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Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Diretoria de Pós-Graduação “LATU-SENSU” em
Educação Infantil e Desenvolvimento
AVM Faculdade Integrada
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
por
Eduardo Magalhães Oswaldo
Rio de Janeiro, Julho, 2011.
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Diretoria de Pós-Graduação “LATU-SENSU” em
Educação Infantil e Desenvolvimento
AVM Faculdade integrada
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Apresentação de monografia
à Universidade Cândido
Mendes como condição
prévia para a conclusão do
Curso de Pós-Graduação em
Educação Infantil e
Desenvolvimento, com a
orientadora Edla Trocoli.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por cada
dia, aos meus pais, esposa e
amigos que me incentivaram
a realizar esta pós.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia aos
meus pais, por estarem sempre me
apoiando em todos os momentos
de minha vida. E, em especial a
minha esposa Rosana por ter me
incentivado a realizar este curso.
5
RESUMO
A busca pela compreensão da importância da educação
infantil tem sido pesquisada por muitos atores e pensadores como
fator fundamental para o desenvolvimento da criança. Desde o final
do século XIX, a educação de crianças pequenas é um fator
fundamental para o desenvolvimento da mesma.
O brinquedo contribui para que a criança tenha
oportunidade de descobrir, desenvolver capacidades, habilidades de
realizar aprendizagens significativas para si mesma. Além do
exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e
objetos.
Com as brincadeiras a criança vai crescer através da
procura de soluções e de alternativas se tornando assim adulto mais
criativo integrado e tolerante à regras.
A proposta deste trabalho é apresentar um breve histórico
das atividades lúdicas, jogos, as condições favoráveis para o
desenvolvimento infantil e orientar as escolas e professores nas
diversas atividades que podem ser trabalhadas com as crianças para
que elas cresçam felizes e saudáveis.
6
METODOLOGIA
A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a
revisão bibliográfica. Utilizou-se como fonte de consulta de livros,
artigos e trabalhos publicados que abordam o brincar, o processo
ensino-aprendizagem e a relação entre ambos. A análise dos dados
foi realizada a partir de uma metodologia descritiva, buscando
demonstrar o lúdico como um recurso pedagógico no processo
ensino-aprendizagem.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO Pág.8 CAPÍTULO I – A Educação Infantil Pág.10 CAPÍTULO II – A criança e seu desenvolvimento Pág.17 CAPÍTULO III – A função do brinquedo no desenvolvimento infantil Pág. 25 CAPÍTULO IV – O papel do professor Pág.33 CONCLUSÃO Pág.40 BIBLIOGRAFIA Pág.42 ÍNDICE Pág.43
8
INTRODUÇÃO
Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças
também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão
inseridas. Nesse sentido, as instituições de educação infantil devem
favorecer um ambiente físico e sociais onde as crianças se sintam
protegidas e acolhidas, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e
vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais
lhe possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si mesmo, dos
outros e do meio em que vivem.
A diversidade de práticas pedagógicas que caracterizam o universo
da educação infantil reflete diferentes concepções quanto ao sentido e
funções atribuídas ao lúdico no cotidiano das pré-escolas. É muito comum
que visando garantir uma atmosfera de ordem e harmonia, algumas
práticas educativas procurem simplesmente suprimir o lúdico, impondo às
crianças de diferentes idades, rígidas restrições posturais.
Em linhas gerais, as conseqüências dessa rigidez podem apontar
tanto para o desenvolvimento de uma atitude de passividade nas crianças
como para a instalação de um clima de hostilidade, em que o professor
tenta, a todo custo, conter e controlar as manifestações motoras infantis.
Os jogos, as brincadeiras, a dança e as práticas esportivas revelam, a
cultura corporal de cada grupo social. Constituindo-se em atividades
privilegiado nas quais o movimento é aprendido e significado.
Dado o alcance que a questão motora assume no cotidiano da
criança, é muito importante que, ao lado das situações planejadas
especialmente para trabalhar o movimento em sua veria dimensões, a
instituição reflita sobre o espaço dado ao movimento em todos os
momentos da vida diária, incorporando os diferentes significados que lhe
são atribuídos pelos familiares e pela comunidade.
9Assim, o lúdico ganha cada vez mais espaço nas escolas, e para
desempenhar bem o papel de professor nesse novo contexto, este deverá
modificar sua postura frente à classe. De dono absoluto do saber, o
educador passa a ser intermediário entre o conhecimento acumulado e o
interesse e a necessidade do aluno.
Portanto, é importante que o aluno incorpore a expressividade e a
mobilidade própria das crianças. Assim, um grupo disciplinado não é
aquele em que todos se mantêm quietos e calados e sim, um grupo em
que vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas
atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas, as brincadeiras
resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como
dispersão ou desordem e sim como uma manifestação natural das
crianças.
10
CAPÍTULO I
A EDUCAÇÃO INFANTIL
Existem algumas definições para Educação Infantil, porém segundo
Celso Antunes é a seguinte: “A Educação Infantil é tudo; o resto, quase
nada... Essa afirmação é absolutamente verdadeira, porém ainda está
limitada a uma simples citação.
É essencial que possamos refletir sobre como fazê-la bem e
descobrir que esse bem fazer depende de investimento. Investir, não só
no espaço físico e no mobiliário, mas principalmente nos profissionais.
Formar pessoas que estão lidando com as crianças, fornecendo
acompanhamento e coordenação do trabalho, possibilitando trocas
através de oficinas, palestras, cursos e uma remuneração digna às
responsabilidades exigidas desses profissionais.
Portanto, segundo Celso Antunes: “Acreditar que a Educação
Infantil é tudo, significa “tudo aprender e tudo fazer” para que esse trajeto
educacional se torne realidade.
Educar ou participar do processo educacional de crianças
pequenas, requer além de um conhecimento técnico e metodológico
diversificado (as situações nem sempre se repetem), uma compreensão
teórica profunda dos prejuízos irreversíveis que uma má educação nessa
idade produz.
Historicamente, no Brasil, a Educação Infantil tem sido encarada de
diversas formas: como função de assistência social, como função sanitária
ou higiênica e, mais recentemente, como função pedagógica. De modo
geral, podemos dizer que, em nosso país, existem dois tipos de educação
infantil, constituindo um sistema educacional que visa, desde a mais tenra
idade, reforçar a exclusão e a injustiça social presente na economia
capitalista: há a “Educação Infantil dos Pobres” e a “Educação Infantil dos
Ricos”.
11“A Educação Infantil dos Pobres” baseia-se na concepção de que
as crianças das classes trabalhadoras tem deficiências de todos os tipos
(nutricionais, culturais, cognitivas, etc), as quais precisam ser
compensadas pela escola, a fim de que, no futuro, as crianças possam ter
alguma instrução e, assim, desempenhar o seu papel na sociedade: o de
trabalhador.
Segundo Winnicott (1982), as mães da classe trabalhadora
precisam de algum lugar onde possam deixar seus filhos durante o dia, e
para isto foram criadas as creches e pré-escolas públicas, local onde as
crianças poderiam suprir as carências provenientes do seu meio ambiente
social. Visto que tais crianças são consideradas muito “carentes”, qualquer
atendimento dado elas é satisfatório, pois já pode ser visto como uma
melhoria nos estímulos que recebem no seu meio ambiente natural.
