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991 991 991 991 991 Rev Rev Rev Rev Rev Bras Enferm, Brasília Bras Enferm, Brasília Bras Enferm, Brasília Bras Enferm, Brasília Bras Enferm, Brasília 20 20 20 20 2010 10 10 10 10 nov-dez; nov-dez; nov-dez; nov-dez; nov-dez; 6 6 6 6 63(6) 6) 6) 6) 6): : : : : 991-7 991-7 991-7 991-7 991-7. Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados* Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados* Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados* Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados* Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados* Prevalencia y características de las caídas de ancianos institucionalizados Prevalence and features of falls of institutionalized elders Denise Cristina de Oliv Denise Cristina de Oliv Denise Cristina de Oliv Denise Cristina de Oliv Denise Cristina de Oliveira F eira F eira F eira F eira Ferr err err err erreira eira eira eira eira I , Apar , Apar , Apar , Apar , Aparecida Y ecida Y ecida Y ecida Y ecida Yoshie Y oshie Y oshie Y oshie Y oshie Yoshitome oshitome oshitome oshitome oshitome I RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Trata-se de estudo retrospectivo para verificar prevalência de quedas em residentes de Instituição de Longa Permanência para Idosos, em São Paulo, caracterizar os idosos caidores e descrever os eventos. Analisamos 121 prontuários e 87 relatórios de quedas, entre agosto de 2006 e agosto de 2007. Encontramos 114 quedas sofridas por 45 idosos, prevalência de 37,2%. Dentre os caidores, a maioria era mulher, média de idade 83,75 anos. Encontramos quedas recorrentes, a maioria se deu da própria altura, no quarto do idoso, gerando como consequência principal hematomas. Os residentes apresentavam diversos diagnósticos médicos e polifarmácia. Destacamos a necessidade da implementação de protocolos para prevenção de quedas, em vista da magnitude do problema e repercussões para capacidade funcional do idoso institucionalizado. Descritor Descritor Descritor Descritor Descritores: es: es: es: es: Idoso; Instituição de longa permanência para idosos; Acidentes por quedas; Enfermagem geriátrica. ABSTRACT ABSTRACT ABSTRACT ABSTRACT ABSTRACT This retrospective study seeks to check the prevalence of falls in older people from a long-term care institution for elderly people, in São Paulo, to describe the fallers and the events. We analyzed 121 medical records and 87 fall reports, between August 2006 and August 2007. There were 114 falls suffered by 45 ancians, a prevalence of 37,2%. The majority of fallers are women, average age 83,75 years. We found recurrent falls, various diagnoses and polipharmacy. The majority occurred in own height, in their bedroom, producing mainly hematomas. There is a need of implementation of fall preventive guidelines, due to the importance of this issue and its repercussions to the functional status of the institutionalized elderly. Key w Key w Key w Key w Key words: ords: ords: ords: ords: Aged; Homes for the aged; Accidental falls; Geriatric nursing. RESUMEN RESUMEN RESUMEN RESUMEN RESUMEN Estudio descriptivo retrospectivo con objetivo de verificar la prevalencia de las caídas en adultos mayores residentes en un hogar para ancianos; describir los ancianos y las caídas. Analizamos 121 prontuarios y 87 informes de caídas, entre agosto de 2006 y agosto de 2007. Fueron encontradas 114 caídas sufridas por 45 ancianos, una prevalencia de 37,2%. La mayoría de los que cayeron eran mujeres, con edad promedia de 83,75 años. Fueron encontradas caídas repetidas, gran parte ocurrieron de la propia altura, en la habitación, generando hematomas. Los ancianos presentaban vários diagnósticos médicos y polifarmacia.. Apuntamos la necesidad de implantación de la prevención de caídas, debido a la importancia del problema y sus repercusiones para la capacidad funcional del anciano institucionalizado. Descriptor Descriptor Descriptor Descriptor Descriptores: es: es: es: es: Anciano; Hogares para ancianos; Accidentes por caídas; Enfermería geriátrica. Submissão: Submissão: Submissão: Submissão: Submissão: 25/05/2010 Apr Apr Apr Apr Aprov ov ov ov ovação: ação: ação: ação: ação: 27/07/2010 PESQUISA PESQUISA PESQUISA PESQUISA PESQUISA I Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Enfermagem. São Paulo, SP PESQUISA PESQUISA PESQUISA PESQUISA PESQUISA Denise Cristina de Oliveira Ferreira. Rua Moinho Velho 831, apto 33. CEP 02929-000. São Paulo, SP. E-mail: [email protected] AUT UT UT UT UTOR CORRESPONDENTE OR CORRESPONDENTE OR CORRESPONDENTE OR CORRESPONDENTE OR CORRESPONDENTE Revista Brasileira de Enfermagem REBEn *Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de Enfermeira pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em 2008.

Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados

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Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados

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    Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados*Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados*Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados*Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados*Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados*

    Prevalencia y caractersticas de las cadas de ancianos institucionalizados

    Prevalence and features of falls of institutionalized elders

    Denise Cristina de OlivDenise Cristina de OlivDenise Cristina de OlivDenise Cristina de OlivDenise Cristina de Oliveira Feira Feira Feira Feira FerrerrerrerrerreiraeiraeiraeiraeiraIIIII, Apar, Apar, Apar, Apar, Aparecida Yecida Yecida Yecida Yecida Yoshie Yoshie Yoshie Yoshie Yoshie YoshitomeoshitomeoshitomeoshitomeoshitomeIIIII

    RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMOTrata-se de estudo retrospectivo para verificar prevalncia de quedas em residentes de Instituio de Longa Permanncia para Idosos,em So Paulo, caracterizar os idosos caidores e descrever os eventos. Analisamos 121 pronturios e 87 relatrios de quedas, entreagosto de 2006 e agosto de 2007. Encontramos 114 quedas sofridas por 45 idosos, prevalncia de 37,2%. Dentre os caidores, amaioria era mulher, mdia de idade 83,75 anos. Encontramos quedas recorrentes, a maioria se deu da prpria altura, no quarto doidoso, gerando como consequncia principal hematomas. Os residentes apresentavam diversos diagnsticos mdicos e polifarmcia.Destacamos a necessidade da implementao de protocolos para preveno de quedas, em vista da magnitude do problema e repercussespara capacidade funcional do idoso institucionalizado.DescritorDescritorDescritorDescritorDescritores:es:es:es:es: Idoso; Instituio de longa permanncia para idosos; Acidentes por quedas; Enfermagem geritrica.

    ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTThis retrospective study seeks to check the prevalence of falls in older people from a long-term care institution for elderly people, in SoPaulo, to describe the fallers and the events. We analyzed 121 medical records and 87 fall reports, between August 2006 and August2007. There were 114 falls suffered by 45 ancians, a prevalence of 37,2%. The majority of fallers are women, average age 83,75 years.We found recurrent falls, various diagnoses and polipharmacy. The majority occurred in own height, in their bedroom, producing mainlyhematomas. There is a need of implementation of fall preventive guidelines, due to the importance of this issue and its repercussions tothe functional status of the institutionalized elderly.Key wKey wKey wKey wKey words: ords: ords: ords: ords: Aged; Homes for the aged; Accidental falls; Geriatric nursing.

    RESUMENRESUMENRESUMENRESUMENRESUMENEstudio descriptivo retrospectivo con objetivo de verificar la prevalencia de las cadas en adultos mayores residentes en un hogar paraancianos; describir los ancianos y las cadas. Analizamos 121 prontuarios y 87 informes de cadas, entre agosto de 2006 y agosto de2007. Fueron encontradas 114 cadas sufridas por 45 ancianos, una prevalencia de 37,2%. La mayora de los que cayeron eranmujeres, con edad promedia de 83,75 aos. Fueron encontradas cadas repetidas, gran parte ocurrieron de la propia altura, en lahabitacin, generando hematomas. Los ancianos presentaban vrios diagnsticos mdicos y polifarmacia.. Apuntamos la necesidad deimplantacin de la prevencin de cadas, debido a la importancia del problema y sus repercusiones para la capacidad funcional delanciano institucionalizado.DescriptorDescriptorDescriptorDescriptorDescriptores: es: es: es: es: Anciano; Hogares para ancianos; Accidentes por cadas; Enfermera geritrica.

    Submisso: Submisso: Submisso: Submisso: Submisso: 25/05/2010 AprAprAprAprAprovovovovovao: ao: ao: ao: ao: 27/07/2010

    PESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISA

    IUniversidade Federal de So Paulo. Departamento de Enfermagem. So Paulo, SP

    PESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISA

    Denise Cristina de Oliveira Ferreira. Rua Moinho Velho 831, apto 33. CEP 02929-000. So Paulo, SP.E-mail: [email protected]

    AAAAAUTUTUTUTUTOR CORRESPONDENTEOR CORRESPONDENTEOR CORRESPONDENTEOR CORRESPONDENTEOR CORRESPONDENTE

    RevistaBrasileira

    de Enfermagem

    REBEn

    *Trabalho de concluso de curso para obteno do ttulo de Enfermeira pela Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP), em 2008.

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    FFFFFerrerrerrerrerreira DCO, Yeira DCO, Yeira DCO, Yeira DCO, Yeira DCO, Yoshitmoe Aoshitmoe Aoshitmoe Aoshitmoe Aoshitmoe AYYYYY.....

