem possível um desenvolvimento mais eficaz e a própriadireção de seus negócios. Enfim, coloca-se o problema doIslã nessas novas repúblicas, que estão em plena efervescên-cia política e religiosa”.

Adaptado de Carrière, P. in Geographie — Classes Terminales.Paris: Fernand Nathan, 1983.

Redigido na década de 1980, esse texto já apontava váriosaspectos importantes no atual quadro político interno e ex-terno das seguintes ex-repúblicas soviéticas:a) Lituânia, Letônia e Estônia.b) Ucrânia e Belarus.c) Turcomenistão, Tadjiquistão e Uzbequistão.d) Cazaquistão e Mongólia.e) Geórgia, Armênia e Azerbaijão.

ALFA-5 850150510 187 ANGLO VESTIBULARES

Países Produção petróleo (b/d)

Cazaquistão 1.400.000

Uzbequistão 83.800

Quirguistão insignificante

Turcomenistão 189.400

Tadjiquistão insignificanteFonte: CIA. The World Factbook 2010.

(FUVEST-SP) Mapa e texto para as questões 2 e 3.

Uzbequistão: campos férteis viram desertos de salO sal estala sob os pés como se fosse neve, em um campo estéril da região oeste do Uzbequistão. “Há 30 anos, aqui se planta-

va algodão”, diz um agricultor de 61 anos que viveu perto da cidade de Khujayli por toda a vida. “Agora, é uma planície salgada.”O Uzbequistão, um país que no passado fez parte da União Soviética, representa uma das grandes áreas de desastre artificial daHistória. Por décadas, seus rios foram desviados para permitir o cultivo de algodão em terras áridas, o que fez com que o Mar deAral, um grande lago salgado, perdesse mais de metade de sua área, em 40 anos. “Quando você vê todo esse sal, logo se deixa tomarpor pensamentos sombrios e obscuros”, ele afirmou, explicando que o sal é o que resta quando a água evapora devido à irrigaçãointensa. “Nada cresce em terras salgadas. É como estar em pé sobre uma sepultura.”

The New York Times, 17/06/2008.

2. Com base no mapa, no texto sobre o Uzbequistão e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta:a) O desastre ambiental ocorrido no Uzbequistão é decorrente de políticas de incentivo à agricultura de algodão que foram

implementadas ainda no tempo em que o país integrava a União Europeia.b) Os problemas ambientais no Uzbequistão são derivados de intervenções específicas, ocorridas no país, não havendo casos similares

no Cazaquistão e no Turcomenistão.

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Desertificação

Rios

LEGENDA

IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁSIA CENTRAL

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c) O processo de salinização do solo na região ocorre devidoà intensa evaporação de água das áreas irrigadas em umclima predominantemente úmido.

d) A salinização do solo, a erosão eólica e o recuo do mar deAral não prejudicaram a produção algodoeira no Uzbe-quistão.

e) A queda da produção algodoeira no Uzbequistão afeta aeconomia do país, principalmente nos setores econômi-cos que se relacionam com a atividade agrícola.

3. De acordo com o texto, o agricultor diz ter “pensamentossombrios e obscuros” quando vê o sal, porque:a) o Uzbequistão fez parte da União Soviética e representa

grande área de desastre artificial.b) os rios do Uzbequistão foram desviados e a terra foi

violentada por muitos anos.c) a terra ficou salgada e nada cresce em terras salgadas.d) o Mar de Aral tornou-se um grande lago salgado e per-

deu mais de metade de sua área.e) o Uzbequistão é o único lugar em que o agricultor viveu

e ele já tem 61 anos.

• Leia os itens 1, 2 e 3 da apostila.

• Faça os exercícios a seguir.

1. (UNIOESTE-PR) A dissolução da União Soviética em 1991 permitiua criação de vários países originários das antigas repúblicas soviéti-cas. Assinale a alternativa abaixo que corresponda a alguns dessespaíses.a) República Tcheca, Suazilândia, Kosovo, Ucrânia e Tchetchênia.b) Lituânia, Bielorússia, Tadjiquistão, Uzbequistão e Cazaquistão.c) Tadjiquistão, Afeganistão, Estônia, Croácia e Geórgia.d) Romênia, Ucrânia, Quirguistão, Turcomenistão e Bósnia-Herze-

govina.e) Mongólia, Paquistão, Macedônia, Azerbaijão e Moldávia.

2. (UNICAMP-SP-modificada) Leia o texto: “Começa a tomar forma, 45 anos depois de ter sido proposta, umaversão moderna da Rota da Seda, que, na Antiguidade, ligava a Ásiaà Europa. Trata-se de uma rede de rodovias e rotas de ferryboat quetem 140 mil quilômetros e irá ligar os dois continentes outra vez.Proposto inicialmente em 1959, mas adiado por décadas, o projetofoi recentemente ratificado, em princípio, por 32 países da Europae da Ásia. O plano rodoviário faz parte de um projeto amplo paramelhorar todas as vias de transporte existentes na região, alcan-çando padrões internacionais”.

Adaptado de Elaine Kurtenbach. “Asiáticos planejam nova Rota da Seda”,Folha de S.Paulo, 27/04/2004.

a) Que circunstância política internacional foi responsável peloadiamento do projeto?

b) A construção de tal sistema viário ajudaria a reduzir o isolamentogeográfico de muitos países asiáticos. Cite dois fatores que de-terminam esse isolamento.

3. (MACK-SP-modificada) Leia o texto:

A tragédia ecológica do Mar de Aral

O Mar de Aral, um lago terminal alimentado por dois rios principais (Sir Daria e Amu Daria), forma uma fronteira natural entre o Caza-quistão e o Uzbequistão. Era o quarto maior lago mundial em 1960;hoje, está em vias de desaparecer em um pequeno e sujo poço. Adestruição do Mar de Aral é um exemplo de como uma tragédia am-biental e humanitária pode ameaçar rapidamente toda uma região. Taldestruição constitui um caso clássico de desenvolvimento não sus-tentado. Vale a pena estudá-lo, pois, de certa forma, prefigura o quepoderá acontecer em nível planetário, se a humanidade continuar adesperdiçar recursos finitos como a água.

Rama Sampath Kumar. Acessado em http://resistir.info/asia/mar_de_aral.html.

Considerando o texto, a respeito do Mar de Aral, assinale a alterna-tiva correta.a) O desmatamento das áreas periféricas e um forte assoreamento

determinaram o problema ambiental em questão, diminuindo onível de salinidade do Mar.

b) O Mar de Aral recebe detritos orgânicos e químicos, devido aocrescimento desordenado da industrialização e da urbanizaçãonão planejada na região, acelerando o processo de degradação.

c) Os principais problemas se devem ao uso de suas águas para airrigação, principalmente das lavouras algodoeiras; a área foi re-duzida à metade e sua salinidade triplicou.

d) O Mar possui dois rios principais que o alimentam. Com o passardos anos, algumas hidrelétricas foram construídas ao longo des-ses rios, reduzindo, substancialmente, o nível de suas águas.

e) O desastre ecológico ocorreu devido à ocupação ilegal das áreasde mananciais próximas ao Mar, dando lugar à especulação imo-biliária, e ao aparecimento de condomínios de alto padrão.

4. (UFRS-RS) Uma das maiores catástrofes ambientais mundiais rela-cionadas ao mau uso dos recursos hídricos foi a grande alteraçãohidrológica ocorrida na região da Ásia Central, onde está situado oMar de Aral, limite natural entre o Cazaquistão e o Uzbequistão.Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma consequênciadesse imenso desastre ambiental.a) a salinização dos solos.b) o aumento do número de casos de doenças renais e respiratórias.c) a contaminação das águas superficiais e subterrâneas por agro-

tóxicos.d) o rastejamento e os deslizamentos de terras.e) o desaparecimento de várias espécies de peixes.

• Faça os exercícios a seguir.

5. (GV-SP) O Azerbaijão é conhecido atualmente como o novo Kuwait.Com o Cazaquistão e o Turcomenistão, possui mais petróleo que oGolfo Pérsico. A fronteira das regiões produtoras de petróleo estáse deslocando para a Ásia Central.

Nelson Bacic Olic. In www.comciencia.br/reportagens/petroleo.

Na Ásia Central, as cobiçadas reservas de petróleo estão concen-tradas no(s):a) Lago Baikal.b) Mar Cáspio.c) Montes Urais.d) Bálcãs.e) Mar Negro.

6. (UEPB-PB-modificada) Leia o texto:

“No Cazaquistão, do cavalo para o foguete foram apenas 30 anos.Os russos conquistaram as cidades, trouxeram o comunismo. NaSegunda Guerra Mundial, trouxeram os campos para os prisionei-ros políticos. Por isso se vê gente de todo tipo. São cerca de 100 mi-norias étnicas trazidas à força para ocupar essas terras Baikonur(onde está) a base de lançamentos de foguetes russa, apesar deser o Cazaquistão, toda área fica sob jurisdição russa”.

Fonte: adaptado de http://fantastico.globo.com, 27/03/2006.

AULA 43

Tarefa Complementar

Tarefa Mínima

� Livro 3Caderno de Exercícios — Unidade II

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-5 850150510 188 ANGLO VESTIBULARES

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No fragmento do texto podemos identificar:I. Características da cultura nômade e islâmica que perdurou entre

o povo cazaque até a conquista pelos russos.II. Heranças espaciais do período soviético que ainda se fazem

presentes no território cazaque.III. Aspectos da Guerra Fria (e da conquista espacial) que se travou

entre os Estados Unidos e a União Soviética no pós-SegundaGuerra Mundial.

IV. Estratégicas políticas utilizadas pelo stalinismo, no intuito de de-sarticular as nacionalidades presentes na URSS, garantir a unidadeterritorial do país e perseguir os opositores do sistema.

Estão corretas apenas as proposiçõesa) I e III.b) I, II e IV.c) I, III e IV.d) II, III e IV.e) II e IV.

7. (UFPE-PE) O texto a seguir relaciona-se a um sério problema am-biental que vem ocorrendo numa determinada área do planeta.“Em muitos filmes de ficção científica e em propagandas terroristasde entidades ambientalistas, o futuro será um lugar devastado epoluído, árido, com escassez de comida e de outros recursos vitais.Para cerca de 55 milhões de pessoas que vivem na bacia desse mar,na Ásia Central, esse futuro aterrorizante é o duro presente. Emtorno desse mar, que na verdade é um lago de água salgada situado

entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, giravam a economia e a vidadessas duas nações e de outras três ex-repúblicas soviéticas. (...)Um verdadeiro oásis em uma região desértica. Nas últimas quatrodécadas, o mar perdeu 60% de sua extensão e três quartos do volu-me d’água. A salinidade triplicou desde então e muitos moradoressão levados ao confinamento em casa por dias, às vezes semanas,durante as frequentes tempestades de areia e sal.”

Adriana Carvalho. apud. LUCCI, Elian Alabi et al. Geografia Geral e do Brasil.Ensino Médio. Ed. Saraiva.

É correto afirmar que o texto acima está se referindo ao:a) Mar Negro. d) Mar de Labrador.b) Mar Morto. e) Mar de Aral.c) Mar Cáspio.

8. (UNIMONTES-MG) O Aral, no Uzbequistão, é um mar interior queestá desaparecendo rapidamente. Nos últimos trinta anos, as planí-cies que o circundam perderam metade de seu volume de água.Assinale a alternativa que não constitui uma causa dessa proble-mática.a) A destruição da vegetação nativa que deixa as margens do Aral

desprotegidas.b) A pesca industrial para extração de caviar.c) O uso intensivo do solo, que provoca um assoreamento acele-

rado.d) O desvio de dois rios para a irrigação de grandes lavouras me-

canizadas de algodão.

ALFA-5 850150510 189 ANGLO VESTIBULARES

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1. INTRODUÇÃOO uso de energia tem sido um poderoso elemento deter-

minador do desenvolvimento econômico e do poder geopolíticodas nações. Esse fato teve sua importância ampliada à medidaque a Revolução Industrial ganhou força e se expandiu por di-versos países europeus e, logo depois, para os Estados Unidose Japão. Para entender melhor a evolução do uso das fontes deenergia e seus desdobramentos econômicos e geopolíticos, va-mos analisar cada uma das etapas desse processo.

2. DA LENHA AO CARVÃODesde a descoberta do fogo, há cerca de 50 mil anos, o uso

de combustíveis apresentou um consumo crescente. O primeirocombustível que o homem utilizou em larga escala foi a lenha.Séculos se passaram até que fosse descoberto o carvão, que pro-duz muito mais energia que a lenha. Seu consumo cresceu rapida-mente a partir da segunda metade do século XIX, quandoentramos na Segunda Revolução Industrial, o que deu início à Erado Carvão. Rapidamente a lenha perdeu sua preponderância comofonte de energia e o carvão tomou seu lugar. Observe o gráfico:

O crescimento do consumo de carvão atingiu seu auge no início doséculo XX, quando se estabilizou em torno de 75% da matriz energé-tica mundial. O crescimento de seu consumo foi acompanhado peloaumento da poluição atmosférica, tornando o ar de muitas cidadesirrespirável e produzindo as primeiras chuvas ácidas conhecidas.

O principal fator que acelerou o consumo do carvão foi amaior utilização de máquinas movidas a vapor, que dependiam daqueima desse combustível para produzir o calor que evaporava aágua, produzia o vapor armazenado em caldeiras de alta pressão,que movimentavam máquinas e, mais tarde, locomotivas e navios.