Deste modo, cria-se um atendimento na Educação Infantil onde
encontramos: classes superlotadas, poucos adultos para atender a um
número grande de crianças; espaços físicos improvisados e inadequados,
onde as crianças não podem se movimentar livremente (porque o espaço
é pequeno e/ou perigoso), bem como não encontram estímulos ou
desafios; despreocupação com os aspectos essenciais da Educação
Infantil, o educar e o cuidar (indissociáveis um do outro), afinal, a criança
está ali apenas para que sua mãe possa trabalhar; adultos que atuam
junto às crianças, com pouca ou nenhuma formação pedagógica, já que
não são considerados como educadores, mas como babás.
Do outro lado, temos a “Educação Infantil dos Riscos”. Ela também
foi criada devido à necessidade que as mulheres/mães, hoje em dia, tem
de trabalhar fora de casa, mas apresenta concepções e práticas
diferentes. Os pais, neste caso pagam caro para que as crianças
freqüentem as “escolinhas”, por isto as instituições esforçam-se para
atender aos anseios das famílias, que esperam garantir a melhor
educação possível para os filhos, preparando-os para as provas que o
futuro reserva, como o vestibular e o mercado de trabalho.
12Aqui a Educação Infantil tem a função de preparar a criança para o
ingresso, com sucesso, na primeira série do ensino Fundamental. Por isto
é preciso desenvolver as habilidades cognitivas: treina-se a coordenação
motora; ensina-se a criança para reconhecer e copiar letras e números; e,
a fim de promover a boa saúde das crianças, ensina-se hábitos de higiene
e boas maneiras. As escolas tem infra-estrutura muito rica, com piscina,
quadras de esportes e salas de informática, além de estarem sempre
limpas, e com murais enfeitados.
Para mostrar o desenvolvimento dos alunos, as escolas procuram
organizar eventos para as famílias, como festas onde as crianças
apresentam números artísticos, acerca de temas relativos às “Datas
Comemorativas”. Ou realizam reuniões pedagógicas onde entregam aos
pais os “trabalhinhos” das crianças; tarefas mimeografadas, o livro didático
preenchido, e as atividades artísticas, além de relatórios sobre as crianças
(sob a forma descritivas ou folhas do tipo questionário de múltipla escolha,
preenchidos pelo professor).
Entretanto, podemos perguntar: Serão estas propostas
pedagógicas, suficientes para garantir o direito das crianças a uma
Educação infantil que estimule o seu desenvolvimento integral. Em busca
de respostas, encontramos algumas pistas, por exemplo, na concepção
do psicanalista Winnicott:
“A função da escola maternal não é ser um substituto para uma
mãe ausente, mas suplementar e ampliar o papel que, nos primeiros anos
da criança, só a mãe desempenha. Uma escola maternal, ou jardim de
infância, será possivelmente considerada, de modo mais correto, uma
ampliação da família “para cima”, em vez de uma extensão “para baixo”
da escola primária”.
A Educação Infantil surgiu quando as mulheres precisaram buscar
seu espaço no mercado de trabalho. Por isso, a educação das crianças de
0 a 6 anos desempenha um importante papel social. Entretanto, não pode
ser considerada substituta das mães, o que acarreta uma confusão de
13papéis, acerca da função da Educação Infantil. Por um lado, provoca uma
desvalorização dos profissionais que atuam neste nível de ensino;
considerando-se que estes educadores não precisam de uma sólida
formação teórico-prática, basta que saibam cuidar adequadamente do
bem estar físico das crianças, evitando sujeira, doença ou bagunça. Por
outro lado, considera-se que esta é uma “extensão para baixo” da escola
fundamental, onde as crianças devem ser treinadas para o acesso à
primeira série. Os educadores, desta forma, também não precisam de
sólida formação (são menos qualificados que os de outros níveis de
ensino), e devem ser mais sóbrios na relação com as crianças, para
facilitar a adaptação destas na 1ª série.
Winnicott aponta um caminho diferente. Quando afirma que a
Educação Infantil seria melhor considerada uma “ampliação para cima da
família”, o autor pretende apontar para o fato de que, ao entrar na escola,
a criança não deixa de lado a vida afetiva (centrada sobretudo na mãe)
que vivia no lar. Ao contrário, ela está ali para ampliá-la, relacionando-se
com os educadores e com outras crianças, de diversas idades, com
valores culturais e familiares diferentes dos seus. É importante, também,
ressaltar que qualquer aprendizagem está intimamente ligada à vida
afetiva. Por tanto não cabe à escola minimizar esta vida afetiva, mas sim
ampliá-la, criando um ambiente sócio afetivo saudável para a criança na
escola.
Acerca destas tarefas de socialização, de natureza sobretudo
afetiva, podemos, também, acrescentar:
“As tarefas das crianças pequenas nas creches e pré-escolas são
muitas e de grande importância para o seu desenvolvimento cognitivo e
emocional, e o principal instrumento de que utilizam são as brincadeiras.
Nesses locais, elas tem de aprender a brincar com as outras, respeitar
limites, controlar a agressividade, relacionar-se com os adultos e aprender
sobre si mesmas e seus amigos, tarefas estas de natureza emocional.O
14fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas se sintam
importantes, livres e queridas.”
Entretanto, segundo Lisboa (2001), a Educação Infantil não se
restringe ao aspecto social e afetivo, embora eles sejam de fundamental
importância para garantir as demais aprendizagens. Porém, qual tipo de
organização pedagógica poderá permear estas aprendizagens.
“A escola dos pequeninos em de ser um ambiente livre, onde o
princípio pedagógico deve ser o respeito à liberdade e à criatividade das
crianças. Nela, os pequeninos devem poder se locomover, ter atividades
criativas que permitam sua auto suficiência, e a desobediência e a
agressividade não devem ser coibidas e, sim, orientadas, por serem
condições necessárias ao sucesso das pessoas.”
Entendemos que a organização do trabalho pedagógico na
Educação infantil deve ser orientada pelo princípio básico de procurar
proporcionar, à criança, o desenvolvimento da autonomia, isto é, a
capacidade de construir as suas próprias regras e meios de ação, que
sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras pessoas, sejam eles
adultos ou crianças. Obviamente, esta construção não se esgota no
período dos 0 ao 6 anos de idade, devido as próprias características do
desenvolvimento infantil. Mas tal construção necessita ser iniciada na
Educação Infantil.
Consideramos que a Educação Infantil tradicional não procura
desenvolver a autonomia, mas sim a heteronomia, ou seja, a
dependência, da criança, de regras e meios de ação ditados pelo adulto. A
heteronomia é característica do pensamento das crianças de 0 a 6 anos,
entretanto, a escola tradicional a reforça. A criança, neste novo modelo
pedagógico, deve sempre esperar a ordem do adulto: ver o modelo do
exercício mimeografado antes de fazê-lo; ver a maneira correta de realizar
um trabalho manual antes de iniciá-lo; esperar que o adulto resolva o
conflito com a outra criança (premiando uma das partes e repreendendo a
15outra); esperar a ordem para que possa levantar-se da cadeirinha e
movimentar-se (como o adulto pede).
