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 Praça Expedicionário Assunção, 168  Bairro Centro Nova Lima  MG  CEP: 34.000-000 Telefone: (31) 3541-2666  P P RO O C C E E  S  S  S  S O  S  S  I I N N D D U U  S  S T T R R I I  A  AI I  S  S  E E N N O R R  M  M  A  A  S  S  DE E  S  S E E G G U U R R  A  A N N Ç Ç  A  A  DO  T T R  A  A B  A  ALH H O  I I  SENAI  “Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial”  Centro de Formação Profissional “AFONSO GRECO” 

Processos Industriais

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  • Praa Expedicionrio Assuno, 168 Bairro Centro Nova Lima MG CEP: 34.000-000

    Telefone: (31) 3541-2666

    PPRROOCCEESSSSOOSS

    IINNDDUUSSTTRRIIAAIISS EE NNOORRMMAASS DDEE

    SSEEGGUURRAANNAA DDOO TTRRAABBAALLHHOO II

    SENAI Servio Nacional de Aprendizagem

    Industrial

    Centro de Formao Profissional

    AFONSO GRECO

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    Presidente da FIEMG Olavo Machado Gestor do SENAI

    Petrnio Machado Zica

    Diretor Regional do SENAI e

    Superintendente de Conhecimento e Tecnologia

    Lcio Sampaio

    Gerente de Educao e Tecnologia

    Edmar Fernando de Alcntara

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    Sumrio

    1- APRESENTAO...................................................................................................05

    2- INTRODUO A PRINCPIO DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL I .........................05

    3- TIPOS DE TECNOLOGIA........................................................................................05

    4- INDSTRIAS ...........................................................................................................06

    5- PROCESSO PRODUTIVO.......................................................................................07

    6- INDSTRIAS E PROCESSOS PRODUTIVOS........................................................10

    7- NORMAS REGULAMENTADORAS........................................................................34

    8- REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................128

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    1- Apresentao

    Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento.

    Peter Drucker O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo, coleta, disseminao e uso da informao. O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas, sabe disso, e, consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a gide do conceito da competncia: formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resoluo de problemas, com conhecimentos tcnicos aprofundados,

    flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e conscincia da necessidade de

    educao continuada. Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento , na sua rea tecnolgica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao se faz necessria. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua infovia, da conexo de suas escolas rede mundial de informaes internet - to importante quanto zelar pela produo de material didtico. Isto porque, nos embates dirios,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e laboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiais didticos, tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos. O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didticos, aguar a sua curiosidade, responder s suas demandas de informaes e construir links entre os diversos conhecimentos, to importantes para sua formao continuada !

    Gerncia de Educao e Tecnologia

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    2- INTRODUO A PRINCPIO DA TECNOLOGIA

    Cincia ou teoria da tcnica. Abrange o conjunto de conhecimentos aplicados pelo homem para atingir determinados fins. As inovaes tecnolgicas determinam, quase sempre, uma elevao nos ndices de produo e um aumento da produtividade do trabalho. Embora o uso de conhecimentos tecnolgicos na produo pressuponha uma adequao da mo-de-obra nela empregada (escolaridade, treinamento, experincia), no h uma relao direta entre as tcnicas utilizadas pela sociedade e o conhecimento global dela por parte da forca de trabalho. Alm disso, o emprego de novas mquinas, de novas ferramentas, de novos mtodos de organizao e racionalizao do trabalho nem sempre representa vantagens para o processo produtivo. Chega a ser anti-econmico ou desvantajoso socialmente quando h grande oferta de mo-de-obra barata e de baixo nvel de instruo. Com isso, o ritmo e o emprego do progresso tecnolgico variam conforme a sociedade, o nvel de oferta e a demanda de bens e tambm a natureza da concorrncia. Muitas vezes, a forma de organizao de um sistema econmico um obstculo utilizao produtiva de novos inventos, na medida em que isso contrarie os interesses dos controladores do sistema. o caso do aproveitamento de fontes alternativas de energia, que poderiam substituir o petrleo, mas cujo uso contraria importantes interesses das grandes companhias internacionais que controlam o produto. O processo de inovao tecnolgica no um dado da sociedade moderna. Ele ocorreu desde a utilizao da pedra como instrumento de trabalho na Pr-Histria do homem e o emprego dos diversos metais nos agrupamentos humanos da Antiguidade. O progresso tecnolgico intensificou-se a partir da Revoluo Industrial, atingindo alto nvel com o desenvolvimento da computao e a automao dos processos produtivos, chegando-se a falar que na atualidade ocorre uma "revoluo tecnolgica". Isso tem transformado profundamente a estrutura produtiva, o que se reflete na prpria estrutura da sociedade, nos mecanismos de controle de dominao econmica, em nvel nacional e internacional. Neste ltimo caso, destaca-se o domnio da tecnologia moderna (atmica, de comunicaes, Astronutica e de computao) pelos pases industrializados, em detrimento dos demais.

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    3- TIPOS DE TECNOLOGIA TECNOLOGIA DE BASE Conjunto de mtodos industriais e inovaes tecnolgicas que permitem maior rendimento e produtividade indstria de base (Empresa ou setor industrial que alimenta os demais. Operando com a extrao de minrios e sua transformao em matria-prima para outros setores industriais, e tambm as indstrias de produo de energia eltrica). TECNOLOGIA DE PONTA Conjunto de mtodos industriais e inovaes tecnolgicas que permitem maior rendimento e produtividade indstria de ponta (Empresa ou setor industrial que realiza a montagem final de um conjunto de peas fornecidas por outras fbricas, concluindo assim um processo fabril que abrange vrias unidades produtoras. So indstrias de ponta as fbricas de avies, automveis, aparelhos eletrnicos e computadores, entre outras).

    4- INDSTRIAS Conjunto de atividades produtivas que se caracterizam pela transformao de Matrias-primas, manualmente ou com auxlio de mquinas e ferramentas, no sentido de fabricar mercadorias. De uma maneira bem ampla, entende-se como indstria desde o artesanato voltado para o autoconsumo at a moderna produo de computadores e instrumentos eletrnicos. A indstria moderna surgiu com a Revoluo Industrial (sculos XVIII-XIX) como resultado de um longo processo que se iniciou com o artesanato medieval, passando pela produo manufatureira (primeiro momento da organizao fabril). A indstria contempornea se caracteriza pela produo em massa nas fbricas, onde os objetos padronizados resultam da intensa mecanizao e automao do processo produtivo. Outra caracterstica a racionalizao do trabalho, objetivando o aumento da sua produtividade e o mximo rendimento das mquinas. Ocorreu tambm uma radical mudana na estrutura da direo e da propriedade das indstrias: as sociedades annimas tornaram-se a forma mais frequente de propriedade e a organizao do processo produtivo passou responsabilidade de um corpo de tcnicos-administradores a quem cabe realizar o planejamento da produo e a poltica de investimentos. Nos pases altamente industrializados muitas empresas perderam seu carter local, tornando-se grandes corporaes multinacionais.

    Distinguem-se as indstrias em vrios ramos conforme os bens que produzem:

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    Indstria de bens de capital (ou bens de produo) - mquinas, equipamentos.

    Indstria de bens intermedirios - matrias-primas para outras empresas. Indstria de bens de consumo - (artigos de utilidade individual ou familiar). Indstrias Tradicionais ou de trabalho intensivo - Podem ser classificadas

    como indstrias tradicionais ou de trabalho intensivo as que ocupam grande contingente de mo-de-obra e se apiam em tecnologia atrasada; e como indstrias modernas ou de capital intensivo as portadoras de tecnologia sofisticada, com operrios altamente especializados e elevada taxa de investimento por pessoa empregada.

    Indstria de transformao - Setor da produo industrial voltado para a transformao de matrias-primas em bens, distinguindo-se, portanto da produo agrcola e da indstria extrativa vegetal e mineral. Abrange todos os momentos da produo industrial: matrias-primas elaboradas (ao), bens de capital (mquinas-ferramenta, autopeas) e bens de consumo (automveis e roupas). Inclui-se nessa categoria a produo agroindustrial, como acar, sucos e beneficiamento de produtos agrcolas. Indstria Extrativa Mineral - Atividade do setor primrio da economia correspondente indstria extrativa mineral. Compreende os processos economicamente rentveis que tratam da extrao, elaborao e beneficiamento de minrios. E a principal atividade econmica de vrios pases do Terceiro Mundo, fornecedores de minrios para os pases industrializados. Os produtos minerais de maior importncia so os energticos, petrleo, gs e carvo mineral. A minerao uma das atividades mais antigas do homem servindo de elemento de diferenciao entre vrias civilizaes que utilizavam tipos qualitativamente diversos de metais na fabricao de suas armas e objetos domsticos.

    5- PROCESSOS PRODUTIVOS

    Tipos de processamentos A natureza bsica de um processamento a de transformao, isto , algo se realiza que, de alguma forma, transforma o item objeto do trabalho. Em geral, essas transformaes podem ter como efeito uma alterao qumica; uma mudana de perfil ou da forma bsica; a adio ou subtrao de peas a um conjunto. Transformaes Qumicas So comuns em indstrias como a do Petrleo, Plstico, Siderrgica, Alumnio. Industrialmente, eles ocorrem sob as formas de Processamento em Carga e de Processamento Continuo. Ex:

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    Alto forno - ( carga ) Refino do petrleo - (continuo)

    Transformaes por alterao de forma e perfil Os exemplos mais comuns desse tipo geral se encontram nas indstrias de laminao e usinagem de metais, na indstria madeireira, na moldagem e conformao de plstico. Ex:

    Laminao, fundio, usinagem. Transformao Por Montagem

    Alguns processos usados para montar peas e materiais empregam, por exemplo, a solda, o rebite, o parafuso, o colchete, a junta adesiva. Os processos de montagem so comuns na indstria eletrnica, na indstria de aparelhos eletrodomsticos etc.