O uso intensivo do carvão, desde o início da Revolução Indus-trial, passou a determinar a localização das indústrias e o cresci-mento dos centros urbanos localizados nas áreas próximas às suasáreas de exploração. Além disso, a aplicação das máquinas a vaporpara movimentar os trens e navios foi a maior responsável pelaexpansão das indústrias pelo mundo, acelerando as comunicaçõese barateando os transportes.

Na atualidade, o carvão não tem a importância que teve nopassado, mas, nas últimas décadas, seu consumo cresceu de for-ma consistente, em função do aumento do custo do petróleo edo desenvolvimento de novas tecnologias que tornaram seu usomenos poluente. Veja na tabela os países que se destacam naprodução e no consumo de carvão na atualidade:

Fonte: World Coal Institute. Coal Facts 2006 Edition.

O uso do carvão para a produção de eletricidade nas termelé-tricas é muito elevado, já que muitos países não dispõem deoutras fontes ou formas de produzir eletricidade. No mundo, ocarvão era responsável por 39,8% da produção de eletricidadeem 2004, seguido pelo gás natural com 19,6%, o que indicaseu peso como fonte de energia.

Mas as termelétricas apresentam algumas desvantagens, poiso carvão é uma fonte energética não renovável e, além disso, suaqueima libera perigosos gases, causando poluição atmosférica econtribuindo para o efeito estufa. Mesmo assim, desde que opetróleo se tornou caro, por causa da crise ocorrida em 1973, ocarvão passou a ser usado em uma escala crescente. Os especia-listas afirmam que, nas próximas décadas, ele será cada vez maisconsumido e por mais tempo do que o petróleo, pois existemgrandes reservas carboníferas no mundo.

No Brasil, encontra-se carvão, mas apenas as reservas do RioGrande do Sul e de Santa Catarina são razoavelmente grandes,embora de qualidade inferior. Misturado ao carvão importado, eleé usado nas siderurgias e serve também para as termelétricas, queestão agora sendo revalorizadas, desde que o governo brasileiropassou a incentivar a construção de novas usinas.

3. A ERA DO PETRÓLEOA invenção dos motores de combustão interna, como os usa-

dos nos automóveis, criou uma nova etapa no uso da energia. Porvolta de 1860, as primeiras experiências com o motor de combus-tão interna foram feitas pelo belga Etienne Lenoir (1811-1900).Mais tarde, o invento foi aperfeiçoado pelo alemão Gottlieb

1910

75

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ALFA-5 850150510 190 ANGLO VESTIBULARES

Aulas 44 e 45GEOPOLÍTICA DA ENERGIA MUNDIAL

Os cinco grandes na produção e no consumo em 2005

Produção Mundial Consumo Mundial

Países (4.973 milhões (4.990 milhõesde toneladas) de toneladas)

Ranking Parcela Ranking Parcela

China 1º- 44,7% 1º- 32,1%

EUA 2º- 19,1% 2º- 23,4%

Índia 3º- 8,0% -------- --------

Austrália 4º- 6,0% -------- --------

África do Sul 5º- 4,8% -------- --------

Rússia -------- -------- 3º- 9,7%

Japão -------- -------- 4º- 5,1%

Alemanha -------- -------- 5º- 4,9%

TOTAL -------- 82,6% -------- 75,2

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Daimler (1834-1900), que se associou a Karl Friedrich Benz(1844-1929) e, a partir de 1880, passaram a construir automó-veis na Alemanha. Em 1888, John Boyd Dunlop (1840-1921)aperfeiçoou o pneumático, ampliando as possibilidades de utiliza-ção dos automóveis. Em 1908, nos Estados Unidos, Henry Ford(1863-1947) deu início à produção de seu modelo “T”, que viria ase tornar o primeiro carro a alcançar a marca de 1 milhão de veí-culos vendidos.

Desde então, o número de veículos no mundo cresceu rapi-damente. Em 1955 já eram 100 milhões, sendo mais de 80%deles de carros. Apenas 25 anos depois o mundo superou amarca de 400 milhões de veículos e, em 2005, chegava pertode 900 milhões. Observe o gráfico:

Fonte: American Automobile Manufatures Association. WorldMotor Schinider Data, 2006.

Portanto, esse novo período, que começou no século XX,foi baseado na intensificação do uso do automóvel e depois dos caminhões, ambos utilizando derivados de petróleo, o que deuorigem à Era do Petróleo. Observe no gráfico a seguir comoevoluiu a posição do petróleo na matriz energética mundial:

Desde o início da década de 1940, o petróleo transformou-se na maisimportante fonte de energia, atingindo seu auge de consumo no iní-cio da década de 1970. O crescimento de seu consumo foi acompa-nhado pela queda do uso da lenha e principalmente do carvão.

O petróleo, assim como o carvão, originou-se em áreas de se-dimentação, há milhões de anos. A teoria mais aceita diz que ele seformou a partir de matéria orgânica marinha. A transformação derestos marinhos em petróleo só ocorreu em condições especiais,dentre as quais destacamos: a existência de rochas porosas, paraacumular o petróleo em formação; a presença de camadas derochas impermeáveis por baixo, para prender o petróleo; o peso dossedimentos, fazendo grande pressão sobre os restos de matériaorgânica; e o calor interno da Terra. Em geral, nas camadas acimadaquelas em que existe petróleo, fica preso o gás natural e, abaixodelas, a água salgada.

Não foram muitos os locais do mundo onde esse conjuntode condições permitiu a formação de grandes reservas de pe-tróleo. Com o crescimento de seu consumo, essas regiões pas-saram a ter grande importância econômica e geopolítica. Rapi-damente, o petróleo tornou-se um dos elementos mais impor-tantes para o desenvolvimento da indústria e do modo de vidaurbano do século XX.

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milhões

Ônibus e caminhões

Carros

EXPANSÃO DO NÚMERO DE VEÍCULOS NO MUNDO

ALFA-5 850150510 191 ANGLO VESTIBULARES

Mas a expansão do uso do petróleo só foi possível graças ao crescimento da exploração, no final do século XIX, e ao aperfei-çoamento das técnicas de destilação e refinação, no século XX. Veja como evoluiu a produção do petróleo:

0

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Milhões de toneladas

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EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE PETRÓLEO

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A reserva petrolífera de um país é a quantidade de petróleo que ele abriga em seu subsolo. Isso é muito diferente da produção, ouseja, da quantidade de petróleo que efetivamente se retira do subsolo. Quando retirado do subsolo, o petróleo tem a aparência de umóleo de cor escura. Para ser usado, ele deve passar pelo processo de destilação, num tipo de indústria denominado refinaria. As refi-narias extraem vários derivados do petróleo, dos quais destacamos: gás liquefeito, gasolina, querosene, óleo diesel, borracha sinté-tica, plásticos e tintas.

Para encontrar petróleo, é preciso investir milhões de dólares em prospecções e perfurações. Os países ou empresas com mais ca-pital ficam na frente — basta ver que os Estados Unidos, sozinhos, perfuram mais de 50% dos novos poços do mundo, todos os anos.

Os Estados Unidos têm a terceira maior produção mundial de petróleo. Mesmo assim, são o maior país importador, pois seu con-sumo é muito elevado, devido à grande industrialização, à presença da maior frota de veículos do mundo e à alta urbanização. Muitos ou-tros países industrializados importam petróleo, como Japão, Alemanha, França e Reino Unido.

Durante muito tempo, como o petróleo era barato, o governo brasileiro investiu pouco na prospecção e muito na construção de usi-nas de refino. A partir de 1973, quando teve início a Crise do Petróleo e o preço subiu, o Brasil, além de gastar bilhões de dólares paracontinuar importando, foi obrigado a procurar mais petróleo em seus domínios. Hoje, as maiores áreas brasileiras de exploração estão nomar, e a produção concentra-se no Rio de Janeiro, a maior parte dela na plataforma continental, ou seja, sob a água. Isso dificulta e enca-rece a produção.

A maior bacia petrolífera do país localiza-se na plataforma continental do Rio de Janeiro, na Bacia de Campos. A maior parte de nos-sas refinarias está próxima aos grandes mercados consumidores urbanos do Centro-Sul, pois é mais barato transportar o petróleo brutopor meio de oleodutos ou navios petroleiros e depois entregar seus derivados aos consumidores por meio de caminhões.

4. A ERA DA DIVERSIDADE ENERGÉTICANas últimas décadas, tornou-se evidente para grande parte da população que o petróleo é uma fonte de energia não renovável e que,

portanto, um dia ele vai acabar. No entanto, durante muito tempo, seu baixo preço permitiu que, em sociedades desenvolvidas, milhõesde pessoas adotassem um estilo de vida apoiado em alto consumo de energia derivada do petróleo: casas eram aquecidas com o uso deóleo diesel, carros gigantescos e pesados consumiam 1 litro de gasolina para andar apenas 4 quilômetros!

No final de 1973, uma série de acontecimentos ligados aos conflitos do Oriente Médio fez com que, de repente, o preço dopetróleo aumentasse rapidamente. Observe o gráfico a seguir:

AS SETE IRMÃS

Em 18 de agosto de 1928, reuniram-se no castelo de Achnacarry (na região das Terras Altas da Escócia — Reino Unido) repre-sentantes da Standart Oil of New Jersey (atual Exxon), Anglo-Persian (atual BP), Gulf e da Standart Oil of Indiana (mais tarde Amoco) eHenri Deterding, o anfitrião, presidente da Royal Dutch Shell (fusão da empresa inglesa e holandesa). Dessa reunião, em 31 de junho de1928, nasceu o “Acordo de Achnacarry” (World Agreemente of Red Line) que dividia o mercado mundial do petróleo entre as maioresempresas de então, com o adendo de que o aumento da produção só poderia ocorrer se o volume de consumo subisse.

Em 1934, em nova reunião no Reino Unido, ocorreu a formação do “Acordo de Londres”, considerado historicamente a fundaçãodas “Sete Irmãs”, expressão criada por Enrico Mattei, presidente da empresa petrolífera italiana ENI (Ente Nazionale Idrocarburi). Es-tavam no encontro representantes da Exxon, Mobil, Socal (atual Chevron), Texaco, Gulf, Shell e Anglo-Persian (atual BP — BritishPetroleum), e um pouco depois aderiu a francesa CFP (Compagnie Française des Pétroles), a oitava irmã. Em 1950, as 8 irmãs detinham99,4% do petróleo produzido pelos maiores exportadores mundiais. O domínio do mercado pelas “sete irmãs” estendeu-se até o iníciodos anos de 1970, quando a crise do petróleo de 1973 alterou a geopolítica mundial dessa fonte de energia, com o fortalecimento daOPEP, relegando o uso dessa terminologia a um segundo plano.

As fusões e as lutas pelo mercado marcaram os anos de 1990, originando as quatro gigantes do começo do século XXI: ExxonMobil(EUA), Chevron (EUA), BP (Reino Unido) e Royal Dutch Shell (Reino Unido-Países Baixos). No entanto, no início de 2007, o prestigiosojornal inglês Financial Times, frente à nova realidade mundial do mercado de petróleo, recriou o termo Sete Irmãs, aplicando-o agora àssete poderosas companhias petrolíferas da atualidade: Saudi Aramco (Arábia Saudita), Gazprom (Rússia), CNPC (China), NIOC (Irã),PDVSA (Venezuela), Petrobras (Brasil) e Petronas (Malásia). Quase todas são estatais de países emergentes e já controlam 35% da pro-dução mundial e das reservas de petróleo mundiais. As 7 velhas irmãs têm hoje apenas 10% da produção e 3% das reservas mundiais.

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Os preços nominais indicam por quanto o barril de petróleo é vendido a cada instante. Os preços reais são um cálculo matemático queindica o valor real do produto a cada instante, em relação à inflação mundial acumulada até 2007.

Observe que o preço nominal do barril de petróleo saltou de cerca de 12 para mais de 36 dólares no início dos anos de 1970, origi-nando o que ficou conhecido como Crise do Petróleo de 1973, motivada por conflitos no Oriente Médio. Depois disso, os preços nominaise reais sofreram uma queda, mas em muitos lugares do mundo diversos governos passaram a mudar suas políticas energéticas, ao mesmotempo que investimentos eram feitos para acelerar a pesquisa de novas fontes de energia.

Como consequência desses esforços, especialmente dos mais ricos e maiores consumidores, a matriz energética mundial foi se trans-formando, para não depender tanto do petróleo. O caminho que encontraram foi a diversificação, abrindo uma nova Era. Observe o gráfico.

OPEPDesde a década de 1950, os países do Oriente Médio e da África começaram a exigir das empresas estrangeiras maior partici-

pação nos lucros da exploração do petróleo, tornando tensa a situação na área. Nesse clima, em 1960, foi fundada a Organização dosPaíses Exportadores de Petróleo (OPEP), com sede em Viena (Áustria). Trata-se de uma espécie de cartel internacional, por meio do qualos países produtores de petróleo procuram, com acordos mútuos, controlar os preços do petróleo no mercado internacional, ante-riormente comandado por transnacionais com sede nas grandes potências.

Em outubro de 1973, após a Guerra do Yom Kippur, a OPEP e a OPAEP (Organização dos Países Árabes Exportadores de Pe-tróleo) decidiram adotar o embargo do fornecimento de petróleo como forma de pressionar os grandes consumidores norte-ameri-canos e europeus a forçarem os israelenses a evacuar os territórios ocupados.

Teve início, assim, a primeira crise mundial do petróleo, quando o preço nominal do petróleo, que custava em 1970 cerca de 12dólares o barril, passa para cerca de 36 dólares o barril. Frente à dependência mundial dessa fonte de energia, os países exportadoresde petróleo — especialmente os árabes — passaram a ter grandes lucros. Essa riqueza, no entanto, permaneceu restrita à minoria,constituída pelos chefes locais, não representando melhoria nos níveis de vida da maior parte das populações.

