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Principais modelos atômicos Modelo Atômico de Thomson (1898) Com a descoberta dos prótons e elétrons, Thomson propôs um modelo de átomo no qual os elétrons e os prótons, estariam uniformemente distribuídos, garantindo o equilíbrio elétrico entre as cargas positiva dos prótons e negativa dos elétrons.

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Principais modelos atômicos

Modelo Atômico de Thomson (1898)

Com a descoberta dos prótons e elétrons, Thomson propôs um

modelo de átomo no qual os elétrons e os prótons, estariam

uniformemente distribuídos, garantindo o equilíbrio elétrico entre as

cargas positiva dos prótons e negativa dos elétrons.

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Principais modelos atômicos

Modelo Atômico de Rutherford (1911)

Rutherford bombardeou uma fina lâmina de ouro (0,0001 mm) com partículas

"alfa" (núcleo de átomo de hélio: 2 prótons e 2 nêutrons), emitidas pelo "polônio"

(Po), contido num bloco de chumbo (Pb), provido de uma abertura estreita, para

dar passagem às partículas "alfa" por ele emitidas.

Envolvendo a lâmina de ouro (Au), foi colocada uma tela protetora revestida de

sulfeto de zinco (ZnS).

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Principais modelos atômicos

Modelo Atômico de Rutherford (1911)

Observando as cintilações na tela de ZnS, Rutherford verificou que

muitas partículas "alfa" atravessavam a lâmina de ouro, sem sofrerem

desvio, e poucas partículas "alfa" sofriam desvio. Como as partículas

"alfa" têm carga elétrica positiva, o desvio seria provocado por um

choque com outra carga positiva, isto é, com o núcleo do átomo,

constituído por prótons.

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Principais modelos atômicos

Modelo Atômico de Rutherford (1911)

Assim, o átomo seria um imenso vazio, no qual o núcleo ocuparia uma pequena

parte, enquanto que os elétrons o circundariam numa região negativa chamada de

eletrosfera, modificando assim, o modelo atômico proposto por Thomson.

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Estrutura Eletrônica dos átomos 2- O EFEITO FOTOELÉTRICO

Em 1905, Albert Einstein utilizou a Teoria Quântica de Planck para explicar o Efeito

Fotoelétrico.

A luz incidindo sobre uma superfície metálica

limpa leva-a emitir elétrons. Cada metal

possui uma frequência mínima de luz abaixo

da qual nenhum e- é emitido.

O princípio do Efeito Fotoelétrico é usado

nas fotocélulas.

Einstein supôs que a energia radiante que atinge a superfície é um fluxo de

pacotes mínimos de energia (fótons). Cada fóton deveria ter uma energia

proporcional à frequência da luz: E=hν. Se os fótons têm mais energia do que a

Emin necessária, o excesso aparece como energia cinética dos e- emitidos.

0

2

2

1Ehvmv

00 hvE

E0= energia mínima necessária para “arrancar” o e- do átomo = “função trabalho”

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- OS ESPECTROS DE EMISSÃO DOS GASES

Espectro:

Gases submetidos à

descargas elétricas:

(a) Hidrogênio

(b) neônio

Os espectros de linhas (raias) de

(a) NaI e (b) H

Espectro contínuo da luz visível

Espectro descontínuo dos gases

Diagrama que expressa a frequência associada a cada componente ondulatória de

um dado sistema como função do respectivo comprimento de onda.

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Em 1885, o suiço Johann Balmer observou que os

comprimentos de onda das quatro linhas do hidrogênio

encaixavam em uma fórmula simples. Descobriu-se que

linhas adicionais ocorriam nas regiões do UV e do

Infravermelho. Rapidamente a equação de Balmer foi

estendida para uma equação mais geral, chamada equação

de Rydberg, que permitiu calcular os comprimentos de onda

de todas as linhas espectrais do hidrogênio:

2

2

2

1

11)(

1

nnRH

λ é o comprimento de onda de uma linha espectral,

RH é a constante de Rydberg (1,096776 x 107 m-1),

n1 e n2 são números inteiros e positivos, sendo n2>n1.

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Espectros atômicos são espectros de linhas (raias).

2

2

2

1

11)(

1

nnRH

Transições observadas para o

átomo de hidrogênio. A Série de

Balmer é responsável pela parte do

espectro do hidrogênio visível

aos olhos humanos, e pela

cor característica das lâmpadas de

plasma.

Série de Lyman (Ultravioleta)

Série de Balmer (Visível)

Série de Paschen (Infravermelho)

Série de Brackett (Além do infravermelho

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Como a equação empírica de Rydberg

poderia ser explicada?

O modelo de Bohr

Para explicar o espectro de linhas do hidrogênio, Bohr iniciou

supondo que os e- moviam-se em órbitas circulares ao

redor do núcleo. No entanto, pela física clássica, uma

partícula carregada (o e-) perderia energia continuadamente

pela emissão de energia eletromagnética. Assim, ele deveria

mover-se em forma de espiral em direção ao núcleo. Bohr

observou que as leis da Física eram inadequadas para

descrever todos os aspectos dos átomos. Assim, ele adotou a

ideia de Planck de que as energias eram quantizadas.

