29
PROCESOS DE MERCADO REVIS TA EUROPEA DE ECONOMiA POLITI CA VOLUMEN XIII, NUMERO 2, OTONO 2016 Articulos - William Barnet 11 y Walter E. Block: Gross (dome tic) Output -Another government con - Jose Hernandez Cabrera: El papel econ6mico del Estado: Una critica - Elias Huber: Carl Menger and the Spanish Scholastics - Sagar Hernandez r hulia: Esbozo sabre el metodo de las Ciencias Socia/es. con especial ref erencia a la economia. Una aproximaci6n desde la doctrina de la Escue/a Aust .viaca - Esteban Perez Medina: Rules and information: An integral criticism of legislation - Cesar Martinez Meseguer : La epistemologia de la Escuela Ausn·faca de economia (la funda;,1ent.1l aportaci6n de FA. Hayek a la reoria de! conocimiento) " "' Notas - Le611 M. Gomez Ri vas: Economia y religion: Los aifos sabci ticos y e 1; la tradici6n j ud eo-crisciana - Ion Pohoata: The Cooperative, a hybrid i'1slit11!ional arranaement. compatibl" market ca1Atali m - Jorge Garcia Martinez: Una teuria anarquista hayekiana. cri1ica al iusnaturalismo rothbardiano - Brecht 1,. Arnaert: Cnncept-formatwn .1ccording ;r, Rctnd 4 personal <t<Zc1ptuiior1 (and two extra pha es) -· Rafael Antonio Rivera Solorzano: Money bef ore coinage. Histo1y of pre-cn/umhian cur;-ency - Anton Alexandrovich Afa.nasyev: Asfontes da teoria qucmtiwtiva do dinhziro no Manual de Cnnfessnres de Frei Rodrigo do Porto (I 549) - Antonie Moa.r: Disonancia en e! entorno et.'lprendedor espanul Documentos - Ludwig von Mises: Lo imposibilidad def calculo econ6mico bajo el socia/ismn - Friedrich A. Hayek: Los intelectuale y el socialismo - Joseph Edward Keckeisst:n: Leyes econ6micasji.1e1ws Resenas bibliogrciflcas Noticias Sugerencias de nuevas lecturas REVISTA SEMESTRAL PUBLICADA POR UNlON EDITORIAL, CON LA COLABORACION DE LA FACULTAD DE CIENCIAS JURIDlCAS Y SOCIALES DE LA UNIVERSTDAD REY JUAN CARLOS

PROCESOS DE MERCADO - cemi.rssi.ru · TES DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO · MANUAL DE CONFESSORES EI RODRIGO DO PORTO (1549)* TTON ALEXANDROVICH AFANASYEV** d'f:f!pci6n: 25 de

Embed Size (px)

Citation preview

PROCESOS DE MERCADO REVIS TA EURO PEA DE ECONOMiA POLITI CA

VOLUMEN XIII, NUMERO 2, OTONO 2016

Articulos

- William Barnet 11 y Walter E. Block: Gross (dome tic) Output -Another government con

- Jose Hernandez Cabrera: El papel econ6mico del Estado: Una critica

- Elias Huber: Carl Menger and the Spanish Scholastics

- Sagar Hernandez r hulia: Esbozo sabre el metodo de las Ciencias Socia/es. con especial referencia a la economia. Una aproximaci6n desde la doctrina de la Escue/a Aust.viaca

- Esteban Perez Medina: Rules and information: An integral criticism of legislation

- Cesar Martinez Meseguer : La epistemologia de la Escuela Ausn·faca de economia (la funda;,1ent.1l aportaci6n de FA. Hayek a la reoria de! conocimiento) " "'

Notas

- Le611 M. Gomez Rivas: Economia y religion: Los aifos sabciticos y j11hzlare.~ e1; la tradici6n j udeo-crisciana

- Ion Pohoata: The Cooperative, a hybrid i'1slit11!ional arranaement. compatibl" i~·ithjree­

market ca1Atali m

- Jorge Garcia Martinez: Una teuria anarquista hayekiana. cri1ica al iusnaturalismo rothbardiano

- Brecht 1, . Arnaert: Cnncept-formatwn .1ccording ;r, Rctnd 4 personal <t<Zc1ptuiior1 (and two extra pha es)

-· Rafae l Antonio Rivera Solorzano: Money before coinage. Histo1y of pre-cn/umhian cur;-ency

- Anton Alexandrovich Afa.nasyev: Asfontes da teoria qucmtiwtiva do dinhziro no Manual de Cnnfessnres de Frei Rodrigo do Porto (I 549)

- Antonie Moa.r: Disonancia en e! entorno et.'lprendedor espanul

Documentos

- Ludwig von Mises: Lo imposibilidad def calculo econ6mico bajo el socia/ismn

- Friedrich A. Hayek: Los intelectuale y el socialismo

- Joseph Edward Keckeisst:n: Leyes econ6micasji.1e1ws

Resenas bibliogrciflcas

Noticias

Sugerencias de nuevas lecturas

REVISTA SEMESTRAL PUBLICADA POR UNlON EDITORIAL, CON LA COLABORACION

DE LA FACULTAD DE CIENCIAS JURIDlCAS Y SOCIALES DE LA UNIVERSTDAD REY JUAN CARLOS

TES DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO ·

MANUAL DE CONFESSORES EI RODRIGO DO PORTO (1549)*

TTON ALEXANDROVICH AFANASYEV**

d'f:f!pci6n: 25 de marzo de 2016 · ptaci6n: 10 de junio de 2016

le ensaio hist6rico investigamos as origens do Teoria Quantitativa Moeda) em Portugal do meio do Seculo d'Ouro. Temos encontra­S desta teoria no primeira sumo portuguesa do teologia moral 'confessores e Penitentes que foi composto pelo fra~.&=iscano portu­Rodrigo do Porto e foi impressa no Universidade ~e Coimbra em ~m temos encontrado a inspirac;:ao de frei Rodrigo do Porto para a 0, pensamento economico (dos teorias do prec;:o justo e do teoria Jo.do grande pensador espanhol e verdadeiro descobridor do Teo­

tdti,va do Dinheiro doutor Martinho de Azpilcueta Navarro.

s dos resultados deste artigo sao apresentados no nosso artigo espanhol la de Salamanca onde ha a referenda do manuscrito do presente artigo

, :.016: 17, nota 27). Eu queria agradecer muito os bibliotecarios portugueses afia Luisa Duda Cardia da Biblioteca Nacional de Portugal e Sr. Dr. Antonio (lia do Amaral da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, que me u,ito nesta investiga<;ao e me enviaram as c6pias das obras de Frei Rodrigo

·bem agrade<;o muito os organizadores e os participantes do V Simposio 'samiento Clasico Espanol Bases antropol6gicas de las doctrinas econ6micas en 'passou sob a dire.;;ao de professores Sr. Dr. Jose Angel Garcia Cuadrado

~ · Idoya Zoroza na Universidade de Navarra (Pamplona, 3 de novembro agrade<;o muito professor Dr. Jesus Huerta de Soto, que me enviou os seus a Escola de Salamanca, e professor Dr. Rodrigo Munoz de Juana, que me

u livro sobre Martinho de Azpilcueta Navarro. tuto Central de Economia e Matematica da Academia Russa das Ciencias vestigador cientifico ([email protected]). Universidade Nacional de In­Escola Superior de Economia. Faculdade de Neg6cios e Administrai;ao. 'a Catedra de Analitica de Neg6cios.

ercado: Revista Europea de Economfa Politica 2, Otoflo 2016, pp. 429 a 456

430 ANTON ALEXANDROVICH

Abstract: In this historic essay we have investigated the origins oft .· Theory of Money in Portugal the middle of the Golden Age. We ha ·. the origins of this theory in the first Portuguese book of moral theol de Confessores e Penitentes that was composed by the FranciscClri' friar Rodrigo do Porto and was printed in the University of Coimb. Also we have found out the inspiration from father Rodrigo do Po_ formation of economic thought (the theories of just price and . th theory) of the great Spanish thinker and true discoverer of the Guan doctor Martinho de Azpilcueta Navarro.

