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7 Entrevista com Superintendente Regional Sul do INSS e Plano Emergencial 12 3 Servidores da Anvisa de Santa Catarina estão em Greve desde 16 de julho Reintegrado ao Serviço Postal em __/__/__ Em__/__/__ _______________________ Responsável Rua Angelo La Porta, 85 • Centro Florianópolis • CEP 88020-600 Fone/Fax: (48) 3224-7899 Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço Insuficiente Não Existe Nº Indicado Fora Perímetro de Entrega Zona Rural Informação Prestada pelo Porteiro ou Síndico Falecido Ausente Não procurado Espaço destinado aos correios Jornal do Sindprevs/SC Ano XIX - N o 113 - agosto 2012 Filiado à Fenasps 9912263878/2010-DR/SC SINDPREVS/SC Servidores do Ministério da Saúde e Anvisa firmes na Greve Imagens das lutas realizadas pelos servidores em Brasília entre 16 e 20 de julho No dia 2 de julho, os servidores do Ministério da Saúde em Santa Catarina aprovaram, em assembleia, iniciar a Greve por tempo indeterminado. Os servidores da Anvisa estão paralisados desde 16 de julho. A Assembleia avaliou que as pa- ralisações, realizadas anteriormente, mostraram a força da categoria e apro- vou a Greve por tempo indetermina- do. Até o fechamento desta edição do jornal Previsão, a Greve da Seguridade Social (Ministérios da Saúde, da Pre- vidência e do Trabalho) seguia forte em todo o país, atingindo os seguintes estados: Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Ja- neiro, Rio Grande do Sul, Santa Cata- rina, São Paulo e Sergipe. No Rio Gran- de do Norte, os servidores realizaram paralisações de duas horas nos dias 10, 12 e 13 de julho. Na Assembleia que aprovou a greve foi lembrado que a tabela sala- rial do Ministério da Saúde é uma das mais baixas do funcionalismo público federal. Também foi colocada a impor- tante e forte participação dos servi- dores novos que estão no movimento aqui em Santa Catarina e nos demais estados. HF na luta Em reunião realizada no dia 4 de julho, pela manhã, com a presen- ça do Sindicato, os servidores federais do Ministério da Saúde que trabalham no Hospital Florianópolis aprovaram aderir à Greve da categoria. Alguns servidores do HF já estavam partici- pando da Greve. Os servidores do HF permanecem concentrados em frente ao prédio do Ministério da Saúde em Florianópolis, com os demais servido- res em Greve. Anvisa paralisada Os servidores da Agência Nacio- nal de Vigilância Sanitária (Anvisa) de Santa Catarina paralisaram totalmen- te suas atividades em 16 de julho. Des- de essa data, em Santa Catarina, só as urgências são atendidas nos aeropor- tos, portos e fronteira. (Leia mais sobre a Greve na An- visa na página 3.) Aposentados precisam fortalacer a greve O Comando Estadual de Greve chama a participação dos aposenta- dos e pensionistas para fortalecer a Greve. Um boletim específico sobre a Greve foi enviado para a casa dos aposentados para fortalecer esse cha- mado à participação nas atividades diárias que estão ocorrendo em frente ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, em Florianópolis, e nas mo- bilizações conjuntas com os demais Servidores Públicos Federais em greve. O Comando Nacional avalia que é necessário ampliar o movimento e for- talecer os comandos unificados com os demais trabalhadores em Greve do Serviço Público Federal para aumen- tar a pressão e forçar a apresentação de uma proposta pelo governo. Ato Público conjunto dos servidores do Ministério da Saúde e da Anvisa, em 26 de julho. Atos Unificados com os SPFs em Florianópolis, no dia 9 de agosto (acima) e em 31 de julho (abaixo).

Previsão nº 113

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Servidores do Ministério da Saúde e Anvisa fi rmes na Greve

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Page 1: Previsão nº 113

7 Entrevista com Superintendente Regional Sul do INSS e Plano Emergencial 123 Servidores da Anvisa

de Santa Catarina estão em Greve desde16 de julho

Reintegrado ao Serviço Postal em __/__/__

Em__/__/__ _______________________ Responsável

Rua Angelo La Porta, 85 • Centro Florianópolis • CEP 88020-600

Fone/Fax: (48) 3224-7899

Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço Insufi ciente Não Existe Nº Indicado Fora Perímetro de Entrega Zona Rural Informação Prestada pelo Porteiro ou Síndico Falecido

Ausente Não procurado

Espaço destinado aos correios

Jornal do Sindprevs/SC Ano XIX - No 113 - agosto 2012

Filiado à Fenasps

9912263878/2010-DR/SCSINDPREVS/SC

113 - agosto 2012

9912263878/2010-DR/SC

Servidores do Ministério da Saúdee Anvisa fi rmes na Greve

Imagens das lutas realizadas pelos servidores em Brasília entre 16 e 20 de julho

No dia 2 de julho, os servidores do Ministério da Saúde em Santa Catarina aprovaram, em assembleia, iniciar a Greve por tempo indeterminado. Os servidores da Anvisa estão paralisados desde 16 de julho.

A Assembleia avaliou que as pa­ralisações, realizadas anteriormente, mostraram a força da categoria e apro­vou a Greve por tempo indetermina­do. Até o fechamento desta edição do jornal Previsão, a Greve da Seguridade Social (Ministérios da Saúde, da Pre­vidência e do Trabalho) seguia forte em todo o país, atingindo os seguintes estados: Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Ja­neiro, Rio Grande do Sul, Santa Cata­rina, São Paulo e Sergipe. No Rio Gran­de do Norte, os servidores realizaram paralisações de duas horas nos dias 10, 12 e 13 de julho.

Na Assembleia que aprovou a greve foi lembrado que a tabela sala­rial do Ministério da Saúde é uma das mais baixas do funcionalismo público federal. Também foi colocada a impor­tante e forte participação dos servi­dores novos que estão no movimento aqui em Santa Catarina e nos demais estados.

HF na lutaEm reunião realizada no dia 4

de julho, pela manhã, com a presen­ça do Sindicato, os servidores federais do Ministério da Saúde que trabalham no Hospital Florianópolis aprovaram aderir à Greve da categoria. Alguns servidores do HF já estavam partici­pando da Greve. Os servidores do HF permanecem concentrados em frente ao prédio do Ministério da Saúde em Florianópolis, com os demais servido­res em Greve.

Anvisa paralisadaOs servidores da Agência Nacio­

nal de Vigilância Sanitária (Anvisa) de Santa Catarina paralisaram totalmen­te suas atividades em 16 de julho. Des­de essa data, em Santa Catarina, só as urgências são atendidas nos aeropor­tos, portos e fronteira.

(Leia mais sobre a Greve na An­visa na página 3.)

Aposentados precisam fortalacer a greveO Comando Estadual de Greve

chama a participação dos aposenta­dos e pensionistas para fortalecer a Greve. Um boletim específi co sobre a Greve foi enviado para a casa dos aposentados para fortalecer esse cha­mado à participação nas atividades diárias que estão ocorrendo em frente ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, em Florianópolis, e nas mo­bilizações conjuntas com os demais Servidores Públicos Federais em greve.

O Comando Nacional avalia que é necessário ampliar o movimento e for­talecer os comandos unifi cados com os demais trabalhadores em Greve do Serviço Público Federal para aumen­tar a pressão e forçar a apresentação de uma proposta pelo governo.

Ato Público conjunto dos servidores do Ministério da Saúde e da Anvisa, em 26 de julho.

Atos Unifi cados com os SPFs em Florianópolis, no dia 9 de agosto (acima) e em 31 de julho (abaixo).

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Fale com o SindicatoEndereço: Rua Angelo La Porta, nº 85, Centro, Florianópolis/SC, CEP: 88020-600Fone/Fax: (48) 3224-7899Atendimento do Sindicato: das 9h às 18hEndereço eletrônico: [email protected] do Departamento Jurídico: das 9h às 12h e das 13h às 18hEndereço eletrônico do Departamento Jurídico: [email protected]ão dos advogados: segundas e terças-feiras das 9h às 12h e das 13h às 18hSite: www.sindprevs-sc.org.brTwitter: @sindprevsFacebook: Sindprevs Santa Catarina

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Aposentadoria por invalidez dos servidores públicosRecentemente foi promulgada a

Emenda Constitucional nº 70, que as­segura aos servidores que ingressaram no serviço público até 31 de dezembro de 2003, eventualmente acometidos de invalidez a partir de 1º de janeiro de 2004, o direito à aposentadoria inte­gral (em alguns casos) ou proporcional (em outros), calculando­se os proven­tos sobre a totalidade da última remu­neração por eles percebida em ativida­de, e não mais sobre a média das 80% maiores remunerações percebidas a partir de julho de 1994, como vinha até aqui ocorrendo.

A mesma Emenda, por outro lado, assegura aos servidores aposen­tados e pensionistas por ela alcança­dos o direito à revisão administrativa das respectivas aposentadorias ou pensões.

Em relação ao pagamento de atrasados, a EC nº 70/2012 não traz tal garantia.

Objetivando agilizar as revisões administrativas e demonstrar a resis­tência da Administração Pública em pagar as diferenças mensais apuradas

a partir das originais concessões das aposentadorias ou pensões, a Assesso­ria Jurídica do Sindprevs/SC preparou quatro diferentes modelos de reque­rimentos (disponíveis no sítio www.sindprevs­sc.org.br, em Jurídico):

a) utilizado pelos servidores apo­sentados por invalidez integral;

b) utilizado pelos servidores apo­sentados por invalidez proporcional;

c) utilizado pelos pensionistas de ex­servidores cujas aposentadorias tenham sido concedidas por invalidez integral; e

d) utilizado pelo pensionistas de ex­servidores cujas aposentadorias hajam sido concedidas por invalidez proporcional.