O processo ensino-aprendizagem depende muito da motivação do
educando. Considerar as suas necessidades e os seus interesses,
oferecendo-lhe situações para incentivar sua participação nas atividades
propostas, favorecerá grandemente as suas capacidades de: construção
do conhecimento; formação de idéias próprias e originais sobre os fatos;
expressão e criação de forma convicta.
Todos os fatores irão favorecer a formação integral da
personalidade da criança. Diante do exposto até agora, pode-se
finalmente definir como um dos principais objetivos de ensinar brincando :
proporcionar condições favoráveis para que se promova a construção do
conhecimento integral do aluno, levando em conta seus interesses, suas
necessidades e o prazer de ser sujeito ativo desta construção.
Para educar de forma lúdica, temos que entender o universo da
criança e compreender o mecanismo do conhecimento. A atividade lúdica
deve contribuir no processo de aprendizagem e não ser, simplesmente,
um ato para passar o tempo sem finalidade pedagógica.
Também é muito importante que os educadores tenham
consciência da importância de criar “ambientes inteligentes”, além de
reconhecer a inteligência em nossos sistemas mente/corpo.
É preciso que se dedique um tempo para refletir sobre estes
ambientes educativos, que precisam ser estimuladores, agradáveis e
inteligentes.
Atualmente nota-se que em salas de aulas tradicionais, as crianças
parecem ter perdido a alegria que existe nelas fora da sala de aula. Elas
continuam, a gostar de estar na escola, mas pela convivência com outras
crianças, mas não demonstram alegria por estarem na sala de aula.
O ambiente de uma sala de aula voltada para o lúdico, é um
ambiente saudável e alegre. A sala de aula é um lugar atrativo, adequado
16aos interesses das crianças, onde elas encontram lugares próprios para
registrarem suas informações, para expor seus trabalhos.
Embora ainda sejam estigmatizados, as Escolas de Educação
Infantil desenvolvem todas as competências curriculares coerentes com o
nível de desenvolvimento de seus alunos. O professor media e oportuniza
situações de aprendizagem, sempre procurando estimular o poder de
criação das crianças, estimulando sua curiosidade, suas necessidades de
buscar sempre mais do que aquilo que ele encontra ao seu alcance.
17
CAPÍTULO II
A CRIANÇA E SEU DESENVOLVIMENTO
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica. Ela
estabelece as bases da personalidade humana, da inteligência, da vida
emocional, da socialização. As primeiras experiências da vida são as que
marcam mais profundamente a pessoa. Quando positivas, tendem a
reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, de cooperação,
solidariedade, responsabilidade.
A pedagogia mesma vem acumulando considerável experiência e
reflexão sobre sua prática nesse campo e definindo os procedimentos
mais adequados para oferecer às crianças interessantes, desafiantes e
enriquecedoras oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem. A
educação infantil inaugura a educação da pessoa.
Essa educação se dá na família, na comunidade e nas instituições.
As instituições de educação infantil vem se tornando cada vez mais
necessária, como complementares à ação da família, o que já foi afirmado
pelo mais importante documento internacional de educação deste século,
a Declaração Mundial de Educação para Todos.
Avaliações longitudinais, embora ainda em pequeno número,
indicam os efeitos positivos da ação educacional nos primeiros anos de
vida, em instituições específicas ou em programas de atenção educativa,
quer sobre a vida acadêmica posterior, quer sobre outros aspectos da vida
social. Há bastante segurança em afirmar que o investimento em
educação infantil obtém uma taxa de retorno econômico superior a
qualquer outro.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil,
definidas pelo Conselho Nacional de Educação, consoante determinam o
18art.9º, IV da LDB, complementadas pelas normas dos sistemas de ensino
os Estados e Municípios, estabelecem os macros para a elaboração das
propostas pedagógicas para as crianças de 0 de 06 anos.
Brezinski (1994, p.17) afirma que a formação dos profissionais da
educação infantil merecerá uma atenção especial, dada a relevância de
sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento e
aprendizagem. A qualificação específica para atuar na faixa zero a seis
anos inclui o conhecimento das bases científicas do desenvolvimento da
criança, da produção de aprendizagens e a habilidade de reflexão sobre a
prática, de sorte que esta se torne, cada vez mais, fonte de novos
conhecimentos e habilidades na educação das crianças. Além da
formação acadêmica prévia, requer-se a formação permanente, inserida
no trabalho pedagógico, nutrindo-se dele e renovando-o constantemente.
No período dos dez anos coberto por este plano, o Brasil poderá
chegar a uma educação infantil que abarque o segmento etário de 0 a 6
anos (ou 0 a 5, na medida em que as crianças de 6 anos ingressem no
ensino fundamental) sem os percalços das passagens traumáticas, que
exigem “adaptação” entre o que hoje constitui a creche e a pré-escola,
como vem ocorrendo entre esta e a primeira série do ensino fundamental.
As medidas propostas por este plano decenal para implementar as
diretrizes e os referenciais curriculares nacionais para a educação infantil
se enquadram na perspectiva da melhoria da qualidade.
A educação infantil é um direito de toda criança e uma obrigação do
Estado (art.208, IV da Constituição Federal). A criança não está obrigada
a frequentar uma instituição de educação infantil, mas sempre que sua
família deseje ou necessite, o Poder Público tem o dever de atendê-la. Em
vista daquele direito e dos efeitos positivos da educação infantil sobre o
desenvolvimento e a aprendizagem das crianças já constatado por muitas
pesquisas, o atendimento de qualquer criança num estabelecimento de
educação infantil é uma das mais sábias estratégias de desenvolvimento
humano, de formação da inteligência e da personalidade, com reflexos
19positivos sobre todo o processo de aprendizagem posterior. Por isso, no
mundo inteiro, esse segmento da educação vem crescendo
significativamente e vem sendo recomendado por organismos e
conferências internacionais.
As condições concretas de nosso País, sobretudo no que se refere
à limitação de meios financeiros e técnicos, este plano propõe que a oferta
pública de educação infantil conceda prioridade às crianças das famílias
de menor renda, situando as instituições de educação infantil nas áreas de
maior necessidade e nelas concentrando o melhor de seus recursos
técnicos e pedagógicos. Deve-se contemplar, também, a necessidade do
atendimento em tempo integral para as crianças de idades menores, das
famílias de renda mais baixa, quando os pais trabalham fora de casa.
Essa prioridade não pode, em hipótese alguma, caracterizar a educação
pública como uma ação pobre para pobres. O que este plano recomenda
é uma educação de qualidade prioritariamente para as crianças mais
sujeitas à exclusão ou vítimas dela. A expansão que se verifica no
atendimento das crianças de 5 e 6 anos de idade invariavelmente à
universalização, transcendendo a questão da renda familiar.