A alta dos preços do petróleo incentivou muitos países a explorar suas reservas, ou para poupar divisas ou para elevar suas expor-tações. Isso determinou um aumento da produção mundial, e a abundância da oferta do produto no mercado internacional levou àqueda de preços, que se estabilizaram entre 1980 e 1995. Os conflitos de interesse entre os membros da OPEP reduziram ainda maiso poder da organização, que sofreu o desligamento do Equador e do Gabão na década de 1990, reduzindo o número de participantes. Amaior parte dos membros são países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Irã e Kuwait). Há tam-bém países africanos (Líbia, Argélia, Nigéria e Angola), um asiático (Indonésia) e dois latino-americanos (Venezuela e Equador).

O carvão, cujo consumo estava em queda desde o começo do sé-culo, foi reabilitado como importante fonte energética. As demaisfontes foram expandidas, enquanto a participação do petróleo naprodução de energia mundial foi reduzida quase pela metade.

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10

20

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1980 1990 2000��Carvão Petróleo Nuclear Hidrelétrica��

Gás

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A ERA DA DIVERSIDADE ENERGÉTICA

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000.

Invasão do

Iraque

pelos EUA

2003

PREÇO REAL E PREÇO NOMINAL DO PETRÓLEO

Invasão do

Kuwait pelo

Iraque

1990

Preço real ajustado pela inflação mundial

Preço nominal praticado pelo mercado

104,35

1861-69 1870-79

8,06

1880-89

16,35

0,78

1890-99 1900-09 1910-19 1920-29 1930-39 1940-49 1950-59 1960-69 1970-79 1980-89 1990-99 2000-08

31,11

3,07

17,24

1,90

14,61

1,9311,58

47,54

36,8336,76

23,73 28,83

31,59

90,46100

Boom do

petróleo na

Pensilvânia

Início das

exportações

russas

Crise de

abastecimento

nos EUA

Reconstrução

pós-II Guerra

Fundação

da Petrobras

1953

Guerra do

Yom Kippur

(1º choque

do petróleo)

1973

Revolução

islâmica no Irã

(2º choque

do petróleo)

1979

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Hoje, embora o consumo global de energia continue cres-cendo, a consciência de que é necessário economizar está bem dis-seminada pela população; a maior parte dos governos faz cam-panhas publicitárias e cria políticas públicas de economia; e os in-vestimentos em pesquisas científicas sobre o assunto continuamcrescendo.

Além disso, observa-se uma tendência que deve ter continui-dade nas próximas décadas: a reabilitação de fontes que se con-sideravam ultrapassadas (como o carvão) e a busca de fontesalternativas de energia, mais limpas, que não prejudiquem o meioambiente.

A realidade atual, porém, não é boa. O ar das grandes cidadesé muito poluído, devido à emissão de gases pelos veículos auto-motores e de fumaça e resíduos pelas chaminés das fábricas. So-lução para isso existe, mas custa caro. Em muitos países desen-volvidos, tornou-se obrigatório o uso de escapamentos especiaisnos automóveis e de filtros nas chaminés industriais. Essas me-didas melhoraram bastante a qualidade do ar e retiraram muitascidades ricas da lista das mais poluídas do mundo.

Nos países pobres, no entanto, é difícil adotar providênciassemelhantes. Em muitos deles, não existem leis antipoluição. Emoutros elas até existem, mas o uso de equipamentos adequados éinviável, devido ao seu alto custo. Assim, cidades como México,Calcutá, Cairo, Santiago do Chile e São Paulo apresentam índicesde poluição atmosférica alarmantes. Isso sem contar a China, queestá entre as regiões mais poluídas do planeta.

5. EM DIREÇÃO AO FUTUROPensando em termos do futuro da energia, temos que levar

em conta dois aspectos fundamentais: a energia é um recursonatural essencial e seu maior consumo indica maior desenvolvi-mento.

Sabemos que o consumo de energia passou a crescer de for-ma exponencial no século XX, graças ao desenvolvimento urbano-industrial. A cada década o crescimento da economia é mais de-pendente da existência de energia a baixo custo. Esse custo é de-terminado pela abundância ou não dos recursos, pela procura cres-cente dos mercados internacionais, pela oferta controlada atravésde cartéis como o da OPEP e pela descoberta de novas fontes.

Nas versões mais pessimistas, uma crise energética encerraráa civilização urbano-industrial que conhecemos hoje. O cresci-mento acelerado do uso dos combustíveis fósseis faz com que seaproxime rapidamente o esgotamento de suas jazidas, e a lutapela posse das últimas reservas energéticas será inevitável naspróximas décadas, desencadeando guerras de amplitude jamaisvistas.

A única saída possível para esse tenebroso cenário seria a des-coberta e o desenvolvimento do uso, a tempo, de novas fontesenergéticas e/ou o aperfeiçoamento e generalização do uso defontes renováveis já conhecidas, como a eólica, solar, geotérmica,hidráulica, etc. Isso, em parte, depende do volume de recursosfinanceiros aplicados em P&D. Em outras palavras, a substituiçãodas fontes tradicionais por fontes de energia renováveis será umprocesso demorado e muito dispendioso.

Analisando a matriz energética mundial de 2005, com umconsumo global da ordem de 11,4 bilhões de TEP (Tonelada

Equivalente de Petróleo), vemos que o petróleo, o gás naturale o carvão atendiam, em conjunto, mais de 78% da demandamundial de energia. Observe:

Fontes: World Energy Council e EIA System for the Analysis of GlobalEnergy Markets 2005.

Diversas outras fontes alternativas já aparecem com númerosrazoáveis, mas são pouco significativas quando comparadas aostrês gigantes da energia que formam a base da matriz mundial.Como se trata de um quadro de análise mundial, evidentementeos casos particulares escapam da visão. O Brasil, por exemplo, temem sua matriz uma parcela muito maior de hidrelétricas, ou,ainda, a energia nuclear é a base da matriz da França. Mas comoestamos analisando a matriz como um todo, o que interessa érealmente a situação mundial.

Nessa direção, voltemos à análise da figura, observando oque teremos no mundo em 2025. Repare que os três grandes(petróleo, gás natural e carvão) continuarão dominando o cenário,com 71,3% do total do consumo mundial de energia, que terásubido para 15,5 bilhões de TEP. O que vemos, portanto, é a pre-visão de um aumento do consumo de energia no mundo de 11,4para 15,5 bilhões de TEP (crescimento de cerca de 35% no perío-do) e uma queda dos três grandes de 78% para cerca de 71% dototal da matriz.

Para entendermos bem as implicações econômicas e geopo-líticas dessa situação, analisaremos cada um dos componentes damatriz, em sua situação atual e na perspectiva para 2025.

Petróleo 27,6%

Gásnatural 23,2%

Maremotriz 0,008%

Geotérmicas 0,3%

Eólica 0,6%Solar 0,6%

Hidrelétrica 4,8%

Nuclear 5,2%

Metanol eetanol 2,5%

Biomassae lixo 9,1%

Carvão 20,5%

Carvão processado 3,2%

MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL 2025(15,5 bilhões de TEP)

Xisto e areia betuminosa 2,2%

Petróleo 32,3%

Gásnatural 21,5%

Maremotriz 0,008%Geotérmicas 0,04%Xisto e areia betuminosa 0,7%

Solar 0,1%

Hidrelétrica 5,7%

Nuclear 5,3%

Metanol eetanol 3,2%

Biomassae lixo 6,9%

Carvão 24,2%

Eólica 0,08%

MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL 2005(11,4 bilhões de TEP)

ALFA-5 850150510 194 ANGLO VESTIBULARES

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A) PETRÓLEOApós a crise do petróleo de 1973, diversos países desenvolvidos, especialmente os Estados Unidos, passaram a se preocupar em ter

um armazenamento de petróleo bruto ou refinado, que pudesse abastecer seu mercado por um período relativamente longo. Assim,durante os anos de 1980, quando o preço do barril de petróleo baixava, esses países passaram a comprar excedentes e a armazená-los.Criou-se, assim, uma Doutrina da Segurança Energética, que previa a necessidade de um estoque mínimo de petróleo, para que a esta-bilidade econômica do país não fosse afetada, no caso de uma nova crise ou uma elevação súbita do preço do produto.

Segundo a OPEP, o conjunto dos países industrializados já tinha, em 1991, mais de 5 bilhões de barris de petróleo estocados, com-prados a um custo médio de 14 dólares.

Em outubro de 1990, quando a cotação chegou a 35 dólares o barril, alguns analistas asseguravam que os estoques de segurançaseriam acionados para provocar uma baixa do preço de mercado, mas isso não ocorreu. As grandes empresas transnacionais de refinaçãoe distribuição aproveitaram-se da situação e ampliaram ainda mais suas margens de lucros. Os grandes prejudicados, evidentemente, foramos consumidores. Isso deixou evidente que o mundo do petróleo havia entrado em uma fase de forte oligopolização, com prejuízos cres-centes para a sociedade em geral.

O consumo mundial continuou crescendo, e, no final da década de 1990, diversos especialistas passaram a afirmar que o mundo esta-va se aproximando de seu pico máximo de produção petrolífera e que, a partir de 2007/2008, a produção mundial começaria a diminuir.Veja o gráfico:

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5

10

15

20

25

30

35

1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

Pico do petróleo

Bilhões de barris/ano

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE PETRÓLEO

Fonte: Conseil Mondial de l’énergie Genéve, 2003.

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Muitas empresas e especialistas em petróleo contestam a teo-ria de que a produção mundial de petróleo esteja perto de seuponto máximo. Alguns até acreditam que a teoria do Pico doPetróleo tem servido para a manutenção da alta dos preços damercadoria. Talvez isso tenha fundamento e essa teoria seja umdos fatores que contribui para a alta de preços do petróleo, masos baixos estoques em certos momentos históricos tambémservem como estopim para altas abruptas de preço, além dosproblemas políticos envolvendo a OPEP.

Em 2003, o Departamento de Energia dos Estados Unidospediu ao Conselho Nacional de Petróleo, um grupo de pesquisasdo setor, que investigasse se a teoria do pico do petróleo tinhafundamento. O conselho fez um longo estudo, incluindo repre-sentantes dos setores petrolífero, automobilístico, de serviçospúblicos, consultores e grupos ambientalistas, presidido por LeeRaymond, ex-diretor-presidente da Exxon. Paralelamente a OPEPfez uma pesquisa semelhante.

Em 2005, duas grandes empresas do setor, a estatal sauditaSaudi Aramco, a maior petrolífera do mundo, e a Exxon, dosEstados Unidos, anunciaram que a teoria do pico era alarmista eafirmaram que, mantidos os níveis de consumo daquele ano,haveria petróleo para mais de um século. Veja os dados:

Fonte: Saudi Aramco 2006.

PETRÓLEO NO MUNDO

Petróleo consumido até 20051,0

1,0

1,0

1,2

1,5

Melhoria tecnológica da extração

Reservas a serem descobertas

Reservas comprovadas

Petróleo não convencional

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1,0

2,0

3,0

4,2

5,7Trilhões de barris

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Segundo o gráfico, há no mundo cerca de 5,7 trilhões de barris de petróleo. Do século XIX até 2005 foram retirados apenas 1 trilhãode barris. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, que já têm sido postas em prática, mais 1 trilhão de barris poderiam ser ex-traídos (claro que a um custo mais alto). Calculam ainda que há cerca de 1 trilhão de barris a serem descobertos em novas reservas. Asreservas já encontradas e comprovadas somam 1,2 trilhões de barris. Finalmente, haveria ainda cerca de 1,5 trilhão de barris de petróleonão convencional, que já é explorado hoje, em pequena quantidade, como é o caso do xisto betuminoso e das areias petrolíferas ou petróleobetuminoso (0,7% da matriz de 2005 — reveja o gráfico da matriz mundial).

Falemos primeiramente das reservas comprovadas. Sua evolução pode ser vista no gráfico abaixo:

600

700

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006

Bilhões de barris

EVOLUÇÃO DAS RESERVAS COMPROVADAS DE PETRÓLEO

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Os dados mostram um aumento seguro das reservas, maso grande problema é sua concentração, já que é no Oriente Mé-dio que sua maior parte se encontra. Observe:

Fonte: BP Statistical Review 2006.

Como já dissemos, a análise da situação mundial é diferen-te da análise de cada país. Portanto, é importante conhecerquem são os países do mundo que se destacam nas reservas eque podem ter influência sobre a produção mundial, sobre ospreços do petróleo e sobre sua geopolítica. Vejamos:

Fonte: CIA. The World Factbook 2007.