    INTRODUOINTRODUOINTRODUOINTRODUOINTRODUO

    O envelhecimento da populao um fenmeno de amplitudemundial. A Organizao Mundial de Sade (OMS) prev que, em2025, existiro 1,2 bilhes de pessoas com mais de 60 anos,sendo que as pessoas com 80 anos ou mais constituem o segmentopopulacional que mais cresce(1). No Brasil, a previso de que, em2020, existiro 30,8 milhes de idosos, ou seja, 14,2% de todosos brasileiros. O Brasil j considerado o sexto pas do mundo emtaxa de envelhecimento populacional(2).

    Esta transio demogrfica repercute na sade por meio demudanas no perfil de morbidade e mortalidade da populao,traduzindo a necessidade de reorganizar os modelos assistenciais(3).Assim, o atendimento adequado sade do idoso deve ser voltadopara a preveno e identificao de sinais e sintomas caractersticosdo envelhecimento com fragilidade, um contnuo e complexoprocesso envolvendo a interao de fatores biolgicos, psicolgicose sociais, culminando num estado favorvel ocorrncia decondies geradoras de dependncia e institucionalizao, comoalteraes cognitivas, incontinncia urinria, instabilidade da marchae quedas(4).

    As quedas podem ser definidas como eventos no intencionaisque resultam na mudana de posio inesperada do indivduo paraum nvel inferior posio inicial, com incapacidade de correoem tempo hbil(5). Esses eventos resultam da interao de diversosfatores de risco e mltiplas causas, sendo, por isso, consideradoseventos multifatoriais e heterogneos.

    As quedas so problemas frequentes na populao idosa. NoBrasil, cerca de 29% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e13% caem de forma recorrente(5). Estes eventos tm impactoimportante na mortalidade de idosos. Segundo dados preliminaresdo Departamento de Informtica do SUS (DATASUS), no ano de2008 ocorreram 5.142 mortes de pessoas com 60 anos ou mais,no pas, em decorrncia de quedas, ocupando o segundo lugar namortalidade por causas externas, com 25,3%(6).

    Alm da alta mortalidade, devemos considerar outrasconsequncias para a sade e a qualidade de vida dos idosos comodeclnio da capacidade funcional, limitao na realizao de atividadefsica, diminuio da mobilidade, receio de sofrer novas quedas,isolamento social, perda da autonomia e da independncia paraexecuo das atividades de vida diria. Esse quadro responsvelpela necessidade de institucionalizao do idoso frgil(5).

    Entende-se por institucionalizao o atendimento integral, emregime de internato, s pessoas de 60 anos ou mais, dependentesou independentes, sem vnculo familiar ou que no dispem decondies para prover sua prpria subsistncia. As Instituies deLonga Permanncia para Idosos (ILPIs), conhecidas tambm comoasilos, abrigos, lares, casas de repouso, clnicas geritricas eancionatos, devem satisfazer s necessidades desses idosos quanto moradia, alimentao, sade e convivncia social, por meio dotrabalho da assistncia social, medicina, psicologia, enfermagem,fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia, nutrio, entre outrosservios(7).

    A institucionalizao do idoso deve ser a ltima alternativa deassistncia(8), pois representa um fator de risco para quedas, umavez que a mudana do ambiente familiar para um ambiente estranhopode predispor a alteraes psicolgicas, cognitivas e funcionais

    relacionadas ao isolamento, abandono e inatividade fsica doindivduo, acarretando em aumento da dependncia para realizaodas atividades de vida diria e consequente reduo da capacidadefuncional(5).

    Desta forma, o declnio funcional torna o idoso institucionalizadomais suscetvel a novas quedas, comprometendo ainda mais suaindependncia. O delineamento deste contexto denota a relevnciado assunto uma vez que a questo das quedas deve ser tratadacomo um srio problema de sade pblica em razo de suafrequncia, morbidade e do alto custo para os servios de sade(5).

    Sendo a incidncia de quedas um indicador de qualidade daassistncia de enfermagem(9), fundamental a implantao deprotocolo de avaliao de risco para quedas na populao idosa,como instrumento revelador da realidade da instituio e norteadorde intervenes de preveno destes eventos.

    Diante da importncia desta problemtica, desenvolvemos apresente pesquisa com os seguintes objetivos: Verificar a prevalnciade quedas em idosos residentes em uma Instituio de LongaPermanncia localizada no municpio de So Paulo; Caracterizaros idosos que sofreram quedas no perodo estudado, com relaoa variveis demogrficas e clnicas; Descrever as caractersticas dasquedas ocorridas em relao a sua frequncia, causas, circunstnciase consequncias.