Os requerimentos devem ser pre­enchidos e protocolizados junto aos setores de recursos humanos dos res­pectivos órgãos, em duas vias, fi cando a segunda de posse do interessado. Após aguardar a resposta por até 30 dias, o servidor deve enviar para o Sin­dicato a cópia protocolizada do reque­rimento, acompanhada dos seguintes documentos:

Ação para assegurar os 80 pontos aos aposentados e pensionistas

A Assessoria Jurídica do Sindprevs/SC elaborou uma nova tese jurídica com o fi m de assegurar aos servidores aposen­tados, com base na original redação do art. 40, da Constituição Federal, ou com base no art. 3º, da Emenda Constitucio­nal nº 47/2005, o direito à aposentadoria com proventos integrais, inclusive na parte referente às chamadas gratifi ca­ções de desempenho (Gdass, GDPST e outras), tomando­se o valor das rubricas pagas na última remuneração percebida em atividade.

A ação será ajuizada em nome de todos os aposentados e pensionistas que se enquadrem nas modalidades de apo­sentadoria mencionadas acima.

Os servidores que tiverem interesse

de ajuizar ações individuais, responsabi­lizando­se com as eventuais despesas de sucumbência, devem remeter ao Sind­prevs/SC os seguintes documentos:

a) procuração devidamente preen­chida (conforme modelo fornecido pelo Sindicato);

b) fotocópia dos contrarecibos de pagamento (contracheques) dos últimos cinco anos;

c) fotocópia do último contrache­que percebido em atividade e do primei­ro percebido na condição de aposentado, se esses não estiverem compreendidos no período de cinco anos, previsto na le­tra “b” anterior; e

d) fotocópia da Portaria de aposen­tadoria.

Ação para assegurar a aposentadoria integral dos servidores

O Sindprevs/SC ajuizará em breve uma Ação Civil Pública com o fim de ver reconhecido o direito dos servidores aposentados e pen­sionistas à percepção das gratifica­ções de desempenho do Ministério da Saúde, do INSS e da Anvisa, em valor correspondente a no mínimo 80 pontos, e não 50, como vem ocor­rendo.

É preciso alertar que a nova ação não é a mesma ajuizada por ser­vidores aposentados ou pensionistas que buscam ver reconhecido o direito à integralidade de proventos e pensão em razão da modalidade de aposen­tadoria, mas especialmente quando essa decorreu da original redação do art. 40, da Constituição Federal, ou do

art. 3º, da Emenda Constitucional nº 47, de 2005. Logo, como se trata de ações distintas, cada qual terá seu curso normal, não sendo inviável sua tramitação em paralelo. Se vitoriosa a tese, a ação beneficiará todos os aposentados e pensionistas asso­ciados ao Sindprevs/SC, razão pela qual não há motivo para que sejam buscados advogados particulares para propor ações semelhantes, a custos evidentemente maiores que os que terá a ação movida pelo Sin­dicato, além de aqui não se correr o risco de condenação em honorários sucumbenciais.

Tão logo tenhamos divulgadas as sentenças das ações agora ajuiza­das, informaremos aos interessados.

a) fotocópia do ato de aposen­tadoria em que conste a base legal para a sua concessão; e

b) fotocópia das fi chas fi nancei­ras desde o mês anterior ao da aposen­tadoria até os dias atuais.

É importante relembrar que exis­tem dois tipos de aposentadorias por invalidez nos casos alcançados pela EC nº 70, de 2012. São elas:

a) aposentadoria por invalidez integral, quando esta invalidez houver decorrido de doença profi ssional, aci­dente de trabalho, moléstia profi ssio­nal ou doença grave, contagiosa ou in­curável, especifi cadas no art. 186, § 1º, da Lei nº 8.112, de 1990, quais sejam: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no ser­viço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espon­diloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome da Imunodefi ciência Adquirida (Aids) e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada, sendo im­portante ressaltar que a jurisprudên­cia vem entendendo que a referida lista não é exaustiva, ou seja, admite a inserção de outras doenças que venham a ser consideradas também graves; e

b) aposentadoria por invalidez proporcional, quando esta invalidez houver decorrido de acidentes ou do­enças comuns.

Ocorre que o advento da EC nº 41, de 2003, promoveu a alteração do art. 4º, da Constituição Federal, do qual constam as referidas aposenta­

dorias por invalidez, o que fez com que a Administração passasse a entender que os proventos deveriam ser calcu­lados não sobre a totalidade da última remuneração percebida em atividade, mas sobre a média das 80% (oitenta por cento) maiores remunerações per­cebidas pelo servidor a partir de julho de 1994, o que acabava por gerar for­te redução no valor dos proventos se comparados com a última remunera­ção em atividade.

Além disso, essa mesma inter­pretação vinha fazendo com que a Administração não estendesse a esses servidores (ou pensionistas) as vanta­gens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, o que vinha ferindo o princípio da paridade.

A EC nº 70/2012, assim, vem res­tabelecer o direito contido na original redação da Constituição de 1988, fa­zendo com que as aposentadorias por invalidez (integral ou proporcional, conforme o caso) sejam calculadas sobre a totalidade da última remune­ração percebida pelo servidor em ati­vidade, garantindo, a ele a extensão, a ele, de toda e qualquer vantagem pos­teriormente concedida aos servidores em atividade.

Dessa forma, todos os servidores cujas aposentadorias por invalidez foram concedidas a partir de 1º de janeiro de 2004 (e as pensões daí de­correntes) – desde que os servidores tenham ingressado no serviço público até 31.12.2003 – têm direito à revisão dos respectivos proventos.

Fonte: AssessoriaJurídica do Sindprevs/SC.

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Servidores da Anvisa em Greverealizaram Marcha em Brasília

No dia 19 de julho, os servidores da Anvisa e das demais Agências Reguladoras realizam uma passeata e ato em frente ao Ministério do Planejamento.

Numa tentativa de desmobilizar as greves dos Servidores Federais, a presidenta Dilma (autoritária) Rous­seff publicou o Decreto n° 7.777, de 24 de julho de 2012, autorizando os res­pectivos ministérios a fazer convênios com estados, municípios e o Distrito Federal para substituírem os servido­res em greve. Em resposta ao Decreto, os Sindicatos dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Floria­nópolis (Sintrasem), do Serviço Públi­co Estadual/SC (Sintespe) e dos Tra­balhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis (SindSaúde/SC) divulga­ram no dia 3 de agosto a Nota de Apoio aos Servidores Federais em Greve, em que repudiam a inaceitável interven­ção do governo contra a liberdade de organização e o direito de greve dos trabalhadores, ferindo a Constituição Brasileira.

Fonte: Plantão/Fenasps e Sind­prevs/SC.

Veja abaixo a íntegra da Nota de Apoio.

Nota de Apoio aos Servidores

Federais em GreveO Decreto nº 7.777/2012 é arbi­

trário, ilegal e inconstitucional.O governo, numa tentativa deses­

perada de enfrentar, por meio da força, a greve dos Servidores Públicos Fede­rais, ressaltando o Ministério da Saúde e da Anvisa, em vez de negociar, coloca em risco a sociedade e a segurança na­cional ao conceder aos estados, muni­cípios e Distrito Federal poderes para a

execução de atividades que, segundo a Constituição Federal/1988, são prerro­gativas da União e indelegáveis.

Na ausência de disposição de­mocrática para negociar e apresentar uma proposta concreta à pauta dos servidores públicos federais, o gover­no da presidenta Dilma Rousseff bus­ca apropriar­se de poderes somente concedidos aos chefes de Estado em situações de guerra, estado de sítio e calamidade pública.

Os sindicatos que representam os servidores estaduais e municipais repudiam o Decreto nº 7.777/2012 e convocam todos a não aderirem à pro­posta, que coloca trabalhador contra trabalhador que está lutando pelos seus direitos constitucionais. As en­tidades sindicais repudiam esse ato insano da presidenta Dilma Rousseff, que tenta substituir servidores em gre­ve por outros que não foram treinados, colocando em risco a população.

Apoiamos a luta dos Servidores Públicos Federais que foram força­dos, pelo próprio governo, a utilizar o instrumento da greve como última forma de tentar abrir um canal de negociações sobre a pauta de reivin­dicações entregue em janeiro de 2012 e até agora sem uma resposta. As rei­vindicações dos servidores são jus­tas e apontam para a valorização dos servidores e dos serviços públicos, tão necessários à grande maioria da popu­lação brasileira.

Fonte: Sintrasem, SindSaúde e Sintespe.

Os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de Santa Catarina, em greve desde o dia 16 de julho, paralisaram totalmente a fiscalização e a liberação dos produtos nos postos de serviço distribuídos em três aeroportos (Joinville, Chapecó e Florianópolis), cinco portos (Navegantes, Itajaí, Imbituba, São Francisco do Sul e Itapoá) e na fronteira (Dionísio Cerqueira).

Em todos os locais, a orienta­ção do Comando de Greve é cumprir apenas as situações emergenciais, a exemplo de medicamentos para transplantados, suprimentos para rede hospitalar, vacinas, soros e ou­tros produtos perecíveis e de curta validade que representem riscos à vida e que são avaliados pelos servi­dores criteriosamente. Também foi mantido o serviço de atendimento aos viajantes que necessitam do Cer­tificado Internacional de Vacinação.

Neste caso, o critério é priorizar as viagens que acontecem dentro da própria semana.

A pauta de reivindicações dos servidores da Anvisa inclui criação de uma Carreira de Regulação Fede­ral que contemple o quadro especí­fico e o quadro efetivo, tratando iso­nomicamente de ambas as carreiras; remuneração por subsídio; correção de tabelas com reposição das perdas da inflação; e paridade entre ativos e aposentados e pensionistas.

Além dos trabalhadores da An­visa, estão em greve os servidores de outras nove Agências Nacionais. São elas: Ana (Agência Nacional de Águas), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Anatel (Agência Na­cional de Telecomunicações), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétri­ca), ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Antaq (Agência Na­cional de Transportes Aquaviários), ANTT (Agência Nacional de Trans­portes Terrestres), Ancine (Agência Nacional do Cinema), ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), e DNPM (Departa­mento Nacional de Produção Mine­ral), que já tem projeto de lei para ser transformado em agência.

