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RENAN F IUZA As responsabilidades da vida adulta são parte cada vez mais presen- te no cotidiano do jo- vem universitário. Mui- tos estudantes vindos de outras cidades op- tam por morar sozinhos ou dividir apartamen- tos para economizar nas despesas mensais. Uma realidade que exige uma dedicação em período integral. Aprender a adminis- trar a própria vida, sem o apoio dos pais, traba- lhar e frequentar as au- las são os maiores desa- fios a serem superados. Thaigo Costa, estu- dante de Jornalismo na Universidade Santa Ce- cília, mora sozinho há seis anos. O jovem resi- diu durante um período em uma república mis- ta, mas não se adaptou. “Morar em repúbli- cas tem suas vanta- gens, como arrumação da casa, limpeza e co- mida. Mas, conviver com outras pessoas que você não conhece é muito complicado”. Para ele, a liberdade de morar sozinho, sem dividir com ninguém o espaço, é um benefí- cio. O estudante, que é o responsável pelo Jornal Jardins, trabalha em casa e não preten- de dividir seu ambien- te por um bom tempo. “Minha rotina é mui- to corrida. Escrevo, tiro fotos e diagramo o meu próprio jornal. Tudo isso é feito na minha casa e por mim. Acredito que se dividisse o meu es- paço com outros estu- dantes não conseguiria cumprir minhas tarefas a tempo. A melhor coi- sa que se tem é você chegar em casa depois de um dia estressa- do e não precisar con- versar com ninguém”. Thaigo, que também é fotógrafo, explica que, sempre quando pode, segue rumo ao Litoral Sul, onde seu pai mora. “Pelo menos uma vez por mês vou visitar meu pai, em Pariquera-Açu, para matar a saudade. Gosto muito da cida- de, lá é um bom lugar para descansar. Uma pena não poder ir com mais frequência”. E diz. “Um dia todo mun- do vai precisar morar sozinho. Acho uma ex- periência válida, em que você se autoco- nhece e aprende mui- to. É fundamental para o nosso crescimento”. Mas nem todos alunos que precisam morar so- zinhos se adaptam fa- cilmente à rotina. Como é o caso de Francine Mello, estudante de Ad- ministração de Empre- sas, na Unisanta, que morava em Peruíbe. A jovem reside em uma república e divide o apartamento com mais três amigas. Para ela, ter que cozinhar e lavar roupas diariamente são os maiores problemas. “Eu não sou uma óti- ma cozinheira e estou aprendendo aos pou- cos. Sinto saudade de casa, pois lá eu tinha a comida da minha mãe sempre quando chegava da aula e hoje eu tenho que fazer a minha pró- pria refeição. Às vezes chego, cansada. Então, a solução é comprar o conhecido prato feito”. A distancia de sua cidade e a falta dos pais é superada pelo carinho das amigas. “Moro sozinha há ape- nas um ano e meio. Existem dias que es- tou um pouco depri- mida. As meninas têm um papel fundamen- tal nessa hora. Elas me ajudam muito, pois têm sido ótimas com- panheiras”, comenta. Além das amigas, as visitas quase que semanais da famí- lia e as ligações di- árias são bons alia- dos para a adaptação. “Meus pais estão quase todos os finais de semana em Santos, ou então eu volto para casa. Mas todo dia eu falo com minha mãe pelo telefone. Des- ta maneira, eu consi- go superar um pouco melhor a distância”. Para ela, morar so- zinha tem sido um aprendizado enorme. “Apesar da saudade, tenho aprendido nessa nova etapa da minha vida. Estou crescen- do e acredito que no final dos quatro anos do curso estarei mais madura e pronta para a vida. Espero durante todo esse período ter me tornado uma óti- ma cozinheira”, brinca. PRIMEIRO TEXTO Jornal Laboratório do 4º semestre de Jornalismo (FaAC) - Noite - Ano XV nº 11 - Agosto 2012 Estudantes se dividem entre aulas e afazeres domésticos CAMPUS DIVULGAÇÃO Aprender a lidar com responsabilidades da vida adulta ainda é o principal obstáculo de estudantes Expediente PRIMEIRO TEXTO é o Jornal laboratório do Curso de Jornalismo. Redação, edição e diagramação dos alunos do 2º ano de Jornalismo do período noturno Diretor da FaAC: Humberto Iafullo Challoub. Coordenador de Jornalismo: Prof. Dr. Robson Bastos. Professores Responsáveis: Prof. Fernando Claudio Peel (diagramação), Prof. Dr. Fernando De Maria e Prof. Ms. Luiz Carlos Bezerra (textos). Editores e Diagramadores: Capa: Luis Varela, Lucas Pereira; Página 2: Jéssica Santos, Caroline Souza; Página 3: Juliana Justino, Página 4: Renan Fiuza; Página 5: Raphael Rinaldi; Página 6: Rafe Aguiar, Rafael Correia, Thamirys Teixeira; Página 7: Luiz Antunes, Maria Fernanda. O teor das matérias e artigos são de responsabilidade de seus autores não representando, portanto, a opinião da instituição mantenedora.

PRIMEIRO TEXTO - UNISANTA Online - Jornal-laboratório da ... · PRIMEIRO TEXTO é o Jornal laboratório do Curso de Jornalismo. Redação, edição e diagramação dos alunos do

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Renan Fiuza

As responsabil idades da vida adulta são parte cada vez mais presen-te no cotidiano do jo-vem universitário. Mui-tos estudantes vindos de outras cidades op-tam por morar sozinhos ou dividir apartamen-tos para economizar nas despesas mensais. Uma realidade que exige uma dedicação em período integral.