Maiores reservas mundiais de petróleo em 2006

Ranking Países Barris

1º- Arábia Saudita 262.700.000.000

2º- Canadá 182.800.000.000

3º- Irã 132.500.000.000

4º- Iraque 112.500.000.000

5º- Emirados Árabes Unidos 97.800.000.000

6º- Kuwait 96.500.000.000

7º- Venezuela 75.270.000.000

8º- Rússia 74.400.000.000

9º- Líbia 42.000.000.000

10º- Nigéria 36.250.000.000

11º- Cazaquistão 27.750.000.000

12º- Estados Unidos 25.750.000.000

13º- Angola 25.000.000.000

14º- China 16.100.000.000

15º- Catar 15.200.000.000

16º- México 12.490.000.000

17º- Brasil 12.220.000.000

18º- Argélia 11.000.000.000

19º- Noruega 10.500.000.000

20º- Índia 5.600.000.000

21º- Indonésia 4.850.000.000

22º- Omã 4.700.000.000

23º- Reino Unido 4.590.000.000

24º- Iêmen 3.720.000.000MUNDO 1.458.800.000.000

�������������������������������������������DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS RESERVAS DE PETRÓLEO

Ásia meridionale Oceania

3,4%

Américado Norte

�5,0%

América Centrale do Sul

8,6%

África

9,5%

Eurásia

11,7%

OrienteMédio

61,8%

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Observe que a lista mostra as maiores reservas mundiais,países que em conjunto apresentam 1,2 trilhão de barris da reser-va total de 1,4 trilhão; ou seja, quase toda a reserva mundial serestringe a esses poucos países. Observando mais detalhada-mente, podemos ver, em itálico, os países do Oriente Médio, que,como foi mostrado no mapa anterior, é a região com mais de60% das reservas mundiais. Por fim, vale destacar que cerca de702 bilhões de barris, ou seja, metade da reserva mundial, estãoconcentrados apenas entre os primeiros colocados, quase todoseles do Oriente Médio e pertencentes à OPEP.

O que se vê é que as reservas comprovadas estão concentra-das excessivamente no Oriente Médio, o que explica a importân-cia geopolítica da região e muitos dos conflitos que nela têm ocor-rido. Essa afirmação tem bases sólidas, já que o petróleo é essen-cial não apenas para a indústria e para os meios de transporte,mas também para os sistemas de defesa e ataque dos Estados, jáque sem ele aviões, tanques de guerra e navios e outros equipa-mentos simplesmente não funcionam.

Por isso, controlar as fontes, as refinarias e o suprimento depetróleo tornou-se tão essencial para as superpotências econô-micas e militares. Na moderna sociedade industrial, é absoluta-mente essencial, para manter a economia em funcionamento e,em caso de guerra, seus militares em combate, um abastecimen-to adequado de derivados de petróleo.

Observando o panorama da segunda metade do século XX,fica ainda mais evidente que o petróleo tornou-se essencial, bas-tando lembrar de conflitos como a guerra do Golfo (1990-1991)e a atual invasão do Iraque pelos Estados Unidos (2003). Eviden-temente, esses e outros conflitos têm uma série de fatores deter-minantes, mas esquecer que o controle das maiores reservas depetróleo do mundo estão relacionadas a esses fatos seria ingenui-dade.

A importância do Oriente Médio cresce à medida que os es-toques do mar do Norte, da Rússia e de outras regiões apro-ximam-se do período de declínio. A Ásia Central, onde parecemexistir reservas expressivas de petróleo e gás natural é o maisnovo eixo de atenção mundial, o que explica o esforço da Rússiaem manter sua influência sobre o Azerbaijão e o Cazaquistão, porexemplo.

O controle dos transportes (oleodutos e superpetroleiros) é,por outro lado, uma das questões estratégicas pouco exploradas,mas de vital importância. Isso explica, por exemplo, a necessidadeda Rússia em manter sob seu controle a minúscula Tchetchênia, ou,ainda, responde à dúvida de por que os Estados Unidos não aban-donaram o desértico Afeganistão.

Outra questão que, na atualidade, tem tomado os meios decomunicação é o acelerado crescimento da China e o impacto desuas imensas importações de petróleo, que têm causado desequi-líbrio na oferta do produto ao mercado internacional.

Muitas outras análises podem ser feitas, em relação ao con-sumo, à produção, à exportação e à importação, formando os maisdiferentes panoramas para cada país em particular. Há os que con-somem muito e, não tendo produção, dependem da importação,como é o clássico caso do Japão. Há os que têm elevada produ-ção, mas, como o consumo é muito alto, ainda assim, dependemda importação, como é o caso dos Estados Unidos e da China, porexemplo. Naturalmente, para cada um desses países, a geopolíti-ca do petróleo é diferente. Seus interesses e alianças diferem em

função de suas particularidades. Vejamos as tabelas com os des-taques mundiais de cada caso:

Fonte: CIA. The World Factbook 2008.

Essa primeira lista mostra que nem todos os grandes pro-dutores se destacam no campo das exportações. Há uma rela-ção entre a capacidade de exportação de um país e seu consumointerno. Vejamos alguns casos interessantes:• Observe os dois primeiros produtores: Arábia Saudita e Rússia.

A Arábia Saudita pode ser o primeiro país do mundo em expor-tação, porque, além da grande produção, seu parque in-dustrial é pequeno, e seu consumo urbano de energia, baixo.Já a Rússia, que é o 5º- maior país consumidor de petróleo domundo, consegue atender suas necessidades internas e aindasobra muito petróleo para exportação, colocando o país na 2ª-posição entre os maiores exportadores.

• Os Estados Unidos também configuram um caso interessante.São o 3º- maior país produtor do mundo, mas suas exportações(quase só de derivados) são a 16ª- mundial. Causa: o país tem omaior consumo mundial de petróleo, cerca de 20,7 milhões debarris/dia, de um total mundial de 82,5 milhões de barris/dia.Isso mostra uma situação de dependência externa imensa eserve para explicar muitas ações dessa nação na geopolítica dopetróleo (como a invasão do Iraque, por exemplo).

• Outro caso importante na atualidade é o da China, que apare-ce como o 5º- maior produtor mundial, mas desaparece noranking das exportações. Causa: o país já tem o segundomaior consumo mundial de petróleo, com 6,5 milhões de bar-ris/dia, o que o obriga a fazer grandes importações e o colo-ca na 3ª- posição no ranking dos maiores importadores domundo, em 2006.

Outra análise de relações importante é a que ocorre entremaiores consumidores e maiores importadores, o que mostra adependência que cada país tem do mercado mundial e o quantosua economia pode ser afetada pelas variações dos preços dopetróleo. Vejamos:

Relação entre produção e exportação

Ranking daPaíses

Ranking daprodução exportação

1ª- Arábia Saudita 1ª-

2ª- Rússia 2ª-

3ª- Estados Unidos --------

4ª- Irã 5ª-

5ª- China --------

6ª- Canadá 6ª-

7ª- México 7ª-

8ª- Noruega 3ª-

9ª- Emirados Árabes Unidos 4ª-

10ª- Kuwait 9ª-

11ª- Venezuela 8ª-

12ª- Nigéria 10ª-

13ª- Iraque 14ª-

14ª- Brasil --------

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Fonte: CIA. The World Factbook 2007.

Essa segunda lista mostra que nem todos os grandes consu-midores estão em uma situação confortável, ou seja, têm produ-ção própria. Isso significa que eles ficam dependentes das impor-tações, e, portanto, suas economias sofrem maiores impactoscom as variações dos preços do petróleo. Vejamos alguns casosinteressantes:• Os três primeiros consumidores mundiais (Estados Unidos,

China e Japão) são também os três primeiros importadores, oque não apenas confirma o fato apontado acima, mas geratambém uma certa escassez no mercado mundial do petróleo,já que, em conjunto, eles compram cerca de 23,4 milhões debarris/dia de petróleo, de uma produção mundial diária de 83milhões, o que é um fator determinante de manutenção doselevados preços do recurso.

• Observe ainda o caso dos países que estão entre os 15 maioresconsumidores mundiais de petróleo, mas não figuram na listados importadores. É o caso de Rússia, Brasil, México e ArábiaSaudita, países que têm a tão almejada autossuficiência ou estãoperto disso.

Toda essa situação tem levado a uma acelerada transforma-ção da matriz energética mundial, fato deflagrado pela crise dopetróleo de 1973 e que tem ampliado sua força com as perspec-

tivas cada vez mais claras do esgotamento do petróleo e/ou da ele-vação de seu preço a níveis inimagináveis. A busca por outrasfontes já tem algumas décadas, mas poucas são as opções real-mente seguras e que possam produzir volumes substanciais deenergia que a sociedade necessita para seu crescimento.

Previsões sobre que fontes alternativas dominarão o cenárionas próximas décadas são altamente controversas. Mas, no cam-po geopolítico, há várias opiniões convergentes:• Países que hoje usam o petróleo como fonte de poder e/ou

influência global perderão suas posições.• Áreas sob guerras, em função do controle de reservas petro-

líferas, perderão importância e serão abandonadas à sua pró-pria sorte.

• Países que dependem da renda proveniente da exportação dopetróleo e que não aproveitaram o período de fartura para in-vestir em outros campos econômicos, como a maioria dospaíses do Oriente Médio, irão se tornar sociedades extrema-mente miseráveis.

Portanto, o petróleo ainda é um dos fatores-chave da geopo-lítica mundial e deverá manter essa posição no médio prazo, ouseja, nos próximos 20 ou 25 anos. A longo prazo, podemos ima-ginar que o petróleo perderá essa importância e que outras fontestomarão seu lugar, tanto sob o ponto de vista econômico quantosob o ponto de vista geopolítico. Com o crescimento da popu-lação, aceleração do crescimento econômico de algumas nações,aumento da qualidade de vida de alguns milhões de pessoas e alimitação natural que os recursos naturais apresentam, podemosseguramente imaginar novas lutas geopolíticas, seja por coisasóbvias, como água, alimentos ou alguns recursos minerais eenergéticos.

B) GÁS NATURALO gás natural, na verdade não é um único produto. Em geral,

ele é encontrado na natureza na forma de uma mistura de gases,quase sempre acompanhado de petróleo. É composto principal-mente por metano (mais de 90%, em geral) e secundariamentepor nitrogênio, etano, CO2 e traços de butano ou propano.

O gás natural era, em 2005, a terceira maior fonte de ener-gia na matriz mundial, com uma participação de 21,5%, o queequivale a 2,4 bilhões de TEP do total consumido naquele ano(11,4 bilhões de TEP). Essa posição foi alcançada pelo aceleradoaumento do consumo dessa fonte, que cresceu quase 300% entre1965 e 2005.

O gás natural se origina de forma semelhante ao petróleo, emuitos dos países que se destacam na sua produção ou em suasreservas já foram analisados nas páginas anteriores. Vejamos umpanorama da situação mundial do setor no final de 2005:

Relação entre consumo e importação

Ranking dos Países Ranking dosconsumidores importadores

1º- Estados Unidos 1º-

2º- China 3º-

3º- Japão 2º-

4º- Rússia —

5º- Alemanha 4º-

6º- Índia 8º-

7º- Canadá 12º-

8º- Coreia do Sul 6º-

9º- Brasil —

10º- México —

11º- Arábia Saudita —

12º- França 9º-

13º- Reino Unido 11º-

14º- Itália 7º-

15º- Espanha 10º-

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Fonte: BP. Statistical Review of World Energy 2006.

(*) Reservas — citados apenas os países com reservas superiores a 2% do totalmundial; Produção — citados apenas os com produção superior a 3% do totalmundial; Consumo — citados apenas os países com consumo superior a 3%do total mundial.

A tabela mostra uma série de detalhes e permite as seguintesanálises:• Metade das reservas conhecidas estão concentradas em apenas

três países (Rússia, Irã e Catar). • A produção também é bastante concentrada, com quase 44%,

realizada em apenas dois países (Rússia e Estados Unidos). Adiferença é que a Rússia realiza grande produção sem se preo-cupar com as reservas, já que elas são as maiores do mundo.Já os Estados Unidos consome parte substancial de suas pe-quenas reservas.

• O consumo também segue a característica de elevada con-centração, já que os Estados Unidos e a Rússia consomem45% do total mundial de gás natural.

Observando esses dados e sabendo que mais de 20% da ma-triz energética mundial depende do gás natural, vemos que asituação é preocupante. Há um número pequeno de países parti-cipando do mercado, que é controlado principalmente pela Rússia.A preocupação fica ainda maior quando vemos que projeção é deque o gás venha a ampliar ainda mais sua participação na matrizenergética mundial (23,2%, em 2025), puxada principalmentepela ampliação do uso do gás na geração de eletricidade por ter-melétricas.

Uma das metas dos produtores de gás natural é a aceleraçãoda construção de fábricas para liquefação do gás, o que permitiráseu transporte por navios especiais, ampliando as possibilidadesde mercado. Atualmente, mais de 75% do gás comercializado nomundo é transportado por gasodutos, o que permite concluir queapenas uns 25% do gás é GNL (gás natural liquefeito).

Em abril de 2007, no Fórum de Países Exportadores de Gás,em Doha, no Catar, com a participação da Rússia, Irã, Argélia, Ve-nezuela e Catar, foi aventada a hipótese de se montar um carteldo gás, semelhante à OPEP. Essa hipótese foi logo descartada eoptou-se pela montagem de um comitê técnico, presidido pelaRússia, para estudar e avaliar o mercado do setor, com resultadosa serem apresentados na próxima reunião do Fórum, em Moscou.

Mais especificamente na América do Sul, o problema é a am-pliação do consumo de gás natural no Brasil, que depende do for-necedor vizinho, a Bolívia. A meta do governo é de que o gás re-presente cerca de 12% da matriz energética do Brasil até 2010.

Em março de 2007, a Venezuela e Argentina criaram aOpegasur (Organización de los Paises Productores y Exportadoresde Gas Del Sur), à qual aderiu a Bolívia. A situação brasileira dedependência dessa fonte importada é preocupante, e a autonomiado país no setor só será possível em cerca de 15 a 20 anos.

Na atualidade, o comércio do gás depende essencialmente dosgasodutos, forma complexa de transporte sob o ponto de vistageopolítico, já que a maior parte desses dutos corta mais de doispaíses, o que obriga a formação de complexos contratos e acor-dos geopolíticos. Sob esse aspecto, o gasoduto Brasil-Bolívia, queinterliga as duas nações, é muito diferente do gasoduto Transi-beriano, que abastece a Europa com o gás da Rússia, cortandoquase uma dezena de países.