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Estrutura Eletrônica dos átomos Os postulados de Bohr

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Estrutura Eletrônica dos átomos

Como a equação de Rydberg poderia ser explicada?

Os estados de energia do átomo de hidrogênio

2

18 1)1018,2(

nJxE

Segundo os Postulados de Bohr, as energias correspondentes a cada órbita

permitida encaixavam-se na seguinte expressão:

O número n, que pode assumir valores de 1 a infinito, é chamado número

quântico. Cada órbita corresponde a um valor diferente de n e o raio da

órbita aumenta à medida que n aumenta (n=1, n=2,...).

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Os estados de energia do átomo de hidrogênio

As energias dadas pela equação anterior são negativas.

Assim, quanto mais baixa (mais negativa), mais estável

será o átomo.

A energia mais baixa (n=1) associa-se com o estado

fundamental do átomo. Quando o e- está em um órbita de

energia mais alta (menos negativa), diz-se que o átomo está

em estado excitado.

Se n se torna infinitamente grande, a energia do átomo é

zero.

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Os estados de energia do átomo de hidrogênio

Segundo o terceiro postulado, um e- deve absorver energia para que ele mude

para um estado de mais alta energia (maior valor de n).

A energia radiante é emitida quando o e- “pula” de um estado energia mais baixo.

Assim, se o e- passa de um estado inicial, com energia Ei, para um estado final

Com energia Ef, a variação de energia é dada por:

E= Ef – Ei = Efóton = hν

Assim, apenas frequências específicas de luz podem ser absorvidas ou emitidas

pelo átomo. Fazendo-se determinadas substituições, tem-se:

22

18 11)1018,2(

if nnJx

hchE

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Os estados de energia do átomo de hidrogênio

Se nf é menor que ni, o e- move-se para mais perto do núcleo e E é um

número negativo, indicando liberação de energia.

Assim, se um e- move-se de ni=3 para nf=1, temos:

JxJxJxE 1818

22

18 1094,19

8)1018,2(

3

1

1

1)1018,2(

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Os estados de energia do átomo de hidrogênio

Sabendo-se a energia para o fóton emitido, podemos calcular

seu comprimento de onda.

mxJx

smxsJx

E

hcc 7

18

834

1003,11094,1

)/1000,3)(.1063,6(

O sentido do fluxo de energia é indicado quando se diz que o fóton

de comprimento de onda 1,03 x 10-7 m foi emitido.

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Estrutura Eletrônica dos átomos 3- Os espectros de emissão dos gases

Os estados de energia do átomo de hidrogênio

Se resolvermos a equação que exprime E, para 1/λ e excluirmos o sinal negativo,

teremos a equação derivada da teoria de Bohr, a qual corresponde à equação de

Rydberg, obtida com dados experimentais:

22

18 111018,21

if nnhc

Jx

De fato, a combinação das constantes, (2,18x10-18 J)/hc é igual à constante

de Rydberg, RH, para três algarismos significativos, 1,10 x 107 m-1. Portanto,

a existência de linhas espectrais pode ser atribuída aos “saltos” quantizados

de e- entre os níveis de energia.

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Estrutura Eletrônica dos átomos Limitações do modelo de Bohr

A teoria de Bohr apresenta duas ideias principais que são incorporadas ao modelo

Atômico atual, ou seja:

1- Os e- existem apenas em níveis de energia distintos, que são descritos pelos

números quânticos.

2- A energia está envolvida na movimentação de um e- de um nível para outro.

No entanto, o modelo de Bohr descreve o e- como uma partícula circulando ao redor

do núcleo. No entanto, o e- também exibe propriedades de ondas, fato que o

modelo de Bohr não contempla. Além disso, esse modelo não pode explicar

satisfatoriamente os espectros de linhas de átomos polieletrônicos. Assim, o

modelo de Bohr deve ser encarado como um importante passo na confecção

de um modelo atômico mais abrangente.

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Estrutura Eletrônica dos átomos

Os postulados de Bohr estabelecem grandezas quantizadas em relação

ao raio da órbita (r), à velocidade do e- (v) e à energia do e-:

Termos quantizados de Bohr

Zem

hnr

...

..2

22

0

0

2

2 nh

Zev

2

0

2

24

2 8

1

h

Zme

nE

r α n

E α -1/n

Força coulômbica = força centrífuga

Ze2 = carga fundamental do elétron;

r = distância elétron-núcleo;

m = massa do elétron;

v = velocidade do elétron;

ε0 = Permissividade do vácuo (medida de

resistência do meio ao percurso do e-).

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Estrutura Eletrônica dos átomos

Pelo 3º postulado de Bohr:

Termos quantizados de Bohr

222

0

3

24 11

8

1

if nnch

Zme

Número de onda (cm-1 ou m-1)

Constante de RH