A norma constitucional de integração das crianças especiais no
sistema regular será, na educação infantil, implementada através de
programas específicos de orientação aos pais, qualificação dos
professores, adaptação dos estabelecimentos quanto às condições
físicas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos. Quando a
avaliação recomendar atendimento especializado em estabelecimento
específicos, diretrizes para essa modalidade constarão do capítulo sobre
educação especial.
2.1 Rotina na Educação Infantil
HORA DA RODA
20Este momento é presente na rotina de diversas instituições de
Educação Infantil, e podemos afirmar, é um dos mais importantes para a
organização do trabalho pedagógico e o desenvolvimento das crianças.
Na roda, o professor recebe as crianças, proporcionando sensações como
acolhimento, segurança e de pertencer aquele grupo, aos pequenos que
vão chegando. Para tal, pode utilizar jogos de mímica, músicas e mesmo
brincadeiras tradicionais, como “adoleta” e “corre cotia”, promovendo um
verdadeiro “ritual” de chegada. Após a chegada, o educador deve
organizar a roda de conversa, onde as crianças podem trocar idéias e
falar sobre suas vivências. Aqui cabe ao educador organizar o espaço,
para que todos os que desejam possam falar, para que todos estejam
sentados de forma que possam verem-se uns aos outros, além de
fomentar as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo
o respeito pela fala de cada um. Através das falas, o professor pode
conhecer cada um de seus alunos, e observar quais são os temas e
assuntos de interesse destas. Na roda, o educador pode desenvolver
atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de
diversos códigos e linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no
calendário, brincadeiras com crachás contendo o nome das crianças,
jogos dos mais diversos tipos (visando apresentá-los às crianças para
que, depois, possam brincar sozinhas) e outras. Também na roda deverão
ser feitas discussões acerca dos projetos que estão sendo trabalhados
pela classe, além de se apresentar às crianças as atividades do dia,
abrindo, também, um espaço para que elas possam participar do
planejamento diário. O tempo de duração da roda deve equilibrar as
atividades a serem ali desenvolvidas e a capacidade de
concentração/interação das crianças neste tipo de atividade.
HORA DA ATIVIDADE
21Neste momento da rotina, o professor organizará atividades onde a
criança, através de ações (mentais e concretas) poderá construir
conhecimentos de diferentes naturezas: Conhecimentos Físicos;
Conhecimentos Lógico-Matemáticos; e Conhecimentos Sociais. As
atividades que proporcionam a construção destes tipos de conhecimentos
podem estar ligadas aos temas dos projetos desenvolvidos pela classe, ou
podem ser resultado do planejamento do professor, criando uma
sequência de atividades significativas. A organização da sala de aula,
para o desenvolvimento de tais atividades, deve proporcionar as crianças
a possibilidade de trocarem informações umas com as outras, e de se
movimentarem, e de atuarem com autonomia. Assim sendo, é importante
que a disposição dos móveis e objetos na sala torne possível: que as
crianças sentem em grupos, ou próximas uma das outras, que haja
espaço para circulação na sala de aula e que os materiais que as crianças
necessitarão para desenvolver as atividades estejam ao seu alcance, e
com fácil acesso. Estas atividades também podem ser realizadas em
espaços fora da sala de aula, como por exemplo: se a turma está
desenvolvendo um projeto sobre insetos, pode dar uma volta no jardim da
escola, à procura de exemplares para o seu “insentário”. De qualquer
modo, é necessário que o professor planeje as atividades oferecidas, que
forneça as crianças os materiais necessários para a sua realização e,
sobretudo, esteja presente, ouvindo as crianças e auxiliando-as, pois
somente assim ele poderá compreender o desenvolvimento das crianças
e planejar atividades cada vez mais adequadas às necessidades delas.
Para realizar este acompanhamento, o professor pode planejar e oferecer
ao grupo atividades diversificadas, em que cada criança escolhe, dentre
as várias atividades disponíveis, em qual se engajará primeiro.
222.2 O adulto como um dos mediadores no desenvolvimento infantil.
Nenhuma proposta de organização do trabalho pedagógico está
completa sem expressar sua concepção sobre avaliação. Afinal, a forma
como os educadores realizam suas avaliações sobre os alunos
expressam, em último grau, a sua concepção de educação. Seja como
uma educação repressora e bancária, onde o professor deposita o
conhecimento, que o aluno deve reproduzir. Ou como uma educação
progressista e democratizadora, voltada para o pleno desenvolvimento do
ser humano, de sua consciência crítica, de sua capacidade de ação e
reação. Nesta última visão a avaliação não tem a função de medir,
comparar, classificar, e aprovar/reprovar, excluindo aqueles que não
chegam ao padrão preestabelecido. Mas a função de proporcionar ao
professor uma melhor compreensão sobre a aprendizagem dos alunos,
avaliando constantemente o trabalho pedagógico por ele oferecido aos
alunos, a fim de poder superar as dificuldades encontradas. É esta a
concepção de defendemos.
No que se refere à Educação Infantil, esta postura avaliativa,
significa a adoção de “posturas contrárias à constatação e registro de
resultados alcançados pelas crianças a partir de ações dirigidas pelo
professor, buscando, ao invés disso, ser coerente à dinâmica do seu
processo de desenvolvimento, a partir do acompanhamento permanente
da ação da criança e da confiança na evolução do seu pensamento. Tal
postura avaliativa mediadora parte do princípio de que cada momento de
sua vida representa uma etapa altamente significativa e precedente as
próximas conquistas, devendo ser analisado no seu significado próprio e
individual em termos de estágio evolutivo de pensamente, de suas
relações interpessoais. E percebe-se, daí, a necessidade do educador
abandonar listagens de comportamentos uniformes, padronizados, de
buscar estratégias de acompanhamento da história de cada criança vai
constituindo ao longo de sua descoberta do mundo. Acompanhamento no
23sentido de mediar a sua ação, favorecendo-lhe desafios, tempo, espaço e
segurança em suas experiências. (HOFFMANN, 1996).
Esta proposta de avaliação concebe o professor/adulto como
mediador. Isto significa que não é esperado que, na avaliação, a criança
reproduza os conhecimentos que o professor transmitiu. Pois aqui o
professor não é a única “fonte” de conhecimento. O conhecimento surge
da relação que a criança estabelece com as outras crianças (de diferentes
idades), com os adultos (pais, professores e outros), com o meio ambiente
e com a cultura. Portanto, ela jamais irá reproduzir uma informação
recebida, mas sim irá fazer a leitura desta informação, de acordo com os
recursos de que dispõe. O professor, as outras crianças, o meio, a cultura,
todos estes elementos são agentes mediadores entre a criança e a
informação. Entre conhecimento e desenvolvimento. Entre cultura e
inovação.