    Transformao Por Burocrtico Enquanto os tipos de processos mecnicos tendem a alterar a forma e o perfil, os processos burocrticos transformam a INFORMAO. O equivalente da atividade burocrtica realizada com uma larga faixa de tcnica, estendendo-se das puramente manuais, atravs de todos os graus de mecanizao, ate a condensao da automatizao (processamento de dados). Transformao Por Transporte

    A transformao que se opera num processo de transporte a mudana de local.

    Fluxo de Produo Considera-se como sendo fluxo da produo, a determinao lgica da seqncia de passos ou etapas utilizadas durante o processo de produo. Durante a determinao de um fluxo de produo, devem ser levados em considerao os seguintes aspectos:

    A - Matria Prima B - Tipo de processo de produo C - layout da Fbrica ou Instalao D - Custo de produo E - Processos Tcnicos Especficos (KNOW- HOW) F Produtividade

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    APRESENTAO DE UM FLUXO: VESTIR O PALET

    1 - PREPARAR AS ROUPAS CAMISA

    PALET

    2 INICIAR SOMENTE DESTA FORMA VESTIR

    A CAMISA

    3 CONFERIR, OLHANDO-SE AO ESPELHO VESTIR

    O PALET

    Matria Prima As chapas de madeira processada/reconstituda aglomerado e medium density fiberboard (MDF) so as matrias-primas mais utilizadas pela indstria de mveis. A madeira macia tambm bastante utilizada no Brasil, sendo que as madeiras provenientes de Plos Moveleiros Consolidados e de mata nativa esto com sua utilizao em rpido declnio. Em substituio, tbuas provenientes de plantios das espcies pnus e eucalipto vm se firmando. Estima-se que cerca de 60% da madeira macia industrializada pela indstria moveleira j sejam provenientes de plantios. O uso da madeira de eucalipto para a fabricao de mveis vem se consolidando no Brasil, principalmente aps a implantao da moderna serraria da Aracruz, sendo os segmentos produtores de camas e de salas de jantar os que mais a utilizam. Os plos moveleiros so os principais mercados consumidores de painis de madeira aglomerada e de MDF, posto que mais de 90% do volume produzido dessas chapas destinam-se fabricao de mveis. A maior parcela da produo nacional absorvida diretamente pela indstria. Um volume menor comercializado pelas revendas, juntamente com chapas de madeira compensada, e destina-se a empresas de menor porte e artesos ou usado para a execuo de servios domsticos, na confeco de armrios e prateleiras. A Tabela 2 indica os atuais fornecedores de chapas de aglomerado e de MDF instalados no Brasil. Toda a produo desses painis sustentada por florestas plantadas, sendo que as empresas Placas do Paran, Tafisa e Berneck utilizam 100% de pnus na fabricao de painis de aglomerado e/ou MDF, a Eucatex utiliza 100% de

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    eucalipto e a Duratex e a Satipel combinam pnus e eucalipto em propores variadas. Em virtude do considervel aumento da oferta interna de madeira aglomerada e de chapas de MDF ocorrido nos ltimos anos e que contou com apoio expressivo de financiamentos do BNDES, seu fornecimento j considerado adequado pela indstria produtora de mveis, que no demonstra preocupao quanto ao seu suprimento em termos dos volumes ofertados. O design tem sido considerado o ponto mais vulnervel da indstria moveleira nacional, devendo ser aprimorado no s pelo fato de se pretender expandir as exportaes, mas sobretudo em funo de que uma parcela considervel do consumidor brasileiro, em termos de poder aquisitivo, bastante exigente e est disposta a pagar preos razoavelmente maiores por produtos que considere elegantes, funcionais e resistentes. A Abimvel/Promvel recentemente implantou ncleos de desenvolvimento de design em duas cidades (Curitiba e So Bento do Sul), mas sua pretenso chegar, ao longo dos prximos anos, a um total de 30 ncleos. Em decorrncia desse trabalho, 25 tcnicos foram visitar, em 2001, a Escola de Design Politcnica de Milo. Para esse programa, 50% dos recursos provm da Agncia de Promoo de Exportaes (Apex), 25% de empresas do setor moveleiro e 25% dos fornecedores de insumos. A maior dificuldade encontrada at agora reside na falta de estrutura de ensino superior vinculada maioria das regies onde os plos moveleiros esto situados. Com a recente introduo no mercado nacional das chapas de MDF, novas perspectivas se abrem para as atividades de criao, em virtude das caractersticas tcnicas dessas chapas, que possibilitam o trabalho em relevo.

    6- INDSTRIAS E PROCESSOS PRODUTIVOS INDSTRIA ALIMENTCIA Introduo A produo der alimentos em srie destina-se a fabricao de pes, biscoitos, bolos, fermentos, melhoradores, acondicionadores, emulsificantes, coberturas, fabricao de manteigas, queijos, iogurtes, doce de leite, fabricao de gelias, picles, azeitonas, palmitos, doces em calda, purs de frutas e legumes, sucos e polpas, fabricao de derivados de tomates, mostardas, molho ingls, molho de pimenta, maionese, molhos especiais, pimenta, cravo, canela, noz moscada, cominho, colorficos, fabricao de balas, caramelos, chocolates, bombons, gomas, torrones, nougats, pastilhas, drgeas, dietticos, chicles, fabricao de pudins, gelatinas, refrescos, flans, achocolatados, capucinos, tortas, bolos, fabricao de derivados de soja, derivados lcteos, cereais, fabricao de

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    produtos expandidos, cereais matinais, batatas fritas, amendoins fritos, torrados e drageados, salgadinhos fritos e ainda muitos outros alimentos para seres humanos e animais. Produo A escala industrial em que os alimentos so produzidos no campo e na cidade apresenta diversos aspectos de desequilbrio que geram, conseqentemente, desequilbrios os mais variados em outras reas relacionadas. Um modelo de produo que, anos atrs, introduziu maciamente a utilizao de agrotxicos e adubos qumicos, com suas indiscutveis e j conhecidas repercusses ambientais, hoje trabalha pela aceitao por parte de produtores como de consumidores, de sementes e alimentos modificados geneticamente. Sementes que estaro padronizando e homogeinizando tudo que se produza, que sero a outra face de outra j anunciada padronizao de espcies animais, introduzindo no campo o fim de todas as diversidades e que ainda no se sabe o destino real desta situao. Diante de dvidas e outros aprisionamentos econmicos, os agricultores perdem, alm da autonomia, a sade mental. Nos EUA, esto cinco vezes mais propensos a cometerem suicdio do que morrerem por acidentes na fazenda; e na Gr-Bretanha, suicidam-se duas vezes e meia, mais do que o resto da populao. Abandono do campo, xodo para as cidades, perda de laos comunitrios e familiares so algumas das conseqncias comumente observadas. Cenrio no muito diferente nas cidades, em termos de produo de alimentos. Grandes indstrias, cada vez mais concentradas, deslocam ou aniquilam antigas produes locais, mais simples ou ligadas produtos e hbitos da regio. Padronizam-se as formas de produo, de embalagem e de utilizao de matrias-primas. A indstria de alimentos moderna no existiria se no fossem determinados ingredientes que lhe do condies para uma produo de baixo-custo aparente porm de elevados custos ambientais, sociais etc e que lhe determinam, por outro lado, suas caractersticas mais desagregadoras em termos de sade. Acar branco, farinhas processadas, corantes e conservantes artificiais de todo tipo, realadores de sabor e gorduras hidrogenadas constituem sua base. A produo de alimentos, urbana ou rural, portanto tambm, e principalmente, a produo de uma determinada idia de alimento, onde no cabem mais as concepes e formas tradicionais, locais, populares ou simples de plantar, colher, preparar, vender, consumir e etc.

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    Distribuio e Comercializao Os processos ligados comercializao de alimentos (processamento, embarque, corretagem, publicidade e varejo) cada vez ocupam lugar mais destacado na cadeia alimentcia global. Empresas especializadas ampliam seus atividades controlando o que vai do gene prateleira do supermercado atravs de conglomerados alimentcios verticais e de frigorficos de carne . Parcerias entre empresas asseguram controle de sementes, fertilizantes, pesticidas, colheita e processamento de gros, processamento de rao animal, pecuria e abate. Impactos econmicos ou ambientais deste modelo no so o nico problema. A prpria maneira como se comercializa, cada vez mais, est associada padres pouco ticos de conduta. Para que um determinado produto possa ser comercializado preo competitivo, muitas vezes trabalhadores so explorados em condies de trabalho sub-humanas em pases do Terceiro Mundo. A primazia do consumo sobre a produo tem sido apontada como uma das caractersticas dos tempos atuais. A manipulao do consumidor, via publicidade, no encontra limites, atingindo as mais afastadas regies e at mesmo o pblico infantil, saudado como o mais novo consumidor no mercado, liberado por fim dos cuidados de pais e mes zelosas que lhes impediam o exerccio do sagrado direito de consumir. No Brasil, 63 por cento das crianas decidem seus padres alimentares, atualmente, contra 24,6 por cento em 1960. Consumo A mquina de gerar consumo em que se transformou a publicidade, nas ltimas dcadas, assegura que, no campo como na cidade, o consumo de alimentos seja coerente com o modelo de produo e comercializao adotado pelas grandes corporaes. A penetrabilidade da mdia, especialmente da televiso, transforma a todos, sejam agricultores do interior ou estudantes da cidade, em apenas uma coisa: consumidores. Alimentos e bebidas, em particular, por serem itens de consumo dirio indispensveis, constituem poderoso veculo transmissor de valores de vida. A mudana nos hbitos alimentares, verificada nas ltimas dcadas na maioria dos pases, constitui exemplo de como padres de consumo ditados pelo mercado podem ser rapidamente difundidos e incorporados, gerando repercusses em vrias reas. Embora o que se consome hoje pode no ser totalmente diferente do que se consumia h trinta ou quarenta anos atrs, a forma como tais alimentos ou bebidas so hoje produzidos e comercializados j apresenta profundas mudanas o vertiginoso aumento de poder das grandes corporaes na cadeia de alimentos trouxe, por exemplo, o desaparecimento de pequenos e mdios mercados locais, assim como de pequenas fbricas, entre outras conseqncias. Do mesmo modo, qualquer produto industrializado hoje est vrias vezes tornado mais acessvel, pela multiplicao dos pontos de venda, do que anos atrs, levando a um maior consumo por parte da populao. Lugares como escolas, plataformas de estaes ferrovirias, reparties pblicas e postos de gasolina

