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Processo de Produção e Destilação de Álcool O processo de produção do álcool consiste nas seguintes etapas: - O caldo misto extraído das três moendas é enviado a um tanque de onde se faz a divisão do caldo para o processo de açúcar e álcool. - O caldo enviado para o processo de álcool, após sair do tanque pulmão, passa por um processo de peneiragem em peneiras estáticas para retirada do sólidos em suspensão (bagacilho). A seguir, esse caldo é bombeado para um trocador – regenerador de calor a placas (2) AX 30, onde é aquecido de 30ºC para 65ºC em contra corrente com o caldo clarificado/pré – evaporado, ou seja, ao mesmo tempo em que o caldo misto é aquecido, o caldo clarificado/pré-evaporado é resfriado proporcionalmente. - O caldo misto aquecido a 65ºC e segue para o processo de dosagem, onde o caldo passa por um processo de correção de pH, elevando-o de 5,5 para 6,8. - Após a correção de pH, o caldo misto passa a se chamar caldo dosado, que é enviado para oito aquecedores horizontais, onde é aquecido de 65ºC para 105ºC. Este caldo a 105ºC sofre um flasheamento no bolão de flash para a retirada do ar de seu interior e vai para os decantadores (2 decantadores com capacidade de 850m3 cada). - Nos decantadores, o caldo sofre o processo de clarificação, onde ocorre a separação, por um lado do caldo clarificado e por outro lado do lodo. - O lodo segue para um tanque pulmão de lodo e, a seguir, é enviado para os filtros rotativos a vácuo, de onde se obtem o caldo filtrado e a torta.

Processo de Produção de Álcool e Açucar

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Processo de Produo e Destilao de lcool

O processo de produo do lcool consiste nas seguintes etapas:

- O caldo misto extrado das trs moendas enviado a um tanque de onde se faz a diviso do caldo para o processo de acar e lcool.- O caldo enviado para o processo de lcool, aps sair do tanque pulmo, passa por um processo de peneiragem em peneiras estticas para retirada do slidos em suspenso (bagacilho). A seguir, esse caldo bombeado para um trocador regenerador de calor a placas (2) AX 30, onde aquecido de 30C para 65C em contra corrente com o caldo clarificado/pr evaporado, ou seja, ao mesmo tempo em que o caldo misto aquecido, o caldo clarificado/pr-evaporado resfriado proporcionalmente.

- O caldo misto aquecido a 65C e segue para o processo de dosagem, onde o caldo passa por um processo de correo de pH, elevando-o de 5,5 para 6,8.

- Aps a correo de pH, o caldo misto passa a se chamar caldo dosado, que enviado para oito aquecedores horizontais, onde aquecido de 65C para 105C. Este caldo a 105C sofre um flasheamento no bolo de flash para a retirada do ar de seu interior e vai para os decantadores (2 decantadores com capacidade de 850m3 cada).

- Nos decantadores, o caldo sofre o processo de clarificao, onde ocorre a separao, por um lado do caldo clarificado e por outro lado do lodo.

- O lodo segue para um tanque pulmo de lodo e, a seguir, enviado para os filtros rotativos a vcuo, de onde se obtem o caldo filtrado e a torta.

- O caldo filtrado se recicla no processo, mais especificamente na dosagem, recuperando o acar presente no lodo; a torta enviada para a lavoura para servir como adubo.Fermentao:- O mosto preparado enviado para as dornas de fermentao. So 28 dornas de 250 m3 cada. Nas dornas, o mosto adicionado sobre o p de cuba preparado.

Preparo do p de cuba:- O vinho fermentado das dornas (mosto aps fermentao + fermento) sofre uma centrifugao visando o reaproveitamento das leveduras utilizadas na fermentao.- O vinho delevedurado enviado para a destilao.- O leite de leveduras enviado para um tratamento com a adio de gua fria, na proporo de duas partes de gua, por parte de fermento, adio de H2SO2 , at PH = 2,2 e agitado durante 3 horas.- Esse tratamento feito com cubas de 100 m3 cada. Existem 4 cubas para este tratamento de fermento. A seguir, o p de cuba enviado para a dorna de fermentao.