C) CARVÃO MINERALFazendo um rápido histórico, baseado nos dados que já estu-

damos, vimos que o carvão mineral teve seu auge por volta de1900, quando representava 75% da matriz energética mundial.Depois disso, sua participação foi caindo a cada década, chegandoao patamar mínimo de 16% da matriz em 1970. Com a crise dopetróleo, a participação do carvão voltou a crescer, chegando a24,2% da matriz energética mundial em 2005, ou seja, a segun-da maior fonte de energia mundial, superada apenas pelopetróleo. Foi uma importante retomada, mas acredita-se quedaqui para a frente a parcela de participação do carvão voltará aser lentamente reduzida, chegando a 20,5%, em 2025.

Isso não significa que o carvão é uma fonte pouco importan-te. Basta lembrar que sua capacidade de sobreviver como fonteenergética é uma das mais elevadas, já que as reservas mundiaisde carvão são cerca de quatro vezes superiores à soma de seusdois principais concorrentes, o petróleo e o gás natural.

A retomada do crescimento foi impulsionada principalmentepelo aumento de sua utilização em centrais termelétricas. Seu usoestá crescendo, puxado principalmente pela China e pelo aumentodo número de centrais térmicas em diversos países. Os países quemais dependem do carvão como fonte de energia elétrica são:Polônia (92% da energia elétrica gerada); África do Sul (92%);Austrália (79%); China (78%); Israel (75%); Índia (69%); EUA(50%) e Alemanha (49%).

A tendência, na atualidade, é de que cada vez mais o proble-ma energético se transforme em uma questão local, com cada paísprocurando solucionar seus problemas dentro de suas particulari-dades territoriais, evitando ao máximo a dependência externa.

Em 2005, a produção mundial de carvão atingiu 4.973 mi-lhões de toneladas, sendo os maiores produtores os seguintespaíses:

O mercado mundial de gás natural em 2005

Reservas (*) Produção (*) Consumo (*)Países (523 trilhões (2.978 bilhões (2.994 bilhões

de m3) de m3) de m3)

Rússia 26,9% 22,8% (1º-) 19,6 % (2º-)

Irã 15,2% 3,3% (6º-) 3,3 % (6º-)

Catar 14,8%

Arábia Saudita 3,9%

EAU 3,4%

EUA 3,1% 21,4% (2º-) 25,4 (1º-)

Nigéria 2,9%

Argélia 2,7% 3,7% (5º-)

Venezuela 2,4%

Bolívia 2,3%

Canadá 2,1% 6,9% (3º-) 3,6% (4º-)

Reino Unido 4,5% (4º-) 3,9% (3º-)

Alemanha 3,5% (5º-)

Japão 3,1% (7º-)

SUBTOTAL 79,7% 62,6% 62,4%

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Fonte: World Coal Institute. Coal Facts 2006.

Os dados da tabela trazem diversas informações importan-tes para entendermos a geopolítica do carvão:• O fato de a China, sozinha, controlar quase metade da pro-

dução mundial dessa essencial fonte de energia é preocupante,já que isso permite que o país controle o mercado mundial,com forte influência sobre os preços da mercadoria. Sob oponto de vista local, a China tem uma posição confortável, jáque dispõe de uma fonte energética barata, abundante e aindaobtém renda com parte de suas exportações.

• O segundo fato que chama a atenção é a concentração da pro-dução em um número pequeno de países. Apenas oito naçõesdo mundo têm o controle de mais de 91% da produção, sendoque, na verdade, as duas últimas (Indonésia e Polônia) têm par-ticipação percentual muito baixa nesse subtotal.

Considerando o peso que o carvão tem na matriz energéticamundial, os dados acima são preocupantes. Eles mostram que o re-curso está muito concentrado em poucos países, o que determinauma baixa oferta no mercado mundial. Na verdade, em 2005, ape-nas 775 milhões de toneladas foram exportados, ou seja, 15,5% daprodução mundial. Veja os países que se destacaram:

Fonte: World Coal Institute. Coal Facts 2006.

Analisando a tabela, podemos chegar às seguintes conclusões:• Há vários países exportadores e nenhum deles concentra uma

parcela muito elevada do mercado. A Austrália, com quase30% das exportações, pode ser apontada como uma exceção,mas os analistas consideram que o governo australiano pres-

sionará os produtores para reduzir essa participação no mer-cado, já que o país tem apenas 6% da produção mundial e suasreservas não são muito grandes. Isso significa que o governoprevê uma possível escassez do produto no mercado e que nãopode prescindir dessa fonte de energia para o uso interno.

• O segundo exportador, a Indonésia, exporta demais, segundoos analistas, já que sua produção é de apenas 2,8% do totalmundial e as reservas também não são muito grandes. Isso sig-nifica que o carvão exportado hoje, que rende dólares para opaís, pode fazer falta em um futuro próximo.

• Os dois maiores produtores mundiais (China e EUA) aparecemem uma posição modesta nas exportações, poupando o recur-so para suas necessidades futuras.

Um conjunto pequeno, de apenas seis países, foi responsávelpela importação de mais de 53% do carvão em 2005. Desta-caram-se Japão (22,9% das importações totais), Coreia do Sul(9,9%), Taiwan (7,8%), Reino Unido (5,6%), Alemanha (4,9%) eÍndia (2,7%). Dentre esses importadores, o único que tem umaprodução importante é a Índia (8% da produção mundial), e suanecessidade de trazer para o país mais carvão se relaciona ao ele-vado uso de termelétricas movidas com essa fonte de energia(quase 70% da eletricidade indiana é proveniente de termelétricasmovidas a carvão). Os demais países são carentes em fontes ener-géticas, e dois deles (Reino Unido e Alemanha) foram no passadograndes produtores, que basearam sua Revolução Industrial nessafonte de energia e hoje quase as esgotaram em seus territórios.

D) DEMAIS FONTESO conjunto de todas as outras fontes na matriz energética

mundial representava apenas 22% do total da energia consu-mida naquele ano (11,4 bilhões de TEP). Em 2025, a previsãoé de que esse conjunto suba para 28,7% da matriz energéticamundial, que consumirá 15,5 bilhões de TEP.

Para muitos analistas, essa parcela, embora esteja aumen-tando, é pequena e não vale a pena muita discussão em torno dela,já que o problema mundial é muito maior que essa pequena varia-ção. Na verdade, em apenas 20 anos, a mudança será muito sig-nificativa. Primeiro porque temos um aumento percentual subs-tancial (6,7% a mais do total da matriz) e segundo porque tere-mos um aumento absoluto imenso, já que esse conjunto de fontesde energia, que em 2005 representava 2,5 bilhões de TEP, pas-sará a representar 4,4 bilhões de TEP, ou seja, quase o dobro doque havia.

Isso significa que está havendo um esforço mundial pela buscade novas alternativas energéticas. O processo de substituição élento, tem alto custo, mas está sendo feito.

Faremos então uma breve análise de cada um desses pe-quenos componentes da matriz energética, segundo sua ordem degrandeza.

1. Biomassa e lixo: passará de 6,9%, da matriz de 2005, pa-ra 9,1%, da matriz de 2025. Tanto a biomassa quanto o lixosão, na maior parte dos casos, queimados para a produção decalor, com o qual se evapora a água e se produz energia elétri-ca em usinas termelétricas. A queima de biomassa libera para aatmosfera o dióxido de carbono, ou seja, o CO2, um dos gasesde efeito estufa.

Maiores exportadores mundiaisde carvão mineral em 2005

Ranking Países Parcela do total (%)

1º- Austrália 29,8

2º- Indonésia 13,9

3º- Rússia 9,8

4º- África do Sul 9,4

5º- China 9,2

6º- EUA 5,8

SUBTOTAL 77,9%

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Maiores produtores mundiais de carvão mineral em 2005

Ranking Países Parcela do total (%)

1º- China 44,7

2º- EUA 19,1

3º- Índia 8,0

4º- Austrália 6,0

5º- África do Sul 4,8

6º- Rússia 4,4

7º- Indonésia 2,8

8º- Polônia 1,9

SUBTOTAL 91,7%

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É apontada como vantagem o baixo custo e, no caso dos vegetais, a fonte de energia ser renovável. No caso do lixo, a vantagem é aeliminação de resíduos. A lenha, considerada a fonte mais antiga de energia, é ainda muito utilizada em locais pobres para produção debiomassa. A desvantagem é o desmatamento. As principais fontes de energia por biomassa são: bagaço de cana; serragem de madeira;papéis retirados do lixo; galhos e folhas de árvores; embalagens de papelão descartadas. Outra fonte é o biogás, ou seja, o metano obti-do pela decomposição de lixo orgânico, restos de alimentos, fezes e esterco, preparados em digestores de biomassa.

2. Nuclear: passará de 5,3%, da matriz de 2005, para 5,2%, da matriz de 2025. Temos aqui uma pequena queda da participaçãoporcentual, mas um aumento do volume real de produção, que passará de 604 milhões de TEP para 806 milhões de TEP.

Em 2005, havia 438 usinas atômicas em funcionamento no mundo, e outras 33 estavam em construção. Alguns estudiosos e eco-logistas se opõem às usinas atômicas, em função dos riscos ambientais que elas representam, em caso de um acidente, ou da dificul-dade do estoque do material radioativo retirado das usinas, depois que se esgotam.

Esse lixo representa um problema ambiental grave, de solução difícil e de alto custo. As radiações emitidas pelos materiais atômicosutilizados nas usinas são muito prejudiciais à saúde humana e animal, já que danifica as células do organismo, causando diversos tipos dedoenças, várias delas incuráveis.

A realidade é que muitos países não podem prescindir facilmente ou rapidamente dessa fonte como forma de produção de ele-tricidade. Veja o panorama de uso no mundo em 2000:

Fonte: International Atomic Energy Agency, 2005.

Observando a tabela, vemos que cinco países têm mais de 50% de sua energia elétrica gerada por usinas atômicas: Lituânia, França,Bélgica, Romênia e Eslovênia. Todavia, nem todos eles estão entre os países que mais geram eletricidade por usinas atômicas, lugar ocu-pado por Estados Unidos, França, Japão, Alemanha e Rússia.

Outra preocupação com relação ao uso de energia nuclear é de que o material usado nessas usinas, urânio ou plutônio enriquecido,pode ser utilizado, após alguns processos relativamente simples, para a produção de bombas atômicas.

Principais países com energia atômica no mundo em 2000

Países Nº- de usinasNº- de usinas Produção elétrica Energia atômica % produção elétrica

em desativação total (GWh) (GWh)

Lituânia 2 — 14.646 11.362 77,6

França 59 11 517.000 395.000 76,4

Bélgica 7 — 80.000 45.400 56,7

Romênia 1 — 48.284 25.990 53,8

Eslovênia 6 1 32.002 17.103 53,4

Ucrânia 13 4 153.135 72.401 47,3

Bulgária 6 — 40.396 18.178 44,9

Hungria 4 — 36.140 14.126 39,0

Suécia 11 2 140.500 54.800 39,0

Suíça 5 — 65.348 24.949 38,2

Japão 54 2 939.605 321.941 34,2

Finlândia 4 — 67.190 21.600 32,1

Alemanha 19 17 522.000 159.000 30,4

Espanha 9 1 227.225 61.008 26,8

Reino Unido 33 12 356.900 82.341 23,1

EUA 104 22 3.801.498 753.896 19,8

Rep. Tcheca 5 — 74.647 14.749 19,7

Rússia 30 4 813.822 125.360 15,4

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A base da construção de armas nucleares começa com o en-riquecimento de urânio. Por isso, há diversas propostas, pratica-mente todas sem nenhuma chance de aceitação universal, de cria-ção de centros multinacionais de processamento e reprocessamen-to de urânio, sob administração da AIEA, da Rússia, ou dos EUA.Há ainda a ideia de que os países que hoje controlam essa tec-nologia (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, Alemanhae Países Baixos) passem a vender o urânio enriquecido para todosos demais países, com supervisão da AIEA.

A maior oposição é dos países como Austrália, África do Sul(RAS), Canadá e Brasil, que acusam os atuais detentores da tec-nologia de querer monopolizar o mercado mundial dessa fonteenergética. Veja os países que mais produzem o minério de urâniona atualidade:

Finalmente, é importante que se saiba que existem reservasmundiais de plutônio enriquecido que somam mais de 100 tone-ladas. As de urânio estão por volta de 500 toneladas. Esse ma-terial é usado nas usinas nucleares, mas pode ser também trans-formado em material para a produção de bombas nucleares.Segundo a AIEA, já ocorrem cerca de 500 incidentes envolvendocontrabando de plutônio e urânio, o que leva os especialistas a te-mer, que terroristas consigam, em poucos anos, produzir pe-quenas bombas atômicas (com apenas 8 quilos de plutônio enri-quecido ou 25 quilos de urânio pode-se fabricar uma bombaatômica).

3. Hidrelétrica: passará de 5,7%, na matriz de 2005, para4,8%, da matriz de 2025. Temos, portanto, uma acentuadaredução da participação porcentual. A participação real era de649 milhões de TEP e passará a 744 milhões de TEP, ou seja,haverá um pequeno aumento da produção real, embora aparticipação porcentual esteja caindo.

A hidreletricidade é considerada uma das mais limpas fontesde energia no mundo, embora cause uma série de outros proble-mas ambientais. Sua participação na produção total de eletricidadeno mundo é pequena, cerca de 16%, como vemos no gráficoabaixo:

Fonte: World Energy Council 2007.