Aprender a adminis-trar a própria vida, sem o apoio dos pais, traba-lhar e frequentar as au-las são os maiores desa-fios a serem superados.

Thaigo Costa, estu-dante de Jornalismo na Universidade Santa Ce-cíl ia, mora sozinho há seis anos. O jovem resi-diu durante um período em uma república mis-ta, mas não se adaptou.

“Morar em repúbli-cas tem suas vanta-gens, como arrumação da casa, l impeza e co-mida. Mas, conviver com outras pessoas que você não conhece é muito complicado”.

Para ele, a l iberdade de morar sozinho, sem dividir com ninguém o espaço, é um benefí-cio. O estudante, que é o responsável pelo Jornal Jardins, trabalha em casa e não preten-de dividir seu ambien-te por um bom tempo.

“Minha rotina é mui-to corrida. Escrevo, t iro fotos e diagramo o meu próprio jornal. Tudo isso é feito na minha casa e por mim. Acredito que se dividisse o meu es-paço com outros estu-dantes não conseguiria cumprir minhas tarefas a tempo. A melhor coi-sa que se tem é você

chegar em casa depois de um dia estressa-do e não precisar con-versar com ninguém”.

Thaigo, que também é fotógrafo, explica que, sempre quando pode, segue rumo ao Litoral Sul, onde seu pai mora.

“Pelo menos uma vez por mês vou visitar meu pai, em Pariquera-Açu, para matar a saudade. Gosto muito da cida-de, lá é um bom lugar para descansar. Uma pena não poder ir com mais frequência”. E diz. “Um dia todo mun-do vai precisar morar sozinho. Acho uma ex-periência válida, em que você se autoco-nhece e aprende mui-to. É fundamental para

o nosso crescimento”.Mas nem todos alunos

que precisam morar so-zinhos se adaptam fa-ci lmente à rotina. Como é o caso de Francine Mello, estudante de Ad-ministração de Empre-sas, na Unisanta, que morava em Peruíbe. A jovem reside em uma república e divide o apartamento com mais três amigas. Para ela, ter que cozinhar e lavar roupas diariamente são os maiores problemas.

“Eu não sou uma óti-ma cozinheira e estou aprendendo aos pou-cos. Sinto saudade de casa, pois lá eu t inha a comida da minha mãe sempre quando chegava da aula e hoje eu tenho

que fazer a minha pró-pria refeição. Às vezes chego, cansada. Então, a solução é comprar o conhecido prato feito”.

A distancia de sua cidade e a falta dos pais é superada pelo carinho das amigas. “Moro sozinha há ape-nas um ano e meio. Existem dias que es-tou um pouco depri-mida. As meninas têm um papel fundamen-tal nessa hora. Elas me ajudam muito, pois têm sido ótimas com-panheiras”, comenta.

Além das amigas, as visitas quase que semanais da famí-l ia e as l igações di-árias são bons alia-dos para a adaptação.

“Meus pais estão quase todos os f inais de semana em Santos, ou então eu volto para casa. Mas todo dia eu falo com minha mãe pelo telefone. Des-ta maneira, eu consi-go superar um pouco melhor a distância”.

Para ela, morar so-zinha tem sido um aprendizado enorme. “Apesar da saudade, tenho aprendido nessa nova etapa da minha vida. Estou crescen-do e acredito que no f inal dos quatro anos do curso estarei mais madura e pronta para a vida. Espero durante todo esse período ter me tornado uma óti-ma cozinheira”, brinca.

PRIMEIRO TEXTOJornal Laboratório do 4º semestre de Jornalismo (FaAC) - Noite - Ano XV nº 11 - Agosto 2012

Estudantes se dividem entre aulas e afazeres domésticos

CAMPUS

Divulgação

Aprender a lidar com responsabilidades da vida adulta ainda é o principal obstáculo de estudantes

ExpedientePRIMEIRO TEXTO é o Jornal laboratório do Curso de Jornalismo. Redação, edição e diagramação dos alunos do 2º ano de Jornalismo do período noturnoDiretor da FaAC: Humberto Iafullo Challoub.Coordenador de Jornalismo: Prof. Dr. Robson Bastos.Professores Responsáveis: Prof. Fernando Claudio Peel (diagramação), Prof. Dr. Fernando De Maria e Prof. Ms. Luiz Carlos Bezerra (textos).

Editores e Diagramadores: Capa: Luis Varela, Lucas Pereira; Página 2: Jéssica Santos, Caroline Souza; Página 3: Juliana Justino, Página 4: Renan Fiuza; Página 5: Raphael Rinaldi; Página 6: Rafe Aguiar, Rafael Correia, Thamirys Teixeira; Página 7: Luiz Antunes, Maria Fernanda.O teor das matérias e artigos são de responsabilidade de seus autores não representando, portanto, a opinião da instituição mantenedora.

Primeiro Texto2 AGOST0 2012

Leitura eletrônica está em alta, mas divide opinões

Jornalismo digital ganha semana de discussão

EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO

CAROLINE SOUZA

A popularização da in-ternet mudou a forma de acesso à informação, à comunicação e à cultura. Pensando nisso, a Casa de Cultura Digital, em parceria com o Sesc, traz para San-tos a I Semana de Jornalis-mo Digital.