Repúdio ao Decreto nº 7.777/2012Entidades declaram apoio aos

Servidores Públicos Federais em Greve

Acima, servidores da Anvisa concentrados em frente ao prédio da PO, emFlorianópolis. Abaixo, vigília realizada em Brasília, em 19 de julho.

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SES diz que HF deve reabrir em dezembroe admite que poderá ser entregue a uma OS

Fechado e em reformas desde 2009, o Hospital Florianópo-lis quando reabrir deve ser mesmo entregue a uma Orga-nização Social (OS), o que na prática significa a privatiza-ção do Hospital.

As OSs permitem a entrada de capital privado na Saúde, sendo assim, o hospital deixará de atender somente ao SUS e servirá a convênios privados e particulares. E sabemos bem quais pacientes terão preferência no atendi­mento, com certeza não será a popu­lação carente que depende do Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa e outras preocupantes situa­ções da saúde pública no estado foram expostas durante a audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, realizada nesse dia 11 de julho, sobre os hospitais públicos de Santa Catari­na. Para exemplificar, foram colocadas as situações de quatro unidades hos­pitalares do estado: Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Florianó­polis, Instituto de Cardiologia de São José e Hospital Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville.

A audiência foi chamada pela Comissão de Saúde da Assembleia e contou com a presença de deputados estaduais, vereadores, representantes da administração do Hospital Floria­nópolis e do Joana de Gusmão, mo­vimentos sociais em defesa do SUS, como o Fórum Catarinense em Defesa do SUS e contra as Privatizações, sin­dicatos, entre eles Sindprevs/SC, Sind­Saúde e Sindicato dos Médicos do Es­tado de Santa Catarina (Simesc). Pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) participaram o Secretário Estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, e o Superintendente de Hospitais Públi­cos Estaduais, Walter Vicente Gomes Filho. Também estiveram presentes representantes do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), do Conselho Estadual da Saúde, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), de lideran­ças das comunidades, entre outras en­tidades da sociedade civil organizada. Usuários do SUS também participa­ram e falaram sobre as dificuldades de acesso à saúde pública no estado e a necessidade de se manter e ampliar o atendimento público e gratuito para a população carente que depende intei­ramente da saúde pública.

Para o representante do Simesc, Ciro Soncini, um dos maiores pro­blemas, além do sucateamento da estrutura física dos hospitais, é a falta de servidores. “É preciso resolver o

problema de recursos humanos. Se a saúde foi prioridade de campanha do governo, deveria continuar sendo prioridade”, disse se referindo à cam­panha do atual governador, Raimundo Colombo.

A Diretora do SindSaúde, Edileu­za Fortuna, apresentou dados sobre os hospitais públicos e alguns aponta­mentos como soluções para os proble­mas vividos hoje pelos trabalhadores da Saúde e pela população. Edileuza mostrou dados do Plano Plurianual (2012­2015) do governo estadual, que prevê a destinação de verbas para os hospitais: hospitais próprios (719 mi); hospitais gerenciados pelas Organi­zações Sociais (881 mi); hospitais ter­ceirizados (133 mi); e para a atenção básica (293 municípios): 38 mi. Ela apontou algumas saídas como au­mento do financiamento público para as unidades públicas, estendendo a

rede pública de atendimento; concur­so público como garantia de acesso democrático e carreira; profissiona­lização da gestão, como carreira de gestor público, educação permanente, fortalecimento e respeito ao controle social, entre outras. “Apesar de todas as dificuldades, os dados mostram também o importante trabalho que os hospitais públicos prestam à popu­lação, mesmo com a falta de investi­mentos”, disse Edileuza.

Helga Regina Bresciani, do Con­selho Regional de Enfermagem (Co­ren/SC), também criticou o modelo de gestão das OSs. E disse que há um dé­ficit de 2,4 mil profissionais de enfer­magem na saúde. “Abrem­se serviços novos e não se contratam mais pro­fissionais. Investe­se em Organizações Sociais, então porque não se investe em profissionais da saúde?”

O gerente técnico do Hospital Florianópolis, Rui Toebe, falou sobre o desmonte pelo qual passa a saúde pública e fez críticas ao modelo de Or­ganizações Sociais, dizendo que “esse modelo defende apenas grupos espe­cíficos de poucos e não resolve os pro­blemas, desrespeita a Constituição, o Judiciário e o cidadão”. E fez um apelo em defesa do SUS ao final da sua in­tervenção na mesa: “Temos o melhor sistema de saúde do mundo. Não des­truam esse sistema”.

O Secretário Estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, esteve pre­sente na reunião e admitiu os pro­blemas de estrutura física, falta de servidores e salários baixos na saúde pública do estado. Dalmo jogou a cul­pa na burocratização para licitação de compras de materiais e reformas nos hospitais. “A Saúde não pode esperar os trâmites burocráticos”, avaliou. Ele ainda falou que o repasse de verbas do Ministério da Saúde para o estado é in­

ferior ao do Paraná e ao do Rio Grande do Sul, referindo­se à tabela de repasse de pagamento do governo federal por atendimentos de alta e média comple­xidade. “Enquanto no Paraná o teto por habitante é de R$ 160,00, em San­ta Catarina é de R$ 137,00”. Quando iniciou o debate, o secretário deixou a audiência e foi vaiado pelo público presente por não ficar para responder aos questionamentos. Dalmo afirmou que ainda neste mês a Secretaria deve nomear 290 novos profissionais para a Saúde. O que sabemos ser um núme­ro ínfimo e que não fará frente às reais necessidades dos hospitais e das uni­dades de saúde estaduais.

Superintendente admite que HF será repassado para uma OS

O Superintendente de Hospitais Estaduais, Walter Gomes Filho, ad­mitiu, durante a audiência pública, que o estado está realizando estudos no Hospital Florianópolis e no Hospi­tal Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville para passar a gestão para as Organizações Sociais e disse que as terceirizações para as OSs já estavam na campanha do governador, Raimun­do Colombo, e que serão implantadas.

O Diretor do Sindprevs/SC, Már­cio Roberto Fortes, falou sobre a gre­ve dos servidores federais da Saúde e lembrou que o Sindprevs/SC manterá o combate e a luta contra as Organi­zações Sociais por entender que elas privatizam a saúde pública e prejudi­cam a população carente que tanto necessita do SUS. Márcio denunciou o descaso com que os servidores do Hospital Florianópolis estão sendo tratados desde o início da reforma e a expectativa de todos para poderem voltar ao trabalho no Hospital, aten­dendo 100% pelo SUS.

10% do orçamentopara a Saúde

Entre os pedidos da audiência pública que serão encaminhados es­tão a destinação de 10% do orçamento da União para a Saúde, o levantamen­to do real déficit de servidores nos hospitais estaduais e a não transfe­rência dos hospitais para as mãos das Organizações Sociais.

A audiência pública, bem como outras que já ocorreram para denun­ciar a privatização da Saúde no estado promovida pelo Governo Raimundo Colombo são de extrema importância para debater essa problemática, po­rém sabemos que somente com muita luta e conscientização da população poderemos barrar esse projeto de des­truição do SUS.

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Sindprevs/SC integra coordenação da Frente Nacionalcontra a Privatização da Saúde

O Sindprevs/SC, entre outros sindicatos de Santa Catarina, como o SindSaúde, esteve pre-sente no III Seminário Nacional da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, em Ma-ceió (AL), de 7 a 10 de junho.

O Seminário reuniu militantes de todo o país em defesa da Saúde Pública. O objetivo foi debater a conjuntura nacional e os sucessivos desmontes que a Saúde vem sofrendo através dos novos modelos de gestão, como as Organizações Sociais, as fundações e a agora a Empresa Brasilei­ra de Serviços Hospitalares (EBSERH), que vai privatizar os Hospitais Universitários. O evento também discutiu estratégias e uma agenda de lutas conjunta no país, tendo a Frente Nacional como o principal espaço de luta e de unidade em torno da bandeira da defesa da Saúde Pública.

Na mesa de abertura do Seminário, foi realizado um relato pelos Fóruns Estaduais, entre os quais aqueles que deram origem à Frente Nacional, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, falando sobre suas experiências. O Fórum de São Paulo trouxe o relato de que até os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) estão sendo entregues às Organiza­ções Sociais.

A mesa de conjuntura reuniu três debatedores: Mauro Iasi, do Núcleo 13 de Maio, Virgínia Fontes, da Universidade Fe­deral Fluminense e do 13 de Maio, e Jullien Terrié, da Rede Europeia pelo Direito à Saú­de da França. Os palestrantes falaram sobre a crise do capitalismo que estamos vivendo. Disseram que é uma crise internacional e estrutural do capital e que trará sérios aba­los para os trabalhadores, uma vez que a po­lítica que está sendo colocada é a de arrocho e precarização cada vez maior da vida para a salvação dos bancos e das grandes em­presas, como as montadoras e as grandes

construtoras, por exemplo. Mauro Iasi e Vir­gínia Fontes falaram sobre a necessidade de organização da classe trabalhadora para o enfrentamento das consequências da crise e sobre a fragilidade dessa organização, pois há uma grande fragmentação da esquerda brasileira e da classe trabalhadora no país.

Jullien Terrié falou sobre a situação da crise na Europa e ressaltou a política de arrocho que os países europeus estão apli­cando sobre os trabalhadores. O palestran­te disse que na França, e em vários outros países, o sistema de saúde também está sendo privatizado. Ele informou ainda que no mês de outubro haverá uma semana de mobilização em defesa da Saúde na França e convidou a Frente Nacional para organizar atividades semelhantes no Brasil.