Palavros-chave: Teoria Quantitativa do Dinheiro (Moeda), Seculo d' nual de Confessores (1549), Rodrigo do Porto, Martim de Azpilcu~t

Keywords: Quantity Theory of Money, Golden Age, Manual de .( (1549), Rodrigo do Porto, Martinho de Azpilcueta Navarro

I INTRODU<;Ao

A Teoria Quntitativa do Dinheiro e a teoria basica da cienc nomica. Estji teoria afirma que o valor do dinheiro (em·r~f a produtos e outro dinheiro) e determinada principalme sua quantidade e muda-se [ ceteris paribus] na proporc;ao i sua quantidade.1

Como manteve Marjorie Grice-Hutchinson, Baronesa vo ppenbach (1909-2003) no seu livro The School of Salamanca· ( Teoria Quantitativa do Dinheiro foi descoberta pelo lente_.­dra de Prima de Canones nas Universidades de Salamanca bra, muito famoso, ilustre e veneravel doutor espahnol Dr nho de Azpilcueta Navarro (1492-1586) no seu Comenttirio rf de Cambios escrito com outros quarto como a adic;ao do seu · de Confessores e Penitentes no ano de 1556 (Grice-Hutchinso 52).

1 Veja-se, por exemplo, o tratamento da teoria quantitativa nos livros d modernos da macroeconomia: N. Gregory Mankiw.Principles of Macroecono edition. 2015. Page 349. e Roger A. Arnold. Economics. 12th edition. 2014. P 356.

ES DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO 431

uanto isso, o autor da primeira edic;ao do Manual de confes-enitentes (1549) (Ilustrac;ao 1) era um amigo anonimo de Az­a, um religioso da Ordem de Sao Francisco da Serafica Pre­da Piedade. Muito provavelmente este autor era Frei Rodrigo (). Portanto, e muito importante para investigar as duas coi-1.lintes: 1) a contribuic;ao de Frei Rodrigo do Porto para a Quantitativa do Dinheiro e 2) a inspirac;ao possivel de frade () do Porto para a formac;ao do pensamento economico de

o de Azpilcueta, especialmente da sua Teoria Quantitativa

II BIOGRAFIA DE FREI RODRIGO DO PORTO

meiro lugar, temos que investigar a biografia de, Rodrigo do ~··· Sabemos muito pouco a sua vida e nao sabemos as datas

do seu nascimento e da sua morte. Diogo Barbosa Machado 772), o abade da igreja paroquial de San Adrian Sever e rO da Real Academia Portuguesa, escritor e bibli6grafo por­l na sua Bibliotheca Lusitana, Historia, Critica e Chronologica formou: «Fr. Rodrigo do Porto, cujo apellido denota o lugar e deo o berc;o, religioso da Serrafica Provincia da Piedade, e !rn.eiros professores de tao austere institute, sendo Secreta­Capitulo celebrado em Borba a 8 de Setembro de 1514» (Bar­·. achado, 1752: 654). 2

~o podemos assumir que Rodrido do Porto nasceu no ulti­mestre do seculo xv e provavelmente foi contemporaneo da

iAnt6nio Pereira da Silva, OFM (1931-2012) escreve: «Sobre a paternidade do informa Barbosa Machado que o autor e Fr. Rodrigo do Porto, franciscano da

ia da Piedade, natural, como o apelido sugere, da cidade do Porto. Viveu nos xv-xvi, desconhecendo-se as datas precisas de seu nascimento e morte.

nta Barbosa Machado que Fr. Rodrigo foi dos primeiros professos de sua a e participou como secretario no capitulo custodiai (nesta altura a fundai;ao ta de Fr. Joao de Guadalupe era ainda apenas Cust6dia) celebrado em Borba a tembro de 1514. Versado em teologia moral, publicou, sob anonimato, "a suma de moral que saiu em lingua vulgar neste Reino, merecendo repetidos

do grande Doutor Martin Azpilcueta Navarro, oraculo da jurisprudencia a"» (Pereira da Silva, 1975: 369).

432 ANTON ALEXANDROVICH

primeira gerac;ao da Escola de Salamanca e da mesma um pouco mais velho) como foram Francisco de Vitoria, de Soto, Martinho de Azpilcueta, Juan de Medina.

Sabre a data da sua morte sabemos s6 que Fr. Rodrig entre 1552 e 1567. Em 1552 Fr. Rodrigo trabalhava com Navarro sabre a segunda edic;ao do Manual de Confessores~ meiro compendia portugues do Manual de Fr. Rodrigo Co sumario de confessores tirado de toda a substancia do Manual ministro provincial do Convento da Piedade4, Frei Mass vas (?-1574), que foi responsavel pela edic;ao deste Campen gues na sua dedicat6ria ao Cardeal Infante Dom Henriq sitor-m6r destes reinos, escreve: «Hum religioso da qual com sancto zello das almas, por cujo amor o filho de De emprec;o & redempc;ao copilou a substancia do Manual d sores, pera mais manualmente ser vsado & tractado do doctos, porque os mais sabios podem yr beber as fontes d nao estes Regatos. Fallecendo este Religioso da vida foyme mandado per obediencia de meus superiores que luz, & fezesse Imprimir este Compendia por parecer proueytoso ao stado ecclesiastico.» (Rodrigo do Porto,

3 0 doutor Martinho de Azpilcueta Navarro escreve no prologo segunda edicao portugesa do Manual de Confessores e penitentes (1552): <

Manual] comence a reueer tercera vez, haura ya quasi dos anos, a ruego [=autor e outros], para effecto de se imprimir otra vez: nos parescio, q mucho mejorar, para mejor merescer el dicho testimonio enel estilo, sentencias, y resoluciones, si muchas cosas embueltas y obscuras se des y declarassen, y muchas se quitassen, mudassen, y anadissen: con cuydado, y tieto, quato ta infinita, y varia difficultad, subtilidad, y utilid. comunicado esto co sus paternidades, y cosyderado, q por algunos conuenia, q esto se hiziesse en su solo nobre, ni enel solo mio, ni que lo de! uno delo del otro. Acordamos, q por la charidad Christiana, busca la gloria de Jesu Christo, el me comunicasse los trabajos, q puso yo a el los q pornia (sic) por mi parte en reformarlo, y quedasse hablassemos en el juntas, sin dezir esto puso el uno, y aquello anadio, otro, conformandonos en todo, y ij dando vnanimes, como es vno el desseado.» Rodrigo do Porto, Martin de Azpilcueta (1552), Al pio Martin de Azpilcueta Nauarro, Salud. Citamos por Pereira da Silva, 373.