Por meio de palestras e ofi cinas, o evento, que tem como slogan “A revo-lução será compartilhada”, irá promover diálogos entre jornalistas e estudantes de comunicação. E enfrenta-rá questões a respeito dos desafi os da profi ssão, do papel do jornalista em um meio onde todos podem produzir informação, do sig-nifi cado do jornalismo na internet, da importância da informação de qualidade,

entre outras. Rodrigo Savazoni e Lia

Rangel, curadores do even-to, esperam construir pos-sibilidades para que essa temática continue sendo trabalhada após a Sema-na de Jornalismo Digital. “Santos foi escolhida por ter muitos estudantes e profi s-sionais de jornalismo. Nós queremos despertar o inte-resse dessas pessoas, para que possamos desenvolver futuros projetos e dar conti-nuidade ao tema”, explicou Savazoni.

De acordo com ele, o evento traz os temas mais inovadores do jornalismo digital e contará com a presença de especialistas para abordá-los. Savazo-ni pede aos participantes para irem ao evento com vontade de dialogar, pois o

debate é essencial.A I Semana de Jornalis-

mo Digital acontece entre os dias 21 e 24 de agosto, no auditório e salas de con-gresso do Sesc Santos. As inscrições podem ser feitas pela internet. Os valores va-

riam de R$ 5,00 a R$ 20,00 e dão direito a todas as ati-vidades.

Visando alcançar estu-dantes e profi ssionais de outras regiões do país e do mundo, o primeiro dia de atividades não fi cará res-

trita ao espaço físico, pois as palestras desse dia se-rão transmitidas ao vivo pelo site do evento (www.sescsp.org.br/semanajor-nalismodigital), onde tam-bém pode ser acessada a programação completa.

Palestras e ofi cinas farão parte da programação da I Semana de Jornalismo Digital

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Estágio: aprendizado e responsabilidadeLUCAS MARTINS

18 de agosto é o Dia do Estagiário. O estágio é muitas vezes o come-ço da carreira de es-tudantes matriculados em universidades. É um instrumento impor-tante que colabora para a formação profi ssional dos alunos. Aliado à te-oria, a prática ajuda no ganho de experiência.

Como futuros profi s-sionais, os estagiários têm obrigações e com-promissos. A estudante do curso de nutrição, Aline da Cruz Santos, estagia no programa de nutrição Mesa Bra-sil (coleta alimentos a serem distribuídos a pessoas carentes), do SESC de Santos. A fun-ção dela é acompanhar a coleta e entrega de doações. Ela também checa a qualidade dos alimentos e produz re-latórios sobre o estado dos produtos. Aline tra-balha de terça a sába-do, chega às 8h da ma-nhã e sai às 14h.

“É a única forma de aprender na prática o que se estuda na fa-culdade”, diz Aline. A futura nutricionista está no 3º ano do curso na

Universidade Paulista (UNIP), e para ela o es-tágio não serve somen-te para o aprendizado. “Essa experiência ser-ve para ver se realmen-te a pessoa gosta do que está aprendendo”, conta.

A entrada de Aline no programa não foi de-morada, ela recebeu um e-mail de uma das suas professoras com a oportunidade, fez a inscrição e, depois de uma série de testes, conseguiu a vaga. Todo esse processo ocorreu no período de um mês. Antes, ela era funcio-nária pública de Praia Grande, mas decidiu procurar algo da sua área.

Ela conta como acha que seria se não esti-vesse estagiando.”Se não tivesse fazendo (o estágio), seria bastan-te complicado porque a prática ajuda a se fa-miliarizar com o que se aprende na teoria”. Ali-ne tem, além dos deve-res, pequenos direitos como, por exemplo, sair uma hora antes em dia de prova e acompanhar eventos e palestras, sem que haja prejuízo na faculdade.

CAROL KOBAYASHI

O avanço tecnológico co-meça a se inserir no mundo da leitura. Os livros digitais (em formatos de PDF) po-dem ser acessados em ta-blets, notebooks e celula-res. Já o e-book, também acessado pelo tablet, é um formato interativo de leitura.

Segundo reportagem da Época Negócios, espera--se que, em 2014, os e--books sejam responsáveis por 10% do faturamento na área. Em 2011, o índice foi de 0,025%. Porém, “o avanço ainda é fraco, de-vido às pessoas não terem fácil acesso à plataforma (tablet) e o preço de um li-vro em formato e-book ain-da ser o mesmo do que um impresso”, afi rma o profes-sor de Linguagem e Design Editorial da Unisanta, André Reis.

No gosto popular, muitos são adeptos da nova plata-forma de leitura. O profes-sor e fotógrafo Luiz Carlos Nascimento, 62 anos, diz que começou querendo conhecer essa nova tec-nologia e se adaptou rapi-damente. Ele compra os li-vros em sites de livrarias e recebe por e-mail o arquivo do conteúdo. Atualmente com 680 livros armazena-dos em seu tablet, Luiz usa esse aparelho para leitura em viagens, pois ocupa me-

nos espaço e pesa menos do que um livro convencio-nal. Há a possibilidade de ler tanto no escuro, como em ambientes mais claros e fl e-xibilidade de aumento do ta-manho da fonte do livro, para maior conforto. Também po-dem ser feitas anotações e marcas de página digital-mente. Mas o professor não deixou de ler os livros con-vencionais. “Eu prefi ro ler o impresso em casa”.