Por isto, não há como avaliar a criança de acordo com expectativas
preestabelecidas pelo adulto. Não é possível preencher listas, formulários
ou boletins, por isto tudo significaria comparar e medir, classificando as
crianças. O registro da avaliação deve ser o registro da história vivida pela
criança, pelo período descrito. Desta forma podem ser utilizados relatórios
descritivos e port-fólios, por exemplo. Quanto aos relatórios descritivos,
estes devem ser elaborados de maneira que “ao mesmo tempo que refaz
e registra a história do seu processo dinâmico de construção do
conhecimento, sugere, encaminha, aponta possibilidades da ação
educativa para pais, educadores e para própria criança. Diria até mesmo
que apontar caminhos possíveis e necessários para trabalhar com ela é o
essencial num relatório de avaliação, não como lições de atitudes à
criança ou sugestões de procedimentos aos pais, mas sob a forma de
atividades a oportunizar, materiais a lhe serem oferecidos, jogos, posturas
pedagógicas alternativas na relação com ela.
Enfim, esta é uma proposta de avaliação em que não apenas a
criança é avaliada, mas todo o trabalho pedagógico oferecido a ela
24também é avaliado, repensado e modificado sempre que necessário. Não
é uma avaliação final, pontual, retratando um único momento da criança.
Mas uma avaliação processual, que, entretanto, é registrada
periodicamente.
25
CAPÍTULO III
A FUNÇÃO DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
O brinquedo é o elemento possibilitador dos avanços efetivos e
cognitivos. Ao recuperar a história de vida de cada criança, a auxilia a
pensá-la, repensá-la e relacioná-la a outras vivências também
significativas buscando o exercício da reflexão. A brincadeira além de
desenvolver uma série de atividades lúdicas assume uma fundamental
importância no processo de aprendizagem infantil, assume a função de
promover o desenvolvimento da criança enquanto indivíduo, e a
construção do conhecimento. A brincadeira não pode ser considerada
uma atividade complementar, mas sim uma atividade fundamental
pedagógica.
A escola não pode ser vista como um local onde a brincadeira
ocorre como meio e fim, ou seja, brincar por brincar, mas que haja
condições para a criança adquirir o conhecimento formal e o
desenvolvimento dos processos do pensamento, para que nela a criança
aprenda a forma de se relacionar com o próprio conhecimento. A princípio
o professor observa as inter-relações entre as crianças, de seus
interesses, para partir dessas observações em conjunto com os
conhecimentos necessários para o processo educativo, necessita
programar atividades no sentido de possibilitar novas aprendizagens. Pois
toda criança pode construir e ampliar conceitos na interação de outras
crianças ou indivíduos mais experientes, os quais ela não teria condições
de realizar sozinha. É através da brincadeira que a criança é inserida
neste meio social.
26 As brincadeiras assumem características diferentes nos vários
períodos no desenvolvimento. Inicialmente temos o jogo do exercício,
onde a criança repete uma determinada situação por ter gostado do seu
efeito (por puro prazer); por volta principalmente dos 2-3 anos e 5-6 anos
temos a ocorrência dos jogos simbólicos, pois nesta fase a criança sente
necessidade de representar o acontecido e não apenas de relembrar
mentalmente. Posteriormente surgem os jogos de regras, que se
transmitem socialmente de criança para criança e aumentam, portanto, de
importância com o progresso da vida social da criança.
Esta diversidade de formas e funções que o brincar assume na
infância em primeiro lugar nos revela sua complexidade, em seguida nos
sugere que compreender sua importância na infância deve passar
necessariamente pela compreensão da importância que a atividade lúdica
tem para o ser humano em qualquer idade e para o desenvolvimento
cultural de um povo.
É através de uma educação lúdica, de qualidade que pressupõe
uma criança construir seu conhecimento, possibilitando seu
desenvolvimento adequado, dando-lhe condições de executar com maior
probabilidade e êxito as atividades propostas.
Com os jogos (brinquedos) a criança passa a conseguir desvincular
o significado do signo, ou melhor, ela é capaz de dizer que um cabo de
vassoura é um cavalo pelo fato de não poder usá-la como um cavalo. Vale
lembrar que a criança de 3 anos ainda não é capaz de fazer a relação
descrita acima.
“O brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal na
criança” (Oliveira, 1993, p.67). A Zona de Desenvolvimento Proximal
define as coisas que as crianças não sabem, que não foram
amadurecidas, mas que irão “brotar”. Ela está em constante
transformação: hoje a criança só é capaz de realizar determinadas
atitudes com a ajuda de um adulto, porém “amanhã” será capaz de
realizá-la sozinha.
27 O brinquedo não é uma coisa séria para a criança, pois permite a
elas fazer fluir sua fantasia, sua imaginação, justamente por não ser sério
é que ele se torna importante, pois é a não seriedade que dá seriedade ao
brinquedo. As crianças fazem do brinquedo uma ponte para o seu
imaginário, um meio pelo qual externam suas criações e suas emoções. O
brincar ganha densidade, trás enigmas, comporta leituras mais profundas,
vivas, ricas em significados. As crianças aplicam no brinquedo toda sua
sensibilidade sem duvidar daquilo que é dado, daquilo que é aparente.
Pois brincando com uma boneca ou um carrinho não é apenas uma
boneca ou um carrinho, é tudo aquilo que sua imaginação desejar. Elas
querem sonhar, exercitar todos os sentidos com seus brinquedos e, junto
a eles, explorar, sentir e conhecer o mundo. O brinquedo é capaz de
revelar as contradições existentes entre a perspectiva adulta e infantil. É
através do brinquedo que a criança faz sua excursão no mundo, trava
contato com os desafios e busca saciar sua curiosidade.
Por intermédio da brincadeira, a escola pode viabilizar a construção
de conhecimentos de forma prazerosa, garantindo a motivação intrínseca
necessária para a aprendizagem.
Os jogos, na escola, devem ser empregados de acordo com a faixa
etária dos alunos e suas necessidades. Não é apropriação da professora.
Ela não é a “dona” do jogo.
Se a criança está em fase de alfabetização, aprendendo a escrever
seu nome e as palavras de sua língua, a escola pode lhe propor jogos de
exercício, a fim de que os esquemas de ação motora, tão necessários
para esta tarefa, sejam adquiridos. A abolição total de exercícios, pela
escola, longe de ser uma indicação construtivista, é o total
desconhecimento das teorias a este respeito.
Quando o domínio da leitura e da escrita já está suficientemente
garantido, os jogos simbólicos são chamados à cena, para garantir a
entonação, a análise dos personagens de um texto, o brincar que a
28linguagem oral e escrita propicia, num recriar incessante de novas formas
e estilos.
3.1 Faz de conta
O faz de conta surge por volta de três anos, nesta fase a criança
dedica-se longos momentos ao jogo solitário criando e assumindo
diferentes papéis. A criação de personagens imaginários é um jogo no
qual se constata o progresso da criança com relação à coerência. A
medida que evolui, o faz de conta assume diferentes funções dependendo
do contexto em que se realiza.
Quando a criança não pode participar do mundo adulto, ela realiza
seus desejos através do faz de conta, pois é através do faz de conta que a
criança tem a possibilidade de experimentar diferentes papéis sociais que
conhece e vivencia no cotidiano de sua história de vida.