4 Sabre Fr. Masseu de Elvas veja-se (Monforte, 1751: 453).

S DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO

III A AUTORIA DA PRIMEIRA EDI<;AO

DO MANUAL DE CONFESSORES (1549)

433

ia da primeira edic;ao do Manual de Confessores com grande . ilidade e atribuida a Frei Rodrigo do Porto. Na sua Bibliothe­tana, Historia, Critica e Chronologica (1741, 1752) o abade Bar­

s informa: «[Fr. Rodrigo do Porto] Foy ornado de singula­tudes, e profundamente instruido na Teologia Moral

ando sem o seu nome a obra seguinte que foy a primeira de Moral, que sahio em lingoa vulgar neste Reino mere­

espeitos elogios do grande Doutor Martinho de Azpilcuela fo Oraculo da Jurisprudencia Canonica, em cuja obra depois hou Fr. Antonio de Azurara da mesma Provincia do qual se nc;ao em seu lugar.» (Barbosa Machado, 1752: 654). 0 abade

·· confirma: « ... Manual de Confessores, e penitentes, com-como querem muitos) por Fr. Rodrigo do Port6'I~.eligioso de tituto, mas concorrendo com grande copia de doutrinas ca­s, e moraes para o mesmo Manual quando sahio illustrado outissima penna do insigne Doutor Martinho de Azpilcuela ro, cujo grande socorro confessou ter recibido na Dedicatoria dial D. Henrique do dito Manual impresso em Coimbra por

Barreira, e Joa6 de Alvres 1552.» (Barbosa Machado, 1741:

outor Martinho de Azpilcueta Navarro explicou ao cristao que o autor do Manual pela sua humildade nao quisera no­se: «Por tres respectos principalmente Christiano lector, in saberlo autor desta obra lo que me parece .... El postero mer que como el autor su humilidad no quiere nobrarse: se por apocripha, baxa y vna de por ay, con que su gran fruc­

Jmpidiesse.» (Rodrigo do Porto, 1549: El doctor Martin de lcueta Navaro al lector, Ai.) Frei Antonio Pereira da Silva es­ce: «A "altfssima humildad" celebrada por Navarro era, de , apanagio nao somente do au tor mas tambem de sua familia iosa: a provincia franciscana da Piedade. Na austeridade ger­ofessada e na humildade individual de seus membros se fil­o costume, pouco simpatico para os investigadores, de os iosos da mencionada provincia franciscana, vulgarmente

434 ANTON ALEXANDROVICH AF

conhecidos por capuchos, exercerem o apostolado da pala crita sob anonimato pessoal, limitando-se a indicar o nq instituto, medida que bastava e era outrossim necessaria p rantir a responsabilidade eclesiastica e civil das publicai; fim apost6lico em vista» (Pereira da Silva, 1975: 368)5• Na v. sabemos mais exemplos de tal humildade e tal austerida. religiosos franciscanos. No ano de 1549 em Coimbra foii o livro Prepara9am spiritual de catholicos composto tambem · anonimo religioso da ordem de Sao Francisco da Provi Piedade. Alem disso, em 1567 sob as ordens do Cardeab Dom Henrique foi publicado acima mencionado Compend maria de confessores tirado de toda a substancia do Manual co · por um anonimo frade menor da ordem de Sao Francisco a· ma provincia da Piedade. Segundo os autores do Diccionq Lingoa Portugueza (1793)6, este frade menor era Frei Anto Azurara que ajudava a Fr. Rodrigo do Porto e Dr. Marti. Azpilcueta Navarro nos seus trabalhos sobre a segunda portuguesa do Manual de Confessores (1552) e depois tr com Dr. Navarro sobre a edii;ao espanhola deste Manual

5 «Somo.~nformados na Cr6nica da Provincia da Piedade: "Somente de livros [a Provincia da Piedade] tern larn;ado poucos; porque, como nela . estudo de letras adquisitas, faltavam-lhe os meios para os ter; contudo, ail passam de doze [os autores], como se pode ver na Bib/iotheca Lusitana [de Machado]; se bem que as mais destes, par sua humildade, calaram seus names, quar{ a estampa." Entretanto, e muito natural que o nome do autor fosse conheci dentro como fora da equipa responsabilizada pelas edic;6es do Manual. Te sido transmitido a posteridade em fontes escritas contemporaneas. In~ porem, as fontes bibliograficas dos seculos xvr e xvu sao raras e parcas em inf criteriosas. Mais escassas sao ainda as fontes, e s6brias as informac;6es, quand de individualidades franciscanas dos ramos mais austeros. Das fontes bibHo que tivemos a mao, a primeira em que encontramos nominalmente ide11!i, autor do Manual de confessores e penitentes data da primeira metade do seetil Biblioteca Lusitana de Barbosa Machado. Sabemos, porem, que este conhece. franciscanas anteriores, nas quais recolheu os dados biobibliograficos que tr(l (Pereira da Silva 1975: 368-369). Sobre Fr. Rodrigo do Porto e a autoria do · Confessores veja-se tambem (Barbosa Machado, Sousa Farinha, 1786: 7 Machado, Sousa Farinha, 1787: 302; Rebello da Costa, 1789: 348; Costa de M · 143).

6 Veja-se (Diccionario, 1793, tomo I: xcii). 7 Veja-se (Rodrigo do Porto, Azpilcueta Navarro, M. de, 1556: Al

Doctor Martin de Azpilcueta Nauarro, Salud).

;.S FONTES DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO 435

o Doutor Navarro escreve que o franciscano portugues termi­nou os seus trabalhos sobre o Manual no ano de 1547 e, em seguida,

0 Cardeal Infante Dom Henrique mandou Azpilcueta rever o ma­nuscrito do trabalho antes de imprimir dois anos depois: «Lo otro, porque. V.A. fue la causa, de que entiendesse en cosa tan pia: por rne hauer mandado cinco afios ha, que reuisse el dicho Manual antes q se impimiesse, para vn effecto: Lo qual causo que despues de impesso, a ruego del mismo autor, y otros lo remirasse para otro: de que resulto esta tercera reuista tan larga, y tan trabajosa.» (Rodrigo do Porto, Martin de Azpilcueta, 1552: Ai).

27 de julho de 1549 Manual de confessores e penitentes, que tinha sido escrito por Fr. Rodrigo do Porto «a lounor & gloria de nosso senhor Iesu Christo e sua gloriosa madre», foi impresso na «muyto nobre e leal cidade» de Coimbra pelos imprimidores da mesma universidade Joao de Barreira e Joao de Alvares.

IV A TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO ANTES DO MANUAL DE CONFESSORES

Poucos antecessores de Fr. Rodrigo do Porto e Martinho de Azpil­cueta inclufram o dinheiro a suas doutrinas do prec;o justo e indic­aram uma relac;ao direta entre a quantidade de dinheiro e os prec;os dos bens. Entre eles eram o grande doutor Nicolaus Copernicus (1473-1543), e Tommaso de Vio, o famoso Cardeal Caetano (1469-1534), e um anonimo doutor Saravia de la Calle Veronense, o autor de Instruccion de mercaderes muy provechosa (1544) e, ate certo ponto, o grande historiador e humanista portugues dom Damiao de Goes (1502-1574).