    MMMMMTODOTODOTODOTODOTODO

    Trata-se de um estudo quantitativo descritivo e retrospectivo,desenvolvido numa Instituio de Longa Permanncia para Idosos,localizada no municpio de So Paulo. Esta instituio, existente h34 anos, tem carter filantrpico e gerenciada pela Liga Solidria,entidade sem fins lucrativos que gerencia outras unidades de atenoa crianas, jovens, adultos e idosos. A ILPI atende a idososindependentes e total ou parcialmente dependentes, que, no entanto,no apresentam quadro demencial grave. Conta com uma equipemultiprofissional composta por mdicos, enfermeiras, auxiliares etcnicos de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas,fonoaudilogas, terapeuta ocupacional, psicloga, cuidadores evoluntrios.

    A populao do estudo foi composta por todos os 121pronturios dos residentes da instituio, de sexo feminino emasculino, com idade igual ou superior a 60 anos. Levantamosregistros de quedas ocorridas entre agosto de 2006 e agosto de2007, sendo a coleta de dados efetuada em fevereiro de 2008.

    Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumentosemiestruturado elaborado a partir de pesquisa bibliogrfica,contendo informaes sobre o idoso e a queda. As variveis sexo,idade, antecedentes clnicos pessoais, presena de dficit cognitivo,nmero de quedas anteriores e medicaes em uso, foram obtidasdo pronturio do residente. Informaes sobre o grau dedependncia para Atividades de Vida Diria (AVD) e uso deequipamentos de ajuda na locomoo foram obtidos por relatodas enfermeiras da instituio. As variveis sobre a histria da queda(data, hora, local, condies do piso, posio inicial do idoso,situao de ocorrncia da queda e consequncias fsicas) foramconseguidas a partir do relatrio especfico da ILPI para notificaodos eventos. Esta ficha de notificao preenchida imediatamenteaps a ocorrncia da queda, pelo funcionrio que encontrou o

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    Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados

    idoso, e contm uma breve avaliao do mdico e/ou enfermeirade planto e a conduta estabelecida por eles.

    O estudo passou por autorizao dos diretores da instituiopor meio de uma solicitao escrita e aprovao do Comit detica em Pesquisa da Universidade Federal de So Paulo sobprotocolo nmero 2036/07.

    Foi realizada uma anlise descritiva das frequncias obtidas. Adiscusso foi realizada luz da literatura sobre o assunto.

    RESULRESULRESULRESULRESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOS

    Durante o perodo estudado, de um ano, foram analisados 121pronturios, a partir dos quais encontramos 87 relatrios deocorrncia de quedas. Pelos documentos analisados, identificamosa ocorrncia de 114 quedas no perodo, sofridas por 45 idosos,gerando uma mdia de 2,53 2,9 quedas por idoso. A prevalnciaencontrada no nosso estudo foi de 37,2%.

    Caracterizao dos idososCaracterizao dos idososCaracterizao dos idososCaracterizao dos idososCaracterizao dos idososDo total de 45 idosos, 38 (84,4%) eram do sexo feminino e

    sete (15,6%) do sexo masculino. uma caracterstica da instituioa predominncia de residentes do sexo feminino. A faixa etriamais prevalente foi de 80 a 85 anos, com 12 (26,7%) idosos. Aidade mdia foi de 83,75 14 anos. A distribuio das faixasetrias mostrada na Tabela 1.

    Dentre os residentes que caram, 21 (46,7%) sofreram mais deuma queda no perodo estudado, segundo mostra a Tabela 2.

    Em nosso estudo, os residentes que sofreram quedasapresentaram diversos diagnsticos mdicos. A hipertenso arterialsistmica estava presente em mais da metade dos idosos que caram(53,3%). J as cardiopatias (insuficincia cardaca, fibrilao atrial,insuficincia coronariana, infarto agudo do miocrdio, arritmia etaquicardia sinusal) foram encontradas em 46,6% dos idosos. Emtrs (6,7%) pronturios no constavam registros dos diagnsticos

    mdicos dos residentes. A distribuio de diagnsticos encontrados apresentada na Figura 1.

    Em decorrncia da diversidade de doenas que os idosos comquedas apresentaram, o nmero de medicamentos prescritostambm foi elevado. Mais da metade dos idosos (60,0%) fazia usode anti-hipertensivos tais como vasodilatadores, diurticos ebetabloqueadores. Os antidepressivos estavam prescritos para53,3% dos idosos, os benzodiazepnicos para 17,8%, osneurolpticos para 11,1% e os hipoglicemiantes orais para 4,4%.Nos pronturios de sete idosos (15,6%) no havia registros daprescrio mdica no perodo estudado. A quase totalidade dapopulao (80,0%) fazia uso de outros medicamentos, categoriaque compreende corticosterides, anti-inflamatrios no-hormonais,miorrelaxantes, laxativos, protetores gstricos, anti-histamnicos,complexos vitamnicos e diversos outros.