- Aps esta operao, inicia-se a alimentao do mosto na dorna at o seu enchimento. Deve ser respeitado um tempo de enchimento da ordem de 3 h. Depois que a dorna estiver cheia, h uma demora de 4 a 5 horas para que a fermentao se realize, ou seja, para que o acar se transforme em lcool e CO2.- Aps esta fermentao, esta dorna est pronta para sofrer centrifugao do vinho e iniciar-se um novo ciclo.Colunas:- O vinho delevedurado enviado para caixas de alimentao no piso superior da destilaria. Da, por gravidade, alimentam as colunas de destilao.- O vinho de caixa passa pelo condensador, onde condensa o lcool que sai pelo topo da coluna B. aquecido a 60C. A seguir, passa nos trocadores de calor, onde troca calor com a vinhaa; o vinho aquecido a 92C e a vinhaa resfriada a 85C K.

- O vinho aquecido a 92C alimenta a coluna A1, onde sofrer uma concentrao na produo alcolica, sendo que no interior da coluna, haver uma elevao dos vapores ricos em lcool e uma descida do lquido condensado pobre em lcool. Esse lquido pobre em lcool (vinhaa), ao atingir o fundo da coluna A, retirado.

- Dos vapores ricos em lcool, uma parte alimenta a coluna de purificao D e outra parte alimenta a coluna B sob a forma de flegma, cuja concentrao de 50% de lcool em volume e 50% em gua + resduos formados por lcoois superiores, aldeidos, estere, etc.- Os vapores que caem do topo da coluna D so condensados em dois condensadores (R e R1), utilizando gua como refrigerante. Do vapor condensado em R e R1, parte reflui para a coluna D e parte retirada como lcool de segunda para tancagem.

- O flegma que foi alimentado na coluna B1 sofrer um processo de purificao e concentrao; pelo topo da coluna B saem os vapores de lcool 94 GL hidratado. Pelo fundo de B1 sai um lquido aquoso isento de lcool que denominado flegmaa. Essa flegmaa retorna para o preparo do fermento.- Os vapores alcolicos que saem da coluna B so condensados nos condensadores E, E1 e E2, sendo que no E o lquido refrigerante o vinho que vai alimentar a coluna. Nos condensadores E1 e E2 o refrigerante a gua.- Todo esse vapor alcolico condensado retorna como refluxo para a coluna B e um pouco mais abaixo da entrada desse refluxo, feita a retirada de lcool hidratado. Esse lcool vai para um tanque medidor e a seguir bombeado para os tanques de armazenagem.

- Na coluna B1 existem tomadas de retirada de leos altos (esteres, acetatos) e leos baixos (leo fusel). Estas retiradas so resfriadas numa resfriadeira TQO2 e a seguir enviadas para o decantador de leo fusel. Desse decantador saem dois produtos: leo alto, que misturado ao lcool de segunda e leo fusel, que retirado e armazenado.

Produo de lcool anidroO processo de produo do lcool anidro consiste nas seguintes etapas:

- O lcool hidratado, retirado da coluna B para produzir lcool anidro, passa pela vlvula 2 que est aberta e vlvula 1 que est fechada.- Aps passar pela vlvula 2, vai para um aquecedor de lcool QO3 e, a seguir, alimenta a coluna C. Esta coluna a coluna desidratadora.- Essa coluna recebe alimentao de lcool hidratado e ciclo-hexano. Devido a adio de ciclo-hexano, forma-se uma mistura de ciclo-hexano, gua e etanol. Essa mistura azeotrpica retirada pelo topo da coluna C.- Os vapores que saem da coluna C (mistura azeotrpica) so enviados para dois condensadores denominados H e H1, onde so resfriados com gua. Todo o condensado misturado com ciclo-hexano puro (reposio) proveniente da caixa W1.