No seu primeiro manuscrito dedicado aos problemas moneta­rios Tractatus de Monetis (1519) Copernicus indicou que «vilior etiam redditur moneta ad ejus copiam» (Copernicus, 1924: 1; Afa­nasyev, 2000: 64). Mais tarde no seu outro manuscrito Monete cudende ratio (1526) Copernicus escreveu: «Vilescit hec ut plurimum propter nimiam multitudinem, utpote si tanta argenti copia in mo­netam transierit quoadusque argenti massa ab hominibus magis quam moneta desideretur: perit nempe hoc modo dignitas monete,

436 ANTON ALEXANDROVICH AFA

quando per ipsam tantum argenti non licet emere quant pecunia continet, sentiaturque major profectus eliquando tum in monete destructionem, cujus remedium est non• a monetam cudere donec se ipsam coequaverit, reddaturqu argento. . .. Hine illa vulgaris et perpetua querimonia auru gentum, annonam, familie mercedem, opificum operam et quid in humanis usibus est solitum, transcendere preciu oscitantes non expendimus omnium rerum charitatem ex•:Y monete provenire. Crescunt enim ac decrescunt etiam ad conditionem: presertim aurum et argentum que non ere vel sed auro et argento, appreciamus.»8 (Copernicus, 1864: 52, 6

0 Cardeal Caetano no seu livro In secundam secunde san ac preclarissimi doctoris Thome Aquinatis ordinis Predicatorum taria celeberrima (1519) explica que o pre~o da perola cai quan ha comp rad ores e os pre~os das outras coisas caem, se ha f dinheiro9•

0 doutor Saravia de la Calle, por seu lado, recorda o d · entre os fatores que determinam o pre~o justo. Ele escreve precio de la cofa es aquel que comunmente corre enel 1 tiempo del contracto: al contado: confideradas las parti circunftancias de la manera del vender & comprar: & la ab cia de las nl'~rcaderias, la adundancia del dinero, la muched

8 Tradu~ao em frances: «La monnaie perd surtout de sa valeur quand o multipliee, lorsque, par exemple, une si grande quantite d'argent a ete transf§. monnaie, que !es hommes en arrivent a rechercher !'argent en !ingot P1;hl numeraire. La monnaie perd toute sa <lignite, quand elle ne peut plus ach~.!. d'argent qu'elle en contient et qu'il ya profit a la refondre. I.:unique remede a. de ne plus frapper de monnaie jusqu'a ce qu'elle ait repris son equilibre et reconquis une valeur plus elevee que celle de !'argent. ... De Ia vient .cett incessante qui retentit de tout cote, que !'or et !'argent, le ble et !es domestiques et le travail des artisans , tout ce dont !es hommes font usage d' augmente de prix. Notre negligence nous empeche de voir que la cherte choses provient de l'avilissement du numeraire. En effet, leur prix aug diminue proportionnellement a la monnaie, surtout celui des metaux prec nous estimons, non en airain ou en cuivre, mais en or et en argent.» (Coperni 53, 63).

9 «Un' geme qii no habent emptores: viliffime vi!diitur .... Et fimile vide rebus q' qn' r aliq' loco vel tempore no idiget: aut no vtiitur rebus emere p'p' penuria pecunie, vilefciit res hujusmodi notabiliter» articulo 1 q. 77, f. cliii).

NTES DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO 437

· s compradores & vendedores & el aparejo que ay para auer las cofas & el prouecho que ay del vso de ellas a arbitrio de buen , excluydo todo engafio & malicia" (Saravia de la Calle Bero­

e, 1547: Instrucion de los tratos del comprar & vender, cap. 2, j,,-xvii).

. doutor Saravia tambem confirma que as coisas encarecem ahdo ha abundancia de dinheiro: << ••• fola la abundancia de mer­eres & dinero haze fubir el precio dela cof a, como leemos que la · dancia de dineros y riquezas que Otauiano augusto truxo a ca, fueron caufa que las cof as valieffen al doblo que primero» avia de la Calle Beronense, 1547: Instrucion de los tratos del

rar & vender, cap. 2, £.xviii) . s ideias de Damiao de Goes eram em algum sentido seme­tes as ideias de Copernico. Dom Damiao de Goes na sua Carta foiio IIJ por causa cuhnagem da moeda (entre 1544 e 1549) escre­

;0: <<Dizem sor que quer V.A. aguora de novo m~<;},ar [ qunhar] eda, q he cousa em q hos reis cuidam sempre [em seu] proveito, s sai lhes m.1•s vezes hao contrairo [perque a] novidade das moe­~'he ma is dapnosa e peiuizo [ destes] Reinos q ha guerra porque

a saem m.tas vezes ... e, amizades e da outra se segue ha carestia antim.tos e fructos da terra e asy das mercadorias naturaes

o estrangeiras, ha qual carestia ... vez faz pee mingua he mais do dessarreigua» (Baiao, 1919: 33). nquanto isso, ate o ano de 1549 muitos outros te6logos e juris­

hao incluiram a quantidade de dinheiro nas suas doutrinas de ~o justo. Eles seguiram a doutrina de Sao Tomas na qual o valor dinheiro em referenda aos bens deve ser fixado pela lei (Thoma uinatis, Ptolomaeus de Lucca 1509, Liber II, cap. XIII, £. LVII­III; De Vio 1506, cap. 7, ff. 52- 54; Munoz de Juana, 1998: 328-

10 Veja-se (Cardoso, 2001: 150).

438 ANTON ALEXANDROVICH AFANASYEV

v A TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO

NO MANUAL DE CONFESSORES (1549)

Muito importante contribuic;ao de Fr. Rodrigo do Porto para a for­mac;ao da Teoria Quantitativa do Dinheiro e que, na sua opiniao (Ilustrac;ao 2), os principais fatores que determinam o prec;o justo de uma mercadoria sao a sua oferta e a quantidade de dinheiro com que se compra11 : «Pera declarac;a <las cousas ditas atras, em esta materia de comprar & vender, he de notar que ho prec;o co­nuem que seja conforme ao valor da cousa que se vende ou com­pra, a qual nam estaa sempre em hil ser mas mudasse, segundo os tempos, & a pouquidade ou abondac;a daquella mercadoria & do dinheyro com que se ha de comprar como parece nos tempos de esterelidade, ou fortuna ou d mortes. E por tanto quando o prec;o he taxado, polos que gouernan a cidade, & lugar, esse ha de guar­dar sem falta.» (Rodrigo do Porto, 1549: cap. XXIII Dos peccados mortaes, p. 393).

Aqui encontramos o enfoque macroeconomico de Fr. Rodrigo do Porto para a formac;ao de prec;os -os prec;os absolutos ou nomi­nais que rep4 esentam os bens em termos monetarios e o valor ou o nivel <lesses prec;os depende da quantidade de dinheiro no pais.

Alem disso, esses dois fatores acima mencionados -a quanti­dade de dinheiro e a quantidade <las mercadorias- eram as prin­cipais causas do encarecimento geral na Peninsula Iberica no meio do seculo xvr. De fato, muito ouro e muito prata foram trazidos das Indias para a Espanha e muitas coisas vendaveles haviam exporta-do da Espanha para o Novo Mundo. .

A primeira causa do encarecimento -a abundancia de dinhe1-

ro- foi evidente inicialmente no Novo Mundo em 1549 depois 0

descobrimento <las minas de Potosi, no Vice-Reino do Peru (Po­pescu, 1984). Sobre isso escreveram o presidente da Real Audiencia de Lima «pai dos povos, pacificador e salvador do Peru» <lorn. Pe­dro de La Gasca12 em 1549, o seu soldado-cronista Pedro de Oeza

11 Veja-se (Afanasyev, 2004: 44-45) e (Afanasyev, 2013: 61-62). ta 12 «El salario que se da a los oidores es tan poco para poderse sustentar en ~ d

tierra, que por la cuenta que a Dios debo, tengo duda que se pueda sustentar la nuta