Apesar de ser adepto, o professor acha que ainda há poucos títulos em portu-guês, diferentes de outros países. Dos 680 livros que

tem, apenas 38 são em por-tuguês.

Já a preferência da alu-na de Produção Multimídia, Amanda Aparecida Batista, é pelo livro impresso. “Eu gosto do cheiro do livro, de ter o contato, além de a pessoa poder ver o que você está lendo e, talvez, iniciar uma conversa sobre ele. Há uma troca de infor-mação”. Amanda também acha que o livro digital não incentiva a imaginação e a criatividade: “Uma criança com um e-book vê a perso-nagem ali desenhada, não a imagina”.

E-book ganha popularidade entre públicos de diversas idades

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Primeiro Texto 3AGOSTO 2012

Desconhecidos, candidatos vão às ruas pedir votos

ELEIÇÕES

JÉSSICA SANTOS

Quando as eleições se aproximam é comum en-contrar candidatos pelas ruas fazendo uma pré--campanha.

Conversar com a po-pulação, ir às igrejas e feiras fazem parte do ca-lendário eleitoral. Porém, atitudes como essas, apenas próximas às elei-ções, parecem não agra-dar a população.

A aposentada Cida da Silva diz que os candida-tos só aparecem há cada quatro anos. “Há um na minha rua que passa e nunca fala com as pes-soas, mas, quando as eleições se aproximam, ele transforma-se em ou-tra pessoa e passa a fa-lar com todos”.

O vendedor Antônio Fer-nandes dos Santos acha correto os candidatos apa-recerem perto da época

eleitoral. “Se eu fosse eles faria o mesmo, pois querem votos e para isso fazem a sua parte. Vai de cada um

acreditar ou não. Isso não infl uencia todas as pesso-as”.

Para a auxiliar adminis-

trativa Priscila dos Anjos, os candidatos têm que apa-recer durante todo o ano, assim fi cariam com mais credibilidade diante das pessoas. “Todos passariam a lembrar melhor deles. Já tenho o meu candidato e não é um panfl eto ou con-versa que vai me fazer mu-dar de opinião”.

O candidato a vereador Paulinho Gonzaga está concorrendo pela terceira vez, porém nunca ganhou. Diz que sempre vai à feira conversar com as pessoas e não apenas no período eleitoral. “Acho importante os candidatos conversarem com a população, o que não é correto é terem essas ati-tudes apenas nas eleições. É uma troca, pois os políti-cos precisam da população e vice-versa”.Pelas ruas, os concorrentes disputam os eleitores

Olha o peixe, olha a laranja, olha o político...GILDA LIMA

Entre uma barraca de frutas e uma de legumes, neste período de eleições encontra-se um produto pouco cobiçado, porém, necessário nas mesas e conversas da população: os candidatos aos cargos de prefeito e vereador da cidade. Eles aproveitam o período da campanha elei-toral para manter um con-tato mais próximo com os eleitores e utilizam os horá-rios das feiras - livres para fazerem isso.

Muitas pessoas acham que essa campanha cor-po a corpo não vai in-fluenciar muito no dia da eleição, mas acreditam ser interessante para se conhecer um pouco mais as propostas dos candidatos.

O aposentado Oswal-do Fernandes Filho diz que já sabe em quem vai votar e nada mudará seu voto. “Eles só aparecem aqui nessa época e de-pois desaparecem, não voto neles.”

O animado feirante Wan-derson de Oliveira nem quer saber quando o as-sunto é candidato. Ele já diz logo que não adianta esse corpo a corpo, pois não faz diferença alguma,

e até brinca que quando eles aparecem as “frutas somem do balcão”. “Pra mim não faz diferença, pois sempre voto em bran-co. Eles não querem nos-so voto para ajudar, só querem nosso dinheiro e quando vêm aqui até os carrinhos somem.”

Já a feirante Andréia Lima dos Santos acha inte-ressante esse contato, pois é melhor que a distribuição de santinhos que fi cam jo-gados no chão. “Prefi ro os candidatos aqui conversan-do, expondo suas ideias, do que esses panfl etos. No fi nal da feira, a sujeira é imensa. Minha escolha não vai mudar, pois desde que voto tenho meu candidato, mas quando eles vêm aqui sempre dizem que estão com propostas para nossa categoria. Fico feliz, pois

em algum momento eles lembram da gente.”

Apesar de a feira-livre ser um território neutro e cheio de eleitores, neste sábado nenhum candidato foi encontrado fazendo o corpo a corpo na Av. Fran-cisco Glicério, próximo ao Canal 1, mas os seus cabos eleitorais estavam presentes, distribuindo panfl etos e balançando fre-neticamente as bandeiras. Muitos insistem tanto para que as pessoas peguem os santinhos que acabam criando um mal estar entre a população. A feirante Di-namara Correia não aceita e nem admite que colo-quem papéis em sua ban-ca. E chega a fi car brava quando insistem para dei-xar algum folheto. “Aqui na minha barraca não quero nada disso, já tenho meu

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Edifi cações antigas contam história de SantosFeRnanDa CaRoline

É possível encontrar diversos imóveis tom-bados pelo patrimô-nio histórico e cultural em Santos. Um dos que ajudam a contar um pouco a historia é o Instituto Histórico e Geográfico de Santos. A entidade, criada em 19 de janeiro de 1938, tem como principal ca-racterística a preserva-ção da memória cultural da cidade, o auxilio em pesquisas e produção de trabalhos, entre ou-tros.