FONTES MUNDIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA EM 2005

Outras 2,1%

Carvão 39,8%

Gás natural 19,6%

Nuclear 15,7%

Hidrelétrica 16,1%

Petróleo 6,7%

PRODUÇÃO DE URÂNIO EM 2005

CANADÁ

AUSTRÁLIA

NIGÉRIANAMÍBIA

RÚSSIA

UZBEQUISTÃO

RASCAZAQUISTÃO

GABÃOOUTROS

EUA

ACIDENTES GRAVES COMUSINAS ATÔMICAS

O pior acidente envolvendo uma usina de energia nuclearocorreu em 26 de abril de 1986, na cidade de Pripyat, a cercade cem quilômetros de Kiev, na Ucrânia (URSS, na época). Anuvem radiativa gerada pela explosão da usina de Chernobylespalhou-se pela atmosfera, por um raio de mais de 50 quilô-metros. Mais de 200 mil pessoas foram evacuadas da região.Depois, os ventos espalham a radiatividade para a EuropaOriental, Escandinávia e parte do Reino Unido.

O acidente causou a morte de 56 pessoas. O relatório daONU, de 2005, calculava que ainda iriam morrer, nos próximosanos, cerca de 4 mil pessoas de doenças relacionadas ao aci-dente. Já o Greenpeace, que contesta esse relatório, afirma queesse número pode chegar a 100 mil pessoas. Uma pesquisa de2006 mostrou que 40% do solo da União Europeia possui altosníveis de contaminação radiativa em função do acidente deChernobyl.

O segundo acidente nuclear mais grave ocorreu em 28 demarço de 1979, na usina de Three Mile Island, próximo à ci-dade de Harrisburg, na Pensilvânia (EUA). O acidente foi cau-sado por uma falha no equipamento e por um erro dos opera-dores, o que provocou uma perda gradual de água de resfria-mento no núcleo do reator. As temperaturas elevaram-se,provocando a fusão parcial das varetas de urânio, causando libe-ração de material radioativo para a atmosfera. Mas logo seconseguiu controlar a temperatura e o pior foi evitado. Nãohouve vítimas e nem mortes, mas o acidente, por seu potencialdestrutivo, é considerado o segundo mais grave da história dasusinas nucleares.

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Observe que a maior parte da eletricidade é produzida pormeio da queima de combustíveis fósseis, altamente poluentes. OBrasil é uma exceção, pois tem uma parcela elevada de sua matrizmantida pelas hidrelétricas. A tabela abaixo dá uma noção da pro-dução e do consumo de eletricidade no mundo:

4. Etanol: passará de 3,2%, na matriz de 2005, para 2,5%, damatriz de 2025. Temos, portanto, uma redução da participaçãoporcentual. A participação real era de 364 milhões de TEP e pas-sará a 387 milhões de TEP, ou seja, haverá um pequeno aumentoda produção real, embora a participação porcentual esteja caindo.A discussão é se esse pequeno aumento justifica o entusiasmo quepercorre o Brasil atualmente com a produção de etanol, visto poralguns como uma espécie de salvação do mundo, em termos desolução energética.

O metanol é também chamado álcool metílico ou aindaálcool da madeira. É obtido pela destilação de madeiras oucomo subproduto da indústria do petróleo e do gás natural. Ometanol tem propriedades combustíveis e energéticas similares aoetanol e foi usado como combustível no início do século XX porHenry Ford. O Brasil não é autossuficiente na sua produção e nãoo utiliza como combustível.

O etanol é também chamado álcool etílico ou simples-mente álcool. É obtido pela fermentação de açúcares, sendo omais comum dos alcoóis. No Brasil o etanol é bastante utilizadocomo combustível de motores de explosão, sendo por isso conhe-cido como álcool carburante. É um combustível obtido de ma-neira renovável, sustentada pelo uso de biomassa de origem agrí-cola, em especial da cana de açúcar. Vejamos suas vantagens edesvantagens:

Vantagens do etanol (no Brasil)• Menos poluente que o metanol.• Produção de cana-de-açúcar e de álcool já está organizada e

em expansão.• Pode ser utilizado na produção de biodiesel (embora mais caro

que o produzido com metanol).• Produz combustível renovável.• Fortalece a agroindústria nacional.• Economiza divisas.

Desvantagens do etanol (no Brasil)• O processo de produção é mais caro e exige equipamentos

mais complexos que para a produção do metanol.• Seu uso na produção de biodiesel pode custar até 100% a

mais que o método usando metanol.

No Brasil, o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar tementusiasmado os estudiosos de questão energética. A cana foi oprincipal destaque do Balanço Energético Nacional (BEN) de2006, quando atingiu a marca dos 17,8 bilhões de litros deetanol, 11% a mais do que em 2005.

O entusiasmo tem um certo fundamento, já que consideran-do todas as formas de energia, renováveis e não renováveis, o vo-lume de energia gerado pelos produtos derivados de cana-de-açú-car quase se equipararam ao de energia hidráulica na matrizenergética de 2006: derivados da cana-de-açúcar (álcool e ba-gaço) atingiram 33,1 milhões de TEP, enquanto a energia hi-dráulica chegou a 33,6 milhões de TEP (respectivamente, 14,4%e 14,6% da matriz energética). A lenha e carvão vegetal, bio-massa, portanto, representaram 12,4% da matriz.

O biodiesel é uma reação que se provoca entre uma basevegetal ou animal (banha, manteiga, sebo ou óleo vegetal) empresença de um álcool (metanol ou etanol).

Em 2007, o biodiesel começou a se firmar no Brasil comoopção de combustível automotivo, chegando a 750 milhões delitros produzidos. Essa produção estava próxima à meta de 840milhões de litros estabelecida pelo governo para julho de 2008,quando entrou em vigor a cota de 3% de incorporação desse bio-combustível ao diesel mineral derivado do petróleo (Lei Federal de2004 — Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel).Essa cota subirá nos próximos anos, chegando a 5% até 2010. Acapacidade instalada da indústria, em 2008, era de 2,8 bilhões delitros, volume superior aos 1,3 bilhão de litros exigidos pela mis-tura.

A cadeia produtiva do biodiesel se organizou rapidamenteapós a entrada em vigor da mistura obrigatória de biodiesel aodiesel. Em 2008, o Brasil já era o terceiro maior produtor e con-sumidor mundial, superado apenas pela Alemanha e pelos EstadosUnidos.

A quase totalidade do biocombustível produzido no Brasil nãoé propriamente renovável, já que em seu processo de produção seusa o metanol (produzido a partir de gás natural ou de petróleo,fontes não renováveis). O etanol pode ser usado nesse processo,mas com maior custo, pois para produzir mil litros de biodieselsão necessários cerca de 300 litros de metanol ou 500 litros deetanol.

Produção e consumo de eletricidadeno mundo em 2005

ProduçãoPaíses

Consumo

RankingEm bilhões Em bilhões

Rankingde kWh de kWh

15.850,0 MUNDO 14.280,0

1º- 3.892,0 Estados Unidos 3.656,0 1º-

2º- 2.925,0 União Europeia 2.711,0 2º-

3º- 2.190,0 China 2.170,0 3º-

4º- 1.017,0 Japão 946,3 4º-

5º- 931,0 Rússia 811,5 5º-

6º- 566,3 Canadá 520,9 6º-

7º- 558,1 Alemanha 510,4 (8º-)

8º- 556,8 Índia 519,0 7º-

9º- 536,9 França 433,3 9º-

10º- 369,9 Reino Unido 346,1 (11º-)

11º- 359,2 Brasil 371,4 (10º-)

12º- 326,2 Coreia do Sul 303,3 12º-

13º- 270,1 Itália 302,2 13º-

14º- 247,3 Espanha 231,2 14º-

15º- 218,3 Taiwan 206,1 15º-

ALFA-5 850150510 203 ANGLO VESTIBULARES

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Em 2008, cerca de 55% do biocombustível produzido noBrasil usou a soja como matéria-prima, embora ela não seja a me-lhor fonte, já que seus grãos rendem apenas 18% de óleo (700litros de biocombustível por hectare cultivado). A mamona rende47% de óleo (1.200�/ha), e o girassol rende 40% (800�/ha). Uti-liza-se também babaçu, amendoim e caroço de algodão. O pro-blema ecológico é que para a produção de cada 2 litros de biodieselgasta-se 1 litro de água, sendo urgente o aprimoramento de tec-nologias para reduzir esse desperdício.

Em 2006, o mundo produziu 6,2 milhões de toneladas debiodiesel. As metas são chegar a 33 milhões de toneladas em2011 e 133 milhões em 2020. O crescimento acelerado estáocorrendo na Europa, onde a porcentagem de biodiesel adicionadaao diesel será de 5,75% até 2010. A produção europeia, es-pecialmente a alemã, em 2006, foi de 3,84 milhões de toneladas,portanto, mais da metade da mundial. O principal óleo europeupara a produção de biodiesel é o de canola.

5. Xisto e areia betuminosa: o xisto é uma rocha metamórfica,de origem sedimentar, que sofreu transformações por elevadastemperaturas e pressões. Surge em camadas, o que explica onome folhelho (folhas) xisto pirobetuminoso. Cerca de 5% a 10%de seu peso é constituído de um material oleoso, de origemorgânica. Apresenta dois tipos:— xisto betuminoso — a matéria orgânica denominada betume é

quase fluida e está disseminada nos espaços vazios da rocha,sendo facilmente extraída;

— xisto pirobetuminoso, a matéria orgânica denominada quero-gênio encontra-se sólida e misturada à rocha.

Nos dois casos, depois de extraído o material e refinado, oóleo resultante é muito semelhante ao petróleo e produz os mes-mos derivados. O xisto passará de 0,7%, na matriz de 2005, para2,2%, da matriz de 2025. Temos, portanto, um aumento subs-tancial na porcentagem e na participação real, que saltará de 79milhões de TEP, em 2005, para 253 bilhões de TEP, em 2025.

A alta do custo do petróleo tem tornado cada vez mais viávela utilização dessas fontes secundárias de petróleo, que somam,segundo já vimos, cerca de 1,5 trilhão de barris de petróleo nãoconvencional. Ele já é explorado hoje, em pequena quantidade ealto custo, mas terá um aumento substancial nos próximos anos.

O Brasil tem uma das maiores reservas mundiais de xistobetuminoso do mundo, só superada pela dos Estados Unidos.

Veja os dados:

As areias betuminosas também são boas reservas, destacan-do-se a do Canadá, único país do mundo que produz uma quan-tidade razoável de petróleo retirado dessa fonte. A maior dificul-dade é o controle da poluição nos processos produtivos.

6. As fontes residuais: a energia solar, a eólica, a geotérmica ea maremotriz não têm hoje praticamente nenhuma importânciana matriz energética, e sua participação continuará muito pe-quena em 2025. Algumas delas podem ser importantes em lo-cais específicos. Países ou regiões com elevado grau de insolaçãojá têm acesso ao uso de energia solar de forma eficiente. Áreasonde os ventos são constantes e intensos podem fazer uso daenergia eólica. A Alemanha, a Espanha e os Estados Unidos sãoos países do mundo que têm as maiores produções de eletricida-de por meio das usinas eólicas. As usinas geotérmicas dependemda existência de atividades vulcânicas superficiais e controláveis.A Islândia é o país do mundo que mais utiliza essa fonte para oaquecimento direto de água, que tanto é usada em termelétricasquanto em serviços domésticos. Finalmente, as maremotrizessão raríssimas, elas produzem eletricidade por meio da constru-ção de barragens que se enchem quando ocorrem as marés altase, ao se esvaziarem, passam por turbinas elétricas. A primeiraobra desse tipo foi feita na França, em 1963, que se especializounesse processo. Mas hoje há algumas dezenas de outras usinasfuncionando no Japão e no Reino Unido.

Reserva de xisto betuminoso em 2005

País Bilhões de barris

Estados Unidos 2.012

Brasil 809

Rússia 103

Rep. Dem. do Congo 94

Canadá 56

Itália 33

China 28

Total Mundial 3.340

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Exercícios1. (ENEM) O consumo diário de energia pelo ser humano vem crescendo e se diversificando ao longo da História, de acordo com as for-

mas de organização da vida social. O esquema apresenta o consumo típico de energia de um habitante de diferentes lugares e em dife-rentes épocas.

CONSUMO DE ENERGIA EM DIFERENTES LUGARES E ÉPOCAS

Século XXUm norte-americano

Final do Século XIXUm inglês

1400 d.C.Um europeu

5000 a.C.Um habitante da Mesopotâmia

100 mil anosUm nômade europeu

500 mil anosUm habitante do Leste da África

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Alimentação

Indústria e Agricultura

Moradia e Comércio

Transporte

Consumo diário per capita (mil kcal)

(escala não linear de tempo)

(E. Cooks, Man, Energy and Society)

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Segundo esse esquema, do estágio primitivo ao tecnológico, o consumo de energia per capita no mundo cresceu mais de 100 vezes,variando muito as taxas de crescimento, ou seja, a razão entre o aumento do consumo e o intervalo de tempo em que esse aumentoocorreu.O período em que essa taxa de crescimento foi mais acentuada está associado à passagem:a) do habitante das cavernas ao homem caçador.b) do homem caçador à utilização do transporte por tração animal.c) da introdução da agricultura ao crescimento das cidades.d) da Idade Média à máquina a vapor.e) da Segunda Revolução Industrial aos dias atuais.