.AS FONTES DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO 439

de Le6n13 em 1553, o terceiro vice-rei do Peru dom Andres Hurtado de Mendoza, o segundo Marques de Caii.ete14 em 1556 (Popescu, 1984). Um pouco mais tarde esta causa do encarecimento geral foi evidente na Peninsula Iberica de que nos informaram o grande pensador espanhol Frei Bartolome de Las Casas15 em 1552, o histo­riador Francisco Lopez de G6mara16 em 1556-1558 (Popescu, 1984)

de! ano con e!lo, a lo menos en este tiempo que tan falta ha quedado esta tierra con las desventuras pasadas de las cosas necesarias para vivir, que nose compra con un peso de oro lo queen Espana se puede comprar con unreal» (Levillier, 1921: 138). «En estos dias se me escribieron muchas cartas de minas de plata que en diversas partes se habian descubierto, y que mostraban ser ricas, y en especial en los terminos de Guamanga se habian ha!lado en dos partes, y que en los de! Cuzco se habian ha!lado en el Co!lao. Esperase tan gran groseza en esta tierra que la plata valga tan poco, que se tenga por cosa no creedera, porque aun ahora lo es a los que no lo veen. Y aunque sea cosa de menudencias no dejare de hacer relaci6n aqui de!las para que V. S. mejor entienda la groseza desta tierra por lo poco que en e!la valen los dineros» (Levillier, 1921: 181). « ... Me paresce lo que antes que se Jes deue de doblar el sativ'io, porque avn cada dia cresce la carestia desta tierra, como va cresciendo la riqueza de!la» (Levillier, 1921: 214).

13 «Las estancias y heredamientos tienen en este tiempo gran precio, causado por la riqueza que se ha descubierto de las minas de Potosi» (Cie~a de Leon, 1553: cap. CVII, f. cxxi).

14 «Yo he tornado aqui a cuenta de! salario que vuestra magestad me manda dar diez y siete mil y trezientos y tantos pesos que he avido menester para mi aviamiento que no se pueden pensar los gastos de aca que solo de pasar mi casa desde nonbre de dios aqui me cuesta mas de diez mil pesos porque como la tierra es tan gruessa vale el dinero muy poco» (Levillier, 1921: 264).

15 « ... y aun estos reynos de Castilla los a~ota Dios cada dia, y hay gra temor no los assuele por los grandes peccados que la gente Espanola ha cometido en las indias: de lo cual vemos vn manifiesto castigo que todo el miido lo vee y dice por essas calles con que Dios nos aflige y muestra auer sido muy offendido de nosotros en aque!las partes por la destruycion de aque!las naciones: yes que de tan infinitos thesoros como dellas a estas se han traydo, que nunca el rey Salomon ni otro rey de! miido tanto oro ni plata poseyo, ni vio, ni oyo: no aya quedado en estos reynos ninguno: y aun delo que en Espana auia puesto: que era poco antes que las indias se descubriessen: tampoco parece meaja. Por lo qua! todas las cosas vale tres doblado precio que valer solian. Y por esta causa la gente pobre padesce grades miserias y necessidades: y a vuestra magestad que tan bien emplea su vida en augmento de la fe catholica redunda dello gran necessidad et impossibilidad de hazer grandes hazanas en seruicio de nuestro todo poderoso Dios: como verdaderamente pudiera hazer si tan grandes desordones por la dicha danada encomiMa y lo que a ella precede que son las injustas guerras no ouiera sucedido en las indias ... » (Las Casas, 1552: razon 10). Veja-se tambem (Popescu, 1984: 33-34).

16 «Ay empero gran diferencia de aquel tiempo a este en muchas cosas, como es en el trage, gasto, y precio de cosas, a causa, segun mi juizio, de la mucha plata y oro que

ALEXANDROVICH

e, e claro, 0 oraculo jurisprudencia Canonica, 0 famoso tinho Navarro em 1556

Portanto, no nt>r1r.nr.

dinheiro e os prec;os dos mas muitos u11::"'''u1c"' passaram a

lor do dinheiro em ""'"0 "c'" aos bens foi determinada nao era justo vender o dinheiro de mais ou menos da ta

da pela Este problema foi resolvido doutor Mart· Navarro em 1556.

VI 0 CONTRIBUIC::AO DE FR. DO

PARA A FORMAC::AO PENSAMENTO DE MARTINHO DE AZPILCUETA

"'"'nn'lrt> en vn ser, antes se muda con diuersas tassa 1c1Ju.ua~ci. con el tiepo, lugar y manera de

de las Indias a nos han venidcm (L6pez de G6mara, 1912: 162). «Considerando, por razoes, nao convir que a revisao do

em nome do autor ou s6 em nome de Navarro e que nela que era de um e o que era do outro, concordaram ambos nesta solw;ao: comunicava a Navarro os sens trabalhos de autor ou Navarro a Fr. os trabalhos de reformador, de modo a obra ficasse ambos, sem de deles

parte." (Pereira da Silva, 373).

DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO

bra de la mercaderia, y del dinero como lo (Rodrigo do Porto, Azpilcueta M. los siete pecados mortales, p. 472). Tambem esta doutri-

justo (1552) foi nas edi<;;aos portugueses do io e sumario confessores tirado toda a do Ma-'l 1569, 1571, 1579).18

devernos notar que ate o anode 1552 Martinho Azpil-o mencionou o dinheiro na sua doutrina pre<;;o justo. Na eira obra impressa In tres poenitentia distinctiones

(1542) Azpilcueta declarou que o pre<;;o justo de baixou ou subiu nao s6 por causa da sua venda

pela abundancia ou falta compradores: merces vilescunt pro tertia An item causa ven-

quia ob necessitatem vel abundantia venditur. Qui videtur concludere neque per vendendi modum, neque

causam iustum diminui precium, vel penuriam. Quod rnaxime videtur rncimi~r"

eos servatur, qui nunque ernunt, nisi ab iis, qui qucerunt sive id necessitate coacti sive alia causa».

108)19 edi<;;ao do Manual de (1552) os dois auto-

Rodrigo e Doutor Navarro~ combinaram a dourina de do Porto (1549) corn a doutrina de Martinho Azpilcueta

incluindo a sua nova doutrina do justo (muito seme-

este prec;o nao estil sempre em hum ser, antes se muda com diuersas taxas gouemao a republica, segudo o tempo, lugar & maneira de vender: ou com a abastarn;a da mercadaria, & do dinheiro}) do Porto, 1567, cap. 24, p. seu Compendio de Manual de Confessores o Doutor Navarro tambem

esta doutrina combinada: «Y que este no esta en vn ser, antes se diuersas tassas de los que con el tiempo, lugar y

de vender, o la falta, o sobra de la y del dinero.)) (Azpilcueta ro, 1586: cap. 23, f. 146). «Las mercancias abaratan por tres factores. Uno, por la causa de su venta, por lo, porque se venden por necesidad, o por su abundancia. De lo cual

que no es justo que se disminuya el ni por el modo de e la venta, sino s6lo por la abundancia () escasez de los rnrnnrnrlnr1os

ordado principalmente, y es dificil que lo os que buscan o bien los que actuan uu11l':ct•,<u~ alguna otra causa.» espanhol da Sra. vrc1tc»>srnr;i

(Afanasyev, 2016, p. 18)).

ALEXANDROVICH

a Calle) a quantidade doutrina de Fr. a quantidade doutrina de Dr. o (da doutrina de

e tambem o lugar, a maneira da venda, a qua vendedores: «Auisamos porem o que ali nao

por esta rezao contrato, nao somente he ao do tanto mais ou tanto menos

terra segundo o menos naquelle & maneira de veder como se vedeo. E ainda o outro pode prouar, aque ho

erao de fome, OU mortes, em que u~·~~'•C<~A·~ res, & cousas se vendiao daquella qualidade, de

e faltauao & & \;;Ll'CU'UH; ;::J & nao queriao OS Polo qual

ria que o q elle comprou valia muyto menos, do que ou maneira valera, polo acima dito» Martin de Azpikueta, 1552: c hJ,FcAJI

Martinho de Azpilcueta repetiu esta nova doutrina do justo (1552) nas suas edic;aos espanlholes

1556)20 (Rodrigo Porto, , ·~·~u~ Mais e mais

pelo Dr. Navarro no seu rrw1toc,,;111~·11w11n1 et poenitentium (1573), mas sem a

Juana, 1998: 168-176, 177-185).