A segunda mesa discutiu as lutas em defesa da Saúde Pública no campo jurídico e reuniu a fiscal do Tribunal de Contas da União Luciene Silva, o subprocurador da República Oswaldo Barbosa e Eduardo Va­randas, do Ministério Público do Trabalho. Luciene Silva falou sobre a inconstitucio­nalidade e o absurdo que é a proposta da EBSERH para os HUs. Lembrou que os HUs são, antes de tudo, escolas nas quais são re­alizadas pesquisa e extensão. Ela defendeu ainda que a EBSERH fere o princípio da in­dissociabilidade do ensino, da pesquisa e ex­tensão. A EBSERH será uma empresa públi­ca, terá subsidiárias nas regiões e seguirá a lei das empresas S.A., que são voltadas para a finalidade do lucro, o que não é o objetivo do SUS. Na lei da EBSERH há um artigo que permite a dupla porta no sistema – ressarci­mento de planos privados e consumidores.

Eduardo Varandas e Oswaldo Barbo­sa falaram também sobre os aspectos jurí­dicos e citaram a ADIn nº 1.923/98 contra as Organizações Sociais, reforçaram o papel do Estado de cuidar da Saúde. Barbosa in­formou que os procuradores do Ministério Público, em sua associação, se posiciona­ram contra as OSs e trabalharão para a não aprovação desses modelos, além de intensi­

ficar as denúncias das irregularidades dos contratos já existentes. Ambos os pales­trantes afirmaram a importância e o papel dos sindicatos e dos movimentos sociais de denunciarem as OSs e suas irregularidades.

Varandas também falou sobre a ne­cessidade de os sindicatos e os movimentos acompanharem a ação no Tribunal Supe­rior do Trabalho (TST), que proíbe as OSs em Santa Catarina, pois o Tribunal tende, por vezes, a ser reacionário e contra os tra­balhadores.

A terceira mesa debateu os rumos da reforma sanitária, sobre o público e o priva­do na Saúde, a reforma psiquiátrica e o con­trole social. Nos grupos de trabalho foram discutidas as estratégias e a agenda de lutas da Frente. Na plenária final, o produto dos grupos foi levado para aprovação, ficando deliberado o seguinte:

­ criou­se uma coordenação da Frente Nacional, com representantes dos Fóruns Estaduais. O Sindprevs/SC, que participa do Fórum Estadual representado pelo Dire­tor, Márcio Fortes, integrou a coordenação da Frente Nacional. O SindSaúde também integrará a coordenação nacional. A coor­denação deve se reunir a cada dois meses, em Brasília;

­ os Fóruns Estaduais indicarão os nomes para a formação da Comissão de Comunicação da Frente;

­ comissão de acompanhamento do Conselho Nacional de Saúde: os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul fica­ram responsáveis de acompanhar as reuni­ões do Conselho Nacional de Saúde e fazer avaliações. As entidades nacionais devem se organizar para tentar uma vaga no CNS;

­ comissão de articulação no TST: será feito contato com a Fenasps, a Fasubra e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) para articular essa luta; e

­ internacionalização da Frente: foi de­batida a necessidade de internacionalizar a luta dos trabalhadores. Os Fóruns Estaduais indicarão os nomes para formar a Comissão

de Internacionalização da Frente. Essa Co­missão debaterá inclusive a Semana de Luta na Europa em outubro.

Próximo Seminárioserá em Santa Catarina

Durante o Seminário também foi defi­nido que o próximo será em Santa Catarina, em 2013. O Seminário deverá ser realizado em Florianópolis. O Sindprevs/SC e o Sin­dSaúde, que integram o Fórum Estadual, chamam todos a se engajarem nessa luta.

Fonte: Com informações do Fórum Catarinense em Defesa do SUS contra as Privatizações.

A Direção do Sindprevs/SC realizou nos meses de maio e junho mais reuniões para eleger os novos Diretores de Base e Representantes de Aposentados e Pensionistas.

No dia 10 de maio foi realizada a reu­nião com os servidores do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, em Florianópolis. Na reunião foram eleitos os Diretores de Base João Olimpio Ferreira, Murilo Cardoso e Maria Nilza Maria da Silva. No dia 18 de julho, faleceu Valmir Medeiros Wessler, ser­vidor do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PO, de Florianópolis, que havia sido eleito Diretor de Base do Núcleo.

No dia 11 de maio foi realizada a reunião na Coordenação de Vigilância Sa­nitária da Anvisa, na qual foram eleitos as seguintes Diretoras de Base: Nires Soldi e

Maria Goreti dos Santos.A reunião com os servidores de Som­

brio foi realizada em 14 de maio e elegeu Claudecir Coan Chequetto e Tania Car­doso Freitas como Diretores de Base. No dia seguinte, a Direção do Sindprevs/SC realizou a reunião com os servidores de Araranguá, em que foram eleitos os seguin­tes Diretores de Base: Denilson Pereira da Silva e Ana Maria Pereira Vieira. Na mesma reunião, Neusa Maria da Silva Nunes e Elisa Tasca da Silva foram eleitas Representantes dos Aposentados e Pensionistas.

Sidirlene da Silva de Luca foi eleita Di­retora de Base da APS de Içara na reunião realizada em 16 de maio. No dia seguin­te, a Direção do Sindprevs/SC esteve em Urussanga realizando a reunião que elegeu como Diretores de Base Judith Meneghel Olivo e José Arcangelo Benedet e como Re­presentantes dos Aposentados e Pensionis­tas Jane Regina Ceron e Santa Jeremias.

Na APS de Joinville, os servidores elegeram no dia 22 de maio os seguintes Diretores de Base: Alzira Maria Aparecida Garcia da Rosa, Michelle Preis, Marcos Au­relio Simm e Maria Sombrio Vieira; e as se­guintes Representantes dos Aposentados e Pensionistas: Katia Mariza Angelo e Lena Maria Lemos de Almeida. No dia seguinte, na APS Guanabara, Paulo Cesar dos Santos foi eleito Representante dos Aposentados e Pensionistas.

Os servidores de Jaraguá do Sul ele­geram, no dia 24 de maio, Sandro Marcio Clerici Diretor de Base da APS. No mesmo dia, a Direção do Sindprevs/SC realizou a reunião na APS São Francisco do Sul, em que foram eleitos Bernadete Gross como Diretora de Base e Veviene Christina Breis e Marta Tomelin Machado como Represen­tantes dos Aposentados e Pensionistas.

A reunião com os servidores de Brus­que aconteceu em 12 de junho e elegeu

como Diretores de Base Marcos Maurici, Lygia Bodenmuller e Fábio Rogério Duarte, e como Representantes dos Aposentados e Pensionistas Nadia Diva de Borba Zambo­netti e Zenilda Machado.

Os servidores de Itajaí estiveram reu­nidos no dia 22 de junho e elegeram o Dire­tor de Base Roberto Machado de Oliveira.

Devido ao calendário de mobilização e à greve da Seguridade Social, a Direção do Sindprevs/SC não conseguiu finalizar a eleição dos Diretores de Base e Repre­sentantes dos Aposentados e Pensionistas. Nos locais em que a eleição não ocorreu, os antigos representantes devem continuar atuando.

As eleições serão retomadas assim que ocorrer o encerramento da paralisação dos servidores do Ministério da Saúde e da Anvisa.

Reuniões elegem novos DBs e Representantes dos Aposentados e PensionistasFo

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INSS baixa plano emergencial para a Regional SulNo dia 22 de junho, o Sindprevs/SC, em conjunto com o Sindprevs/PR e o Sindisprev/RS, participou de uma segunda audiência com a nova Superintendente Regional Sul, Raquel Marshall Gadea, com a pauta de debater sobre os números apresentados pelo governo em relação às metas produtivistas da região Sul.

Os três estados aproveitaram a oportunidade para reafirmar os problemas de condições de traba­lho e assédio moral que atingem os trabalhadores do INSS. Além disso, entregaram um ofício soli­citando a liberação de ponto dos servidores para participarem do Seminário Regional Sul sobre Saú­de do Trabalhador.

GT debaterá condiçõesde trabalho ecriação de comissões

Além dos três sindicatos e da Superintendente, estavam presentes na reunião a Assesso­ria Administrativa e a Equipe de Qualidade de Vida da Superinten­dência.

A Superintendência apresen­tou um levantamento dos servi­dores que já gozam do benefício do Abono Permanência, o que revela que a maioria já cumpriu com o tempo mínimo para a con­cessão da aposentadoria. Reali­dade essa que preocupa e para a qual os sindicatos e a Fenasps vêm chamando a atenção da Ad­ministração já há algum tempo.

A Superintendente também informou que o INSS vem fazendo um estudo pela equipe de Enge­nharia da Regional Sul para apu­rar as condições ambientais e es­truturais dos locais de trabalho. A equipe do Programa de Qualidade de Vida expôs dados sobre o ado­ecimento dos servidores por doen­ças osteomusculares, as chamadas LER/DORT, e doenças causadas por sofrimento mental e emocio­nal, como a depressão, o que au­mentou nos últimos tempos.

Os dirigentes sindicais pre­sentes reiteraram mais uma vez os problemas das condições de trabalho, a comprometida estru­tura dos prédios mais antigos, a falta de servidores e o assédio mo­ral. Denunciaram, mais uma vez, a gravidade da qualidade da água consumida nos locais de trabalho, a falta de água em muitos locais, e destacaram as situações que merecem ação imediata, como a APS de Rio do Sul (atingida pela enchente), a APS São Borja (com risco de desabamento) e o prédio da Gex Poa (com elevadores em pane) etc.

Foi aprovado um Grupo de Trabalho que debaterá uma pauta inicial sobre os dados que estão sendo levantados pelo setor de Engenharia nos locais de traba­lho, as condições desses locais de trabalho, a qualidade da água das APSs e formação de comissões de trabalhadores por locais de traba­lho para debater e elencar esses problemas de condições de traba­lho.

Baixa “produtividade”, será?