2. (UFPR-PR-adaptada) Analise o mapa e a tabela abaixo:

Baseado nessas informações e nos conhecimentos sobre as questões energéticas, pode-se afirmar que: I. A divisão do mundo em países desenvolvidos e subdesenvolvidos é determinada por suas respectivas reservas energéticas, mar-

cadamente de petróleo. II. O consumo de energia primária é um dos possíveis indicadores do nível de desenvolvimento de um país. III. Conflitos mundiais contemporâneos têm como uma de suas causas a relação produção versus consumo de petróleo. IV. As maiores reservas de petróleo do mundo estão concentradas em regiões que são, ao mesmo tempo, grandes produtoras

e consumidoras de petróleo.V. Modernamente, o petróleo é transportado das áreas de produção até os terminais marítimos ou terrestres por oleodutos,

em sua maior parte concentrados no Oriente Médio. VI. As maiores reservas de petróleo estão localizadas em uma região de instabilidade política, sofrendo ao longo dos últimos cem anos

diversas intervenções estrangeiras.VII. A descoberta de novas jazidas petrolíferas em áreas de complexos cristalinos da América tornaram a região autossuficiente

em petróleo.São verdadeiras apenas as afirmações:a) II, III, V e VI.b) I, II, III e VII.c) III, IV, V e VI.d) I, IV e VII.e) I e II.

Consumo de energia primária em países selecionados – 2005

Países EUA Japão Alemanha Ruanda Uganda Burundi

Consumo (*) 15.986 6.789 6.346 38 32 21(*) Petróleo, carvão, gás natural, energia nuclear e hidreletricidade, convertidos em milhares de TEP.

RESERVAS MUNDIAIS DE PETRÓLEO EM 2002 (em bilhões de barris)

AMÉRICADO NORTE

AMÉRICADO SUL

EUROPA

ÁFRICA

ORIENTEMÉDIO

RÚSSIA

ÁSIA-PACÍFICO

64,4

95,6

74,8

19,1

683,5

65,3

44,0

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3. (ENEM-adaptada) Segundo os especialistas em petróleo, oconsumo total de energia mundial foi estimado na entrada doséculo XXI; era de 8,3 bilhões de toneladas equivalentes depetróleo (TEP). Observe as porcentagens das diversas fontesda energia consumida no globo, representadas no gráficoabaixo:

Segundo as informações apresentadas, para substituir a ener-gia nuclear utilizada é necessário, por exemplo, aumentar aenergia proveniente do gás natural em cerca de:a) 10%.b) 18%.c) 25%.d) 33%.e) 50%.

4. Leia o texto que descreve a formação do carvão mineral:

“O carvão mineral, também conhecido como carvão de pedrae hulha, é uma substância sólida, de origem orgânica, resul-tante da transformação de restos vegetais soterrados há mi-lhões de anos. Os principais depósitos de carvão mineral for-maram-se durante a Era Paleozoica, há cerca de 350 milhõesde anos.”

Adaptado de COELHO, Marcos de Amorim. O Espaço Natural eSocioeconômico. Moderna, São Paulo, 1992.

No processo de formação do carvão mineral, isto é, datransformação dos vegetais em carvão, há vários estágios,desde o inicial, com muita umidade e pouco carbono, até ofinal, em que praticamente não há umidade e o teor de car-bono é superior a 90%. Assinale a opção em que aparecemos tipos de carvão, respectivamente, de menor e maior teorenergético:a) linhito e antracito.b) hulha e turfa.c) turfa e linhito.d) antracito e turfa.

5. Com base nos conhecimentos sobre o uso de fontes energé-ticas alternativas e analisando a charge “Carro alegórico”, deDalcio, publicada no Correio Popular de 26/2/2006, vemosque o autor fez uma crítica:

a) às escolas de samba que ainda mantêm carros alegóri-cos tocados à força humana numa época de significativoconhecimento tecnológico.

b) à tendência ecológica das escolas de samba e dos carna-valescos que vêm optando pela utilização de adornos deorigem vegetal mais do que de origem animal.

c) ao mau funcionamento dos automóveis flex, tanto comgasolina quanto com álcool, novidade recentemente in-troduzida pela indústria automobilística.

d) aos motoristas desavisados que se esquecem de abas-tecer seus automóveis, causando prejuízo ao tráfego deveículos durante o Carnaval.

e) à alta dos preços do álcool combustível no Brasil, quetomou de surpresa os proprietários de automóveis mo-vidos a álcool.

6. (ENEM) Um problema ainda não resolvido da geração nuclearde eletricidade é a destinação dos rejeitos radiativos, o chama-do “lixo atômico”. Os rejeitos mais ativos ficam por um perío-do em piscinas de aço inoxidável nas próprias usinas antes deser, como os demais rejeitos, acondicionados em tamboresque são dispostos em áreas cercadas ou encerrados em depó-sitos subterrâneos secos, como antigas minas de sal. A com-plexidade do problema do lixo atômico, comparativamente aoutros lixos com substâncias tóxicas, se deve ao fato de:a) emitir radiações nocivas, por milhares de anos, em um pro-

cesso que não tem como ser interrompido artificialmente.b) acumular-se em quantidades bem maiores do que o lixo

industrial convencional, faltando assim locais para reunirtanto material.

c) ser constituído de materiais orgânicos que podem conta-minar muitas espécies vivas, incluindo os próprios sereshumanos.

d) exalar continuamente gases venenosos, que tornariam oar irrespirável por milhares de anos.

e) emitir radiações e gases que podem destruir a camadade ozônio e agravar o efeito estufa.

O “lixo atômico”, em grande parte, é formado por subs-tâncias radioativas que se caracterizam pela emis-são de ondas eletromagnéticas de alta energia. Por esse motivo, essas radiações são nocivas ao meio am-biente e à saúde humana. O período de emissão des-sas radiações pode atingir milhares de anos e não podeser interrompido pela ação humana.

CARRO ALEGÓRICO

UNIDOS do FLEX

PARTICIPAÇÃO DAS FONTES DE ENERGIA NO MUNDO

% da energia mundial

Petró

leo

Carvã

oGás

Nuclear

Hidrelé

trica

Outros

0

10

20

30

40

50

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• Leia os itens 1 a 4 da apostila.

• Leia o item 5 da apostila.

• Faça os exercícios a seguir.

1. (FGV-SP-adaptada) As emissões de carbono nos Estados Unidos es-tão hoje 13% acima dos níveis de 1990, contrastando fortementecom a meta de corte de 7% de gases de estufa, até 2010, com a qualo país se comprometeu em Kyoto. O aumento das emissões nosEstados Unidos, entre 1990 e 2000, excede o aumento conjunto daChina, Índia e África. Dentre os fatores que têm contribuído paraesse crescimento pode-se destacar:a) o aumento da demanda por carvão mineral pela indústria siderúr-

gica local, em resposta à política de subsídios governamentaisà indústria nacional.

b) a expansão das indústrias de papel e celulose, beneficiadas pelobaixo custo de produção da energia elétrica e a existência de gran-des reservas florestais.

c) o crescimento da frota de automóveis no país, a maior do mundo,em paralelo com o crescimento da economia nas últimas décadas.

d) o deslocamento e a ampliação das áreas industriais em direção àCosta Oeste, como, por exemplo, o Vale do Silício na Califórnia.

e) a desativação das usinas nucleares mais antigas e sua substitui-ção por usinas termelétricas que utilizam o carvão mineral comocombustível.

2. (ENEM-adaptada) Para se discutir as políticas energéticas, é importanteque se analise a evolução da Oferta Interna de Energia do país, ou suamatriz energética. Essa oferta expressa as contribuições relativas dasfontes de energia utilizadas em todos os setores de atividade. O gráfi-co a seguir apresenta essa evolução no Brasil, de 1970 a 2002.

Com base nos dados do gráfico, verifica-se que, comparado ao do anode 1970, o percentual de oferta de energia oriunda de recursos reno-váveis em relação à oferta total de energia, em 2002, apresenta contri-buição:a) menor, pois houve expressiva diminuição do uso de carvão mine-

ral, lenha e carvão vegetal.b) menor, pois o aumento do uso de derivados da cana-de-açúcar e

de hidreletricidade não compensou a diminuição do uso de lenhae carvão vegetal.

c) maior, pois houve aumento da oferta de hidreletricidade, dadoque esta utiliza o recurso de maior disponibilidade no país.

d) maior, visto que houve expressivo aumento da utilização de todosos recursos renováveis do país.

e) maior, pois houve pequeno aumento da utilização de gás naturale dos produtos derivados da cana-de-açúcar.

3. (UNESP-SP-adaptada) O mapa abaixo representa a área que contémcerca de 60% de toda a reserva mundial de petróleo (mais de 600 bi-lhões de barris), com uma produção superior a 21 milhões debarris/dia, em território composto por cinco países islâmicos.

Assinale a alternativa que contém os cinco países comentados e adenominação dada a esta área do globo:a) Catar, Kuwait, Arábia Saudita, Irã, Iraque: Golfo Pérsico.b) México, Venezuela, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala:

Golfo do México.c) Índia, Paquistão, Afeganistão, Kuwait, Iraque: Golfo de Bengala.d) Nigéria, Marrocos, Gana, Iraque, Kuwait: Golfo da Guiné.e) Birmânia, Tailândia, Nepal, Arábia Saudita, Irã: Golfo de Áden.

4. (UFC) Os seres humanos ao longo da história utilizaram diversas fon-tes de energia que são importantes motores da dinâmica socioam-biental. A respeito dos recursos energéticos utilizados na atualidade,assinale a alternativa correta.a) O carvão mineral, a primeira fonte de energia utilizada pelo ho-

mem, é ainda hoje o mais importante recurso energético de di-versos países, principalmente dos menos desenvolvidos.

b) O petróleo é conhecido, desde tempos remotos, porém, a revolu-ção no seu uso ocorreu a partir da invenção dos motores de com-bustão interna e da produção de automóveis em grande escala.

c) A energia geotérmica usada desde o século XIX tem intensoaproveitamento atual, embora ocasione impactos ambientaismaiores em extensão do que as outras fontes energéticas.

d) A biomassa é um importante recurso energético, de uso desti-tuído de riscos ambientais devido ser de maior utilização nospaíses subdesenvolvidos.

e) A energia nuclear é gerada através de turbinas e é altamentepoluente, embora o maior problema ambiental decorra da pro-dução de rejeitos radioativos.

PETRÓLEO: CAMPOS CONHECIDOS

Camposconhecidos

Bagdá

Fonte: OPEP, 2003.

OFERTA INTERNA DE ENERGIA (%)�������������100%

80%

60%

40%

20%

0%1970 1974 1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002

PETRÓLEO E DERIVADOS

HIDRELÉTRICA

LENHA E CARVÃO VEGETAL

DERIVADOS DE CANA-DE-AÇÚCAR

OUTRAS

GÁS NATURALCARVÃO NATURAL

Ministério de Minas e Energia — MME/Brasil

AULA 44

Tarefa Complementar

AULA 45

AULA 44

Tarefa Mínima

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

ALFA-5 850150510 207 ANGLO VESTIBULARES

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• Faça os exercícios a seguir.

1. (ENEM-adaptada) Segundo matéria publicada em um jornal bra-sileiro, “Todo o lixo (orgânico) produzido pelo Brasil hoje — mais de20 milhões de toneladas por ano — seria capaz de aumentar em15% a oferta de energia elétrica. Isso representa a metade da ener-gia produzida pela hidrelétrica de Itaipu. O segredo está na celu-

lignina, combustível sólido gerado a partir de um processo químicoa que são submetidos os resíduos orgânicos”.

(Fonte: O Estado de São Paulo, 01/01/2001.)

Independentemente da viabilidade econômica desse processo,ainda em fase de pesquisa, na produção de energia pela técnicacitada nessa matéria, a celulignina faria o mesmo papel:a) do gás natural em uma usina termelétrica.b) do vapor d’água em uma usina termelétrica.c) da queda d’água em uma usina hidrelétrica.d) das pás das turbinas em uma usina eólica.e) do reator nuclear em uma usina termonuclear.

2. (ESPM-SP-adaptada) Leia o texto:

“O interesse pela energia nuclear demonstrado, nesse início do sé-culo XXI, por países desenvolvidos, como também em alguns paísesperiféricos, encontrou campo fértil para debate em vista do progra-ma do Irã. Entre as questões a serem consideradas devemos assi-nalar que seria ingenuidade reduzir o assunto à economia e des-prezar suas implicações estratégicas. Ao mesmo tempo não hácomo garantir que um programa nuclear se mantenha pacífico parasempre. Em 1970 o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) auto-rizou apenas cinco potências a deter armas nucleares e a permane-cer livres de inspeções — EUA, Rússia, Reino Unido, França e China.Várias nações recusaram-se, por décadas, a aderir a esse tratado dis-criminatório e assimétrico. Com o fim da Guerra Fria e a ascensãodos EUA à condição de superpotência única, a maioria se submeteu.Três países permaneceram fora do TNP até hoje, conduziram seu pro-grama sem supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica(AIEA), deram o passo final e hoje detêm armas nucleares.”

(Fonte: Carta Capital, 13/09/2006.)

Assinale a alternativa que apresenta os três países que permanece-ram fora da TNP e produziram armas nucleares:a) Israel; Índia; Turquia.b) Turquia; Coreia do Sul; Indonésia.c) Índia; Paquistão; Coreia do Sul.d) Israel; Índia; Paquistão.e) Coreia do Sul; África do Sul; Egito.