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    que, nos ltimos anos passaram a vender refrigerantes e outros produtos industrializados, competem de maneira desigual com feiras de pequenos produtores ou vendedores ambulantes. Formas diretas e tradicionais de comercializao esto em processo de extino, levando consigo produtos alimentcios regionais e igualmente tradicionais. Riscos Diante das modificaes das industrias alimentares, aumentam-se os riscos para os trabalhadores, que alm de j estarem expostos a toda a gama de riscos inerentes rea industrial, tais como rudo, ergonomia, riscos ambientais, passa a ter um maior risco biolgico e qumico a ponto da ANVISA, Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria determinar atravs do decreto-lei 986/69, os produtos qumicos possveis de serem utilizados em fabricao de alimentos, conforme: Aditivos: Acidulantes: cido actico, cido ltico, cido mltico, cido fumrico, cido ctrico, cido glucnico, glucona-delta-lactona. Agentes de firmeza: carbonato de clcio, latcto de clcio, citrato de clcio, citratotri-clcio, cloreto de clcio, sulfato de clcio, hidrxido de clcio, gluconato de clcio. Agente de massa: polidextrose. Anti-espumante: Alginato de clcio, mono e diglicerdios de cidos graxos, steres de mono e digliclicerdeos com cidos graxos. Anti-oxidante: cido ascrbico, ascorbato de sdio, ascorbato de clcio, ascorbato de potssio, acido eritrbico, acido isoascrbico, eritorbato de sdio, isoascorbato de sdio, leticinas, lacto de sdio, cido ctrico, citrato de clcio, citrato tri-clcio, steres de cido ctrico, ecidos graxos com glicerol, steres de cido ctrico e mono e diglicerdeos, glucose-oxidas. Anti-umectante: Carbonato de clcio, celulose microcraitalina, sais de cidos graxos, carbonato de sdio, bicarbonato de sdio, carbonato de cido de sdio, carbonato de sdio.

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    Indstria Mecnica Introduo Caractersticas Os processos de conformao mecnica alteram a geometria do material atravs de foras aplicadas por ferramentas adequadas que podem variar desde pequenas matrizes at grandes cilindros, como os empregados na laminao. Em funo da temperatura e do material utilizado a conformao mecnica pode ser classificada como trabalho a frio, a morno e a quente. Cada um destes trabalhos fornecer caractersticas especiais ao material e pea obtida. Estas caractersticas sero funo da matria prima utilizada como composio qumica e estrutura metalrgica (natureza, tamanho, forma e distribuio das fases presentes) e das condies impostas pelo processo tais como o tipo e o grau de deformao, a velocidade de deformao e a temperatura em que o material deformado. Principais Processos de Conformao O nmero dos diferentes processos unitrios de conformao mecnica, desenvolvidos para aplicaes especficas, atinge atualmente algumas centenas. No obstante, possvel classific-los num pequeno nmero de categorias, com base em critrios tais como: o tipo de esforo que provoca a deformao do material, a variao relativa da espessura da pea, o regime da operao de conformao, o propsito da deformao. Basicamente, os processos de conformao mecnica podem ser classificados em: Forjamento Conformao por esforos compressivos tendendo a fazer o material assumir o contorno da ferramenta conformadora, chamada matriz ou estampo. Laminao Conjunto de processos em que se faz o material passar atravs da abertura entre cilindros que giram, modificando-lhe (em geral reduzindo) a seo transversal; os produtos podem ser placas, chapas, barras de diferentes sees, trilhos, perfis diversos, anis e tubos.

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    Trefilao Reduo da seo transversal de uma barra, fio ou tubo, puxando-se a pea atravs de uma ferramenta (fieira, ou trefila) com forma de canal convergente. Extruso Processo em que a pea empurrada contra a matriz conformadora, com reduo da sua seo transversal. A parte ainda no extrudada fica contida num recipiente ou cilindro (container); o produto pode ser uma barra, perfil ou tubo. Conformao de chapas Compreende as operaes de:

    Embutimento Estiramento Corte Dobramento.

    Temperatura na Conformao Os processos de conformao so comumente classificados em operaes de trabalho a quente, a morno e a frio. O trabalho a quente definido como a deformao sobre condies de temperatura e taxa de deformao tais que processos de recuperao e recristalizao ocorrem simultaneamente com a deformao. De outra forma, o trabalho a frio a deformao realizada sobre condies em que os processos de recuperao e recristalizao no so efetivos. No trabalho a morno ocorre recuperao, mas no se formam novos gros (no h recristalizao). No trabalho a quente, devido intensa vibrao trmica que facilita muito a difuso de tomos e a mobilidade e aniquilamento das discordncias - o encruamento e a estrutura distorcida dos gros produzida pela deformao so rapidamente eliminados pela formao de novos gros livres de deformao, como resultado da recristalizao. possvel conseguir grandes nveis de deformao, uma vez que os processos de recuperao e recristalizao acompanham a deformao. Ela ocorre a uma tenso constante. E como a tenso de escoamento plstico decresce com o aumento da temperatura, a energia necessria para a deformao geralmente muito menor para o trabalho a quente do que para o trabalho a frio ou a morno. Laminao o processo de conformao mecnica que consiste em modificar a seo transversal de um metal na forma de barra, lingote, placa, fio, ou tira, etc., pela

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    passagem entre dois cilindros com geratriz retilnea (laminao de produtos planos) ou contendo canais entalhados de forma mais ou menos complexa (laminao de produtos no planos), sendo que a distncia entre os dois cilindros deve ser menor que a espessura inicial da pea metlica. Transformaes Mecnicas o processo de transformao mecnica de metais mais utilizado pois, apresenta alta produtividade e um controle dimensional do produto acabado que pode ser bastante preciso. Esforos envolvidos Na laminao o material submetido a tenses compressivas elevadas, resultantes da ao de prensagem dos rolos e a tenses cisalhantes superficiais, resultantes do atrito entre os rolos e o material. As foras de atrito so tambm responsveis pelo ato de "puxar" o metal para dentro dos cilindros. Etapas A reduo ou desbaste inicial dos lingotes em blocos, tarugos ou placas so realizados normalmente por laminao a quente. Depois dessa fase segue-se uma nova etapa de laminao quente para transformar o produto em chapas grossas, tiras a quente, vergalhes, barras, tubos, trilhos ou perfis estruturais. A laminao a frio que ocorre aps a laminao de tiras quente produz tiras a frio de excelente acabamento superficial, com boas propriedades mecnicas e controle dimensional do produto final bastante rigoroso. Conformao Conformao de chapas o processo de transformao mecnica que consiste em conformar um disco plano ("blank") forma de uma matriz, pela aplicao de esforos transmitidos atravs de um puno. Na operao ocorrem: alongamento e contrao das dimenses de todos os elementos de volume, em trs dimenses. A chapa, originalmente plana, adquire uma nova forma geomtrica.

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    Classificao dos Processos: A conformao de chapas metlicas finas pode ser classificada atravs do tipo de operao empregada. Assim pode-se ter: estampagem profunda, corte em prensa, estiramento, etc. Forjamentos Forjamento o nome genrico de operaes de conformao mecnica efetuadas com esforo de compresso sobre um material dctil, de tal modo que ele tende a assumir o contorno ou perfil da ferramenta de trabalho. Ferramentas Na maioria das operaes de forjamento emprega-se um ferramental constitudo por um par de ferramentas de superfcie plana ou cncava, denominadas matrizes ou estampas. A maioria das operaes de forjamento executada a quente; contudo, uma grande variedade de peas pequenas, tais como parafusos, pinos, porcas, engrenagens, pinhes, etc., so produzidas por forjamento a frio. Histrico O forjamento o mais antigo processo de conformar metais, tendo suas origens no trabalho dos ferreiros de muitos sculos antes de Cristo. A substituio do brao do ferreiro ocorreu nas primeiras etapas da Revoluo Industrial. Atualmente existe um variado maquinrio de forjamento, capaz de produzir peas das mais variadas formas e tamanhos, desde alfinetes, pregos, parafusos e porcas at rotores de turbinas e asas de avio. Classificao dos processos O forjamento pode ser dividido em dois grandes grupos de operaes:

    Forjamento em matriz aberta Forjamento livre e Forjamento em matriz fechada.

    Trefilao uma operao em que a matria-prima estirada atravs de uma matriz em forma de canal convergente (Fieira ou Trefila) por meio de uma fora atrativa aplicada do lado de sada da matriz. O escoamento plstico produzido principalmente pelas foras compressivas provenientes da reao da matriz sobre o material.