Está localizada em um antigo casarão na Aveni-da Conselheiro Nébias e mantém uma biblioteca com cerca de 10 mil vo-lumes e um pequeno mu-seu, abertos ao publico para visitação, conforme o site do Instituto (http://www.ihgs.com.br/).

Para a aposentada Suzana Drombosk, 64 anos, o local já chama atenção por ser antigo e também pela dispo-nibilidade de visitação. “É uma casa muito bo-nita, pelo aspecto anti-go. Quando você entra,

já imagina quantas his-tórias já passaram por aqui. Além de tudo, está sempre aberto para os moradores consultarem a biblioteca”, conta.Ao contrário de Suzana, a estudante Luana Trin-dade, 22 anos, nunca entrou no casarão e não fazia ideia da sua impor-tância. “Com a vida cor-rida que levamos, falta tempo para olhar à nossa volta. Já passei diversas vezes por aqui e nunca me dei conta dessa casa antiga, mas com certeza esses pontos históricos contam um pouco a his-toria da cidade”, diz Lu-ana.

Dos 49 bens culturais e naturais de Santos, tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimô-nio Cultural de Santos (CONDEPASA), 11 situ-am-se na Avenida Con-selheiro Nébias, uma das mais importantes da cidade. Ainda está em curso o tombamento de outros imóveis localiza-dos naquela via.

De acordo com o cor-retor de imóveis

REGIONAL

Feiras livres concetram os que pedem votos

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Primeiro Texto4 AGOSTO 2012

EXPOSIÇÃO

Cidade de Santos recebe a 4ª Expo Flores de HolambraRAFE AGUIAR

A 4ª Expo Flores e Plantas de Holambra está sendo realizada até o dia 26 de agosto no Shop-ping Parque Balneário, com entrada gratuita. A exposição conta com uma grande variedade de plantas, flores e hortali-ças, trazendo o clima de Holambra, a maior produ-tora de flores da América Latina, para Santos.

Os visitantes receberão informações sobre as es-pécies e suas necessida-des para a longevidade. São cerca de 150 diferen-tes tipos de plantas, como orquídeas, margaridas,

cactos, violetas, samam-baias e bonsais. As es-pécies também estarão à venda, com valores entre R$ 1,50 e R$ 200,00.

O evento chama a aten-ção de quem passa pelo shopping, tornando mais agradável o ponto de en-contro dos moradores lo-cais. Isso quem confi rma é Regina Souza. Aposen-tada e moradora do Bair-ro José Menino, na frente do Orquidário, ela comen-ta como as fl ores mudam o astral do ambiente: “É uma coisa chamativa. Todo mundo admira fl ores, prin-cipalmente as mulheres”, comenta dona Regina, para quem esse evento im-

pulsiona o gosto do grande público por fl ores.

E engana-se quem acha que somente as mulheres param para observá-las. O metalúrgico aposentado Alcides Manuel da Silva, morador de Cubatão, apro-veita que veio para Santos, para visitar a neta, e foi ao Expo Flores para comprar uma fl or para a sua espo-sa, dona Carmelita Santos. “Hoje, farei uma surpresa com essas fl ores”.

O shopping Parque Balneário fi ca na Avenida Ana Costa, 549 – Gonza-ga, e funciona de segun-da a sábado das 10 às 22 horas, e domingo, das 12 às 22 horas.

MÚSICA

50 anos depois, Beatles continuam fazendo sucessoLUIZA FERREIRA

Paul McCartney, John Lennon, George Harri-son e Ringo Starr con-tinuam conquistando todas as gerações, mes-mo após a extinção do grupo em 1970. Os fãs do quarteto de Liverpo-ol têm a chance de as-sistir gratuitamente ao documentário Magical Mystery Tour, o filme es-treado e produzido pela banda em 1967, além de conhecer a exposição de livros, revistas e pôs-teres sobre a banda.

O documentário será exibido neste sábado (18) às 20h na Cinema-

teca de Santos, à Rua Xavier de Toledo, nº42.

A apresentação decor-re do fato de que 2012 marca os 50 anos do mais famoso grupo de rock da história, que surgiu no cenário musical para re-volucionar o mundo com sua música. Neste ano, os Beatles receberão ho-menagens de Beatlema-níacos em diversas cida-des do mundo.

Em Liverpool, onde nasceram, fãs de todos os países vão à Abbey Road, prestigiar o grupo na faixa de pedestres do disco mais famoso do grupo, que leva o nome da avenida.

OFICINA

Instituto Querô oferece workshop gratuito de Direção de Fotografi a para CinemaJuliana Justino

O workshop é fruto da parceria entre o Instituto Querô e o SESC de San-tos, dentro do Circuito de Ofi cinas de Audiovisual do instituto.

As aulas serão minis-tradas pelo cineasta e fo-tógrafo Alyson Montrezol, nos dias 25 e 26 de agos-to, das 13 às 19 horas.

Ao longo dos dois dias de aula, Alyson falará sobre a relação do diretor de fo-tografi a com o montador do fi lme e discutirá aspec-tos de seus trabalhos já realizados, principalmen-te na direção de imagem de documentários.