- A seguir, recebe o condensado proveniente do condensador I, que trabalha ligado a coluna P. Todo esse condensado enviado para um decantador de ciclo-hexano, que est no topo da coluna C.- Nesse decantador, ocorre a separao de duas camadas, sendo que a superior, rica em ciclo-hexano, retorna para a coluna C como refluxo.- A camada inferior, rica em gua e pobre em ciclo-hexano, enviada para a coluna de recuperao de ciclo-hexano P. Essa coluna fornece gua como produto de fundo e pelo topo saem os vapores ricos em ciclo-hexano que vo ser condensados no condensador I.- Desse condensador I, uma parte segue pela linha 17 que entra na coluna C e a outra parte segue pela linha 22 e entra na coluna P como refluxo.- O lcool anidro que sai do fundo da coluna C enviado para a resfriadeira J e, a seguir, enviado para o tanque medidor TQO2. Depois disso, enviado para os tanques de armazenamento.- lcool anidro d = 0,79 kg/litro a 20C, ou seja: 100 litros de lcool anidro, pesam 79 kg a 20C.

Processo de produo do acar

A refinaria de acar uma unidade de operao que pode existir independente de ser anexa ou no a uma unidade produtora de acar ou de uma usina sucroalcooleira. na refinaria que acontece a reduo de cor da matria-prima recebida: acar cristal e ou acar VHP (Very High Polarity). A obteno de acar refinado classificada pela cor que o enquadram em tipos slidos e lquidos, sendo:- Acar refinado granulado, formado por cristais uniformes e definidos dentro de um padro granulomtrico.- Acar refinado amorfo, sem formato definido com baixa granulometria (o Brasil o nico pas do mundo que ainda produz este acar).- Acar refinado lquido sacarose, soluo lquida aquosa contendo aproximadamente 70% de sacarose pura, utilizado na formulao de produtos cujo componente sacarose, como refrigerantes e bolos.- Acar refinado lquido invertido, soluo lquida de glicose e frutose obtidas da quebra da molcula de sacarose, possui elevada concentrao dos acares.A filtrao existe em todas as etapas do processo de refino, desde a fase inicial de dissoluo da matria-prima componente, com peneiras estticas do tipo inclinada ou peneiras vibratrias, compostas por tecidos sintticos ou metlicos. Chapas perfuradas ou perfis trapezoidais so utilizados para a classificao das caldas formadas em funo do grau de classificao exigido.Nesta etapa, na fase de dissoluo, tambm se utilizam filtros tipo cesto composto por perfis trapezoidais, que retm os cristais slidos perpendicularmente ao fluxo de calda, at que estes slidos sejam totalmente dissolvidos. Na seqncia do processo, composto normalmente pelas etapas de flotao, so realizadas filtraes com uso de Deep Bed Filter, mais conhecido como filtro de leito profundo, com vasos pressurizados e leitos compostos por elementos de filtrao ou grades compostas por perfis trapezoidais. Esta etapa que objetiva a separao de flocos formados no processo anterior, tambm pode ser realizada com filtros de presso que se auxiliam com uso de meio filtrante formado por capas filtrantes de terras e carvo vegetal.

curioso observar os processos mais antigos, que utilizavam de meios porosos orgnicos, como ossos das pernas de bovinos, que alm da realizao da separao da parte coloidal tambm objetivavam a reduo desejada de cor, pois os ossos eram calcinados em fornos obtendo sua regenerao para cada ciclo de filtrao, atualmente este processo no mais aplicvel.Na seqncia do processo, as etapas de purificao como retirada de dureza (abrandamento) das caldas e descolorao so realizadas pelos processos de troca inica, que composto pela passagem das caldas em leitos profundos contendo as resinas ativas.Finaliza o processo para obteno do acar refinado, a filtrao de polimento composta por filtros do tipo bag ou filtros cartucho, certificando uma calda de elevada pureza, reduzida a cor que a classifica como acar refinado.Nos processos para obteno de acares slidos, a forma de refinado granulado obtida pela cristalizao por evaporao a vcuo, e o acar refinado amorfo atravs da auto evaporao de uma calda superaquecida. As etapas seqentes destes produtos slidos so a de peneiramento grosseiro (retirada de caroos), secagem, resfriamento, nova classificao de peneiramento fino e, nestas operaes, alm do uso das peneiras vibratrias auxiliadas por telas metlicas, tambm existem os filtros para os particulados areos, que so recuperados com o uso de filtros de mangas que se utilizam de mantas em polister agulhado.Os acares lquidos ainda passam pelas etapas de filtrao em leito de carvo ativado para retirada de cor e odor, depois so pasteurizados e passam por sucessivas etapas de filtrao com uso de filtros bag ou cartucho.