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    Forma resultante: simetria circular muito comum em peas trefiladas, mas no obrigatria. Condies trmicas: normalmente a frio. Uso - produtos mais comuns:

    BARRAS >25 mm

    ARAMES

    COMUNS

    GROSSOS 25 > > 5 mm

    MDIOS 5 > > 1,6 mm

    FINOS 1,6 > > 0,7 mm

    ESPECIAIS 0,02 mm >

    TUBOS TREFILADOS DE DIFERENTES FORMAS Os Tubos podem ser trefilados dos seguintes modos:

    Sem apoio interno (Rebaixamento ou Afundamento);

    Com plug (bucha) interno: - Fixo;

    Flutuante;

    Com mandril;

    Princpios Bsicos de Eletricidade V 1 - A Eletricidade Por se tratar de uma fora invisvel, torna-se difcil ento visualizar a natureza da fora eltrica, mas facilmente notvel os seus efeitos. A eletricidade produz resultados e efeitos perfeitamente previsveis. Para que possamos compreender melhor a eletricidade, observemos as seguintes definies: Matria toda a substncia, slida, lquida ou gasosa que ocupa lugar no espao. Molcula a menor partcula, a qual podemos dividir uma matria, sem que

    esta perca suas propriedades bsicas. ex: Quando dividimos um p de giz at o momento em que ele ainda conserve suas propriedades de p de giz, tornando-se visvel a olho nu, mas com microscpios, temos ento uma molcula.

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    tomo - So as partculas que constituem a molcula. Podemos assim afirmar que um conjunto de tomo constitui uma molcula, que determina uma parte da matria. no tomo que se d o movimento eletrnico (corrente eltrica). O tomo composto por um ncleo e partculas que giram a seu redor, em rbitas concntricas, muito parecido com a configurao dos planetas em torno do sol.

    O ncleo constitudos de Prtons e Neutrons, convencionando-se a Prtons com carga positiva (+) e os Neutrons com carga eltrica nula (0). As partculas que giram ao redor do ncleo so denominadas Eltrons, com carga eltrica negativa (-). Podemos admitir que um tomo, na condio de equilbrio, o nmero de prtons igual ao nmero de eltrons. Se ele perde um eltron torna-se eletricamente positivo (on Positivo), se ele ganha um eltron torna-se negativo (on Negativo). A este desequilbrio que chamamos cargas eltricas que foi definido como eletricidade. A eletricidade se apresenta de duas maneiras. Eletricidade Esttica o tipo de eletricidade que envolve cargas eltricas paradas. gerada por atrito pela perda de eltrons durante o funcionamento. Por exemplo: um basto de vidro e l de carneiro, choque ao descer de um veculo, etc... Eletricidade Dinmica ou Corrente Eltrica o fluxo de cargas eltricas que se desloca atravs de um condutor. Desta forma como a eletricidade se apresenta que nos interessa estudar. E para que este fenmeno ocorra necessrio, no mnimo, uma fonte de energia, um consumidor e condutores fechando o circuito. Corrente Eltrica: A corrente eltrica pode se apresentar de duas maneiras: Alternadas Quando o fluxo de eltrons alterna de tempo em tempo (perodo) o seu sentido. Em termos prticos o tipo de corrente de corrente utilizada pelos sistemas de resistncias, indstrias, etc. Limitaremos no nosso caso, aprofundarmos somente em corrente contnua. Contnua

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    Quando o fluxo de eltrons mantm constante o seu sentido ao longo do tempo. Os sistemas eltricos dos automveis utilizam corrente contnua para luzes, acessrio, etc., por este motivo voltaremos nossa ateno para a corrente contnua. Para que exista este movimento de eltrons necessrio criar uma Diferena de Potencial (Tenso) entre as pontas do circuito. Gerao e Distribuio V 2 - Energias No-Renovveis So as que se apresentam sob a forma de estoques armazenados pela natureza e que, quando esgotados, s se regeneram em prazos extremamente longos. o caso dos combustveis fsseis o carvo mineral, o petrleo e o gs natural e dos minerais radioativos, que abastecem os reatores nucleares, que precisam de milhes de anos para recompor-se. 3 - Energias Renovveis So as oriundas de fontes associadas a ciclos de reproduo bastante curtos, renovando-se constantemente e possibilitando seu uso permanente. So elas: a energia solar direta, a energia dos ventos, das ondas do mar, das correntes martimas, das mars, das quedas dgua e a contida em todos os tipos de biomassa: madeira, carvo vegetal, cana de acar, e outros. Energia Hidrulica A energia gerada a partir do aproveitamento do potencial hidrulico existente num rio. Est associada vazo do rio, isto , quantidade de gua disponvel em um determinado perodo de tempo e altura de sua queda. Quanto maior o volume da queda, maior seu potencial de aproveitamento na gerao de eletricidade, isto pode se dar de forma natural ou antrpica seja por atravs de desnvel acentuado, ou atravs de barragens. Usina

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    Basicamente uma usina hidreltrica composta de:

    Barragem

    Sistema de captao e aduo da gua

    Casa de fora A produo de energia nuclear uma das formas de obteno de energia eltrica em larga escala. Essa energia pode ser obtida atravs das fisses nucleares do urnio, plutnio ou trio, ou ainda da fuso nuclear do hidrognio. Atualmente, utiliza-se quase somente o urnio. A fisso de um tomo de urnio produz 10 milhes de vezes a energia produzida pela combusto de um tomo de carbono do carvo ou do petrleo. O Brasil possui a 6 maior reserva mundial de urnio, mas apenas um tero de seu territrio j foi prospectado. A explorao comeou em Caldas (MG) e agora feito em Caetit (BA), Itatiaia (CE) e Pitinga (PA). As duas usinas nucleares, Angra I e Angra II, situam-se em Angra dos Reis (RJ). Uma usina nuclear funciona de forma semelhante a uma usina trmica: o calor gerado pela fisso do urnio vaporiza a gua em uma caldeira. O vapor aciona uma turbina, qual est acoplado um gerador que produz energia eltrica. Energia Elica a energia dos ventos, decorrente do movimento das massas de ar. A energia dos ventos uma abundante fonte de energia renovvel, limpa e disponvel em todos os lugares. A utilizao desta fonte energtica para a obteno de eletricidade, em escala comercial, teve incio a pouco mais de 30 anos, e atravs de conhecimento da indstria aeronutica, os equipamentos para gerao elica evoluram rapidamente em termos de idias e conceitos preliminares para produo de alta tecnologia. Energia Solar O Sol, trabalhando como um imenso reator fuso, irradia sobre a terra anualmente algo equivalente a 10 mil vezes a energia consumida pela populao mundial no mesmo perodo. As aplicaes trmicas so aquelas em que a luz do sol transformada diretamente em calor pela absoro em superfcies escuras. O exemplo mais conhecido o aquecedor solar, que eleva a temperatura da gua, que depois armazenada em reservatrios trmicos (boiler). Seu uso substitui torneiras e chuveiros eltricos, podendo representar uma economia de at 35% no consumo de energia eltrica de uma residncia.

    Sistema de Aterramento

    Aterramento a arte de se fazer uma conexo com toda a terra.

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    O aterramento de uma rede eltrica um item que deve ser levado bastante em considerao pois, trata-se de um item de segurana para a rede eltrica e, principalmente, segurana para seus prprios usurios.

    Preferencialmente, o aterramento dever ser nico para toda alimentao da rede eltrica instalada, de forma que a referncia seja nica, no permitindo diferenas de potenciais entre dois pontos de aterramento, o que poderia causar uma gerao de uma corrente indesejvel que fatalmente iria prejudicar a Comunicao na rede.

    Todos os equipamentos devero estar aterrados para que toda e qualquer gerao de correntes eltricas indesejveis e de qualquer natureza sejam drenadas para o aterramento, sem prejudicar ou afetar a comunicao de dados, alm da segurana dos usurios.

    Vamos descrever aqui um sistema de aterramento simples que pode resolver a maior parte dos problemas encontrados.

    O aterramento deve obedecer norma ABNT 5419 (reviso) de Julho 1993 ou posterior, que exige um aterramento nico (mesma malha de terra) para o terra de 60 Hz (terra do neutro) e o terra dos equipamentos, afim-de se evitar o "loop de corrente", ou seja, passagem de corrente via cabo de sinais de um Terra para outro.

    O cabo de terra dos equipamentos dever ser exclusivo, para a rede de microcomputadores por exemplo.

    A malha de terra deve ser tratada nvel de impedncia e pode ser montada conforme especificaes abaixo:

    3 hastes de cobre de 3/4" e comprimento de 2,5 metros, enterradas no solo a uma distancia de 5 metros entre si, como se fossem os vrtices de um tringulo equiltero;

    Se as hastes fossem numeradas, haste 1, haste 2 e haste 3, interligue a haste 1 haste 2 e a haste 2 haste 3 com cabo de cobre nu com dimetro mnimo de 50mm, interligue a haste 2 da malha de terra com a caixa de distribuio de terras atravs de cabo de cobre nu com dimetro mnimo de 35mm;

    Se existir algum outro terra (Terra 60Hz do neutro, terra de telefone, etc.), deve-se fazer a equalizao dos terras de uma forma criteriosa, interligando-os com cabo de cobre nu dimetro mnimo de 16 mm;

    A distncia que liga as hastes de aterramento ao quadro de distribuio deve ser a mais curta possvel;

    A bitola do cabo Terra aps o quadro de distribuio, dever ser a mesma que a dos fios fase e neutro;

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    Caso seja necessrio, um Terra qumico, no caso das condies do solo no serem favorveis instalao de um sistema de aterramento simples, aqui vai uma sugesto simples:

    Fazer um buraco com dimetro de 20 cm e comprimento da haste;

    Preencher o buraco com uma mistura de 30% carvo, 30% cimento, e 40% terra local;

    A haste deve estar no buraco, envolvida pela mistura;

    As hastes de cobre so chamadas eletrodos de aterramento, do uma referncia de Terra do 0 volt para o sistema e uma conexo Terra para descargas estticas, surtos e transitrios eltricos.