«Auisamos t empreo aquello que alli no hizimos, razon el contrato, no solamente es menester prouar, que o tanto menos valia en aquella tierra, segun la comun estimadon: tanto mas menos en lugar, tiem:po, y manera de·vender como se vendio. Y aun otro prouar, que el ano, hambre, guerra o mortadad, en que sobrauan vendedores, y c

., _ .......... , de que es la que el compro: y faltauan """";"""~ vendedores, rehuyan los Por lo qua! prouado,

valia menos de lo queen otro dichcm. (.Rodrigo do Porto,

mortales, p. 475) iustium rei

iuris, aliquot communiter ::estimatur res ualere tune, attenta

ue111d1ent1s utilitate, loco, tempore, uel defectu

DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO

podemos ver que Martinho de Azpilcueta herdou a do justo de Fr. Rodrigo do Porto

1573) e com grande probabilidade supor do justo Fr. Rodrigo (1549) ajudou

conhecer teoricamente alguma dinheiro e os prec;os das

influencia da doutrina do justo Fr. Rodrigo do no pensamento economico do Dr. Martinho de

a possibilidade licita de o pao espanhol por mais justo pelos editais dos Reis Cat6licos em

Imperador em mas tao caro como a justi<;a l permite. Muitos riquezas tinham vindo do Novo Mundo Espanha e, portanto, a demanda para o aumentou em 52, mas a taxa mudou um pouco e apenas uma vez; por isso,

pao em Espanha tinha caido e o trigo foi importado vizinhos e vendeu muito mais caro o trigo

taxa era injusta e por isso nao obrigava, diziam Fr. e Doutor Navarro: «Dissemos (taxa justa) porque a injusta

riga segundo a mente d todos. E se ella he injusta ou nao, por hUa a todos los trigos & maos bos, & muy bos, nuovos

hos, saaos & corruptos: de hUa terra onde ha muyto, & doutra ha E do que nace onde se vende, & do que se traz

que seja do reyno, sem dar nada por os alugue-que ho d fora do reyno se venda como cada hU

& muyto mais caro que ho do reyno, sendo muyto pior: E se desigual daa material de peccar, & occasiao de muytos

se temos q a della obriga a mortal, dizem os ditos doutores: remetemolo aos da ao q em outra parte parecendonos por (polo dito) q a tec;ao do autor da ley, q poe pena, cotra quern vede

a tanto, nao de obrigar a peccado mortal. t Ainda o tgres!30r della mortalmente, se vendesse por mais da

posto que ho por menos da taxa: u 01'"''"'w algUs o pao ou vinho corrupto, que val pouco

torum, & uenditorum earum, & modo uendendi eam, statutum a Gubematore domino rei.» (Azpilcueta, 1573: cap. xiii, f. 361).

ANTON ALEXANDROVICH

mais de

Devemos notar que em do o da Teoria Quantitativa do

prc)!e~;sores (por exemplo,

«Dixirnos t (tassa justa) porq Ia ella es dar vna a

moneta aurum vel argentum rerurn numerantur secundum Est ergo moneta tanquam mensura rni•+>nnrn

autem id rnensura esse debet

defraudari,

DA TEORIA QUANTITATIVA DO D !NHEIRO 445

continuarem a considerar que o dinheiro nao era uma que o dinheiro era apenas um meio de troca e uma valores das mercadorias e, portanto, o valor do dinhei­

aos bens (para servir como a medida estavel) de-pela lei, por isso nao era licito vender o dinheiro por

da taxa fixada pela lei. Este problema foi resolvido Martinho de Azpilcueta Navarro em 1556 no seu Co­

resolutorio de cambios24•

VII A TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO

DE MARTINHO DE AZPILCUETA (1556)

Azpilcueta provou que o dinheiro foi uma mercadoria e, -"«~·,,n+·n de acordo com Santo Tomas e com a sua doutrina de lu­

T~~•bun:>. foi justo para os vendedores de dinheirott(os compra­bens) vender a moeda por mais ou menos da taxa fixada

o valor do dinheiro pode baixar ou subir do mesmo modo das outras coisas vendaveis de acordo com a sua abun­

sua falta: «Lo xx dezimos t que por el septimo respecto

it.atem non servet» (Copernicus, 1864: p. 48). Tradw;:ao em frances: «L'or ou !'argent marques d'une empreinte, constituent la monnaie servant a determiner le prix

·· oses qui s'achetent et qui se vendent, selon !es lois etablies par l'Etat ou le prince. nnaie est done en quelque sorte une mesure commune d'estimation des valeurs; ette mesure doit toujours etre fixe et Conforme a la regle etablie. Autrement, ii y / de toute necessite, desordre dans l'Etat: acheteurs et vendeurs seraient a tout nt trompes, comme si l'aune, le boisseau ou le poids ne conservaient point une

te certaine» (Copernicus, 1864: 49). Veja-se os argumentos de Domingo de Soto, os argumentos e contra-argumentos tinho de Azpilcueta em mais detalhes em (Mufioz de Juana, 1998: 327- 330).

<<Porende t respondemos nueuamente concediendo, que el dinero esta tassado n effecto, y no para otro: Esta tassado para effecto de compeler al que algo

,e, o se le deue, que lo tome por aquel precio, y que no pueda ser compelido a arlo por mas: pero no esta tassado para effecto, que quien lo tiene, no puede lleuar

n(is por el, si quiere, ni para que no pueda lleuar mas, si alguna comodidad ·· ular le resulta .... Porq el vendedor no puede vender la cosa mas cara, por el

cho particular, que dello viene al comprador: aunq si, por el que el pierde en erlo, segun S. Thomas y Soto» (Azpilcueta, 1556: § 58, p. 88-89).

ANTON ALEXANDROVICH

opinion,

447

m 1771 o major-general do Exercito russo26, o gales Henry rey Evans Lloyd (1718- 1783) na sua obra intitulada An essay eory of money formalizou em termos matematicos a doutri­rec;:o descoberta por Fr. Rodrigo do Porto27: «Though the any commodity is in fact in a compound ratio, direct as the

ty of circulation, and inverse of that of merchandize, yet it e simplified, and reduced to the expression we have adop-

ecause it is the same thing, whether you increase the circula­r diminish the quantity of merchandize, or that you increase

and diminish that; For example, Let the circulation be expres­'''y C, and the quantity of merchandize by M, and the price or

trion between them by p; we shall have the following equa­/M = p.» (Lloyd, 1771, p. 83-84)28. Por sua vez, a equac;:ao do .lLloyd foi o prot6tipo ea base para a equac;:ao de troca (tro-a macroeconomia moderna MV = P'P9.

genera l Lloyd servia no exercito russo em 1770s. A imperatriz Catarina a ·gostava dele e estimava muito. 0 Marques de Mesmon nos descreveu uma

cia de Lloyd com a imperatriz: «L'Imperatrice vou lut un jour diner chez Lui, "ah, e ! s'ecria le General en allant la recevoir, Votre Majes te me perd, & me met hors e pouvoir la servir; - pourquoi done Lloyd, dit la Czarine.- Madame, l'envie