Sabe-se que toda a criança ao chegar da escola já traz consigo
uma ampla bagagem de conhecimentos e estes devem ser considerados
pela escola, pois é entre a palavra e o mundo que os educadores devem
ser preocupar, a qual poderá tornar-se a principal intermediária entre o
leitor e o mundo. Faz-se necessário que na escola estejam previstos na
rotina escolar, períodos destinados ao jogo livre, permitindo que as
crianças interajam entre si e com os objetos de forma espontânea.
É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a
vitória da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-o a cada novo
brincar.
Na concepção de Rizzo (1987), o jogo é fundamental, pois
brincando e jogando, a criança amplia seus esquemas corporais e mentais
aprendendo e assimilando o mundo que a cerca, bem como produz e
reproduz, transformando o real que se apresenta, conforme seus desejos
e interesses na busca de seu ideal.
29 Compreender a brincadeira como mais um eixo de organizador do
trabalho, é de fundamental importância, pois é através dela que se
estabelece o vínculo entre o imaginário e o real. È através da brincadeira
do faz de conta que a criança tem a possibilidade de trabalhar com a
imaginação. A criança organiza o seu pensamento através de vivências
simbólicas, elaborando o seu real. A brincadeira constitui-se em um
momento de aprendizagem em que a criança tem a possibilidade de viver
papéis, de elaborar conceitos e ao mesmo tempo exteriorizar o que pensa
da realidade. Assim, a brincadeira é uma atividade humana e social,
produzida a partir de seus elementos culturais, deixa de ser encarada
como uma atividade inata.
3.2 O jogo simbólico
É importante que o educador observe que as crianças brincam,
como estas brincadeiras se desenvolvem o que mais gostam de fazer, em
que espaços preferem ficar, o que lhes chama mais atenção, em que
momentos do dia estão mais tranqüilas ou mais agitadas. Este
conhecimento é fundamental para a estruturação espaço-temporal tenha
significado. É importante que nos períodos de jogos de livre escolha às
crianças tenham o tempo para construir a brincadeira e desenvolvê-la.
Pois a capacidade de imaginação da criança transforma
sensivelmente a forma de interação dela com o mundo. Ela passa a
inventar o mundo, surgindo novas maneiras de interpretá-lo, que
caracteriza um novo tipo de atividade lúdica denominada jogos simbólicos.
Os jogos simbólicos ocorrem a partir da aquisição da representação
simbólica, pela imitação, pois a criança é capaz de imitar algo presente.
Esses jogos de imitação ocorrem entre dois ou três anos de idade pela
utilização do seu corpo todo, onde ela assume papéis imitando vozes,
gestos e formas de locomoção.
30 O jogo simbólico constitui uma atividade real essencialmente
egocêntrica e sua função consiste em atender o eu por meio de uma
transformação do real em função de sua própria satisfação. O jogo é um
vínculo que une a vontade e o prazer durante a realização de uma
atividade.
No jogo simbólico as crianças tornam-se autoras de seus papéis,
escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e
conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e
solucionar problemas de formas livres das pressões e situações da
realidade imediata.
O brinquedo simbólico ocorre também em função de expressões e
ações culturais. A complexidade destas brincadeiras dependem das
experiências físicas e sociais vividas pelas crianças, enriquecendo seu
repertório e nutrindo seu imaginário.
O jogo desde cedo é de fundamental importância na vida da
criança, pois enquanto ela brinca está explorando e manuseando tudo
aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos e mentais sem se
sentir coagida pelo adulto, onde passa a ter sentimentos de liberdade e
satisfação pelo que faz dando valor e atenção as atividades vivenciadas.
A criança brinca porque gosta de brincar e é aí que reside sua liberdade e
o jogo é uma atividade que parte da própria vontade do ser humano.
Portanto a intervenção do adulto no jogo da criança fez-se necessária se
esta se apresentar de uma forma de orientação e incentivo cada vez mais
naquilo que é proposto ou descoberto por ela mesmo. É através do jogo
que a criança apresenta características de um ser livre motivado por uma
necessidade de realidade pessoal. Podemos perceber que a maior parte
do tempo na idade infantil é dedicada ao jogo e esta dedicação e interesse
se dá a partir do momento que são oferecidos a criança objetos e
situações de entreterimento, e esta atitude do adulto só terá
características de jogo se for absorvido pela criança no sentido de prazer
e esta necessidade deve ser respeito e entendida como um aspecto
31importante na vida dela. O jogo tem por função permitir ao indivíduo
realizar o seu, ostentar a sua personalidade e seguir seus interesses.
Aos poucos os jogos e brinquedos vão possibilitando as crianças,
as experiências de buscar coerências e lógica nas suas ações,
governando a si e ao outro. Elas passam a pensar sobre suas ações nas
brincadeiras, sobre o que falam e sentem, não só para que os outros
possam compreendê-las, mas também para que continuem participando
das brincadeiras.
É muito interessante recriar espaços para jogos espontâneos como:
canto de boneca, biblioteca, teatro, blocos de madeiras, jogos pátio como:
jogo de tiro ao alvo, boliche, corrida no saco, corrida com colher, com
empecilhos com limites de espaço e tempo, ovo choco, cantigas de roda,
polícia e ladrão, brincar com palavras através de trava língua, caça
palavras, adivinhas, carta enigmática, diagramas, poesias, paródias e
muita outras brincadeiras, pois todo mundo brinca se você brinca. O
momento de resgatarmos o prazer de estarmos brincando juntos, afetos,
solidariedade, compreensão que só as brincadeiras com os outros podem
nos proporcionar.
Nesse resgate buscaremos como educadores novos modos de
educação que garantem que o brincar faz parte da criança.
Sabemos que através do jogo e pelo brinquedo a criança vai se
constituindo como sujeito e se organizando. A criança parte primeiro das
brincadeiras com o seu corpo para os poucos ir diferenciando os objetos
ao seu redor. Desde bem pequena a criança vai conhecer o mundo, isso
depende das relações que constituem aos que estão à sua volta e como
eles interagem, é pelo brincar que as crianças expressam e se comunicam
e é através das brincadeiras que elas começam a experimentar e a fazer
interações com os objetos e as pessoas que estão a sua volta.
Faz-se necessário oferecer as crianças pequenas a possibilidade
da brincadeira ou de jogos simbólicos que em algum momento são
organizados e dirigidos por eles e, em outro momento, organizados pelo
32educador, porém de livre opção das crianças. A possibilidade de participar
desde a construção, dos mais diferentes materiais como fantasia,
máscaras, fantoches, dramatizações, se constituem em um espaço de
vivência onde a criança trabalha como imitação e a representação.
Sabemos que hoje vivemos em uma sociedade em que a violência
se encontra a todo momento e nossas crianças ao buscar recursos no
ambiente que as cerca, vão se apropriando deste rico vocabulário, que é a
violência, gerada pela sociedade, a cultura lúdica está marcada por esta
estrutura, nos jogos derivando uma aparência de espontaneidade da
brincadeira de guerra, como toda a brincadeira, é uma construção social.
33
CAPÍTULO IV
O PAPEL DO PROFESSOR
“É necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, o
que supõe ter objetivos e consciência da importância de sua ação em
relação ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças”.