    Tambm fornece uma trajetria de impedncia baixa Terra (valor ideal mximo 20 ohms), alm de suportarem e dissiparem surtos de correntes repetidos.

    Dever sempre ser realizada uma inspeo peridica dos aterramentos.

    Os cabos utilizados para o sistema de aterramento devem ser de cobre slido de bitola 6 AWG e isolados;

    As hastes de aterramento devem ser de cobre e dimetro e comprimento de no mnimo 12,7 e 1520 mm respectivamente.;

    As hastes de aterramento devem estar distanciadas de no mnimo 1,8 metros;

    Jamais utilizar tubulaes metlicas de encanamento hidrulico ou de fluidos para auxiliar no aterramento;

    O aterramento deve ser exclusivo para a rede de dados, isto , no deve ser utilizado para a rede eltrica, por exemplo.

    A impedncia no deve ser maior que 5 Ohms, e a tenso medida entre terra e neutro em uma tomada com carga no deve exceder a 1 Volt.

    A conexo terra na realidade a interface entre o sistema de aterramento e toda a terra, e por esta interface que feito o contato eltrico entre ambos ("terra" e sistema de aterramento).

    Atravs desta interface passaro os eventos eltricos de e para o mencionado sistema. Estes eventos eltricos incluem energia (surtos e transientes).

    Entre estes eventos, encontram-se tambm a energia proveniente das descargas atmosfricas.

    O aterramento obrigatrio; a baixa qualidade ou a falta do mesmo invariavelmente provoca queima de equipamentos.

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    Suas caractersticas e eficcia devem satisfazer s prescries de segurana das pessoas e funcionais da instalao.

    O valor da resistncia deve atender as condies de proteo e de funcionamento da instalao eltrica. Conforme orientao da ABNT a resistncia deve atingir no mximo 10 Ohms. Fazer medio de resistncia com terrmetro.

    Utilizar haste de cobre com 2,40 ou 3 metros de comprimento e dimetro de 16 mm.

    Nunca utilize o neutro da rede eltrica como terra, alm de muito perigoso proibido por lei.

    Os Objetivos do Aterramento Eltrico.

    Os sistemas de aterramento podem atender cada uma das funes abaixo relacionadas:

    O "Terra" ou Ponto Referncia de Terra. Todo sistema eltrico ou eletrnico deve ser referenciado a terra. Este tipo de aterramento chamado normalmente de "Terra". O ponto de "terra" neste caso, providncia uma referencia comum para os circuitos dos sistemas. Em muitos casos, o valor de resistncia dos pontos de referncia de pequena importncia. Para estes pontos, a referncia de terra ir satisfazer apenas os requisitos funcionais. Estes sistemas so normalmente independentes no requerendo interconexes com a terra, exceto quando necessrio proporcionar segurana s pessoas, no permitindo a presena de potenciais perigosos. Um exemplo tpico um terminal de computador, onde o fio verde (terceiro pino da tomada) o ponto de referncia.

    O aterramento de neutralizao de um sistema de pra-raios. Normalmente o aterramento de um sistema de proteo contra descargas atmosfricas tratado como mencionado no item acima, mas na realidade ele bem diferente. Na realidade este "terra" deveria ser chamado de "sistema de neutralizao de cargas", devido a natureza da eletricidade atmosfrica e ao mecanismo das descargas atmosfricas. As nuvens de tempestade induzem na superfcie do solo, uma sombra de cargas eltricas de igual, porm opostos potenciais.

    Quando uma descarga eltrica atinge um ponto ou estrutura na terra, o canal ionizado (condutor de eletricidade) ento formado entre estes dois corpos (terra e nuvem), permitir a equalizao das cargas opostas. Neste momento, toda a carga eltrica induzida pela nuvem de tempestade (na superfcie da terra, nas estruturas das edificaes, nos sistema eltricos e eletrnicos, e em tudo que estiver abaixo da nuvem), dever se mover em direo ao ponto de contato da descarga, e a neutralizao dever ser processada em 20 microsegundos ou menos.

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    Desta forma, os sistemas eltrico, eletrnico, ou qualquer outra parte do local sobre influncia da nuvem, devero ter um caminho de baixa resistncia e baixa impedncia em direo ao ponto de contato de uma descarga atmosfrica.

    Desta forma, os requisitos de funcionamento de um aterramento de pra-raios no devem se restringir apenas nos baixos valores de resistncia hmica (CC- Corrente Contnua), mas tambm no caminho de baixa impedncia.

    O aterramento de interface com o solo. Dever proporcionar um contato efetivo com o solo ao redor. Isto , quanto menor a resistncia hmica entre os componentes do sistema e o solo em volta, melhor, mais eficiente e seguro o aterramento ser. Estes sistemas normalmente necessitam tambm de um ponto de referncia ao terra, uma capacidade de neutralizao das cargas eltricas induzidas pelas nuvens de tempestade e uma interface de baixa impedncia com a terra.

    Pelo exposto acima, e em particular no item 2, podemos entender a necessidade de critrios ao se projetar e instalar um sistema de proteo contra as descargas atmosfricas. A interligao dos diferentes aterramentos e condutores de descidas dos sistemas tem fundamental importncia para a efetividade e segurana desejada. Entretanto, aliceradas na aleatoriedade de ocorrncia de raios e nos perodos longos que podem ocorrer entre um evento e outro, muitas empresas prestadoras de servios da rea insistem em direcionar seus objetivos para alternativas de baixo custo e confiabilidade duvidosa. Voltamos a afirmar, uma proteo efetiva no dispensa os requisitos fundamentais: materiais de qualidade e apropriados para o uso e em quantidade necessria a atender os conceitos da boa tcnica e da evoluo da tecnologia. Logicamente, os custos esto diretamente relacionados a estes parmetros, ou seja, recebemos pelo que pagamos.

    Dicas para fazer um aterramento

    Fazer perfurao no solo com um trado de 100 mm, variando de 1,5 a 2 metros de profundidade. Enterrar a haste neste buraco. Adicionar soluo condutora, misturar terra com um talco vegetal + gua, ela atuar de duas formas:

    Vai conservar a umidade do solo Vai garantir a condutividade eltrica entre a haste e o solo.

    Fazer uma caixa de inspeo usando cano de esgoto de 100 mm com tampa, a fim de dar proteo s conexes e permitir revises peridicas da resistncia eltrica. Molhar a cada 90 dias o sistema de aterramento.

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    Esquemas

    Para Raios Os pra- raios classificam-se, segundo o tipo de captor que utilizam, em: a) Pra- raios comuns, tipo Franklin, em homenagem ao seu inventor Benjamin Franklin (1706-1790), o estadista e cientista norte americano que

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    construiu o primeiro em 1760. Em 1782, o rei Lus XVI mandou instalar um pra-raios no Louvre e em 1788 foi instalado o primeiro em Londres, na Catedral de Londres. O captador consta de uma ou mais hastes metlicas pontiagudas, em geral irradiadas, fixadas a uma base, onde preso o condutor metlico denominado "condutor de descida", cuja extremidade ligada terra. A instalao de pra-raios com captadores comuns apresentada na NBR-5.491/93 "Proteo de estruturas contra descargas atmosfricas. usado em chamins, torres e onde as reas no so maiores do que a base do cone de proteo. Campo de proteo de um captador de haste vertical o volume de um cone tendo por vrtice o ponto mais alto do pra-raios e cuja geratriz forma um angulo de 60 graus com o eixo vertical. Quando no prtico nem econmico, ou mesmo vivel, colocar-se uma torre (ou mais de uma) cuja altura assegure ao pra-raios na cobertura da edificao a proteger, interligando-se os mesmos por cabos, formando, assim, a malha que ligada terra. Esta ligao feita em vrios pontos de aterramento. Ao sistema de proteo realizado deste modo denomina-se "gaiola de Faraday" b) Pra- raios radioativos. O captador , de forma especial ou mesmo convencional, recebe uma certa quantidade de material radioativo com a finalidade de aumentar a ionizao do ar melhorando o desempenho do pra-raios. Os riscos que oferecem fizeram com que sua fabricao e utilizao fossem proibidas no Brasil e a NBR 5.419/93 nem sequer os menciona.

    O Brasil um dos pases que mais recebem raios (cerca de 100 milhes, a cada ano), com a caracterstica de carregarem cargas eltricas positivas, mais duradouros e com maior intensidade de corrente eltrica, ao contrrio do usual.

    Segundo a norma NBR 5419, da ABNT, os pra-raios devem ser instalados nos pontos mais altos do telhado, recebendo a descarga eltrica, conduzindo-a terra (normalmente atravs de cabos de cobre, protegidos por tubo de PVC) e dissipando sua energia. Para cada cabo, recomenda-se o uso de duas hastes de aterramento.