Conforme a assessora do Instituto Querô, Raquel Munhoz, durante o curso também serão realizadas

atividades práticas, com câmeras DSRL. Estas são as que são mais utilizadas no mercado do audiovi-sual, para que os alunos usem os conhecimentos adquiridos durante as au-las. As atividades práticas também têm o objetivo de familiarizar os participan-tes com as particularida-des das câmeras DSRL.

São 25 vagas disponí-

veis, para quem tem mais de 16 anos. É preferível que o interessado já tenha algum conhecimento na área ou seja estudante de cinema. As inscrições são gratuitas e devem ser fei-tas pelo e-mail [email protected].

O SESC fica na Rua Conselheiro Ribas, 136, no Bairro Apareci-da, em Santos.

LEITURA

Gibiteca: espaço de diversão e muita leituraGUILHERME LOUREIRO

Para quem gosta de passar horas lendo histórias da Mônica, Cebolinha, Magali e outros per-sonagens infantis, além de su-per-heróis, como Hulk, Batman e Homem-Aranha, a Gibiteca Mu-nicipal Marcel Rodrigues Paes, localizada no Posto 5 na orla da praia do Boqueirão, é garantia de diversão.

A responsável pelo espaço, Silvia Sossei, fala que o local fun-ciona com diversos tipos de gi-bis, de personagens como Môni-ca, Cebolinha, Magali, Cascão, Chico Bento (todos de Mauricio de Souza), Zé Carioca, Tio Pat-inhas (da Disney), Batman, Su-perman (ambos da DC Comics), Menino Maluquinho (de Ziraldo), X-Men, Homem-Aranha, Hulk, Capitão América e Homem-Ara-nha (da Marvel-Disney), entre outros personagens.

Alem de reviver ou conhecer o universo dos HQs, o público tam-bém poderá participar da Ofi cina de Quadrinhos, que ocorrerá no dia 25 de agosto, às 17 horas, sobre personagens em HQs. O local é considerado conservado e organizado, com gibis em or-dem alfabética.

Os frequentadores Nelson Fer-reira e Alecsandro Pereira da Silva gostam muito de ler gibis e, princi-palmente, adoram ler histórias de super-heróis. O local funciona de segunda a sábado, das 9 às 19 horas, e aos domingos, das 14 às 18 horas.Aluno do Instituto Querô em aula prática de fotografi a.

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AGOSTO 2012 5Primeiro Texto

luiz anTuneS

A descoberta do pré--sal fez o mercado imobiliário da Baixada Santista, mais especi-fi camente em Santos, registrar um aumento na demanda de novos prédios residenciais e comerciais. Isso atraí cada vez mais constru-toras, que observam um grande potencial. Clien-tes com poder aquisitivo grande também se inte-ressam em morar na Ci-dade. Com isso, prédios de alto padrão surgem em diversos pontos, mesmo com o alto valor de mercado.

Para conquistar a confi ança e o bolso dos interessados, constru-toras projetam edifícios com o maior número de atrativos possíveis. Sa-lão de festas, de jogos e de ginástica infl uenciam potenciais comprado-res, porém esses itens a

mais ajudam a impulsio-nar o valor dos aparta-mentos. O preço do me-tro quadrado médio no Boqueirão, por exem-plo, sai por R$ 7.700.

De acordo com o cor-retor Danilo Darela, da construtora Cyrela, a condição em que o país e Santos se encontra é

favorável para o inves-timento imobiliário. “Te-mos hoje uma economia estável e em desenvol-vimento. Diferentemen-te do que aconteceu nos Estados Unidos, a concentração nos in-vestimentos para o se-tor imobiliário, aqui no Brasil, não é tão grande,

o que mostra uma inde-pendência e segurança maior em relação a um possível calote”.

Darela completa di-zendo que, mesmo com o valor dos empreen-dimentos alto a procu-ra continua grande. “A busca por apartamen-tos continua elevada. O

preço, às vezes, assus-ta, mas a expectativa no crescimento de Santos auxilia nas vendas. No nosso prédio, que fi ca no Boqueirão, já ven-demos 70% dos apar-tamentos, que ainda se encontram na fase ini-cial das obras”, conclui.

Comercial – O interes-se por prédios comer-ciais em Santos também está em alta e as cons-trutoras já miram este setor. Para o corretor da imobiliária Tutto Bello Imóveis, Virgílio Coelho, grandes empresas tam-bém têm interesse em se estabelecer na Ci-dade. “A construção de prédios para escritórios vem crescendo. Devido à descoberta do pré-sal, por ser um município próximo de São Paulo e por possuir um dos por-tos mais movimentados do mundo, grandes em-presas vêm optando por se instalar em Santos”.

Procura por apartamentos de alto padrão continua em alta

MERCADO IMOBILIÁRIO

O preço do metro quadrado cresce na proporção dos atrativos oferecidos.

COMÉRCIO

MARIA FERNANDA

Enquanto em São Pau-lo uma banca fecha a cada 24h, em Santos elas fazem parte da paisagem e se man-têm fi rmes,pois as vendas de jornais impressos não caíram como se imagina e não correm o risco de acabar tão cedo.

Carla Martins, proprietária de uma banca há 11 anos e Ro-berto Sanches, há 15 anos no negócio, negam que as vendas tenham caído tanto. Pessoas que realmente gostam de jornal preferem o impresso, dizem.