Tânia Ramos Fortuna
Este capítulo é fundamental, pois trata a questão da formação do
profissional que irá atuar na pré-escola, e este por sua vez, precisa e deve
estar ciente de seu papel perante os pequeninos ou seja, da sua
responsabilidade pedagógica, visto que houve crescente amadurecimento
no conceito de Educação Infantil, principalmente após a Lei de Diretrizes e
Bases nº 9394/96 que sinaliza em seu texto que a educação infantil é a
primeira etapa da educação básica.
Para que esta mudança ocorra de forma plena e satisfatória, é
preciso que os cursos de formação de professores ou o magistério
superior, estejam engajados na luta para uma formação de qualidade
também voltada para profissionais que atuam ou vão atuar na educação
infantil. São poucas as faculdades e universidades que oferecem esta
área como formação. Da mesma forma acontece com os cursos de pós-
graduação; até mesmo pelo fato da procura não ser muito grande.
A área da educação infantil deve ser vista como essencial na
formação do professor, pois é a base da formação do aluno, é onde o
professor poderá desenvolver um trabalho visando a construção do saber,
estimulando o aspecto cognitivo, afetivo e social da criança.
É importante considerar que a educação é um processo dinâmico e
se pode prever em termos comportamentais é muito pouco e pobre em
relação à riqueza do que ocorre no processo educativo.
34È preciso que o educador tenha sempre presente para si que o
conhecimento não é algo pronto e acabado, mas algo em constante
movimento e transformação.
Importante também acrescentar, as recomendações feitas pela
Associação Nacional pela Formação de Profissionais da Educação -
ANFOPE, em 1980, no que diz respeito ao educador:
• Ter docência como base da sua identidade profissional;
• Dominar o conhecimento específico de sua área, articulado
ao conhecimento socialmente produzido, que lhe permita
perceber as relações existentes entre as atividades
educacionais e a totalidade das relações sociais em que o
processo educacional ocorre;
• Ser capaz de atuar como agente de transformação da
realidade na qual se insere.
O profissional da educação infantil deve ter em mente pensamentos
desafiadores, inquietos, responsáveis e sobretudo estudiosos para que se
mantenham sempre ao lado dos avanços científicos da pedagogia, da
psicologia, da psicopedagogia e porque não da neurologia.
Estes grandes profissionais devem dominar estratégias de ensino
que possibilitem que as crianças ensaiem, estruturem projetos, façam
explorações, elaborem hipóteses, desenvolvam conjecturas que as ajude
a sair do egocentrismo; que seja um lançador de desafios; propositor de
problemas e um motivador, jamais incutindo conhecimentos, mas
intermediando a construção de conceitos e de significações.
O professor ao desenvolver trabalhos voltados para a faixa etária
em que atua, deve ter seu olhar voltado para o desenvolvimento humano;
ter comprometimento com a profissão, com as conquistas.
A educação infantil que desejamos é aquela que privilegia a
existência plena da criança naquilo que lhe é próprio e específico. Isto
exige a contribuição de tudo aquilo que compõe o universo escolar: a
35pessoa da criança, dos profissionais, seus colaboradores, os conteúdos
escolares e curriculares, os objetos, a instituição.
A escola proposta é um lugar de satisfação, altamente gratificante.
Esta proposta exigirá dos profissionais da educação infantil a reconquista
do entusiasmo cultural, da confiança de que a cultura que eles introduzem
na escola pode dar satisfação, produzir sentimentos profundos de
realização.
Numa visão de educação infantil global, não há como discriminar
nem pessoas, nem tarefas; não há funções nobres e meio nobres.
O que deve ser garantido como meta é a formação do profissional
em nível superior e um plano de carreira para estimular a busca da
melhoria, de desemprego e de qualificação do mesmo dentro da opção
que fazemos da educação para nossa criança.
O professor que atua na área da educação infantil, deve sempre ter
como base o referencial do seu aluno com um todo; um conjunto formado
de conhecimentos, fragilidades, emoções, aptidões, medos, insegurança,
enfim sentimentos e desejos que estão inseridos no universo pré-escolar,
principalmente para aqueles que nunca tiveram contato com uma escola;
o famoso e conhecido “processo de adaptação”.
Apesar do jogo se uma atividade espontânea nas crianças, isso não
significa que o professor não necessite ter uma atitude ativa sobre ela,
inclusive, uma atitude de observação que lhe permitirá conhecer muito
sobre as crianças com que trabalha.
Por não conhecerem com profundidade todos os aspectos
envolvidos nas brincadeiras infantis, alguns educadores da Educação
Infantil, fazem um uso equivocado dos jogos e brincadeiras. Ás vezes,
criam uma metodologia baseada na estrita dependência da orientação do
professor, com o objetivo de “tirar o máximo proveito dos jogos”, ou então,
fazem o oposto: deixam a criança brincar como quiser, de acordo com
suas necessidades, como se a brincadeira não precisasse de aportes
culturais. Com essa concepção espontaneísta, o professor abdica seu
36papel na interação e interlocução com o aluno, deixando de ser seu
parceiro no processo de desenvolvimento cognitivo.
A ação pedagógica do professor consiste, ao contrário, em criar
condições para o aluno explorar os recursos de que dispõe e orientá-lo
nesse trabalho.
A conduta educacional determina o sucesso da aprendizagem. O
educador precisa oferecer liberdade do movimento à criança e, ao mesmo
tempo, conduzi-la à aquisição de novas descobertas, observando as
seguintes condutas:
• Observador – Estar atento: Aos acontecimentos, afastando
os perigos e evitando eventuais acidentes; às reações e
comportamento das crianças; aos novatos e as crianças
amedrontadas; ouvir e perceber o que as crianças lhe
mostram.
• Facilitador – Criar situações convidativas à brincadeira pela
disposição de material, dentro do possível, numeroso e
variado. Oferecer situações cada vez mais variadas, em que
ela própria possa se corrigir e se aperfeiçoar. Mostrar
interesse pelas sugestões das crianças.
• Incentivador – Usar expressões de incentivo e elogio para
com todas as crianças. Estimulá-las constantemente.
• Atuante – Participar sempre que possível das atividades
como se também fosse criança. Tendo o professor como
alguém que leva em conta suas características e
necessidades e atua diretamente junto a ela, a criança vai
adquirindo segurança em relação ao que é e ao que pode vir
37a ser, desenvolvendo sua capacidade de autoconhecimento
e auto-aceitação.
Tentar induzir a criança a determinados resultados ou não lhe dar
tempo para suas próprias descobertas seria privá-las da capacidade de
aprender.
4.1 – A Avaliação na Educação Infantil
A Avaliação envolve julgamento de valores quanto a qualidade do
processo desencadeado. Envolve também, tomada de decisão acerca
deste processo, redundando na aceitação ou transformação de uma
situação detectada.
A Avaliação tem importância social e política, crucial no fazer
educativo. Essa importância está presente em todas as atividades e
estratégias avaliativas adotadas, ou seja, ela é na verdade parte
integrante dessa proposta.
O educando será avaliado mediante acompanhamento diário de
sua evolução e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção. A promoção deverá ser automática.