    Os sistemas de proteo mais utilizados no pas so o Franklin e a Gaiola de Faraday, embora existam os tipos dissipativo (raramente encontrado por aqui) e o radioativo, proibido devido radioatividade emitida. Suas principais caractersticas so:

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    Franklin - composto por um captor, montado sobre um mastro metlico, que ligado a cabos de descida, tambm metlicos, que conduzem a eletricidade ao solo por meio do aterramento. A rea protegida gerada por um ngulo de 45 formado a partir da ponta do captor at a base do telhado. A cada 20 metros de permetro da cobertura, preciso colocar um cabo de descida. Para reas mais extensas ou casas com torres de caixa d'gua, s vezes necessrio usar mais de um captor para que toda a construo esteja protegida. Obedecendo a essa angulao, a chance de que o raio corra atravs do pra-raios de 90%.

    Gaiola de Faraday - instalado nas extremidades do telhado, consiste em uma malha de fios metlicos com pequenas hastes (com cerca de 50cm de altura), conectadas a cada 8 metros, que recebem as descargas eltricas. Essa malha, que deve ter mdulos de, no mximo, 10 x 15m, conectada aos cabos de descida, que esto ligados s hastes de aterramento. Tambm possvel usar as ferragens das colunas da construo como descida, o que requer a indicao pelo engenheiro, durante a elaborao do projeto estrutural, do uso de alguns ferros a mais, com bitola apropriada, que sero ligados malha da Gaiola. O aterramento acontece automaticamente, j que as ferragens esto amarradas no baldrame de fundao.

    Dissipativo - o sistema se baseia na no formao de raios, ou seja, emprega dispositivos metlicos dissipadores, que tm a funo de dispersar a corrente eltrica vinda do solo, impedindo que ela se encontre com a fasca formada nas nuvens, choque esse que d origem ao raio. Mais caro que os outros sistemas, seu uso se restringe a grandes construes, como indstrias e torres de antenas de TV e de rdio.

    Os pra-raios protegem exclusivamente a construo. Para a segurana de equipamentos eletroeletrnicos, so necessrios os supressores de surto de tenso, evitando que as descargas eltricas vindas pelos cabos de fora e de telefone atinjam e queimem os equipamentos. possvel ter um para cada aparelho, porm, o mais importante instalar um supressor mais potente no quadro de entrada de fora da casa e outro na entrada de telefone. De qualquer forma, isso exigir o trabalho de empresa especializada, a quem caber dimensionar a carga necessria e instalar os aparelhos.

    Que so os Relmpagos?

    Relmpagos so descargas eltricas de alta intensidade que ocorrem na atmosfera. A maior parte delas ocorre dentro das nuvens e vista por ns apenas como clares. Porm, uma parte delas sai das nuvens e dirige-se para o solo, atingindo-o. A estas descargas damos o nome de raios.

    So os raios que preocupam tanto os homens, devido ao seu poder de causar, muitas vezes, prejuzos e mortes.

    Quais os principais prejuzos causados pelos raios?

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    O Brasil atingido, todo ano, por cerca de 100 milhes de raios. Em nosso pas os raios possuem uma intensidade mdia de 40.000 Ampres, isto , cerca de 10.000 vezes maior que a intensidade da corrente que circula nos aparelhos eltricos em nossas residncias. Devido a isto, os raios, quando atingem um objeto, geralmente causam grandes danos. Exemplos disso so as queimas de aparelhos eletrnicos, como computadores, ou mesmo a interrupo de energia eltrica.

    Embora seja difcil determinar o total dos prejuzos causados pelos raios sociedade, acredita-se que, s no estado de So Paulo, eles sejam da ordem de centenas de milhes de reais a cada ano. Os raios tambm podem atingir as pessoas, causando srios ferimentos ou at mesmo a morte.

    No Brasil cerca de 200 pessoas morrem, por ano, atingidas por raios.

    Para que servem os Pra-raios?

    Os pra-raios so hastes metlicas ligadas por cabos condutores ao solo, colocadas nos telhados das residncias de modo a criar um caminho por onde o raio possa passar em direo ao solo, sem causar danos.

    No solo ele se dissipa. Embora os pra-raios no protejam totalmente uma residncia, o seu uso, nos ltimos dois sculos, tem diminudo consideravelmente os acidentes provocados por raios.

    Pra-raios tambm so usados em barcos, torres de televiso e rdio e torres de transmisso e distribuio de energia eltrica.

    Como se proteger dos Raios?

    Os raios so perigosos. Por isso importante evitar algumas situaes de risco. Em geral, os raios atingem um s ponto no solo, mas algumas vezes eles se ramificam e podem atingir vrios locais.

    Quando algum atingido diretamente por um raio, pode sofrer uma parada cardaca e respiratria. Mesmo nesses casos, a pessoa tem chances de sobrevivncia. Para tanto, ela deve receber atendimento imediato, com massagem cardaca e respirao artificial boca a boca. Dados obtidos nos Estados Unidos mostram que um entre 50 indivduos que sofrem de parada cardaca e respiratria, devido a raios, sobrevive.

    As pessoas tambm podem ser atingidas atravs de correntes eltricas que se propagam pelo solo a partir do ponto que o raio atingiu. Uma em cada seis pessoas atingidas diretamente por um raio morre. Entre as que conseguem sobreviver, muitas apresentam, para o resto de suas vidas, problemas de sade em geral.

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    Diante dessa realidade, muito importante saber se proteger. Mas como isso pode ser feito? Os raios caem nos pontos mais altos de um determinado lugar. Da ser importante evitar segurar objetos como varas e empinar pipas, no ficar em p em lugares descampados e planos e no permanecer em locais altos, como, por exemplo, o topo das montanhas.

    Para se prevenir da ao dos raios atravs das correntes eltricas que circulam pelo solo, deve-se evitar ficar dentro dgua e tambm prximo de rvores. Outros riscos so as descargas menores que se formam a partir do raio. Para garantir a segurana, no se deve ficar prximo de cercas ou de cabos de ligao do pra-raio com o solo.

    Mas qual a ao correta diante de uma tempestade sbita? O ideal ficar dentro de casa. Quando isso no for possvel, procurar um abrigo ou tentar permanecer no carro. No entanto, se o local for descampado, o correto ficar agachado, de preferncia calando botas com sola de borracha.

    7- NORMAS REGULAMENTADORAS

    NR-08 EDIFICAES

    Publicao D.O.U. Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78. Atualizaes/Alteraes D.O.U. Portaria SSMT n. 12, de 06 de outubro de 1983 14/06/83. Portaria SIT n. 23, de 09 de outubro de 2001 01/11/01. Portaria SIT n. 222, de 06 de maio de 2011 10/05/11. 8.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos tcnicos mnimos que devem ser observados nas edificaes, para garantir segurana e conforto aos que nelas trabalhem. 8.2. Os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto, p direito, de acordo com as posturas municipais, atendidas as condies de conforto, segurana e salubridade, estabelecidas na Portaria 3.214/78. (Alterado pela Portaria SIT n. 23, de 09 de outubro de 2001). 8.2.1. (Revogado pela Portaria SIT n. 23, de 09 de outubro de 2001). 8.3. Circulao. 8.3.1. Os pisos dos locais de trabalho no devem apresentar salincias nem depresses que prejudiquem a circulao de pessoas ou a movimentao de materiais. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983).

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    8.3.2. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeam a queda de pessoas ou objetos. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983). 8.3.3. Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistncia suficiente para suportar as cargas mveis e fixas, para as quais a edificao se destina. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983). 8.3.4. As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construdas de acordo com as normas tcnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservao. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983). 8.3.5. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de escorregamento, sero empregados materiais ou processos antiderrapantes. 8.3.6 Os andares acima do solo devem dispor de proteo adequada contra quedas, de acordo com as normas tcnicas e legislaes municipais, atendidas as condies de segurana e conforto. (Alterado pela Portaria SIT n. 222, de 06 de maio de 2011). 8.4. Proteo contra intempries. 8.4.1. As partes externas, bem como todas as que separem unidades autnomas de uma edificao, ainda que no acompanhem sua estrutura, devem, obrigatoriamente, observar as normas tcnicas oficiais relativas resistncia ao fogo, isolamento trmico, isolamento e condicionamento acstico, resistncia estrutural e impermeabilidade. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983). 8.4.2. Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessrio: impermeabilizados e protegidos contra a umidade. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983). 8.4.3. As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteo contra as chuvas. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983). 8.4.4. As edificaes dos locais de trabalho devem ser projetadas e construdas de modo a evitar insolao excessiva ou falta de insolao. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 06 de outubro de 1983). NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS. Publicao D.O.U. Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78. Alteraes/Atualizaes D.O.U.

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    Portaria SIT n. 56, de 17 de julho de 2003 06/07/03. Portaria SIT n. 82, de 01 de junho de 2004 02/06/04. 11.1 Normas de segurana para operao de elevadores, guindastes, transportadores industriais e mquinas transportadoras. 11.1.1 Os poos de elevadores e monta-cargas devero ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessrias nos pavimentos. 11.1.2 Quando a cabina do elevador no estiver ao nvel do pavimento, a abertura dever estar protegida por corrimo ou outros dispositivos convenientes. 11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentao de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, sero calculados e construdos de maneira que ofeream as necessrias garantias de resistncia e segurana e conservados em perfeitas condies de trabalho. 11.1.3.1 Especial ateno ser dada aos cabos de ao, cordas, correntes, roldanas e ganchos que devero ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. 11.1.3.2 Em todo o equipamento ser indicado, em lugar visvel, a carga mxima de trabalho permitida. 11.1.3.3 Para os equipamentos destinados movimentao do pessoal sero exigidas condies especiais de segurana. 11.1.4 Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mos. 11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com fora motriz prpria, o operador dever receber treinamento especfico, dado pela empresa, que o habilitar nessa funo. 11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado devero ser habilitados e s podero dirigir se durante o horrio de trabalho portarem um carto de identificao, com o nome e fotografia, em lugar visvel. 11.1.6.1 O carto ter a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidao, o empregado dever passar por exame de sade completo, por conta do empregador. 11.1.7 Os equipamentos de transporte motorizados devero possuir sinal de advertncia sonora (buzina).