A Superintendente apresen­tou os indicadores de desem­penho nacional, registrando a preocupação sobre os índices da Regional Sul, que estão muito aquém das metas e da média na­cional. Informou que foi construí­do um Plano de Ação Emergencial pelo INSS na tentativa de adequar os indicadores às metas. O plano já havia sido apresentado para as Gerências Executivas e de APSs no dia anterior à reunião dos sin­dicatos com a Superintendente.

A Superintendente garantiu que a Ação Emergencial não é obstáculo para a manutenção do turno estendido. Ela disse que a participação nas ações do plano emergencial é facultativa e aberta a qualquer servidor do INSS, in­dependentemente de lotação. Ela também frisou que acompanha­rá in loco, nas Gerências, as 126 APSs selecionadas para a imple­mentação do Plano, e a execução do Plano Emergencial será objeto de avaliação dos gestores, com

Metas produtivistas

Minha prioridade é melhorar os indicadores da região SulNo dia 9 de julho, a Assessoria de Imprensa do Sindprevs/SC foi recebida pela nova Superintendente Regional Sul do INSS, Raquel Marshall Gadea. Na entrevista, Raquel falou sobre as prioridades de sua gestão, sua posição sobre as 30 horas, a Saúde do Trabalhador, entre outros assuntos. Confira abaixo as principais partes da entrevista.

Como você vê a Previdência Social hoje no Brasil?

Na minha opinião, o modelo previdenciário brasileiro é um distri­buidor de renda, é uma fonte de so­brevivência para a população pobre. Quem mais se favorece com a Previ­dência é o trabalhador assalariado, empobrecido. Por exemplo, 60% dos municípios brasileiros recebem mais verbas da Previdência do que do Fun­

do de Participação dos Municípios. Há problemas gerais nos sistemas previdenciários de outros países. No Brasil há um envelhecimento da po­pulação, sobrecarregando o sistema de solidariedade. Há um desequilí­brio entre quem contribui e quem re­cebe. A população está envelhecendo e o regime não é proporcional.

A senhora é a favor da jornada de 30 horas? Quais seriam suas ações para estender as 30 horas para as APSs que ainda não fazem?

Sou favorável às 30 horas. Sem­pre lutei pelas 30 horas. Mas preci­samos ter um equilíbrio entre as de­mandas e os serviços prestados. Não podemos deixar cair a produtividade. Se conseguirmos manter o nível de atendimento, conseguiremos esten­der para as demais agências. Já foi verificado, as agências que não estão fazendo as 6 horas é porque não es­tão cumprindo as metas.

correspondentes incentivos e/ou restrições, conforme os resulta­dos obtidos.

Os sindicatos colocaram a

preocupação de que esse Plano Emergencial não seja mais uma forma de aumentar a pressão das chefias aos trabalhadores para o

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INSS baixa plano emergencial para a Regional Sul

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contada depois de 8 horas de tra­balho, e não de 6 horas, e será li­mitada em duas hora/dia.

­ Para administrativos que não estiverem recebendo diárias ou hora extra: a cada quantida­de de processos de trabalho que completem a carga horária de 6 horas equivalerá um dia de tra­balho, que poderá ser utilizado segundo a conveniência da Admi­nistração, a partir de outubro de 2012 ou quando seus indicadores estiverem adequados à metas na­cionais.

Avaliação do Sindprevs/SC

Os dirigentes do Sindprevs/SC reafirmaram que são contra o trabalho aos finais de semana, que os servidores que aderirem ao Plano irão trabalhar 10 horas por dia, o que pode acarretar mais afastamentos por doenças de tra­balho. Questionaram como será

possível compensar os dias visto que faltam servidores e que pagar diárias e trazer trabalhadores de outras regiões vai mascarar os re­ais problemas vividos pelos traba­lhadores na realidade do dia a dia.

O Sindprevs/SC alerta aos trabalhadores que fiquem aten­tos para essas novas medidas e que não percam o foco da nossa luta, que é a manutenção da jor­nada de 30 horas, a incorporação da Gdass e a extensão para os de­mais trabalhadores que ainda não conquistaram as 30 horas, além de efetivas melhores condições de trabalho e valorização do ser­vidor.

Lembramos ainda que, ape­sar de a nova Superintendente estar aberta ao diálogo, é a nossa luta concreta que impedirá a per­da de direitos e possibilitará avan­çarmos em mais conquistas.

Minha prioridade é melhorar os indicadores da região Sul

Como será sua política de liberação de dirigentes sindicais e da base para as atividades do Sindicato e da Fenasps?

Já orientei as gerências da impor­tância da participação nas atividades do Sindicato e que elas liberem dentro dos limites da gestão. Falei às gerências sobre a importância das reuniões e das plenárias, e que os servidores têm que participar, pois só assim se eleva a consciência política no trabalhador.

O que a senhora pretende implementar e/ou propor para melhorias nas condi-ções de trabalho no INSS?

Já fortalecemos a equipe de Qua­lidade de Vida e estamos atuando para a prevenção em Saúde do Trabalhador, fazendo um diagnóstico das APSs e dos principais desmotivadores, integrando com o Siass. Queremos desenvolver programas de promoção em Saúde em parceria com o Sindicato, unir forças.

Qual sua opinião sobre a política de Saúde do Traba-lhador do INSS? Há alguma meta a ser alcançada na sua gestão para a Superinten-dência Regional?

O Siass ainda é focado nas perí­cias médicas. Queremos fazer um tra­balho de prevenção e promoção em Saúde. Queremos priorizar mais o ser humano, o bem­estar e o estar feliz e satisfeito do que a produção. Que os servidores estejam motivados e felizes e trabalhem em um ambiente gostoso. Estamos fazendo um levantamento nas APSs. Eu visitarei todas as Agên­cias. Sabemos que Rio do Sul (referin­do­se à APS atingida pelas enchentes em Santa Catarina) e outros locais são prioridades emergenciais. Vamos ela­borar um plano para todas as APSs, verifi car as condições da água, dos mó­veis, da luz etc.

Como a senhora vê a ques-tão da falta de servidores no INSS e as terceirizações?

Não seriam terceirizados, são funcionários das prefeituras que tra­balham ali. Já foram chamados 500 do último concurso e para a área­meio tal­vez ainda este ano sejam preenchidas mais vagas. É fato que muito servidores estão se aposentando. Tem que haver a reposição dos servidores.

Como a senho-ra pretende abrir espaço para os sin-dicatos e os trabalhadores serem ouvidos na sua gestão?

O espaço estará aberto, quero ouvir mais. Valorizo a par­ticipação do servidor. Vou viajar para todas as Agências e ouvir de perto os relatos dos problemas e sa­ber da realidade dos locais de trabalho.

Quais as prioridades da sua gestão?

A prioridade é melhorar os indi­cadores da região Sul para que as pes­soas não se sintam tão pressionadas. Depois de melhorar os indicadores, podemos melhorar e trabalhar outras questões.

cumprimento de metas; que os índices do governo não levam em conta a falta de servidores e as péssimas condições de traba­

lho na Região Sul; que o Sul sempre foi re­ferência e que é preciso apu­rar melhor o que está efeti­vamente acon­tecendo nas APSs. E, por fim, disse que os sindicatos e os trabalha­dores não vão aceitar “puni­ções’.

S e g u n d o a Superinten­dência, o ciclo de avaliação da Gdass em todo

o país passará a ser mensal, e ela está preocupada com a avaliação das 30 horas (turno estendido) em outubro. Ela afirmou ainda que é favorável à reconquista das 30 horas e que no momento está preocupada em resolver, além dos problemas apresentados pe­los três sindicatos, a questão dos baixos índices para que possam ser mantidas as 30 horas e o turno estendido.

Seguem alguns pontos apre­sentados pela Superintendente sobre o Plano Emergencial.

­ Poderão ser trazidos servi­dores de outros estados para aju­dar no represamento de trabalho na região.

­ Os servidores receberão di­árias durante a ação emergencial.

­ Será possível realizar horas extras, inclusive aos sábados, que deverão ser compensadas poste­riormente. A hora extra só será

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Fenasps e Cfess participam de audiênciacom Diretora de Saúde do Trabalhador do INSS

Conforme deliberação do Encontro Nacional de As-sistentes Sociais do INSS, realizado em abril deste ano pela Fenasps e pelo Cfess (Conselho Federal de Serviço Social), representantes das duas entidades participa-ram no dia 13 de julho de uma audiência com a Direto-ra de Saúde do Trabalhador do INSS, Verusa Guedes.

Foi a primeira audiência com Verusa Guedes, que assumiu em março a Diretoria de Saúde do Tra­balhador da Instituição.

Diretora nova, pauta antiga

Além da convocação de pelo menos 450 assistentes sociais aprovados no concurso, foram abordadas questões como o an­damento da minuta de decreto que estabelece as atribuições do cargo de assistente social dentro da Instituição, a possibilidade de realização de processo de remo­ção de profissionais, o não cumpri­mento da lei que estabelece as 30 horas sem redução salarial, a falta de condições técnicas para o exer­cício profissional, em especial dos profissionais com deficiência, e a realização de demandas não com­patíveis com as atribuições e as competências profissionais (como habilitação de benefícios).

A Diretora afirmou que cem assistentes sociais aprovados no concurso de 2008 para o INSS se­rão convocados em julho e outros cem em dezembro. Para a Fenasps e o Cfess, esse quantitativo não é suficiente.

Verusa informou que, das no­meações de julho, a maioria será para as regiões que mais necessi­tam de assistentes sociais e que quem define isso é o INSS. Afirmou ainda que pode ser que ocorra no fim do ano um processo de remo­ção de profissionais.

A vice­presidente do Cfess, Marinete Cordeiro, chamou a atenção para o número de 450 as­sistentes sociais que vêm sendo pleiteados desde o início pelo Con­selho Federal. Entretanto, Verusa

disse que isso depende do Ministé­rio do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog).