    Encontramos em 27 (60,0%) idosos alguma alterao do estadocognitivo. Quanto ao grau de dependncia para AVD, 25 idosos(55,6%) eram parcialmente dependentes, 14 (31,1%) independentese seis (13,3%) totalmente dependentes.

    Dentre os equipamentos de ajuda na locomoo, a bengala foia mais usada por 19 idosos (42,2%). Dezesseis idosos (35,6%)no precisavam de ajuda para deambular, oito (17,8%) utilizavamcadeira de rodas e um (2,2%) utilizava andador. A informao dequal equipamento para locomoo os residentes utilizavam foi obtidapor relato das enfermeiras, uma vez que esta informao no estavaregistrada em todos os pronturios.

    Descrio das quedasDescrio das quedasDescrio das quedasDescrio das quedasDescrio das quedasAs quedas se deram em todos os perodos do dia: 32,4% de

    manh; 13,1% tarde; 22,8% noite; 12,3% durante a madrugada.Em 19,3% no houve registro do horrio da ocorrncia.

    A posio inicial dos idosos que caram foi predominantementeem p, com 89 casos (78,1%). Obtivemos 14 quedas (12,3%) apartir da posio sentada e trs (2,6%) no nvel deitado. Em oito(7,0%) casos no havia registro da posio inicial dos idosos. Acondio do piso foi a varivel mais defasada em termos de resposta.Em 96 eventos (84,2%) no foram registradas as condies dopiso. No houve registros descrevendo quedas em piso seco. Emnove casos (7,9%) o piso estava molhado, em quatro (3,5%) haviaobstculos (poltrona, tapete, calada irregular), trs (2,6%)ocorreram em rampas e dois (1,8%) em degraus.

    As situaes no momento do evento foram diversas. Em 50eventos (43,9%) os residentes estavam deambulando; em 11,4%estavam se levantando da cama, sof ou cadeira; em 1,7% estavamse sentando; e em 0,9%, se abaixando. Outras situaes ocorreramem 14,9% dos casos, incluindo sncope, tontura, hipotenso, mal-estar, desequilbrio, rolamento da cama e quebra de cadeira.Nenhum indivduo, em nosso estudo, estava buscando objetoelevado, subindo ou descendo escada. Em 31 quedas (27,2%) noencontramos registro da situao de ocorrncia do evento.

    O local de maior ocorrncia de quedas foi o quarto do idoso,com 49 eventos (43,0%), seguido pelo banheiro com 21,0%,corredor com 8,8%, e outros locais com 4,4% (elevador, portaria,recepo e sala de fisioterapia). Ainda ocorreram quatro quedas(3,5%) no refeitrio, trs (2,5%) quedas fora da ILPI, duas (1,8%)no jardim e uma (0,9%) na sala de estar. Em 16 eventos (14,0%)no foram registrados o local de ocorrncia.

    Tabela 1. Residentes e suas faixas etrias. So Paulo, 2009.

    Faixas etrias Residentes n % 60 a 75 - 0,0 76 a 80 7 15,6 81 a 85 12 26,7 86 a 90 11 24,4 91 a 95 11 24,4 > 95 3 6,7

    No informado 1 2,2 Total 45 100,0

    Tabela 1. Nmero de quedas anteriores. So Paulo, 2009.

    Quedas anteriores Residentes n % 0 24 53,3 1 7 15,6 2 7 15,6 3 2 4,4

    4 ou mais 5 11,1 Total 45 100,0

  • 994994994994994 Rev Bras Enferm, Braslia 20Rev Bras Enferm, Braslia 20Rev Bras Enferm, Braslia 20Rev Bras Enferm, Braslia 20Rev Bras Enferm, Braslia 2010 nov-dez;10 nov-dez;10 nov-dez;10 nov-dez;10 nov-dez; 6 6 6 6 633333(((((6)6)6)6)6): : : : : 991-7991-7991-7991-7991-7.....

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    Em 57,3% das quedas houve alguma consequncia fsica para oidoso. Ao todo, foram registradas 81 leses em 66 quedas.

    No encontramos registro de perda de conscincia no local doevento, nem de bitos em at um ms aps que poderiam estarrelacionados queda. Apesar do nmero significante de leses,apenas em 12 ocorrncias (10,5%) houve a necessidade de avaliaoclnica hospitalar, com seis (5,3%) delas resultando em internao.

    Em 7,0% das quedas, os idosos sofreram posterior limitaopara a realizao de AVD. Este valor pode estar subestimado peladeficincia dos registros de avaliao do grau de dependncia dosidosos.

    DISCUSSODISCUSSODISCUSSODISCUSSODISCUSSO

    A prevalncia de quedas encontrada no nosso estudo foi de37,2%. Este valor comparvel ao encontrado em estudos sobrequedas de idosos residentes em comunidade: 34,8%(10) e 30,9%(11).Em pesquisa com idosos institucionalizados na Bahia, encontrou-se uma prevalncia de 29,4%(12). Cerca de 50% de residentes emILPIs sofrem pelo menos uma queda no perodo de um ano(13).