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    11.1.8 Todos os transportadores industriais sero permanentemente inspecionados e as peas defeituosas, ou que apresentem deficincias, devero ser imediatamente substitudas. 11.1.9 Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emisso de gases txicos, por mquinas transportadoras, dever ser controlada para evitar concentraes, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissveis. 11.1.10 Em locais fechados e sem ventilao, proibida a utilizao de mquinas transportadoras, movidas a motores de combusto interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados. 11.2 Normas de segurana do trabalho em atividades de transporte de sacas. 11.2.1 Denomina-se, para fins de aplicao da presente regulamentao a expresso "Transporte manual de sacos" toda atividade realizada de maneira contnua ou descontnua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga suportado, integralmente, por um s trabalhador, compreendendo tambm o levantamento e sua deposio. 11.2.2 Fica estabelecida a distncia mxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de um saco. 11.2.2.1 Alm do limite previsto nesta norma, o transporte descarga dever ser realizado mediante impulso de vagonetes, carros, carretas, carros de mo apropriados, ou qualquer tipo de trao mecanizada. 11.2.3 vedado o transporte manual de sacos, atravs de pranchas, sobre vos superiores a 1,00m (um metro) ou mais de extenso. 11.2.3.1 As pranchas de que trata o item 11.2.3 devero ter a largura mnima de 0,50m (cinquenta centmetros). 11.2.4 Na operao manual de carga e descarga de sacos, em caminho ou vago, o trabalhador ter o auxlio de ajudante. 11.2.5 As pilhas de sacos, nos armazns, devem ter altura mxima limitada ao nvel de resistncia do piso, forma e resistncia dos materiais de embalagem e estabilidade, baseada na geometria, tipo de amarrao e inclinao das pilhas. (Alterado pela Portaria SIT n. 82, de 01 de junho de 2004). 11.2.6 (Revogado pela Portaria SIT n. 82, de 01 de junho de 2004). 11.2.7 No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dadas ou empilhadeiras.

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    11.2.8 Quando no for possvel o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a utilizao de escada removvel de madeira, com as seguintes caractersticas: a) lance nico de degraus com acesso a um patamar final; b) a largura mnima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimenses mnimas de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro) e a altura mxima, em relao ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e cinco centmetros); c) dever ser guardada proporo conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, no podendo o espelho ter altura superior a 0,15cm (quinze centmetros), nem o piso largura inferior a 0,25cm vinte e cinco centmetros); d) dever ser reforada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metlica ou de madeira que assegure sua estabilidade; e) dever possuir, lateralmente, um corrimo ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda a extenso; f) perfeitas condies de estabilidade e segurana, sendo substituda imediatamente a que apresente qualquer defeito. 11.2.9 O piso do armazm dever ser constitudo de material no escorregadio, sem aspereza, utilizando-se, de preferncia, o mastique asfltico, e mantido em perfeito estado de conservao. 11.2.10 Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados. 11.2.11 A empresa dever providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria. 11.3 Armazenamento de materiais. 11.3.1 O peso do material armazenado no poder exceder a capacidade de carga calculada para o piso. 11.3.2 O material armazenado dever ser disposto de forma a evitar a obstruo de portas, equipamentos contra incndio, sadas de emergncias, etc. 11.3.3. Material empilhado dever ficar afastado das estruturas laterais do prdio a uma distncia de pelo menos 0,50m (cinquenta centmetros). 11.3.4 A disposio da carga no dever dificultar o trnsito, a iluminao, e o acesso s sadas de emergncia.

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    11.3.5 O armazenamento dever obedecer aos requisitos de segurana especiais a cada tipo de material. 11.4 Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mrmore, Granito e outras rochas. (Acrescentado pela Portaria SIT n. 56, de 17 de setembro de 2003). 11.4.1 A movimentao, armazenagem e manuseio de chapas de mrmore, granito e outras rochas deve obedecer ao disposto no Regulamento Tcnico de Procedimentos constante no Anexo I desta NR. (Acrescentado pela Portaria SIT n. 56, de 17 de setembro de 2003). ANEXO I DA NR-11 Publicao D.O.U. Portaria SIT n. 56, 17 de setembro de 2003 17/09/03. REGULAMENTO TCNICO DE PROCEDIMENTOS PARA MOVIMENTAO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE CHAPAS DE MRMORE, GRANITO E OUTRAS ROCHAS. 1. Fueiros 1.1. As chapas serradas, ainda sobre o carro transportador e dentro do alojamento do tear, devem receber proteo lateral para impedir a queda das mesmas - proteo denominada L ou Fueiro, observando-se os seguintes requisitos mnimos: a) os equipamentos devem ser calculados e construdos de maneira que ofeream as necessrias garantias de resistncia e segurana e conservados em perfeitas condies de trabalho; b) em todo equipamento ser indicado, em lugar visvel, o nome do fabricante, o responsvel tcnico e a carga mxima de trabalho permitida; c) os encaixes dos L (Fueiros) devem possuir sistema de trava que impea a sada acidental dos mesmos. 2. Carro porta-bloco e Carro transportador 2.1. O uso de carros porta-bloco e carros transportadores devem obedecer aos seguintes requisitos mnimos: a) os equipamentos devem ser calculados e construdos de maneira que ofeream as necessrias garantias de resistncia e segurana e serem conservados em perfeitas condies de trabalho, atendendo as instrues do fabricante; b) em todo equipamento deve ser indicado, em lugar visvel, o nome do fabricante, o responsvel tcnico e a carga mxima de trabalho permitida;

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    c) tanto o carro transportador como o porta-bloco devem dispor de proteo das partes que ofeream risco para o operador, com ateno especial aos itens: - condies dos cabos de ao; - ganchos e suas protees; - proteo das roldanas; - proteo das rodas do carro; - proteo das polias e correias; - proteo das partes eltricas. d) o operador do carro transportador e do carro porta-bloco, bem como a equipe que trabalhar na movimentao do material, deve receber treinamento adequado e especfico para a operao; e) alm de treinamento, informaes e instrues, os trabalhadores devem receber orientao em servio, que consistir de perodo no qual desenvolvero suas atividades sob orientao de outro trabalhador experiente ou sob superviso direta, com durao mnima de trinta dias; f) para operao de mquinas, equipamentos ou processos diferentes daqueles a que o operador estava habituado, deve ser feito novo treinamento, de modo a qualific-lo utilizao dos mesmos; g) aps a retirada do carro porta-bloco do alojamento do tear, as protees laterais devem permanecer at a retirada de todas as chapas; h) nenhum trabalho pode ser executado com pessoas entre as chapas; i) devem ser adotados procedimentos para impedir a retirada de chapas de um nico lado do carro transportador, com objetivo de manter a estabilidade do mesmo; j) a operao do carro transportador e do carro porta-bloco deve ser realizada, por no mnimo duas pessoas treinadas conforme a alnea d. 3. Ptio de Estocagem 3.1. Nos locais do ptio onde for realizada a movimentao e armazenagem de chapas, devem ser observados os seguintes critrios: a) O piso no deve ser escorregadio, no ter salincias e ser horizontal, facilitando o deslocamento de pessoas e materiais; b) O piso deve ser mantido em condies adequadas devendo a empresa garantir que o mesmo tenha resistncia suficiente para suportar as cargas usuais; c) Recomenda-se que a rea de armazenagem de chapas seja protegida contra intempries.

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    3.2. As empresas que estejam impedidas de atender ao prescrito no item 3.1 devem possuir projeto alternativo com as justificativas tcnicas da impossibilidade alm de medidas acessrias para garantir segurana e conforto nas atividades de movimentao e armazenagem das chapas. 4. Cavaletes 4.1. Os cavaletes devem estar instalados sobre bases construdas de material resistente e impermevel, de forma a garantir perfeitas condies de estabilidade e de posicionamento, observando-se os seguintes requisitos: a) os cavaletes devem garantir adequado apoio das chapas e possuir altura mnima de um metro e cinquenta centmetros; b) os cavaletes verticais devem ser compostos de sees com largura mxima de vinte e dois centmetros; c) os palitos dos cavaletes verticais devem ter espessura que possibilite resistncia aos esforos das cargas usuais e serem soldados, garantindo a estabilidade e impedindo o armazenamento de mais de dez chapas em cada seo; d) cada cavalete vertical deve ter no mximo seis metros de comprimento com um reforo nas extremidades; e) deve ser garantido um espao, devidamente sinalizado, com no mnimo oitenta centmetros entre cavaletes verticais; f) a distncia entre cavaletes e as paredes do local de armazenagem deve ser de no mnimo cinquenta centmetros; g) os cavaletes devem ser conservados em perfeitas condies de uso; h) em todo cavalete deve ser indicado, em lugar visvel, o nome do fabricante, o responsvel tcnico e a carga mxima de trabalho permitida; i) a rea de circulao de pessoas deve ser demarcada e possuir no mnimo um metro e vinte centmetros de largura; j) o espao destinado para carga e descarga de materiais deve possuir largura de, no mnimo, uma vez e meia a largura do maior veculo utilizado e ser devidamente demarcado no piso; l) os cavaletes em formato triangular devem ser mantidos em adequadas condies de utilizao, comprovadas por vistoria realizada por profissional legalmente habilitado;