A Diretora falou sobre a re­alização da habilitação de bene­fícios por parte de alguns assis­tentes sociais. Na opinião pessoal e por sua experiência (Verusa foi gerente executiva da Agência da Previdência Social de Salvador), essa demanda não deveria ser do profissional de Serviço Social. Ela disse, inclusive, que tem apresen­tado essa posição junto aos demais gestores, mas reconheceu que o entendimento por parte de alguns gerentes de APSs tem sido diferen­te e que não há um posicionamen­to oficial do INSS que obrigue ou

proíba que o assistente social rea­lize tal demanda.

A Diretora do INSS disse tam­bém ter recebido informações de que, em alguns locais, o próprio profissional tem optado em reali­zar essa atividade.

As entidades enfatizaram que habilitar benefícios não deve ser uma opção do assistente social e muito menos imposição de gesto­res do INSS. "Esta tarefa não é uma atribuição e competência nossa, pode ser considerada desvio de função e impede que os assistentes sociais realizem outras atividades que estejam em consonância com a competência do Serviço Social do INSS, conforme define o artigo 88 da Lei nº 8.213/1991. A realiza­ção de trabalhos com as redes de atendimento em relação à saúde

do trabalhador e aos trabalhado­res rurais é um exemplo. E quem sai perdendo é o usuário, pois não acessa um serviço pelo qual teria direito, conforme previsão legal", ressaltou Marinete.

Os representantes da Fenasps falaram sobre as denúncias de as­sistentes sociais que alegam ser ví­timas de assédio moral, pois estão sendo pressionados pelos gerentes a realizarem demanda incompatí­vel com as suas atribuições.

Verusa Guedes voltou a desta­car que o melhor caminho para se resolver a questão é convencer as gerências de que não é atribuição do Serviço Social habilitar benefí­cios.

Outra questão apontada foi a falta de condições técnicas de tra­balho das pessoas com deficiência, como foi relatado por profissionais no Encontro Nacional de Assisten­tes Sociais do INSS.

A Diretora do INSS afirmou que verificará a questão, identifi­cando quais são as demandas mais urgentes.

Em relação à minuta de de­creto com as atribuições dos assis­tentes sociais, Verusa afirmou que ainda não estava acompanhando esse processo, mas registrou seu interesse na questão e seu entendi­mento da legitimidade desse plei­to.

De acordo com a Divisão de Serviço Social do INSS, após a reu­nião com a Diretoria de Saúde do Trabalhador, a minuta, que estava

no Mpog e teve parecer favorá­vel pela continuidade de trami­tação, retornou para o Ministério da Previdência Social (MPS) para pronunciamento, tendo em vista divergência de entendimento de setores daquele órgão. A dúvida é se o decreto seria um ato só com as atribuições específicas do analista de Seguro Social com formação em Serviço Social ou um ato normati­vo que abrangeria demais analistas com formação específica.

O recém­aprovado Manual Técnico do Serviço Social, que traz procedimentos técnicos como pa­râmetros para atuação no Serviço Social do Instituto, teve destaque pela Diretora e pelos representan­tes das entidades. O documento foi apontado como um importante instrumento de defesa do exercício profissional do assistente social no INSS (ressalta­se que a minu­ta do Manual foi elaborada desde 2008). As entidades reforçaram que o Decreto teria mais força para a garantia das atribuições e das competências dos profissionais de Serviço Social no órgão.

Avaliação eencaminhamentos

A reunião foi avaliada pelas entidades como positiva, e a Di­retora de Saúde do Trabalhador registrou sua disponibilidade em atender o Cfess e a Fenasps.

Por ter trabalhado como ge­rente executiva, ela afirmou que conhece o trabalho que o Serviço Social desenvolve e registrou sua importância para a população usuária e para a Instituição. Ela destacou também que os pontos discutidos serão acompanhados.

A Fenasps e o Cfess avaliaram positivamente a reunião, com a certeza de que a luta em defesa do Serviço Social do INSS é necessária e cotidiana, e de que a oferta des­se serviço com qualidade deve ser entendida como um direito da po­pulação usuária. Destaca­se a im­portância de acompanhar o trâmi­te e cobrar a aprovação do Decreto com as atribuições dos assistentes sociais do INSS, tarefa comum às duas entidades.

Fonte: Fenasps.

Saúde do Trabalhador

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Assédio moral no INSS de Petrolina gera primeira licença-acidente de trabalho no Serviço Público no Brasil

O servidor público conta com um instrumento importante de notifi cação de acidentes e agravos relacionados ao trabalho: a Comu­nicação de Acidente de Serviço – CAS. Tal instrumento é pratica­mente desconhecido pela catego­ria e precisa ser discutido para que o trabalhador possa exigir o seu preenchimento nos casos de ocor­rência de agravo e/ou acidente de trabalho, contribuindo assim para a ampliação de dados relativos à Saúde do Trabalhador do serviço público.

O Sindprevs/SC tem enfa­tizado a necessidade do preen­chimento da CAS em todas as oportunidades de contato com os trabalhadores, reuniões com a administração dos órgãos e negociações. Uma proposta pos­sível é a incorporação de tais da­dos ao SINAN­NET/AT (Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação em Saúde do Traba­lhador).

Acidentes em serviço precisam ser notifi cados através da CAS

Em 13 de junho de 2010, foi publicada no Jornal do Comércio, em Pernambuco, denúncia na qual se narrava possível prática de assédio moral contra servidores da Agência da Previdência Social em Petrolina, cometido pelo gerente da Agência da Previdência Social em Petrolina-PE, o Sr. Mauro Antonio, contra uma dirigente sindical e outros servidores.

Agora no último dia 24 de abril de 2012, foi concedida pela perícia médica do INSS em Petrolina­PE uma licença por acidente em ser­viço ou moléstia profi ssional de­corrente de assédio moral cometi­do pelo mesmo gestor, o Sr. Mauro Antonio, e segundo um dos peritos do INSS que conversaram com o servidor: “por assédio moral essa é possivelmente a primeira licença­ serviço acidente de trabalho no ser­viço público no Brasil”. Que é prova incontestável do prejuízo à saúde, no ambiente de trabalho.

A difi culdade que se tem em provar o assédio moral no trabalho o torna um dos crimes mais difíceis de se comprovar, já que as testemu­nhas se recusam a depor com medo de represálias. Só para vocês terem uma ideia: de cada 100 denúncias de assédio moral, o Ministério do Planejamento informa que mais de 70% dessas denúncias se voltam contra o acusador.

O servidor benefi ciado com o auxílio­acidente ensina que tem que enfrentar o opressor fazendo provas como: boletim de ocorrên­cia na polícia, registrar todo acon­tecimento do assédio em e­mails, ir ao médico psiquiatra em caso de lesões psicológicas, solicitar relató­rios médicos em todas as consultas, guardar recibos das consultas e ti­rar cópias dos comprovantes todos os medicamentos tomados. Depois o servidor deverá comunicar o aci­dente de trabalho através do pren­chimento da CAS (Comunicação de Acidente de Serviço), que poderá ser assinada pelo próprio servidor, de acordo com a lei, e após concessão

do auxílio­doença acidente de traba­lho, munido de toda documentação comprobatória, deverá responsabili­zar o gestor criminalmente. Na res­ponsabilização cível é o Órgão em que trabalha que deverá ser respon­sabilizado para que responda pelos danos causados. Quando o estado perder o processo para o acidenta­do, com previsão de direito à indeni­

zação, o estado então poderá entrar com ação regressiva contra o assse­diador, no caso em pauta: o gestor, para que este pague o valor da inde­nização, que no caso do acidentado vai doar a uma instituição de carida­de de sua cidade natal.

Veja ao lado a íntegra do des­pacho que concedeu o auxílio­aci­dente em serviço.

Aloísio NunesAdvogado ­ OAB 20610

PREVIDÊNCIA SOCIALInstituto Nacional do Seguro Social/INSSSEÇÃO OPERACIONAL DA GESTÃO DE PESSOAS

GERÊNCIA PETROLINA/PEDESPACHO nº 116/ 2012. AS­

SUNTO: Concessão de prorrogação de Licença por acidente em serviço ou mo­léstia profi ssional do servidor ALOÍSIO NUNES DE OLIVEIRA PEREIRA, matrí­cula 1375452, no período de 24/04/2012 a 08/05/2012 (15 dias), conforme Laudo Médico Pericial SIASS Nº 10.051/2012. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Art. 211 e 212 da Lei 8.112/90, publicada no DOU 237 de 12 de dezembro de 1990 c/c Decreto nº 7003 de 09 de novembro de 2009, publicado no DOU de 10 de no­vembro de 2009. PARECER DA SEÇÃO: Considerando que foram preenchidos todos os requisitos exigidos pela Lei, somos favoráveis à concessão da Licen­ça. DECISÃO: Usando da competência que lhe confere a Portaria MPS n.º 296 de 09/11/2009, publicada no DOU n.º 214, de 10 de novembro de 2009. 1. DE­FIRO. 2. PUBLIQUE­SE. MARA QUELI ROSSONI CARVALHO. Chefe da Se­ção Operacional da Gestão de Pessoas. GEXPTN/PE.

Fonte: Blog do Banana (www.ricardobanana.com).

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Avançam propostas para uma Frente de Luta Popular na cidade

Crianças do Quilombo Santa Cruz recebem doaçõesNo dia 2 de junho, foram entregues às crianças do Quilombo Santa Cruz (Toca) as roupas e os brinquedos arrecadados na Campanha realizada pela Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade (ADEDH) e pelo Sindprevs/SC.

Nesta comunidade carente de quilombolas, localizada em Paulo Lo­pes, as mulheres participaram de uma capacitação de empoderamento po­lítico, com enfoque contra o sexismo. Participaram dessa capacitação oito mulheres, mães, avós, arrimos de fa­mília e consequentemente seus filhos, netos e bisnetos. Ao todo 16 crianças foram diretamente beneficiadas pelas doações. No dia da entrega, a recep­tividade da comunidade foi emocio­nante. A maioria dos moradores do

Quilombo Santa Cruz tem poucas condições de garantir roupas e brin­quedos aos seus familiares.