·pardonnera jamais l'honneur dont Votre Majeste me comble aujourd'hui"» ce, marquis de Mesrnon, 1784: xxvi). bre a equa-;ao da «Ieoria Quantitativa do Dinheiro)) do general Lloyd veja-se

haris, 1961). 5<Money which ca ll Unive1:fal Merc/umadife, becaute it can, all civilized nations, be 1ged for every fpecies of productions, l11ould have the following qualities Ift It

d be rare, and uncommon that finall quantity of it may lerve as an equivalent, to lYgreater of any other production; and be, ea rily, tranfported from one country to fher. 2d, That it n<ould not wear or be ea l:ily counterfeited. 3d, That it be divil:ible, rder to fac ilitate its ufe, for this reafon meta ls are preferred to precious ftones, ch cannot be divided into proportionable parts. The advantages, which focieties

d from the ule of money, induced them to augment its courfe; for which reafon 1troduced the ute of Banks, public notes, &e. The necefl:ities of the ftate, as well

individuals, gave birth to borrowing and lending, which necelTarily introduced neral ufe of public and private notes; and when their credit is good, are received

)equivalent for real money, and therefore produce the fame effect having the fame e, where such private and public notes are eflablillied: I lliall call the one and the rby the general name of Urzive1:fal merchandize or general circulation» (Lloyd, 1771: 1iii-x).

Me a quantidade de moeda (a oferta monetaria), Ve a velocidade de circula~ao ·· oeda (dinheiro), Pe o nivel geral de prec;os, Teo volume de transac;6es (calculado ec;os comparaveis). A Teoria Quantitativa do Dinheiro (Moeda) diz que se V e T

ALEXANDRO VI CH

IX

a)

b)

c)

1573) e provavelmente justo de Fr. Rodrigo ajudou

teoricamente quantidade dinheiro os

constantes ou estaveles, o nivel moeda no e na nronor'cao

o valor da moeda inversa desta 1/P

DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO

utrina pionera do justo descoberta por Fr. em 1549 tinha sido ;;incrt:>Cf>Tl1r::>n La11LCaL1a em ter-

Milano Henry Humphrey Evans (1718-1783) no

on the theory of money (1771). Enquanto ao do general Lloyd foi o prot6tipo e a (trocas) na macroeconomia disso, a doutrina o pm;;o justo de Frei

do Porto (1549) em detalhes no nosso artigo caste-Afanasyev Anton A, «La doctrina sobre el precio justo

Manual de Confessores e Penitentes (1549) Fr. Rodrigo OFM» (Cauriensia, 2016, XI).

BIBLIOGRAFIA

M. (1542): Martini ab Azpilcueta Nauarri iu­in tres poenitetia distinctiones posteriores com­Conimbricy: ex officina Iohanni$/ Alvari et Iohannis

M.D.XLII. «Comentario resolutorio de Cambios, sobre el principio

1 capitulo final de vsuris», en Martin de Azpilcueta Navarro, resolutorio de vsuras, el cap. j. la question.

la. xiiij causa, compuesto por el Doctor Martin de Azpil­Nauarro. Dirigido con otros quatro sobre el principio del

fin. De vsur. Y el cap. fin. De symo. Y el cap. Non inferenda. quest. iij. Y el cap. fin. xiiij. questi. final. Al muy alto, y poderoso Senor Don principe de Castilla, y otros

y muy grandes reynos nuestro Senor. Para ~ .. «•~~•VH de lo ha tratado en su Manual Confessores. L.,,,..,,._"''V en Salamanca: en casa de Andrea de Portonarijs, 1556

augosto). P. 48~ 104. Compendia del Manual y Penitentes, del Doc-

Don Martin Nauarro, de la Sacra Penitenciana En Valladolid: en casa Diego de Cordoua

ANTON ALEXANDROVICH

DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINHEIRO 451

qdor rey nro se1'ior: en las ayutamietos q mildo hazer su magestad erlados y letrados y personas grades en Valladolid el aiio de mill uinietos y quareta y dos: para reformacio de las Indias. En la y noble y opulentissima y muy leal ciudad de Seuilla: en casas de Jacome Croberger, 1552 (17 de Agosto).

IER, R. (ed.) (1921): Gobernantes del Peru, cartas y papeles, lo XVI. Madrid : Sucesores de Rivadeneyra. Torno I. )H.] (1771) . An essay on the theory of money. London: print­for J. Almon, opposite Burlington-House, Piccadilly. DE G6MARA, F. (1912). Annals of the Emperor Charles V (Span­text with English translation) I Edited, with an introduction

d notes, by R.B. Merriman. Oxford: Clarendon Press. IGO DO PORTO] (1549): Manual de confessores, & penitetes, em ho al breue & particular, & muy uerdadeyramente se decidem, & decla­quasi todas as duuidas, & casos, que nas confissoes soe occorrer

.ffrca dos peccados, absoluic;oes, restituyc;oes, & encur,fs: Composto orhf't religioso da ordem de sam Francisco da prouin~ia da piedade. y vista, & examinada, & aprouada a presete obra par o Doutor auarro, cathedratico de prima e canones na Uniuersidade de Coim­w. Par comissam do Infante Cardeal inquisidor mayor nestes Rey-os. Na muyto nobre & leal cidade de Coimbra: por Ioa da bar­yra & Ioa de aluares emprimidores da mesma vniuersidade, .D.XLIX (27 de Iulho) .

(iAzrrLCUETA NAVARRO, M. (1552): Manual de confessores & peni­entes, que clara & breuemente conte a vniuersal & particular decisao, e quasi todas as duuidas q nas cofissoes soe occorrer dos peccados,

absoluic;oes, restituic;oes, cesuras & irregularidades: Coposto antes por hu religioso da ordem de S. Francisco da prouincia da Piedade: E vista & em a.Igus passos declarado polo muy famoso Doutor Martini de Az­pilcueta Nauarro, cathedratico iubilado de Prima em Canones na vniuersidade de Coimbra. E despois co summo cuidado, diligecia & estudo, ta reformado & acrecetado polo mesmo Author & o dito Doutor em materias, sentenc;as, allegac;oes & estilo q pode parecer outro, com Reportorio copioso no cabo. In inclyta Conimbrica: Ioannes Barre­

et Ioannes Aluarez excudebat, anno a Cristo nato M.D.LII Diua Luciae Sacro 13 Dez.).

(1556) : Manval de confessores y penitentes, qve clara y brevemente contiene, la vniversal y particylar decision de qvasi todas las dvdas,

452 ANTON ALEXANDROVlCH

que en las confessiones suelen ocurrir de las pecados, restituciones, centuras, & irregularidades. Compuesto par Martin de Azpilcueta Nauarro Cathedratico Iubilado de nones, por la orden de un pequefio, queen Portugues hizo un de la pijssima Prouincia de la piedad. Acrescentado mo Doctor con las decisions de muchas dudas, q despues edicion le han embiado. Las vnas de las van insertas so esta se otras en cinco Comentarios de Vsuras, Cambios, Symonia me fension de proximo, De hurto notable, y irregula.ridad. Con su rio copiosissimo. Con priuilegio Apostolico, Real de Castilla, 4 y Portugal. -Impresso en Salamanca: en casa de Andrea d tonarijs, Impressor de la S.C. Magestad, 1556 (10 de Iulio ).

- (1567). Compendia e svmario de confessores tirado de toda a sit cia do Manual. Copilado & abreuiado por hu religioso frade Me orde de S. Francisco da prouincia da Piedade. Acrecetaraselhe lugares couenietes as cousas mais comtias q se ordenara em o s cilio Trideti. Impresso em Coimbra: por Antonio de Mari pressor do Arcebispo de Braga Primas &c., 1567 (o derra de Setembro).