    Inmeros estudos tm encontrado uma frequncia de quedasmaior em mulheres do que em homens(11-12,14-15). Ainda no huma explicao conclusiva sobre este fato, o qual parece estarrelacionado ao melhor estado funcional das mulheres idosas emcomparao aos homens e maior mobilidade com consequentemaior exposio ao risco de queda(14). Tambm h maior fragilidadeentre as mulheres, pois a quantidade de massa magra e a foramuscular so menores em idosas(11). Outros autores tambm citama utilizao de maior quantidade de drogas(15) e alta prevalncia dedoenas crnicas entre as mulheres(12).

    A literatura tem demonstrado que a incidncia dos eventos aumentacom o avanar da idade(10,12-15). Entre 65 e 74 anos a taxa de quedas de 32%; entre 75 e 84 anos, 35%; e acima de 85 anos, 51%(16). Oenvelhecimento acarreta alteraes fisiolgicas que favorecem o

    acontecimento das quedas, comodeclnio da fora muscular, alteraesna massa ssea, dficit deequilbrio(10), lentificao do tempode reao, aumento do balano docorpo, declnio dos reflexos, reduodo controle postural(17), da coorde-nao motora, da flexibilidade, almde deficincias de viso, proprio-cepo, vibrao e do sistemavestibular(12).

    Mais de dois teros dos idososque sofrem uma queda cairo nova-mente nos seis meses subsequen-tes(16). Isto significa que histria dequeda anterior, em pelo menos seismeses passados, um fator predi-tor de uma nova queda(18).

    Os fatores relacionados squedas de idosos so mltiplos ecomumente classificados emintrnsecos e extrnsecos aoindividuo. Os fatores intrnsecos

    incluem as diversas patologias, alteraes fisiolgicas doenvelhecimento e consumo de medicamentos(19). Dentre aspatologias que predispe a quedas, as mais comuns so ascardiovasculares, neurolgicas, endcrino-metablicas, osteomus-culares, psiquitricas, geniturinrias, pulmonares e sensoriais(15-16,19).A hipertenso arterial esteve presente em 53,3% dos idosos quecaram. Ainda existe controvrsia na literatura cientfica sobreassociao entre hipertenso e quedas, uma vez que alguns estudosno encontraram esta associao, enquanto que outros a relacionama hipotenso postural causada pelo uso de anti-hipertensivos(13,17).

    O diagnstico de cardiopatia esteve presente em 46,6% dosgerontes. A queda pode ser o primeiro sinal de um infarto agudodo miocrdio assintomtico. Certas arritmias como os bloqueiosatrioventriculares, alteraes do n sinusal e bradicardias tambmpodem ocasionar quedas(19).

    A depresso, presente em 40,0% dos residentes, uma doenafrequentemente relacionada a quedas(13,16,18). A presena de sintomasdepressivos um importante fator preditor para duas ou maisquedas, em decorrncia do efeito de medicaes antidepressivas esedativas, do declnio da capacidade funcional, baixa autoconfiana,indiferena ao meio ambiente, recluso e inatividade(20).

    A demncia e a diminuio da acuidade visual estiveram presentesem 16 idosos (35,6%). A presena de demncia pode aumentar onmero de quedas por conta de alteraes da percepo espacial ehabilidade de se orientar geograficamente(21). Dficit visual considerado, por outros autores, um importante fator de risco paraesses eventos(13,17,22).

    O uso de medicamentos um fator intrnseco de forte relaocom as quedas. Em funo da diversidade de doenas apresentadaspelos idosos, comum encontrarmos a polifarmcia entre osresidentes, o que preocupante, uma vez que os efeitos da interaomedicamentosa so mais acentuados nos idosos devido s alteraesna absoro, metabolismo e eliminao das drogas que decorremdo envelhecimento(23).

    4,4%

    6,7%

    15,6%

    35,6%

    35,6%

    37,8%

    40,0%

    46,6%

    53,3%

    84,4%

    0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%

    Diabetes

    No informado

    AVE

    Demncia

    Diminuio da viso

    Doena osteoarticular

    Depresso

    Cardiopatia

    HAS

    Outros

    Figura 1. Diagnsticos dos pacientes que sofreram quedas. So Paulo, 2009.

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    Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados

    O risco de quedas aumentado pelo uso de drogas cardio-vasculares (drogas de maior uso pela populao estudada), poisproduzem hipotenso, bradicardia, sonolncia e fadiga(24). Osdiurticos promovem depleo de volume e distrbioshidroeletrolticos(19), embora possa haver um efeito protetor devido reduo na excreo urinria de clcio e consequente aumento dadensidade ssea(25). Os antidepressivos e benzodiazepnicos podemcausar sedao, alteraes psicomotoras, relaxamento muscular ebloqueio beta-adrenrgico, aumentando a ocorrncia de hipotensoortosttica(24-25), que por sua vez aumenta a propenso a quedas.