A Avaliação educacional requer um olhar sensível e permanente do
professor para compreender as crianças e responder adequadamente ao
aqui e agora de cada situação. Perpassa todas as atividades, mas não se
confunde com aprovação/reprovação. Sua finalidade não é excluir, mas
exatamente o contrário: incluir as crianças no processo educacional e
assegurar-lhes êxito em sua trajetória por ele.
Avaliar a Educação Infantil implica detectar mudanças em
competências das crianças que possam ser atribuídas tanto ao trabalho
realizado na creche e pré-escola quanto à articulação dessas instituições
com o cotidiano familiar. Implica analisar, com base em escalas de
valores, as mudanças evidenciadas. Exige o redimensionamento do
38contexto educacional – repensar o preparo dos profissionais, suas
condições de trabalho, os recursos disponíveis, as diretrizes defendidas,
os indicadores usados – para promove-lo ainda mais como ferramenta
para o desenvolvimento infantil. Envolve conhecer os diversos contextos
de desenvolvimento de cada criança, sendo um retrato aberto, que pontua
uma história coletivamente vivida, ponta possibilidades de ação educativa,
avalia as práticas existentes. Trata-se de um campo de investigação, não
de julgamento, que contribui decisivamente para a busca de uma proposta
pedagógica bem delineada.
4.2 – Possíveis Consequências da Falta de Atividades
Envolvidas pela agitação da vida moderna, principalmente nas
cidades, onde os adultos quase não tem tempo para elas, onde os
quintais foram substituídos por áreas cimentadas, onde os brinquedos
industrializados invadem os mercados, onde falta-lhes a companhia de
outras crianças, os pequenos quase não vivenciam mais as brincadeiras.
O que mais lhes faltam são estímulos variados, para que possam
realmente experimentar algo diferente, e então posteriormente fazer suas
escolhas. Cedo se acostumam a reagir mais como espectadores e
ouvintes do que como atuantes. Perdem assim tanto as satisfações que a
participação ativa em livre escolha proporciona, quanto suas contribuições
à saúde e ao desenvolvimento. Desperdiçam oportunidades ímpares de
explorar as suas próprias capacidades, de exercitá-las, de fazê-las crescer
para as descobrirem.
Submetem-se a modelos impostos. Perdem ocasiões excelentes de
investigar as possibilidades ao seu redor e dominá-las.
É muito importante perceber o significado do brincar para a criança.
Dentro da nossa sociedade, os brinquedos estão cada vez mais
sofisticados e visam muito mais a satisfação do adulto do que das
necessidades infantis. É necessário que se conheçam as necessidades do
39desenvolvimento infantil para proporcionar as oportunidades de que
nossas crianças tanto precisam.
Através de brincadeiras e atitudes das crianças em relação aos
brinquedos, podemos descobrir até mesmos as causas de possíveis
problemas emocionais, afetivos e etc.
40
CONCLUSÃO
Ao fim deste trabalho, chegou-se aos seguintes resultados:
Ao contrário do que muitos pensam, a brincadeira, é uma atividade
séria e importante para a formação e o aprendizado do aluno, o professor
precisa ter formação e conhecimento específico para lidar com a
Educação Infantil, bem como a Educação em qualquer nível, pois são nos
primeiros anos de vida que a criança adquire todos os esquemas
necessários à aprendizados futuros.
Tendo em vista que o lúdico tem o poder de facilitar no progresso
da personalidade integral da criança, nas funções psicológicas,
intelectuais, morais e sociais. É por meio do brincar que a criança torna-se
um ser ativo no seu próprio desenvolvimento, construindo seus
pensamentos e adaptando-se ao ambiente, dessa maneira pode-se
afirmar que o brincar não é somente um facilitador da aprendizagem, mas
sim um fator fundamental e essencial para um bom desenvolvimento
global do indivíduo, pois possibilita a criança a melhorar sua relação com
outras pessoas, assumir responsabilidade, adaptações a situações
frustradoras e percepção geral de si mesmo como sujeito.
Como se demonstrou ao longo da pesquisa, a criança aprende
brincando, o brinquedo é uma necessidade, ela busca a satisfação de
seus desejos imediatos. A criança está sempre pronta para criar outros
sentidos para os objetos que possuem significados fixados pela cultura
dominante, a criança conhece o mundo enquanto cria, e ao criar ela nos
revela a verdade da realidade em que se encontra.
O brincar é atividade própria da criança, sua forma de estar diante
do mundo social e físico e interagir com ele, a porta pela qual entra em
contato com outras pessoas e com as coisas, o instrumento para a
construção coletiva do conhecimento. Se a criança necessita brincar para
ser ela mesma, para desenvolver-se, para construir conhecimentos,
41expressar suas emoções, entender o mundo que chega até ela, pode-se
afirmar que a criança tem o direito de brincar e que os adultos
(principalmente os educadores) tem obrigação de possibilitar o exercício
desse direito, assegurando a sobrevivência dos sonhos e promovendo ma
construção de conhecimentos vinculada ao prazer de viver.
É fundamental ao educador a perfeita concepção do lúdico como
recurso pedagógico, exigindo-se desta nova postura profissional uma
visão do mundo atual, no qual cada fenômeno se estabelece no conjunto
das relações, onde tudo interage exercendo influência, onde nada mais
encontra pronto e acabado, não havendo mais espaço para verdades
absolutas.
Acredita-se que o papel do professor é, além de ser orientador,
estar presente em todas as atividades, auxiliando quando necessário,
sugerindo e estimulando para que a criança brincando aprenda, e
aprendendo ela é feliz.
Espera-se que os educadores adotem cada vez mais a dinâmica
lúdica e percebam a importância de sua aplicação na aprendizagem,
proporcionando à criança um clima prazeroso, cheio de alegria e
espontaneidade, propondo atividades e estimulando-as que descubram o
mundo e a si mesmas, para isto, elas precisam ser ouvidas e viver
intensamente cada experiência.
42
BIBLIOGRAFIA
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Petropólis, RJ, Vozes, 2004;
KRAMER, Sônia. Com a escola nas mãos; uma alternativa
curricular para a Educação Infantil. São Paulo, Ática, 1999, 13ª
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PEREIRA, Mary Sue Carvalho. A descoberta da criança:
introdução à Educação Infantil. Rio de Janeiro: WAK, 2002;
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ZANOTTI, C.R. O brincar na visão dos professores da pré-escola.
Espírito Santo: Criarte, 1996;
OLIVEIRA, V.B de org. O brincar e a criança do nascimento aos
seis anos. Petropólis: vozes, 2000;
43
ÍNDICE
Folha de Rosto Pág.2
Agradecimento Pág.3
Dedicatória Pág.4
Resumo Pág.5
Metodologia Pág.6
Sumário Pág.7
Introdução Pág.8
Capítulo I Pág.10
Capítulo II Pág.17
2.1 Pág.19
2.2 Pág.22
Capítulo III Pág.25
3.1 Pág.28
3.2 Pág.29
Capítulo IV Pág.33
4.1 Pág.37
4.2 Pág.38
Conclusão Pág.40
Bibliografia Pág.42
Índice Pág.43
44