As vendas que mais caíram foram as de revistas semanais, como Época e Veja. Afi rmam

que os principais concorrentes das bancas são os supermer-cados e lojas de conveniência.

Além disso, elas se transfor-maram em autênticas “bancas de conveniência”, onde vende--se revistas e jornais, mas tam-bém doces, recargas de celu-lar, cigarros, entre outros.

Leitor assíduo de jornais, José Alonso, afi rma que a in-ternet é uma grande ferramen-ta de informação e, muitas ve-zes, mais rápida e acessível do que a banca. Mas ,os que realmente gostam da leitura e a tem como um prazer parecem prefi rir os jornais impressos e revistas compradas nesses es-tabelecimentos.

Bancas e mercados são os maiores concorrentes

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Banca de jornal em Santos sofrem concorrência de outros estabelecimentos

Ouro: Valores mais altos acabam com o romantismo

COMPORTAMENTO

RAFAELLA MARTINEZ

O ato de presentear o par romântico com joias acabou por se tornar algo difícil de acontecer nos dias de hoje. Mas, engana-se quem acredi-ta que a limitação ocorre devi-do à falta de romantismo dos casais apaixonados. A causa

é uma crescente alta no preço do metal.

O motivo no aumento no valor do ouro deve-se muito às recentes crises nas bolsas de valores, pois, com a des-valorização do dólar, o metal é considerado como um investi-mento seguro.

O vendedor Douglas Elias,

da Art’s Jóias, situada no Su-per Centro Boqueirão, acom-panhou de perto o aumento no valor do ouro. Trabalhando há mais de 13 anos no ramo de joalherias, Elias afi rma que o preço no início de sua car-reira era, em média, R$15,00 a grama e hoje já passa de R$100,00.

Conforme o vendedor, por este motivo, hoje pou-cas pessoas têm o costume de presentear os parceiros com joias. A compra acaba sendo realizada apenas para

parentes mais próximos, como mãe, pais, mari-do e mulher.

“O roman-tismo não aca-bou, apenas os preços que subiram de-mais. Hoje, um par de alianças simples de ouro

custa, em média R$ 500,00, e as mais detalhadas podem passar de R$ 3 mil, pois o pre-ço varia também se a pessoa quiser colocar pedras precio-sas no anel” informa Douglas.

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Preço do metal afasta clientes

Primeiro Texto6 AGOSTO 2012

Sacolas plásticas causam confusão nos mercados

SAÚDE

A campanha, que tem por objetio regularizar as cadernetas de vacinação, provocou dúvidas

RAFA CORREIA

A falta de informações foi um dos destaques da Campanha de Atualização das Cadernetas de Va-cinação, promovida pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Os pais que levaram os seus filhos até os postos de va-cinação no último dia 18 se depararam com situa-ções distintas: Os infor-mados sabiam do que se tratava a campanha, já os mais “desligados” acaba-ram sabendo na hora.

O evento tinha por ob-jetivo principal atualizar as carteiras de vacinação das crianças com até cin-co anos, além de com-pletar as possíveis vaci-nações faltantes, como disse a enfermeira Ângela Vivi Teixeira: “As crianças têm que ser trazidas para que os espelhos (cópias das cadernetas) sejam

comparados, pois o que acontece é que muitas delas começam a tomar as vacinas em um posto,

mas após um tempo pas-sam a tomá-las em outros. A campanha é para regu-larização”, completa.

A surpresa de alguns pais foi comum durante a campanha. “Eu não sabia que era apenas atualiza-

ção. Pensei que fosse va-cinação comum”, informou Márcia Ledo, que compa-receu à Unidade Básica de Saúde da Av. Conse-lheiro Nébias com a sua filha de um ano. Em con-trapartida, a dona de casa Cintia Rodrigues Pestana confirmou que levou a sua filha de quatro anos ape-nas para atualizar a car-teirinha. Segundo Cintia, houve sim o receio da ne-cessidade da vacinação, pois ocorreram muitas in-formações desencontra-das durante a divulgação.

A campanha acaba na sexta (24). Mas, os pais que não compareceram aos postos de vacinação ainda poderão regularizar as cadernetas de seus fi-lhos ao longo do ano. Em caso de dúvidas, informa-ções adicionais poderão ser obtidas pelo telefone 3201-5000, da Secretaria de Saúde de Santos.

Campanha de atualização devacinas leva dúvidas aos pais

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MEIO AMBIENTE

NATASHA ALBERT

Parece que a crise da proi-bição das sacolas plásticas continua assombrando os consumidores da região. A Justiça de São Paulo, que determinou a proibição das sacolas plásticas não bio-degradáveis em supermer-cados, desde 1 de Janeiro, agora suspendeu a restri-ção por tempo indetermina-do. O assunto ainda causa discussão entre os clientes de supermercados, que fi -cam em dúvida: até quando isso ainda vai atrapalhar a vida do consumidor.

O comerciante e cliente do supermercado Carre-

four, Edson Luiz Cortez, não é a favor da medida que proibe as sacolinhas plásticas. “Colocaram uma substitutiva biodegradável, mas, como se fosse outro a ser vendido e não para

ajudar o cliente com as compras” E continua: “Não se deve cobrar essa nova sacola. Se for para trocar por uma que não atinge a natureza, tudo bem, mas que seja gratuita, senão dá a impressão de que eles só querem lucrar em cima dis-so”, afi rma o comerciante.