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    m) as atividades de retirada e colocao de chapas em cavaletes devem ser realizadas sempre com pelo menos uma pessoa em cada extremidade da chapa. 4.2. Recomenda-se a adoo de critrios para a separao no armazenamento das chapas, tais como cor, tipo do material ou outros critrios de forma a facilitar a movimentao das mesmas. 4.3. Recomenda-se que as empresas mantenham, nos locais de armazenamento, os projetos, clculos e as especificaes tcnicas dos cavaletes. 5. Movimentao de chapas com uso de ventosas 5.1. Na movimentao de chapas com o uso de ventosas devem ser observados os seguintes requisitos mnimos: a) a potncia do compressor deve atender s necessidades de presso das ventosas para sustentar as chapas quando de sua movimentao; b) as ventosas devem ser dotadas de vlvulas de segurana, com acesso facilitado ao operador, respeitando os aspectos ergonmicos; c) as mangueiras e conexes devem possuir resistncia compatvel com a demanda de trabalho; d) as ventosas devem ser dotadas de dispositivo auxiliar que garanta a conteno da mangueira, evitando seu ricocheteamento em caso de desprendimento acidental; e) as mangueiras devem estar protegidas, firmemente presas aos tubos de sada e de entrada e, preferencialmente, afastadas das vias de circulao; f) o fabricante do equipamento deve fornecer manual de operao em portugus, objetivando treinamento do operador; g) as borrachas das ventosas devem ter manuteno peridica e imediata substituio em caso de desgaste ou defeitos que as tornem imprprias para uso; h) o empregador deve destinar rea especfica para a movimentao de chapas com uso de ventosa, de forma que o trabalho seja realizado com total segurana; esta rea deve ter sinalizao adequada na vertical e no piso; i) procedimentos de segurana devem ser adotados para garantir a movimentao segura de chapas na falta de energia eltrica.

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    5.2. Recomenda-se que os equipamentos de movimentao de chapas, a vcuo, possuam alarme sonoro e visual que indiquem presso fora dos limites de segurana estabelecidos. 6. Movimentao de chapas com cabos de ao, cintas, correias e correntes: 6.1. Na movimentao de chapas, com a utilizao de cabos de ao, cintas, correias e correntes, devem ser levadas em conta a capacidade de sustentao das mesmas e a capacidade de carga do equipamento de iar, atendendo as especificaes tcnicas e recomendaes do fabricante. 6.2. Correntes e cabos de ao devem ser adquiridos exclusivamente de fabricantes ou de representantes autorizados, sendo proibida a aquisio de sucatas, em especial de atividades porturias. 6.3. O empregador deve manter as notas fiscais de aquisio dos cabos de ao e correntes no estabelecimento disposio da fiscalizao. 6.4. Em todo equipamento deve ser indicado, em lugar visvel, o nome do fabricante, o responsvel tcnico e a carga mxima de trabalho permitida. 6.5. Os cabos de ao, correntes, cintas e outros meios de suspenso ou trao e suas conexes, devem ser instalados, mantidos e inspecionados conforme especificaes tcnicas do fabricante. 6.6. O empregador deve manter em arquivo prprio o registro de inspeo e manuteno dos cabos de ao, cintas, correntes e outros meios de suspenso em uso. 6.7. O empregador deve destinar rea especfica com sinalizao adequada, na vertical e no piso, para a movimentao de chapas com uso de cintas, correntes, cabos de ao e outros meios de suspenso. 7. Movimentao de Chapas com Uso de Garras 7.1. A movimentao de chapas com uso de garras s pode ser realizada pegando-se uma chapa por vez e por no mnimo trs trabalhadores e observando-se os seguintes requisitos mnimos: a) no ultrapassar a capacidade de carga dos elementos de sustentao e a capacidade de carga da ponte rolante ou de outro tipo de equipamento de iar, atendendo as especificaes tcnicas e recomendaes do fabricante; b) todo equipamento de iar deve ter indicado, em lugar visvel, o nome do fabricante, o responsvel tcnico e a carga mxima de trabalho permitida;

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    c) as reas de movimentao devem propiciar condies de forma que o trabalho seja realizado com total segurana e serem sinalizadas de forma adequada, na vertical e no piso. 7.2. As empresas devem ter livro prprio para registro de inspeo e manuteno dos elementos de sustentao usados na movimentao de chapas com uso de garras. 7.2.1. As inspees e manutenes devem ser realizadas por profissional legalmente habilitado e dado conhecimento ao empregador. 8. Disposies Gerais 8.1. Durante as atividades de preparao e retirada de chapas serradas do tear devem ser toma das providncias para impedir que o quadro inferior porta lminas do tear caia sobre os trabalhadores. 8.2. As instrues, visando a informao, qualificao e treinamento dos trabalhadores, devem ser redigidas em linguagem compreensvel e adotando metodologias, tcnicas e materiais que facilitem o aprendizado para preservao de sua segurana e sade. 8.3. Na construo dos equipamentos utilizados na movimentao e armazenamento de chapas devem ser observadas no que couber, as especificaes das normas da ABNT e outras nacionalmente aceitas. 8.4. Fica proibido o armazenamento e a disposio de chapas sobre paredes, colunas, estruturas metlicas ou outros locais que no sejam os cavaletes especificados neste Regulamento Tcnico de Procedimentos. 9. Glossrio: Carro porta-bloco: Carro que fica sob o tear com o bloco; Carro transportador: Carro que leva o carro porta-bloco at o tear. Cavalete triangular: Pea metlica em formato triangular com uma base de apoio usado para armazenagem de chapas de mrmore, granito e outras rochas. Cavalete vertical: Pea metlica em formato de pente colocado na vertical apoiado sobre base metlica, usado para armazenamento de chapas de mrmore, granito e outras rochas. Fueiro: Pea metlica em formato de L (para os carros porta-bloco mais antigos), ou simples, com um de seus lados encaixados sobre a base do carro porta-bloco, que tem por finalidade garantir a estabilidade das chapas durante e aps a serrada e enquanto as chapas estiverem sobre o carro. Palitos: Hastes metlicas usadas nos cavaletes verticais para apoio das chapas de mrmore, granito e outras rochas.

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    Chapas de mrmore ou granito: Produto da serragem do bloco, com medidas variveis podendo ser de trs metros por um metro e cinquenta centmetros com espessuras de dois a trs centmetros. Tear: Equipamento robusto composto de um quadro de lminas de ao, que apoiadas sobre o bloco de pedra; quando acionadas, fazem um movimento de vai e vem, serrando a pedra de cima para baixo sendo imprescindvel o uso gradual de areia, granalha de ao e gua para que seja possvel o transpasse do bloco de rochas. Cintas: Equipamento utilizado para a movimentao de cargas diversas. Ventosa: Equipamento a vcuo usado na movimentao de chapas de mrmore, granito e outras rochas. NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSO 13.1 Caldeiras a vapor - disposies gerais

    13.1.1 Caldeiras a vapor so equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sobre presso superior atmosfrica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.

    13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem competncia legal para o exerccio da profisso de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construo, acompanhamento operao e manuteno, inspeo e superviso de inspeo de caldeiras e vasos de presso, em conformidade com a regulamentao profissional vigente no Pas.

    13.1.3 Presso Mxima de Trabalho Permitida - PMTP ou Presso Mxima de Trabalho Admissvel - PMTA o maior valor de presso compatvel com o cdigo de projeto, a resistncia dos materiais utilizados, as dimenses do equipamento e seus parmetros operacionais.

    13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:

    a) vlvula de segurana com presso de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA; (113.071-4)

    b) instrumento que indique a presso do vapor acumulado; (113.072-2).

    c) injetor ou outro meio de alimentao de gua, independente do sistema principal, em caldeira combustvel slido; (113.073-0).

    d) sistema de drenagem rpida de gua, em caldeiras de recuperao de lcalis; (113.074-9).

    e) sistema de indicao para controle do nvel de gua ou outro sistema que evite o superaquecimento por alimentao deficiente. (113.075-7)

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    13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fcil acesso e bem visvel, placa de identificao indelvel com, no mnimo, as seguintes informaes: (113.001-3 / I2)

    a) fabricante;

    b) nmero de ordem dado pelo fabricante da caldeira;

    c) ano de fabricao;

    d) presso mxima de trabalho admissvel;

    e) presso de teste hidrosttico;

    f) capacidade de produo de vapor;

    g) rea de superfcie de aquecimento;

    h) cdigo de projeto e ano de edio.

    13.1.5.1 Alm da placa de identificao, devem constar em local visvel, a categoria da caldeira, conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e seu nmero ou cdigo de identificao.

    13.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estive instalada, a seguinte documentao, devidamente atualizada:

    a) "Pronturio da Caldeira", contendo as seguintes informaes: (113.002-1 / I3).

    - cdigo de projeto e ano de edio;

    - especificao dos materiais;

    - procedimentos utilizados na fabricao, montagem, inspeo final e determinao da PMTA;

    - conjunto de desenhos e demais dados necessrios para o monitoramento da vida til da caldeira;

    - caractersticas funcionais;

    - dados dos dispositivos de segurana;

    - ano de fabricao;

    - categoria da caldeira;

    b) "Registro de Segurana", em conformidade com o subitem 13.1.7; (113.003-0 / I4).

    c) "Projeto de Instalao", em conformidade com o item 13.2; (113.004-8 / I4).

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    d) "Projetos de Alterao ou Reparo", em conformidade com os subitens 13.4.2 e 13.4.3; (113.005-6 / I4).

    e) "Relatrios de Inspeo", em conformidade com os subitens 13.5.11, 13.5.12 e 13.5.13.

    13.1.6.1 Quando inexistente ou extraviado, o "Pronturio da Caldeira" deve ser reconstit