A ADEDH e o Sindprevs/SC da­rão continuidade à arrecadação de brinquedos e roupas para outra comu­nidade carente atendida pela Associa­ção. Da mesma forma, as entidades divulgarão um relato do momento da entrega das doações.

As roupas e os brinquedos de­vem ser entregues no Sindprevs/SC (rua Angelo La Porta, 85, Centro, Flo­rianópolis, CEP: 88020­600) e/ou na ADEH (rua Trajano, 168, 4º andar, Ed. Berenhauser, Centro, Florianópolis, CEP 88010­010, fone 48­8438.7743 ou 9952.8985, com Kelly, endereço eletrô­nico: [email protected]). Toda doação será bem­vinda.

A ADEDH e o Sindprevs/SC agra­decem àqueles que já participaram da campanha.

Contribua e faça o olhinho de uma criança brilhar mais.

Marcela Cornelli, jornalista

Enquanto a cidade respira eleições, um grupo de mi-litantes políticos dos mais variados segmentos sociais e correntes partidárias de esquerda se reuniu na tarde de sábado, dia 4 de agosto, no auditório do curso de Arquite-tura da Universidade Federal de Santa Catarina, para dar continuidade ao Bate-papo em busca de um projeto de-mocrático para Florianópolis.

O objetivo dessa Frente de Luta do Movimento Popular e Sindical em defesa dos Direitos Políticos, Sociais, Econômicos e Ambientais, que teve sua primeira reu­nião em 23 de junho deste ano, é construir um espaço de discussão e de encaminha­mentos de lutas na cidade, independente­mente do processo eleitoral. Afinal, não é só em tempo de eleições que a cidade deve respirar política e debater seus problemas, buscando soluções e se contrapondo à do­minação das elites que estão no poder, em defesa da classe trabalhadora.

Desta vez, a pauta debateu conjun­tura nacional e internacional e temas mais locais como mobilidade urbana, moradia, plano diretor, meio ambiente e saneamen­to básico. Várias falas também defende­ram a necessidade de se investir em meios alternativos de comunicação que estejam do lado da classe trabalhadora para se contrapor à grande mídia, que é mais um braço do capital.

A Frente de Luta está deixando de lado as diferenças políticas e buscando pon­tos que unam os movimentos como as lutas

contra o capital e a construção de uma so­ciedade mais justa e igualitária.

Durante o debate, falou­se sobre a necessidade de as lutas locais dos traba­lhadores estarem interligadas com as lu­tas nacionais e internacionalistas, por se­rem as mesmas em todo o mundo e todas com o objetivo de derrotar o capital. Lutas como moradia, saneamento e mobilidade são fundamentais porque têm um viés anticapitalista e anti­imperialista e devem estar na pauta do dia. As falas também ex­puseram a necessidade de se investir em meios de comunicação alternativos para dar visibilidade a essas lutas e se contrapor ao oligopólio das comunicações.

Foi colocado que é preciso cobrar das candidaturas ao pleito municipal que dei­xem explícito o que efetivamente pensam sobre os problemas da cidade e como irão agir para combatê­los.

Foi enfatizado que o debate da Frente de Luta deve ir além do período eleitoral, e será feito um chamamento ao movimento sindical para que esse esteja mais próximo das lutas dos movimentos sociais e não só trate de questões corporativas. Também foram expostos os problemas de moradia urbana na cidade, citando o exemplo do Norte da Ilha, onde famílias estão sendo despejadas para que os terrenos sejam usufruídos pela especulação imobiliária: 51 famílias no Morro do Mosquito, 168 famílias na Vila do Arvoredo, 13 famílias no Cartódromo, 6 famílias na Vila União, 46 famílias no Papaquara. Todas essas fa­mílias estão pedindo socorro e precisam do apoio dos demais movimentos sociais da cidade. Foi lembrado que o Costão do Santinho está construindo um campo de fu­tebol em cima de uma área de preservação ambiental, enquanto muitas famílias são expulsas dos seus lares por estarem nessas áreas há muito anos, ou seja, as leis só ser­vem para os pobres. Também foram feitas

críticas ao programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal, enfatizando que os valores das moradias não são para aten­der a camada mais pobre e necessitada da população, que recebe entre 0 a 3 salários mínimos.

Na avaliação de conjuntura, foi co­locado que quem está pagando pela crise do capital mundial é a classe trabalhado­ra. E que essa é a lógica do capital. Foram feitas duras críticas também à realização dos megaeventos no país, pois estão sendo despejadas milhares de famílias sob uma ótica de higienização social e “limpeza” das cidades onde acontecerão os eventos.

Nas falas dos participantes também foi pedido solidariedade aos dois mil tra­balhadores que a GM quer demitir em São José dos Campos.

Foi consenso dos participantes a ne­cessidade de se elevar consciência política da classe trabalhadora e buscar soluções para os problemas que não virão do parla­mento, e sim das lutas nas ruas. Nesse sen­tido, a Frente de Luta pretende realizar ativi­dades e debates nas comunidades para que elas possam apresentar suas propostas aos candidatos e manter esse espaço de discus­são e luta após as eleições, com o objetivo de criar alternativas para a cidade que benefi­ciem verdadeiramente a classe trabalhado­ra, e não as elites, como vem acontecendo.

­ Buscar com o Fórum da Cidade so­cializar o documento final do Congresso da Cidade, realizado em 2011.

­ Preparar reuniões regionais, definir a pauta desta Frente de Luta e realizar qua­tro debates regionais com os candidatos da majoritária. Ao final, realizar um debate mu­nicipal com a apresentação das resoluções regionais e dos compromissos assumidos ou não pelas candidaturas, no período de 13 a 15 de setembro. Convidar para o debate também os candidatos proporcionais.

­ Criar uma Coordenação para se

reunir semanalmente e definir os encami­nhamentos, socializando­os para o debate com os candidatos, e também convocar centrais sindicais, sindicatos, entidades, universidades, pautando coletivamente o resultado da discussão da Frente de Luta.

­ Criar um Coletivo de Comunicação para mobilizar e socializar o resultado da discussão da Frente de Luta.

­ Fazer arrecadação solidária para construir os projetos da Frente de Luta, garantindo autonomia.

­ Definir quatro debates regionais (Rio Tavares, Trindade­Centro, Norte da Ilha e Continente).

­ Definir o que são os temas centrais para levar aos debates, com sugestão de que sejam áreas públicas e ambientais (por exemplo, a Ponta do Coral), mobilida­de urbana e transporte coletivo (estatiza­ção), saneamento (situações das estações de tratamento), habitação (recursos efe­tivamente direcionados para populações de baixa renda de 0 a 3 salários mínimos) e saúde.

­ Articular movimentos e comunida­des organizadas com suas necessidades nas ações da Frente de Luta.

­ Reunião da Coordenação da Frente dia 7 de agosto, após a Audiência Pública de Santo Antônio, no mesmo local.

­ Primeiro debate: entre 14 a 17 de agosto, no Norte da Ilha.

­ Segundo debate: entre 20 e 24 de agosto, na Trindade.

­ Terceiro debate: entre 27 e 31 de agosto, no Carmocris (Conselho das As­sociações de Moradores do Bairro Monte Cristo).

­ Quarto debate: 11 de setembro, no Centro Comunitário da Fazenda do Rio Tavares, ao lado do Tirio (Terminal do Rio Tavares).

­ Apresentação e Debate Municipal Final: entre 13 e 15 de setembro.

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Geap

Coordenador doSindprevs/SC se afasta para concorrer a mandato eletivo

No dia 6 de junho, o coordenador do Sindprevs/SC, Valmir Braz de Souza, licen­ciou­se do mandato classista para concorrer ao cargo de vereador, seguindo o prazo de desincompatibilização de quatro meses, de­terminado pela legislação eleitoral. Durante esse período, a coordenação do Sindicato será ocupada pela Diretora, Vera Lúcia Silva Santos. Vera foi eleita pelos membros da Di­retoria Executiva Colegiada, como determi­na o Estatuto do Sindicato.

Seminário adiado devido à greve do MS

e da AnvisaDevido à greve dos servidores do Minis­

tério da Saúde e da Anvisa, as entidades orga­nizadoras do Seminário Regional Sul em Saú­de do Trabalhador, Sindprevs/PR, Sindprevs/SC e Sindsprev/RS, resolveram adiar a data da realização, inicialmente prevista para agosto.

A Comissão Organizadora do Semi­nário avaliará uma nova data para o even­to, que posteriormente será amplamente divulgada.

Sindprevs/SC ajuiza ação contra aumentodas contribuições à Geap

Representantes dos trabalhadores do INSSvencem eleições para Conselhos da Geap

Mais uma vez prevalece a luta dos trabalhadores. Conforme publi­cação da página 56, seção 2, do Diário Ofi cial da União (DOU) de 9 de julho, a Fenasps obteve o 1º lugar nas elei­ções para os Conselhos Deliberativo (Condel) e Fiscal (Confi s) da Geap para o mandato 2012­2016.

Com essa vitória da categoria, a Fe­nasps e os sindicatos fi liados poderão

continuar na luta por uma Geap de qualidade, com contribuições justas para os servidores e o aporte cons­ciente das Patrocinadoras.

A Fenasps e os sindicatos fi liados agradecem a todos que votaram e demonstraram com isso a garra que sempre norteou a categoria em defesa dos direitos dos trabalhadores.

O Sindprevs/SC também agradece

os votos dos servidores do INSS em Santa Catarina que contribuíram para essa vitória.

As eleições dos representantes dos servidores do Ministério da Saúde nos Conselhos da Geap estão suspensas devido à greve nacional da categoria.

Fonte: Fenasps e Sintsprev/MG.

No último dia 3 de agosto, a Assessoria Jurídica do Sindprevs/SC protocolizou, junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Ação Civil Pública, objetivando suspender os efeitos da Resolução nº 616/2012, do Conselho Deliberativo da Geap.