Segundo o estudante de Biologia Marinha da Uni-versidade Santa Cecília, Moisés França, isso não passa de um marketing para as grandes empresas lucrarem em cima disso. “Não sou a favor dessa me-dida de se vender as saco-las biodegradáveis. Claro que elas ajudam a agredir

menos a natureza, pela sua composição, mas isso não signifi ca que devem lucrar em cima. Realmente, isso não passa de um jogo lu-crativo, que não tem uma data para acabar, e nada mais”, enfatiza o futuro bi-ólogo.

A aposentada e consu-midora do supermercado Galera, do Bairro Macuco, Rosa Maria, 62 anos, ain-da não se conforma com essa “bagunça”. “Eles fi -zeram essa ‘lei’, logo sus-penderam por um tempo que ninguém sabe, e agora qual vai ser a próxima novi-dade? A gente teve que se adaptar e comprar essas sacolas, depois voltaram a nos dar as de plástico, e agora a gente vive sem sa-ber o desfecho dessa histó-ria, isso confunde os clien-tes”, desabafa Rosa Maria.

A proibição das sacolas plásticas causa polêmica e

constrangimento até mes-mo para os que só obede-cem as leis. A operadora de caixa do supermerca-do Galera, Simone San-tos, conta que na época da proibição muitos a questio-navam sobre o assunto, e reclamavam do preço da sacola biodegradável, que custava R$ 0,50. “Quando voltaram a liberar a sacola plástica, eu senti um alivio, primeiro como consumido-ra, e segundo como funcio-nária. Pois sou eu que aca-bo lidando com os clientes diariamente e que tenho que ouvir as reclamações. O ideal seria que eles de-cidissem logo o que pre-tendem fazer e acabassem com a agonia do consumi-dor, pois alguns clientes ainda nos perguntam sobre isso, e a gente não sabe o que responder”, diz a caixa.

As sacolas plásticas voltaram, mas mesmo assim ainda causam confusão

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“Se for para trocar por uma que não atinge a natureza, tudo bem, mas que seja gratuita, senão dá a impressão de que eles só querem lucrar em cima dis-so” Edson Luiz Cortez,

comerciante

Primeiro Texto

20ª SP Open de Biathlon agita a Ponta da PraiaRAPHAEL RINALDI

Foi realizada no último sábado, dia 18, na Ponta da Praia, em Santos, a terceira etapa da 20ª SP Open de Biathlon. O evento reuniu pessoas de todas as idades, que vieram de várias regiões do país. Paula Luana Sil-veira, uma das organizado-ras, disse que competições como essa são importantes para a Baixada Santista.

“É bom porque ajuda a divulgar o esporte na re-gião, principalmente em Santos, que é conhecida como cidade do esporte.” Paula alegou também que a procura de pessoas de outras cidades é maior. “Aqui é um lugar onde os atletas gostam de competir, tanto que a busca de com-petidores de outras regi-ões foi maior do que a dos atletas daqui”, comentou.

Não é o caso de Bru-no Figueiredo. Morador de Santos, sempre que pos-sível participa de eventos como esse. “É prazeroso poder participar dessas competições, ainda mais na cidade onde moro”.

Luca Bartolini é um dos atletas que veio de outra região para participar da corrida. “Sempre que dá venho para Santos, gosto

muito daqui. E quando sou-be que teria essa compe-tição, não poderia perder a oportunidade,” afirmou.

O esporte consiste em

duas partes: nado e cor-rida. O evento ainda dis-ponibilizou massagistas para os atletas que ter-minavam a prova. O 20º

SP Open de Biathlon é uma realização da NA Sports, com patrocínio da Porto Seguro e apoio da Prefeitura de Santos.

9ª Copa TV Tribuna de Handebol Escolar acontece na regiãoLUIS VARELA

A primeira fase da 9ª Copa TV Tribuna de Handebol escolar termi-nou no sábado, dia 18 de Agosto, no SESC-San-tos, localizado na Rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida Santos. Com a intenção de promover atletas e o próprio espor-te na região, a prova teve início no dia 11 e segue até o dia 25.

Escolas da Baixada Santista podem partici-par da copa, dividida en-tre times masculinos e fe-mininos. “O esporte é um bem social, sendo assim a qualidade de ensino também é exigida”, diz Ana Carolina, assistente de marketing da emisso-ra. Dessa forma, os alu-nos passam a se interes-sar mais pelos estudos, o que se reflete nas notas.

O diferencial da com-petição é que tanto es-colas particulares quanto municipais se destacam. Ainda que as primeiras tenham fortes equipes, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF) também atin-gem bons resultados,

por exemplo, as unida-des EMEF Matteo Bei e EMEF Antônio Pacífico. Ambas mantêm equipes fixas com treinos regula-res, o que certamente in-

centivou o desempenho da equipe feminina da Matteo Bei, que ganhou contra o time adversário por 14x0.

Durante os jogos, o pú-

blico rotativo é marcado principalmente pela pre-sença das próprias famí-lias dos estudantes. O local recebe em torno de 1.500 pessoas por dia

e, segundo os organiza-dores, este número tem aumentado anualmen-te, devido à grande re-percussão do evento na Baixada.

ESPORTES

Chegada da terceira etapa da prova, ocorrida na Ponta da Praia

Times femininos competem pelo título na parte da manhã, com tanta determinação e esforço quanto os times masculinos

Luis Varela

Raphael Rinaldi

AGOSTO 2012 7