    Em nosso estudo, 60,0% dos idosos apresentavam algumprejuzo cognitivo. Alguns autores tm observado relao entrealteraes cognitivas e quedas(11,13-14,21-22). Idosos com declniocognitivo tm cinco vezes mais chances de sofrer quedas(12). Asprincipais funes cognitivas que contribuem para o controlepostural e manuteno do equilbrio so a ateno, memria eorientao(11-12,18) e, quando comprometidas, tambm prejudicama adaptao ao ambiente, julgamento e adoo de atitudes queno lhe ofeream risco(12).

    Verificamos que a maioria dos idosos que caram parcialmentedependente. Sabe-se que a reduo na capacidade de realizaodas atividades de vida diria um importante fator de risco(11,13-14,17-18,21-22). Em uma ILPI na Alemanha, os residentes modera-damente dependentes tiveram uma incidncia de quedas maior doque os independentes ou gravemente dependentes(18). Alm dosproblemas com equilbrio, marcha, mobilidade e fora muscular, oidoso com declnio funcional apresenta risco aumentado para quedasem decorrncia da baixa autoconfiana para realizar as AVD, oque compromete ainda mais sua capacidade funcional(11). Por isso,o grupo dos parcialmente dependentes carece de mais ateno,visto que possui um declnio funcional significante, porm nodeterminante para completa imobilidade, em comparao ao grupodos totalmente dependentes. De maneira que a queda entre osresidentes do ltimo grupo pode representar, de certa forma, umaiatrogenia da equipe de enfermagem e de cuidadores.

    Observamos, ainda, que a avaliao da capacidade funcionaldos residentes, na instituio estudada, no feita por instrumentoscomo a Avaliao de Kenny para os Cuidados Pessoais ou o ndicede KATZ para Atividades de Vida Diria(26). Esta caracterstica verificada subjetivamente pelas enfermeiras conforme necessidadede auxlio do residente para higiene, alimentao e deambulao.

    Em relao marcha, vimos que 42,2% dos idosos utilizambengala e 35,6% no necessitam de ajuda pra deambular. O idosocom marcha livre ou que utiliza bengala possui maior liberdade delocomoo e sensao de segurana, em comparao ao idosoque faz uso de andador ou cadeira de rodas, fazendo com que seexponha mais e caia mais vezes(12,21). O fato de os idosos combengalas sofrerem mais quedas, no nosso estudo, indica anecessidade de treinamento para a utilizao desse tipo de rtesecomo estratgia de reduo da incidncia desses eventos.

    Obtivemos maior ndice de quedas pela manh, dado semelhanteao encontrado em outra pesquisa(12). As quedas ocorrem nesseperodo, pois o horrio de maior atividade dos idosos. Estainformao importante para o planejamento de cuidados deenfermagem, alertando a equipe para a preveno de quedas nestehorrio.

    Assim como em nossa investigao, a maioria dos idosos caem

    da prpria altura(15). Os principais problemas com o ambiente,segundo a literatura, so piso escorregadio, objetos no cho, buscarobjetos elevados, rolar da cama e problemas com degraus(15,27). Adescrio da cena do evento um dado importante para implantaode medidas preventivas em razo da ntima relao entre ambientee quedas, pois sabe-se que os perigos ambientais so causa dequedas em 16% dos eventos em ILPIs e 41% em comunidade(16,21).

    Os dados sobre as circunstncias dos eventos foram semelhantesaos encontrados em outra pesquisa(14), onde a maioria dos idososestava deambulando quando caiu. Estudos tm mostrado quegrande parte das quedas em ILPIs ocorrem durante transfernciaspara cama, cadeira ou cadeira de rodas(18,21). A informao sobre acircunstncia da queda pode direcionar a avaliao mdica para acausa do evento, por exemplo: cair aps se levantar de uma posiomais baixa pode estar relacionado hipotenso postural; quedasaps tropeo ou escorrego indicam presena de fator ambientalou problemas de marcha, equilbrio e viso(22).

    As quedas em ILPIs e em hospitais ocorrem principalmente nosquartos e banheiros(19), por estes serem os espaos mais utilizadospelos idosos. Conhecer o local de maior prevalncia de quedasnuma instituio fundamental para a priorizao de cuidadospreventivos especficos de cada ambiente.

    Apesar de a maioria dos eventos registrados no resultarem emleses, sabemos que cerca de 40% a 60% das quedas levam aferimentos, sendo 30% a 50% de ferimentos leves, 5% a 6% deleses mais graves excluindo fraturas e 5% de fraturas(13,16,21). Emnosso estudo, observamos que 11,4% de leses ocorreram na regioda cabea, o que poderia resultar em graves leses cerebrais comprejuzo s funes vitais e risco vida.

    Com respeito s fraturas, a literatura demonstra que as maiscomuns so as de quadril (25%)(19). Este tipo de fratura maisprevalente em indivduos acima de 75 anos, decorrente,possivelmente, da lentificao dos reflexos e do prejuzo nahabilidade de proteger o quadril durante a queda se apoiando sobreo punho(22). Cerca de 25% dos idosos com este tipo de fraturamorrem aps seis meses do evento e 60% apresentam incapacidadede realizar suas funes habituais(19).

    As quedas em ILPIs tendem a resultar em consequncias maissrias do que as em comunidade, de modo que a cada ano 1.800eventos fatais ocorrem em instituies(21). Entre os idosos com 85anos ou mais, uma em cada cinco quedas em ILPIs fatal(19,21).No encontramos bitos em at um ms do evento.

    A instituio estudada oferece atendimento mdico e deenfermagem em tempo integral, por isso os residentes que caramforam avaliados e somente encaminhados a hospitais quando oprofissional julgava necessria a realizao de exames especficos,o que justifica o nmero relativamente baixo de encaminhamentos.Cerca de 7,0% das pessoas de mais de 75 anos que sofrem quedasbuscam atendimento em servios de emergncia, e 40,0% destasnecessitam de internao hospitalar(19).

    Em 7,0% das quedas, os idosos sofreram limitao pararealizao de AVD. A perda da independncia pode serconsequncia direta de leses causadas pelo impacto ouconsequncia indireta pelo medo de voltar a cair (sndrome ps-queda). Trata-se de uma limitao funcional autoimposta causadapela perda da confiana em deambular sozinho com segurana.Alm do declnio funcional, o idoso pode desenvolver depresso,

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    REFERNCIASREFERNCIASREFERNCIASREFERNCIASREFERNCIAS

    sentimento de impotncia e isolamento social(21). Desta forma, aodeixar de realizar suas atividades rotineiras o idoso pode desenvolvera sndrome da imobilidade e, assim, aumentar o risco de vir a ternovas quedas(15,22).

    CONCLUSOCONCLUSOCONCLUSOCONCLUSOCONCLUSO

    Os resultados encontrados demonstram que a prevalncia dequedas em idosos institucionalizados elevada, sendo maisfrequente em mulheres de idade avanada, as quais sofrem quedasrecorrentes, so portadoras de diversas patologias, fazendo usode vrios medicamentos, apresentam algum grau de dficit cognitivoe funcional e locomovem-se com auxlio de bengala. Com relaos quedas, estas se deram em sua maioria pela manh, da prpriaaltura do idoso, enquanto ele deambulava no seu prprio quarto,gerando algum tipo de consequncia fsica para o idoso, sendo amais comum os hematomas/sangramentos.

    Embora nossa investigao tenha um carter descritivo e noprocure realizar inferncias de causa e efeito entre as variveis nemtencione levantar fatores de risco, foi possvel observar que nossosresultados so coerentes com o encontrado na literatura cientficasobre o assunto, mesmo que alguns dos nossos dados sejamcomparveis aos de estudos com idosos residentes em comunidade.

    No entanto, algumas limitaes do estudo precisam ser

    consideradas, principalmente em relao ao levantamento de dados,o qual foi realizado retrospectivamente a partir dos registros sobreos eventos, sem um aviso anterior dos funcionrios que realizaramtais notificaes. Seria interessante realizar um estudo prospectivoa partir dos relatos imediatos das quedas, com treinamento prviodos funcionrios que iro anotar as ocorrncias, no sentido deevitar tantas perdas por falhas de registro.

    Notamos que as quedas em idosos so fatos comuns, inclusivedentro de instituies de longa permanncia, com consequnciassignificantes sade fsica, psicolgica e social. importante umaavaliao constante dos profissionais de sade sobre os idososcaidores e no-caidores, no sentido de identificar os fatores derisco intrnsecos e extrnsecos para implementar estratgias depreveno que compreendam reabilitao da fora muscular,equilbrio e capacidade funcional, reduo da polifarmcia, educaopara o autocuidado e aumento da superviso de enfermagem nosperodos e locais de maior incidncia de quedas, melhorando destaforma a qualidade de vida dos seus residentes.

    AgradecimentosAgradecimentosAgradecimentosAgradecimentosAgradecimentos

    Destacamos nossos agradecimentos diretoria da ILPI pelointeresse e autorizao para execuo da pesquisa, e equipe deenfermagem pela recepo e colaborao s pesquisadoras.

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    Prevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizadosPrevalncia e caratersticas das quedas de idosos institucionalizados

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