A Resolução alterou os critérios de fi xação das contribuições dos servidores aos planos de saúde oferecidos pela Geap, tomando por base agora a faixa etária dos servidores e seus dependentes. Da ma­neira como foram alterados os critérios, os mais jovens passam a pagar menos e os mais idosos bem mais do que pagavam anteriormente.

O critério atual segue a mesma lógi­ca adotada há anos nos planos de saúde com fi ns lucrativos, assim, à medida que os segurados vão envelhecendo, tornam­­se desinteressantes para o plano, uma vez que passam a utilizar mais os serviços de saúde e, em consequência, acabam por ge­rar maiores despesas.

Diante disso, essas operadoras aplicam critérios de defi nição de con­tribuições por faixa etária, impondo aos segurados de idade mais avançada uma contribuição bem mais expressiva do que a cobrada de segurados mais jovens, o que

em não raras vezes inviabiliza até mesmo a própria manutenção do vínculo entre o segurado e a operadora, que se vê, dessa forma, livre de um segurado que já não lhe dava tanto lucro.

A Geap, entretanto, sempre adotou uma lógica diversa, centrada no caráter solidário de seus planos, uma determina­ção estatutária que foi desobedecida pelo próprio Conselho Deliberativo da Entida­de ao aprovar a Resolução nº 616/2012.

Na regra até então adotada pela Geap, todos os segurados, independente­mente da idade, contribuíam com valores aproximados, sem variações expressivas segundo a idade, o que caracterizava a existência de um pacto intergeracional no qual esses segurados, juntos, constituem um fundo fi nanceiro utilizado para o pa­gamento das despesas médicas da Enti­dade.

Assim, o fato de o segurado ser mais idoso ou ser portador de doenças que geram maior utilização dos serviços de saúde não infl uenciava na defi nição das contribuições mensais devidas por esses segurados, diferenciando a Geap de outras operadoras e servindo como fonte de atra­ção para a Entidade.

Com a Resolução em questão, en­tretanto, essa solidariedade acaba, fa­zendo com que os servidores de 18 anos, por exemplo, se situados na faixa de remuneração até R$ 1.499,99, paguem apenas R$ 10,00, enquanto um servidor de 59 anos ou mais, na mesma faixa de renda, vai ser obrigado a contribuir com

R$ 284,00, ou seja, 28,4 vezes mais.Em outro exemplo, servidores cuja re­

muneração se situe na faixa de R$ 2.500,00 a R$ 2.999,99, se tiverem idade entre 19 e 23 anos, pagarão R$ 41,00 à Geap, enquanto servidores dessa mesma faixa salarial, mas com mais de 59 anos de idade, pagarão R$ 326,00, cerca de 8 vezes mais.

O quadro abaixo procura demons­trar o resultado desse tratamento di­ferenciado, adotado pela Resolução nº 616/2012.

A Ação Civil Pública ajuizada pelo Sindprevs/SC visa demonstrar que a Re­solução nº 616/2012 é ilegal por diversos fatores, entre os quais, o descumprimento do Estatuto da própria Fundação; a insti­tuição de critérios de contribuição que im­plicam explícita discriminação contra os servidores de maior idade e menor renda; e o estabelecimento de majoração contri­butiva abusiva, ferindo o Código de Defesa do Consumidor.

Na ação o Sindicato pede a conces­são antecipada da tutela, ou seja, que o Juiz conceda uma ordem suspendendo imediatamente os efeitos da Resolução nº 616/2012, até que o mérito da ação seja apreciado, o que signifi ca que, se esse pe­dido for deferido, as contribuições voltam aos valores praticados antes da aprovação da referida decisão.

Assim, em entidades como o INSS, por exemplo, em que o novo convênio já foi celebrado entre a Geap e a autarquia, fi xando que as novas contribuições va­leriam a partir da folha de pagamento, devolver­se­iam os valores eventualmente descontados a maior.

Já em órgãos como o Ministério da Saúde e a Anvisa (em que ainda não foram assinados os novos convênios), as novas alíquotas nem chegariam a ser aplicadas, mantendo­se as contribuições atuais.

Até o fechamento desta edição está­vamos aguardando a decisão do Juiz sobre a antecipação da tutela. A decisão sairá publicada no sítio do Sindprevs/SC.

Os servidores devem aguardar novas orientações, mantendo­se vinculados à Geap.

Assista no canal 4 da NET: Você Tem Fome de Quê?

O programa Você Tem Fome de Que? vai ao ar toda terça­feira, às 20hs, no canal 4 Net Florianópolis ou no site www.tvfl oripa.org.br. Ele é reapresentado às sextas, 21h, e sá­bado, às 21:30hs.

É um programa que discute a saúde em suas várias dimensões, provocando a refl exão sobre situações cotidianas da vida do traba­lhador que estejam ligadas a saúde.

Você Tem Fome de Que? é uma produ­ção do Sindprevs/SC, do Sinergia (Sind. dos Trabalhadores na Indústria de Energia de Flo­rianópolis e Região), e do Sindaspi/SC (Sind. dos Empregados nas Empresas de Assesso­ramento, Perícia, Informações e Pesquisa de Santa Catarina).

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Expe

dien

te PREVISÃO é o jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina. Projeto Gráfi co: Frank Maia e Marina Righetto. Textos, Edição, Editoração e Fotos: Rosangela Bion de Assis (Mtb 00390/SC JP) e Marcela Cornelli (Mtb 00921/SC JP). Revisão: Isabel Maria Barreiros Luclktenberg. Logotipo e Ilustrações: Frank Maia. Tiragem: 6.000 exemplares.Os textos assinados não correspondem à opinião da Diretoria do Sindprevs/SC. Endereço eletrônico: imprensa@sindprevs­sc.org.brDiretoria Sindprevs/SC: Valmir Braz de Souza (Coordenação Geral); Fátima Regina da Silva (Diretora da Secretaria­Geral); Elaine de Abreu Borges (Diretora da Secretaria­Geral); Valéria Freitas Pamplona (Diretora do Depto. Administrativo e Financeiro); Osvaldo Vicente (Diretor do Depto. Administrativo e Financeiro); Luiz Fernando Machado (Diretor do Depto. de Política e Organização de Base); Vânia Cristina Dias Vieira (Diretora do Depto. de Política e Organização de Base); Luciano Wolffenbüttel Veras (Diretor do Depto. de Formação Sindical e Estudos Socioeconômicos); Rodrigo Poggere (Diretor do Depto. de Formação Sindical e Estudos Socioeconômicos); Janete Marlene Meneghel (Diretora do Depto. de Comunicação); Marco Carlos Kohls (Diretor do Depto. de Comunicação); Vera Lúcia da Silva Santos (Diretora do Depto. Jurídico); Rosemeri Nagela de Jesus (Diretora do Depto. Jurídico); Catarina Cesconeto (Diretora do Depto. de Aposentados e Pensionistas); Rosi Massignani (Diretora do Depto. de Aposentados e Pensionistas); Maria Nilza Oliveira (Diretora do Depto. de Política de Seguridade e Saúde do Trabalhador); Jane da Rosa Defrein Lindner (Diretora do Depto. de Política de Seguridade e Saúde do Trabalhador); Teresinha Maria da Silva (Diretora do Depto. Sociocultural e Esportivo); Dinarte Borges (Diretor do Depto. Sociocultural e Esportivo); Márcio Roberto Fortes (Diretor do Depto. de Relações Intersindicais e Relações de Trabalho) e Giulio Césare da Silva Tártaro (Diretor do Depto. de Relações Intersindicais e Relações de Trabalho).

Última PáginaA semana entre 16 e 20 de julho foi de intensa atividade política para os servidores públicos federais em Greve e os estudantes, com apoio dos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. Acampamento, ocupação e mais de 20 mil servidores par-ticiparam da Marcha Nacio-nal em Brasília.

No dia 17 de julho, a delegação de Santa Catarina, com cerca de 40 servidores, chegou em Brasília e par­ticipou, juntamente com a Fenasps, de atividades na Esplanada dos Minis­térios, pela manhã no Ministério da Saúde e à tarde participaram de uma passeata até o Ministério do Planeja­

mento e o Palácio do Planalto.No dia 18 de julho, os Servido­

res Públicos Federais tomaram a Es­planada dos Ministérios em Brasília. Cerca de 20 mil trabalhadores do serviço público em Greve marcharam pela abertura das negociações com o governo, estando muitas categorias já há dois meses paralisadas sem res­posta, mostrando o descaso com que o governo Dilma trata os servidores e os serviços públicos. O Sindprevs/SC participou da Marcha com uma delegação de cerca de 40 servidores representando o Ministério da Saúde e a Anvisa. Participaram também os demais estados da base da Fenasps, as centrais sindicais e o movimento estudantil.

Em frente ao Ministério do Pla­nejamento, um aparato policial foi montado para receber os servidores. Os trabalhadores foram reprimidos com bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta, atingindo sindicalis­tas, estudantes e jornalistas presen­tes. Após o confronto com a polícia e sem serem recebidos pelo gover­no, os manifestantes retornaram ao acampamento na Esplanada do Mi­nistério.

No dia 19 de julho pela manhã, os servidores da Anvisa e do Minis­tério da Saúde em Santa Catarina participaram da Plenária Nacional da Fenasps com os demais servidores da base da Federação dos estados de PA, RN, BA, SP, SC, RS, PR, MG, DF e RN. A Plenária aprovou a continuidade e fortalecimento da Greve.

Para pressionar pelo não corte de ponto dos servidores em Greve, os ca­ravaneiros dos estados de PR, RS, SC, SP, MG e RN e os servidores de Brasília ocuparam o setor de Recursos Huma­nos do Ministério da Saúde.

Os Servidores Públicos Federais estão demonstrando a capacidade de lutar para o atendimento das reivin­dicações e responder aos ataques do governo, que destina bilhões de reais para o pagamento de juros da Dívi­da Pública, anistia os barões da in­dústria e destina zero por cento de reajuste para os trabalhadores.

Uma semana de lutas em Brasília