3. (ENEM) As previsões de que, em poucas décadas, a produção mun-dial de petróleo possa vir a cair têm gerado preocupação, dado seucaráter estratégico. Por essa razão, em especial no setor de trans-portes, intensificou-se a busca por alternativas para a substituição dopetróleo por combustíveis renováveis. Nesse sentido, além da utiliza-ção de álcool, vem se propondo, no Brasil, ainda que de forma expe-rimental:a) a mistura de percentuais de gasolina cada vez maiores no álcool.b) a extração de óleos de madeira para sua conversão em gás na-

tural.c) o desenvolvimento de tecnologias para a produção de biodiesel.d) a utilização de veículos com motores movidos a gás do carvão

mineral.e) a substituição da gasolina e do diesel pelo gás natural.

4. (CEFET-PR) Sobre a forma de obtenção da energia eólica, uma dasfontes mais limpas de energia, pode-se afirmar que: a) aproveitou a energia cinética provocada pelos ventos. b) é uma energia obtida por meio do aproveitamento das marés. c) é obtida por meio do gasogênio que se forma naturalmente no

subsolo terrestre. d) é produzida por meio de usinas termelétricas.e) é produzida por meio de biodecomposição.

5. (UEMG-MG-adaptada) Leia o texto:

“A energia gerada a partir da madeira de florestas foi um dos prin-cipais temas debatidos no Congresso Internacional de Bioenergia,realizado em Campo Grande (MS). Segundo o coordenador técnicodo evento, a biomassa produzida em florestas de eucalipto e pínusé alternativa crescente às indústrias, seja na forma de cavacos demadeira que geram eletricidade e vapor, seja na forma de carvão ve-getal para alimentar as siderúrgicas.”

Fonte: A ENERGIA DA FLORESTA. Revista Carta Capital — 27 de outubro de 2004.

Sobre o tipo de energia gerada a partir da madeira, é correto afirmarque se trata de uma fonte alternativa que pode substituir:a) a energia fóssil, não renovável e causadora do aquecimento global.b) a energia hidrelétrica, não renovável e causadora do aquecimento

global.c) a energia eólica, renovável e causadora do aquecimento global.d) a energia fóssil, renovável e causadora do aquecimento global.e) a energia atômica, renovável mas causadora de poluição hídrica.

6. (UEPG-PR-adaptada) As chamadas fontes de energia elétrica, conven-cionais ou alternativas, caracterizam-se por converter alguma forma deenergia em energia elétrica. Sobre esse assunto analise as afirmações:

I. As usinas hidrelétricas convertem a energia mecânica da águaem energia elétrica.

II. As usinas atômicas convertem a energia nuclear, via aquecimen-to de um líquido, em energia elétrica.

III. A energia solar é muito utilizada no aquecimento de água, evi-tando o consumo de energia elétrica.

IV. O biogás, oriundo da decomposição de resíduos orgânicos, po-de ser usado como fonte de calor para movimentar turbinasque produzem energia elétrica.

V. A energia eólica consiste na conversão da energia liberada pelosgases naturais comburentes em energia elétrica.

São corretas apenas as afirmações:a) I e II. d) II, III, IV e V.b) II e V. e) I, II, III e IV.c) III, IV e V.

7. (UFSCARLOS-SP-adaptada) O Brasil desenvolveu tecnologia capaz detransformar a cana-de-açúcar em álcool combustível. Os veículos queutilizam esse combustível poluem menos do que aqueles que usamderivados de petróleo. Entretanto, a produção do álcool como com-bustível pode gerar problemas, dentre os quais se destaca:a) a diminuição das pesquisas e da extração de gás natural e de pe-

tróleo.b) o aumento da população que vive no campo, por causa da ex-

pansão da produção de cana.c) o crescimento dos gastos, em dólares, com importação de ma-

quinário agrícola.d) a diversidade agrícola, já que o cultivo de cana vem associado ao

de outros produtos.e) a descarga incorreta do vinhoto, resíduo poluidor proveniente da

produção do álcool.

AULA 45

ALFA-5 850150510 208 ANGLO VESTIBULARES

Geografia ao Vivo

• Assista aos programas: Petróleo: vai acabar?; Fontes

de energia: o gás natural; Fontes de energia reno-

váveis: álcool e TNP e a retomada da Era Nuclear,

acessando o ícone do Geografia ao Vivo em nossapágina na internet.

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Aula 43

1. BÉ a única alternativa que contém apenas países originados no pro-cesso de desmembramento da URSS na década de 1990.

2. a) O projeto foi adiado por décadas devido ao contexto geopolíti-co da Guerra Fria, que opunha capitalismo e socialismo. Comoa rota proposta passava por diversos países com esses siste-mas opostos e as relações internacionais eram tensas, a viabi-lização do projeto tornava-se difícil.

b) O isolamento geográfico de vários países asiáticos que serãoatravessados pela nova Rota da Seda foi determinado pelosseguintes fatores:— falta de acesso ao mar, sendo as rodovias essenciais para

as comunicações locais;— presença de relevo acidentado, que encarece a construção

de meios de transporte, ao que se somava a reduzida capa-cidade de investimento desses países;

— existência de diversas áreas de climas áridos e semiáridos,que não atraíam investimentos para a região;

— isolamento no âmbito das relações comerciais e políticas daRússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão(antigas Repúblicas Soviéticas), determinado pelo quadrogeopolítico da Guerra Fria.

3. CDurante o governo socialista soviético, a planificação central pas-sou a usar as águas dos rios Sirdaria e Amudaria para irrigar a cul-tura de algodão, tornando a então União Soviética um dos maioresprodutores do mundo desse recurso agrícola. A redução do volu-me de água que esses rios lançavam no mar de Aral foi o fator res-ponsável pela redução de sua extensão e pela salinização dossolos ao seu redor.

4. DA utilização das águas dos rios Amu Daria e Syr Daria para irrigaçãoreduziu rapidamente o volume de água do Mar de Aral, causandouma das maiores catástrofes ambientais do final do século XX,marcada pela salinização dos solos, pelo aumento de doenças napopulação, pela contaminação das águas com os agrotóxicos usa-dos indiscriminadamente nas plantações e pelo desaparecimentode peixes na região. Esses fatos não se relacionam a deslizamen-tos de terras, comuns em áreas úmidas e em declive, ao contrárioda região, que é seca e aplainada.

5. BAs enormes jazidas de petróleo da Ásia Central estão concentradasjunto ao Mar Cáspio, sendo exploradas pelos países de seu entorno,com destaque para Azerbaijão (lado europeu) e Cazaquistão (ladoasiático), que possuem as maiores reservas conhecidas da região.

6. DÉ verdade que na Ásia Central há povos de cultura nômade e islâmi-ca, mas isso não está identificável no texto e não se relaciona a elediretamente.

7. EPela localização e pela descrição do problema ambiental, é corretodizer que se trata do Mar de Aral.

8. BA pesca do esturjão para a extração do caviar não é uma das causasda redução do volume de água do Aral.

Aula 44

1. CEstados Unidos é o país que mais emite carbono no mundo, fatodeterminado por sua gigantesca frota de veículos automotores,pelo grande número de usinas térmicas (que queimam carvão ou

derivados de petróleo) e de indústrias que fazem diferentes tiposde emissão desse elemento. O volume das emissões é direta-mente proporcional às taxas de crescimento de sua economia,que nas últimas décadas mantiveram-se elevadas.

2. BO gráfico mostra que em 1970 a participação relativa das fontesrenováveis no total energético brasileiro, especialmente as de le-nha e carvão vegetal e derivados de cana-de-açúcar, era da ordemde 60%, enquanto em 2002 essa participação havia caído paracerca de 40%.

3. AA alternativa indica a lista de países islâmicos do Oriente Médioque se localizam junto ao Golfo Pérsico, área que apresenta asmaiores reservas de petróleo do mundo.

4. BA Era do Petróleo teve início com o desenvolvimento dos motoresde combustão interna e se acelerou com o crescimento da frotadesse tipo de veículo, que se aproxima hoje dos 900 milhões.

As demais estão erradas porque:a) a biomassa, na forma de lenha, foi o primeiro recurso energético

utilizado pela humanidade, e não o carvão mineral;c) a utilização da energia geotérmica para fins elétricos é um pro-

cesso que teve início nas primeiras décadas do século XX e hojeestá em expansão, embora gere alguns impactos ambientais;

d) a biomassa é um recurso energético que pouco contribui paraa matriz mundial, mas seu uso intensivo em alguns pontos daTerra apresenta consequências ambientais graves;

e) a geração de energia nuclear é feita por meio de reatores queproduzem energia limpa, sendo o maior problema ambientalseu grande volume de resíduos radioativos.

Aula 45

1. APelas condições mostradas do enunciado, a celulignina faz o papelde combustível, cuja queima deve produzir o aquecimento da águae sua vaporização; esse vapor movimenta as turbinas, produzindoenergia elétrica. Portanto, o papel da celulignina é análogo ao do gásnatural em uma usina termelétrica.

2. DEntre os países que não assinaram o TNP (Tratado de Não Prolife-ração Nuclear) encontram-se os da alternativa correta (Israel, Índiae Paquistão), que, em função dos interesses geopolíticos e econô-micos das grandes potências, recebem diferente tratamento noâmbito das relações internacionais — alguns deles, especialmenteIsrael e Índia, com bom relacionamento e elevadas transações eco-nômicas com os Estados Unidos.

3. CUm projeto importante de produção de combustíveis renováveis,no Brasil, é a utilização de óleos vegetais, extraídos da mamona, dobabaçu, da soja, do girassol, do dendê, etc. Esses óleos vegetais,que após tratamento especial podem ser adicionados ao diesel ouaté substituí-lo, são denominados biodiesel.

4. AA energia eólica ou dos ventos é uma das mais baratas e commenor impacto que se conhece, o que explica sua acelerada expan-são na Europa e Costa Oeste dos Estados Unidos, área onde osventos são intensos e constantes.

5. AAs demais estão erradas porque:b) a energia hidrelétrica é renovável e tem pouca ou nenhuma re-

lação com o aquecimento global.c) a energia eólica não se relaciona ao aquecimento global.d) a energia fóssil não é renovável.e) a energia atômica não é renovável.

Respostas das Tarefas Complementares

ALFA-5 850150510 209 ANGLO VESTIBULARES

Page 46: PRODUÇÕES AGRÍCOLAS DA ÍNDIA Exercí · PDF filedo o ícone do Geografia ao Vivo em nossa página na internet. ... missão, referindo-se à obrigação do muçulmano de seguir

6. EA afirmação V está errada porque a energia eólica transforma aforça mecânica dos ventos em energia elétrica.

7. EA produção dessa fonte alternativa de energia, menos poluente, podegerar alguns problemas, tais como a redução de áreas de plantio dealimentos; o crescimento do trabalho temporário; o avanço da mono-cultura; e a redução de empregos no setor agrícola, devido à mecani-zação rural. A alternativa correta trata do problema ambiental do resí-duo da produção do álcool, o vinhoto, cujo destino, apesar de adian-tadas pesquisas para sua utilização, muitas vezes é seu lançamentono ambiente sem tratamento.

Aula 39

1. BA introdução de técnicas agrícolas modernas baseadas no uso defertilizantes a agrotóxicos, contribui para a contaminação de solos,rios e lençóis freáticos, especialmente quando é empregada semmuito controle, como é comum ocorrer em países subdesenvol-vidos como a Índia.

2. DOs elevados investimentos na formação de mão de obra altamen-te qualificada e ao mesmo tempo de baixo custo, explicam a trans-formação de diversas cidades indianas em tecnopolos. A globali-zação incentivou a criação de novos espaços de produção, ligadosa redes de escala planetária, acirrando a concorrência entre luga-res. Cada espaço entra no jogo competitivo da economia interna-cional, usando diferentes estratégias que o qualificam para ser es-colhido como o lugar de desenvolvimento de certos setores pro-dutivos. Uma dessas estratégias é a usada na Índia: mão de obrabarata, disciplinada e altamente qualificada, por meio de investi-mentos em pesquisas tecnológicas e criação de centros universi-tários.

Aula 40

AA descrição que cita a capital do país e o ditador Saddam Husseiné suficiente para identificar o povo curdo, que soma alguns mi-lhões de pessoas espalhadas pelo norte do país e em terras daTurquia, Síria e Irã.

Aula 41

a) A charge mostra pessoa reverenciando uma bomba de gasolina.Dessa forma, ela satiriza a dependência que a economia indus-trial e urbana moderna tem dos combustíveis derivados do pe-tróleo.

b) A elevação dos preços do petróleo bruto é um reflexo da eleva-da demanda desse produto no mercado mundial, pois não háainda fontes alternativas suficientes para provocar a redução deseu consumo e consequentemente a queda de seus preços.Isso caracteriza um processo de dependência e gera uma espé-cie de submissão, fatos bem ilustrados e explorados de formacômica pela chargista.

Aula 42

1. ARealmente predominam no mundo islâmico as planícies e os baixosplanaltos, mas há grandes cadeias montanhosas no noroeste da Áfricae diversas na Ásia, principalmente na Turquia, no Afeganistão, no Irã eno Iraque. Os climas predominantes são áridos e semiáridos. / Váriospaíses da região apresentam taxas de natalidade e mortalidade entreas mais elevadas do mundo. A maior parte dos países não tem altasrendas per capita e, em muitos deles, ainda ocorre emigração para aEuropa. / Em grande parte do mundo islâmico há governos não de-mocráticos, com baixa participação popular.

2. EOs conflitos apontados relacionam-se efetivamente ao assuntodesenvolvido no texto, comprovando que a água já é um problemageopolítico.

Respostas dos Desafios

ALFA-5 850150510 210 ANGLO VESTIBULARES