SARAVIA DE LA CALLE BERONENSE (1547): Instrucion de merca.dere prouec!W§f En la cual se ensefia. como deuen los mercaderes tra de que manera se han de euitar las vsuras de todos los tractos de & compas. Assi a lo contado coma a lo adelantado: y aloftado y compras del censo al quitar: y tractos de compa.fiia: y otros 11t contractos. Particularmente se habia del tracto de las lanas. Ta ay otro tractado de cambios. En el qual se tracta de los cambios y repronados. Nueuam te copuesto par el doctor Sarauia de . l Beronense. En la muy noble villa de Medina del campo: p dro de Castro impressor de Libros, MCXLVII (3 Enero) .

THOMA AQUINATIS, PTOLOMAEUS DE LUCCA (1509): Sanctissimi Diui scilicet Thom? Aquinatis: ordinis fratrum 11r2eazcaz:on,an quattuor de regimine principum ad regem Cypri. Ite Epistola De regimine iud arum veditioe officiorum ( q' videlicet no est de exactioibus in subditos nl5faciedis. Et institutis restitu dis ad sam Brabantice. - Parisiis: Venundantur ab Ioanne Leone argenteo parisiis in via ad diuum Iacobum, 1509.

ES DA TEORIA QUANTITATIVA DO DINI-IEIRO 453

SYEV, ANTON A. (2016): La Escuela de Salamanca del siglo xv1: unas contribuciones a la ciencia econ6mica, Revista Empresa y fitanismo, vol. XIX, No. l, pp. 7-30 .

. ,_ {~Q.ffiO) : [AcpaHacbeB AHToH AneKcaH,n:poBHll (2000)]: ]a13ucUMocmb

66'1;>1?.;lW 6apmepHblX COellOK om U3MeHe!·lUJl KOllU'tecm13a OeHeZ 13

• "' . au1e1-1uu u me;ima uruj;1u1Lfuu [A dependencia do volume de oper­"iJes de troca na quantidade de moeda em circula9ao e da taxa de in-

fla9flo ]! Tese do candidato das ciencias econ6micas apresentada no Instituto Central de Economia e Matematica da Academia Russa de Ciencias. Moscou. (http://www.cemi.rssi.ru/publica­. On/ e-publishing/ afanasiev I afanas-diss.pdf)

4) (AcpaHacheB, A. A .): «3KOHOMHqecKal'! MhJCJJb B Hcnamni XVI I<a:c-canaMaHKCKal'! illKOJia», B )KypH. 3 KOHOMHKa H lvtaTeManrtieCKHe

"°MeTo.n:&r, 2004 (T. 40, 4), c. 26- 58 («O pensamento ~_pnomico na Espanha do seculo XVI: a Escola de Salamanca», Economia e ,m~todos matematicos, 40, 4, 26-58). '""'.2613) [AcpaHaCheB AHTOH AneKcaH,n:pomrc1 (2013)]. Mo,n:en11posatt11e

·pou,eccos ,n:eHe)Jrnoro 06pameH11H B X03l'likrne c ra3osoi1. orpacJ1&fO, [Modelagem de processos de circulac;ao de dinheiro na economia <::om a industria do gas] I Tese do doctor das ciencias econ6micas apresentada no Instituto Central de Economia e Matematica da

"''Academia Russa de Ciencias. Moscou. (http:/ /www.cemi.rssi. ".ru/ staff /Thesis /index.php ?ELEMENT_ID =7182)

"°BAIAO, A. (1919): Epis6dios dramaticos da inquisic;ao portuguesa. Nol. I. Homens de letras e de sciencia por ela condenados. Porto: Renascenc;a Portuguesa. 332 p. BOSA M ACHADO, D. (1741): Bibliotheca Lusitana Historica, Critica, e

.,,,_'Cronologica. Na qual se comprehende a noticia dos Autores Portuguez­·' es, e das Obras, que compuzerao desde o tempo da promulga9ao da Ley " da Gra9a ate o tempo presente. For Diogo Barbosa Machado. Lisboa

Occidental: na Officina de Antonio Isidoro da Fonseca. Torno I. - (1752): Bibliotheca Lusitana Historica, Critica, e Cronologica. Na qual

se comprehende a noticia dos Autores Portuguezes, e das Obras, que ~ compuzerao desde o tempo da promulga9ao da Ley da Gra9a ate o tempo 4" presente. Par Diogo Barbosa Machado. Lisboa: na Officina de Igna­

cio Rodrigues. Torno III.

454 ANTON ALEXANDROVICH

- e SousA FARINHA, B. J. (1786): Bibliotheca luzitana '""u11uu,w;.

na officina de Antonio Gomes. - (1787): Summario da Bibliotheca Luzitana. Lisboa: na Of.

demia Real das Scienc. Torno III. COSTA DE MACEDO, A J. (1799): Catalogo dos livros, que se hai5

a continua9ai5 do Diccionario da Lingua Portugueza manaiwn pela Academia das Sciencias de Lisboa. Lisboa: na Typ da mesma Academia.

CARDOSO J.L. (coord.) (2001): Dicionario Hist6rico de Portugueses. Lisboa: Temas e Debates.

DrccroNARIO DA LrNGOA PoRTUGUEZA PUBLUCADO PELA DAS SCIENCIAS DE LISBOA. Torno I. A Lisboa: na officina Academia, 1793.

GRICE-HUTCHINSON, M. E. H. (1952): The School of in Spanish Monetary Theory 1544- 1605, Oxford:

Mu1'1oz DE JUANA, R. (1998): Moral y economfa en la obra Azpilcueta: Tesis doctoral presentada en la Facultad de Universidad de Navarra. Pamplona: Ediciones varra, S.A.

MONFORTE, MANOEL (1751): Chronica da Provincia da boa: na gfficina de Miguel Manescal da Costa.

POPESCU, 0. (1984): Orfgenes hispanoamericanos de la teor{a Buenos Aires: Facultad de Ciencias Sociales y Pontificia Universidad Cat6lica Argentina Santa Buenos Aires.

ROMANCE, MARQUIS DE MESMON, G.-H. (1784): Precis sur la actere de Henri Lloyd, in Henry Lloyd, Introduction de la guerre en Allemagne en M.DCC.LVI, entre le Roi et l'Imperatrice Reine avec ses Allies. Ou Memoires mi politiques du Lloyd I Traduit & augmentes d~ d'un Precis sur la vie & le caractere de ce General. Par u Franc;;ois [G.-H. de Romance, marquis de Mesmon]. Lo trouve a Bruxelles: chez AF. Pion, Imprimeur - Librai l'Imperatrice, i-xxx.

PEREIRA DA SILVA, ANTONIO (1975). «A primeira suma teologia moral e sua relac;ao com o 11Manual" de kalia, vol. V, 2, 355- 403.

DA TEOR!A QUANTITATIVA DO DINHEIRO

tr>nf1t»•nt1.~n e l~n::J'nn,rn Ribeiro.

in Mathematical Econom~

ILUSTRA<:;:AO 1 A FOLHA DE ROSTO

DO MANUAL DE CONFESSORES E PENITENTES DE FR RODRIGO DO PORTO (COIMBRA, 1549)

Biblioteca Nacional de Portugal

456 ANTON ALEXANDROVICH AF

ILUSTRAc;Ao 2 A FOLHA DO MANUAL DE CONFESSORES E

DE FR. RODRIGO DO PORTO COM AS FONTES DA TEORIA QUANTITATIVA DO

(COIMBRA, 1549)

Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal